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estudo, dos critérios anteriormente descritos (Matchei et al., 1992; AAP, 1996) seria
acompanhada de aumento na prevalência de doença periodontal. Mas, devido ao
tipo de estudo, metodologicamente a análise de valores médios foi a mais
apropriada. Entretanto, desta forma, o nosso critério se tornou rigoroso, pois mesmo
na presença de número elevado de bolsas periodontais, os valores de PS tendem a
se tornar diluídos, quando da obtenção de médias. Por exemplo, um indivíduo
hipotético que apresente 20 dentes (120 sítios periodontais) dos quais 30 sítios
periodontais (25%) com bolsas de 5mm de profundidade, 50 sítios periodontais com
PS=2mm, 20 sítios periodontais com PS = 3 mm e 20 sítios periodontais com 1mm
de profundidade, apresentará média bucal de PS = 2,75mm.
No presente estudo, a média de PS encontrada foi 2,2 ± 0,8mm. Silvério
(2004) avaliou 326 fichas periodontais de indivíduos da região do Vale do Paraíba e
observou valores médios de PS que variaram de 2,47mm a 3,29mm de acordo com
as faces dentárias. Já Craig et al. (2001) em um estudo transversal encontraram
média de PS de 2,6mm para o grupo de 58 hispânicos. Considerando-se o valor de
referência aqui adotado, PS > 3mm, a prevalência de doença periodontal foi 13,5%.
No estudo ecológico de Machion et al. (2000) a maior prevalência observada, 57,3%,
foi de bolsas periodontais de 3mm de profundidade. E, embora realizado na Suíça o
estudo de Schürch et al. (1988) também apontou percentual elevado (28%) de sítios
periodontais com PS > 3mm.
Adotando-se os cortes de 0 - 3 mm, de 3,01 - 4,00 mm, 4,01 - 5,00 mm,
5,01 – 6,00 mm e PS > 6 mm as prevalências foram respectivamente, 86,6%, 11,1%,
1,9%, 0,5% e 0,0% (Figura 8). PS ≥ 4 mm foi encontrada em 14,3% dos
trabalhadores de 18 a 64 anos e em 22,2% dos idosos, com mais de 65 anos, nos
Estados Unidos da América (Albandar, 2001). Considerando-se a PS de 4-6 mm,
Brown et al (1990) encontraram prevalência de 13,4% de doença em indivíduos com
18 – 64 anos de idade. Em Hong Kong, Lo et al. (2004) observaram em idosos,
prevalência de bolsas rasas de 37%; enquanto na Colômbia Orozco et al. (2004)
encontrou 11,2% de bolsas periodontais com no mínimo 5,5mm de profundidade
analisando diferentes faixas etárias. Em nosso estudo, quando consideramos a
média de PS entre 4 e 6mm, o dado prevalente observado foi 2,4%. Baelum et al.
(1986) encontraram menos de 10% dos sítios dentais com PS ≥ 4 mm. No Brasil, um
estudo com trabalhadores da região de Passo Fundo-RS, entre 15 - 64 anos de