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imigrou, principalmente para os EUA. Este desastre ocorreu devido à dependência, pela
maioria da população, de uma única espécie. A catástrofe irlandesa levou a busca de
cultivares mais produtivas e resistentes a enfermidades. Melhoristas da Europa e América do
Norte utilizaram germoplasma importado do Chile e desenvolveram muitas das cultivares,
que formam, hoje, a base da produção de batata nestas duas regiões (POTATO, 2008).
O colonialismo e a imigração européia levaram a batata para Bengala, Egito,
Marrocos, Nigéria, Austrália, Argentina e Brasil. Desde o Cáucaso, a batata chegou à Turquia,
da Rússia foi para a China e daí para a Coréia. Finalmente, no século XX, a batata converteu-
se em um alimento mundial. Desde a década de 1960, o cultivo da batata tem-se estendido nos
países em desenvolvimento. Só na Índia e na China, o total da produção passou de 16 milhões
de toneladas em 1960 para quase 100 milhões em 2006 (POTATO, 2008). Atualmente,
mesmo com a redução da produção de batatas pelos países desenvolvidos, ainda há muito
espaço para sua produção nos países em desenvolvimento, onde seu consumo é menos de uma
quarta parte, do que representa nos países desenvolvidos, como mostra a Tabela 01.
Tabela 01 - Produção mundial de batatas de 1994 a 2006 em milhões de toneladas
Países 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006
Desenvolvidos 168,69 193,59 169,25 182,04 163,58 171,79 155,25
Em desenvolvimento 102,38 117,71 131,41 146,51 152,41 157,77 159,12
Mundo 271,07 311,31 300,67 328,55 315,98 329,56 314,37
Fonte: FAO (2008)
No ano de 2007 os Paises Baixos obtiveram o maior rendimento, entre os paises
produtores de batata, com uma produtividade de 44,72 t/ha, seguidos da França, com 43,24
t/ha. O Brasil, entretanto, classificou-se na posição 45º, com uma produtividade de 23,71 t/ha.
(FAO, 2008).
O consumo anual da batata por pessoa, no mundo, é na ordem de 27 kg, porém, no
Brasil, é de apenas 15 kg, sendo que, em países como a Polônia e Bolívia chega a 190 kg e
100 kg, respectivamente (SHIMOYAMA, 2006). O peruano consome 80 kg de batatas por
ano, o europeu, 93 kg; enquanto que os bielo-russos consomem 338 kg ao ano (PAPAS
ANDINAS, 2008; FRUIT-INFORM, 2008) (Tabela 02).