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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MANGAS PRODUZIDAS
NA REGIÃO DE JABOTICABAL-SP
Leandra Oliveira Santos
Engenheira Agrônoma
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Fevereiro de 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MANGAS PRODUZIDAS
NA REGIÃO DE JABOTICABAL-SP
Leandra Oliveira Santos
Orientador: Prof. Dr. José Fernando Durigan
Jaboticabal – SP
Fevereiro de 2008
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias Unesp, Campus de
Jaboticabal, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Agronomia (Produção
Vegetal).
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Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
- Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação.
Santos, Leandra Oliveira
S237c Conservação pós-colheita de mangas produzidas na região de
Jaboticabal-SP / Leandra Oliveira Santos. – Jaboticabal,
2008
xi, 103 f.: il.; 28 cm
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2008
Orientador: José Fernando Durigan
Banca examinadora: Ben-Hur Mattiuz, Mário Sérgio Carvalho Dias
Bibliografia
1. Armazenamento. 2. Fungicidas. 3. Mangifera indica. 4. Podridões.
5. Pós-colheita. 6. Tratamento hidrotérmico. I. Título. II.
Jaboticabal - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 634.441:631.56
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
LEANDRA OLIVEIRA SANTOS filha de Rosalino Oliveira Santos e Hilda
Pereira Santos, nasceu em 19 de janeiro de 1975, em Montes Claros, Minas Gerais.
Obteve o grau de Engenheira Agrônoma em janeiro de 2006, pela Universidade
Estadual de Montes Claros, Campus de Janaúba, Minas Gerais. Em março de 2006
ingressou no Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal, São Paulo, na
área de concentração em Produção Vegetal, realizando estudos em Tecnologia de Pós-
Colheita de Frutas e Hortaliças.
"E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios
e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria."
I Coríntios, 13: 2
Ao meu amado pai Rosalino e amada mãe Iêda
pelo exemplo de honestidade, coragem, luta, amor,
dedicação e pela grande contribuição para o início e
término deste trabalho.
Dedico.
Ao meu marido Ramilo pela cumplicidade
e ajuda como grande interlocutor
das idéias aqui presentes. Pelas sugestões,
estímulo e diálogo. Por ser meu ‘porto seguro’.
Ofereço.
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida.
Ao Professor JoFernando Durigan pela orientação, pelo exemplo de profissional e
principalmente pela paciência e dedicação durante toda a pesquisa e a sua família pela
amizade e apoio.
A Universidade Estadual Paulista ‘Julio de Mesquita Filho’, através da Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias por oferecer condições para a realização deste curso.
Aos componentes da comissão examinadora: Dr. Mário Sérgio Carvalho Dias e Prof. Dr.
Ben-Hur Mattiuz, pela participação e sugestões fornecidas, as quais foram de grande
importância para o aprimoramento deste trabalho.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e a CAPES pela
concessão da bolsa de estudos durante a realização do curso.
A todos meus familiares, minhas irmãs Rani e Fá, meus irmãos Dean e Saul, e minhas
sobrinhas Deanne, Ingrid e Stéfani por estarem sempre presentes durante minhas
realizações. E ao meu marido Ramilo pela paciência nos momentos difíceis, Deus foi
muito bondoso comigo ao colocá-lo no meu caminho.
Aos meus amigos e amigas Juliana, Ellen, Cristiane, Gustavo, Flávia, Maria Fernanda,
Maria Elisa, Poliana, Eduardo, Matheus e Luís Carlos pela ajuda, alegria, carinho,
dedicação e ensinamentos nestes anos.
Ao pessoal do atendimento da Pós-graduação, agradeço pela atenção e ajuda.
As secretárias do Departamento de Tecnologia pelos auxílios prestados e a Dirce
Renata pela colaboração.
Ao Sr. Júlio da Aruá Tecnologia de pós-colheita e tratamento de frutas pela doação da
cera de carnaúba e ao Sr. Ademar Ogata pelo fornecimento de frutos utilizados neste
trabalho.
E todos aqueles que de alguma forma colaboraram para a conclusão deste projeto.
SUMÁRIO
Página
RESUMO......................................................................................................................
ii
SUMMARY................................................................................................................... iv
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................... 2
3. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................ 11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................... 17
4.1. Tratamento com fungicidas, associados ou não ao tratamento
Hidrotérmico...................................................................................................
17
4.1.1. Manga ‘Tommy Atkins’......................................................................... 17
4.1.2. Manga ‘Palmer’ ................................................................................... 31
4.2. Uso de proteções durante o armazenamento sob condição
ambiente de mangas ‘Palmer’........................................................................
45
4.2.1. Armazenamento sob condição ambiente das mangas
‘Palmer’ retiradas das embalagens PEBD e PD 900, após
0, 6 e 9 dias.........................................................................................
60
4.3. Uso de proteções durante o armazenamento sob condição
ambiente de mangas ‘Palmer’........................................................................
67
4.3.1. Armazenamento sob condição ambiente das mangas
‘Palmer’ retiradas da refrigeração e das embalagens e
avaliadas após 3 e 6 dias.....................................................................
80
5. CONCLUSÕES........................................................................................................ 92
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................
93
CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MANGAS PRODUZIDAS NA REGIÃO DE
JABOTICABAL-SP
RESUMO Este trabalho objetivou testar o uso de tratamento químico combinado ou
não com tratamento hidrotérmico, na conservação e qualidade pós-colheita de mangas
‘Tommy Atkins’ e ‘Palmer’, bem como avaliar o efeito da modificação da atmosfera de
armazenamento por filmes plásticos e cera de carnaúba no prolongamento da vida útil
pós-colheita de mangas ‘Palmer’. Utilizou-se mangas provenientes de pomar comercial
de Taquaritinga-SP, safra 2006/2007, que foram colhidas no estádio de maturação “de
vez” e imediatamente transportados para o laboratório de Tecnologia dos Produtos
Agrícolas da FCAV, Jaboticabal, onde foram selecionadas, visando padronizá-las
quanto a coloração, tamanho e ausência de injúrias. Na primeira fase os frutos foram
submetidos a tratamento com os fungicidas Sporekill
®
(cloreto de dodecil dimetil amônio
a 12%) e Magnate 500 EC
®
(imazalil a 50%), associados ou não com tratamento
hidrotérmico a 53°C/5 min (‘Tommy Atkins’) e 53°C/10 min (‘Palmer’). Após secagem,
eles foram armazenados sob condição de ambiente (23°C, 65% UR), e eram analisados
a cada três (‘Palmer’) ou quatro dias (‘Tommy Atkins’), quanto a ocorrência de
podridões, aparência, perda de massa e firmeza, assim como quanto ao pH e teores de
sólidos solúveis, acidez titulável e ácido ascórbico da polpa. Na segunda fase, o melhor
tratamento para a manga ‘Palmer’ foi combinado com diferentes proteções e
armazenamento sob condição ambiente (23°C, 65% UR) ou refrigerada (12°C, 65%
UR). Os frutos armazenados sob refrigeração, após 28 dias foram levados ao ambiente,
para avaliação da evolução do amadurecimento, aos 3 e 6 dias. Utilizou-se os seguintes
tratamentos: Testemunha (sem tratamento); Testemunha com tratamento fitossanitário;
Filme de polietileno de baixa densidade (PEBD), com espessura de 0,050mm; Polifilme
multicamada; Filme de cloreto de polivinila (PVC), com espessura de 0,017mm; e Cera
de carnaúba a 18%. Na primeira fase, os frutos das cvs. Palmer e Tommy Atkins
submetidos aos diferentes tratamentos não apresentaram sinais de murchamento até o
sexto e oitavo dia, respectivamente. A associação do tratamento hidrotérmico com o
químico foi eficiente para controlar podridões, em mangas ‘Palmer’ por até 12 dias e em
‘Tommy Atkins’ por até 15 dias. Os resultados obtidos permitiram concluir que as
mangas apresentaram vida útil de 10 dias a 23°C, limitada pela aparência. Na segunda
parte, os tratamentos com PVC e Cera foram os mais eficientes na manutenção da
qualidade dos frutos, que apresentaram, sob condição ambiente (23°C e 65% UR), vida
útil de 12 dias. O PEBD e o polifilme promoveram o amadurecimento irregular dos
frutos, devido às altas concentrações de CO
2
e não se mostraram indicados para o
armazenamento de mangas. As proteções com PVC e Cera foram as mais eficientes e
permitiram manter as características de qualidade das mangas “Palmer por 31 dias,
sendo 28 dias sob condição refrigerada, seguido de 3 dias sob condição ambiente.
Palavras-Chave: Armazenamento, fungicidas, Mangifera indica, podridões, pós-
colheita, tratamento hidrotérmico
POSTHARVEST PRESERVATION OF MANGOES PRODUCED IN THE REGION OF
JABOTICABAL, BRAZIL
SUMMARY This work was undertaken to test the use of chemical control in
combination or not with hydrothermal treatment on the preservation and post harvest
quality of ‘Tommy Atkins’ and ‘Palmer’ mangoes. Also, we evaluated the effect of
modifying the storage atmosphere by the use of plastic film and carnauba wax on the
shelf life of ‘Palmer’ fruits. Mangoes from a commercial orchard in Taquaritinga-SP were
harvested in the season 2006/2007 at the breaker ripening stage, immediately
transported to the laboratory of Technology of Agricultural Products, FCAV, Jaboticabal,
and selected by color, size and absence of injuries. In the first stage, fruit were treated
with the fungicides Sporekill
®
(12% dodecyl dimethyl ammonium) and Magnate 500 EC
®
(50% imazalil), associated or not with hydrothermal treatment at 53°C for 5 min (‘Tommy
Atkins’) and 53°C for 10 min (‘Palmer’). After drying, fruits were stored at room
temperature (23°C, 65% RH), and analyzed every three (‘Palmer) or four days (‘Tommy
Atkins’) for the occurrence of rots, appearance, weight loss and firmness, as well as pH
and the levels of soluble solids, titable acidity and ascorbic acid in the pulp. In the
second phase, the best treatment for ‘Palmer’ mangoes was combined with different
protections and storage at room conditions (2C, 65% RH) or refrigerated (12°C, 65%
RH). Fruits stored with refrigeration were transferred to room conditions after 28 days for
ripening evaluations 3 and 6 days later. The following treatments were used: untreated
control, fungicide-treated control, low-density polyethylene film (0.050mm), multilayer
polyfilm, polyvinyl chloride (PVC) film (0.017mm), and 18% carnauba wax. In the first
stage, fruits from the cultivars Palmer and Tommy Atkins submitted to different
treatments showed no wilting symptoms until the sixth and eighth day, respectively. The
association of hydrothermal and chemical treatments was efficient in controlling rots in
‘Palmer’ and ‘Tommy Atkinsmangoes for up to 12 and 15 days. Results demonstrated
that mangoes had a shelf life of 10 days at 23°C, limited by the appearance. In the
second stage, treatments with PVC and wax were the most efficient in maintaining fruit
quality with a shelf life of 12 days at room conditions (23°C and 65% RH). Low-density
polyethylene film and polyfilm promoted irregular fruit ripening, due to high CO
2
concentrations, and are therefore not indicated for mango storage. PVC and wax
provided the most efficient protection and allowed the maintenance of “Palmer” quality
for 31 days, 28 of which under refrigeration followed by 3 days at room conditions.
Key words: storage, fungicides, Mangifera indica, rots, post harvest, hydrothermal
treatment.
1. INTRODUÇÃO
A exploração da cultura da manga no Brasil, até os anos sessenta, era voltada
para a agricultura de subsistência e sua produção se destinava ao mercado local. Os
cultivos eram de forma extensiva, sendo comum o plantio em quintais e fundos de vales
das pequenas propriedades, assim como sob a forma de cultivos subespontâneos.
Neste contexto predominavam as variedades locais, como ‘Bourbon’, ‘Rosa’, ‘Espada’,
‘Coquinho’ e ‘Ouro’, entre outras. Este quadro mudou com a implantação de grandes
áreas e o uso de novas variedades com comprovada aceitação pelo mercado interno e
externo (PINTO et al., 2002).
Devido às suas peculiaridades quanto ao aroma e sabor, além das excelentes
condições nutritivas e possibilidades de seu cultivo no Brasil, a manga passou a ser
vista como uma alternativa frutícola, com boas perspectivas.
Com o aumento da demanda, bem como da produção, aumentou a incidência de
pragas e doenças nesta cultura. Uma das doenças mais graves da mangueira é a
causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides Penz, conhecida como antracnose.
Dentre as medidas para o controle desta e de outras doenças na pós-colheita, tem-se a
utilização de fungicidas e de tratamentos hidrotérmicos, sendo estes últimos
recomendados para frutos que serão exportados, por serem eficazes, não deixarem
resíduos e terem custo relativamente baixo (FILGUEIRAS et al., 2000). Um dos
limitantes ao tratamento hidrotérmico é o amadurecimento acelerado do fruto e a
possibilidade de comprometimento da aparência do mesmo. Assim, necessidade do
estabelecimento de procedimentos fitossanitários que integrem fungicidas a tratamentos
hidrotérmicos, biofilmes, refrigeração e atmosfera modificada, com o objetivo de garantir
maior vida útil aos frutos, com a qualidade requerida.
2. REVISÃO DE LITERATURA
A manga (Mangifera indica L.) é originaria do sul asiático, mais precisamente da
Índia, e encontra no Brasil excelentes condições edafoclimáticas para o seu
desenvolvimento e produção. Do conjunto de frutas comercializado atualmente, ela é
uma das mais populares no mundo, em função do seu amplo consumo nos países
asiáticos e na América Latina. O interesse pelo seu cultivo se deve à excelência de
seus frutos que, além do sabor exótico, apresentam boas características
organolépticas, e uma composição rica em nutrientes, com destaque para os
carotenóides (SALUNKE & DESAI, 1984; FARIA et al., 1994).
O estádio de maturação, no qual o fruto é colhido, determina sua qualidade e
potencial de armazenamento. MEDLICOTT et al. (1988) relataram que os frutos da
mangueira atingem o completo desenvolvimento na planta, mas em tempos diferentes,
o que dificulta a determinação do ponto ideal para colheita. Em função disso, têm-se
estabelecido métodos destrutivos e não destrutivos, nem sempre de aplicabilidade
prática no campo, para determinar o estádio de maturação adequado para colheita.
Segundo MANICA (2001), a manga é um fruto climatérico e se caracteriza por
apresentar um crescimento rápido das células, com elevada atividade respiratória e
com grande capacidade de acúmulo de reservas nutricionais, na forma de amido. Seus
frutos podem completar o amadurecimento após a colheita, mas quando colhidas na
fase de desenvolvimento fisiológico, antes da fase pré-climatérica, o fluxo de seiva
proveniente da planta-mãe é cortado, provocando seu murchamento, devido às perdas
de água por transpiração e falta de sua reposição pela seiva. A polpa fica
esbranquiçada, dura, ácida, sem sabor e aroma.
Sendo uma das mais populares frutas tropicais, a manga pode ser consumida de
várias formas, sendo a principal delas in natura, mas pode ser processada em
diferentes produtos como sucos, caldas, compotas, geléias e muitos outros (DONADIO
et al., 1998).
Em volume, a produção de mangas é a segunda maior safra mundial de frutas
tropicais, depois da banana, e é a quinta, entre as frutas produzidas no mundo, onde é
menor que a da banana, citros, maçã e uva (FAO, 2005). O Brasil é um dos maiores
produtores de manga, com cerca de 950 mil toneladas produzidas no ano de 2004,
sendo que as regiões nordeste e sudeste são responsáveis por 63% e 37% desta
produção, respectivamente (AGRIANUAL, 2007).
Somente os frutos de alta qualidade, livres de doenças, distúrbios fisiológicos e
pragas podem conquistar novos mercados. Existem, entretanto, exigências específicas
da parte dos países importadores de frutas frescas, que devem ser necessariamente
atendidas. Em primeiro lugar, são feitas rigorosas restrições à entrada de frutas
portadoras de organismos exóticos e que possam representar alguns riscos à
agricultura do país importador. Outra restrição importante é aquela que diz respeito aos
defensivos agrícolas utilizados na fase de produção e pós-colheita dos frutos e a seus
resíduos, o que é objeto de vigilância permanente (JUNQUEIRA, 2001).
O mercado interno também está, a cada dia, mais exigente quanto à qualidade
de mangas. Dessa forma, frutos com manchas na casca, coloração anormal e/ou com
amolecimento interno da polpa são excluídas. A indústria também está cada vez mais
cuidadosa quanto a qualidade interna e externa da manga, pois frutos com cascas
manchadas por doenças e/ou com amolecimento da polpa são rejeitados, pois
encarecem o processo de industrialização e levam a alterações nas características
físicas e químicas dos produtos (JUNQUEIRA, 2001).
Como a aparência é o fator mais importante ao sucesso da comercializão
desta fruta, os defeitos na casca são pouco tolerados, que deve ser perfeita até chegar
ao consumidor final. Este é um grande desafio à exportação desta fruta, que tem casca
frágil e cujas suas lenticelas e estômatos podem abrigar os esporos da antracnose
(Colletotrichum gloeosporioides Penz).
Outras podridões, além da antracnose, tamm são problema à conservação
pós-colheita da manga, como as podridões moles que têm sido atribuídas aos fungos
Lasiodiplodia theobromae, Diplodia natalensis e Hendersonia creberrima (SAMPAIO,
1983).
O sintoma típico da antracnose, nas mangas maduras, são as lesões
arredondadas, grandes, necróticas e com bordas ligeiramente elevadas e o centro
deprimido, onde são produzidas as massas de conídios de coloração alaranjada. Com o
passar do tempo, estas lesões podem coalescer e envolver todo o fruto, e às vezes até
causar rachaduras na casca (BAILEY et al., 1992).
Em condições de elevada umidade ambiental e de temperatura superior a 22°C,
é possível observar, no centro das lesões, pontuações pardo-amareladas, que são as
frutificações do patógeno. Em muitos casos, ocorre a formação do sintoma denominado
“mancha de lágrimas”, no qual várias lesões se distribuem a partir do pedúnculo em
uma única direção, dando a impressão de um escorrimento (JUNQUEIRA, 2001).
O controle de podridões na pós-colheita é realizado com a aplicação de produtos
fungicidas, tendo como objetivo a redução do inóculo de patógenos na superfície dos
frutos, erradicação das infecções produzidas no campo e supressão da esporulação e
dispersão de esporos (POZZAN, 1997).
Atualmente, poucos fungicidas são registrados para o tratamento fitossanitário
pós-colheita da manga, dentre eles estão os fungicidas imazalil, procloraz e tiabendazol
(AGROFIT, 2008). Além destes pode-se destacar o produto cloreto de dodecil dimetil
amônio, detergente utilizado na lavagem de frutas e hortaliças, com a função de reduzir
o desenvolvimento de patógenos na pré e pós-colheita. NASCIMENTO & AZEVEDO
(2006) verificaram que a associação do cloreto de dodecil dimetil amônio com o imazalil
apresentou eficiência no controle de Penicillium digitatum em frutos de tangor ‘Murcott’,
e recomendam a utilização deste produto na água de lavagem das unidades de
beneficiamento como mais uma opção para diminuir as contaminações.
Tem-se recomendado também para o controle de podridões após a colheita, a
imersão dos frutos em água quente, pura ou combinada com fungicidas (FILGUEIRAS
et al., 2000).
No tratamento hidrotérmico, a temperatura da água deve ser mantida constante,
a 55°C, e as mangas devem ficar imersos durante 5 minutos. Recomenda-se, para uma
maior eficiência deste tratamento, sua associação com fungicidas (BLEINROTH, 1994).
EVANGELISTA et al. (1996) verificaram que o tratamento hidrotérmico permitiu
controlar o aparecimento da antracnose em mangas, por três semanas, em frutos
armazenados a 12,8°C. De acordo com FILGUEIRAS et al. (2000), quando a imersão
em água quente é combinada com fungicida, as temperaturas devem ser reduzidas
para 52 - 53°C.
JACOBS et al. (1973) verificaram que o tratamento dos frutos, por 5 minutos,
com água quente (55°C) contendo o fungicida benomyl, controlou satisfatoriamente a
antracnose e a podridão marrom causada por Dothiorela ribis. SAMPAIO (1983), ao
testar duas concentrações de benomyl, 0,025% e 0,055%, relatou redução nas perdas
causadas pela antracnose e controle parcial das podridões moles em mangas.
DIAS et al. (2005) associaram o tratamento hidrotérmico (55°C), com o fungicida
prochloraz, e controlaram totalmente o aparecimento de sintomas da antracnose em
mangas da cv. Van Dike.
O inconveniente do tratamento hidrotérmico é que ele acelera a maturação,
reduz o brilho e promove o enrugamento da casca dos frutos. A aplicação de cera, em
emulsão aquosa, pode minimizar estes problemas (LAKSMINARAYANA, 1980;
JACOBS et al., 1973). Esta aplicação também pode retardar a atividade respiratória dos
frutos, porém, é usualmente feita após um tratamento pós-colheita com fungicida, pois
as ceras melhoram a aparência do produto e reduzem a perda de umidade, mas têm
pouco efeito na redução de doenças.
Um ponto muito importante para a utilização de ceras e suas emulsões é a
espessura da camada aplicada, pois, quando muito fina não apresenta efeito contra a
perda de umidade, mas quando excessiva, pode provocar o desenvolvimento de
sabores estranhos (CHITARRA & CHITARRA, 2005). A aplicação de ceras com
espessura adequada, além de reduzir a perda de água para o ambiente, pode conferir
proteção contra microrganismos patogênicos, aumentando a vida útil e melhorando a
aparência final do produto (EDWARD & BLENNERHASSETT, 1994; JOYCE et al.,
1995).
As ceras comerciais são emulsões aquosas baseadas em parafina, cera de
carnaúba, gomas, resinas e óleos minerais (EVANGELISTA et al., 1996), apesar da
eficiência, sua aplicação tem como limitações o custo e o possível efeito residual
(VICENTINI, 1999). O uso de outras substâncias, em maçã, também mostrou que o
óleo mineral e a parafina reduzem a permeabilidade da epiderme, diminuem a taxa
respiratória e de amaciamento da polpa e retardam as alterações na cor da casca
(BEN-YEHOSHUA, 1987).
BHULLAR et al. (1984), tratando mangas das cvs. Dusehri e Langra com cera,
nas concentrações de 3% a 6%, observaram que elas, após 12 dias de armazenamento
a temperatura ambiente (23 25°C), apresentavam boa aparência, enquanto que as
não tratadas se apresentavam enrugadas e totalmente amarelas. PASSAM (1982)
observou que mangas da cv. Long, tratadas com ceras Sta-Fresh® a 3% e
armazenadas à temperatura ambiente (28 – 32°C), apresentaram vida útil de 11 dias.
A atomizão é o meio mais recomendado para a aplicação de ceras, porém,
elas também podem ser aplicadas por pulverização, imersão ou escovas, quando
também podem ser usadas como veículo para fungicidas, bactericidas e reguladores de
crescimento (FINGER & VIEIRA, 1997).
CHEN & PAULL (1986) efetuaram, em mamão, a aplicação conjunta de cera com
o fungicida thiabendazole e não obtiveram resultados que justificassem esta aplicação.
No entanto, EVANGELISTA et al. (1996) obtiveram bons resultados com a utilização de
cera adicionada do fungicida benomyl, na redução da incidência de antracnose em
mangas da cv. Tommy Atkins, armazenadas a 10°C.
A vida pós-colheita da manga também é limitada por deterioração fisiológica e ao
excessivo amadurecimento da fruta, além do desenvolvimento podridões.
Produtos perecíveis necessitam de armazenamento para balancear as flutuações
do mercado entre a colheita e a comercialização diária, além de armazenamento por
longo tempo, para aumentar o período de comercialização após a colheita (CHITARRA
& CHITARRA, 2005).
A manutenção da qualidade dos frutos, proporcionada pela ausência de doenças
ou problemas fisiológicos, deve ser aliada a técnicas de armazenamento pós-colheita,
que reduzam as taxas respiratórias e retardem o amadurecimento e o desenvolvimento
de desordens. A refrigeração e as modificações na atmosfera ambiente ou mesmo a
combinação de ambas, imediatamente após a colheita, podem evitar ou reduzir estes
problemas. Frutos tropicais podem ter a vida pós-colheita prolongada, com redução da
taxa respiratória, da produção de etileno e, conseqüentemente, diminuição do
amadurecimento por meio da modificação da atmosfera (AWAD, 1993; CHITARRA &
CHITARRA, 2005).
A respiração é um dos fatores determinantes do potencial de longevidade das
frutas na fase de pós-colheita, estando intimamente ligada à temperatura e à
concentração de gases ao redor das mesmas (KADER, 1986). Este processo fisiológico
tem sido usado para separar os frutos em dois padrões distintos: climatérico e não-
climatérico. A manga enquadra-se no primeiro padrão, pois pode completar seu
amadurecimento após a colheita, levando de 2 a 9 dias, dependendo da cultivar e do
grau de maturidade no momento da colheita.
Existe uma temperatura ideal para o amadurecimento de cada tipo de fruto, para
que o mesmo alcance um máximo de qualidade comestível. Temperaturas inferiores ou
superiores não são satisfatórias e podem levar a injúrias fisiológicas (CHITARRA &
CHITARRA, 2005).
A temperatura utilizada durante o armazenamento é de grande importância, pois
também influencia na taxa de transpiração das frutas. Excesso de transpiração na pós-
colheita resulta em enrugamento, desenvolvimento desuniforme da cor e
amadurecimento irregular, além de afetar suas características sensoriais
(EVANGELISTA, 1999). Os produtos hortícolas, principalmente as frutas, necessitam de
maiores cuidados, pois quanto mais rapidamente é a redução de sua temperatura maior
será o tempo para que se possa comercializá-los. Normalmente, uma redução de 10°C
aumenta sua vida útil em 2 a 3 vezes (TANABE & CORTEZ, 1999). As baixas
temperaturas são utilizadas para prolongar a vida útil de frutas, pois mantém o
metabolismo das mesmas em níveis baixos, reduzindo a perda de água e retardando
seu amadurecimento e a senescência (MOSCA, 1992).
O abaixamento da temperatura retarda o pico climatérico e reduz sua
intensidade, podendo até mesmo suprimi-lo, quando a temperatura atinge o limite
fisiológico de tolerância da fruta (CHITARRA & CHITARRA, 2005).
A conservação da manga tem sido bastante estudada e o uso da refrigeração foi
o primeiro tratamento empregado e ainda continua sendo o tratamento mais eficiente
para prolongar sua vida pós-colheita, permitindo a exportação por meio de transporte
menos oneroso mas mais lento, o que possibilita sua inclusão no mercado internacional
(SAMPAIO, 1983). Os demais métodos de controle do amadurecimento e das doenças
são utilizados como complemento da refrigeração (CHITARRA & CHITARRA, 2005).
As frutas tropicais, como a manga, são bastante sensíveis a danos causados
pelo frio, “chilling injury”, e tem-se indicado como temperatura de segurança, 10 - 13ºC
(MEDINA, 1995), mas a temperatura de armazenamento recomendada para cada
variedade é específica.
HARDENBURG et al. (1986) recomendam o armazenamento a 13°C, pelo
período de 2 a 3 semanas. Segundo estes mesmos autores, os frutos de algumas
cultivares de manga, tais como a ‘Irwin’ e a ‘Tommy Atkins’, podem ser armazenados a
10°C, por 3 semanas, enquanto outras, como a ‘Haden’ e a Keitt’, são suscetíveis ao
“chilling”, nesta temperatura. Em temperaturas abaixo de 10°C, todas as mangas são
altamente suscetíveis ao “chilling”, que se manifesta como uma descoloração cinzenta e
pobre desenvolvimento do sabor e da cor.
SEYMOUR et al. (1990) armazenaram mangas ‘Amélie’, Kent’ e Sensation’,
colhidas em diferentes fases de maturação, a 12ºC e por períodos superiores a 21 dias,
observando que a resposta dependeu da cultivar, do ponto de colheita e de sua idade
na colheita. Estes autores verificaram que o amadurecimento foi mais efetivamente
retardado nos frutos mais maduros, principalmente nos da ‘Amélie’. CHADA & PAL
(1993) relataram que mangas ‘Dashehari’, colhidas no estádio pré-climatérico e
armazenadas por 30 dias a 10ºC, desenvolveram escurecimento das fibras da polpa.
O grau de maturação, segundo MEDLICOTT et al. (1990), exerce influência na
conservação da manga. Quando colhidas e estocadas “verdes”, durante 21 dias à 12ºC,
apresentam melhor capacidade de armazenamento que as medianamente maduras.
Estes autores também observaram que a transferência de frutos “verdes”, após o
armazenamento, para temperaturas de 25ºC tornou-os impróprios à comercialização,
devido a desordens causadas pelo frio ou “chilling”. SALLES & TAVARES (1999)
avaliaram a vida útil pós-colheita de mangas ‘Tommy Atkins’, colhidas em quatro
estádios de maturação e estocadas sob refrigeração ou condição de ambiente, e
observaram que os frutos colhidos a partir de 105 dias após a antese amadureceram
adequadamente, enquanto os colhidos aos 75 e 90 dias apresentaram maior perda de
massa. Em geral, os frutos mantidos sob refrigeração por 30 dias, quando levados ao
ambiente, resistiram até o 35° dia.
De modo geral, mangas submetidas a baixas temperaturas não tem os teores de
seus constituintes químicos afetados, com exceção feita ao β-caroteno e carotenóides
totais, e a certos constituintes do sabor (SALUNKHE & DESAI, 1984; VASQUEZ-
SALINAS & LAKSHMINARAYANA, 1985; MEDLICOTT et al., 1986).
ZAMBRANO et al. (2000) analisaram o efeito do armazenamento refrigerado a
13ºC, sobre a qualidade pós-colheita de frutos das variedades Palmer, Keitt, Springfels,
Kent e Anderson e concluíram que o amadurecimento de cada um deles só foi afetado
pelo tempo de armazenamento.
Para melhor conservação dos frutos pode-se utilizar a técnica do
armazenamento sob atmosfera modificada, que consiste no envolvimento dos mesmos
com filmes plásticos ou com produtos químicos que formam uma película protetora,
como a cera e a parafina, visando a modificação da atmosfera ao seu redor ou em seus
tecidos (CABRAL et al., 1984). Segundo AWAD (1993), no interior das embalagens, a
respiração dos frutos reduz a concentração de O
2
e aumenta a de CO
2
, até níveis que
dependem do tipo, variedade, peso, estádio de maturação, temperatura dos frutos e das
características da película plástica (estrutura, densidade e espessura) que determinam
sua permeabilidade aos diferentes gases (CO
2
, O
2
, C
2
H
4
). Dependendo do mecanismo
pelo qual se estabelece a atmosfera no interior da embalagem pode-se ter o uso de
atmosfera passiva, sem controle rígido das concentrações de O
2
e CO
2
, ou de
atmosfera ativa, com controle inicial das concentrações dos gases (LANA & FINGER,
2000).
A redução do oxigênio e o aumento do dióxido de carbono, além de causarem
uma diminuição na respiração e, conseqüentemente, no metabolismo das frutas,
também inibem a produção autocatalítica do etileno (KADER, 1979). Segundo KADER
et al. (1989), a espessura do material da embalagem pode levar ao desenvolvimento de
“off flavors” (sabores estranhos ou fermentação), em conseqüência da respiração
anaeróbica, que leva a um acúmulo de acetaldeído e de etanol, geralmente quando os
teores de O
2
ficam abaixo de 2% e os de CO
2
acima de 20%.
Os filmes plásticos à base de polietileno ou cloreto de polivinila (PVC), devido a
praticidade, custo relativamente baixo e alta eficiência, tem sido bastante utilizados,
principalmente quando associados ao armazenamento refrigerado. Isto permite a
manutenção da qualidade dos frutos, proporcionada pela ausência de doenças ou
problemas fisiológicos, principalmente quando são aplicadas imediatamente após a
colheita. Estes cuidados permitem que as frutas tropicais possam ter a vida pós-colheita
prolongada, com redução na taxa respiratória e na produção de etileno e
conseqüentemente atraso no amadurecimento, devido a modificação na atmosfera
(AWAD, 1993; CHITARRA & CHITARRA, 2005).
A combinação de armazenagem frigorificada com embalagem é uma técnica
recomendada para aumentar o tempo de armazenamento e a vida útil pós-colheita de
produtos frescos perecíveis, como a manga, inclusive para que possam ser
transportadas via marítima (McGLASSON, 1992).
3. MATERIAL E MÉTODOS
Foram realizados experimentos de pós-colheita com mangas das cultivares
Tommy Atkins e Palmer, colhidas em pomar comercial situado no município de
Taquaritinda-SP, distante 20 km de Jaboticabal-SP. Estes experimentos foram
realizados com mangas colhidas em épocas distintas. Para a primeira fase, as mangas
foram colhidas nos dias 14/01/2006 e 11/12/2006 e para a segunda fase a colheita foi
realizada em 17/01/2007.
A colheita foi realizada manualmente, no período da manhã, com os frutos no
estádio “de vez”, correspondente ao grau 2 - 3 da escala de coloração indicada pela
GTZ (1992). Logo após a colheita, os frutos foram colocadas em caixas plásticas,
previamente forradas com plástico bolha e cuidadosamente transportadas para o
Laboratório de Tecnologia dos Produtos Agrícolas do Departamento de Tecnologia da
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, UNESP.
Uma vez no laboratório, os frutos foram lavados em água corrente e seus
pedúnculos padronizados em 10-20 mm, antes da seleção que visou eliminar os com
lesões mecânicas e uniformiza-los quanto ao estádio de maturação.
Na primeira fase do trabalho, testou-se o tratamento com os fungicidas Sporekill
®
(cloreto de dodecil dimetil amônio a 12%) e Magnate 500 EC
®
(imazalil a 50%),
associados ou não com tratamento hidrotérmico, no controle das podridões pós-
colheita. Na segunda fase foi associado o tratamento que possibilitou os melhores
resultados na primeira fase, com armazenamento refrigerado e atmosfera modificada,
procurando-se ampliar a vida de prateleira dos frutos.
A divisão em duas fases possibilitou verificar, na primeira, o efeito dos
tratamentos fitossanitários preconizados, sem interferência da refrigeração ou de
modificação na atmosfera e na segunda, o incremento à vida útil de mangas que
receberam tratamento anti-podridões, proporcionado pela refrigeração e atmosfera
modificada.
Na primeira fase, os frutos das mangas ‘Tommy Atkins’ e ‘Palmer’ foram
submetidos aos seguintes tratamentos: 1) Testemunha; 2) imersão em fungicida
Sporekill
®
a 100 mL/100 L (SPK) por 10 minutos; 3) imersão em fungicida Magnate 500
EC
®
200mL/100 L (IMA) por 2 minutos; 4) tratamento hidrotérmico (‘Tommy Atkins’ -
53°C/5 min. e ‘Palmer’ - 53°C/10 min.), seguido de imersão em fungicida Sporekill
®
(HT
+ SPK); 5) tratamento hidrotérmico, seguido de imersão em fungicida Magnate 500
EC
®
(HT + IMA).
Após a realização dos tratamentos, as mangas foram armazenadas sob condição
de ambiente (23 ± C, 65 ± 5% UR). Durante o período de armazenamento, os frutos
de cada tratamento foram amostrados, ao acaso, a cada 4 dias para os da Tommy
Atkins’ e a cada 3 dias para os da ‘Palmer’.
Na segunda fase, realizada como mangas ‘Palmer’, testou-se com a proteção de
diferentes filmes e armazenamento refrigerado em frutas previamente submetidas a
tratamento hidrotérmico (53°C/10 min.), seguido de imersão em Magnate 500 EC
®
a
200mL/100L por 2 minutos. Os tratamentos estabelecidos foram submetidos os
seguintes: Testemunha (sem tratamento); Testemunha com tratamento fitossanitário;
Filme de polietileno de baixa densidade (PEBD), com espessura de 0,050mm; Polifilme
multicamada (Cry-O-Vac
®
PD 900); Filme de cloreto de polivinila (Goodyear
®
), com
espessura de 0,017mm; e Cera de carnaúba a 18% (Aruá BR-A2 Tropical). Os frutos
que receberam estes tratamentos foram armazenados sob condição de ambiente (23 ±
C, 65 ± 5% UR) ou refrigerado (12° ±C, 65 ± 5% UR).
Os frutos armazenados sob refrigeração, por até 28 dias, eram amostrados, ao
acaso, a cada 7 dias. Depois do período sob refrigeração, eles foram levados ao
ambiente, com avaliação do amadurecimento após 3 e 6 dias. Os armazenados sob
condição ambiente foram amostrados, ao acaso, a cada três dias (0, 3, 6, 9 e 12 dias),
para os tratamentos: Testemunha, Testemunha com tratamento fitossanitário, Filme de
cloreto de polivinila (PVC) e Cera de carnaúba. Para os tratamentos, Filme de
polietileno de baixa densidade (PEBD) e Polifilme multicamada (PD 900), as
amostragens foram realizadas a cada três dias (0, 6 e 9 dias), quando os frutos eram
retirados das embalagens e avaliados após três e seis dias, para verificar a evolução do
seu amadurecimento.
Os frutos de todos os tratamentos foram analisados quanto à ocorrência de
podridões, aparência, coloração da casca e da polpa, perda de massa e firmeza, assim
como o pH e os teores de sólidos solúveis, acidez titulável e ácido ascórbico da polpa.
Em cada tratamento, foram separadas três amostras, com dois frutos cada, para
avaliação, a cada 2 dias, da perda de massa fresca, evolução da aparência e
aparecimento de podridões. A intensidade da respiração era determinada diariamente,
em triplicata, utilizando-se dois frutos por repetição.
A aparência foi avaliada mediante a atribuição de notas, adotando-se os
seguintes valores: 1 = frutos túrgidos, sem manchas e sem podridões; 2 = frutos com
sinais de murchamento; e 3 = frutos totalmente murchos. Considerou-se a nota 2 de
aparência como o valor limite para a vida útil ou comercial dos frutos.
O aparecimento de podridões foi detectado através de observação visual, e
indicada mediante a atribuição de notas, onde: 1 = ausência de infecção; 2 = lesões em
até 10% dos frutos; 3 = lesões em 10% a 30% dos frutos; 4 = lesões em 30% a 50%
dos frutos; e 5 = lesões em mais de 50% dos frutos. O agente causal foi identificado
através de observação de suas estruturas em microscópio óptico comum e comparação
destas com o apresentado por BARNETT & HUNTER (1972)
Para a determinação da porcentagem de perda de massa foi considerada a
diferença entre o peso inicial do fruto e aquele obtido a cada intervalo de tempo de
amostragem, utilizando-se balança semi-analítica, Marte modelo AS 2000 com
capacidade para 1200g e precisão de 0,01g.
A firmeza da polpa foi determinada usando-se um penetrômetro McCormick
modelo FT 327, com ponteira cilíndrica de 8mm de diâmetro e penetração de 7mm na
polpa. As avaliações foram feitas em duas regiões eqüidistantes e em lados opostos da
região equatorial dos frutos, após a remoção da casca. As leituras foram expressas em
Newton.
A respiração dos frutos foi avaliada colocando-se a amostra com 2 frutos, em
recipiente hermeticamente fechado e com capacidade de 3L, por uma hora. Tomou-se
alíquotas de 0,3 mL do ar, homogeneizado antes e depois deste tempo, nas quais se
doseou o conteúdo de CO
2
. Estas amostras eram retiradas com microseringa Hamilton
dotada de válvula de contenção de gases, e analisadas em cromatógrafo gasoso CG
Finnigan 9001. Este aparelho é integrado por coluna Porapack-N (3,3mm; 3,15m),
peneira molecular 5A (3,3mm; 1,25m), metanador e detectores de condutividade
térmica (150°C) e de ionização de chama (150°C), e tem como gás de arraste o
nitrogênio (30 mL.min
-1
). O sistema opera com as colunas a 55°C e está acoplado a um
sistema de computação com o “software” Borwin 2.2, o qual permite a integração dos
picos obtidos e o cálculo das concentrações do CO
2
em relação a uma mistura padrão
contendo 10,00% O
2
e 0,10% CO
2
diluídos em N
2
, e fornecida pela White Martins. A
quantidade de CO
2
produzida no período permitiu quantificar a intensidade respiratória
dos materiais avaliados (TEIXEIRA, 2005).
A coloração, sempre na parte verde do fruto, foi determinada utilizando-se um
reflectômetro Minolta Croma Meter CR-200b, que se expressa segundo o sistema
proposto pela Commission Internacionale de L’Eclaraige (CIE) em L*a*b* (color space).
A coloração é relatada por três diferentes parâmetros: a luminosidade; o ângulo Hue ou
de cor, que indica a localização da cor em um diagrama e é calculado através da
fórmula, Hue= tg
-1
(b/a); e a cromaticidade, que indica a intensidade da cor e é
calculada utilizando-se a fórmula: C=
a
2
+ b
2
(MINOLTA CORP, 1994).
Para e determinação do teor de sólidos solúveis (SS), a polpa foi triturada em
processador doméstico e prensada em gaze para extração do suco, com posterior
quantificação em refratômetro digital Atago PR-101 Palette e os resultados expressos
em % (AOAC, 1997).
A acidez titulável (AT) foi determinada em amostra com 10 gramas de polpa
triturada, à qual se acrescentou 50 mL de água destilada, que após agitação, foi titulada
com solução padronizada de NaOH a 0,1 M, tendo-se como indicador a fenolftaleína a
1% e os resultados expressos em gramas de ácido cítrico por 100g de polpa
(INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985). O pH foi determinado usando-se potenciômetro
digital, com leitura feita em duplicata diretamente e na polpa triturada.
Os teores de ácido ascórbico (AA) foram doseados em 10 gramas de polpa
triturada e adicionada de 70mL de ácido oxálico a 0,5%, a C, que após agitação e
filtragem, teve seu volume completado para 100mL com o ácido oxálico a 0,5%. A
quantificação foi feita por método titulométrico, usando-se 2,6 diclorofenolindofenol de
sódio a 0,1% (RANGANNA, 1977).
A perda de massa fresca foi estatisticamente analisada utilizando-se regressão
polinomial (GOMES, 1977), e as equações de grau comparadas, quanto ao
paralelismo, através do teste t (NETER et al., 1978).
Na primeira fase, o delineamento experimental adotado foi o inteiramente
casualizado (DIC), em esquema fatorial 5 x 5, com 3 repetições, em que o primeiro fator
correspondeu aos tratamentos (Testemunha e Fungicidas, associados ou não ao
tratamento hidrotérmico) e o segundo, ao tempo de armazenamento, ou seja, 0, 4, 8, 12
e 15 dias para a manga ‘Tommy Atkins’ e 0, 3, 6, 9 e 12 para a Palmer’. Cada parcela
experimental foi composta de 2 frutos. As médias foram comparadas pelo teste de
Tukey, adotando-se o nível de significância de 5%. Para a descrição das variáveis, em
função dos períodos de armazenamento, foram feitas análises de regressão e os
modelos polinomiais foram selecionados observando-se a significância do teste F para
cada modelo e coeficientes de determinação maiores que 0,70.
Na fase 2, o delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado,
em esquema fatorial 6 x 5, com 3 repetições, em que o primeiro fator correspondeu aos
tratamentos (Testemunha sem tratamento, Testemunha com tratamento fitossanitário,
PEDB, PD 900, PVC e Cera) e o segundo, ao tempo de armazenamento, ou seja, 0, 3,
6, 9 e 12 dias para os frutos armazenados sob condição de ambiente e 0, 7, 14, 21 e 28
para os sob condição refrigerada. Para os tratamentos PEBD e PD 900, armazenados
sob condição ambiente, também se adotou o delineamento inteiramente casualizado,
em esquema fatorial 2 x 5, em que o primeiro fator correspondeu aos tratamentos
PEDB e PD 900 e o segundo ao tempo de armazenamento na embalagem, acrescido
do tempo após a retirada da mesma, ou seja, 0, 6+3, 6+6, 9+3 e 9+6 dias. Para os
tratamentos levados da refrigeração para o ambiente, adotou-se esquema fatorial 5 x 5,
em que o primeiro fator correspondeu aos tratamentos (Testemunhas, PEDB, PD 900,
PVC e Cera) e o segundo, ao tempo de armazenamento sob refrigeração mais o tempo
sob condição ambiente, ou seja, 0, 7+3, 14+3, 21+3, 28+3 dias, e esquema fatorial 5 x 4
quando os frutos dos mesmos tratamentos foram mantidos sob condição ambiente por
seis dias, ou seja, 0, 7+6, 14+6, 21+6 dias. Cada parcela experimental foi composta de
2 frutos. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, adotando-se o nível de
significância de 5%. Para a descrão das variáveis, em função dos períodos de
armazenamento, foram feitas análises de regressão e os modelos polinomiais foram
selecionados observando-se a significância do teste F para cada modelo e coeficientes
de determinação maiores que 0,70.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Tratamentos com fungicidas, associados ou não ao tratamento hidrotérmico
4.1.1. Manga ‘Tommy Atkins’
Na colheita, os frutos apresentavam-se com aspecto túrgido e sem podridões
(nota 1), a casca apresentava coloração verde claro, indicada pela luminosidade
(50,79), cromaticidade (32,96) e ângulo hue (122,52) e a polpa coloração creme
(luminosidade = 81,40, cromaticidade = 50,28 e ângulo Hue = 103,2). Estes frutos
apresentavam polpa resistente à penetração ou firmeza de 129,93 N, e teores de 7,31%
de sólidos solúveis, 0,85 g ácido cítrico 100g
-1
de acidez titulável e 17,37 mg 100g
-1
de
ácido ascórbico. Estes valores também estão indicados nas figuras do texto e referem-
se ao zero dia de armazenamento.
Os frutos da Tommy Atkins não apresentaram podridões até o oitavo dia de
armazenamento sob condição ambiente, independente do tratamento utilizado (Figura
1A). No décimo dia observou-se a presença de podridões em frutos de todos os
tratamentos. Pode-se constatar que os frutos do Testemunha apresentaram a maior
ocorrência de podridões, e que não houve diferença estatística entre os diferentes
tratamentos, em qualquer um dos tempos de armazenamento.
0
1
2
3
4
5
0 2 4 6 8 10 12 15
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÕES (NOTAS)
Testemunha SPK IMA HT + SPK HT + IMA
0
1
2
3
4
0 2 4 6 8 10 12 15
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Figura 1. Ocorrência de podridões (A) e evolução da aparência (B) em mangas ‘Tommy Atkins
tratadas com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5
minutos) e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Notas de podridões:
1= ausência de infecção; 2= lesões em até 10% dos frutos; 3= lesões em entre 10% a 30% dos
frutos; 4= lesões em 30% a 50% dos frutos; e 5= lesões em mais de 50% dos frutos. Notas de
aparência: 1= frutos túrgidos, sem manchas e sem podridões; 2= frutos com sinais de
murchamento; e 3= frutos totalmente murchos.
É importante ressaltar que as mangas avaliadss neste ensaio foram colhidos sem
a presença de sintomas de enfermidades e que os esporos permaneceram em
dormência até o amadurecimento, quando se observou o desenvolvimento de manchas
(CUNHA et al., 2000). Deve-se deixar observado que a podridão foi identificada como
antracnose, cujo agente causal é o Colletotrichum gloeosporioides Penz.
Verifica-se na Figura 1B que os frutos de todos os tratamentos apresentavam
aparência comercial até o 10° dia (nota 2), e que após quinze dias de armazenamento,
os frutos de todos tratamentos apresentavam-se totalmente murchos e com
comprometimento da aparência externa (nota 3), sem que esta evolução fosse
significamente afetada por qualquer um dos tratamentos aplicados.
A perda de massa fresca pelas mangas ‘Tommy Atkins’ aumentou de maneira
constante em todos os tratamentos (Tabela 1) e com maior intensidade nos frutos que
receberam o tratamento SPK, porém sem que houvesse diferença estatística entre as
mesmas, conforme o indicado pelo teste t.
B
Tabela 1. Equações de regressão representativas da evolução da perda de massa fresca
acumulada por mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas, associados ou o
com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR), durante 15 dias.
Tratamentos Y= A + BX r Teste t
Testemunha Y= 0,3725 + 1,0609X 0,9964** a
SPK Y= 0,4105 + 1,1233X 0,9957** a
IMA Y= 0,4552 + 1,0594X 0,9956** a
HT + SPK Y= 0,4039 + 1,0510X 0,9954** a
HT + IMA Y= 0,1191 + 1,0626X 0,9996** a
Y= perda de massa dos frutos (g) e X= dias de armazenamento
No teste t, as equações seguidas de letras iguais, não diferem entre si a 5% de probabilidade.
Após 15 dias de armazenamento, as mangas apresentavam 15,43%, 16,30%,
15,44%, 15,22% e 15,83% de perda de massa, para os tratamentos Testemunha, SPK,
IMA, HT + SPK e HT + IMA, respectivamente. LIMA et al. (2005), trabalhando com
mangas da cultivar Tommy Atkins, também observaram 15% de perda de massa fresca
em 12 dias, o que foi reafirmado pelos valores observados.
A perda de massa pelos frutos é uma variável importante, pois está diretamente
associada com a qualidade dos mesmos. Segundo BEN-YEHOSHUA (1987), um dos
principais problemas durante o armazenamento de frutas e hortaliças é a perda de
massa, que tem sido atribuída à transpiração e à respiração, o que também tem sido
observado ao se estudar os diversos cultivares de manga (GOWDA & HUDDAR, 2001;
YAMASHITA et al., 1997).
A Figura 2 indica que durante o período de armazenamento, os frutos de todos
os tratamentos aumentaram a taxa respiratória, com valores que aumentaram de 60,20
mgCO
2
kg
-1
h
-1
para 198,80 mgCO
2
kg
-1
h
-1
, que são maiores que os reportados por
GONZALEZ-AGUILAR et al. (2001) para mangas desta cultivar. Nos frutos tratados
hidrotermicamente e com imazalil (HT + IMA) observou-se a menor intensidade
respiratória durante os primeiros oito dias de armazenamento.
0
50
100
150
200
250
300
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
RESPIRAÇÃO (mg.CO
2
.Kg
-1
.h
-1
)
Testemunha SPK IMA HT + SPK HT + IMA
Figura 2. Taxa respiratória, em mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas, associados ou
não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
A coloração da casca evoluiu de verde claro, no primeiro dia de avaliação, para
amarelo intenso, ao final do período de armazenamento, indicado por aumento na
luminosidade e na cromaticidade (Figuras 3 e 4) e redução no ângulo Hue (Figura 5),
apesar da influência dos tratamentos em alguns dos parâmetros (Tabela 2).
Os resultados observados seguiram o comportamento descrito por MORAIS
(2000), ao avaliar a evolução da maturação de frutos desta variedade de manga.
Tabela 2. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da casca de mangas ‘Tommy Atkins’
tratadas com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5
minutos) e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), durante 15 dias.
Coloração da casca
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha 57,01 a 41,13 ab 111,48 ab
SPK 57,16 a 42,77 a 107,90 b
IMA 56,82 a 42,70 a 108,41 b
HT + SPK 53,57 b 39,54 b 114,44 a
HT + IMA 56,30 a 39,94 b 110,77 ab
Tratamentos (A) ** ** *
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,60 0,64 1,46
CV (%) 7,43 10,81 9,14
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas de
pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y= 0,7838x + 50,586
R
2
= 0,989**
0
20
40
60
80
0 2 4 6 8 10 12 14 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 3. Luminosidade da casca de mangas ‘Tommy Atkins’, tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas sob
condição ambiente (23°C, 65% UR).
y= -0,0115x
3
+ 0,2358x
2
+ 0,1429x + 32,724
R
2
= 0,995**
0
10
20
30
40
50
60
0 2 4 6 8 10 12 14 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 4. Cromaticidade da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas sob
condição ambiente (23°C, 65% UR).
y= -1,5465x + 121,62
R
2
= 0,9738**
0
20
40
60
80
100
120
140
0 2 4 6 8 10 12 14 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 5. Ângulo Hue da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas, associados
ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
A coloração da polpa não foi significativamente afetada pelos tratamentos, mas
sim pelo tempo de armazenamento sob as condições de ambiente (Tabela 3).
Tabela 3. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’
tratadas com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5
minutos) e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), durante 15 dias.
Coloração da polpa
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha 76,73 a 49,21 a 99,27 a
SPK 75,81 a 51,71 a 97,99 a
IMA 77,61 a 50,26 a 99,12 a
HT + SPK 76,75 a 50,19 a 104,17 a
HT + IMA 76,92 a 50,18 a 98,68 a
Tratamentos (A) NS NS NS
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,62 0,76 2,46
CV (%) 3,13 5,83 9,54
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas da
mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Os resultados indicam que a coloração da polpa evoluiu de creme para amarelo-
laranja, conforme o indicado pela GTZ (1992). A redução na luminosidade e no ângulo
Hue, a partir do quarto dia de armazenamento (Figuras 6 e 8), assim como o aumento
na cromaticidade (Figura 7), indicam a pida alteração na coloração da polpa, causada
pelo acúmulo de carotenóides. Esta evolução, também foi descrita por COCOZZA
(2003) quando armazenou mangas ‘Tommy Atkins’ sob condição ambiente, 27,5°C e
65,5% UR.
Em mangas ‘Lippens’ e ‘Smith’, a luminosidade da polpa é o parâmetro que varia
mais significativamente durante o amadurecimento (MARIN & CANO, 1992), embora
outros autores relatam que para a ‘Tommy Atkins’, o desenvolvimento de coloração
laranja intensa no mesocarpo, tendo a cromaticidade como a variação mais significativa
(MITCHAM & McDONALD, 1992), o que também foi o constatado neste trabalho.
y= 0,0071x
3
- 0,1085x
2
- 0,3903x + 81,467
R
2
= 0,9858**
72
74
76
78
80
82
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 6. Luminosidade da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’, tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos), e armazenadas sob
condição ambiente (23°C, 65% UR).
y= -0,0215x
3
+ 0,4829x
2
- 1,3739x + 42,099
R
2
= 0,9799**
0
10
20
30
40
50
60
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 7. Cromaticidade da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos), e armazenadas sob
condição ambiente (23°C, 65% UR).
y= 0,0258x
3
- 0,5986x
2
+ 2,6594x + 103,56
R
2
= 0,9217*
0
20
40
60
80
100
120
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 8. Ângulo Hue da polpa de mangas Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas, associados
ou não com tratamento hidrotérmico (5C/5 minutos), e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
A análise de variância dos resultados referentes à firmeza da polpa dos frutos
indicou efeito significativo apenas devido ao tempo de armazenamento (Tabela 4). Os
frutos apresentaram, inicialmente valores médios de 129,94 N e no final do período de
armazenamento, quando se apresentavam senescentes, esta resistência era de 7,28
N (Figura 9). Nesta Figura tem-se também, que os frutos apresentaram acentuada
redução na resistência da polpa até o oitavo dia de armazenamento, em todos os
tratamentos, com valores médios de 33,64 N, o que também foi o encontrado por
FREIRE & CHITARRA (1999), que relataram valores variando de 28,56 N a 33,81 N.
A redução na firmeza da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’, ao longo do período
de armazenamento e amadurecimento, complementa a textura típica da manga, que
tem grande importância para sua aceitação sensorial. Tem-se atribuído esta redução à
solubilização de protopectinas a pectinas ou ácido péctico, que têm baixo peso
molecular (SIGRIST, 1992). SAÑUDO et al. (1997) também indicam que durante o
amadurecimento da manga a conversão do amido em açúcares solúveis, o que
também contribui para reduzir a resistência da polpa.
Tabela 4. Firmeza, pH e teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e ácido ascórbico
(AA) na polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas, associados ou não
com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos), e armazenadas sob condição ambiente
(23°C, 65% UR).
Tratamentos
Firmeza
(N)
SS
(%)
AT (g.ác.
cítrico
100g
-1
)
pH
AA
( mg
100g
-1
)
Testemunha 65,31 a 11,40 a 0,64 a 4,04 ab 12,37 a
SPK 50,41 a 11,91 a 0,53 b 4,23 a 12,80 a
IMA 62,14 a 11,51 a 0,65 a 4,05 ab 12,36 a
HT + SPK 60,64 a 11,16 a 0,61 ab 4,01 b 12,18 a
HT + IMA 58,68 a 11,62 a 0,57 ab 4,02 b 11,69 a
Tratamentos (A) NS NS * * NS
Dias de armazenamento (B) ** ** ** ** **
Interação (A x B) NS NS ** NS NS
Erro padrão 4,20 0,23 0,02 0,05 0,33
CV (%) 27,38 7,62 15,97 4,49 10,31
Nas colunas, médias seguidas de mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
y= 0,3045x
2
- 13,726x + 139,15
R
2
= 0,9292**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
FIRMEZA (N)
Figura 9. Evolução na firmeza da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas sob
condição ambiente (23°C, 65% UR).
O tempo de armazenamento também afetou significativamente o acúmulo de
sólidos solúveis durante o armazenamento dos frutos (Tabela 4), sem que o mesmo
fosse afetado pelos tratamentos. Verificou-se também, um aumento acentuado neste
conteúdo até o oitavo dia de armazenamento, com valores médios que evoluíram de
7,30% até a estabilidade em 13,42% (Figura 10). Esta evolução também foi a
observada por COCOZZA (2003), que relatou evolução de 6,9% para 12,2%, e que
havia sido relatada por MORAIS et al. (2000).
y= -0,0045x
3
+ 0,0571x
2
+ 0,5396x + 7,2407
R
2
= 0,9849**
0
4
8
12
16
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
Figura 10. Evolução nos teores de sólidos solúveis da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’
tratadas com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5
minutos) e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
O aumento significativo nos teores de sólidos solúveis, durante o
armazenamento destes frutos, tem sido atribuído à transformação das reservas
acumuladas, principalmente amido, durante o desenvolvimento dos mesmos, a
açúcares solúveis (SAÑUDO et al., 1997; JERÔNIMO & KANESIRO, 2000).
A acidez titulável foi significativamente afetada pela interação entre os
tratamentos e o tempo de armazenamento, o que o aconteceu com o pH que foi
significativamente afetado pelo tempo de armazenamento, conforme o indicado na
Tabela 4.
A acidez titulável apresentou tendência de diminuição durante o armazenamento
o que se refletiu no pH (Figura 12), podendo-se deixar observado que os frutos
submetidos ao tratamento Sporekill (SPK) foram os que apresentaram a maior redução
na acidez e a menor no pH (Tabela 4, Figura 11).
Este comportamento está de acordo com o preconizado por CHITARRA &
CHITARRA (2005), ou seja, que a acidez decresce com o amadurecimento destes
frutos em decorrência de redução no processo respiratório, com conseqüente aumento
no pH (MEDLICOTT et al., 1986).
y1= -0,004x
2
+ 0,0007x + 1,0115
R
2
= 0,7642**
y3= -0,0055x
2
+ 0,0286x + 0,9446
R
2
= 0,8264**
y
4= -0,0035x
2
+ 0,0005x + 0,9453
R
2
= 0,8447**
y5= -0,0025x
2
- 0,0183x + 0,958
R
2
= 0,8499**
y2= -0,0017x
2
- 0,0382x + 0,9822
R
2
= 0,7814**
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDEZ TITULÁVEL (g. ác. cítrico 100g
-1
)
yi= Testemunha y2= SPK y3= IMA y4= TH + SPK y5= HT + IMA
Figura 11. Evolução na acidez titulável da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com
fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
y= -0,0009x
3
+ 0,0273x
2
- 0,1185x + 3,4931
R
2
= 0,9993**
0
1
2
3
4
5
6
0 4 8 12 16
DIAS DE ARMAZENAMENTO
pH
Figura 12. Evolução no pH da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5 minutos) e armazenadas
sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
O pH médio da polpa dos frutos foi 4,06 (Tabela 4), que está muito próximo do
indicado por SIQUEIRA et al. (1988) para sua utilização industrial, pois confere ao
produto maior resistência a contaminações microbianas.
Os teores de ácido ascórbico nas mangas ‘Tommy Atkins’ foram
significativamente afetados pelo fator dias de armazenamento (Tabela 4). Estes teores
variaram de 17,36 mg de ácido ascórbico 100g
-1
, no primeiro dia, para 6,28 mg 100g
-1
de polpa, no décimo segundo dia (Figura 13). Estes teores são concordantes com os
encontrados por EVANGELISTA et al. (1996), que trabalharam com frutos desta cultivar
e relatam variação de 18,56 mg 100g
-1
para 10,18 mg 100g
-1
de polpa, porém são
inferiores aos encontrados por DE SOUSA et al. (2002), que relataram teores de 61,43 -
36,99 mg 100g
-1
e por HOJO (2005), que relatou 58,93 - 74,82 mg 100g
-1
. Segundo
BLEINROTH et al. (1985), os valores de vitamina C em mangas maduras de diferentes
cultivares varia de 21 mg 100g
-1
a 71 mg 100g
-1
.
Conforme BOTREL (1994), estes teores variam de 5 mg 100g
-1
a 178 mg 100g
-1
e são influenciados por fatores como tipo de solo, clima, regime pluvial, grau de
maturação e temperatura de armazenamento (FONSECA et al., 1969).
y = -0,0252x
2
- 0,6299x + 17,418
R
2
= 0,9992**
0
3
6
9
12
15
18
21
0 4 8 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO (mg 100.g
-1
)
Figura 13. Evolução nos teores de ácido ascórbico da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’
tratadas com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/5
minutos) e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Os tratamentos com os frutos da manga ‘Tommy Atkins’ tratados com fungicidas,
associados ou não com o tratamento térmico, apresentaram vida útil, sob condição
ambiente (23°C e 65% UR), de 10 dias e foi limitada pela aparência.
4.1.2. Manga ‘Palmer’
Na colheita, os frutos se apresentavam com aspecto túrgido e sem podridões
(nota 1), com casca apresentando coloração verde clara, indicada pela luminosidade
(45,00), cromaticidade (22,03) e ângulo hue (130,44), e a polpa coloração creme
(luminosidade = 84,56, cromaticidade = 45,88 e ângulo Hue = 105,0). Estes frutos
apresentavam polpa com firmeza de 134,22 N, pH igual a 3,36 e teores de 6,39% de
sólidos solúveis, 0,96 g ácido cítrico 100g
-1
de
acidez titulável, e 33,27 mg 100g
-1
de
ácido ascórbico. Estes valores também estão indicados nas figuras do texto e referem-
se ao zero dia de armazenamento.
Na Figura 14A tem-se que os frutos da manga Palmer’ não apresentaram
podridões até o sexto dia de armazenamento sob condição ambiente, independente do
tratamento utilizado, e que as podridões foram registradas no oitavo dia, nos frutos
de todos os tratamentos.
0
1
2
3
4
5
0 2 4 6 8 10 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÕES (NOTAS)
Testemunha SPK IMA HT + SPK HT + IMA
0
1
2
3
4
0 2 4 6 8 10 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Figura 14. Ocorrência de podridões (A) e evolução da aparência (B) em mangas ‘Palmer’
tratadas com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (5C/10
minutos) e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Notas de podridões:
1= ausência de infecção; 2= lesões em até 10% dos frutos; 3= lesões em entre 10% a 30%
dos frutos; 4= lesões em 30% a 50% dos frutos; e 5= lesões em mais de 50% dos frutos.
Notas de aparência: 1= frutos túrgidos, sem manchas e sem podridões; 2= frutos com sinais
de murchamento; e 3= frutos totalmente murchos.
B
Pode-se constatar que os frutos do tratamento Testemunha apresentaram a
maior presença de podridões, apesar de não haver diferença significativa entre os
tratamentos.
Deve-se deixar observado que os frutos tratados com Sporekill (SPK) e os que
receberam tratamento fungicida associado ao hidrotérmico foram os mais eficientes na
contenção do desenvolvimento de podridões até o oitavo dia, com valores inferiores a
10% (nota 2) de incidência total nos frutos amostrados. No experimento anterior, em
que se utilizou mangas ‘Tommy Atkins’, os mesmos tratamentos foram eficientes na
contenção de podridões até o décimo dia (Figura 1A) e assim como neste experimento
o agente causal das podridões foi o Colletotrichum gloeosporioides Penz, com a
ocorrência de lesões identificadas como antracnose (BAILEY et al., 1992).
Os resultados referentes a evolução da aparência dos frutos, durante o período
de armazenamento, são mostrados na Figura 14B, onde pode-se observar que,
independente dos tratamentos testados, os frutos se mantiveram com aparência muito
boa (nota 1) até o sexto dia.
A ocorrência de doenças (Figura 14A) e a evolução da aparência (Figura 14B)
indicam que os frutos de todos os tratamentos e armazenados sob condição de
ambiente, apresentaram valor comercial por até dez dias, com pequena ocorrência de
podridões (Nota < 2) e apenas alguns sinais de murchamento (Nota < 2).
A perda de massa fresca pelas mangas ‘Palmer’ aumentou de maneira constante
e sem diferenças entre tratamentos (Tabela 5), o que também foi o observado em
mangas ‘Tommy Atkins’ (Tabela 1).
Tabela 5. Equações de regressão representativas da evolução da perda de massa fresca
acumulada por mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou não com
tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos), e armazenadas sob condição ambiente
(23°C, 65% UR), por 12 dias.
Tratamentos Y= A + BX r Teste t
Testemunha Y= 0,4889 + 1,1909X 0,9943 a
SPK Y= 0,4904 + 1,1402X 0,9942 a
IMA Y= 0,4739 + 1,0970X 0,9957 a
TH + SPK Y= 0,4254 + 1,1434X 0,9954 a
TH + IMA Y= 0,4550 + 1,1239X 0,9941 a
Y= perda de massa fresca dos frutos (g) e X= dias de armazenamento
No teste t, as equações seguidas de letras iguais, não diferem entre si a 5% de probabilidade.
Os frutos de todos os tratamentos, no final do período de armazenamento (12
dias), apresentavam perda de massa de 13,27%, que foi suficiente para causar
murchamento aos mesmos. JERÔNIMO (2000), ao armazenar mangas da cultivar
Palmer sob condição de ambiente, obteve perda de massa da ordem de 11,56%.
Segundo CHITARRA & CHITARRA (2005), perdas da ordem de 3% a 6% são
suficientes para causar um marcante declínio na qualidade da maioria dos produtos
hortícolas, porém, alguns produtos ainda são comercializáveis com 10% de perda de
umidade, o que tem sido o observado para mangas.
Na Figura 15 pode-se observar um aumento expressivo na produção de CO
2
pelos frutos de todos os tratamentos, a partir do sexto dia de armazenamento sob
condição ambiente, indicando o climatério, ou melhor, o amadurecimento dos frutos.
0
20
40
60
80
100
120
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
DIAS DE ARMAZENAMENTO
RESPIRAÇÃO (mg CO2 kg
-1
h
-1
)
Testemunha SPK IMA HT + SPK HT + IMA
Figura 15. Taxa respiratória, em mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou não
com tratamento hidrotérmico (5C/10 minutos), e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
Os frutos submetidos aos tratamentos com fungicidas associados ao
hidrotérmico apresentaram as menores intensidades respiratórias até o sétimo dia
(Figura 15). Respostas similares a estes tratamentos também foram observadas em
mangas ‘Tommy Atkins’, até o oitavo dia (Figura 2). CHITARRA & CHITARRA (2005)
relatam que dependendo da sensibilidade dos tecidos, pode ocorrer danos físicos e
químicos em temperaturas acima de 50°C e que em mangas pode haver inibição do
climatério respiratório.
O tempo de armazenamento afetou a coloração da casca das mangas ‘Palmer’,
indicada pelos parâmetros cromaticidade e ângulo Hue (Tabela 6), mas não afetou a
luminosidade, cujos valores variaram de 42,9 a 45,73, o que não foi o obtido por
JERÔNIMO (2000), que observou valores crescentes ao longo do período de
armazenamento. O aumento na cromaticidade e os valores de Hue indicam evolução
da coloração da casca, de verde claro (130,44) para amarelo intenso (120,47) (Figuras
16 e 17), o que também foi relatado por JERÔNIMO (2000). Em mangas ‘Tommy
Atkins’ a coloração da casca também evoluiu de verde claro para amarelo intenso, com
aumento na luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue (Figuras 3, 4 e 5).
O tratamento dos frutos com imazalil (IMA) ou Sporekill (SPK), sem tratamento
térmico, levaram à menor luminosidade e cromaticidade, sem afetar o ângulo Hue
(Tabela 6), indicando retardo na evolução da coloração, o que não se concretizou em
interação com o tempo de armazenamento.
Estas modificões na coloração dos frutos são devidas a processos metabólicos
e sintéticos, os quais correspondem a um dos principais critérios para a identificação do
amadurecimento em frutas e hortaliças (CHITARRA & CHITARRA, 2005).
Tabela 6. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer’ tratadas
com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), durante 12 dias.
Coloração da casca
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha 45,73 a 26,44 a 122,59 c
SPK 42,9 b 23,29 bc 129,53 a
IMA 43,10 b 22,64 c 128,62 ab
HT + SPK 44,85 a 23,53 bc 128,40 ab
HT + IMA 45,11 a 25,49 ab 127,70 b
Tratamentos (A) ** ** *
Dias de armazenamento (B) NS ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,42 0,65 1,60
CV (%) 6,17 17,22 8,16
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias
seguidas de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
y = 0,0602x
2
- 0,1429x + 22,005
R
2
= 0,9371**
0
5
10
15
20
25
30
35
0 2 4 6 8 10 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDDE
Figura 16. Cromaticidade da casca de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou
não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
y = 0,0322x
3
- 0,6974x
2
+ 2,9468x + 129,72
R
2
= 0,8737**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 2 4 6 8 10 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 17. Ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou
não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
A evolução da coloração da polpa, avaliada colorimetricamente, indica que os
tratamentos não a influenciaram e que durante o período de armazenamento, somente
o ângulo Hue não foi afetado (Tabela 7). Os valores obtidos indicam que a polpa dos
frutos apresentou-se, desde o início, com coloração amarela, que se intensificou ao
longo do período de armazenamento, conforme o indicado pela pequena variação na
luminosidade e aumento na cromaticidade (Figuras 18 e 19). A coloração mais
amarelada da polpa, no início do experimento, pode ser atribuída a características
próprias da cultivar, no ponto de colheita indicado, conforme o relatado por MITCHAM &
McDONALD (1992). Observou-se comportamento similar para a coloração da polpa de
mangas ‘Tommy Atkins’ (Figuras 6, 7 e 8).
Tabela 7. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da polpa de mangas Palmer’ tratadas
com fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos), e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), durante 12 dias.
Coloração da polpa
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha 84,72 a 50,54 a 105,68 a
SPK 84,83 a 50,59 a 105,63 a
IMA 85,34 a 49,38 a 106,36 a
HT + SPK 84,83 a 52,77 a 110,99 a
HT + IMA 85,05 a 50,02 a 106,27 a
Tratamentos (A) NS NS NS
Dias de armazenamento (B) ** ** NS
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,31 1,39 2,47
CV (%) 2,01 15,00 12,64
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias
seguidas de mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
y= -0,0873x
2
+ 0,8252x + 84,717
R
2
= 0,9554**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 18. Luminosidade da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou
não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
y= 0,2162x
2
- 1,0287x + 45,179
R
2
= 0,978**
0
10
20
30
40
50
60
70
0 2 4 6 8 10 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 19. Cromaticidade da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou
não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
A análise de variância dos resultados relativos à firmeza da polpa foi significativo
apenas para o período de armazenamento (Tabela 8). No início, os frutos
apresentavam resistência de 134,22 N e no final, quando se apresentavam
sobremaduros, firmeza de 9,67 N (Figura 20). Os frutos de todos os tratamentos
apresentaram queda intensa na resistência, a partir do sexto dia de armazenamento, o
que é coincidente com o climatério e explicado por SIGRIST (1992) e SAÑUDO et al.
(1997). Nas mangas ‘Tommy Atkins’ esta redução foi observada entre o quarto e o
oitavo dia de armazenamento (Figura 9).
Os valores de firmeza detectados inicialmente foram maiores que os 111,03 N
relatados por MEGALE (2002), ao avaliar diferentes pontos de colheita para mangas
‘Palmer’.
Tabela 8. Firmeza, pH e teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e ácido ascórbico
(AA) na polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados ou não com
tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos), e armazenadas sob condição ambiente
(23°C, 65% UR).
Tratamentos
Firmeza
(N)
SS
(%)
AT (g ác.
cítrico
100g
-1
)
pH
AA
( mg 100g
-1
)
Testemunha 76,43 a 11,40 a 0,59 a 3,80 a 36,09 a
SPK 74,78 a 11,20 a 0,62 a 3,77 a 35,43 a
IMA 78,98 a 10,86 a 0,61 a 3,69 a 34,52 a
HT + SPK 83,68 a 11,18 a 0,59 a 3,68 a 33,14 a
HT + IMA 76,76 a 11,13 a 0,58 a 3,93 a 34,62 a
Tratamentos (A) NS NS NS NS NS
Dias de armazenamento (B)
** ** ** ** **
Interação (A x B) NS NS NS NS NS
Erro padrão 4,19 0,31 0,02 0,08 0,74
CV (%) 20,77 10,79 13,95 7,79 8,19
Nas colunas, dias seguidas de mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
y= 0,1984x
3
- 4,1142x
2
+ 10,429x + 130,61
R
2
= 0,9322**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
FIRMEZA (N)
Figura 20. Evolução na firmeza da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas
sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Os tratamentos não afetaram o conteúdo de sólidos solúveis na polpa das
mangas ‘Palmer’, que foi significamente afetado pelo tempo de armazenamento (Tabela
8) e que aumentou de 6,39%, no início, para 14,89% no décimo dia, quando os frutos
estavam maduros e 16,02%, no 12° dia, quando os frutos estavam sobremaduros
(Figura 21), o que reafirma o relatado por BLEINROTH (1985) para mangas desta
cultivar, 13,50% a 17,49% quando maduras, e devido a transformação de suas reservas
em açúcares solúveis (SAÑUDO et al., 1997; JERONIMO & KANESIRO, 2000). O
mesmo comportamento foi observado para as mangas ‘Tommy Atkins’ (Figura 10).
y = -0,0154x
3
+ 0,282x
2
- 0,3612x + 6,421
R
2
= 0,9991**
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
Figura 21. Evolução nos teores de sólidos solúveis da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com
fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
A acidez titulável e o pH também foram influenciados pelo tempo de
armazenamento (Tabela 8), com tendência de diminuição na acidez nos frutos de todos
os tratamentos, sendo que após o sexto dia observou-se decréscimo mais acentuado
(Figura 22). Este comportamento pode ser devido a intensidade do amadurecimento
dos frutos, conforme o sugerido por HULME (1974) e CHITARRA & CHITARRA (2005),
o que também foi o observado para as mangas ‘Tommy Atkins’ (Figura 11).
y= 0,0013x
3
- 0,0282x
2
+ 0,0806x + 0,9294
R
2
= 0,8872**
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ACIDEZ TITULÁVEL (g ác. Cítrico 100g
-1
)
Figura 22. Evolução na acidez titulável da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas,
associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas
sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Esta redução refletiu-se em aumento no pH durante o período de
armazenamento dos frutos submetidos aos diferentes tratamentos, com valores médios
de 3,72 (Figura 23), o que também foi o observado em mangas ‘Tommy Atkins’ (Figura
12). Este aumento, assim como o decréscimo na acidez, também foi relatado por
MEDLICOTT et al. (1986) em mangas da cultivar Tommy Atkins e por ROCHA et al.
(2001) e GOWDA & HUDDAR (2001) em frutos “Palmer’.
y= 0,008x
2
- 0,0128x + 3,4191
R
2
= 0,943**
0
1
2
3
4
5
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
pH
Figura 23. Evolução no pH da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com fungicidas, associados
ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e armazenadas sob condição
ambiente (23°C, 65% UR).
A análise de variância dos resultados (Tabela 8) também mostrou que o teor de
ácido ascórbico reduziu-se durante o tempo de armazenamento, sem influência dos
tratamentos. Esta evolução é apresentada na Figura 24, cuja variação foi de 37,27 mg
100g
-1
de polpa para 30,56 mg 100g
-1
, os quais são superiores aos encontrados por
JERÔNIMO (2000) em frutos da cultivar ‘Palmer’. Comportamento semelhante também
foi observado em mangas ‘Tommy Atkins’, que apresentaram variação mais acentuada.
y= -0,123x
2
+ 1,1393x + 34,566
R
2
= 0,952**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO (mg 100g
-1
)
Figura 24. Evolução nos teores de ácido ascórbico da polpa de mangas ‘Palmer’ tratadas com
fungicidas, associados ou não com tratamento hidrotérmico (53°C/10 minutos) e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Os frutos da manga ‘Palmer’, quando tratados com fungicidas, associados ou
não a tratamento térmico, apresentaram vida útil de 10 dias a 23°C, limitada pela
aparência.
4.2. Uso de proteções durante o armazenamento sob condição ambiente de
mangas ‘Palmer’
Após a colheita, realizada no dia 17/01//2006, os frutos apresentavam-se com
aspecto túrgido e sem podridões (nota 1); a casca apresentava coloração verde clara,
indicada pela luminosidade (42,23), cromaticidade (21,41) e ângulo Hue (132,12); e a
polpa uma coloração creme indicada pelos parâmetros luminosidade (85,06),
cromaticidade (33,63) e ângulo Hue (106,43). Estes frutos apresentavam polpa com
firmeza de 89,24 N, pH igual a 3,68 e teores de sólidos solúveis de 7,23%, de acidez
titulável de 0,81 g ácido cítrico 100g
-1
e de ácido ascórbico de 40,84 mg 100g
-1
. Estes
valores estão indicados nas figuras do texto e referem-se ao zero dia de
armazenamento.
As mangas submetidas aos diferentes tratamentos não apresentaram podridões
até o sexto dia de armazenamento sob condição ambiente (Figura 25A). A partir do
nono dia observou-se a presença de podridões nos frutos dos tratamentos Testemunha,
com e sem tratamento fitossanitário. Os tratamentos que tiveram a associação com
embalagens plásticas ou cera não apresentaram sintomas de podridões durante o
período de armazenamento.
Os tratamentos PVC e Cera foram os mais eficientes na contenção da evolução
das podridões, reafirmando o preconizado por BLEINROTH (1989), ao indicar que
durante o armazenamento sob condição ambiente, os frutos de manga amadurecem em
até nove dias e que após este período sua polpa torna-se amolecida com maior
probabilidade de infecção por microrganismos.
Os resultados referentes a evolução da aparência dos frutos, durante o período
de armazenamento são mostrados na Figura 25B, onde pode-se observar que em todos
os tratamentos, os frutos se mantiveram com aparência comercial até o nono dia (nota
2). Os frutos protegidos com embalagens ou cera permaneceram com nota 1 até o
12° dia de armazenamento.
A perda de massa fresca pelas mangas aumentou de maneira constante em
todos os tratamentos (Tabela 9). Os tratamentos Testemunhas apresentaram a maior
intensidade de perda de massa, da ordem de 9,38% até o nono dia de armazenamento,
o que foi suficiente para aumentar os indícios de murchamento, porém sem
comprometimento do valor comercial. No 10° dia, esta perda atingiu valores
acumulados de 12,38%, o que comprometeria a comercialização dos mesmos. A cera e
o PVC apresentaram, após nove dias, perda de 1,67% e 0,81%, que em 12 dias
chegaram a 2,21% e 2,89%, respectivamente. As menores perdas foram observadas
para os tratamentos PEBD e PD 900, com intensidade de perda de massa fresca
durante o período, igual a 0,81% e 0,91%, respectivamente.
0
1
2
3
4
5
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÕES (NOTAS)
Test. (s/ trat) Test. c/ trat. fitos.
PEBD PD 900
PVC Cera
0
1
2
3
4
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Figura 25. Ocorrência de podridões (A) e evolução da aparência (B) em mangas ‘Palmer’
submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (2C,
65% UR).
Notas de podridões: 1= ausência de infecção; 2= lesões em a10% dos frutos;
3= lesões em entre 10% a 30% dos frutos; 4= lesões em 30% a 50% dos frutos; e 5= lesões
em mais de 50% dos frutos. Notas de aparência: 1= frutos frescos, túrgidos, sem manchas e
sem podridões; 2= frutos com sinais de murchamento; e 3= frutos totalmente murchos.
Nos tratamentos PVC e Cera, os frutos permaneceram com nota 1 até o décimo
segundo dia de armazenamento, apresentando perda de massa de 2,21% e 2,89%,
respectivamente, enquanto que nos frutos dos Testemunhas a perda de massa foi de
12,38%, comprometendo sua qualidade para comercialização. Estes resultados estão
coerentes com o observado por RAMOS (1994), ou seja, que a evolução do
amadurecimento é fundamental ao desenvolvimento de doenças e à degradação da
aparência.
B
Tabela 9. Equações de regressão representativas da evolução da perda de massa fresca
acumulada por mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas
sob condição ambiente (23°C, 65% UR), por 12 dias.
Tratamentos Y= A + BX r Teste t
Testemunha (s/ trat) Y= 0,0271 + 1,0152X 0,9999** a
Testemunha c/ trat. fitos. Y= 0,0457 + 1,0762X 0,9997** a
PEBD Y= 0,0157 + 0,1029X 0,9961** c
PD 900 Y= 0,0107 + 0,0888X 0,9976** c
PVC Y= 0,0200 + 0,1867X 0,9981** b
Cera Y= 0,0343 + 0,262X 0,9972** b
Y= perda de massa fresca dos frutos (g) e X= dias de armazenamento.
** Significativo a 1% de probabilidade.
No teste t, equações seguidas de letras iguais não diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade.
A Figura 26 indica a composição da atmosfera nas embalagens PEBD, PD 900 e
PVC, durante o período de armazenamento por 9 dias. Pode-se observar o maior teor
de CO
2
nas embalagens com PD 900 e valores próximos a 100%, seguido de altos
teores de CO
2
(30%) nas embalagens com PEBD, e nas com PVC (7 - 10%), indicando
a diferença de permeabilidade entre estes filmes. Segundo CHITARRA & CHITARRA
(2005), os níveis de CO
2
tolerados pela manga variam de 5% a 10% e que teores mais
altos deste gás, durante o armazenamento, podem ocasionar desordens fisiológicas.
0
20
40
60
80
100
120
140
0 3 6 9
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CO
2
(%)
PEBD PD 900 PVC
Figura 26. Composição da atmosfera nas embalagens de mangas ‘Palmer’ submetidas aos
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Durante o período de armazenamento, os frutos de todos os tratamentos
aumentaram a taxa respiratória (Figuras 27 e 28), com expressiva produção de CO
2
pelos frutos do tratamento PD 900.
Tendo-se a dificuldade na determinação da evolução da atmosfera circundante
dos frutos submetidos aos tratamentos Testemunhas e Cera, optou-se por determinar a
intensidade respiratória dos mesmos (Figura 28).
Nos frutos embalados com PVC a intensidade respiratória foi menor que a dos
demais tratamentos, durante os primeiros seis dias de armazenamento, cujo aumento
aconteceu do 6° ao dia. A Figura 28 também indica que durante o período de
armazenamento, os frutos de todos os tratamentos aumentaram a taxa respiratória de
37,5 mg.CO
2
kg
-1
h
-1
, no início, para 72,76 - 81,11 mg CO
2
kg
-1
h
-1
, no final.
0
50
100
150
200
250
300
0 3 6 9
DIAS DE ARMAZENAMENTO
RESPIRAÇÃO (mg CO
2
kg
-1
h
-1
)
PEBD PD 900
Figura 27. Taxa respiratória, de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
0
20
40
60
80
100
120
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
RESPIRAÇÃO (mg CO
2
kg
-1
h
-1
)
Test. (s/ trat.) Test. c/ trat. fitos. PVC Cera
Figura 28. Taxa respiratória, em mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
O tempo de armazenamento não afetou a luminosidade da casca das mangas
‘Palmer’, mas alterou a cromaticidade e o ângulo Hue (Tabela 10), cujos valores
indicam evolução da coloração da casca, de verde (132,12) para verde amarelada
(122,13), com aumento na intensidade (Figuras 29 e 30).
Os tratamentos que receberam Cera apresentaram a maior evolução na
coloração dos frutos, enquanto os do Testemunha com tratamento fitossanitário a
menor, apesar da ausência de diferenças significativas (Tabela 10).
Tabela 10. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer
submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C,
65% UR), durante 12 dias.
Coloração da casca
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha (s/ trat) 47,58 a 23,11 ab 128,86 a
Testemunha c/ trat. fitos. 48,25 a 28,20 a 129,61 a
PEBD
46,02 ab 22,34 b 129,40 a
PD 900
44,81 ab 24,36 ab 127,91 a
PVC
46,90 ab 26,37 ab 126,92 a
Cera
43,70 b 22,18 b 127,24 a
Tratamentos (A)
** * NS
Dias de armazenamento (B) NS ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,86 1,316 1,46
CV (%) 5,43 16,16 3,48
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas de
pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y = 0,0025x
3
+ 0,0902x
2
- 0,1541x + 21,077
R
2
= 0,9552**
0
10
20
30
40
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 29. Cromaticidade da casca de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes
tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
y = -0,0244x
3
+ 0,2629x
2
- 1,841x + 132,6
R
2
= 0,9863**
40
60
80
100
120
140
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 30. Ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
A coloração da polpa das mangas não foi afetada pelos tratamentos (Tabela 11),
mas o tempo de armazenamento levou a redução na luminosidade e no ângulo Hue
(Figuras 31 e 33), e aumento na cromaticidade (Figura 32), indicando que os frutos, no
início do experimento, apresentavam polpa com coloração amarelada, que se
intensificou durante o período de armazenamento.
Tabela 11. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’
submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C,
65% UR), durante 12 dias.
Coloração da polpa
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha (s/ trat) 81,40 a 46,22 a 102,50 a
Testemunha c/ trat. fitos. 82,66 a 44,31 a 103,42 a
PEBD 82,72 a 41,31 a 105,83 a
PD 900 82,11 a 40,20 a 103,84 a
PVC 82,14 a 44,24 a 104,56 a
Cera 81,92 a 45,30 a 104,50 a
Tratamentos (A) NS NS NS
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,88 2,02 0,956
CV (%) 3,23 13,91 2,76
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas de
pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y = -0,527x + 85,334
R
2
= 0,792**
50
60
70
80
90
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 31. Luminosidade da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
y = -0,0966x
2
+ 3,096x + 30,443
R
2
= 0,7912**
0
10
20
30
40
50
60
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 32. Cromaticidade da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
y = -0,9x + 108,21
R
2
= 0,8901**
0
20
40
60
80
100
120
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 33. Ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
A firmeza da polpa alterou-se significativamente durante o período de
armazenamento, pois no início, os frutos apresentavam resistência de 89,24 N, no
dia apresentavam firmeza de 8,5 N e após 12 dias, quando estavam senescentes, 0,0 N
(Tabela 12 e Figura 34). Os frutos tratados com Cera sempre apresentaram maior
firmeza que os dos tratamentos Testemunhas.
Tabela 12. Firmeza, pH e teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e ácido
ascórbico (AA) na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Tratamentos
Firmeza
(N)
SS
(%)
AT (g ác.
cítrico
100g
-1
)
pH
AA
( mg
100g
-1
)
Test. (s/ trat) 31,59 c 13,66 a 0,43 a 4,47 a 37,96 a
Test. c/ trat. fitos. 32,19 bc 13,30 ab 0,44 a 4,28 a 37,97 a
PEBD 42,33 abc 10,78 c 0,55 a 4,09 a 35,74 a
PD 900 44,56 ab 10,38 c 0,55 a 4,19 a 36,65 a
PVC 42,82 abc 12,50 abc 0,49 a 4,29 a 34,78 a
Cera 46,63 a 11,37 bc 0,50 a 4,30 a 35,34 a
Tratamentos (A) ** ** NS NS NS
Dias de armaz. (B) ** ** ** ** **
Interação (A x B) NS * NS NS NS
Erro padrão 2,916 0,51 0,032 0,0667
0,567
CV (%) 21,86 12,77 19,54 6,63 6,61
Nas colunas, médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade.
y = 0,5897x
2
- 14,442x + 89,029
R
2
= 0,999**
0
20
40
60
80
100
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
FIRMEZA (N)
Figura 34. Evolução da firmeza na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes
tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Os tratamentos afetaram o conteúdo de sólidos solúveis na polpa das mangas,
que foi significamente influenciado pelo tempo de armazenamento (Tabela 12).
Verificou-se aumento nos teores, de 7,33% no início para 15,45% no nono dia, quando
os frutos estavam maduros, e 17,24%, no 12° dia (Figuras 35 e 36). Os frutos do
tratamento com Cera apresentaram os menores teores de sólidos solúveis durante o
período de armazenamento (Figura 36) e os dos tratamentos PEBD e PD 900
puderam ser analisados até o nono dia (Figura 35).
y1= 1,2234x + 7,544
R
2
= 0,979**
y2= 1,2329x + 7,5298
R
2
= 0,9811**
y3= 0,6532x + 7,2786
R
2
= 0,9984**
y6= 0,8159x + 7,4595
R
2
= 0,975**
y5= 0,9861x + 7,575
R
2
= 0,9615**
y4= 0,6802x + 6,9881
R
2
= 0,9585**
0
5
10
15
20
25
0 3 6 9
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 35. Evolução dos teores de sólidos solúveis na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
y1 = -0,064x
2
+ 1,7849x + 6,4176
R
2
= 0,9408**
y2= -0,031x
2
+ 1,4781x + 6,7162
R
2
= 0,9791**
y5 = -0,0623x
2
+ 1,5401x + 6,9089
R
2
= 0,9828**
y6 = -0,0452x
2
+ 1,1888x + 7,3131
R
2
= 0,9973**
0
5
10
15
20
25
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y5= PVC y6= Cera
Figura 36. Evolução dos teores de sólidos solúveis na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
A acidez titulável e o pH não foram influenciados pelos tratamentos (Tabela 12),
mas somente pelo tempo de armazenamento, cuja tendência da acidez foi de
diminuição com conseqüente aumento no pH, de 3,68 para 4,71 (Figuras 37 e 38).
y = -0,0567x + 0,792
R
2
= 0,9893**
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDEZ TITULÁVEL (g ác. cítrico 100g
-1
)
Figura 37. Evolução da acidez titulável na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes
tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
y = 0,0996x + 3,7412
R
2
= 0,9697**
0
1
2
3
4
5
6
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
pH
Figura 38. Evolução do pH na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
Os teores de ácido ascórbico também não foram influenciados pelos tratamentos
(Tabela 12), mas somente pelo tempo de armazenamento, com redução de 40,84 mg
100g
-1
de polpa para 31,20 mg 100g
-1
de polpa (Figura 39).
y = -0,6659x + 40,06
R
2
= 0,9062**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO (mg 100g
-1
)
Figura 39. Evolução dos teores de ácido ascórbico na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR).
As embalagens PVC e Cera foram as mais eficientes na manutenção da
qualidade dos frutos, que apresentaram vida útil de 12 dias.
4.2.1. Armazenamento sob condição ambiente das mangas ‘Palmer’ retiradas das
embalagens PEBD e PD 900, após 0, 6 e 9 dias
Procurando avaliar o efeito do CO
2
acumulado nas embalagens PEBD e PD 900,
os frutos foram retirados das mesmas e levados ao ambiente para avaliação da
evolução do amadurecimento, o que foi feito após 3 e 6 dias.
0
1
2
3
4
5
0 6 6 + 3 6 + 6 9 9 + 3 9 + 6
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÃO (NOTAS)
PEBD PD 900
0
1
2
3
4
0 6 6 + 3 6 + 6 9 9 + 3 9 + 6
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Figura 40. Ocorrência de podridões (A) e evolução da aparência (B) em mangas ‘Palmer’
protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob condição ambiente
(23°C, 65% UR) até o e 9° dia quando foram retiradas destas proteções e
mantidas no ambiente.
Notas de podridões: 1= ausência de infecção; 2= lesões em até
10% dos frutos; 3= lesões em entre 10% a 30% dos frutos; 4= lesões em 30% a 50% dos
frutos; e 5= lesões em mais de 50% dos frutos. Notas de aparência: 1= frutos normais,
túrgidos, sem manchas e sem podridões; 2= frutos com sinais de murchamento; e 3= frutos
totalmente murchos.
Na Figura 40A tem-se que os frutos ao serem retirados das embalagens não
apresentaram podridões e que depois de deixados amadurecer, os embalados em PD
900 apresentaram-se como os mais suscetíveis às podridões, apesar de não
apresentarem diferença estatística dos que estavam embalados em PEBD.
Os resultados referentes à evolução da aparência dos frutos, durante o período
de armazenamento sem as embalagens, são mostrados na Figura 40B, onde pode-se
observar que os frutos do tratamento PEBD se mantiveram com aparência comercial
(nota 2) por até seis dias depois de retirados das embalagens, tanto no sexto quanto no
B
nono dia. Nos frutos do tratamento PD 900 a aparência deteriorou-se rapidamente
quando estes foram retirados das embalagens.
A perda de massa fresca pelos frutos, após a retirada das embalagens (Tabela
13), manteve-se em baixos níveis e sem que houvesse diferença estatística entre os
mesmos. As os 3 e 6 dias de armazenamento, sem as embalagens, os frutos dos
tratamentos PEBD e PD 900 apresentavam 3,75% e 6,82% de perda de massa,
respectivamente. JERÔNIMO (2000) trabalhando com mangas da cultivar Palmer
armazenadas com diferentes filmes, obteve perda de massa da ordem de 3,06%, em
dois dias, após a transferência para as condições ambiente.
Tabela 13. Equações de regressão representativas da evolução da perda de massa fresca por
mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob
condição ambiente (23°C, 65% UR), a o e dia, quando foram retiradas
destas proteções e mantidas no ambiente.
Tratamentos Y= A + BX r Teste t
PEBD Y= 1,0280 + 0,5167X 0,8595** a
PD 900 Y= 1,3620 + 0,4960X 0,8238** a
Y= perda de massa fresca dos frutos (g) e X= dias de armazenamento.
** Significativo a 1% de probabilidade.
No teste t, equações seguidas de letras iguais, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade.
O tempo de armazenamento nas embalagens afetou a evolução da coloração da
casca das mangas Palmer’, quando estes foram retirados das embalagens e levados
para amadurecer (Tabela 14). Somente os valores do ângulo Hue variaram de 131,73 a
120,08 (Figura 41), enquanto a luminosidade e a cromaticidade não apresentaram
evolução. A coloração da casca dos frutos permaneceu verde (Figura 26), como
resultado do acúmulo de CO
2
nas embalagens, reafirmando o indicado por CHITARRA
& CHITARRA (2005), ou seja, que altos níveis de CO
2
na atmosfera dos frutos podem
levar a desordens fisiológicas, como modificações no sabor e descoloração da casca.
Tabela 14. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da casca de mangas Palmer’ Palmer’
protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob condição ambiente
(23°C, 65% UR), até o e 9° dia, quando foram retiradas destas proteções e
mantidas no ambiente.
Coloração da casca
Tratamentos
L* Croma °h
PEBD 44,39 a 22,30 a 124,28 a
PD 900 45,73 a 22,58 a 124,81 a
Tratamentos (A) NS NS NS
Dias de armazenamento (B) NS NS **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,87 1,20 1,23
CV (%) 7,54 20,78 3,84
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas
de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y = -0,8017x + 129,35
R
2
= 0,7622**
0
20
40
60
80
100
120
140
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 41. Ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), até o e dia quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente.
A evolução da coloração da polpa das mangas Palmer’ não foi afetada pelos
tratamentos ou embalagens (Tabela 15). Os resultados indicam que a coloração da
polpa evoluiu de creme para amarela, após a retirada das embalagens, indicado pela
6 + 3
6 + 6
9 + 3 9 + 6
redução no ângulo Hue, de 106,43 para 99,8, e aumento na cromaticidade com
intensificação na coloração da polpa (Figuras 42 e 43). Esta evolução, também foi
descrita por COCOZZA (2003), que trabalhou com mangas Tommy Atkins’. Deve-se
deixar observado que a polpa destas mangas não atingiu a coloração típica e
observada nos frutos submetidos aos outros tratamentos, especialmente os
Testemunhas.
Tabela 15. Luminosidade, ângulo Hue ou de cor e cromaticidade da polpa de mangas ‘Palmer’
protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob condição ambiente
(23°C, 65% UR), até o e 9° dia, quando foram retiradas destas proteções e
mantidas no ambiente.
Coloração da polpa
Tratamentos
L* Croma °h
PEBD 81,54 a 55,42 a 102,54 a
PD 900 82,02 a 56,60 a 101,47 a
Tratamentos (A) NS NS NS
Dias de armazenamento (B) NS ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 1,04 1,19 0,75
CV (%) 4,94 8,29 2,87
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas
de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
20
40
60
80
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 42. Cromaticidade da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), até o e dia, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente.
y= Não ajustável
R
2
< 0,70
0
20
40
60
80
100
120
0 3 6 9 12
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULOHUE
Figura 43. Ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens e
armazenadas sob condição ambiente (23°C, 65% UR), até o e 9° dia, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente.
6 + 3
6 + 6
9 + 3
9 + 6
6 + 3
6 + 6
9 + 3
9 + 6
A análise de variância dos resultados referentes à firmeza da polpa dos frutos
indicou efeito significativo dos tratamentos e evolução da mesma durante o
armazenamento (Tabela 16). Os frutos que estavam acondicionados na embalagem PD
900 apresentaram valores significativamente maiores que os do tratamento PEBD
após nove dias nas embalagens e seus frutos mantiveram-se mais resistentes por até
seis dias sem a embalagem.
Tabela 16. Firmeza, pH e teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e ácido
ascórbico (AA) na polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob condição ambiente (2C, 65% UR) até o e dia, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente.
Dias de armazenamento
Trat. 6 6 + 3 6 + 6 9 9 + 3 9 + 6
Firmeza (N)
PEBD 25,00 aB 9,81 bA 6,86 bcA 12,75 bA 0,97 cB 0,00 cB
PD 900 33,67 aA 9,48 bA 5,58 bA 12,75 bA 9,81 bA 8,84 bA
Sólidos solúveis (%)
PEBD 11,33 bA 14,48 abA 14,51 aA 13,03 aA 13,08 abA 14,40 aA
PD 900 10,33 bA 14,55 aA 14,76 aA 13,23 aA 13,60 aA 14,68 aA
Acidez titulável (g ác. cítrico 100g
-1
)
PEBD 0,49 aA 0,31 aA 0,45 aA 0,36 aA 0,28 aA 0,24 aB
PD 900 0,49 aA 0,32 aA 0,50 aA 0,35 aA 0,30 aA 0,46 aA
pH
PEBD 4,18 aA 4,53 aA 4,23 aA 4,40 aA 4,46 aA 4,76 aA
PD 900 4,13 aA 4,54 aA 4,11 aA 4,75 aA 4,08 aA 4,11 aB
Ácido ascórbico (mg 100g
-1
)
PEBD 38,54 abA 31,66 bcA 30,85 cA 32,94 abcA 33,78 abcA 30,59 cA
PD 900 34,23 aA 33,49 aA 30,85 aA 34,43 aA 33,88 aA 33,19 aA
Firmeza (CV= 30,11%, Erro padrão= 1,96); pH (CV= 7,34%, Erro padrão= 0,18); SS= (CV= 6,42%, Erro
padrão= 0,50); AT= (CV= 30,58%, Erro padrão= 0,07); AA= (CV= 8,58%, Erro padrão= 1,71).
Médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, maiúscula na vertical e minúscula na horizontal, para
cada variável não diferem entre si, pelo teste Tukey, ao nível de 5%.
O teor de sólidos solúveis na polpa foi significativamente afetado pelo período
de armazenamento, com evolução adequada quando os frutos foram retirados das
embalagens e levados para amadurecer (Tabela 16). Nos frutos que permaneceram
embalados durante nove dias, não se verificou aumento no conteúdo de sólidos
solúveis após a retirada das embalagens. Os frutos que permaneceram embalados por
até seis dias mostraram aumento significativo nos teores de sólidos solúveis, após o
terceiro dia sem embalagem.
A acidez titulável e o pH não foram significativamente influenciados pela
manutenção dos frutos nas embalagens por até seis dias (Tabelas 16), enquanto os
mantidos em PD 900, durante nove dias, apresentaram-se mais ácidos após seis dias
sem esta embalagem.
A evolução nos teores de ácido ascórbico das mangas ‘Palmer não foi
significativamente afetada pelo tempo nas embalagens, quando estas foram levadas a
armazenamento sem as embalagens (Tabela 16). Os frutos acondicionados na
embalagem PD 900 não apresentaram diferença estatística nos teores de ácido
ascórbico, durante este período, enquanto os que estavam embalados em PEBD
reduziram o conteúdo de ácido ascórbico.
As embalagens utilizadas prejudicaram o amadurecimento dos frutos, tornando-o
irregular, e indicado pela coloração da casca e pela variação nos teores de sólidos
solúveis, acidez titulável e ácido ascórbico.
4.3. Uso de proteções durante o armazenamento sob condição refrigerada de
mangas ‘Palmer’
Na Figura 44A tem-se que as mangas ‘Palmer apresentaram podridões
durante o período de armazenamento refrigerado, após 28 dias nos frutos dos
Testemunhas.
0
1
2
3
4
5
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÃO (NOTAS)
Test. (s/ trat.) Test. c/ trat. fitos.
PEBD PD 900
PVC Cera
0
1
2
3
4
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Figura 44. Ocorrência de podridões (A) e evolução da aparência (B) em mangas ‘Palmer’
submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65%
UR).
Notas de podridões: 1= ausência de infecção; 2= lesões em até 10% dos frutos; 3=
lesões em entre 10% a 30% dos frutos; 4= lesões em 30% a 50% dos frutos; e 5= lesões em
mais de 50% dos frutos. Notas de aparência: 1= frutos túrgidos, sem manchas e sem
podridões; 2= frutos com sinais de murchamento; e 3= frutos totalmente murchos.
Os resultados referentes à evolução da aparência dos frutos, durante o período
de armazenamento sob refrigeração, são mostrados na Figura 44B, onde pode-se
observar que os protegidos com filme de PVC e Cera mantiveram a aparência com
aceitação comercial até o 28° (nota < 2). Os frutos protegidos com as embalagens de
PEBD e PD 900 apresentavam problemas com a aparência a partir do 14° dia de
armazenamento refrigerado, com evolução rápida e seguida dos frutos dos tratamentos
Testemunhas, com e sem tratamento fitossanitário. Os frutos destes tratamentos
mantiveram aparência aceita comercialmente até o 21° dia.
B
A perda de massa fresca pelas mangas ‘Palmer’ aumentou de maneira constante
e com diferenças entre tratamentos (Tabela 17), o que também foi observado no
experimento em que as mangas foram submetidas aos mesmos tratamentos, mas
armazenadas sob condição ambiente (Tabela 9). Os tratamentos Testemunhas
apresentaram as maiores intensidades de perda de massa, indicando que as
embalagens foram eficientes na contenção desta perda pelos frutos. Deve-se deixar
observado que o filme de PVC e a Cera ofereceram a maior proteção, seguidos dos
filmes PEBD e PD 900.
Tabela 17. Equações de regressão representativas da evolução da perda de massa fresca por
mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob condição
refrigerada (12°C, 65% UR), por 28 dias.
Tratamentos Y= A + BX r Teste t
Testemunha (s/ trat.) Y= 1,0380 + 0,1871X 0,8826** b
Testemunha c/ trat. fitos. Y= 0,2860 + 0,2474X 0,9858** a
PEBD Y= 0,2300 + 0,0826X 0,9058* c
PD 900 Y= 0,3380 + 0,0971X 0,9981** c
PVC Y= 0,2780 + 0,0569X 0,9943** d
Cera Y= 0,1240 + 0,0481X 0,9599** d
Y= perda de massa dos frutos (g) e X= dias de armazenamento.
** Significativo a 1% de probabilidade.
No teste t, equações seguidas de letras iguais não diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade.
O teor de CO
2
na atmosfera das embalagens PEBD, PD 900 e PVC, durante o
período de armazenamento refrigerado, variou bastante (Figura 45). Nas embalagens
de PD 900, valores acima de 80% foram atingidos em sete dias, e depois mantidos
estáveis. Em sete dias, os níveis de CO
2
nas embalagens de PEBD atingiram 38,55% e
se estabilizaram, enquanto que nas embalagens de PVC os teores de CO
2
não
ultrapassaram 8%, indicando a diferente capacidade de trocas gasosas de cada um
destes filmes. Esta diferença também foi observada no experimento em que os frutos
submetidos aos mesmos tratamentos foram mantidos sob condição ambiente (23°C,
65% UR) (Figura 26).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CO2 (%)
PEBD PD 900 PVC
Figura 45. Composição da atmosfera nas embalagens de mangas ‘Palmer’ submetidas a
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
Não havendo a possibilidade de se determinar a evolução da atmosfera
circundante dos frutos submetidos aos tratamentos Testemunhas e Cera, optou-se por
determinar a intensidade respiratória dos mesmos (Figura 46). Observou-se aumento
na produção de CO
2
até o 14° dia, nos frutos do tratamento Testemunha sem
tratamento, seguido de redução até o 21° dia e estabilização. Nos frutos do
Testemunha submetido ao tratamento fitossanitário, o aumento foi até o dia e depois
seguido de estabilização, mas com intensidades significamente menores que os frutos
do Testemunha sem tratamento. Nos frutos tratados com Cera, a intensidade
respiratória apresentou tendência de estabilidade durante o período de
armazenamento, e a níveis inferiores aos dos Testemunhas (Figura 46).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
RESPIRAÇÃO (mg CO2 kg
-1
h
-1
)
Test. (s/ trat.) Test. c/ trat. fitos. Cera
Figura 46. Taxa respiratória, de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
Durante o período de armazenamento refrigerado, a coloração da casca das
mangas ‘Palmer’, indicada pelos parâmetros luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue
alterou-se (Tabela 18). Os valores de Hue (Figura 49) indicam evolução na cor da
casca, de verde (131,73) para verde amarelada (110,47), com luminosidade mais clara
(Figura 47) e com maior cromaticidade ou mais intensa (Figura 48), indicando que os
frutos continuaram o processo de amadurecimento, o que também foi observado no
experimento anterior em que se utilizou os mesmos tratamentos e frutos da mesma
cultivar, mas mantidos sob condição de ambiente.
Tabela 18. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer
submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada
(12°C, 65% UR).
Coloração da casca
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha (s/ trat.) 51,20 a 28,96 a 119,05 b
Testemunha c/ trat. fitos. 48,88 ab 25,97 ab 122,52 ab
PEBD 44,86 c 25,15 ab 125,10 a
PD 900 44,30 d 28,45 a 123,10 ab
PVC 48,12 b 20,90 b 118,18 b
Cera 47,37 bc 28,48 a 118,37 b
Tratamentos (A) ** ** **
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,66 1,42 1,44
CV (%) 5,42 21,01 4,64
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas de
pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y = 0,0055x2 + 0,0937x + 44,522
R
2
= 0,7924**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 47. Luminosidade da casca de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
y = 0,3981x + 20,736
R
2
= 0,862**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 48. Cromaticidade da casca de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
y = -0,8871x + 133,47
R
2
= 0,9192**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 49. Ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
A coloração da polpa foi afetada pelos tratamentos, evoluindo durante o tempo
de armazenamento refrigerado conforme o indicado na Tabela 19 e Figuras 50, 51 e 52.
Tabela 19. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’
submetidas a diferentes tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada (12°C,
65% UR).
Coloração da polpa
Tratamentos
L* Croma °h
Testemunha (s/ trat) 52,36 a 33,92 a 112,84 a
Testemunha c/ trat. fitos. 50,64 ab 34,08 a 109,74 a
PEBD 44,58 c 23,83 c 119,26 a
PD 900 43,61 c 19,16 d 118,20 a
PVC 49,26 b 26,82 bc 127,92 a
Cera 49,24 b 29,88 ab 116,84 a
Tratamentos (A) ** ** NS
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) NS NS NS
Erro padrão 0,69 1,18 1,08
CV (%) 5,55 16,45 20,05
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas de
pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Os resultados obtidos indicam que a coloração da polpa, indicado pelo ângulo
Hue passou de creme (106,43) para amarela (98,67), com aumento na cromaticidade e
a redução na luminosidade, e que o amarelo claro evoluiu para amarelo mais intenso
durante o período de armazenamento.
y = -0,189x + 85,33
R
2
= 0,8961**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 50. Luminosidade da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
y = -0,0117x2 + 0,6122x + 47,93
R
2
= 0,9111**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
Figura 51. Cromaticidade da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
y = -0,3463x + 107,84
R
2
= 0,8246**
0
20
40
60
80
100
120
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
Figura 52. Ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
A firmeza da polpa reduziu-se significativamente durante o período de
armazenamento refrigerado (Tabela 20 e Figura 53), passando de 89,24 N para 46,68 N
em sete dias e 22,06 N em quatorze dias, atingindo valores de 6,53 N em 28 dias.
O processo de amadurecimento envolve diversas reações físicas, químicas e
bioquímicas, as quais promovem vários acontecimentos e entre estes o amaciamento
da polpa, o que é caracterizado pela solubilização das pectinas (SIGRIST, 1992) e
degradação do amido (SAÑUDO et al., 1997).
Tabela 20. Firmeza, pH e teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e ácido
ascórbico (AA) na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
Tratamentos
Firmeza
(N)
SS
(%)
AT (g. ác.
cítrico
100g
-1
)
pH
AA
( mg
100g
-1
)
Test. (s/ trat) 36,93 a 4,15 ab
0,53 bc 37,60 b 13,32 a
Test. c/ trat. fitos. 33,99 a 4,16 ab
0,52 c 37,40 b 13,57 a
PEBD 41,18 a 4,02 b 0,57 b 32,93 c 11,20 b
PD 900 38,50 a 4,02 b 0,65 a 31,64 c 9,50 c
PVC 30,59 a 4,43 a 0,30 c 41,37 a 12,92 a
Cera 31,25 a 4,17 ab
0,34 bc 38,24 ab 13,02 a
Tratamentos (A) NS ** ** ** **
Dias de armaz. (B) ** ** ** ** **
Interação (A x B) NS ** ** NS **
Erro padrão 2,90 0,07 0,012 0,79 0,25
CV (%) 31,81 6,55 8,13 8,41 8,21
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas de
pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y1 = -3,3063x + 83,227
R
2
= 0,9474**
y2 = -3,1634x + 77,284
R
2
= 0,8627**
y3 = -2,5483x + 76,844
R
2
= 0,8803**
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y5 = -2,9794x + 72,309
R
2
= 0,7925**
y6 = -2,9327x + 72,308
R
2
= 0,8441**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
FIRMEZA (N)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 53. Evolução na firmeza da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes
tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
Os teores de sólidos solúveis dos frutos foram significativamente afetados pela
interação entre o tempo de armazenamento refrigerado e os tratamentos (Tabela 20),
com aumento constante e acentuado nos frutos dos tratamentos Testemunhas, PVC e
Cera, o que não foi observado nos submetidos aos tratamentos PEBD e PD 900, cujos
frutos apresentaram pequena variação (Figura 54), possivelmente devido a influência
das altas concentrações de CO
2
nas embalagens.
y6 = 0,3361x + 8,618
R
2
= 0,8386**
y1 = 0,3657x + 8,448
R
2
= 0,8276**
y4 = 0,3286x + 8,316
R
2
= 0,8197**
y5 = 0,2806x + 9,094
R
2
= 0,7944**
y2 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
y1= Test. (s/ trat) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 54. Evolução dos teores de sólidos solúveis na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
A acidez titulável e o pH também foram significativamente afetados pelos
tratamentos e o tempo de armazenamento, conforme o indicado na Tabela 20 e Figuras
55 e 56.
Os frutos dos tratamentos Testemunhas, PVC e Cera apresentaram
amadurecimento natural, indicado por tendência de redução na acidez, com
concomitante aumento no pH, durante o período de armazenamento refrigerado. Nos
frutos embalados com os filmes PD 900 e PEBD a acidez apresentou grande
variabilidade e não se reduziu expressivamente, com efeito no pH.
y1 = -0,0227x + 0,848
R
2
= 0,9206**
y2 = -0,02x + 0,8
R
2
= 0,9496**
y5 = -0,0224x + 0,818
R
2
= 0,9975**
y6 = -0,0217x + 0,846
R
2
= 0,9358**
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ACIDEZ TITULAVEL (g ác. cítrico 100g
-1
)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 55. Evolução da acidez titulável na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes
tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
y1 = 0,0486x + 3,47
R
2
= 0,8504**
y2 = 0,0374x + 3,642
R
2
= 0,9788**
y6 = 0,039x + 3,628
R
2
= 0,9442**
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y5 = 0,0466x + 3,776
R
2
= 0,7905**
0
1
2
3
4
5
6
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
pH
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 56. Evolução do pH na polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a diferentes tratamentos e
armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
Os teores de ácido ascórbico nas mangas foram significativamente afetados
pelo tempo de armazenamento (Tabela 20), com teores que se reduziram de 41,3 mg
de ácido ascórbico 100g
-1
para 32,53 mg 100g
-1
de polpa, em 28 dias de
armazenamento refrigerado (Figura 57).
y = -0,3113x + 41,752
R
2
= 0,9835**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO (mg 100g
-1
)
Figura 57. Evolução nos teores de ácido ascórbico da polpa de mangas ‘Palmer’ submetidas a
diferentes tratamentos e armazenadas sob condição refrigerada (12°C, 65% UR).
O uso da refrigeração, associada à utilização das embalagens, retardou o
amadurecimento dos frutos, aumentando seu potencial de armazenamento.
Os frutos das embalagens PEBD e PD 900 apresentaram danos a aparência, a
partir do 10° dia de armazenamento refrigerado, com grande variabilidade nos teores de
acidez titulável, indicando desordens fisiológicas. As proteções com PVC e Cera foram
as mais eficientes e permitiram manter as características de qualidade das mangas
“Palmer” por 28 dias, sob a condição refrigerada.
4.3.1. Armazenamento sob condição ambiente das mangas Palmer’ retiradas da
refrigeração e das embalagens e avaliadas após 3 e 6 dias
Na Figura 58 A e B tem-se que os frutos mantidos sob refrigeração, por até 7
dias, quando foram levados ao ambiente não apresentaram indícios de podridões por
até 6 dias. Após 14 dias de armazenamento refrigerado, os frutos dos tratamentos
Testemunhas apresentaram lesões de podridões após 3 dias e os protegidos com
PEBD e PVC em 6 dias. Dos frutos mantidos sob refrigeração por 21 dias, somente os
protegidos com os filmes PD 900 e PVC o apresentaram sintomas de podridões aos
3 dias no ambiente e somente o filme PEBD protegeu os frutos até o dia. Após 28
dias sob refrigeração somente os frutos protegidos com PD 900 se apresentavam sem
podridões, após 3 dias sob condição de ambiente, mas após 6 dias ao ambiente, o
nível de lesões não permitiu a avaliação dos frutos. A maior proteção do filme PD 900
pode ser atribuída à elevada concentração de CO
2
no interior das embalagens (Figura
45).
0
1
2
3
4
5
0 7 + 3 14 + 3 21 + 3 28 + 3
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÕES (NOTAS)
Test. (s/. trat.) Test. c/ trat. fitos.
PEBD PD 900
PVC Cera
0
1
2
3
4
5
0 7 + 6 14 + 6 21 + 6
DIAS DE ARMAZENAMENTO
PODRIDÕES (NOTAS)
Figura 58. Ocorrência de podridões (A) e evolução da aparência (B)em mangas ‘Palmer’
protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65%
UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando foram retiradas das proteções e mantidas no
ambiente, para avaliações após 3 (A) e 6 (B) dias.
Notas podridão: 1= ausência de
infecção; 2= lesões em até 10% dos frutos; 3= lesões em entre 10% a 30% dos frutos; 4=
lesões em 30% a 50% dos frutos; e 5= lees em mais de 50% dos frutos.
B
A aparência das mangas mantidas sob refrigeração, por até 7 dias, conservou-se
adequada (nota < 2) sob condição de ambiente, por a6 dias (Figura 59B). Após 14
dias de refrigeração somente os frutos protegidos com PVC e Cera mantiveram a boa
aparência por até 6 dias e após 21 dias sob refrigeração, somente os protegidos com
Cera mantiveram esta aparência por 6 dias. Tendo-se que o murchamento é o principal
fator responsável pela aparência, os frutos tratados com Cera não foram totalmente
expostos ao ambiente, como aconteceu com os dos tratamentos Testemunhas ou dos
protegidos com filme plásticos, pois foram levados ao ambiente com a camada de cera.
0
1
2
3
4
0 7 + 3 14 + 3 21 + 3 28 + 3
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Test. (s/ trat.) Test. c/ trat. fitos.
PEBD PD 900
PVC Cera
0
1
2
3
4
0 7 + 6 14 + 6 21 + 6
DIAS DE ARMAZENAMENTO
APARÊNCIA (NOTAS)
Figura 59. Evolução da aparência em mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas das proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3 (A) e
6 (B) dias.
Notas aparência: 1= frutos normais, túrgidos, sem manchas e sem podridões; 2=
frutos com sinais de murchamento; e 3= frutos totalmente murchos.
Os tratamentos aplicados às mangas, assim como o tempo de armazenamento
sob refrigeração nas embalagens, afetaram a evolução da coloração da casca das
frutas, indicada pelos parâmetros luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue, depois
que elas foram levadas a condição de ambiente e sem as proteções (Tabela 21).
A casca destes frutos tornou-se mais clara depois que eles foram levados ao
ambiente, exceção feita aos protegidos com PD 900, em que ela não se alterou (Figura
60A e B).
B
Tabela 21. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer
protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65%
UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no
ambiente, para avaliações após 3 e 6 dias.
Coloração da casca
Tratamentos
L* Croma °h
Armazenamento refrigerado + 3 dias
Test. (s/ trat.) 52,36 a 34,08 a 112,84 a
Test. c/ trat. fitos. 50,64 ab 33,92 a 109,74 a
PEBD 44,58 c 23,83 cd 119,26 a
PD 900 43,61 c 19,16 d 118,01 a
PVC 49,26 b 26,82 bc 127,92 a
Cera 49,24 b 29,88 ab 116,84 a
Tratamentos (A) ** ** NS
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) ** ** NS
Erro padrão 0,69 1,08 6,08
CV (%) 5,55 16,45 20,05
Armazenamento refrigerado + 6 dias
Test. (s/ trat.) 51,90 a 28,13 a 114,03 c
Test. c/ trat. fitos. 51,94 a 28,92 a 116,09 bc
PEBD 46,13 bc 21,60 b 124,79 a
PD 900 42,88 c 19,55 b 124,86 a
PVC 49,20 ab 28,32 a 118,05 b
Cera 49,05 ab 29,47 a 115,07 bc
Tratamentos (A) ** ** **
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) ** ** **
Erro padrão 0,77 2,13 1,78
CV (%) 5,56 14,22 2,60
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas
de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y1 = 0,4976x + 45,4
R
2
= 0,998**
y2 = -0,022x
2
+ 0,8238x + 45,579
R
2
= 0,966**
y3 = -0,0036x
3
+ 0,1534x
2
- 1,5096x + 45,442
R
2
= 0,9641**
y4 = x
y5 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y6 = 0,3349x + 44,552
R
2
= 0,9659**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
y1= Test. (s/ trat.) y2 = Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y1 = 0,919x + 43,378
R
2
= 0,783**
y2 = 0,0093x
2
+ 0,5417x + 44,652
R
2
= 0,9359**
y3 = x
y5 = 0,3621x + 45,396
R
2
= 0,8709**
y4 = x
y6 = 0,5673x + 43,101
R
2
= 0,768**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 60. Luminosidade da casca de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3
(A) e 6 (B) dias.
O ângulo Hue reduziu-se depois que os frutos foram levados ao ambiente,
indicando variação de 131,73 (verde) para 105,37 (verde-amarelado) após 3 dias a até
99,37 (amarelo) após 6 dias (Figura 62A e B).
A cromaticidade da casca dos frutos dos tratamentos Testemunhas e Cera
continuou a aumentar depois que os frutos foram levados ao ambiente, nos protegidos
com o filme de PVC isto aconteceu até o 21° dia, enquanto nos embalados com PEBD
e PD 900 a tendência foi de redução (Figuras 61A e B).
A variação na luminosidade e no ângulo Hue e o aumento na cromaticidade
indicam que os frutos dos tratamentos Testemunhas, Cera e PVC deram continuidade
ao amadurecimento quando levados ao ambiente, enquanto os que receberam os
tratamentos PEBD e PD 900 tiveram esta evolução prejudicada com manutenção da
casca verde.
B
7 + 3
14
+ 3
21 + 3
28
+ 3
7
+
6
14 + 6 21 + 6
y1 = 1,0881x + 18,846
R
2
= 0,818**
y2 = 0,8979x + 21,35
R
2
= 0,9292**
y3 = x
y4 = -0,2643x + 22,868
R
2
= 0,7518*
y5 = -0,0851x
2
+ 2,2292x + 20,625
R
2
= 0,8145**
y6 = 0,6009x + 21,468
R
2
= 0,7996**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y1 = 0,7076x + 20,703
R
2
= 0,7425**
y2 = 0,7833x + 20,7
R
2
= 0,7949**
y3 = -0,051x
2
+ 0,76x + 22,37
R
2
= 0,9844**
y4 = -0,0816x
2
+ 1,1295x + 21,69
R
2
= 0,9058**
y5 = 0,5481x + 22,57
R
2
= 0,9817**
y6 = 0,7319x + 21,79
R
2
= 0,8741**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 61. Cromaticidade da casca de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3
(A) e 6 (B) dias.
y = -1,0624x + 134,85
R
2
= 0,8831**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
y1 = -2,1456x + 136,56
R
2
= 0,7681**
y2 = -1,9766x + 136,84
R
2
= 0,8092**
y3 = -0,6213x + 131,31
R
2
= 0,9938**
y4 = -0,658x + 131,77
R
2
= 0,995**
y5 = -1,1667x + 130,3
R
2
= 0,9106**
y6 = -1,8729x + 134,74
R
2
= 0,9375**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 62. Ângulo Hue da casca de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens e
armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3
(A) e 6 (B) dias.
Dentre os tratamentos aplicados, as embalagens PEBD e PD 900 afetaram a
luminosidade e o ângulo Hue da polpa após 6 dias ao ambiente, tornando-a amarela e
mais clara, enquanto a dos tratamentos Testemunhas, com e sem tratamento, se tornou
mais escura. Observa-se também redução na cromaticidade da polpa dos frutos após 6
dias ao ambiente, com alternância do efeito dos tratamentos após 3 ou 6 dias (Tabela
22).
B
B
7 + 3
14 + 3
21 + 3
28 + 3
7 +
6
14
+
6
21
+
6
7 + 3
14
+ 3
21
+ 3
28
+ 3
14
+
6
7
+
6
21
+
6
A Figuras 63 (A e B), e 65 (A e B) indicam que o tempo de armazenamento
refrigerado também reduziu a luminosidade e o ângulo Hue da polpa, enquanto a
cromaticidade tendeu a aumentar com o tempo de armazenamento refrigerado (64A e
B), indicando que a coloração da polpa evoluiu para amarelo brilhante durante este
armazenamento.
Tabela 22. Luminosidade, cromaticidade e ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’
protegidas com diferentes embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65%
UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no
ambiente, para avaliações após 3 e 6 dias.
Coloração da polpa
Tratamentos (A)
L* Croma °h
Armazenamento refrigerado + 3 dias
Test. (s/ trat.) 81,12 a 51,05 ab 100,09 a
Test. c/ trat. fitos. 79,66 a 51,79 ab 98,74 a
PEBD 80,04 a 54,04 a 96,64 a
PD 900 77,66 a 50,24 ab 101,55 a
PVC 80,51 a 53,08 ab 100,22 a
Cera 81,11 a 49,39 b 100,10 a
Tratamentos (A) NS ** NS
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) ** NS NS
Erro padrão 2,09 0,86 1,47
CV (%) 4,54 7,08 6,30
Armazenamento refrigerado + 6 dias
Test. (s/ trat.) 79,25 c 45,86 ab 100,39 a
Test. c/ trat. fitos. 80,55 abc 44,68 b 100,65 a
PEBD 82,57 a 47,30 ab 94,19 b
PD 900 83,58 ab 45,78 ab 99,96 a
PVC 80,06 bc 49,72 a 100,60 a
Cera 82,01 abc 45,95 ab 100,50 a
Tratamentos (A) ** * NS
Dias de armazenamento (B) ** ** **
Interação (A x B) NS ** NS
Erro padrão 0,61 2,05 1,47
CV (%) 3,18 7,64 6,30
L*= luminosidade; Croma= cromaticidade; °h= ângulo Hue ou de cor. Nas colunas, médias seguidas
de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
y6 = -0,3063x + 85,402
R
2
= 0,9938**
y1 = -0,2861x + 85,134
R
2
= 0,8825**
y2 = -0,3353x + 84,354
R
2
= 0,9232**
y3 = -0,005x
3
+ 0,1976x
2
- 2,0501x + 85,155
R
2
= 0,9948**
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y5 = -0,301x + 84,73
R
2
= 0,8504**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y = -0,3148x + 84,647
R
2
= 0,924**
0
20
40
60
80
100
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
LUMINOSIDADE
Figura 63. Luminosidade da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3
(A) e 6 (B) dias.
y = 0,2013x + 48,784
R
2
= 0,9708**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
y1 = 0,8424x + 37,015
R
2
= 0,7902**
y2 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y3 = -0,1116x
2
+ 2,5753x + 39,398
R
2
= 0,917**
y4 = -0,1003x
2
+ 2,3194x + 38,632
R
2
= 1**
y5 = -0,0626x
2
+ 1,949x + 39,986
R
2
= 0,786**
y6 = 0,919x + 36,301
R
2
= 0,8761**
0
10
20
30
40
50
60
70
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
CROMATICIDADE
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 64. Cromaticidade da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações as 3
(A) e 6 (B) dias.
B
B
7 + 3 14 + 3 21 + 3
28
+ 3
7 +
6
14
+
6
21
+
6
7 + 3
14
+ 3
21
+ 3
28
+ 3
7 +
6
14
+
6
21
+
6
y = -0,4275x + 105,54
R
2
= 0,9743**
0
20
40
60
80
100
120
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGUULO HUE
y1 = -0,5291x + 105,95
R
2
= 0,8992**
y2 = -0,5484x + 106,41
R
2
= 0,983**
y3 = -1,1632x + 106,4
R
2
= 0,9864**
y4 = -0,6208x + 106,48
R
2
= 0,9998**
y5 = 0,0403x
2
- 1,1881x + 106,18
R
2
= 0,9715**
y6 = -0,5014x + 105,77
R
2
= 0,8678**
0
20
40
60
80
100
120
140
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÂNGULO HUE
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
Figura 65. Ângulo Hue da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens e
armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3
(A) e 6 (B) dias.
A firmeza da polpa teve sua redução significativamente afetada pelo tratamento
PD 900 após 3 dias ao ambiente, o que foi compensado com 6 dias esta condição
(Tabela 23), mas reduziu-se significativamente durante o período compreendido entre o
armazenamento refrigerado e o sob condição ambiente (Figura 66A e B).
B
7 + 3
14
+ 3
21
+ 3
28
+ 3
7 +
6
14
+
6
21
+
6
Tabela 23. Firmeza, pH e teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e ácido
ascórbico (AA) na polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes embalagens
e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28 dias, quando
foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para avaliações após 3 e
6 dias.
Tratamentos
Firmeza
(N)
SS
(%)
AT (g. ác.
cítrico
100g
-1
)
pH
AA
( mg
100g
-1
)
Armazenamento refrigerado + 3 dias
Test. (s/ trat.) 20,46 b 14,24 ab 0,38 bc 4,39 ab 37,60 b
Test. c/ trat. fitos. 20,33 b 14,91 a 0,34 cd 4,48 ab 37,40 b
PEBD 23,53 ab 13,15 c 0,41 ab 4,37 ab 32,93 c
PD 900 27,78 a 11,53 d 0,44 a 4,26 b 31,94 c
PVC 21,70 b 13,95 b 0,32 d 4,58 a 41,37 a
Cera 22,68 ab 13,61 bc 0,37 bc 4,39 ab 38,24 ab
Tratamentos (A) ** ** ** * **
Dias de armaz. (B) ** ** ** ** **
Interação (A x B) * ** ** ** **
Erro padrão 0,58 0,42 0,03 0,15 1,79
CV (%) 2,93 5,37 12,60 5,87 8,41
Armazenamento refrigerado + 6 dias
Test. (s/ trat.) 22,48 a 13,22 bc 0,30 d 4,08 bc 28,35 d
Test. c/ trat. fitos. 22,51 a 14,86 a 0,34 cd 4,38 ab 34,27 c
PEBD 23,20 a 12,87 cd 0,50 a 4,18 bc 33,40 c
PD 900 24,35 a 12,01 d 0,45 b 4,03 c 37,32 a
PVC 22,88 a 13,94 abc 0,36 c 4,60 ab 35,19 bc
Cera 22,78 a 14,07 ab 0,31 cd 4,38 a 36,67 ab
Tratamentos (A) NS ** ** ** **
Dias de armaz. (B) ** ** ** ** **
Interação (A x B) NS ** ** ** **
Erro padrão 0,65 0,56 0,02 0,16 0,92
CV (%) 11,99 7,24 9,14 6,50 4,70
Nas colunas, médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade.
y1 = 0,234x
2
- 9,2175x + 80,723
R
2
= 0,8932*
y2 = 0,2378x
2
- 9,2871x + 80,443
R
2
= 0,8863*
y3 = 0,2244x
2
- 8,8105x + 80,9
R
2
= 0,8879*
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y5 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y6 = 0,1744x
2
- 8,2272x + 93,188
R
2
= 0,9609*
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
FIRMEZA (N)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y = -3,3779x + 73,706
R
2
= 0,7764**
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
FIRMEZA (N)
Figura 66. Evolução da firmeza na polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes
embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28
dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para
avaliações após 3 (A) e 6 (B) dias.
O teor de sólidos solúveis também foi afetado significativamente pelos
tratamentos e pelo tempo de armazenamento sob condição refrigerada (Tabela 23),
enquanto o tempo sob condição ambiente afetou muito pouco a evolução deste teor
(Figura 67A e B), sendo que os frutos submetidos aos tratamentos PEBD e PD 900,
apresentaram os menores teores de sólidos solúveis.
y1 = -0,0213x
2
+ 0,9371x + 7,3711
R
2
= 0,9912**
y2 = -0,0296x
2
+ 1,1811x + 7,072
R
2
= 0,9909**
y3 = -0,0187x2 + 0,785x + 7,4954
R
2
= 0,9167**
y5 = -0,0249x
2
+ 0,9814x + 7,5154
R
2
= 0,985**
y6 = -0,0207x
2
+ 0,8735x + 7,2669
R
2
= 0,996**
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y1 = -0,0352x
2
+ 1,1285x + 7,4113
R
2
= 0,9868**
y2 = -0,0492x
2
+ 1,5141x + 7,4002
R
2
= 0,9928**
y3 = -0,0423x
2
+ 1,1701x + 7,8343
R
2
= 0,834**
y4 = -0,0329x
2
+ 0,96x + 7,5749
R
2
= 0,922**
y5 = -0,0363x
2
+ 1,1896x + 7,6805
R
2
= 0,9339**
y6 = -0,0423x
2
+ 1,3078x + 7,5976
R
2
= 0,9571**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
SÓLIDOS SOLÚVEIS (%)
Figura 67. Evolução nos teores de sólidos solúveis da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas
com diferentes embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7,
14, 21 e 28 dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente,
para avaliações após 3 (A) e 6 (B) dias.
B
B
14 + 3
28
+ 3
7 + 3
21 + 3
7 + 6
28
+
6
7 + 3
14
+ 3
21
+ 3
28
+ 3
7 + 6
14 + 6
21
+
6
14 + 6
A acidez titulável e o pH foram significativamente afetados pela interação entre
os tratamentos e o tempo de armazenamento, conforme o indicado na Tabela 23.
Os frutos apresentaram amadurecimento natural, indicado pela redução na
acidez e conseqüente aumento no pH, com o efeito do período de armazenamento
refrigerado associado ao sob condição ambiente (Figuras 68A e B, 69A e B). Os frutos
embalados com os filmes PD 900 e PEBD apresentaram os maiores teores de acidez
após estes períodos.
y1 = -0,021x + 0,7227
R
2
= 0,8956**
y2 = -0,0198x + 0,666
R
2
= 0,7721**
y4 = -0,0172x + 0,724
R
2
= 0,7887**
y5 = -0,0191x + 0,6359
R
2
= 0,7006**
y6 = -0,0192x + 0,6912
R
2
= 0,825**
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ACIDEZ TITULÁVEL (g ác. Cítrico 100g
-1
)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y1 = -0,0438x + 0,7142
R
2
= 0,7622**
y2 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y4 = -0,0265x + 0,734
R
2
= 0,7442**
y5 = -0,0304x + 0,6788
R
2
= 0,7876**
y6 = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ACIDEZ TITULÁVEL (g ác. cítrico 100g
-1
)
Figura 68. Evolução na acidez titulável da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes
embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28
dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para
avaliações após 3 (A) e 6 (B) dias.
B
7 + 3
21
+ 3
7 +
6
14
+
6
14
+ 3
28
+ 3
21
+ 3
y1 = 0,0504x + 3,5635
R
2
= 0,9085**
y2 = 0,0477x + 3,6972
R
2
= 0,749**
y4 = 0,0332x + 3,7151
R
2
= 0,84**
y6 = 0,0411x + 3,7138
R
2
= 0,863**
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y5 = Não ajustável
R
2
< 0,70
0
1
2
3
4
5
6
7
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
pH
T1= Test. (s/ trat.) T2= Test. c/ trat. fitos. T3= PEBD
T4= PD 900 T5= PVC T6= Cera
y1 = 0,0429x + 3,6355
R
2
= 0,8365**
y2 = 0,0748x + 3,595
R
2
= 0,8518**
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y4 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y5 = 0,0687x + 3,8827
R
2
= 0,8872**
y6 = 0,0751x + 3,594
R
2
= 0,9731**
0
1
2
3
4
5
6
7
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
pH
Figura 69. Evolução no pH da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas com diferentes
embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7, 14, 21 e 28
dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente, para
avaliações após 3 (A) e 6 (B) dias.
Os teores de ácido ascórbico também foram significativamente afetados pela
interação entre os tratamentos e o tempo de armazenamento refrigerado e ao ambiente,
conforme o indicado na Tabela 23. Os frutos de todos os tratamentos apresentaram
tendência de redução nos teores desta vitamina durante o período de armazenamento
(Figura 70A e B).
y1 = -0,2997x + 42,517
R
2
= 0,8926**
y2 = -0,3062x + 42,423
R
2
= 0,9162**
y3 = Não ajustável
R
2
< 70
y4 = -0,4826x + 39,555
R
2
= 0,8812**
y5 = -0,1333x + 41,16
R
2
= 0,9818**
y6 = -0,2032x + 41,576
R
2
= 0,9661**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 7 14 21 28
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO (mg.100g
-1
)
y1= Test. (s/ trat.) y2= Test. c/ trat. fitos. y3= PEBD
y4= PD 900 y5= PVC y6= Cera
y1 = -0,49x + 41,239
R
2
= 0,9942**
y2 = -0,7142x + 41,769
R
2
= 0,9843**
y3 = Não ajustável
R
2
< 0,70
y4 = -0,3974x + 41,501
R
2
= 0,9571**
y6 = -0,4853x + 41,765
R
2
= 0,9444**
y5 = -0,526x + 40,715
R
2
= 0,9721**
0
10
20
30
40
50
60
0 7 14 21
DIAS DE ARMAZENAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO (mg 100g
-1
)
Figura 70. Evolução nos teores de ácido ascórbico da polpa de mangas ‘Palmer’ protegidas
com diferentes embalagens e armazenadas sob refrigeração (12°C, 65% UR) por 7,
14, 21 e 28 dias, quando foram retiradas destas proteções e mantidas no ambiente,
para avaliações após 3 (A) e 6 (B) dias.
B
B
7 + 3
14
+ 3
21 + 3 28 + 3
7 +
6
14
+
6
21 + 6
7 + 3
14
+ 3
21 + 3
28 + 3
7 +
6
14
+
6
21 + 6
5. CONCLUSÕES
Primeira fase
- Os fungicidas cloreto de dodecil dimetil amônio e imazalil, associados ou não a
tratamento térmico não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos.
- Os frutos apresentaram vida útil de 10 dias, sob condição ambiente (23°C, 65%
UR), que foi limitada pela aparência.
Segunda fase
- O PEBD e o PD 900, sob condição de ambiente, tornaram o amadurecimento
das mangas ‘Palmer’ irregular.
- Estas embalagens, sob armazenamento refrigerado, prejudicaram a evolução
da aparência quando os frutos foram levados ao ambiente.
- Os resultados não indicam a utilização destes dois filmes para a proteção de
mangas durante o armazenamento.
- O PVC e a Cera foram eficientes na manutenção da qualidade. As mangas
apresentaram, sob condição ambiente (23°C, 65% UR), vida útil de 12 dias.
- Quando associados à refrigeração mantiveram a qualidade das mangas por até
28 dias, que se manteve por mais três dias, depois de levadas ao ambiente.
6. REFERÊNCIAS
AGRIANUAL 2007: anuário da agricultura brasileira. São Paulo: FNP Consultoria e
Comércio. 2007. p. 378-386.
AGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento: Disponível em:
<http:extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_ cons> Acesso em: 21
jan. 2008.
AOAC. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical
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