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minha avó fazendo roupas lindas”.
- “No Ceará existe esta tradição”.
- “Atualmente eu e meu marido cuidamos da empresa”.
Segundo Denise Pires, sua atividade era de pedagoga, trabalhava como professora, mas sempre
teve vontade de empreender um negócio de moda. Tudo foi muito intuitivo. A decisão foi imediata e
até fez alguns cursos rápidos de formação no SENAI, para agregar informação.
DONA FLORINDA
Sr. Josenias Junior
- “Dado a minha experiência de trabalhar como criador de moda,
me tornei um estilista autodidata. Criar a marca Dona Florinda, não
foi difícil, eu conhecia os caminhos”.
- “Tenho uma trajetória bem conhecida no mercado, pois já
trabalhei para muitas marcas famosas e me dei muito bem”.
- “Ainda em 2000, eu participei do Dragão Fashion com uma
coleção autoral de nome SPILICUTE e foi muito legal. Minha
inexperiência em não ter registrado a marca, perdi para outro mais
esperto que fez uso e registrou o nome”.
- “Como eu já tinha um nome conhecido, trabalhava para várias
marcas, os donos da marca FAMEL, (visionários), hoje sócios
também da Dona Florinda juntamente comigo, compraram todos os
meus horários destinados ao trabalho free lancer que eu tinha com
as outras marcas. Tudo começou assim.”
- “Portanto a marca eu criei, ofereci para os donos da FAMEL e eles
me propuseram sociedade igual entre nós três.”
Conforme o Sr. Josenias, a marca foi planejada cuidadosamente. Como estilista de moda, já
transitava neste cenário e vislumbrava o segmento “teen. No mundo atual é um segmento alienado
e aberto ao consumo de estilos. No sistema de moda existe uma infinidade de nichos de mercado
para ser explorado
.
HANDARA
Sr. Lúcio
- “Minha trajetória continua num processo de construção. Minha
atividade empresarial está se sedimentando embora inevitável as
dificuldades encontradas em qualquer ramo que abraçamos. A
primeira vez que comecei com confecção, deu errado, eu não
conhecia seguramente este segmento de mercado. Esta é a
segunda vez que retomo as atividades nos negócios de moda.”
- “A marca foi um processo construído, focado na imagem feminina.
Tenho o cuidado para não sofrer influência de algo conceitual. O
público a quem se destina é da classe B para C – estilo de mulher
independente e que trabalha fora. Possui um requinte do estilo
executivo e expressa beleza estética”.
Conforme o Sr. Lúcio, sua experiência é puramente técnica. Mestre em economia, sua atividade de
funcionário público era junto a SUDENE (órgão federal extinto) e do Banco Mundial na área de
projetos técnicos, na cidade de Recife. Tudo foi o acaso. Deixou o serviço público e de imediato
comprou uma confecção de uma amiga. Sua inexperiência no ramo e falta de conhecimento lhe
rendeu a falência. Desta situação tirou uma lição. Planejou, avaliou e voltou para o ramo de forma
estruturada. Adotou o nome de marca - HANDARA, com pronúncia em sânscrito, baseada na
filosofia indiana que remete a uma deusa mitológica.
PENA SURFWEAR
Sra. Brígida
- “O mercado sempre está aberto para comercializar boas idéias”.
- “Não tivemos influência familiar neste ramo, tivemos a
oportunidade e soubemos desenvolvê-la”.
- “O surf, antes de ser um esporte radical, é uma filosofia de vida. É
pura atitude, é liberdade.”
- “Eu aprendi isto com meu irmão e hoje me tornei administradora
dos negócios que envolve uma atividade administrada por nós,
irmãos. Tornou-se uma empresa familiar.”
- “Neste segmento aqui no Ceará, brigamos sempre para ficar no
topo da pirâmide, mesmo sem ter uma loja própria. Nosso negócio
é distribuir para centenas de lojas que vendem bem nosso produto”.
Conforme a Sra. Brígida, a marca nasceu por uma intuição e necessidade do consumo de roupas
esportivas necessárias ao esporte radical e aquático, praticado pelos surfistas. O surf é uma