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proprietário proibir o acesso das famílias às áreas dos babaçuais para a coleta do coco. A
situação se agravou com o desmatamento dessas áreas, que representam para as famílias,
daquela região um complemento à suas rendas monetárias através da venda da amêndoa do
babaçu. Outro aspecto desse conflito foi a reintrodução do búfalo, pelo referido proprietário,
na região da qual o povoado faz parte. Os agricultores têm grande resistência ao animal
devido a sua agressividade, invadindo roças e pelas alterações que provocam nas áreas baixas.
Os depoimentos se referem às modificações no sabor e odor da carne do peixe em
conseqüência da urina do búfalo nas lagoas, e do superpastejo das plantas aquáticas.
Quanto às áreas referentes às pastagens, tanto plantadas como naturais, matas
nativas, capoeira em descanso e área inadequada para plantio, a informação foi obtida das
pessoas que dispõem da propriedade da terra representada por 33,3 % das famílias. Para a
categoria de pastagem plantada, a proporção foi de 16,3 % para a classe com 1,5 a 3,0 ha,
20,9 % para a classe de 3,5 a 9,0 ha, 9,3 % para a classe de 18 a 20 ha e 53,5 % declararam
não possuir plantio de pasto. Para as pastagens naturais, 44,2 % das propriedades
apresentaram de 0,5 a 3 ha, 18,6 % representaram a classe de 6 a 50 ha e 37,2 % para a
proporção das propriedades sem pasto natural. Nas áreas com matas ou florestas, as seguintes
proporções: 48,9 % das propriedades possuíam de 0,5 a 2,0 ha, 16,3 %, apresentam de 10 a 18
ha e 34,8 % declararam não possuir em suas propriedades áreas com matas. Nas áreas com
capoeira em descanso, 30,2 % foi o percentual para o intervalo de área entre 0,0 e 4,0 ha,
45,0 % correspondeu ao intervalo de 4,5 a 8,5 ha , 11,6 % para o intervalo de classe de 9,0 a
15,0 ha, 13,2 % para a classe de 45,0 a 100,0 ha. As áreas inúteis para plantios foram
distribuídas com a proporção de 20,9 % para as propriedades que declararam não possuir
áreas inúteis para plantios, 49,7 % corresponderam às propriedades que possuem de 0,5 a 1,5
ha inúteis, 13,9 % à classe de 2,0 a 3,0 ha, 9,3 % à classe de 5,0 a 18,0 ha e 6,2 % a classe de
18,0 a 28,0 ha. Tais informações são estimativas de quantitativos de área dos diversos tipos de
cobertura vegetal que as famílias supõem como correspondente ao que de fato existe nas suas
propriedades. O somatório das áreas cultivadas, referente às roças dos anos de 2003 a 2004,
foi de 158,91 ha correspondente a 56,85 ha de consórcios, 22,56 ha de arroz e 16,80 ha de
mandioca em 2004 além de 18,0 ha de feijão e 44,70 ha de mandioca em 2003. O somatório
das áreas de roça foi o único que incluiu proprietários e não proprietários de terra.
Acrescentando-se o total de áreas de cultivo ao somatório da cobertura vegetal, resultou isto
em 1.397,50 ha.
O somatório das áreas de proprietários de terra foi 1.268,00 ha. A diferença entre
os somatórios da cobertura vegetal adicionado do total das áreas de cultivos dos somatórios de