e que manifestamente tenda à subversão das nossas leis; nós temos
o direito, sob os princípios eternos da auto-preservação, de tomá-la”
18
(Ibidem, 63)
Clay fez ainda outro alerta: o país não estaria a salvo enquanto Cuba
e Flórida estivessem sob domínio de uma potência estrangeira, visto que
esta seria capaz de interditar as vias de comunicação marítima dos Estados
Unidos com o Golfo do México. Segundo ele:
“Não pode ser suficientemente repetido que, se por um lado Cuba, e
por outro a Flórida, estiverem sob possessão de uma potência
marítima estrangeira, o imenso território pertencente aos Estados
Unidos, irrigado por rios que deságuam no Golfo do México – isso é,
um terço, não, mais de dois terços dos Estados Unidos,
compreendendo Louisiana, está sob o julgo de tal potência. A
possessão da Flórida é uma garantia absolutamente necessária para
o aproveitamento da navegação em tais rios”
19
(Ibidem, 62)
Por fim, Clay fez a defesa da posse do território pelos Estados Unidos
com base, entre outras coisas, no fato de que quando a Espanha recebera
de volta a Flórida da Grã-Bretanha em 1783, aquela potência tinha colocado
a Flórida Ocidental sob autoridade do governador da Louisiana. Não
bastasse isso, reagiu aos ataques dos federalistas à suposta ilegalidade da
ação do Executivo afirmando que o Congresso já havia estendido a
18
I have no hesitation in saying, that if a parent country will not or cannot maintain its authority
in a colony adjacent to us, and there exists in it a state of misrule and disorder, menacing our
peace, and if moreover such colony, by passing into the hands of any other Power, would
become dangerous to the integrity of the Union, and manifestly tend to the subversion of our
laws; we have a right, upon eternal principles of self-preservation, to lay hold of it
19
“It cannot be too often repeated, that if Cuba on the one hand, and Florida on the other, are in
the possession of a foreign maritime Power, the immense country belonging to the United
States, watered by streamings discharging themselves into the Gulf of Mexico ― that is, one-
third, nay more than two-thirds of the United States, comprehending Louisiana, is placed at the
mercy of that Power. The possession of Florida is a guarantee absolutely necessary to the
enjoyment of the navigation of those streams”
28