14
se uma comissão para estudar o assunto. A comissão era composta por três pastores e
oito leigos, todos homens.
18
Em dezembro, foi deliberado entrar em contato com dona
Ana, estabelecendo-se as condições de compra. Foi também encaminhada a fundação
da “Sociedade Civil e Filantrópica Colégio Bom Jesus”, com a participação de membros
da CEJ.
19
Em entrevista
20
, o sr. Raul Schmidt afirmou que um grupo de ex-alunos do Bom
Jesus e da antiga escola alemã foi desafiado a manter o Colégio em Joinville. O desafio
maior, segundo ele, era: “Por que entregar para os irmãos maristas quando nós
podemos segurar aqui?” Esse grupo, juntamente com o Conselho Eclesiástico da CEJ
(alguns dos ex-alunos eram também membros do Conselho Eclesiástico), assumiram o
desafio e começaram uma campanha para levantar fundos e comprar o Colégio.
Mesmo que o prédio já fosse da CEJ, havia muitos outros gastos a serem
considerados, entre eles, os móveis e utensílios e as rescisões contratuais.
O sr. Raul Schmidt foi fundador da Escola Técnica Tupy, uma escola que
começou dentro da fábrica, para os operários. Ele afirma ter a educação como bandeira
e por isso não poderia se furtar de colaborar na compra de uma escola onde estudou e
queria ver seus/suas filhos/as e netos/as estudando. Educação é, para ele, também
missão da comunidade religiosa.
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Conforme as atas da CEJ, em janeiro de 63, foram formadas 2 comissões: uma
para avaliar móveis, máquinas e demais pertences do Colégio e outra para tratar, com
dona Ana, do assunto professores/as e funcionários/as. Ainda em janeiro, discutiu-se a
forma de adquirir e de administrar o Colégio Bom Jesus (CBJ).
22
Decidiu-se reunir
“pessoas de projeção” na cidade para ouvir sua opinião sobre o assunto e motivá-las a
participarem ativamente do empreendimento.
23
Em março de 1963, em Assembléia
Ordinária da CEJ, foram aprovados os nomes dos pastores e leigos que integraram a
comissão para tratar do assunto CBJ. No final do mesmo mês, dia 28.03.63, em
18
Cf. COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE. Joinville. Livro de atas da CEJ de 1961 a 1969. Ata
de 09.08.1962. p.35. Participaram da comissão: p. Dauner, p. Zischler, p. Burger, sr. Ritzmann, sr.
Heinzelmann, sr. Günther, sr. Bornhold, sr. Kress, sr. Urban, sr. Bublitz e sr. Pahl.
19
Cf. COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE, 13.12.62, p.41.
20
SCHMIDT, Raul. História da aquisição do Instituto Bom Jesus. Joinville, 11 abr. 2006. Entrevista
concedida a Ruth L. W. Musskopf.
21
Cf. Entrevista SCHMIDT, 2006, p.1
22
Cf. COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE, 09.01.63, p. 43.
23
Cf. COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE, 23.01.63, p. 45.