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motivos: em primeiro lugar pelo tempo que necessita para o reacendimento, e em
segundo lugar, e mais importante, alguns fabricantes informam que as lâmpadas deste
tipo devem permanecer ligadas por pelo menos 10 horas a cada partida. Qualquer
redução neste tempo resultará em redução da sua vida. Daí a necessidade de um redutor
de luminosidade, quando o objetivo é reduzir custos.
As lâmpadas de descarga, como é o caso da lâmpada à vapor de sódio, necessitam
de um reator e de um dispositivo de partida para iniciar o arco voltaico. O ignitor
fornece um pulso de partida, que através do reator gera uma tensão mais alta, necessária
à ionização inicial do gás, no interior da lâmpada, iniciando-se o arco voltaico. Depois
da partida, o reator tem como função estabilizar a corrente, pois uma vez que o arco se
estabeleceu, o valor da resistência do arco voltaico diminui à medida que a corrente
aumenta. A corrente tenderia a subir indefinidamente, se não fosse a ação de limitação
de corrente, exercida pelo reator.
O reator é um dispositivo de grande importância no conjunto de iluminação. Por
ser um elemento constituído por bobinas, o reator tem um comportamento de carga
indutiva, proporcionando um fator de potência baixo e considerável energia perdida,
pelo aquecimento do núcleo e dos enrolamentos, comprometendo bastante a fonte de
suprimento de tensão com o aparecimento da potência não ativa de deslocamento. Para
que o sistema de Iluminação Pública apresente um melhor desempenho, é aconselhável
o uso de reatores que disponham de um capacitor, incorporado ao equipamento, ou
então utilizar reatores eletrônicos. Os reatores eletrônicos de boa qualidade são muito
mais caros que os reatores eletromagnéticos, e têm como vantagem a não deterioração
da tensão de alimentação do conjunto, que é o foco desta dissertação. Este simples
procedimento pode reverter desperdícios com a energia não ativa, devido a grande
quantidade de instalações que ainda utilizam reatores com fator de potência abaixo de
0,92, valor fixado pela portaria 1569 de 1993 do DNAEE.
Segundo o sítio MERCOLUX (2005), as perdas financeiras para os municípios
são da ordem de R$ 170 a 490 milhões/ano, em dados recentes, considerando-se um
fator de potência médio entre 0,712 e 0,5. Com a utilização de reatores de alto fator de
potência, a perda com a potência não ativa cairia para alguma coisa em torno de R$ 13