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“(...) tem algumas coisas que a gente vê (...) a mãe está super
estressada, ela está cansada, porque está aqui há muito tempo
e não tem ninguém pra trocar [outro acompanhante]; aí, ela
fala: tia, posso dar uma volta? Deixo meu filho aqui, um
‘instantinho’ só. A gente fala: vai, mãe, vai dar uma volta. Há
algum tempo atrás, não podia ser feito isso. Era proibida a
criança ficar sozinha, no CTQI, mas a gente deixa ou, então,
pede pro pai vir, fora do horário de visita, coisa que não podia.
Então, a gente sempre abre uma exceção para o pai vir; até
porque, às vezes, a criança fica nervosa, sente falta de alguma
coisa. Então, o que a gente pode fazer pra transformar o
ambiente hospitalar, igual o de casa, a gente faz.” (Auxiliar de
Enfermagem 2).
“Ás vezes são certas comidas que a criança gosta e que
aqui, no hospital, não tem; aí, com a liberação do plantonista,
se ela puder [comer], a gente consegue certos tipos de biscoito
que o hospital não tem, um refrigerante, essas coisas que as
crianças gosta. Algumas coisas, o próprio hospital tem; por
exemplo, batata frita, miojo, aí, o médico sempre bota uma
observação na prescrição, autorizando. A gente fala com eles
[os médicos], explica e, geralmente, as nutricionistas, aqui, vão
de leito em leito, pergunta pra criança o que ela está
acostumada a comer, sempre fazem tudo de acordo com a
criança.” (Auxiliar de Enfermagem 2).
“Por exemplo, a criança faz aniversário, está aqui dentro,
não ganha nada; a Dra. B. manda um pedido para nutrição
mandar um bolo pra criança pra gente cantar parabéns, na
enfermaria. Aí, a mãe fica até feliz, porque, apesar de estar
dentro do hospital, mas está comemorando o aniversário; aí,
sempre vem um irmãozinho menor para cantar parabéns para a
criança.” (Auxiliar de Enfermagem 2).
Pelas suas próprias características, as regras no CTQI podem ser
modificadas e revogadas, como resultado da criatividade, seletividade e