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UFRRJ
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
DISSERTAÇÃO
Comunidade de Joaninhas (Coleoptera:
Coccinellidae) e Aspectos Fitotécnicos da Couve
(Brassica oleraceae var. acephala) em Consórcio com
Coentro (Coriandrum sativum), sob Manejo
Orgânico
André Luis Santos Resende
2008
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ii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
COMUNIDADE DE JOANINHAS (COLEOPTERA: COCCINELLIDAE)
E ASPECTOS FITOTÉCNICOS DA COUVE (Brassica oleraceae var.
acephala) EM CONSÓRCIO COM COENTRO (Coriandrum sativum),
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iii
UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos
631.584
R433c
T
Resende, André Luis Santos, 1982-
Comunidade de joaninhas (Coleoptera :
Coccinellidae) e aspectos fitotécnicos da
couve (Brassica oleraceae var. acephala)
em consórcio com coentro (Coriandrum
sativum), sob manejo orgânico / André Luis
Santos Resende. – 2008.
85 f. : il.
Orientador: José Guilherme Marinho
Guerra.
Dissertação (mestrado) Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto
de Agronomia.
Bibliografia: f. 53-62.
1. Agricultura orgânica Teses. 2.
Cultivo consorciado Teses. 3. Joaninha
(Inseto) Controle Teses. 4.
Olericultura Teses. I. Guerra, José
Guilherme Marinho, 1958-. II. Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto
de Agronomia. III. Título.
Bibliotecário: _______________________________ Data: ___/___/___
iv
v
Aos meus avôs Enos Resende e Francisco dos Santos (In Memorian)
As minhas avós Rita da Silva Santos e Francisca Tunala Resende (In Memorian)
A minha vovó Sueli Costa Pereira
A todos meus tios e tias, em especial tias Lúcia e Rose
As primas e aos primos, em especial ao Matheuzinho e Jessiquinha
Ao meu padrinho, Tio Cid.
Ao meu amigo Anthony que me faz perceber que já não sou mais aquele menino, pois o
mesmo também não é.
Aos amigos da caminhada acadêmica e aos amigos destes 26 anos de vida
Aos compadres Valdemir e Maria do Socorro
Ao Ângelo
A Crisley e Júnior
OFEREÇO
vi
Aos meus pais Paulo Roberto Resende e Neli Santos Resende
Aos meus sogros Alberto Ferreira do Amaral e Sandra Regina Pereira
A minha afilhada Ana Beatriz de Freitas Durigon
À minha noiva Daniele Pereira do Amaral, que sempre apoiou tudo que eu fiz e escolhi, e
sempre é meu conforto e auxílio.
DEDICO
vii
AGRADECIMENTOS
À Deus, em primeiro lugar, por me iluminar e permitir que eu tenha dado um passo
muito além do que esperava;
À CAPES pela concessão da bolsa de estudos;
À Embrapa Agrobiologia e ao curso de Pós-Graduação em Fitotecnia pela
oportunidade de aperfeiçoamento profissional;
Ao Dr. José Guilherme Marinho Guerra pela orientação;
À Dra. Elen de Lima Aguiar Menezes pela co-orientação e por tanto me incentivar em
minha carreira científica;
A todos os professores e funcionários dos cursos de Pós-Graduação em Fitotecnia e
Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada;
Ao professor Eurípedes Barsanulfo Menezes que sempre me incentivou desde a
graduação a desenvolver trabalhos de pesquisa;
Aos pesquisadores da Embrapa Agrobiologia: Adriana Maria de Aquino, Helvécio De-
Polli, Janaína Ribeiro Costa, José Antônio Espíndola, Maria Elizabeth Fernandes Correa e
Marta dos Santos Freire Ricci, que incentivaram e acompanharam este trabalho sempre com
sugestões, críticas e palavras de incentivo;
À Dra. Lucia Massutti de Almeida e os mestrandos Geovan Henrique Corrêa e
Venício B. Silva (UFPR, Curitiba, PR) pela identificação das joaninhas, e à Dra. Regina Celia
Zonta de Carvalho (Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti/SEAB, Curitiba, PR), pela
identificação de pulgões;
Ao Dr. Raul de Lucena Duarte Ribeiro pelas sugestões e questionamentos;
Aos funcionários da Fazendinha Agroecológica: Ivana, Pedro, Darcy, Maria,
Edmar, Hélio, Juarez, e outros, que tornaram possível este estudo;
Aos amigos do Laboratório de Fauna do Solo: Roberto, Khalil, Miriam, Itaynara e
Shana, muito obrigado pela amizade;
Aos amigos do Laboratório de Controle Biológico: Silvana, Carlos Marcos, Juliana,
Rafael, Alice, Michela e Luis Jacintho, muito obrigado pelo carinho, amizade e auxílio;
Ao graduando em Agronomia Abraão José Silva Viana que muito contribuiu para a
realização dessa dissertação com seus esforços;
Aos amigos do curso de Pós-Graduação em Fitotecnia: Mônica, Camila, Fábio, Ilzo,
Antônio José, Zé Ricardo, Thaís, Marcus, Marcius, Diego, entre outros;
A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para realização desta dissertação.
A TODOS O MEU SINCERO MUITO OBRIGADO.
viii
BIOGRAFIA
André Luis Santos Resende, nasceu em Paracambi, RJ, aos dez de janeiro de mil
novecentos e oitenta e dois, filho de Neli Santos Resende e Paulo Roberto Resende.
Durante a infância foi criado na Fazenda Frizo Empreendimento Pecuária onde
residiu, em Cacaria (2º Distrito de Piraí), sendo seu pai na época funcionário da fazenda,
responsável pela suinocultura. Foi alfabetizado na escola Municipal Lúcio de Mendonça, em
Cacaria.
Aos 8 anos, mudou-se para Seropédica com seus pais e transferiu-se para o colégio
Fernando Costa no Km 47, onde estudou até os 17 anos concluindo o segundo grau letivo.
Em abril de 2001 ingressou no curso de Agronomia da Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro, e em fevereiro de 2003 após aprovação no processo seletivo para bolsistas da
Embrapa Agrobiologia iniciou suas atividades de pesquisa na linha de Controle Biológico,
como bolsista de iniciação científica, sob orientação da Dra. Elen de Lima Aguiar Menezes.
Obteve o título de Engenheiro Agrônomo no primeiro semestre de 2006 e ingressou no
curso de Pós-Graduação em Fitotecnia, ao nível de mestrado, na mesma universidade.
ix
“... Mais inteligente é aquele que sabe que não sabe...”
Sócrates
“... Cuidas da Terra e a regas, e sem medidas a enriqueces, preparas assim os trigais: regando
os sulcos, aplainando os terrões, as pastagens do deserto gotejam, os campos se cobrem de
rebanhos e os vales se vestem de espigas...”
Salmo 65
“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
Mar Português – Fernando Pessoa
x
RESUMO
RESENDE, André Luis Santos. Comunidade de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) e
aspectos fitotécnicos da couve (Brassica oleraceae var. acephala) em consórcio com
coentro (Coriandrum sativum), sob manejo orgânico. 2008. 85p. Dissertação (Mestrado em
Fitotecnia). Instituto de Agronomia, Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2008.
As abordagens agroecológicas de produção orgânica vegetal pressupõem o desenho das
unidades de produção mais diversificado, no tempo e no espaço, onde se inclui os consórcios
de culturas, também conhecidos como policultivos. Um dos princípios dessa abordagem é que
através da diversificação dos cultivos, estimula-se a persistência, a abundância e a diversidade
de inimigos naturais que atuam no controle biológico de insetos-pragas. No Brasil, apesar dos
relatos informais, do tipo comunicação pessoal, pouco tem sido registrado a respeito dos
efeitos dos policultivos nas populações de insetos-pragas e inimigos naturais. Nesse contexto,
o presente estudo teve por objetivos determinar a diversidade e a estrutura da comunidade de
joaninhas predadoras (Coleoptera: Coccinellidae) associados a pulgões em couve, cultivada
em consórcio com coentro, além de avaliar o potencial do coentro como provedor de recursos
vitais para sobrevivência e reprodução das joaninhas, assim como o desempenho fitotécnico
desse consórcio, em sistema de produção orgânica conduzido em bases agroecológicas. O
estudo foi realizado em dois anos consecutivos (2006 e 2007) na unidade experimental de
produção integrada lavoura-pecuária denominada de Sistema Integrado de Produção
Agroecológica (SIPA) ou Fazendinha Agroecológica km 47, localizada em Seropédica (RJ),
realizando experimentos que envolveram o consórcio couve (Brassica oleraceae var.
acephala D.C.) com coentro (Coriandrum sativum L.) em comparação com o monocultivo de
couve, para determinar a diversidade de joaninhas por meio da coleta de indivíduos através
amostragens por remoção e placas amarelas adesivas, bem como caracterizar a estrutura de
sua comunidade por meio da análise faunística. O desempenho do consórcio foi também
avaliado, determindo os parâmetros fitotécnicos das culturas associadas. Um total de 25
espécies de joaninhas está presente no SIPA, mas Hyperaspis (Hyperaspis) festiva Mulsant,
Scymnus (Pullus) sp.3, Cycloneda sanguinea (L.) e Eriopis connexa Germar foram as
espécies mais frequentes na comunidade. Não houve infestação por pulgões na couve
consorciada com coentro, o qual foi usado pelas joaninhas como sítio de alimentação (fonte
de pólen, néctar e presas alternativas), sítio de oviposição, abrigo para larvas, pupas e adultos,
além de sítio de acasalamento. Quanto aos parâmetros fitotécnicos, o índice de equivalência
de área (IEA) para os consórcios couve e coentro, considerando as produtividades de massa
fresca, foram superiores em 92% (coentro colhido aos 55 dias após a semeadura) e 85%
(coentro deixado para florescer) em relação aos cultivos solteiros. O consórcio couve-coentro
no arranjo de uma linha central de couve e quatro linhas paralelas de coentro, colhendo-se as
duas centrais aos 55 dias após a semeadura e deixando as duas linhas na borda do canteiro
para florescer, não causa aumentos de produtividade da couve, mas mostra-se eficiente em
termo do uso eficiente da terra e como estratégia de conservação de joaninhas nos sistemas de
produção diversificados.
Palavras-chave: Olericultura orgânica, controle biológico por conservação, manipulação do
habitat.
xi
ABSTRACT
RESENDE, André Luis Santos. Community of ladybirds (Coleoptera: Coccinellidae) and
cropping aspects of kale (Brassica oleraceae var. acephala) intercropped with coriander
(Coriandrum sativum), under organic management. 2008. 85p. Dissertation (Master
Science in Crop Science). Instituto de Agronomia, Departamento de Fitotecnia, Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2008.
The agroecological approaches of vegetable organic production presumed the design of more
diversified production units over time and space, where the intercropped systems are
included. One of these approaches is that the persistence, the abundance and the diversity of
natural enemies that act in the insect-pest biological control are stimulated. In Brazil, despite
of informal reports, such as personal communication, little has been recorded about the effects
of intercropped systems in populations of insect pests and natural enemies. In this context, the
present study has as objectives to determine the diversity and the community structure of the
ladybirds (Coleoptera: Coccinellidae) associated with aphids in kale cultivated intercropped
with coriander, and to evaluate the potential of coriander to provide the vital resources for
survivor and reproduction of ladybirds, as well as evaluate the crop performance of this
intercropped system, in agroecologically-based organic production system. The study was
conducted in two consecutive years (2006 and 2007) in the experimental farm of integrated
crop-livestock production called of Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA) or
Fazendinha Agroecológica km 47, localized in the municipality of Seropedica, Rio de Janeiro,
Brazil, where the experiments were carried out and involved the intercropped system of kale
(Brassica oleraceae var. acephala D.C.) with coriander (Coriandrum sativum L.) in relation
to kale in the monocrop system, in order to determine the diversity of ladybirds by collection
of specimens through removal sampling and yellow sticky cards, as well as characterize the
structure of their community by the faunistic analysis. The performance of intercropped
system was also evaluated, determining the crop parameters of associated crops. A total of 25
ladybird species are present in the SIPA, but Hyperaspis (Hyperaspis) festiva Mulsant,
Scymnus (Pullus) sp.3, Cycloneda sanguinea (L.) and Eriopis connexa Germar were more
frequent species. There was no infestation by aphids in kale intercropped with coriander,
which was used by the ladybirds as food site (resource of pollen, nectar and alternatives
preys), oviposition site, refuge for larvae, pu t
xii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 Número total das diferentes fases de desenvolvimento das joaninhas (Coleoptera:
Coccinellidae) coletadas em couve consorciada com coentro e couve solteira, na Fazendinha
Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006 25
Tabela 2 – Número médio e número total de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletados nas amostragens por remoção, em couve consorciada com coentro e couve solteira,
na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006 27
Tabela 3 Número total de adultos por espécie e freqüência relativa das espécies de
joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) coletadas nas amostragens por remoção, em couve
consorciada com coentro e couve solteira, na Fazendinha Agroecológica km 47.
Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006 28
Tabela 4 Caracterização das populações de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) por meio
da análise faunística, capturadas em placas amarelas adesivas no consórcio couve coentro e
couve solteira na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006
33
Tabela 5 Colheitas que apresentaram significância para área foliar específica da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 36
Tabela 6 Colheitas que apresentaram significância para índice de área foliar da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 37
Tabela 7 Colheitas que apresentaram significância para produtividade da couve (Brassica
oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na Fazendinha
Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 38
Tabela 8 Número total das diferentes fases de desenvolvimento das joaninhas (Coleoptera:
Coccinellidae) coletadas em couve solteira e couve consorciada com coentro na fase de
florescimento, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a agosto de 2007
40
Tabela 9 – Número médio e número total de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletados nas amostragens por remoção, em couve solteira e couve consorciada com coentro
na fase de florescimento, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a agosto
de 2007 42
Tabela 10 Número total de adultos por espécie e freqüência relativa das espécies de
joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) coletadas nas amostragens por remoção, em couve
solteira e couve consorciada com coentro na fase de florescimento, na Fazendinha
Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a agosto de 2007 43
Tabela 11 Efeito do consórcio com couve, na massa seca, número de hastes por planta,
altura da planta e número de molhos por metro quadrado de canteiro e na produtividade do
coentro (Coriandrum sativum, cv. Asteca) cultivado sob manejo orgânico, na Fazendinha
Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 45
Tabela 12 Colheitas que apresentaram significância para área foliar específica (AFE) da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 46
Tabela 13 Colheitas que apresentaram significância para índice de área foliar (IAF) da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 47
Tabela 14 Colheitas que apresentaram significância para produtividade da couve (Brassica
oleracae var. acephala, brido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na Fazendinha
Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 48
xiii
Tabela 15 Efeito do consórcio com coentro, na primeira colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 72
Tabela 16 Efeito do consórcio com coentro, na segunda colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 72
Tabela 17 Efeito do consórcio com coentro, na terceira colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 73
Tabela 18 Efeito do consórcio com coentro, na quarta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 73
Tabela 19 Efeito do consórcio com coentro, na quinta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006) 74
Tabela 20 Efeito do consórcio com coentro, na primeira colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 75
Tabela 21 Efeito do consórcio com coentro, na segunda colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 75
Tabela 22 Efeito do consórcio com coentro, na terceira colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 76
Tabela 23 Efeito do consórcio com coentro, na quarta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 76
Tabela 24 Efeito do consórcio com coentro, na quinta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 77
Tabela 25 Efeito do consórcio com coentro, na sexta colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 77
Tabela 26 Efeito do consórcio com coentro, na sétima colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 78
Tabela 27 Efeito do consórcio com coentro, na oitava colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
xiv
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 78
Tabela 28 Efeito do consórcio com coentro, na nona colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 79
Tabela 29 Efeito do consórcio com coentro, na décima colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 79
Tabela 30 Efeito do consórcio com coentro, na décima primeira colheita, no número de
folhas por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 80
Tabela 31 Efeito do consórcio com coentro, na décima segunda colheita, no número de
folhas por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 80
Tabela 32 Efeito do consórcio com coentro, na décima terceira colheita, no número de
folhas por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 81
Tabela 33 – Efeito do consórcio com coentro, na décima quarta colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 81
Tabela 34 – Efeito do consórcio com coentro, na décima quinta colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 82
Tabela 35 – Efeito do consórcio com coentro, na décima sexta colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 82
Tabela 36 – Efeito do consórcio com coentro, na décima sétima colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 83
Tabela 37 – Efeito do consórcio com coentro, na décima oitava colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 83
Tabela 38 – Efeito do consórcio com coentro, na décima nona colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 84
Tabela 39 – Efeito do consórcio com coentro, na vigésima colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 84
xv
Tabela 40 – Efeito do consórcio com coentro, na vigésima primeira colheita, no número de
folhas por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007) 85
xvi
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Área do experimento I na Fazendinha Agroecológica Km 47, no ano 2006.
Seropédica, RJ 15
Figura 02 – Placas amarelas adesivas presas à haste de bambu. A. Disposição entre os
canteiros da parcela; B. Vista aproximada da placa 16
Figura 03 Área do experimento II na Fazendinha Agroecológica Km 47, no ano 2007.
Seropédica, RJ 21
Figura 04 – Milho usado como bordadura das parcelas 21
Figura 05 – Parcela de couve solteira 21
Figura 06 Parcela do consórcio com couve (1 linha plantio central) e coentro (4 linhas de
plantio) 22
Figura 07 – Coentro florido (A) em consórcio com a couve (B) 22
Figura 08 – Batata-doce usada nas bordas dos blocos 22
Figura 09 – Postura de joaninha sob folha do coentro 25
Figura 10 – Larva de Cycloneda sanguinea sobre folha do coentro 25
Figura 11 – Pupa de Cycloneda sanguinea sobre folha do coentro 26
Figura 12 – Adultos de Cycloneda sanguinea acasalando sobre folha do coentro 26
Figura 13 – Adulto de Eriopis connexa visitando a floração do coentro 29
Figura 14 – Larva de Eriopis connexa visitando a floração do coentro 29
Figura 15 – Flutuação populacional de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletadas nas parcelas experimentais com couve solteira e couve consorciada com coentro, na
Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006 30
Figura 16 Adulto de Cycloneda sanguinea alimentando-se de A. spiraecola em coentro
31
Figura 17 Número de folhas colhidas por planta de couve solteira e couve com coentro,
cultivada sob manejo orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica
– RJ 35
Figura 18 Área foliar específica da couve solteira e couve com coentro, cultivada sob
manejo orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ 36
Figura 19 – Índice de área foliar da couve solteira e couve com coentro, cultivada sob manejo
orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ 37
Figura 20 – Índice de área foliar da couve solteira e couve com coentro, cultivada sob manejo
orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ 38
Figura 21 – Postura de joaninha sob folha do coentro 41
Figura 22 – Larva de Eriopis connexa sobre folha do coentro 41
Figura 23 – Pupa de Cycloneda sanguinea sobre folha do coentro 41
Figura 24 – Adulto de Hippodamia convergens em coentro 41
Figura 25 – Flutuação populacional de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletados nas parcelas experimentais com couve solteira e couve consorciada com coentro na
fase de florescimento, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a agosto de
2007 44
Figura 26 Número de folhas de “padrão comercial” colhida planta
-1
em couve solteira,
couve com coentro sem floração e couve com coentro com floração, cultivada sob manejo
orgânico no ano de 2007, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ 46
Figura 27 – Área foliar específica da couve solteira, couve com coentro sem floração e couve
com coentro com floração, cultivada sob manejo orgânico no ano de 2007, na Fazendinha
Agroecológica em Seropédica – RJ 47
xvii
Figura 28 Índice de área foliar da couve solteira, couve com coentro sem floração e couve
com coentro com floração, cultivada sob manejo orgânico no ano de 2007, na Fazendinha
Agroecológica em Seropédica – RJ 48
Figura 29 Produtividade da couve solteira, couve com coentro sem floração e couve com
coentro com floração, cultivada sob manejo orgânico no ano de 2007, na Fazendinha
Agroecológica em Seropédica – RJ 49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 01
2 REVISÃO DE LITERATURA 03
2.1 A diversificação de cultivos e seu papel na conservação de inimigos naturais 03
2.2 Espécies envolvidas no consórcio: couve e coentro 08
2.3 Aspectos biológicos e ecológicos dos Coccinellidae 11
3 MATERIAL E MÉTODOS 14
3.1 Experimento I (Ano 2006) 14
3.1.1 Localização e duração do experimento 14
3.1.2 Caracterização do experimento 14
3.1.3 Amostragem por remoção de pulgões ápteros e joaninhas 15
3.1.4 Amostragem de joaninhas com armadilha 16
3.1.5 Análise faunística das populações de joaninhas 17
3.1.6 Determinação de parâmetros fitotécnicos da couve 19
3.2 Experimento II (Ano 2007) 20
3.2.1 Localização e duração do experimento 20
3.2.2 Caracterização do experimento 20
3.2.3 Amostragem por remoção de pulgões ápteros e joaninhas 22
3.2.4 Determinação de parâmetros fitotécnicos da couve e do coentro 23
3.2.4.1 Couve 23
3.2.4.2 Coentro 23
3.2.5 Índice de equivalência de área (IEA) 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 25
4.1 Experimento I (ano 2006) 25
4.1.1 Diversidade de espécies de pulgões infestantes da couve e de joaninhas 25
4.1.2 Análise faunística da comunidade de joaninhas 31
4.1.3 Parâmetros fitotécnicos da couve 35
4.2 Experimento II (ano 2007) 40
4.2.1 Diversidade de espécies e abundância relativa das joaninhas 40
4.2.2 Parâmetros fitotécnicos do coentro 44
4.2.3 Parâmetros fitotécnicos da couve 45
4.2.4 Indice de equivalência de área (IEA) do consórcio couve-coentro 50
5 CONCLUSÕES 52
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53
ANEXOS 63
1
1 INTRODUÇÃO
O cultivo de hortaliças é praticado no Brasil predominantemente em pequenas
propriedades rurais com características de produção familiar, com uso intensivo de mão-de-
obra, trazendo benefícios sociais expressivos. Todavia, a produção de hortaliças se reveste de
um vel normalmente avançado de utilização de tecnologias industrializadas, notadamente
fertilizantes sintéticos concentrados e agrotóxicos.
Portanto, os agricultores que se ocupam dessa atividade estão sujeitos ao contato com
essas substâncias tóxicas em quantidade e freqüência superior a de outras explorações
agrícolas, com grandes chances de intoxicação, além de problemas de contaminação
ambiental. No entanto, os problemas de conservação da qualidade do meio ambiente somado
ao binômio saúde-alimentação vêm despertando a preocupação com a preservação dos
recursos naturais e a qualidade de vida, resultando na busca pelos consumidores por alimentos
mais saudáveis, particularmente aqueles isentos de agrotóxicos (HORNE & MCDERMOTT,
2001).
Por conseqüência, essa preocupação tem também resultado na busca pelo setor
agropecuário de tecnologias para a implantação de sistemas de produção de enfoque
ecológico. Como resposta a essa demanda, a agricultura orgânica apresenta-se como uma
oportunidade para a produção de hortaliças sustentável, com enfoque ecológico, rentável e
socialmente justo. Em decorrência da baixa dependência em relação aos insumos externos,
pelo aumento de valor agregado ao produto com conseqüente aumento de renda para o
agricultor, e pelo fato de propiciar a conservação dos recursos naturais, a produção orgânica
de hortaliças cria novas oportunidades para pequenos e médios produtores, notadamente
comunidades de agricultores familiares.
A base científica para a agricultura orgânica encontra-se na agroecologia, que
pressupõe unidades de produção mais diversificadas no tempo e no espaço, para promover a
agrobiodiversidade e os processos biológicos naturais, conferindo aos sistemas de produção
maior estabilidade, resistência a perturbações e maior capacidade de resiliência
(VANDERMEER, 1995; TILMAN et al., 1996).
Na agricultura orgânica, a diversificação do sistema de produção pode ser obtida por
meio dos consórcios e rotações de culturas, plantas de cobertura, “ilhas” de vegetação
espontânea, quebra-ventos e sistemas agroflorestais. Dentre essas práticas agroecológicas, o
consórcio de culturas, também denominados de policultivos, é uma tecnologia muito utilizada
na produção de hortaliças, principalmente por ocasionar aumento de produção por unidade de
área e maior lucratividade para os olericultores.
No entanto, a pesquisa científica tem demonstrado que os consórcios podem ser
vantajosos por minimizar problemas com pragas, seja por meio da ação direta de uma das
culturas associadas sobre a praga, dificultando ou impedindo que a mesma se estabeleça sobre
as culturas, ou por sua ação indireta, ao estimular a persistência, a abundância e a diversidade
dos inimigos naturais das pragas proporcionando recursos vitais para sobrevivência e
reprodução desses insetos benéficos, tais como alternativas de alimento (pólen e néctar, presas
ou hospedeiros “alternativos”), abrigo, sítios de acasalamento e oviposição. Nesse último
aspecto, vários estudos, em sua maioria conduzida nos Estados Unidos, Europa e Austrália,
mostram que espécies de plantas das famílias Apiaceae (= Umbeliferae), Leguminosae e
Compositae têm desempenhado esse importante papel ecológico (LANDIS et al., 2000;
ALTIERI et al., 2003).
Todavia, no Brasil, apesar dos relatos informais, do tipo comunicação pessoal, pouco
tem sido cientificamente registrado a respeito dos efeitos dos policultivos nas populações de
insetos pragas e inimigos naturais (ALTIERI et al., 2003; FERNANDES et al., 2005,
RESENDE et al, 2007).
2
Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivos determinar a diversidade e a
estrutura da comunidade das joaninhas predadoras (Coleoptera: Coccinellidae) associadas a
pulgões em couve, cultivada em consórcio com coentro, além de avaliar o potencial do
coentro como provedor de recursos vitais para sobrevivência e reprodução das joaninhas e o
desempenho fitotécnico desse consórcio, em sistema de produção orgânica conduzido em
bases agroecológicas.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A diversificação de cultivos e seu papel na conservação de inimigos naturais
Nos últimos anos, especialmente após a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), a humanidade tem-se mostrado preocupada, de
forma crescente, com os problemas de conservação da qualidade do meio ambiente
provocados por uma ampla gama de atividades humanas, incluindo os relacionados à
exploração agropecuária. Essa preocupação tem resultado na busca pelo setor agropecuário de
tecnologias para a implantação de sistemas de produção de enfoque ecológico, rentáveis e
socialmente justos. Como resposta a essa demanda, a pesquisa científica tem avançado no
desenvolvimento de soluções tecnológicas para uma agricultura sustentável.
A agricultura sustentável, produtiva e ambientalmente equilibrada, apóia-se em
práticas agropecuárias que promova a agrobiodiversidade e os processos biológicos naturais,
baseando-se no baixo uso de insumos externos, como ocorre na agricultura orgânica.
A base científica para a agricultura orgânica encontra-se na agroecologia, ciência que
integra princípios agronômicos, ecológicos e socioeconômicos com o objetivo de melhor
entender o efeito das tecnologias sobre a produção agrícola e a sociedade como um todo. A
agroecologia resgata os conhecimentos tradicionais desprezados pela agricultura moderna,
combinando-os com conhecimentos científicos atuais para trazer sustentabilidade e
produtividade aos sistemas de produção (ESPINDOLA et al., 2006).
A agricultura orgânica, em bases agroecológicas, pressupõe unidades de produção
mais diversificadas, através da adoção de consórcios e rotações de culturas, plantas de
cobertura, “ilhas” de vegetação espontânea, quebra-ventos e sistemas agroflorestais. Um dos
princípios dessa abordagem é que através da diversificação dos cultivos, estimula-se a
persistência de organismos importantes da fauna benéfica, tais como: polinizadores,
microbiota antagônica do solo, minhocas e outros elementos da fauna do solo, inimigos
naturais de pragas etc., os quais estão envolvidos em processos biológicos, tais como
polinização, decomposição de matéria orgânica, simbiose e auto-regulação das populações de
pragas e doenças.
O consórcio de culturas, também conhecido como policultivos, tem sido apontado
como fator fundamental na manutenção de pequenas propriedades agrícolas, sendo
considerado componente de sistemas agrícolas mais sustentáveis (BALASUBRAMANIAN &
SEKAYANGE, 1990). É uma tecnologia muito tempo utilizada para produção de
alimentos e biomassa nas regiões tropicais. São definidos como associações de culturas nas
quais duas ou mais espécies com diferentes ciclos e arquiteturas vegetativas crescem
simultaneamente, sendo exploradas concomitantemente na mesma área e num mesmo período
de tempo, sem que necessariamente tenham sido semeadas ao mesmo tempo
(VANDERMEER, 1989; 1990; GLIESSMAN, 2001).
O manejo de sistemas consorciados consiste basicamente no desenho de combinações
espaciais e temporais de culturas numa mesma área. O arranjo das culturas no espaço pode ser
feito na forma de cultivos em faixas, cultivos mistos (sem arranjo definido em fileiras),
parcelas em mosaico, cultivos em linhas alternadas e culturas de cobertura do solo. O arranjo
no tempo pode ser estabelecido como cultivo simultâneo, em seqüência ou rotação de
culturas, em combinações sincrônicas ou assincrônicas e contínua ou descontínua
(ANDREWS & KASSAN, 1976; VANDERMEER, 1989; 1990; GLIESSMAN, 2001). Em
sistemas agrícolas consorciados, minimizar a competição e maximizar a complementação
interespecífica entre as culturas é uma estratégia fundamental (FRANCIS et al., 1976;
WILLEY, 1979).
4
O aumento da produtividade por unidade de área é colocado como uma das principais
razões para se cultivar duas ou mais culturas no sistema de consorciação, que no caso de ser
feito com hortaliças permite melhor aproveitamento da terra e de outros recursos disponíveis,
resultando em maior rendimento econômico (MONTEZANO & PEIL, 2006). O melhor
resultado observado em cultivo consorciado pode conferir, às culturas associadas, a condição
de plantas companheiras. Tal condição é denominada de cooperação mútua (quando o
rendimento das culturas superar a expectativa) (WILLEY, 1979). Todavia, de modo geral, o
sistema consorciado não está associado com o uso de alta tecnologia, nem com a obtenção de
altas produtividades (VIEIRA, 1989).
Dentro das muitas possibilidades de consorciação de culturas, os casos particulares dos
sistemas de consórcio têm recebido especial atenção, principalmente por causa da riqueza de
suas interações ecológicas (SANTOS, 1998). Dentre esses sistemas, estão os que possibilitam
a diminuição de problemas de pragas. Todavia, no Brasil, apesar dos relatos informais, do tipo
comunicação pessoal, pouco tem sido cientificamente registrado a respeito dos efeitos da
diversidade vegetal nas populações de insetos pragas e inimigos naturais (ALTIERI et al.,
2003; AGUIAR-MENEZES, 2004; FERNANDES et al., 2005).
Os mecanismos envolvidos no controle de pragas através da diversificação por
consórcio de culturas são decorrentes da ação direta ou indireta sobre as pragas. Na ação
direta, uma das culturas associadas impõe barreiras físicas e/ou químicas que dificultam a
localização, a reprodução e/ou a colonização da cultura hospedeira pelas pragas seja por
repelência química, mascaramento e/ou inibição de alimentação pela presença de plantas não-
hospedeiras, prevenção de movimento e/ou imigração das pragas ou otimização da sincronia
entre ciclos de pragas e seus respectivos inimigos naturais. Na ação indireta, uma das culturas
associadas possibilita o aumento da abundância e/ou diversidade de inimigos naturais das
pragas por proporcionar recursos vitais para a sobrevivência e reprodução dos inimigos
naturais, tais como alternativas de alimento (pólen e néctar, presas ou hospedeiros
“alternativos”), abrigo, sítios de acasalamento, oviposição ou hibernação (VAN EMDEN,
1989; ANDOW, 1991; LANDIS et al., 2000; ALTIERI et al., 2003; NORRIS & KOGAN,
2005; AGUIAR-MENEZES, 2004).
Vários exemplos de consórcios de culturas específicos que acarretam baixa incidência
de pragas, bem como mecanismos ecológicos envolvidos, são discutidos por Altieri et al.
(2003) e Aguiar-Menezes (2004).
Um caso particular de consórcio envolve o consórcio de mostarda (Brassica juncea L.)
e plantas aromáticas, dentre elas o coentro (Coriadrum sativum L.), avaliado por Singh &
Kothari (1997) na Índia, explorando o uso dos óleos essenciais como repelentes químicos para
o controle do pulgão Lipaphis erysimi Kaltenback (Hemiptera: Aphididae) em mostarda
(Brassica juncea L.). Esses autores observaram que os menores índices de infestação desse
pulgão ocorreram quando a mostarda foi consorciada com erva-doce (Foeniculum vulgare
Mill.), diferindo significativamente do coentro, que obteve maior índice de infestação por esse
pulgão, mas que não diferiu significativamente das demais espécies (Anethum sowa Kurtz,
Artemisia annua L. e Matricaria chamomilla L.) nem do monocultivo.
No que se refere à redução de pragas nos cultivos consorciados pelo aumento da
abundância e/ou diversidade de inimigos naturais das pragas, certos exemplos envolve o
consórcio de hortaliças, dentre elas as brássicas.
No norte da Califórnia, Altieri (1984) observou que couve-de-bruxela (Brassica
oleracea grupo Gemmifera) em consórcio com feijão fava (Vicia faba L., Fabaceae) e
mostarda silvestre (Brassica campestris L.) abrigava mais espécies de inimigos naturais (seis
espécies de predadores e oito espécies de parasitóides) que a monocultura dessa brásica (três
espécies de predadores e três espécies de parasitóides). Aparentemente, a presença de flores,
nectários extraflorais, presas e hospedeiros alternativos associados com a planta companheira
5
(feijão fava) permitiu esse incremento de espécies de inimigos naturais no consórcio, onde a
densidade de pulgões foi mais baixa provavelmente pelo aumento da taxa de mortalidade
imposta pelo complexo de inimigos naturais presente no consórcio.
Garcia & Altieri (1993), em seus estudos sobre o impacto do consórcio brócolos
(Brassica oleracea var. italica) com leguminosas portadoras de nectários extraflorais (Vicia
faba e Vicia sativa L.) na comunidade de artrópodos, verificaram que a população do pulgão
Brevicorine brassicae L. foi significativamente menor nas parcelas com V. faba, onde a
percentagem de parasitismo por Diaretiella rapae (McIntosh) (Hymenoptera: Braconidae) foi
alta. Observaram também que a população de moscas predadoras da família Syrphidae
manteve-se baixa nas parcelas de monocultivo de brócolos e elevada nas parcelas com
brócolos consorciados com V. sativa L., auxiliando no controle das populações desse pulgão.
Armstrong & Mckinlay (1997) e Booij et al. (1997) ao cultivarem trevo em consórcio
com repolho, observaram uma redução da população de pragas devido ao aumento de
Carabidae (Coleoptera), predadores terrestes, principalmente de lagartas.
Patt et al. (1997), ao estudar o impacto do consórcio da berinjela (Solanum melongena
L.) com coentro (Coriadrum sativum L.) ou aneto (Anethum graveolens L.) para o controle
biológico do besouro da batata do Colorado (Leptinotarsa decemlineata (Say), Coleoptera:
Chrysomelidae), obtiveram um número significativamente maior de joaninhas em berinjela
(Solanum melongena L.) consorciada com coentro (Coriadrum sativum L.) ou aneto
(Anethum graveolens L.) do que no monocultivo de berinjela. Esses autores encontraram
freqüentemente casais de joaninhas acasalando nas inflorescências de coentro e aneto. Citam
ainda que C. septempuncatata foi mais abundante nas áreas com aneto, e sugerem que isso é
porque pode haver uma especificidade do inseto predador com determinadas flores.
A presença de plantas fanerógamas (flores com estruturas reprodutivas visíveis) dentro
de sistemas de produção pode ser uma importante ferramenta para aumentar a conservação e
multiplicação dos predadores (GROSSMAN & QUARLES, 1993), visto que determinadas
espécies de insetos predadores são antófilos (“visitantes florais”). Além de sua presa, essas
espécies de insetos predadores necessitam de uma suplementação nutricional, como as das
famílias Coccinellidae (Coleoptera), Chrysopidae (Neuroptera) e Syrphidae (Diptera). O
pólen (fonte de proteína) e o néctar (fonte de carboidratos) sustentam o metabolismo e
desenvolvimento gamético dessas espécies. Por exemplo, em Coleomegilla maculata
(DeGeer) (Coleoptera: Coccinellidae), um importante predador de pulgões, a dieta alimentar
dos adultos e de suas larvas pode ser constituída de até 50% de pólen (HOFFMANN &
FORDSHAM, 1993; WEEDEN et al., 2008).
Adicionalmente, as plantas fanerógamas podem também fornecer outros alimentos
“alternativos” (outras espécies de hospedeiros ou presas alternativas às principais ou
preferenciais) e/ou sítios de acasalamento, oviposição e/ou abrigo para esses insetos
predadores (VAN EMDEN, 1989; ANDOW, 1991; LANDIS et al., 2000; ALTIERI et al.,
2003; NORRIS & KOGAN, 2005; AGUIAR-MENEZES, 2004). Com esses recursos
disponíveis, a emigração dos predadores a partir dos sistemas agrícolas com flores pode ser
minimizada. A cor e o cheiro das flores também podem ser atrativos para esses insetos e
promoverem a imigração a partir de áreas com ausência desses recursos florais (HASLETT,
1989).
Dessa forma, flores proporcionam uma reserva concentrada de recursos vitais para os
insetos predadores e podem aumentar a sua eficácia através de efeitos combinados do
aumento da sobrevivência, longevidade, fecundidade, tempo de retenção e imigração, sendo
sua presença requerida nos sistemas de produção para seu sucesso como agentes de controle
biológico (HAGEN, 1962; HODEK, 1967; BUGG & WILSON, 1989; MAINGAY et al.,
1991; COWGILL et al., 1993; LANDIS et al., 2000; ALTIERI et al., 2003; AGUIAR-
MENEZES, 2004).
6
Estudos de Smith (1960, 1961, 1965) demonstram a influencia de várias fontes de
pólen no desenvolvimento de várias espécies de Coccinellidae (Coleoptera). Por exemplo,
esse autor mostrou que o desenvolvimento do coccinelídeo polífago Coleomegilla maculata
(DeGeer) foi mais rápido e a sobrevivência maior, quando alimentado com uma mistura do
pulgão-do-milho Rhopalosiphum maidis (Fitch) (Heteroptera: Aphididae) mais pólen de
milho (Zea mays L.), do que quando as larvas receberam outro alimento sozinho (Smith,
1965).
Patt et al. (1997) avaliaram plantas com nectários florais para determinar quais
poderiam beneficiar predadores do besouro da batata do Colorado, Leptinotarsa decemlineata
(Coleoptera: Chrysomelidae). As Apiaceae Anethum graveolens L. e Coriandrum sativum L.
tinham flores compatíveis com a morfologia da cabeça da joaninha Coleomegilla maculata
(DeGeer) (Coleoptera: Coccinellidae), cujas larvas e adultos predam ovos e larvas de primeiro
instar desse besouro-praga de solanáceas. Observações de campo do comportamento de
forrageamento desses predadores comprovaram a utilidade dessas espécies de plantas em
plantio consorciado com berinjela por resultar no aumento do número desses predadores,
resultando num aumento da taxa de consumo das massas de ovos de L. decemlineata.
Chaney (1998) cita que Lobularia maritima L. (conhecida como “alisso” ou ”doce
alisso”, uma planta herbácea anual da família Brassicaceae, muito florífera, nativa da região
do Mediterrâneo) promove a sobrevivência e a fecundidade do parasitóide de pulgões
Diaretiella rapae (McIntosh). Segundo esse autor, essa planta vem sendo utilizada na
Califórnia como um “criatório” de insetos benéficos em áreas de plantio de alface, sendo que
somente uma única fileira de plantas de L. maritima a cada doze fileiras de alface é necessária
para o controle eficiente do pulgão Myzus persicae (Sulzer) (Hemiptera: Aphididae) nessa
cultura. Essa espécie de planta é incluída em muitas misturas de sementes de flores vendidas
no comércio dos Estados Unidos para serem usadas com essa finalidade, como por exemplo,
Good Bug Blend
(da Peacefull Valley Farm Suplly, Grass Valley, CA) e Border Patrol
(da
Garden City Seeds, Hamilton, MT) (CHANEY, 1998). Um outro aspecto importante é que as
flores proporcionam uma fonte concentrada de nutrientes e outros recursos e por isso
necessitam tomar somente uma pequena porção da área total destinada ao cultivo comercial
para ser efetiva no controle, comparável ao controle químico (GROSSMAN & QUARLES,
1993; CHANEY, 1998).
Em experimento com gaiolas, sob condições de laboratório, para determinar
longevidade de Copidosoma koehleri Blanchard (Hymenoptera: Encyrtidae), parasitóide da
broca da batata, Phthorimaea operculella (Zeller) (Lepidoptera: Gelechiidae), Baggen et al.
(1998) observaram que os tratamentos que continham aneto (Anethrum graveolens L.),
Borago officinalis L. e coentro (Coriandrum sativum L.) em estádio de floração
proporcionaram uma longevidade maior que os mesmos sem flor. Baggen et al. (1999)
constataram que entre as plantas testadas como fonte de pólen e néctar, Phacelia tanacetifolia
Benth. (Hydrophyllaceae) também seria uma fonte de alimento seletiva para C. koehleri,
beneficiando sua longevidade, mas com um grande efeito negativo na fecundidade de P.
operculella.
Grafton-Cardwell et al. (1999) avaliaram a adequação de leguminosas como fonte de
pólen e seu impacto sobre a sobrevivência e fecundidade das fêmeas do ácaro predador
Euseius tularensis (Congdon) (Acarina: Phytoseiidae). Foram avaliadas como fonte de pólen
as seguintes espécies de leguminosas: Vicia faba L. (fava), Vicia sativa L. (ervilhaca comum),
Vicia villosa var. Lana (ervilhaca peluda), Pisum sativum L. var. Arvense (ervilha-do-campo),
Trifolium repens L. (trevo branco), Trifolium incarnatum L. (trevo encarnado), Trifolium
hirtum Allioni (trevo rosa), Trifolium repens L. (trevo branco) e Trifolium pratense L. (trevo
vermelho). Excetuando-se duas espécies de Trifolium (T. hirtum e T. repens), o pólen das
7
demais leguminosas proporcionou altas taxas de sobrevivência (54,1% a 88,0%) e de
fecundidade (8,47 a 17,36 ovos/fêmea) para E. tularensis.
Na Nova Zelândia, Irvin et al. (1999) avaliaram, em condições campo, a influencia da
presença de flores de coentro (Coriandrum sativum L.) e do trigo mourisco (Fagopyrum
esculentum Moench), cultivados em pomares de maçã, sobre as taxas de parasitismo de
Dolichogenidae tasmanica (Cameron) (Hymenoptera: Braconidae), um endoparasitóide
solitário de algumas espécies de lepidópteros da família Tortricidae, em comparação ao
tratamento com herbicida (controle). A taxa de parasitismo foi significativamente mais alta
(quase o dobro) nos parcelas com coentro em relação ao controle. O trigo mourisco também
aumentou a taxa de parasitismo desses lepidópteros, mas não diferiu significativamente do
controle. Um experimento foi conduzido em gaiolas sob condições de laboratório, para testar
a influência de flores dessas duas espécies e de Vicia faba na longevidade do parasitóide, em
comparação a água (testemunha) e uma solução de água mais mel (50:50). A longevidade foi
significativamente maior quando alimentado com uma solução de mel e água (50:50), com
média de 22,5 dias para as fêmeas e 21,1 dias para os machos. O tratamento de trigo + coentro
proporcionou a segunda maior média (19,6 dias para as fêmeas e 19,5 dias para os machos),
não diferindo significativamente do mel + água, nem dos demais tratamentos, com exceção do
tratamento que só continha água, que foi o de menor média, com 4,8 dias para as fêmeas e 6,0
dias para os machos. O tratamento com fornecimento de coentro foi o que apresentou a
segunda menor média, com 8,7 dias para as fêmeas e 10,7 dias para os machos. Berndt et al.
(2005) demonstraram que esse endoparasitóide tem a sua longevidade e fecundidade
aumentadas na presença de flores de Lobularia maritima (alisso). Os autores verificaram que
as fêmeas do parasitóide com acesso as flores de alisso viveram em média sete vezes mais
tempo que as fêmeas criadas na ausência das flores, e os machos tiveram sua longevidade
aumentada em três vezes na presença das flores.
Johanowicz & Mitchell (2000) estudaram os efeitos do néctar das flores de Lobularia
maritima na longevidade de fêmeas do parasitóide Cotesia marginiventris (Creson)
(Hymenoptera: Braconidae) e Diadegma insulare (Creson) (Hymenoptera: Ichneumonidae)
em experimento em casa-de-vegetação. C. marginiventris e D. insulare sobreviveram por um
período aproximadamente de 4,8 a 12,7 vezes mais longo, quando forneceram,
respectivamente, mel e flores de L. maritima do que apenas água.
De acordo com esses autores, flores de outras duas espécies que aumentam
significativamente a longevidade e fecundidade de D. insulare são as da mostarda silvestre
(Brassica kaber (L.)) e a de um tipo selvagem de cenoura (Daucus sp.). Contudo, esses
autores argumentam que a inclusão dessas duas espécies de plantas nos sistemas de produção
de repolho no norte da Flórida para o controle de lagartas, como a traça das crucífeas (Plutella
xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae)) e a lagarta-do-repolho (Trichoplusia ni (Hübner)
(Lepidoptera: Noctuidae)), poderia ser problemática, uma vez que a mostarda silvestre é
considerada pelos agricultores locais como uma planta invasora, enquanto que a cenoura
selvagem pode não florescer suficientemente rápido se plantada na mesma época do repolho.
Esses autores concluem que a alternativa mais promissora seria a L. maritima, que não é uma
invasora e desenvolve-se bem no inverno, florescendo rapidamente e atrai grande diversidade
de inimigos naturais, incluindo vespas parasíticas, moscas Syrphidae e percevejos predadores.
Venzon et al. (2006) ao fornecerem dietas à base de pólen de guandu, crotalária e
mamona (usada como controle) para Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera:
Chrysopidae), observaram que a taxa de crescimento populacional foi igual para as dietas de
pólen de crotalária e guandu. No tratamento com dieta de pólen de mamona, as fêmeas do
inseto não ovipositaram. Quando foi adicionado mel ao pólen de crotalária e guandu, a taxa de
oviposição aumentou consideravelmente, o que não aconteceu com o fornecimento de mel
junto com pólen de mamona e no tratamento com fornecimento apenas de mel. Como houve
8
resposta positiva na utilização de pólen de crotalária e guandu sob a taxa de crescimento
populacional de Chrysoperla externa, principalmente com adição de mel, os autores concluem
que a utilização dessas espécies vegetais em sistemas orgânicos de café deve ser
complementada com espécies que forneçam néctar.
Outras espécies de plantas das famílias Apiaceae (= Umbeliferae), Leguminosae e
Compositae têm desempenhado o importante papel ecológico de fornecer alternativas de
alimento (pólen e/ou néctar, presas “alternativas”) para insetos predadores (DUFOUR, 2000;
ALTIERI et al., 2003; AGUIAR-MENEZES, 2004).
O sistema consorciado, em função das vantagens proporcionadas aos agricultores,
pode constituir-se numa tecnologia bastante aplicável e acessível, vindo a estabelecer-se como
um sistema alternativo de cultivo, possibilitando um maior ganho, seja pelo efeito sinergístico
ou compensatório de uma cultura sobre a outra, como também pelo menor impacto ambiental
proporcionado, em relação à monocultura (MONTEZANO & PEIL, 2006).
2.2 Espécies envolvidas no consórcio: couve e coentro
A couve de folhas (Brassica oleracea L. var. acephala), também conhecida como
couve comum ou simplesmente couve, é uma hortaliça arbustiva anual ou bienal, da família
Brassicaceae (= Cruciferae), de grande importância mundial na nutrição humana. Os tipos
selvagens de Brassica oleracea têm sido frequentemente referida a var. sylvestis L., crescendo
espontaneamente ao longo da costa atlântica da Europa, onde teria sido cultivada, na sua
forma primitiva, pelos Celtas. Provavelmente entre o primeiro e segundo milênio a.C., a
couve foi levada para a região leste do Mediterrâneo, onde foi completamente domesticada e
iniciou sua rápida diversificação que originou uma grande variedades de formas cultivadas
(GOMEZ-CAMPO, 1999).
As folhas da couve não formam “cabeça”, sendo distribuída em forma de roseta, ao
redor do caule, que é ereto e emite folhas continuadamente. As folhas apresentam limbo bem
desenvolvido, arredondado, com pecíolo e nervuras foliares bem destacadas. A couve é uma
cultura típica de outono-inverno e possui um grande papel sócio-econômico para os pequenos
agricultores. Apresenta certa tolerância ao calor, permanecendo produtiva durante meses. A
época de plantio se estende ao longo do ano, em inúmeras regiões. No Brasil, raramente
produz pendão floral, embora seja bienal (FILGUEIRA, 2003). A couve vem tendo seu
consumo gradativamente aumentando devido, provavelmente, às novas maneiras de utilização
na culinária e seu grande valor nutricional como fonte de cálcio, ferro e vitamina A e ácido
ascórbico (FRANCO, 1960).
Entre as pragas que incidem sobre a couve, destacam-se os pulgões ou afídeos
(Hemiptera: Aphididae), particularmente Brevicoryne brassicae L., Lipaphis erysimi (Kalt),
Lipaphis pseudobrassicae Davis e Myzus persicae (Sulzer) (SOUSA-SILVA & ILHARCO,
1995; BLACKMAN & EASTOP, 2000; GODOY & CIVIDANES, 2002; RESENDE et al.,
2006). Tais insetos são geralmente atacados por uma variedade de insetos predadores, dentre
eles as joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) (MINKS & HARREWIJN, 1988).
O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma hortaliça-condimento anual que pertence à
família das Apiaceae (= Umbelliferae), originária da região mediterrânea, de importância
econômica e social considerável, consumido em várias regiões do Brasil, especialmente no
Norte e Nordeste, participando de muitos pratos regionais (MARQUES & LORENCETTI,
1999; OLIVEIRA et al., 2004). Seu cultivo visa a obtenção de massa verde utilizada na
composição de diversos pratos, tipos de molhos e salada e no tempero de peixes e carnes
(OLIVEIRA et al., 2003). A planta é herbácea, com folhas muito semelhantes à da cenoura.
Os cultivares tipo Português, Americano Gigante, Verdão e Verde Cheiroso são os mais
9
utilizados (COTIA, 1987; FILGUEIRA, 2003). A propagação é feita pela semeadura direta,
em canteiros definitivos, em sulcos espaçados de 20 a 30 cm, deixando-se as plantas
espaçadas de 8-10 cm, após o desbaste (FILGUEIRA, 2003).
O coentro produz mais sob clima quente, não tolerando baixas temperaturas, por isso
deve ser semeado de setembro a fevereiro. A colheita ocorre cerca de 60 dias após a
semeadura, quando as plantas atingirem de 10 a 15 cm de altura ou deixando-as crescer até
alcançarem 50 a 60 cm, para retirar somente alguns ramos, podendo-se fazer diversas
colheitas, tal como no caso da salsa (COTIA, 1987; FILGUEIRA, 2003). As folhas são atadas
em molhos, e assim comercializadas. As sementes secas são empregadas como condimento
para produtos de carne defumada, doces, pães, picles e, até, licores (FILGUEIRA, 2003). Seu
cultivo é praticado por pequenos produtores, em hortas domésticas, escolares e comunitárias,
e não objetiva apenas a produção de massa verde, comercializada em feiras livres e
supermercados, mas também a produção de frutos, utilizados nas indústrias alimentícia e
cosmética (PEDROSA et al., 1984). Por apresentar precocidade em seu ciclo (45-60 dias),
esta cultura garante retorno rápido do capital investido, aumentando a renda das famílias
envolvidas na exploração, viabilizando a mão-de-obra familiar ociosa, tornando-se, então,
uma espécie de notável alcance social (HAAG & MINAMI, 1998).
Na literatura consultada, não foram encontrados relatos sobre o consórcio de couve
(Brassica oleracea L. var. acephala) com coentro (Coriandrum sativum L.), resultando na
ausência de estimativas de parâmetros fitotécnicos como produtividade, área foliar, etc., que
são importantes para o entendimento das respostas morfológicas e fisiológicas das espécies
consorciadas para minimizar os efeitos negativos estabelecidos de uma cultura sobre a outra
(MONTEZANO & PEIL, 2006).
Todavia, Tivelli et al. (2006) avaliou o consórcio de couve e alface (Lactuca sativa
L.). Informações estão disponíveis para consórcios envolvendo o coentro com outras culturas
principais, a saber: alface (OLIVEIRA et al., 2005); cebolinha (Allium fistulosum, L.)
(ZÁRATE et al., 2005), taro (Colocasia esculenta (L.) Schott) (ZÁRATE et al., 2007a) e
mandioquinha-salsa (Arracacia xanthorrhiza Bancroft) (ZÁRATE et al., 2007b).
Oliveira et al. (2005) avaliaram o consórcio de alface-coentro, usando combinações
entre dois cultivares de alface (Tainá e Babá de Verão) e cinco cultivares de coentro (Verdão,
Supéria, Português, Asteca e Santo). Houve interação significativa entre os cultivares de
alface e de coentro na altura de plantas, número de molhos m
-2
e no rendimento estimado de
massa verde do coentro, com o cultivar de coentro Português, registrando a melhor
performance produtiva quando combinada com as 2 cultivares de alface. As cultivares de
alface tiveram desempenho produtivo diferente, sendo que o cultivar Babá de Verão foi
significativamente superior à Tainá. O melhor aproveitamento dos fatores ambientais
disponíveis se deu em todos os sistemas consorciados, em relação ao sistema solteiro, uma
vez que os índices de uso de terra foram superiores a 1, porém as maiores eficiências
agroeconômicas foram registradas nos consórcios entre os cultivares Tainá e Asteca, e Babá
de Verão e Português.
Zárate et al. (2005) determinaram a produtividade e o retorno econômico da cebolinha
‘Todo Ano’ e do coentro ‘Asteca’, em cultivo solteiro e consorciado, com três e quatro linhas
de plantas por canteiro. A produção média de massa fresca das plantas de cebolinha foi
significativamente maior no cultivo em solteiro que o consorciado (92,75%). No coentro, a
produção de massa fresca sob cultivo solteiro com quatro linhas foi significativamente
superior à obtida no cultivo solteiro com três linhas (41,21%). Para o produtor de cebolinha,
que terá o coentro como segunda cultura, os dois consórcios (quatro linhas de cebolinhas com
quatro linhas de coentro e com três linhas de coentro) foram economicamente viáveis. Os
índices de equivalência de área para os consórcios cebolinha e coentro foram superiores em
10
21% (coentro em quatro linhas) e 56% (coentro em três linhas) em relação aos cultivos
solteiros.
Tivelli et al. (2006) avaliaram a produtividade e o desempenho econômico das culturas
de couve de folha (híbrido Manteiga HS-20) e alface (cultivar Vera) em função da época de
estabelecimento do consórcio (0, 7 e 14 dias após o transplantio (DAT) da couve) em
Campinas/SP, e encontraram que a produtividade de massa seca de couve de folha (378,79 g
m
-2
) foi significativamente maior no sistema consorciado em que a alface foi transplantada 14
DAT da couve de folha em relação ao monocultivo (300,96 g m
-2
). O sistema de consórcio
estabelecido aos 0 DAT produziu alface de qualidade semelhante ao monocultivo, maior valor
da razão de área equivalente (1,73) e maior renda bruta por hectare (R$ 23.646,69).
Zárate et al. (2007a) avaliaram o taro “Macaquinho” (T), a salsa “Lisa Preferida” (A) e
o coentro “Tipo Português” (C), em cultivo solteiro e consorciado (TC e TA). As colheitas da
salsa foram aos 81; 119; 157 e 195 dias após a semeadura (DAS); do coentro, aos 49 e 81
DAS e do taro, aos 196 DAP. Para altura das plantas e massa fresca de parte aérea da salsa,
nas quatro épocas de colheita, foi observado que o cultivo solteiro foi o melhor. As plantas de
coentro sob TC tiveram 0,56 cm e 2,55 cm a mais na altura, na primeira e segunda colheita,
respectivamente, e 0,35 e 0,24 t ha
-1
nas produções de massa fresca na primeira colheita e na
total, respectivamente. No taro, as maiores produções foram sob cultivo solteiro, exceto a de
rizomas não comerciais, que foram no TC. O índice de equivalência de área do TA foi 1,15 e
do TC foi 1,83. O consórcio também foi positivo para o produtor de coentro, com aumento de
R$16.101,85 ha
-1
. Já, para o produtor de salsa, a melhor opção foi o cultivo solteiro, com
renda bruta de R$38.681,65.
A produção e renda bruta da mandioquinha-salsa ‘Amarela de Carandaí’ (M), da
cenoura ‘Brasília’ (Ce) e do coentro ‘Tipo Português’ (Co) em cultivos solteiros e os
consórcios MCe e MCo foram determinadas por Zárate et al. (2007b). A colheita da cenoura
foi aos 95 dias após a semeadura; a do coentro, aos 112 dias e a da mandioquinha-salsa, aos
247 dias após o plantio. A altura das plantas (42,3 cm) e as massas frescas de raízes total (9,07
t ha
-1
) e comercial (6,55 t ha
-1
) da cenoura no consórcio MCe tiveram aumentos significativos
de 4,4 cm; 2,34 e 1,73 t ha
-1
, respectivamente, em relação às plantas cultivadas solteiras. No
coentro, a altura (24,0 cm) e a massa fresca de folhas (2,98 t ha
-1
) das plantas solteiras foram
significativamente maiores que as consorciadas. Na mandioquinha-salsa, houve influência
significativa da forma de cultivo e os maiores valores de massas frescas, em t ha
-1
, de folhas
(17,84), rebentos (4,07), coroas (3,99) e de raízes totais (14,04), comerciais (10,46) e não-
comerciais (3,58) foram obtidos no cultivo solteiro. O consórcio MCe foi considerado efetivo
(IEA = 1,47) e o MCo foi inefetivo (IEA = 0,76). A renda bruta indicou que os dois
consórcios não devem ser recomendados para o produtor de mandioquinha-salsa porque
induziriam perdas de R$ 8.650,00 e R$ 7.011,25, respectivamente.
De acordo com Montezanno & Peil (2006), os sistemas de cultivo, com associações de
culturas envolvendo hortaliças têm sido pouco estudados, apesar de serem bastante utilizados
em todo o mundo, persistindo ainda alguns desafios com relação à determinação das culturas
a serem cultivadas e o seu respectivo manejo, e a viabilidade destes sistemas consorciados
como estratégia fitotécnica na produtividade das hortaliças (MONTEZANO & PEIL, 2006).
11
2.3 Aspectos biológicos e ecológicos dos Coccinellidae
A família Coccinellidae (Coleoptera), numa linguagem coloquial chamados de
coccinelídeos, reúne cerca de 490 gêneros e 4200 espécies conhecidas ao redor do mundo,
distribuídas em seis subfamílias (Chilocorinae, Coccidulinae, Coccinellinae (incluindo
Psylloborini), Epilachninae, Scymninae e Sticholotinae) (IPERTI, 1999; MARINONI et al.,
2001).
São insetos holometabólicos, isto é, apresentam metamorfose completa, o que
significa que eles desenvolvem-se a partir de um ovo, passam pelos estádios de larva (em
geral, cinco estádios, e raramente três), sendo o último estádio denominado de pré-pupa,
depois pupa antes de tornarem-se adultos.
Muitos coccinelídeos afidófagos depositam seus ovos em grupo, contendo de 10 a 110
ovos, enquanto que os coccinelídeos coccidófagos depositam grupos de menor número de
ovos. As larvas recém eclodidas, normalmente, permanecem sobre os ovos por cerca de um
dia, podendo levar ao canibalismo (HAGEN, 1962; IPERTI, 1999). Muitas espécies de
coccinelídeos das tribos Chilocorini, Scymnini e Hyperaspini depositam seus ovos
individualmente e frequentemente escondidos, sendo mais raro a ocorrência de canibalismo.
O canibalismo pode ocorrer entre larvas, enquanto que larvas e adultos podem alimentar-se de
pré-pupa e pupa (HAGEN, 1962).
Em geral, as fêmeas de Coccinellidae depositam a maioria de seus ovos entre ou
próxima às colônias de pulgões, devido à presença de estímulos químicos (odores dos pulgões
ou à presença de “honeydew”) (EVANS & DIXON, 1986; IPERTI, 1999; EVANS, 2003).
Todavia, algumas espécies podem também depositar seus ovos sobre o substrato, sem
a presença da presa. Por exemplo, Cottrell & Yeargan (1998) observaram que Coleomegilla
maculata DeGeer oviposita frequentemente em Acalypha ostryaefolia Ridell (Euphorbiaceae),
uma planta espontânea comum nos campos de milho doce em Kentucky (Estados Unidos).
Esses autores observaram que mais de 85% das posturas foram realizadas nessa planta do que
no milho doce, mesmo na presença da presa no milho (ovos de Helicoverpa zea (Boddie)).
Nas parcelas de milho com A. ostryaefolia, houve um aumento de densidade de ovos e larvas
de C. maculata, as quais migravam para predar ovos de H. zea no milho doce. Esses autores
também observaram que o canibalismo de ovos e larvas de C. maculata de seus coespecíficos
é comum quando suas posturas são realizadas em milho doce, porém drasticamente reduzido
em A. ostryaefolia. Estudos posteriores reforçam a preferência de C. maculata em realizar
posturas em outras espécies vegetais, como Abutilon theophrasti Medicus (Malvaceae), ao
invés do milho doce (COTTRELL & YEARGAN, 1999; GRIFFIN et al., 2002). Segundo
Agarwala & Dixon (1992), larvas e adultos de coccinelídeos são induzidos ao canibalismo de
ovos e larvas de coespecíficos e, em menor grau, ao canibalismo de outras espécies de
coccinelídeos. Evans (2003) afirma que a estratégia de depositar ovos a modestas distâncias
das colônias de pulgões, usada pelos coccinelídeos, serve para minimizar o canibalismo de
ovos de seus coespecíficos.
A maioria das espécies (cerca de 90%) possui hábito carnívoro e, portanto,
desempenha a função trófica de predador na cadeia alimentar. Essas espécies estão
distribuídas entre as subfamílias Chilocorinae, Coccidulinae, Coccinellinae (menos
Psylloborini), Scymninae e Sticholotinae. Outras espécies são fitófagas (subfamília
Epilachninae) ou fungívoras (tribo Psyloborini). No Brasil, esses insetos são conhecidos como
joaninhas. Os hábitos alimentares das larvas e dos adultos são similares, geralmente as
espécies predadoras se alimentam de presas de hábito sedentário, variando de monófagas a
polífagas (MARINONI et al., 2001).
Geralmente, os adultos de espécies coloridas (por exemplo, vermelhas, amarelas,
laranjas com ou sem manchas) e brilhantes alimentam-se de pulgões (afidófagas), enquanto
12
que as espécies menores e escuras, geralmente pretas brilhantes, alimentam-se de cochonilhas
(coccidófagas), moscas brancas e ácaros. Coccinelídeos micófagos são geralmente marrom
claro a brancos ou, às vezes, amarelo claro. As joaninhas grandes medem de 3 a 9 mm e são
glabras, as de tamanho médio medem de 2 a 3 mm e são pubescentes e as pequenas são
menores que 2 mm e muito frequentemente alimentam-se de ácaros e moscas brancas. Esses
três grupos representam 60%, 39% e 1% de todas as espécies de Coccinellidae conhecidas,
respectivamente (IPERTI, 1999).
Os coccinelídeos completam seu desenvolvimento larval e produz uma progênie viável
se eles consomem sua presa preferencial, a qual estimula e mantém a produção de ovos.
Quando sua presa preferida está escassa, as joaninhas alimentam-se de recursos alimentares
alternativos, tais como fezes açucaradas de pulgões e cochonilhas (“honeydew”), néctar
extrafloral, pólen etc., garantido sua sobrevivência. Porém, certas espécies apresentam
ovogênese normal somente quando sua presa preferencial está disponível, como em
Hippodamia spp., necessitando consumir pulgões para estimular a produção de ovos
(HODEK, 1973; HAGEN, 1987; IPERTI, 1999).
A ausência de recursos alimentares alternativos, tais como fezes açucaradas de pulgões
e cochonilhas (“honeydew”), néctar extrafloral, pólen etc. limita a ocorrência e abundância de
joaninhas nos agroecossistemas. O uso inadequado de agrotóxicos constitui também uma das
principais razões da redução do número de joaninhas, as quais são geralmente altamente
vulneráveis a esses produtos químicos sintéticos em todos os estágios de sua vida (IPERTI,
1999).
Frequentemente três a quatro espécies predadoras de Coccinellidae pode ocorrer no
mesmo habitat, alimentando-se da mesma espécie de presa, mas às vezes, duas espécies de um
mesmo gênero presentes num mesmo habitat, possa se alimentar de diferentes espécies de
presa (HAGEN, 1962).
Bueno & Souza (1993) relataram a ocorrência e diversidade de insetos predadores na
cultura da couve, sob manejo convencional, num campo experimental, em Lavras (MG), onde
capturaram seis espécies de Coccinellidae: Cycloneda sanguinea, Scymnus (Pullus) sp.,
Psyllobora sp., Eriopis sp., Hyperaspis sp., Olla v-nigrum.
Em levantamentos realizados em Lavras-MG, Mendes et al. (2000) constataram que a
população do pulgão Therioaphis trifolii (Monell) f. maculata (Buckton) infestando a cultura
da alfafa teve seu pico populacional em julho de 1995, confirmando o ocorrido para 1994 no
mesmo local. Quanto aos inimigos naturais, as populações de coccinelídeos começaram a
crescer em maio, atingindo um pico em junho, coincidindo com o pico populacional de
pulgões. Dentre os insetos predadores, esses autores observaram que os coccinelídeos foram
mais freqüentes (58,7%), com destaque para Cycloneda sanguinea (L.), que ocorreu em maior
freqüência relativa (49,6%), seguida de Eriopsis connexa Germar (26%).
Estudando os insetos predadores associados a pulgão infestando repolho cultivado sob
manejo orgânico, na Fazendinha Agroecológica Km 47 (Seropédica, RJ), Resende et al.
(2005) constataram a presença de sete espécies de Coccinellidae, dentre elas Hyperaspis
(Hyperaspis) festiva Mulsant, Cycloneda sanguinea (L.), Brachiacantha sp., Coleomegilla
maculata DeGeer e Scymnus (Pullus) sp.2.
Resende et al. (2006; 2007) registraram 17 espécies de Coccinellidae na cultura da
couve em consórcio com adubos verdes, cultivada sob manejo orgânico e que sofreu
infestação do pulgão Lipaphis pseudobrassicae Davis (Hemiptera: Aphididae) na Fazendinha
Agroecológica Km 47 (Seropédica, RJ). As espécies identificadas foram as seguintes:
Hyperaspis (Hyperaspis) festiva Mulsant, Hyperaspis silvani Crotch, Hyperaspis
quinquenotata Mulsant, Hyperaspis quadrina Mulsant, Cycloneda sanguinea (L.),
Brachiacantha sp., Coleomegilla maculata DeGeer, Coleomegilla quadrifasciata Schonher,
Eriopis connexa Germar, Zagreus bimaculosus Mulsant, Scymnus (Pullus) sp.1, Scymnus
13
(Pullus) sp.2, Psyllobora confluens (Fabricius), Hippodamia convergens Guérin,
Heterodiomus sp.1, Hyperaspidius sp. e Diomus sp.1. Hyperaspis (H.) festiva foi a espécie
mais freqüente (72,53%), sendo seguida por C. sanguinea (6,47%).
O comportamento de busca da presa dos coccinelídeos afidófagos, especialmente as
fêmeas, claramente reflete a natureza efêmera e imprevisível das populações locais de
pulgões, tanto no tempo como no espaço, devendo se adaptar com táticas e estratégias para
explorar as oportunidade e superar os desafios impostos por esse grupo de presa com
características tão peculiares. (EVANS, 2003). Experimentos de laboratórios e observações de
campo mostram que fêmeas de coccinelídeos bem alimentadas tendem a tornarem-se imóveis
na base da planta e tendem a depositar seus ovos próximos ou entre as colônias de pulgões,
enquanto de fêmeas famintas procuram ativamente nos estratos superiores da planta e podem
depositar seus ovos longe das colônias de pulgões (FRAZER & GILL, 1981; EVANS, 2003).
De acordo com Evans (2003), muitos estudos precisam ser feitos para entender como
as fêmeas de coccinelídeos afidófagos respondem reprodutivamente a baixa densidade de
pulgões ou quando encontram presas que não são pulgões, na ausência desses. Visto que
populações locais de pulgões ocorrem em altas densidades por um limitado período de tempo
(frequentemente em parte devido à presença de outros predadores e parasitóides que podem
explorá-los intensamente), uma fêmea de coccinelídeo afidófago pode, sob uma considerável
pressão seletiva, depositar seus ovos tão logo encontrem o local da presa, e a taxa de produção
de ovos geralmente reflete a densidade populacional de pulgões. O mais surpreendente
comportamento desses predadores é quando depositam ovos na ausência da presa. Certas
espécies de coccinelídeos produzem ovos quando mantidas em presas diferentes dos pulgões,
como ovos e larvas de primeiro instar de insetos da ordem Coleoptera e Lepidoptera e,
portanto, não são estritamente afidófagas. Por exemplo, a espécie polífaga Coleomegilla
maculata (DeGeer) produz um grande quantidade de ovos em laboratório quando se
alimentam de ovos do besouro da batata do Colorado, Leptinotarsa decemlineata (Say)
(MUNYANEZA & OBRYCKI, 1997).
Muitas espécies predadoras de Coccinellidae têm sido utilizadas no controle biológico
de insetos-pragas em diferentes cultivos, por apresentarem elevado potencial biótico, polifagia
e serem predadores nas fases larval e adulta (OBRYCKI & KRING, 1998).
De acordo com Hodek (1973), os coccinelídeos apresentam grande atividade de busca,
ocupando todos os ambientes de suas presas, além de serem muito vorazes, o que os
caracteriza como eficientes predadores de cochonilhas, psilídeos, moscas brancas, ácaros
fitófagos, pulgões, ovos de lepidópteros e ovos e larvas neonatas de coleópteros e, por isso,
considerados eficiente agentes de controle biológicos desses grupos de insetos.
Muitas espécies de Coccinellidae afidófaga (i.e., alimentam-se de pulgões) migram em
resposta a condições ambientais desfavoráveis; contudo, em muitos casos, os adultos superam
as mudanças ambientais hostis entrando em estado de dormência; isto é, hibernação ou
estivação, especialmente nos países de clima temperado. Apesar desse comportamento
adaptativo, os Coccinellidae são muitos vulneráveis a vários fatores limitantes, incluindo
inimigos naturais e influências antropológicas. Portanto, muitas precauções devem ser
tomadas ao longo do ano para protegê-los (IPERTI, 1999).
14
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Experimento I (Ano 2006)
3.1.1 Localização e duração do experimento
O experimento foi conduzido no período de 04 de julho a 23 de outubro de 2006, na
área do Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA ou “Fazendinha Agroecológica
km 47”), que está localizado no município de Seropédica, RJ (22
o
46’S de latitude, 43
o
41’W
de longitude e 33 m de altitude). O SIPA é uma unidade de pesquisa de produção orgânica
vegetal e animal, em bases agroecológicas, de 59 hectares e que dentre suas características,
destacam-se a diversidade de hortaliças e frutíferas, não uso de agrotóxicos e fertilizantes
químicos solúveis, privilegiando o uso de cobertura viva do solo, adubos verdes e compostos
orgânicos. São cultivadas normalmente mais de 50 espécies de hortaliças, em consórcio ou
rotação cultural, adequando-se ao complexo leguminosas e gramíneas para adubação verde e
cobertura do solo, empregadas em sucessão e/ou consórcio simultâneo, em diferentes glebas
que variam de ½ a 1 ha. Soma-se à área de produção, 25 hectares de áreas de preservação de
fragmentos de Mata Atlântica e mais 14 hectares de pastagens. São criados no
15
Nas parcelas com o consórcio, o coentro foi semeado direto nos canteiros (em
04/07/2006) e aproximadamente 15 dias após a semeadura do coentro (em 18/07/2006), as
mudas de couve foram transplantadas obedecendo ao desenho experimental. A semeadura do
coentro foi direta no canteiro, em duas linhas e a 0,05 m de distância da linha da couve, na
parte interior do canteiro, no espaçamento de 0,05 m entre plantas e 0,70 entrelinhas, após
desbate das plantas. As mudas de couve foram formadas a partir de sementes em bandejas de
poliestireno expandido com substrato específico.
A adubação utilizada foi de 100 kg ha
-1
de N na forma de esterco de curral e em
cobertura utilizou-se cama de aviário na dose de 50 kg ha
-1
de N aos 30 e 60 dias após o
transplantio da couve.
3.1.3 Amostragem por remoção de pulgões ápteros e joaninhas
Todas as folhas de todas as plantas de couve da parcela foram examinadas em
intervalos quinzenais para amostragem por remoção de pulgões ápteros, durante o período de
dois meses de amostragem (28 de agosto a 23 de outubro de 2006, quando ocorreu o corte do
coentro), totalizando cinco coletas. Esses insetos foram coletados com auxílio de pincel e
acondicionados em frascos de vidro contendo álcool hidratado a 70%, sendo enviados a
especialistas para identificação taxonômica.
As amostragens por remoção de joaninhas foram executadas quinzenalmente, na
mesma ocasião das de pulgões ápteros, examinando as plantas de couve e coentro, seguindo
metodologia proposta por Michels et al. (1996). As formas imaturas (postura, larva e pupa) e
os adultos desses insetos foram coletados manualmente ou com auxílio de aspirador manual,
durante um período de 30 minutos para cada parcela experimental, sendo acondicionadas em
copos plásticos transparentes (250 ml) com tampas e com tela de organza para permitir a
ventilação, sendo posteriormente levados para o Laboratório de Controle Biológico da
Embrapa Agrobiologia. As larvas foram acondicionadas em potes de 2 L cobertos com
organza, onde foram criadas até a fase adulta em folhas de couve infestadas por pulgões e
coletadas em dias alternados no campo. Os adultos foram comparados com espécimes
coletados na Fazendinha Agroecológica km 47 e identificados, os quais compõem a coleção
Figura 1. Área do experimento I na Fazendinha Agroecológica Km
47, no ano 2006. Seropédica, RJ.
couve
coentro
16
entomológica do laboratório supracitado. Espécies coletadas que não tinham exemplares na
coleção foram enviados a especilistas para identificação taxonômica.
Após o término da amostagem, os indivíduos adultos coletados, identificados e
contabilizados foram liberados na entrada do SIPA. As formas imaturas levadas para o
laboratório quando atingiam a fase adulta eram identificadas e liberadas no prédio sede da
Embrapa Agrobiologia.
O número de adultos de cada espécie de joaninha coletada por atenderem às
pressuposições da análise de variância (ANAVA), como normalidade e homogeneidade de
variância, foi submetido à ANAVA, através do programa Sistema para Análises Estatísticas e
Genéticas-SAEG (SAEG 9.0). Diferenças significativas entre os tratamentos foram
comprovadas pelo teste de Fisher ao nível de 5% de probabilidade. Para cada espécie de
joaninha coletada nos tratamentos, foi determinada também a freqüência relativa, que se
referiu a percentagem de indivíduos da espécie em relação ao número total de indivíduos de
todas as espécies amostradas.
3.1.4 Amostragem de joaninhas com armadilha
Placas adesivas foram utilizadas como armadilha atrativa para captura de joaninhas
adultas, seguindo metodologia proposta por Hoffmann et al. (1997). Aos 40 dias após o
transplantio da couve (em 28/08/2007), duas placas por parcela foram instaladas, sendo
fixadas com arame em hastes de bambu na altura do dossel das plantas e dispostas entre os
canteiros da parcela (Figura 2).
As placas eram de material plástico de cor amarela nas dimensões de 9,5 cm x 11,5
cm, com substância adesiva (modelo BioTrap®), sendo substituídas a cada coleta. As placas
eram removidas e levadas ao laboratório, onde se procedia à contagem e identificação dos
indivíduos coletados por comparação com exemplares das espécies depositadas na coleção
entomológica do Laboratório de Controle Biológico da Embrapa Agrobiologia ou enviados a
especialistas para identificação taxonômica. As coletas foram feitas duas vezes por semana
em dias fixos (todas as segundas-feiras e quintas-feiras), totalizando 16 coletas no período de
28 de agosto a 23 de outubro de 2006.
Figura 2. Placas amarelas adesivas presas à haste de bambu. A.
Disposição entre os canteiros da parcela; B. Vista aproximada da placa.
B
A
17
3.1.5 Análise faunística das populações de joaninhas
Cada tratamento experimental foi considerado como tendo uma comunidade de
joaninhas com características próprias, determinadas pelos índices faunísticos de freqüência,
constância, abundância, dominância, índices de diversidade de Shannon-Wiener e de
Margalef, e eqüitabilidade, baseando-se na quantidade de joaninhas adultas capturadas em
placas amarelas adesivas.
A freqüência foi expressa em porcentagens de indivíduos de uma espécie em relação
ao total de indivíduos da amostra (SILVEIRA NETO et al., 1976), conforme a seguinte
equação:
100.
N
ni
p =
Onde:
p = Freqüência da espécie i em percentagem;
n
i
= Número de indivíduos da espécie i na área; e
N = Número total de indivíduos coletados em cada tratamento, considerando todas as
espécies coletadas.
A constância foi determinada para cada espécie por meio da seguinte equação, citada
por Silveira Neto et al. (1976):
C
=
Ct
Onde:
C = Constância;
Ce = Número de coletas contendo a espécie i; e
Ct = Número total de coletas.
Segundo a classificação de Daróz (1973), as espécies foram agrupadas em categorias,
de acordo com sua constância, da seguinte forma:
Espécie constante (w): presente em mais de 50% das coletas;
Espécies acessórias(y): presentes em 25 a 50% das coletas;
Espécies acidentais (z): presentes em menor de 25% das coletas.
A abundância refere-se ao número de indivíduos por unidade de superfície ou volume
e varia no espaço e no tempo, sendo as espécies agrupadas em categorias determinadas
através do cálculo do desvio padrão e intervalo de confiança, utilizando o teste “t” de Student
aos níveis de 5% e 1% de probabilidade [IC = m ± t.s(m)]. Foi considerada a seguinte
classificação das espécies: rara (r) = número de indivíduos menor que o limite inferior do IC a
1% de probabilidade, dispersa (d) = número de indivíduos situados entre os limites inferiores
do IC a 5% e 1% de probabilidade, comum (c) = número de indivíduos situados dentro dos
limites do IC a 5% de probabilidade, abundante (a) = número de indivíduos situados entre os
limites superiores do IC a 5% e 1% de probabilidade, e muito abundante (ma) = número de
indivíduos maior que o limite superior do IC a 1% de probabilidade.
Quanto à dominância, as espécies foram caracterizadas como dominantes quando
apresentaram freqüência superior a 1/S, sendo que S é a riqueza de espécies e referiu-se ao
número total de espécies coletadas na área amostrada.
O índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) mede o grau de incerteza em prever
a que espécie pertencerá um indivíduo coletado, ao acaso, de uma amostra aleatória de uma
população com S espécies e N indivíduos. Em locais de alta diversidade, é difícil prever a
18
identidade da espécie de um exemplar capturado ao acaso, assim, o valor desse índice será
maior (MARGURRAN, 1988). Esse índice foi calculado por meio da seguinte equação citada
por Margurran (1988):
( )
=
S
ii
ppH
1
ln.'
Onde:
H’= Índice de Shannon-Wiener;
pi = Proporção da espécie i em relação ao total capturado (freqüência relativa expressa
em escala numérica = n
i
/N, onde n
i
= número de indivíduos da espécie i; N = Número
total de indivíduos coletados 4ªªªªªªªªªªªªªªªªªªªªªª
19
3.1.6 Determinação de parâmetros fitotécnicos da couve
Amostragens de folhas de couve foram realizadas quinzenalmente nas parcelas
experimentais dos dois tratamentos (consórcio couve-coentro e couve solteira), no período de
24 de agosto a 19 de outubro de 2006, para determinação dos seguintes parâmetros
fitotécnicos:
Número de folhas de padrão comercial por planta. Antes de cada colheita, foi
determinado o número de folhas que apresentara padrão para comercialização (mais
desenvolvidas) para cada planta
20
3.2 Experimento II (Ano 2007)
3.2.1 Localização e duração do experimento
O experimento II também foi conduzido na área do Sistema Integrado de Produção
Agroecológica (SIPA - Fazendinha Agroecológica - km 47”), descrita no experimento I,
no período de 19 de abril a 22 de outubro de 2007.
3.2.2 Caracterização do experimento
O experimento consistiu do consórcio couve-coentro, cultivo solteiro de couve e de
coentro. A couve utilizada foi o brido Hevi-Crop e o cultivar do coentro foi o mesmo
utilizado no experimento I (cv. Asteca).
As mudas de couve foram formadas a partir de sementes em bandejas de poliestireno
expandido com substrato específico. Nas parcelas com o consórcio, o coentro foi semeado
direto nos canteiros (em 19/04/2007) e sete dias após a semeadura do coentro (em
26/04/2007), as mudas de couve foram transplantadas para os canteiros, obedecendo ao
desenho experimental.
Na fase inicial do experimento, houve ataque intenso da broca-da-couve, Hellula
phidilealis (Walker) (Lepidoptera: Pyralidae), o que levou a reposição de 40% das plantas de
couve, sendo deste total, 85% nas parcelas em solteiro e 15% nas parcelas de consórcio. Para
conter a infestação dessa mariposa, foram feitas aplicações controladas de bioinseticida à base
de Bacillus thuringiensis.
O solo da área experimental é classificado como Argissolo vermelho-amarelo, cuja
análise química das amostras de terra, realizada anterior ao plantio, revelou os seguintes
valores médios: pH em água = 6,7; Al
+++
= 0,0 cmol
c
dm
-3
; Ca
++
= 3,5 cmol
c
dm
-3
; Mg
++
= 1,3
cmol
c
dm
-3
; K
+
= 517,5 mg dm
-3
e P disponível = 179,7 mg dm
-3
. Por não apresentar
problemas de acidez, não foi feita a calagem. A adubação orgânica utilizada foi de 100 kg ha
-1
de N na semeadura do coentro e 50 kg ha
-1
de N em cobertura na couve a cada trinta dias até o
final do experimento. As fontes de adubo foram: esterco bovino no transplantio e torta de
mamona nas adubações de cobertura. A escolha da adubação foi baseada nos resultados
obtidos por Silva (2006). Durante o ciclo das culturas, realizaram-se os tratos culturais
adotados em sistema de produção orgânica, como controle de plantas espontâneas com
capinas manuais, mas sem aplicação de bioinseticidas que afetassem a populações de insetos a
serem avaliados no experimento.
O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro tratamentos e quatro
repetições (Figura 3). Os tratamentos foram: 1. couve consorciada com coentro, onde o
coentro foi todo colhido (quatro linhas de plantio) em sua fase vegetativa, 2. couve
consorciada com coentro, cujas duas linhas centrais de plantio foram colhidas na fase
vegetativa e as duas linhas laterais foram deixadas para florir, 3. coentro em solteiro, e 4.
couve em solteiro.
21
As parcelas consistiam de um canteiro de 6 m x 1 m e espaçados de 1 m. Para separar
os tratamentos, foi plantado milho (Zea mays L.) em fileira dupla (Figura 4), sete dias antes
do transplantio das mudas de couve (em 19/04/2007). As parcelas experimentais com couve
tiveram uma linha central com 11 plantas de couve, com espaçamento de 0,50 m entre plantas
(Figura 5). Nas parcelas experimentais com coentro, este foi semeado no canteiro em quatro
linhas, sendo duas linhas laterais espaçadas de 0,20 m a partir da linha central, onde foi
cultivada a couve no tratamento couve com coentro (20 plantas m
-1
). O espaçamento para o
coentro foi de 0,05 m entre plantas por 0,20m entre linhas, após desbate das plantas (Figura
6).
Nas parcelas com couve consorciada com coentro, as duas linhas de coentro na borda
do canteiro não foi colhido para permitir que entrassem em floração (Figura 6 e 7) e as duas
linhas centrais de coentro foram colhidas aos 55 dias após a semeadura (em 13/06/2007).
Figura 3. Área do experimento II na Fazendinha
Agroecológica Km 47, no ano 2007. Seropédica, RJ.
Figura 4. Milho usado como bordadura
das parcelas.
Figura 5. Parcela de
couve solteira.
22
Para isolar o efeito do coentro e impedir que houvesse influência de parcelas vizinhas,
entre cada bloco foi plantada uma linha de batata-doce (Ipomoea batatas L.) variedade
Rosinha de Verdã, quando da semeadura do coentro (Figura 8).
3.2.3 Amostragem por remoção de pulgões ápteros e joaninhas
As amostragens de pulgões ápteros e de formas imaturas (postura, larva e pupa) e os
adultos das joaninhas foram realizados seguindo a mesma metodologia do experimento I,
diferindo apenas no tempo de coleta, que foi de 20 minutos, e por serem aleatórias no tempo,
com sorteios realizados toda segunda-feira, sendo três coletas por semana, no período de 04
de junho a 20 de agosto de 2007, quando ocorreu o corte do coentro com o fim do
florescimento, totalizando 34 amostragens.
O número de adultos de cada espécie de joaninha coletada por atenderem às
pressuposições da análise de variância (ANAVA), como normalidade e homogeneidade de
variância, foi submetido à ANAVA, através do programa Sistema para Análises Estatísticas e
Genéticas-SAEG (SAEG 9.0). Diferenças significativas entre os tratamentos foram
Figura 8. Batata-doce usada nas bordas
dos blocos.
Figura 6. Parcela do consórcio com
couve (1 linha plantio central) e coentro
(4 linhas de plantio).
Figura 7. Coentro florido (A) em
consórcio com a couve (B).
B
A
23
comprovadas pelo teste de Fisher ao nível de 5% de probabilidade. Para cada espécie de
joaninha coletada nos tratamentos, foi determinada também a freqüência relativa, que se
referiu a percentagem de indivíduos da espécie em relação ao número total de indivíduos de
todas as espécies amostradas.
As plantas de milho da bordadura das parcelas foram examinadas para a coleta de
exemplares da fauna de insetos com o objetivo de investigar a possibilidade de eles serem
presas “alternativas” das joaninhas predadoras de pulgões.
A utilização de placas amarela adesiva não foi repetida em 2007, pois com a utilização
da mesma não foi possível saber com precisão se a espécie de joaninha coletada estava
realmente associada àquela parcela ou tratamento por atração à composição vegetal, ou se foi
um efeito de atração da cor amarela da armadilha.
3.2.4 Determinação de parâmetros fitotécnicos da couve e do coentro
3.2.4.1 Couve
Os parâmetros fitotécnicos da couve foram os mesmos determinados no experimento
I, a saber: número de folhas de padrão comercial por planta, produtividade, índice de área
foliar (IAF) e área foliar específica, adotando-se a mesma metodologia, mas num total de 21
colheitas semanais no período de 04 de junho a 22 de outubro de 2007.
Não foram realizadas as medições de área foliar nas 12
a
a 15
a
colheitas devido a
problemas técnicos que impossibilitaram o funcionamento do aparelho.
As variáveis por atenderem às pressuposições da análise de variância (ANAVA),
como normalidade e homogeneidade de variância, foram submetidas à ANAVA, através do
programa Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas-SAEG (SAEG 9.0), sendo os dados
avaliados para cada colheita da couve, e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
3.2.4.2 Coentro
Aos 50 dias após a semeadura, a altura média das plantas, expressa em cm, foi
determinada com uma régua simples de 50 cm, tomada desde a base da haste (a partir do nível
do solo) até a extremidade das folhas mais altas, para um total de 50 plantas por parcela.
Aos 55 dias após a semeadura (em 13/06/2007), todas as plantas do tratamento 4
(coentro solteiro) e do tratamento 1 (consórcio com couve), e das duas linhas centrais do
tratamento 2 (consórcio com couve) foram colhidas para determinação dos seguintes
parâmetros fitotécnicos:
Rendimento de massa verde. Referiu-se a massa fresca da parte aérea das plantas
colhida em um hectare, porém, sendo expressa em kg de parte aérea m
-2
de solo. A massa
fresca foi determinada logo após a colheita, através de uma balança de precisão eletrônica,
sendo expresso em kg.
Massa Seca. As plantas de coentro colhidas numa mesma parcela foram
acondicionadas separadamente em sacos de papel de 5 kg e levadas à estufa com circulação
forçada de ar, a 65ºC, onde permaneceram até que a massa destas atingisse valores constantes
entre as medições, quando então o material foi retirado para a tomada da massa seca em
balança de precisão eletrônica, sendo seu valor expresso em gramas.
24
Número de hastes por planta. Foi contado o número de hastes de cada planta de
coentro, num total de 80 plantas por parcela.
Número de molhos m
-2
. Determinou-se a quantidade de molhos de 100 g,
constituídos de hastes e folhas e produzidos por m
2
de canteiro.
As variáveis por atenderem às pressuposições da análise de variância (ANAVA),
como normalidade e homogeneidade de variância, foram submetidas à ANAVA, através do
programa Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas-SAEG (SAEG 9.0). Diferenças
significativas entre os tratamentos foram comprovadas pelo teste de Fisher ao nível de 5% de
probabilidade.
3.2.5 Índice de equivalência de área (IEA)
Em sistemas consorciados, o uso eficiente da terra (UET) é definido como sendo a
área de terra requerida no monocultivo para se obter a mesma produção do sistema
consorciado (GLIESSMAN, 2001; MONTEZANO & PEIL, 2006). Segundo Vieira (1984), o
uso eficiente da terra expresso pelo índice de equivalência de área (IEA) tem sido usado, com
freqüência, na avaliação da eficiência do consórcio de culturas, em relação aos monocultivos,
permitindo avaliar a eficiência biológica de sistemas consorciados.
Esse índice quantifica a área necessária para que as produções dos monocultivos se
igualem às atingidas pelas mesmas culturas em associação, sendo determinado pela seguinte
equação (VANDERMEER, 1981):
IEA = (I
cultura a
S
cultura a
-1
) + (I
cultura b
S
cultura b
-1
)
Onde:
IEA = Índice de equivalência de área;
I = Produtividade da cultura “a” e cultura “b” no sistema consorciado; e
S = Produtividade da cultura “a” e cultura “b” no sistema solteiro.
Para o cálculo do IEA foram utilizadas as produtividades do coentro no cultivo
solteiro e no consórcio (ambos colhidos aos 55 dias após a semeadura) e as produtividades da
couve no cultivo solteiro e no consórcio com o coentro em duas situações: coentro colhido em
sua fase vegetativa, aos 55 dias da semeadura (sem floração) e coentro que foi deixado para
florir (com floração).
Segundo Vandermeer (1990), Gliessman (2001) e Montezano & Peil (2006), um IEA
igual a 1,0 indica que não diferença no rendimento do cultivo consorciado quando
comparado com os cultivos solteiros. O consórcio será eficiente quando o IEA for superior a
1,0 e prejudicial à produção quando inferior a 1,0; valores acima de 1,0 indicam uma
vantagem de rendimento para o cultivo consorciado, um resultado chamado
sobreprodutividade.
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Experimento I (ano 2006)
4.1.1 Diversidade de espécies de pulgões infestantes da couve e de joaninhas
As infestações da couve por pulgões (Hemiptera: Aphididae) foram constantes na
couve em cultivo solteiro, embora em pequeno número. Foram observadas pequenas colônias
de pulgões das seguintes espécies: Brevicoryne brassicae (L.), Lipaphis pseudobrassicae
Davis e Myzus persicae (Sulzer). Essas espécies foram registradas em couve no Brasil
(SOUZA-SILVA & ILHARCO, 1995; RESENDE et al., 2006).
Não houve infestações de pulgões nas plantas de couve quando consorciada com
coentro. Isso provavelmente ocorreu, pelo menos em parte, devido à presença constante de
joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) em maior número nas parcelas em consórcio,
impedindo o estabelecimento das populações de pulgões.
Durante o período de amostragens por remoção das joaninhas, 86,5% do total das
joaninhas em diferentes fases de desenvolvimento foram coletadas no consórcio couve-
coentro, em comparação a 13,5 % encontrada no monocultivo (Tabela 1).
Tabela 1. Número total das diferentes fases de desenvolvimento das joaninhas (Coleoptera:
Coccinellidae) coletadas em couve consorciada com coentro e couve solteira, na Fazendinha
Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006.
Tratamentos Postura Larva Pupa Adulto Total
Couve com coentro 2 50 28 61 141
Couve solteira 7 2 0 13 22
Total 9 52 28 74 163
O consórcio couve-coentro mostrou ser favorável às joaninhas, uma vez que utilizaram
o coentro como sítio de oviposição (Figura 9), abrigo para larvas (Figura 10), pupas (Figura
11) e adultos, e sítio de acasalamento (Figura 12).
Figura 9. Postura de joaninha na folha do
coentro.
Figura 10. Larva de Cycloneda sanguinea
sobre folha do coentro.
26
Embora, em geral, as fêmeas de Coccinellidae depositam a maioria de seus ovos entre
ou próximo às colônias de pulgões, devido à presença de estímulos químicos (odores dos
pulgões ou à presença de “honeydew”) (EVANS, 2003), observou-se que posturas das
joaninhas foram realizadas nas plantas de coentro na ausência de presas (Figura 9).
Resultados similares foram obtidos por Cottrell & Yeargan (1998), os quais observaram que
Coleomegilla maculata DeGeer oviposita frequentemente em Acalypha ostryaefolia Ridell
(Euphorbiaceae), uma planta espontânea comum nos campos de milho doce em Kentucky
(Estados Unidos). Esses autores observaram que mais de 85% das posturas foram realizadas
nessa planta do que no milho doce, mesmo na presença da presa no milho (ovos de
Helicoverpa zea (Boddie)). Nas parcelas de milho com A. ostryaefolia, houve um aumento de
densidade de ovos e larvas de C. maculata, as quais migravam para predar ovos de H. zea no
milho doce. Esses autores também observaram que o canibalismo de ovos e larvas de C.
maculata de seus coespecíficos é comum quando suas posturas são realizadas em milho doce,
porém drasticamente reduzido em A. ostryaefolia. Estudos posteriores reforçam a preferência
de C. maculata em realizar posturas em outras espécies vegetais, como Abutilon theophrasti
Medicus (Malvaceae), ao invés do milho doce (COTTRELL & YEARGAN, 1999; GRIFFIN
et al., 2002).
No presente estudo, as espéciesdoue o iposita ame oo ceentro ferçm
27
No consórcio couve-coentro, foi coletado maior número de larvas e de pupas de
joaninhas em comparação à couve solteira (Tabela 1), sendo que larvas de três espécies foram
coletadas no coentro: Coleomegilla maculata, Eriopis connexa e Hippodamia convergens e
duas espécies na couve (C. sanguinea e E. connexa), e as pupas foram de C. sanguinea e E.
connexa, todas predadoras de pulgões (RESENDE et al., 2006).
Todavia, observou-se que 19 larvas e 11 pupas de joaninhas coletadas no coentro não
puderam completar seu desenvolvimento visto que estavam parasitadas. Os parasitóides
emergidos das larvas pertenceram à ordem Hymenoptera (Encyrtidae), sendo identificados
como Homalotylus sp., enquanto que as pupas foram parasitadas por Diptera (Phoridae), cujos
espécimes foram identificados como Phalacrotophora sp.
Várias espécies de Homalotylus Mayr estão citadas como parasitóide gregário de
larva de Coccinellidae (particularmente das subfamílias Coccinellini, Chilocorini e
Psylloborini) (CERYNGIER & HODEK, 1996; POORANI, 2007). No presente estudo, o
hábito gregário também foi observado, obtendo-se de dois a seis indivíduos por larva. Entre as
espécies coletadas no presente estudo, larvas de Cycloneda sanguinea (L.) e Eriopis connexa
Germar estão registradas como hospedeiras de H. mirabilis (Bréthes) e H. eytelweini
(Ratzeburg) (ALBERLENC, 2007).
Espécies de Phalacrotophora Enderlein estão registradas como parasitóides de pupas
de Coccinellidae (DISNEY & BEUK, 1997; MUSTU & KILINCER, 2006; POORANI,
2007). Pouco ainda se sabe a respeito da biologia das espécies desses forídeos, porém para
algumas, sabe-se que vários ovos podem ser depositados na região ventral da pupa hospedeira
(DURSKA et al., 2003). No presente estudo, observou-se que as larvas do parasitóide
deixaram o corpo da pupa morta dos coccinelídeos, resultando na emergência de um a sete
adultos de forídeo. Entre as espécies coletadas de coccinelídeos, há registro de Harmonia
axyridis Pallas como hospedeiros de P. indiana Colyer (MUSTU & KILINCER, 2006).
Quanto aos adultos de joaninhas coletados nas amostragens por remoção, o número
médio e o número total de adultos no consórcio de couve-coentro foram significativamente
superiores aos encontrados no monocultivo de couve (Tabela 2).
Tabela 2. Número médio e número total de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletados nas amostragens por remoção, em couve consorciada com coentro e couve solteira,
na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006.
Sistema de cultivo
Média
1, 3
Total
2, 3
Couve com coentro
12,20
a
61
a
Couve solteira
2,60
b
13
b
CV (%) = 59,67
1
Média do número de adultos em cinco coletas.
2
Total de adultos em cinco coletas.
3
Médias seguidas de mesma
letra na coluna não diferem entre si pelo teste
de Fisher a 5% de probabilidade.
Esses resultados corroboram os de Patt et al. (1997), que ao estudar o impacto do
consórcio da berinjela (Solanum melongena L.) com coentro (Coriadrum sativum L.) ou aneto
(Anethum graveolens L.) para o controle biológico do besouro da batata do Colorado
(Leptinotarsa decemlineata (Say), Coleoptera: Chrysomelidae), obtiveram um número
significativamente maior de joaninhas em berinjela (Solanum melongena L.) consorciada com
28
coentro (Coriadrum sativum L.) ou aneto (Anethum graveolens L.) do que no monocultivo de
berinjela, com conseqüente aumento no consumo de massas de ovos e redução do número de
larvas de L. decemlineata.
Um total de oito espécies de joaninhas foi identificado, baseando-se nos adultos
coletados nas amostragens por remoção (Tabela 3), sendo que apenas com exceção de
Hyperaspis notata todas as demais foram relatadas como afidófagas (predadoras de
pulgões) (RESENDE et al., 2006; WEEDEN et al., 2008). Hyperaspis notata e Hyperaspis
festiva já foram relatadas como predadoras de cochonilhas Diaspididae em citros (WOLFF et
al., 2004).
Este é o primeiro registro de ocorrência de Harmonia axyridis (Pallas) e Hyperaspis
notata Mulsant na Fazendinha Agroecológica Km 47 (RESENDE et al., 2006; RODRIGUES,
2004).
Tabela 3. Número total de adultos por espécie e freqüência relativa das espécies de joaninhas
(Coleoptera: Coccinellidae) coletadas nas amostragens por remoção, em couve consorciada
com coentro e couve solteira, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a
outubro de 2006.
Nº de Indivíduos Freqüência (%)
Espécie de joaninha
Couve/
coentro
Couve
solteira
Total
Couve/
coentro
Couve
solteira
Total
Cycloneda sanguinea (L.) 40 0 40 65,57 0,0 54,04
Eriopis connexa Germar 16 4 20 26,23 30,77 27,00
Harmonia axyridis (Pallas) 1 1 2 1,64 7,69 2,74
Hippodamia convergens Guérin 4 2 6 6,56 15,40 8,12
Hyperaspis (H.) festiva Mulsant 0 3 3 0,00 23,07 4,05
Hyperaspis notata Mulsant 0 1 1 0,00 7,69 1,35
Scymnus (Pullus) sp.1 0 1 1 0,00 7,69 1,35
Scymnus (Pullus) sp.2 0 1 1 0,00 7,69 1,35
Total 61 13 74 100 100 100
No consórcio couve-coentro, Cycloneda sanguinea (L.) foi mais freqüente, seguida
por Eriopis connexa Germar, enquanto que esta última espécie ocorreu com maior freqüência
na couve solteira e C. sanguinea foi a segunda mais freqüente na couve solteira (Tabela 3).
No geral, C. sanguinea foi mais freqüente, seguida por Eriopis connexa Germar e
Hippodamia convergens Guérin. De acordo com Resende et al. (2006), essas três espécies são
predadoras do pulgão da couve Lipaphis pseudobrassicae Davis em condições de campo.
Mendes et al. (2000) encontraram resultado semelhante em levantamento de predadores de
pulgões realizado na cultura da alfafa em Lavras MG, onde C. sanguinea foi a espécie de
maior freqüência (49,6%), seguida de E. connexa (26,0%) e H. convergens (5,7%).
Constante visitação às flores de coentro por adultos das joaninhas (Figura 13), e por
vezes, larvas (Figura 14), foi observada. Observações similares também foram feitas por Patt
et al. (1997), que encontraram freqüentemente casais de joaninhas acasalando nas
inflorescências de coentro e aneto.
Esse comportamento pode ser devido ao fato de que as joaninhas predadoras
necessitarem de suplementação nutricional, além das presas, sendo que o pólen e o néctar
representam uma fonte de recurso alimentar suplementar que sustentam o metabolismo e o
29
desenvolvimento gamético de certas espécies de Coccinellidae (HAGEN, 1962; HODEK,
1967; 1973) e, por isso, são insetos antófilos (visitantes florais). Estudos de Smith (1960,
1961, 1965) demonstram a influência de diversas fontes de pólen no desenvolvimento de
várias espécies de Coccinellidae (Coleoptera). Por exemplo, esse autor mostrou que o
desenvolvimento do coccinelídeo polífago Coleomegilla maculata DeGeer foi mais rápido e a
sobrevivência maior, quando alimentado com uma mistura do pulgão-do-milho
Rhopalosiphum maidis (Fitch) (Hemiptera: Aphididae) mais pólen de milho (Zea mays L.), do
que quando as larvas receberam outro alimento isoladamente (SMITH, 1965).
Quanto às variações numéricas das populações de adultos de joaninhas (Figura 15),
esses não foram capturados nas coletas 2 e 5 nas parcelas de couve solteira, enquanto que eles
estiveram presentes em todas as coletas nas parcelas de couve consorciada com coentro,
coletando-se um mínimo de cinco indivíduos e um máximo de 19. Esse pico populacional
ocorreu no momento em que o coentro já estava florido (coleta 3 = 81 dias após a semeadura
do coentro), onde se observou o uso dos recursos florais do coentro pelas joaninhas. Medeiros
(2007) constatou também que houve um aumento na ocorrência de joaninhas no consórcio de
tomate (Lycorpersum esculentum L.) com coentro (Coriandrum sativum L.), sob manejo
orgânico, no final do ciclo do coentro, particularmente quando este último estava florido.
A presença de joaninhas em todas as coletas realizadas no consórcio couve-coentro,
além da abundância de larvas e adultos desses insetos (Tabelas 1 e 2), pode explicar, pelo
menos em parte, a ausência de infestação das plantas de couve por pulgões. Outros fatores que
poderiam explicar a ausência de pulgões seriam a resistência varietal da couve e a repelência
dos óleos essenciais do coentro. Durigan et al. (2002) observaram que certas variedades de
couve são menos favoráveis ao desenvolvimento do pulgão-cinza da couve (Brevicoryne
brassicae (L.) do que outras. Todavia, em estudo prévio na mesma área experimental no ano
de 2003, o mesmo híbrido de couve HS-20 utilizado no presente estudo sofreu maiores
infestações por pulgões (RESENDE et al., 2006; 2007), o que não sugere ser esse híbrido
resistente aos pulgões da couve.
Figura 13. Adulto de Eriopis connexa
visitando a floração do coentro.
Figura 14. Larva de Eriopis connexa
visitando a floração do coentro.
30
Singh & Kothari (1997), ao estudarem os efeitos do consórcio da mostarda (Brassica
juncea L.) e plantas aromáticas (Anethum sowa Kurtz, Artemisia annua L., Coriadrum
sativum L., Foeniculum vulgare Mill. e Matricaria chamomilla L.) na população de Lipaphis
erysimi Kaltenback em comparação ao monocultivo de mostarda, observaram que os maiores
índices de infestação desse pulgão ocorreram quando a mostarda foi consorciada com coentro,
embora não diferindo significativamente das demais espécies, com exceção de F. vulgare
(erva-doce). Isso sugere que os óleos essenciais do coentro poderiam funcionar como
substâncias atraentes de pulgões, mas esse mecanismo comportamental não foi observado
para esses insetos no presente estudo.
De acordo com Evans (2003), populações locais de pulgões tendem a ser efêmeras e
imprevisíveis tanto no tempo como no espaço, de modo que os predadores afidófagos, como
as joaninhas, devem se adaptar com táticas e estratégias apropriadas para explorar as
oportunidades e sobrepor os desafios impostos por esse grupo particular de presa.
O coentro, ao final do seu ciclo, foi infestado por pulgões da espécie Aphis spiraecola
Patch (Hemiptera: Aphididae) (Figura 16), vulgarmente conhecido no Brasil como pulgão
verde dos citros, porém é de hábito polífago. Entre as hortaliças, o coentro foi registrado
como planta hospedeira no Brasil (SOUSA-SILVA & ILHARCO, 1995). Esse registro torna-
se interessante na medida em que esses pulgões foram observados, neste trabalho, sendo
predados pelas joaninhas, tanto por sua fase larval como adulta, servindo então como presa
“alternativa” aos pulgões da couve, contribuindo na conservação desses predadores na área
(Figura 16).
Figura 15.
Flutuação populacional de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletadas na couve solteira e couve consorciada com coentro, na Fazendinha
Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006.
31
A predação em A. spiraecola por adultos de Harmonia axyridis, uma das espécies de
joaninhas coletadas no presente estudo, foi relatada por Brown (2004). Medeiros (2007)
observou também que no consórcio de tomate com coentro, sob manjo orgânico, o coentro no
final do seu ciclo e em floração foi infestado por pulgões, cuja espécie não foi citada, atraindo
um grande número de joaninhas, particularmente Cycloneda sanguinea, Eriopis connexa e
Hippodamia convergens para as áreas experimentais com consórcio de tomate (Lycorpersum
esculentum L.) com coentro.
Um aspecto prático a considerar a partir dos resultados obtidos é que uma pequena
modificação do hábitat através do uso de plantas companheiras, da cultura principal, que
proporcionem recursos alimentares (pólen, néctar e/ou presas alternativas) e tios de
oviposição, abrigo e acasalamento às joaninhas, pode ser requerido para aumento da
abundância e, até mesmo, eficiência, desses predadores nos agroecossistemas.
4.1.2 Análise faunística da comunidade de joaninhas
Utilizando-se as placas amarelas adesivas, capturou-se número maior de espécies de
joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) que as coletas por remoção, totalizando 24 espécies
(Tabela 4). Essas espécies têm hábito predador, geralmente alimentando-se de pulgões, com
exceção das do gênero Psyllobora que são micófagas, alimentando-se de fungos patogênicos
de diversas plantas cultivadas. Exoplecta miniata (Germar), Nephus sp., Psyllobora
rufosignata Mulsant, Scymnus (Scymnus) sp. e Symnus (Pullus) sp.3 são pela primeira vez,
registradas ocorrer na Fazendinha Agroecológica km 47 (RESENDE et al. 2006;
RODRIGUES, 2004). Bueno & Souza (1993) relataram a ocorrência e diversidade de insetos
predadores na cultura da couve, sob manejo convencional, em Lavras-MG, onde apenas seis
espécies de Coccinellidae foram capturadas: Cycloneda sanguinea, Scymnus (Pullus) sp.,
Psyllobora sp., Eriopis sp., Hyperaspis sp. e Olla v-nigrum.
A riqueza de espécies foi muito próxima no consórcio couve-coentro e no cultivo
solteiro de couve (S = 21 e 20, respectivamente), porém com maior índice de diversidade de
Shannon-Wiener (H’ = 1,31) no sistema de consórcio em comparação ao monocultivo de
couve (H’ = 1,26). Quatro espécies - Coleomegilla maculata DeGeer, Coleomegilla
quadrifasciata Schonher, Diomus sp.1 e Diomus sp.2 - ocorreram apenas no consórcio,
enquanto que três espécies - Heterodiomus sp., Hyperaspidius sp. e Hyperaspis silvani
Chrotch - ocorreram apenas na couve solteira.
Figura olm/R289
32
Patt et al. (1997), ao estudar a influência do consórcio de berinjela com coentro ou
aneto na diversidade e abundância de joaninhas, observaram também maior riqueza de
espécies de joaninhas no consórcio (S = 6) do que no monocultivo de berinjela (S = 5), sendo
que algumas espécies foram mais abundantes do que outras, dependendo do sistema de
plantio. Nos três sistemas de plantio, Coleomegilla maculata DeGeer, Coccinella
septempuctata L., Hippodamia variegata (Goeze) foram mais abundantes do que as outras
três espécies coletadas (Harmonia axyridis (Pallas), Hippodamia parenthesis (Say) e
Propylea quatuordecimpunctata L.), sendo que P. quatuordecimpunctata não foi encontrada
no monocultivo de berinjela.
Resende et al. (2007) obtiveram uma riqueza de espécies de insetos predadores, entre
elas as joaninhas em sua maioria, no consórcio de couve com crotalária (Crotalaria
spectabilis) e mucuna anã (Mucuna deeringiana) (S = 15 para ambos) maior do que no
monocultivo de couve (S = 11).
33
Tabela 4. Caracterização das populações de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) por meio
da análise faunística, capturadas em placas amarelas adesivas no consórcio couve coentro e
couve solteira na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, agosto a outubro de 2006.
Consórcio couve-coentro
1
Couve solteira
1
Espécies de joaninhas
n
i
F C D A n
i
F C D A
Brachiacantha sp. 8 0,72 w d r 4 0,32 y n r
Coleomegilla maculata 2
0,18
z n r 0
Coleomegilla quadrifasciata 1
0,09
z n r 0
Cycloneda sanguinea 19 1,73 w d r 16 1,30 w d r
Diomus sp.1 1
0,09
z n r 0
Diomus sp.2 1
0,09
z n r 0
Eriopis conexa 5 0,45 w n r 14 1,14 w d r
Exoplectra miniata 1 0,09 z n r 1 0,08 z n r
Harmonia axyridis 60 5,42 w d m 42 3,43 w d r
Heterodiomus sp. 0
2
0,16
y n r
Hippodamia convergens 3 0,27 y n r 1 0,08 z n r
Hyperaspidius sp. 0
1
0,08
z n r
Hyperaspis (H.) festiva 350 31,6 w d m 631 51,2 w d m
Hyperaspis quadrina 2 0,18 z n r 1 0,08 z n r
Hyperaspis quinquenotata 2 0,18 y n r 1 0,08 z n r
Hyperaspis silvani 0
1
0,08
z n r
Nephus sp. 21 1,90 w d r 24 1,95 w d r
Psyllobora confluens 1 0,09 z n r 1 0,08 z n r
Psyllobora rufosignata 1 0,09 z n r 1 0,08 z n r
Scymnus (Scymnus) sp.1 2 0,18 y n r 8 0,65 w d r
Scymnus (Pullus) sp.1 1 0,09 z n r 6 0,49 y d r
Scymnus (Pullus) sp.2 43 3,88 w d c 30 2,43 w d r
Scymnus (Pullus) sp.3 581 52,5 w d m 442 35,8 w d m
Zagreus bimaculosus 2 0,18 z n r 6 0,49 y d r
N 1107 1233
S 21 20
H’ 1,31 1,26
E 0,43 0,42
2,85 2,67
1
N = Número total de adultos c1 0 Td(c)T 0 Td( )Tj3.362001 0 Td(c)Tj4.80287 0 l(c)T 0 Td( )Tj3.362001 Td( )Tj/R20 11.04 Tf.2596 0 Td( )Tj27.0159 0 Td(An12 Tf4.68276 0 Td)Tj3.24194 0 Td(a)Tj4.92294 0 Td(d)20.68247..6 Tm(i)Tj/R20 11.04 Tf0.999402 0 0 12823.44 248.72 Tm( )Tj3.36201 0 Td(=)Tj6.24373 0 Td( )Tj3.36201 0 Td(N)Tj7.92474 0 Td(ú)Tj5643377 0 Td(m)Tj8.40503 0 Td(e)Tj4.92294 0 Td(r)Tj3.72223 0 Td(o)Tj5.5233 0 Td( )Tj3.36201 0 Td(d)Tj5.5233 0 Td(e)Tj4.92294 0 Td( )Tj3.36201 0 Td(a)Tj4.92294 0 Td(d)Tj5.5233 0 Td(u)Tj5.40323 0 Td(l)Tj30 Td(An12 T(t)Tj3.12187 0 Td(o)Tj5.40323 0 Td(s)Tj4.32258 0 Td( )Tj3.36201 0 Td(d)Tj5.5233 0 Td(a)Tj4.92294 0 Tdf4.68276 0 Td)Tj(e)Tj4.92294 0 Td(s)Tj4.32258 0 Td e An12 Tf4.682.36201 0 Td(F)Tj6.12364 0 Tdf4.68276 0 Td= Fre ca rela a
() An12 Tf4.623.71685 0 TdCNAn12 Tf4.623.71685 0 Td(=)Tj6.24373 0 Td( )Tj23.71685 0 TdCNAn12 T(o)Tj5.5233 0 Tdns ca(
34
grupos taxonômicos em detrimento da maioria e valores acima de 5,0 denotam grande
diversidade biológica (BEGON et al., 1996). Os resultados do presente estudo demonstram a
ocorrência, nos dois sistemas de plantio, de poucas espécies de joaninhas com populações de
muitos indivíduos, visto que duas espécies em conjunto corresponderam a mais de 80% dos
exemplares capturados. Esses resultados provavelmente são decorrentes das diferenças de
estratégias de utilização dos nichos disponíveis em vista da baixa diversidade e densidade de
presas, numa escala de tempo e espaço, nos dois sistemas de plantio.
Na couve consorciada com coentro, Scymnus (Pullus) sp.3 e Hyperaspis (Hyperaspis)
festiva Mulsant foram as espécies mais freqüentes (52,5% e 31,6%, respectivamente) entre as
demais. No monocultivo de couve, essas espécies também foram as mais freqüentes, porém os
valores se inverteram (35,8% e 51,2%, respectivamente). Resende et al. (2007), ao estudar a
diversidade de insetos predadores associada ao consórcio de couve com leguminosas para
adubação verde na Fazendinha Agroecológica km 47, também observaram que Hyperaspis
(H.) festiva ocorreu com maior freqüência em relação às outras 17 espécies de joaninhas
capturadas em placas amarelas adesiva, tanto no consórcio couve-crotalária ou mucuna anã
(75,7% e 77,9%, respectivamente) como no monocultivo de couve (64,6%).
Essas duas espécies também foram consideradas constantes, dominantes e muito
abundantes em ambos os sistemas de cultivo, sendo as demais espécies consideradas raras,
com exceção de Scymnus (Pullus) sp.2 que foi comum no consórcio couve-coentro. Outras
seis espécies de joaninhas foram consideradas constantes, sendo as mesmas nesses dois
sistemas, a saber: Cycloneda sanguinea, Eriopis connexa, Harmonia axyridis, Nephus sp.,
Scymnus (Scymnus) sp., Scymnus (Pullus) sp.2, com exceção de Brachiacantha sp., que foi
acidental no monocultivo.
Quanto à dominância, sete espécies foram dominantes no consórcio couve-coentro
(Brachiacantha sp., Cycloneda sanguinea, Harmonia axyridis, Hyperaspis (H.) festiva,
Psyllobora confluens, Scymnus (Pullus) sp.2 e Scymnus (Pullus) sp.3). Todas essas espécies
ocorreram também como dominantes na couve solteira, com exceção de Brachiacantha sp.,
que foi não dominante nesse sistema de plantio, onde outras quatro espécies também foram
dominantes (Eriopis connexa, Scymnus (Scymnus) sp., Scymnus (Pullus) sp.1 e Zagreus
bimaculosus Mulsant).
Nota-se que as populações de joaninhas em ambos os sistemas tiveram características
muito próximas, o que provavelmente resultou da proximidade das parcelas e/ou ausência de
barreira física entre as mesmas.
A análise faunística das populações de joaninhas mostrou que Scymnus (Pullus) sp.3 e
Hyperaspis (H.) festiva apresentaram os maiores índices faunísticos, e portanto, podem ser
consideradas predominantes, indicando serem bem sucedidas na comunidade de insetos
predadores na Fazendinha Agroecológica km 47. Considerando-se que essas espécies têm
hábito predador, particularmente de pulgões, devem contribuir significativamente para o
controle natural desse grupo de insetos, que reúnem espécies-pragas de várias hortaliças.
35
4.1.3 Parâmetros fitotécnicos da couve
Nas Tabelas 15 a 19 (em anexo) estão apresentados os parâmetros fitotécnicos da
couve consorciada com coentro, sob manejo orgânico, em comparação ao cultivo solteiro
orgânico, obtidos nas cinco avaliações.
Nas cinco colheitas, não houve diferença quanto ao número de folhas de couve de
padrão comercial entre a couve consorciada com coentro e a couve solteira, demonstrando
que o sistema de consórcio não influenciou no número dessas folhas produzidas por planta
(Figura 17).
A área foliar específica da couve foi menor quando cultivada em consórcio com o
coentro em comparação ao cultivo solteiro, apenas na segunda colheita, produzindo, portanto,
folhas mais fina e com maior massa seca, nessa ocasião. Nas demais colheitas, as folhas da
couve consorciada com coentro apresentaram maior área foliar específica do que as da couve
solteira, com exceção da primeira colheita, em que não houve diferença significativa para o
parâmetro área foliar específica entre os dois sistemas de cultivo (Tabela 5 e Figura 18).
Figura 17. Número de folhas colhidas por planta de couve solteira e couve com coentro,
cultivada sob manejo orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em
Seropédica
RJ.
2.5
3
3.5
4
4.5
5
5.5
1 2 3 4 5
Colheitas
Número de folhas colhidas por planta
Couve solteira Couve com coentro
36
Tabela 5. Colheitas que apresentaram significância para área foliar específica da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
O consórcio couve-coentro resultou em valores significativamente mais baixos de
índice de área foliar (IAF) na segunda e terceira colheitas, em comparação ao cultivo solteiro.
Nas colheitas 2 e 3, a couve solteira apresentou resultados de IAF maior que a couve em
consórcio com coentro, significando que a média de tamanho das folhas no primeiro caso foi
maior que o segundo (Tabela 6 e Figura 19).
Colheitas* Área Foliar Específica
(m
2
de folhas g
-1
matéria seca)
Couve com coentro 0,0180
a
0,0191
b
0,0183
b
0,0229
b
Couve solteira 0,0184
b
0,0176
a
0,0164
a
0,0175
a
CV (%) 6,23 2,82 4,82 9,57
* Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna
não diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
0.015
0.017
0.019
0.021
0.023
0.025
1 2 3 4 5
Colheitas
Área Foliar Específica
(m
2
g de massa seca
-1
)
Couve solteira Couve com coentro
Figura 18. Área foliar específica da couve solteira e couve com coentro, cultivada sob
manejo orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ.
37
Tabela 6. Colheitas que apresentaram significância para índice de área foliar da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
A partir da segunda colheita (com exceção da 4
a
colheita), o consórcio acarretou
menor produtividade da couve do que o monocultivo, sendo que as perdas variaram em torno
de 19% (na 5
a
colheita) a 28% (na 2
a
colheita) (Tabela 7 e Figura 20). Esses resultados
contrastam os de Tivelli et al. (2006), que observaram uma produtividade de massa seca de
couve de folha brido Manteiga HS-20 da Horticeres significativamente maior no sistema
consorciado (0,3788 kg m
-2
) com alface transplantada 14 dias após o transplantio da couve,
em relação ao monocultivo (0,3009 kg m
-2
). Como não houve diferença no número de folhas
planta
-1
, fica caracterizado que a maior produtividade da couve solteira, no presente estudo,
ocorreu pelo aumento do limbo foliar. Essa observação é corroborada pelo índice de área
foliar (IAF).
Colheitas* Índice de Área Foliar
(m
2
de folhas m
-2
de solo)
Couve com coentro 0,0887
b
0,0603
b
Couve solteira 0,0986
a
0,0731
a
CV (%) 2,52 8,32
* Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
Figura 19. Índice de área foliar da couve solteira e couve com coentro, cultivada sob manejo
orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ.
0.05
0.06
0.07
0.08
0.09
0.1
0.11
1 2 3 4 5
Colheitas
Índice de Área Foliar
(m
2
de folhas m
-2
de solo)
Couve solteira Couve com coentro
38
Tabela 7. Colheitas que apresentaram significância para produtividade da couve (Brassica
oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na Fazendinha
Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
Silva (2006), em estudos conduzidos com o mesmo híbrido da couve (HS-20) na
Fazendinha Agroecológica km 47, observou no ano de 2003, que a couve solteira obteve uma
produtividade média de 0,1790 kg m
-2
, usando 100 kg ha
-1
de N na forma de esterco bovino
no transplantio das mudas e 100 kg ha
-1
de N na forma de cama de aviário,em duas doses e
obtendo 21 colheitas, os valores de produtividade obtido no presente estudo na primeira,
quarta e quinta colheita da couve solteira foram superiores a este valor (0,3082; 0,2192 e
0,2437 kg m
-2
, respectivamente). No ano de 2004, usando 100 kg ha
-1
de N na forma de
esterco bovino no transplantio das mudas e 100 kg ha
-1
de N em cobertura na forma de cama
de aviário, em dose única e totalizando também 21 colheitas, esse autor observou que a
produtividade média da couve foi de 0,0876 kg m
-2
, todos os valores obtidos para a couve
solteira no presente estudo foram superiores ao obtido por Silva (2006).
De acordo com Montezano & Peil (2006), os sistemas consorciados de hortaliças
favorecem o manejo fitotécnico das culturas associadas, ocasionando na maioria das vezes um
aumento de produção por unidade de área. O aumento de produtividade não foi obtido no
presente estudo, corroborando os resultados de outros autores, como Tolentino Jr. et al.
(2002), que observaram que em consórcio de mandioquinha salsa com alface e beterraba,
Colheitas* Produtividade
(Kg m
-2
)
Couve com coentro 0,0727
b
0,1044
b
0,1984
b
Couve solteira 0,1015
a
0,1386
a
0,2437
a
CV (%) 14,63 8,64 8,63
* Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
Figura 20. Índice de área foliar da couve solteira e couve com coentro, cultivada sob manejo
orgânico no ano de 2006, na Fazendinha Agroecológica em Seropédica – RJ.
0.0500
0.1000
0.1500
0.2000
0.2500
0.3000
0.3500
1 2 3 4 5
Colheitas
Produtividade (kilogramas por m
2
)
Couve solteira Couve com coentro
39
houve maior produção em monocultivo para as três espécies vegetais devido à maior
competição. Santos et al. (2002), que constataram que no consórcio de brócolis com aveia,
esta última dominou o consórcio devido à competição imposta por sua maior biomassa, e
Bezerra Neto et al. (2003), constataram que a produtividade média da alface lisa consorciada
com cenoura, em dois sistemas de cultivo em faixas, foi inferior à do sistema solteiro.
De acordo com Salvador (2003), a diminuição produtiva da cultura principal no
cultivo consorciado, em relação ao solteiro, pode dever-se ao fato de que, em um sistema de
culturas múltiplas, geralmente formadas por espécies diferentes, as raízes exploram o solo a
diferentes profundidades, ou onde as folhas podem responder diferencialmente à competição
por luz. Assim, as plantas de uma comunidade vegetal, seja homogênea ou heterogênea, estão
sujeitas a diversos tipos de interações. Na maioria dos casos, a interação é notada pela redução
da produtividade das culturas (SALVADOR, 2003).
Uma questão importante a considerar relacionado a consórcios, levantada por
Vandermeer (1989) e Negreiros et al. (2002), é o fato de que as .
40
4.2 Experimento II (ano 2007)
4.2.1 Diversidade de espécies e abundância relativa das joaninhas
Não houve infestação de pulgões na couve nem no coentro durante todo o
experimento. Pulgões foram observados apenas no milho no início da condução do
experimento, sendo identificados pertencer à espécie Rhopalosiphum maidis (Fitch).
(Hemiptera: Aphididae). Observou-se que joaninhas, tanto na fase adulta como larval,
particularmente Cycloneda sanguinea L. e Eriopis connexa Germar, estavam se alimentando
desses pulgões. Com o fim da infestação de pulgões, cigarrinhas identificadas como
Peregrinus maidis (Ashmead) (Hemiptera: Delphacidae) passaram a infestar o milho, essas
cigarrinhas também serviram de presas para essas duas espécies de joaninhas. A partir daí, foi
observado à imigração de joaninhas para as parcelas do experimento.
A infestação do milho por R. maidis e P. maidis no milho coincidiu com o início da
fase de florescimento do coentro, que iniciou aos 78 dias após a semeadura do coentro (de 06
de julho a 20 de agosto de 2007, quando o coentro foi cortado), resultando na disponibilidade
ao mesmo tempo de diferentes recursos vitais (recursos florais e presas “alternativas”) que
possibilitasse a conservação das joaninhas no experimento. Esses resultados reafirmam a
importância da diversificação vegetal numa área de cultivo, pois assim se garante recursos
para que os insetos predadores não venham a emigrar da área de cultivo (AGUIAR-
MENEZES, 2004).
Durante o período de amostragens por remoção (04 de junho a 20 de agosto de 2007),
as joaninhas, em diferentes fases de desenvolvimento, somente foram observadas no período
de 09 de julho a 09 de agosto de 2007, coincidindo com a fase de florescimento do coentro.
Como as joaninhas foram apenas coletadas nesse período e havia sido realizada a
colheita do coentro (aos 55 dias após a semeadura) nos seguintes tratamentos: 1 (couve
consorciada com coentro, cujas quatro linhas de plantio foram colhidas), 2 (duas linhas
centrais de coentro colhida no consórcio couve-coentro) e 3 (coentro solteiro), para fins das
análises, somente dois tratamentos foram considerados: couve solteira (tratamento 4) e couve
consorciada com coentro, cujas duas linha laterais de coentro estavam em floração
(tratamento 2).
Durante o período de floração, 93,7% do total das diferentes fases de desenvolvimento
das joaninhas foram coletados no consórcio couve-coentro, e 6,3% no monocultivo (Tabela
8). Diferente do ano de 2006, não foi encontrada postura na couve solteira, porém foram
encontradas duas larvas e uma pupa de joaninha.
Tabela 8. Número total das diferentes fases de desenvolvimento das joaninhas (Coleoptera:
Coccinellidae) coletadas em couve solteira e couve consorciada com coentro na fase de
florescimento, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a agosto de 2007.
Sistema de cultivo Postura Larva Pupa Adulto Total
Couve com coentro em floração 1 47 12 166 226
Couve solteira 0 2 1 12 15
Total 1 49 13 178 241
Conforme observado no ano de 2006, as plantas de coentro foram utilizadas como sítio
de oviposição (Figura 21), abrigo para larvas (Figura 22), pupas (Figura 23) e adultos (Figura
24), bem como se observou postura de joaninha realizada no coentro na ausência de presas
(Figura 21).
41
Em 2007, um maior número de larvas e de pupas de joaninhas foi também coletado no
consórcio couve-coentro, em comparação à couve solteira, igualmente ao que ocorreu em
2006. As larvas foram de Eriopis connexa Germar e Hippodamia convergens Guérin e as
pupas apenas E. connexa, para ambos os tratamentos.
O número de adultos de joaninhas coletados nas amostragens por remoção, em 2007,
no consórcio couve-coentro foi quase que o triplo do encontrado no ano anterior.
Provavelmente esse resultado foi decorrente do maior número de amostragem, em intervalos
menores (três vezes por semana), realizadas em 2007 em relação ao ano anterior (34
amostragens, das quais apenas em 14 ocorreram joaninhas, contra apenas cinco amostragens
em 2006, todas com coleta de adultos de joaninhas).
Novamente, como ocorreu no ano anterior, o número médio e o número total de
adultos no consórcio de couve-coentro foram significativamente superiores aos encontrados
no monocultivo de couve no ano de 2007 (Tabela 9).
Figura 21. Postura de joaninha sob
folha do coentro.
Figura 22. Larva de Eriopis connexa
sobre folha do coentro.
Figura 23. Pupa de Cycloneda
sanguinea sobre folha do coentro.
Figura 24. Adulto de Hippodamia
convergens em coentro.
42
Tabela 9. Número médio e número total de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletados nas amostragens por remoção, em couve solteira e couve consorciada com coentro
na fase de florescimento, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a agosto
de 2007.
Sistema de cultivo
Média
1, 3
Total
2, 3
Couve com coentro em floração
11,07
a
166
a
Couve solteira
0,80
b
12
b
CV (%) = 37,42
1
Média do número de adultos em cinco coletas.
2
Número total de adultos em 15 coletas.
3
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo te
ste
de Fisher a 5% de probabilidade.
Em comparação a 2006, mais quatro espécies de joaninhas foram coletadas, na fase
adulta, nas amostragens em 2007 realizadas por remoção, quando foi encontrado um total de
dez espécies de joaninhas (Tabela 10), sendo Cycloneda sanguinea (L.), Eriopis connexa
Germar, Harmonia axyridis (Pallas), Hippodamia convergens Guérin e Hyperaspis (H.)
festiva Mulsant afidófagas (predadoras de pulgões), conforme registrado por Resende et al.
(2006; 2007) e Weeden et al. (2008).
Com exceção de Hyperaspis notata que foi relatada se alimentando de cochonilhas
Diaspididae em citros (WOLFF et al., 2004), e além do registro de Resende et al. (2006,
2007), Zagreus bimaculosus Mulsant foi relatada como predadora da cochonilha da palma
forrageira, Diaspis echinocacti (Bouché) (Hemiptera: Diaspididae) em Pernambuco
(SANTOS et al., 2006).
No consórcio couve-coentro, tanto em 2007 como em 2006, Cycloneda sanguinea (L.)
foi mais freqüente, seguida por Eriopis connexa Germar. Não foram coletados espécimes de
Scymnus (Pullus) sp.1 e Scymnus (Pullus) sp.2, que ocorreram nas amostragens de 2006.
Diferindo ainda dos resultados de 2006, C. sanguinea foi também a mais freqüente na couve
solteira, seguida por Hyperaspis (Hyperaspis) festiva Mulsant. No geral, C. sanguinea foi
mais freqüente, seguida por Eriopis connexa Germar, igualmente ao que ocorreu no ano
anterior.
43
Tabela 10. Número total de adultos por espécie e freqüência relativa das espécies de joaninhas
(Coleoptera: Coccinellidae) coletadas nas amostragens por remoção, em couve solteira e
couve consorciada com coentro na fase de florescimento, na Fazendinha Agroecológica km
47. Seropédica/RJ, julho a agosto de 2007.
Nº de Indivíduos Freqüência (%)
Espécies de joaninhas
Couve
solteira
Couve/
coentro
Total
Couve
solteira
Couve/
coentro
Total
Brachycantha sp.
1
0 1 1 0,00 0,60 0,56
Cycloneda sanguinea (L.)
2
7 99 106 58,34 59,64 59,55
Eriopis connexa Germar
2
1 32 33 8,33 19,28 18,54
Harmonia axyridis (Pallas)
2
0 3 3 0,00 1,82 1,68
Hippodamia convergens Guérin
2
0 5 5 0,00 3,01 2,81
Hyperaspis (H.) festiva Mulsant
2
3 13 16 25,00 7,83 8,99
Hyperaspis notata Mulsant
2
0 2 2 0,00 1,20 1,14
Scymnus (Pullus) sp.3
1
1 9 10 8,33 5,42 5,61
Nephus sp.
1
0 1 1 0,00 0,60 0,56
Zagreus bimaculosus Mulsant
1
0 1 1 0,00 0,60 0,56
Total 12 166 178 100 100 100
1
Espécies capturadas apenas nas amostragens com armadilha em 2006.
2
Mesmas espécies coletadas nas amostragens por remoção em 2006.
Quanto a flutuação populacional de adultos de joaninhas no período de 09 de julho a
09 de agosto de 2007, coincidindo com a fase de florescimento do coentro, as joaninhas não
foram encontradas apenas na coleta 12
a
nas parcelas de couve solteira e de couve consorciada
com coentro (Figura 25). Nas parcelas de couve consorciada com coentro, o pico populacional
de adultos de joaninhas ocorreu na terceira coleta, alcançando um total de 43 adultos, a partir
da qual houve um decrescimento populacional de joaninhas no experimento. Essa ocasião
correspondeu ao momento em que o milho da bordadura encontrava-se infestado por pulgões
Rhopalosiphum maidis (Fitch), os quais serviram como presas alternativas” aos pulgões da
couve. A partir da sexta coleta (cerca de 90 dias após a semeadura do coentro), o coentro
estava em pleno florescimento, o que deve ter contribuído para que houvesse da sétima a
décima coleta, uma densidade populacional de adultos de joaninhas maior nas parcelas do
consórcio couve-coentro, em relação à couve no sistema solteiro, pois em algumas ocasiões
foi possível observar a visitação das flores pelos adultos das joaninhas.
44
4.2.2 Parâmetros fitotécnicos do coentro
O consórcio couve-coentro não influenciou a maioria dos parâmetros fitotécnicos do
coentro (Tabela 11). Houve diferença significativa apenas para altura de plantas. As plantas
de coentro sob cultivo consorciado com couve foram significativamente mais altas do que as
plantas de coentro sob cultivo solteiro.
Foi observado por outros autores que consórcios de coentro com outras culturas
principais, produziram plantas de coentro mais altas, evidenciando a competição por luz nos
consórcios. Zárate et al. (2005), avaliando o consórcio de coentro (cv. Português) com
cebolinha, como cultura principal, observaram que o consórcio também influenciou a altura
das plantas de coentro, que foi significativamente superior no consórcio (24,81 cm contra
22,50 cm no solteiro). Zárate et al. (2007a), avaliando o consórcio de coentro (cv. Português)
com taro, como cultura principal, também observaram que o consórcio produziu plantas de
altura significativamente maior do que o sistema solteiro (28,64 cm contra 26,09 cm no
solteiro). Todavia, em ambos os consórcios, o rendimento de massa fresca foi maior no
cultivo solteiro.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Coletas
mero de indivíduos
Couve solteira Couve com coentro em florescimento
*
*
Não foram encontrados ind
ivíduos nesta amostagem.
Figura 25.
Flutuação populacional de adultos de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae)
coletados nas parcelas experimentais com couve solteira e couve consorciada com coentro
na fase de florescimento, na Fazendinha Agroecológica km 47. Seropédica/RJ, julho a
agosto de 2007.
45
Tabela 11. Efeito do consórcio com couve, na massa seca, número deú nia,
46
Na maioria das colheitas, o consórcio não influenciou a área foliar específica da couve.
Essa influência foi observada apenas na sétima e nona colheitas. Na sétima colheita a couve
apresentou redução significativa de área foliar específica quando cultivada em solteiro,
comparando-se ao cultivo em consórcio com o coentro, produzindo, portanto, folhas com
maior massa seca, quando comparado a couve com coentro com floração, porém ambos não
diferiram da couve com coentro sem floração. Na nona colheita, a área foliar específica da
couve cultivada em consórcio com coentro colhido aos 55 dias após a semeadura (sem
floração) não diferiu significativamente do tratamento testemunha (couve solteira), porém
ambos diferiram da couve com coentro com floração (Tabela 12 e Figura 27).
Tabela 12. Colheitas que apresentaram significância para área foliar específica (AFE) da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Colheitas* Área Foliar Específica
(m
2
de folhas g
-1
matéria seca)
Couve com coentro sem floração 0,0149
ab
0,0140
b
Couve com coentro com floração 0,0160ª 0,0167
a
Couve solteira 0,0135
b
0,0127
b
CV (%) 5,91 4,77
* Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
2
3
4
5
6
7
8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Colheitas
Número de folhas colhidas por planta
Couve solteira Couve com coentro sem floração Couve com coentro com floração
Figura 26. Número de folhas de padrão comercial colhida planta
-
1
em couve solteira, couve
com coentro sem floração e couve com coentro com floração, cultivada sob manejo
orgânico
no ano de 2007, na Faz
endinha Agroecológica em Seropédica
RJ.
47
Das 21 colheitas de couve realizadas, foi observado que o consórcio couve-coentro
diferiu no índice de área foliar (IAF) em apenas duas. Na terceira colheita, o cultivo solteiro
de couve resultou em valores significativamente mais altos de IAF, não diferindo do
consórcio couve com coentro que foi deixado para florir. Na décima colheita, contrariamente
a terceira, esse consórcio resultou em valores de IAF significativamente mais baixos que o
cultivo solteiro e o consórcio couve com coentro colhido aos 55 dias após a semeadura (sem
floração) (Tabela 13 e Figura 28).
Tabela 13. Colheitas que apresentaram significância para índice de área foliar (IAF) da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Colheitas* Índice de Área Foliar
(m
2
de folhas m
-2
de solo)
10º
Couve com coentro sem floração 0,1004
b
0,1163
a
Couve com coentro com floração 0,1081
ab
0,0944
b
Couve solteira 0,1349
a
0,1206
a
CV (%) 13,62 8,09
* Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
48
Em 14 colheitas de folhas de couve, não houve diferença significativa entre os
tratamentos, demonstrando que o consórcio de couve com coentro (com ou sem floração) não
interferiu na produtividade da couve. A couve no sistema solteiro sempre apresentou as
maiores médias, porém apenas diferiu significativamente de pelo menos um dos outros dois
tratamentos nas colheitas 1, 3, 4, 12, 13, 14 e 15 (Tabela 14 e Figura 29).
Tabela 14. Colheitas que apresentaram significância para produtividade da couve (Brassica
oleracae var. acephala, brido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na Fazendinha
Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Colheitas* Produtividade
(kg m
2
)
12º 13º 14º 15º
Couve com coentro
sem floração
0,6317
a
0,2171
b
0,2013
b
0,2383
a
0,2711
ab
0,2159
ab
0,2404
b
Couve com coentro
com floração
0,4728
b
0,2503
ab
0,2416
ab
0,1487
b
0,2109
b
0,1781
b
0,2334
b
Couve solteira 0,6965
a
0,3228
a
0,3226
a
0,3029
a
0,3495
a
0,2553
a
0,2760
a
CV (%) 5,29 17,24 19,37 15,46 16,72 13,83 6,30
* Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna o
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 16 17 18 19 20 21
Colheitas
Índice de Área Foliar
(m
2
de folhas m
-2
de solo)
Couve solteira Couve com coentro sem florão Couve com coentro com floração
Figura 28. Índice de área foliar da couve solteira, couve com coentro sem floração e couve
com coentro com floração, cultivada sob manejo orgânico no ano de 2007, na Fazendinha
Agroecológica em Seropédica
RJ.
49
O coentro foi colhido após a segunda colheita da couve e a partir daí as plantas de
couve no consórcio com coentro em que foi colhido nessa ocasião (sem floração), tiveram
uma queda de produtividade nas duas colheitas seguintes (Tabelas 22 e 23, em anexo),
diferindo significativamente das produtividades da couve solteira. Provavelmente, nessas duas
colheitas, as plantas de couve estavam se adaptando a retirada do coentro. Portanto, a partir da
colheita 3 da couve, o consórcio com coentro que foi colhido aos 55 dias após a semeadura
tornou-se um tratamento de couve em solteiro, e a partir da colheita 5, apresentou
produtividade igual ao monocultivo da couve, com exceção da colheita 15, em que teve
produtividade menor (Tabela 14).
No consórcio de couve com coentro em floração, a couve apresentou produtividade
significativamente menor que os outros dois tratamentos na colheita 1. Essa redução de
produtividade ocorreu novamente entre as colheitas 12 a 14 (Tabelas 31 a 33, em anexo),
onde a couve com coentro em floração foi significativamente menor que a couve solteira e
que coincidiu com o período logo após o corte do coentro em floração que foi realizado na 12º
colheita da couve. Na colheita 15 (Tabela 14), observou que esse consórcio acarretou menor
produtividade da couve do que o monocultivo, mas não diferiu do outro consórcio, sendo que
a perda foi de 15,4% em relação ao monocultivo.
Silva (2006), em estudos com o híbrido da couve (HS-20) conduzidos na Fazendinha
Agroecológica km 47, observou no ano de 2003, que a couve solteira obteve uma
produtividade média de 0,1790 kg m
-2
, usando 100 kg ha
-1
de N em duas doses, sendo este
valor menor que o valor de produtividade média obtido no presente estudo (0,3022 kg m
-2
).
Em relação a cada colheita, o valor foi maior apenas que as produtividades da couve solteira
nas colheitas 6 e 9. No ano de 2004, usando 100 kg ha
-1
de N em dose única, esse autor
observou que a produtividade média da couve foi de 0,0876 kg m
-2
, sendo este valor menor
que todas as colheitas da couve solteira no presente estudo.
0.1000
0.2000
0.3000
0.4000
0.5000
0.6000
0.7000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Colheitas
Produtividade (kilogramas por m
2
)
Couve solteira Couve com coentro sem floração Couve com coentro com floração
Figura 29. Produtividade da couve solteira, couve com coentro sem floração e couve com
coentro com floração, cultivada sob manejo orgânico no ano de 2007, na Fazendinha
Agroecológica em Seropédica
RJ.
50
No geral, a couve apresentou produtividades similares nos sistemas solteiro e
consorciado com coentro. Menor produtividade do consórcio em relação ao monocultivo
parece estar relacionada ao manejo do coentro, particularmente a colheita em sua fase
vegetativa e ao seu corte após a floração. Esses resultados concordam com os trabalhos de
Gliessman (2001) e de Montezano & Peil (2006) ao pontuarem que, nos consórcios, caso
detecta-se alguma redução na produtividade das espécies associadas, evidenciando-se a
necessidade de estudos direcionados ao melhor entendimento dos mecanismos ecológicos
específicos envolvidos nesse modo de cultivo, bem como estudos de manejo desse sistema
consorciado, particularmente o arranjo das culturas no espaço e no tempo, para minimizar os
efeitos negativos estabelecidos de uma cultura sobre a outra.
4.
51
plantas para esse sistema cultural e o nível de manejo deve ser o mesmo para as monoculturas
e para a associação cultural, além do que, os índices encontrados devem estar relacionados
com os rendimentos culturais obtidos.
52
5 CONCLUSÕES
Os resultados obtidos a partir das coletas de joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae), em
suas diferentes fases de desenvolvimento, em consórcio de couve (Brassica oleracae var.
acephala D.C.) com coentro (Coriandrum sativum L.), sob manejo orgânico, em comparação
ao cultivo orgânico de couve solteira, e de seus parâmetros fitotécnicos, em experimentos
conduzidos no Sistema Integrado de Produção Agroecológica (ou SIPA), nos anos de 2006 e
2007, permitem concluir que:
1. A presença do coentro junto à couve, em forma de consórcio em faixas, aumenta a
diversidade e abundância de joaninhas predadoras de pulgões, por fornecer recursos
alimentares (pólen e presas “alternativas”) e sítios de oviposição, abrigo para larvas,
pupas e adultos e acasalamento para as joaninhas;
2. Um complexo de joaninhas está presente no SIPA, sendo que Hyperaspis
(Hyperaspis) festiva Mulsant, Scymnus (Pullus) sp.3, Cycloneda sanguinea (L.) e
Eriopis connexa Germar foram as espécies mais frequentes na comunidade;
3. O consórcio couve-coentro no arranjo de uma linha central de couve e quatro linhas
paralelas de coentro, colhendo-se as duas centrais aos 55 dias após a semeadura e
deixando as duas linhas laterais (borda do canteiro) para florescer, não causa aumentos
de produtividade da couve, mas mostra-se eficiente em termo do uso eficiente da terra
e como estratégia de conservação de joaninhas nos sistemas de produção
diversificados.
53
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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553, 2007b.
63
Anexo I. Joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae) coletadas na Fazendinha Agroecológica km
47, a partir de levantamentos na cultura da couve em consórcios com coentro nos anos 2006 e
2007*.
Brachiacantha sp. Coleomegilla maculata DeGeer
Coleomegilla quadrifasciata
Schonher
Diomus sp.1
Diomus sp.2
Cycloneda sanguinea L.
Eriopis connexa Germar
Harmonia axyridis
(Pallas)
Exoplecta miniata Germar Heterodimus sp.
64
Anexo I. Continuação.
Hyperaspis (Hyperaspis) festiva Mulsant
Hyperaspis silvani
Crotch
Hyperaspis quadrina Mulsant
Hyperaspis quinquenotata
Mulsant
Nephus sp.
Psyllobora confluens
Fabricius
Psyllobora rufosignata
Mulsant
Hippodamia convergens
Guerrín
Hyperaspidius sp.
Hyperaspis notata
Mulsant
65
Anexo I. Continuação.
*Todas as fotos foram tiradas por André Luis Santos Resende e Elen de Lima Aguiar
Menezes.
Zagreus bimaculosus
Mulsant
Scymnus (Pullus) sp.1
Scymnus (Scymnus) sp.
Scymnus (Pullus) sp.2
Scymnus (Pullus) sp.3
66
Anexo II. Foto do consórcio couve e coentro, ano 2007.
67
Anexo III. Foto da couve após a colheita das linhas centrais de coentro, ano 2007.
68
Anexo IV. Foto da couve solteira, após o corte do coentro florido, ano 2007.
69
Anexo V. Foto da parcela de coentro em solteiro, ano 2007.
70
Anexo VI. Fotos de adultos de joaninhas visitando o coentro, ano 2006.
71
Anexo VII. Resultado da análise de solo da área experimental dividida em 4 amostras, resultado da análise do esterco usado na adubação de
formação do experimento e características da torta de mamona (fornecida pelo fabricante), todos no ano 2007.
Resultado da análise de solo
Al Ca + Mg Ca Mg P K C M.O. N
Amostra pH
cmolc/dm
3
mg/dm
3
%
1 6,7 0,0 4,5 3,3 1,1 172,9 510,0 1,46 2,51 0,084
2 6,6 0,0 4,9 3,7 1,2 189,2 410,0 0,59 1,02 0,076
3 6,8 0,0 4,9 3,4 1,5 167,3 650,0 1,60 2,75 0,157
4 6,7 0,0 4,9 3,7 1,2 189,2 500,0 1,52 2,62 0,087
Média 6,7 0,0 4,8 3,5 1,3 179,7 517,5 1,29 2,23 0,101
Resultado da análise do esterco
Ca Mg P K N
g/Kg %
4,9 4,1 3,7 7,6 1,305
Características da torta de mamona
N total U máxima C. orgânico CTC
% mmol/dm
3
CTC/C mínimo pH
5 30 35 4 10 6,5
72
Anexo VIII. Análise de Variância dos parâmetros fitotécnicos da couve para o ano 2006.
Tabela 15. Efeito do consórcio com coentro, na primeira colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro 5,0
a
0,0159
a
0,0739
a
0,2533
a
Couve solteira 5,2
a
0,0154
a
0,0849
a
0,3082
a
CV (%) 9,99 6,79 19,24 28,56
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de cinco repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
Tabela 16. Efeito do consórcio com coentro, na segunda colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro 2,9
a
0,0180
a
0,0887
b
0,0727
b
Couve solteira 3,2
a
0,0184
b
0,0986
a
0,1015
a
CV (%) 15,62 6,23 2,52 14,63
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de cinco repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
73
Tabela 17. Efeito do consórcio com coentro, na terceira colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro 2,9
a
0,0191
b
0,0603
b
0,1044
b
Couve solteira 2,9
a
0,0176
a
0,0731
a
0,1386
a
CV (%) 1,79 2,82 8,32 8,64
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de cinco repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
Tabela 18. Efeito do consórcio com coentro, na quarta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro 4,1
a
0,0183
b
0,0739
a
0,1743
a
Couve solteira 4,2
a
0,0164
a
0,0841
a
0,2192
a
CV (%) 5,21 4,82 8,81 14,25
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de cinco repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
74
Tabela 19. Efeito do consórcio com coentro, na quinta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido HS-20) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2006).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro 4,8
a
0,0229
b
0,0736
a
0,1984
b
Couve solteira 4,1
a
0,0175
a
0,0891
a
0,2437
a
CV (%) 10,16 9,57 12,61 8,63
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de cinco repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Fisher a 5% de probabilidade.
75
Anexo IX. Análise de Variância dos parâmetros fitotécnicos da couve para o ano 2007.
Tabela 20. Efeito do consórcio com coentro, na primeira colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 7,3
a
0,0243
a
0,1213
a
0,6317
a
Couve com coentro com floração 7,3
a
0,0275
a
0,1065
a
0,4728
b
Couve solteira 7,6
a
0,0208
a
0,1248
a
0,6965
a
CV (%) 7,76 8,84 15,18 5,29
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 21. Efeito do consórcio com coentro, na segunda colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 4,6
a
0,0149
a
0,1132
a
0,3694
a
Couve com coentro com floração 4,5
a
0,0152
a
0,1075
a
0,3356
a
Couve solteira 4,7
a
0,0135
a
0,1416
a
0,4986
a
CV (%) 10,58 7,22 18,76 19,53
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
76
Tabela 22. Efeito do consórcio com coentro, na terceira colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,1
a
0,0145
a
0,1004
b
0,2171
b
Couve com coentro com floração 3,1
a
0,0146
a
0,1081
ab
0,2503
ab
Couve solteira 3,3
a
0,0135
a
0,1349
a
0,3228
a
CV (%) 8,41 17,84 13,62 17,24
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 23. Efeito do consórcio com coentro, na quarta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,3
a
0,0165
a
0,1253
a
0,2013
b
Couve com coentro com floração 3,5
a
0,0163
a
0,0903
a
0,2416
ab
Couve solteira 3,5
a
0,0180
a
0,1023
a
0,3226
a
CV (%) 13,80 12,75 16,38 19,37
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
77
Tabela 24. Efeito do consórcio com coentro, na quinta colheita, no mero de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,8
a
0,0173
a
0,1007
a
0,2410
a
Couve com coentro com floração 3,6
a
0,0178
a
0,0936
a
0,2019
a
Couve solteira 3,7
a
0,0173
a
0,1048
a
0,2411
a
CV (%) 4,45 4,10 12,14 13,27
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 25. Efeito do consórcio com coentro, na sexta colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 2,7
a
0,0139
a
0,0944
a
0,1651
a
Couve com coentro com floração 2,7
a
0,0153
a
0,0887
a
0,1416
a
Couve solteira 2,6
a
0,0138
a
0,0977
a
0,1618
a
CV (%) 10,90 5,50 11,08 16,64
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
78
Tabela 26. Efeito do consórcio com coentro, na sétima colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,2
a
0,0149
ab
0,1172
a
0,2583
a
Couve com coentro com floração 3,2
a
0,0160
a
0,1075
a
0,2138
a
Couve solteira 3,1
a
0,0135
b
0,1204
a
0,2634
a
CV (%) 7,49 5,91 13,35 20,30
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 27. Efeito do consórcio com coentro, na oitava colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,1
a
0,0163
a
0,0903
a
0,1935
a
Couve com coentro com floração 3,1
a
0,0180
a
0,1023
a
0,2147
a
Couve solteira 3,0
a
0,0165
a
0,1253
a
0,2804
a
CV (%) 4,06 12,75 16,38 19,24
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
79
Tabela 28. Efeito do consórcio com coentro, na nona colheita, no número de folhas por planta,
área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve (Brassica
oleracae var. acephala, brido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na Fazendinha
Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,4
a
0,0140
b
0,1073
a
0,2441
a
Couve com coentro com floração 3,4
a
0,0167
a
0,1034
a
0,2087
a
Couve solteira 3,1
a
0,0127
b
0,1199
a
0,2689
a
CV (%) 6,06 4,77 17,04 21,98
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 29. Efeito do consórcio com coentro, na décima colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,0
a
0,0135
a
0,1163
a
0,2604
a
Couve com coentro com floração 2,9
a
0,0141
a
0,0944
b
0,1930
a
Couve solteira 2,9
a
0,0124
a
0,1206
a
0,2697
a
CV (%) 2,61 21,26 8,09 14,03
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
80
Tabela 30. Efeito do consórcio com coentro, na décima primeira colheita, no número de
folhas por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob Tj5.40319 0 Td( )Tj5.40319 0 Td(c).40319 0 Td( )Tj5.4d( )Tj4.08241 0 Td(p.36198 0 Td(v)Tj6.00354 0 Td( )Tj4.08241 0 3d(v)Tj6.00354 0 Td( )Tj4.08241 0 Td( )Tjg)Tj4.8834d( )Tjâ0319 0 Td(c).40319 0 Td( )Tj5.4d(3.36198 0 Td(c)Tj5.28312 0 Td(a)Tj6.12361 0 Td(b)Tj3.12184 0 Td( )Tj3.602868 -13.8 Td(c)Tj6.00354 0 Td(a)Tj5.40319 0 Td( )Tj3.60212 0 Td( )Tj6.6039 0 Td())Tj5.40319 0 Td( )Tjz.40319 0 Td(e)Tj5.28312 0 Td(p)Tj6.00354 0 Td(a)Tj6.00354 0 Td(i)Tj3.36198 0 Td(c)Tj6.00354 0 Td(a)Tj6.00354 0 Td(a)Tj5.28312 0 Td(s)Tj .12184 0 Td( )Tj8.76517 0 Td(F)Tjg)Tj4.8834d( )Tj3.96234 0 Td(o)Tj6.00354 0 Td(p)Tj5.40319 0 Td(c)Tj5.28312 0 Td(í)Tj6.00354 0 Td(l)Tj3.36198 0 Td(e)Tj6.00354 0 Td(r)Tjg
81
Tabela 32. Efeito do consórcio com coentro, na décima terceira colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,1
a
- - 0,2711
ab
Couve com coentro com floração 3,0
a
- - 0,2109
b
Couve solteira 2,9
a
- - 0,3495
a
CV (%) 17,67 - - 16,72
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 33. Efeito do consórcio com coentro, na décima quarta colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,1
a
- - 0,2159
ab
Couve com coentro com floração 3,1
a
- - 0,1781
b
Couve solteira 3,1
a
- - 0,2553
a
CV (%) 21,62 - - 13,83
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
82
Tabela 34. Efeito do consórcio com coentro, na décima quinta colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,1
a
- - 0,2404
b
Couve com coentro com floração 3,2
a
- - 0,2334
b
Couve solteira 3,2
a
- - 0,2760
a
CV (%) 14,54 - - 6,30
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 35. Efeito do consórcio com coentro, na décima sexta colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,4
a
0,0103
a
0,1070
a
0,3205
a
Couve com coentro com floração 3,3
a
0,0109
a
0,0995
a
0,2911
a
Couve solteira 3,4
a
0,0103
a
0,1143
a
0,3492
a
CV (%) 6,99 6,02 11,04 13,01
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
83
Tabela 36. Efeito do consórcio com coentro, na décima sétima colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,8
a
0,0101
a
0,0701
a
0,2300
a
Couve com coentro com floração 3,9
a
0,0112
a
0,0914
a
0,3056
a
Couve solteira 3,8
a
0,0111
a
0,0813
a
0,2572
a
CV (%) 12,44 8,02 16,41 19,32
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 37. Efeito do consórcio com coentro, na décima oitava colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,2
a
0,0157
a
0,0823
a
0,1999
a
Couve com coentro com floração 3,1
a
0,0158
a
0,0973
a
0,2310
a
Couve solteira 3,0
a
0,0156
a
0,1032
a
0,2384
a
CV (%) 10,07 6,27 14,69 17,73
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
84
Tabela 38. Efeito do consórcio com coentro, na décima nona colheita, no número de folhas
por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,6
a
0,0093
a
0,0886
a
0,2709
a
Couve com coentro com floração 3,4
a
0,0097
a
0,0960
a
0,2614
a
Couve solteira 3,5
a
0,0093
a
0,0955
a
0,2820
a
CV (%) 10,67 5,98 11,67 14,10
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 39. Efeito do consórcio com coentro, na vigésima colheita, no número de folhas por
planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da couve
(Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico, na
Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,1
a
0,0092
a
0,0894
a
0,2303
a
Couve com coentro com floração 3,0
a
0,0116
a
0,0953
a
0,2559
a
Couve solteira 3,0
a
0,0139
a
0,1063
a
0,2793
a
CV (%) 7,75 34,78 14,75 18,81
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
85
Tabela 40. Efeito do consórcio com coentro, na vigésima primeira colheita, no número de
folhas por planta, área foliar específica (AFE), índice de área foliar (IAF) e produtividade da
couve (Brassica oleracae var. acephala, híbrido Hevi-Crop) cultivada sob manejo orgânico,
na Fazendinha Agroecológica km 47 (Seropédica/RJ, 2007).
Sistema de cultivo Nº folhas
1, 5
AFE
2, 5
IAF
3, 5
Produtividade
4, 5
Couve com coentro sem floração 3,4
a
0,0107
a
0,0869
a
0,2756
a
Couve com coentro com floração 3,3
a
0,0104
a
0,0968
a
0,2556
a
Couve solteira 3,3
a
0,0125
a
0,1056
a
0,3339
a
CV (%) 16,72 10,84 16,28 13,80
1
Média do número de folhas expresso em número de folhas planta
-1
.
2
Média da área foliar específica expressa em m
2
de folhas g
-1
de matéria seca.
3
Média do índice de área foliar (IAF) expresso em m
2
de folhas m
-2
de solo.
4
Média da produtividade expressa em kg m
-2
.
5
Os valores representam médias de quatro repetições. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
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