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UFRRJ
INSTITUTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
BIOLOGIA ANIMAL
TESE
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DAS
COMUNIDADES DE METAZOÁRIOS PARASITOS
DA CORVINA, Micropogonias furnieri
(PERCIFORMES: SCIAENIDAE) DO LITORAL
BRASILEIRO
Andrea da Silva Cordeiro
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DAS COMUNIDADES DE
METAZOÁRIOS PARASITOS DA CORVINA, Micropogonias furnieri
(PERCIFORMES: SCIAENIDAE) DO LITORAL BRASILEIRO
ANDREA DA SILVA CORDEIRO
Sob a Orientação do Professor
José Luis Fernando Luque Alejos
Tese submetida como requisito para
obtenção do grau de Doutor em
Ciências, no Programa de Pós-
Graduação em Biologia Animal,
Área de Concentração em Zoologia.
Seropédica, RJ
Agosto de 2007
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UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos
639.3725
C794c
T
Cordeiro, Andrea da Silva, 1970-
Composição e estrutura das
comunidades de metazoários
parasitos da corvina, Micropogonias
furnieri (Perciformes: sciaenidae)
do litoral brasileiro/ Andréa da
Silva Cordeiro. – 2007.
88 f. : il.
Orientador: José Luis Fernando
Luque Alejos.
Tese (doutorado)- Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro,
Instituto de Biologia.
Bibliografia: f. 54-80.
1. Corvina(Peixe) - Parasito –
Teses. 2. Corvina(Peixe) - Brasil –
Teses. 3. Corvina(Peixe) – Teses.
I. Luque Alejos, José Luis
Fernando, 1962- II. Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro.
Instituto de Biologia. III. Título.
Bibliotecário: _______________________________ Data: ___/___/______
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL
ANDREA DA SILVA CORDEIRO
Tese submetida ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, área de Concentração
em Zoologia, como requisito para obtenção do grau de Doutor em Ciências, em Biologia
Animal.
TESE APROVADA EM 31/08/2007.
__________________________________________
José Luis Fernando Luque Alejos. Dr. UFRRJ/DPA
(Orientador)
__________________________________________
Franscisco Gerson Araújo. Dr. UFRRJ/DBA
_________________________________________
Luis Cláudio Muniz Pereira. Dr. FIOCRUZ/ DH
_________________________________________
Gonzalo Efrain Moya. Dr.UFRRJ/DBA
___________________________________________
Luis Eduardo Roland Tavares. Dr. UFRRJ/DPA
Agradeço a Deus por minhas realizações,
aos meus pais, irmãs e amigos por acreditarem
em mim e por me apoiarem em mais essa etapa
da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Dr. JOSÉ LUIS FERNANDO LUQUE ALEJOS pela oportunidade da
realização do trabalho.
Aos colegas do Laboratório de Ictioparasitologia pelo apoio durante a realização do
trabalho.
A todos os professores, funcionários e colegas do Programa de Pós-Graduação em Biologia
Animal da UFRRJ, pelo carinho e amizade com que me receberam durante o curso.
A amiga ADRIANA LANZZIOTI e ao amigo ANTÕNIO RIVAIL, por várias vezes ter me
concedido auxílio para realização de minhas coletas.
A Dra. AIMÊ RAQUEL, da Universidade Federal de Santa Catarina, por seu apoio e
amizade para realização do trabalho de coleta em Florianópolis, bem a como a todos os
colegas do Laboratório de Malacologia pelo carinho e paciência durante os procedimento
em laboratório.
Ao Dr. JOÃO PAES VIEIRA da FURG, por seu apoio nas coleta na Praia do Cassino, Rio
Grande-RS, e a todos os colegas do Laboratório de Ictiologia, pela amizade e apoio durante
a realização deste trabalho.
A Dra. CRISTINA BARRETO e o pessoal do setor de Oceanografia Biológica da
Universidade Federal do Ceará, pelo auxílio na obtenção dos exemplares de corvina em
Fortaleza, e também a todos os colegas do laboratório de Malacologia do LABOMAR-
UFCE, pelo carinho e apoio durante a realização deste trabalho.
A Dra. GUISLA BOEHL e o pessoal do setor de Oceanografia Biológica da Universidade
Estadual de Santa Cruz-BA, pelo auxílio na obtenção dos exemplares de corvina na Bahia,
e também a todos os colegas do laboratório de Oceanografia Biológica, pelo carinho e
apoio durante a realização deste trabalho.
Ao Dr. FRANSCISCO GERSON ARAÙJO, pertencente ao Laboratório de Ecologia de
Peixes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ e ao amigo THIAGO
DE OLIVEIRA PIRES, pertencente ao setor de Estatística da Universidade Estadual do
Rio de Janeiro – UERJ e CLAVES- FIOCRUZ, pelo auxilio dos procedimentos estatísticos
do trabalho .
E á Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo auxílio
financeiro concedido através da bolsa do doutorado, possibilitando a realização do mesmo.
RESUMO
CORDEIRO, Andrea da Silva. Composição e estrutura dos metazoários parasitos da
corvina, Micropogonias furnieri (Perciformes: Sciaenidae) do Litoral Brasileiro.
Seropédica; UFRRJ, 2007. 88p. Tese (Doutorado em Biologia Animal). Instituto de
Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de janeiro, Seropédica, RJ, 2007.
Um total de 282 peixes capturados na região do Rio de Janeiro (23º01’S,
43º38’W; n = 93), Santa Catarina (27º47’S, 46º25’W; n = 50), Rio Grande do Sul
(32º20’S, 52º00’ W; n = 37), Bahia (14º48’S, 30º01’W; n = 52) e Ceará (3º40’N,
38º30’W; n = 50) foram examinados para o estudo de suas comunidades de metazoários
parasitos. Para cada amostra de hospedeiro foram calculados os descritores populacionais
e comunitários do parasitismo e suas possíveis similaridades analisadas através de
métodos estatísticos. Foram identificadas 22 espécies de metazoários parasitos
encontrados na região do Ceará, 28 espécies na Bahia; 26 espécies no Rio de Janeiro, 25
espécies em Santa Catarina e 20 espécies nas amostras do Rio Grande do Sul, sendo que
11 espécies foram comuns em todas as áreas estudadas. Todas as amostras examinadas
das respectivas áreas do litoral brasileiro estavam parasitadas por pelo menos uma ou
mais das 41 espécies de parasitos, sendo elas: 12 digenéticos, 3 monogenéticos, 5
cestóides, 9 nematóides, 4 acantocéfalos, 1 aspidobótreo, 1 pisicolídeo, 2 isópodes e 4
copépodes, com desigual distribuição entre as 5 áreas. As comunidades parasitárias de
Micropogonias furnieri foram caracterizadas pela dominância de endoparasitos (80,42%).
As corvinas da Bahia apresentaram o maior número de espécies de parasitos:
ectoparasitos (7), endoparasitos adultos (15) e estágios larvares de endoparasitos (6). Foi
observado que em uma das amostras da região mais ao norte do litoral brasileiro (Ceará),
foi caracterizada por baixos valores de prevalência das espécies, com exceção dos
nematóides Dichelyne sp., C. rodriguesi, Hysterothylacium sp. e Terranova sp. e pelo
Pisicolidae não identificado. Duas espécies de ectoparasitos (M. sinaloense e P.
mexicanum) e duas espécies de endoparasitos (Dichelyne sp. e C. rodriguesi)
ABSTRACT
CORDEIRO, Andrea da Silva. Structure and composition of the metazoan parasite
communities of white croaker, Micropogonias furnieri (Perciformes: Sciaenidae) from
the brazilian coastal zone. Seropédica; UFRRJ, 2007. 88p. Thesis (Doctor S4diei
ololto d(e)5.8(Bdi)-59(olol)-4.9gevee e( )5.1Rurtaldo Rdio( )5.1dlejaneiro(, )]TJ0 -1.7224 TD-0.0814 Tw[((e)5.8rol)-4.9opédi ce 07.
pyriformis) showed positive correlation between the host´s total length and abundance in
the croakers in Rio de Janeiro, two species (P. heteracanthum e P. gastrocotylum) in Rio
Grande do Sul, one specie (Hysterothylacium sp.) in Santa Catarina and one specie in
Bahia (Lecithaster falcatus). In Ceará was showed that almost all species pointed,
showed positive correlation between the abundance and host´s total length. Varying
environmental conditions and their influence on the distribution of organisms that make
part of the diet of white croaker and other hosts involved in the life-cycles of parasites
could be determinant factors for the differences observed among M. furnieri .
Key words: parasite ecology , metazoan parasites, Micropogonias furnieri.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. Prevalência, intensidade média, abundância média dos metazoário
parasitos de Micropogonias furnieri nos quatro pontos estudados no litoral bra-
sileiro...............................................................................................................................23
TABELA 2. Comparação da prevalência, abundância das espécies de parasitos
selecionados de Micropogonias furnieri entre as cinco zonas do litoral brasilei-
ro.....................................................................................................................................27
TABELA 3. Valores do coeficiente de correlação de Pearson (r) para avaliar o
relacionamento entre o comprimento total de Micropogonias furnieri e a abun-
dância dos componentes de sua comunidade parasitária presente nos 5 pon-
tos de coleta, Rio de Janeiro , Bahia , Rio Grande do Sul , Santa Catarina e
Ceará...............................................................................................................................29
TABELA 4. Caracteristicas das infracomunidades de metazoários parasitos en-
contrado em Micropogonias furnieri nos quatro pontos do litoral brasileiro................33
TABELA 5. Classificação da análise discriminante mostrando o número e por-
centagens de M. furnieri classificadas em cada área ....................................................42
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Mapa da região estudada, com indicação dos locais de coleta de
amostras de Micropogonias furnieri.......................................................................... 16
FIGURA 2. Exemplar de Micropogonias furnieri .................................................... 17
FIGURA 3. Gráfico da abundância das infrapopulações parasitárias em
relação ao comprimento total de Micropogonias furnieri capturados nos 5
pontos do litoral brasileiro..........................................................................................28
FIGURA 4. Percentual comparativo entre as infracomunidades de ectopara-
sitos, endoparasitos adultos e estágios larvares de endoparasitos das comuni-
dades parasitárias da corvina, M. furnieri nas cinco localidades do litoral bra-
sileiro............................................................................................................................32
FIGURA 5. Média da riqueza parasitária, diversidade, uniformidade e domi-
nância das infracomunidades parasitárias de Micropogonias furnieri nas 5
regiões: Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará..........35
FIGURA 6. Índice de Similaridade qualitativo (a), (b) Índice de Jaccard das
infracomunidades de Micropogonias furnieri nas 5 regiões do litoral brasi-
leiro (a) dentro de cada área e (b) entre as áreas. RJ- Rio de Janeiro, SC- San-
ta Catarina; RS- Rio Grande do Sul , BA- Bahia e CE- Ceará...................................37
FIGURA 7. Índice de similaridade quantitativo (c) e (d) Índice de Sφrensen
das infracomunidades de Micropogonias furnieri nas 5 regiões do litoral bra-
sileiro (c) dentro de cada área e (d) entre as áreas. RJ-Rio de Janeiro, SC-San-
ta Catarina; RS- Rio Grande do Sul; BA- Bahia e CE- Ceará....................................38
FIGURA 8. Scores das amostras nos dois primeiros eixos da função discrimi-
nante para as espécimes de M. furnieri na 5 áreas estudadas.....................................40
FIGURA 9. Correlação canônica entre as duas primeiras funções discrimi-
nantes e os parasitos de Micropogonias furnieri selecionados nas cinco áreas.........41
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. REVISÃO DE LITERATURA 4
2.1 Aspectos biológicos do hospedeiro 4
2.2 Estudo sobre metazoários parasitos de Micropogonias furnieri 7
2.2.1. Digenea Carus, 1863 8
2.2.2. Nematoda Rudolphi, 1818 9
2.2.3. Aspidobothrea Burmeister 1856 10
2.2.4. Cestoda Southwell, 1930 10
2.2.5. Acanthocephala Rudolphi, 1808 11
2.2.6. Monogenea Van Beneden, 1858 12
2.2.7. Copepoda Milne Edwards, 1840 13
2.2.8. Isopoda Latreille, 1817 13
3. MATERIAL E MÉTODOS 15
3.1. Coleta e determinação dos hospedeiros 16
3.2. Descrição do hospedeiro 17
3.3. Coleta e processamento dos parasitos 18
3.4. Classificação e determinação dos parasitos 19
3.5. Depósito dos espécimes. 20
3.6. Análise estatística e estrutura das comunidades parasitárias 20
3.6.1. Para o estudo das populações parasitárias 20
3.6.2. Para o estudo das infracomunidades parasitárias 20
3.6.3. Análise Multivariada 21
4. RESULTADOS 22
4.1. Para o estudo das populações parasitárias 22
4.2. Infracomunidades parasitárias 31
4.3. Análise Multivariada 39
5. DISCUSSÃO 43
6. CONCLUSÕES 52
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55
8. ANEXOS 82
A - Relação das diferentes espécies de metazoários parasitos de M. furnieri. 83
1. INTRODUÇÃO
A corvina, Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823) constitui um dos recursos
pesqueiros mais abundante e importante da plataforma continental do litoral brasileiro, tendo
uma especial atenção nas regiões do sul e sudeste, onde é intensamente explorado. Na costa
brasileira, M. furnieri recebe os nomes vulgares de corvina, corvina-marisqueira, murucaia e
cururuca, cuja densidade populacional aumenta em direção norte-sul, atingindo níveis
exploráveis comercialmente ao sul de Cabo Frio (23ºS; Rio de Janeiro)
(PDP/SUDEPE,1985). A pesca da corvina realizada no litoral brasileiro, está entrando em
período de colapso devido a superexploração deste recurso nos últimos anos, o que vem
produzindo um sério declínio na captura deste pescado. (HAIMOVICI & UMPIERRE,
1996). A corvina ocorre próxima da costa (30-50m) durante a primavera e verão, estendendo-
se para águas exteriores (100m) no outono e inverno, em fundo arenoso
e lamoso e seu hábito é demersal obrigatório (residente de fundo) de acordo com Vazzoler
(1975). Realizam movimentos migratórios para lagunas e estuários (principalmente na região
sul) quando jovens, utilizando essas áreas para alimentação e crescimento, saindo para costa,
quando atingem a fase adulta, para se reproduzirem na plataforma adjacente. Os espécimes
de M. furnieri alcançam cerca de 60 cm de comprimento, sendo comuns os tamanhos entre
40 a 50 cm. (VAZZOLER, 1975).
Segundo Vazzoler et al. (1973) e Vizziano et al. (2002), o período de reprodução
parece ocorrer em épocas distintas ao longo da costa, provavelmente em função das
diferentes condições ambientais prevalecentes, tanto abióticas (temperatura) quanto biótica
(disponibilidade de alimento adequado para as formas jovens).
Vários estudos foram realizados para determinar a ocorrência de diferentes
populações em M. furnieri. Aparentemente, ocorrem duas populações distintas desta espécie,
caracterizadas por diferenças quanto caracteres merísticos e morfométricos, parâmetros de
crescimento e reprodução, segundo Vazzoler et al. (1973), além de padrões
imunoeletroforétricos de plasma (PHAN & VAZZOLER, 1976) e padrões eletroforéticos de
proteínas gerais de cristalino (VAZZOLER et al., 1985; VAZZOLER & NGAN, 1989).
Quanto a padrões de hemoglobinas (VAZZOLER et al, 1976) e de proteínas do plasma
(SUZUKI et al, 1983) não foram encontradas diferenças. No litoral norte do Brasil,
diferenças quanto aos períodos de reprodução, recrutamento, incremento em peso,
periodicidade na formação dos anéis de crescimento foram observados (RODRIGUES,
1968), quando comparados com as populações da região sul.
Micropogonias furnieri, assim como muitas espécies de peixes se deslocam para
outras regiões à procura de áreas de alimentação e reprodução, fazendo com que durante
esses deslocamentos, os hospedeiros sejam acompanhados por seus parasitos, e por essa
razão a colonização de novas áreas podem conduzir a perda de seus parasitos originais ou a
aquisição de novas espécies de parasitos, da mesma forma que esses podem ser adquiridos
através da captura de hospedeiros intermediários. A abundância e a distribuição geográfica
dos parasitos está ligada a abundância e distribuição geográfica dos seus hospedeiros
envolvidos em seu ciclo de vida (KABATA, 1963), e a existência de condições ambientais
adequadas a sua transmissão (MACKENZIE, 1987), que influenciam em seu padrão de
distribuição, e são determinados principalmente pelo perfil da temperatura e salinidade e sua
associação com massas d’águas específicas (SARDELLA & TIMI, 2004).
A corvina, vive em águas tropicais (mais quentes e mais salinas) e subtropicais
(massas de águas frias e menos salinas), fortemente influenciadas tanto no ramo norte quanto
no ramo sul pela Corrente Sul-Equatorial (CSE). Essa mesma corrente no ramo norte se une a
Corrente do Norte do Brasil (CNB). No litoral sul do Brasil, a CSE é influenciada pelas
águas continentais vindas do Rio da Prata e, em menor proporção, da Lagoa dos Patos, que
determinam a baixa salinidades das águas costeiras, pela dinâmica sazonal das Correntes das
Malvinas e do Brasil e pelo processo de Convergência Subtropical. Essas características
oceanográficas determinam condições adequadas para que ocorra diferenciação da fauna
parasitária, possibilitando a discriminação dessas populações de peixes em diferentes
gradientes latitudinais, técnica usada com sucesso em vários estudos através do mundo
(LESTER et al. (1988,1990); MOSER, 1991; COMISKEY & MACKENZIE (2000);
GEORGE-NASCIMENTO, 1996; LESTER et al., 2001; OLIVA, 2001; CASTRO-
PAMPILLÓN et al., 2002) e indicando vários aspectos da história natural de seu hospedeiro.
No Brasil, trabalhos relacionados com a fauna parasitária das corvinas têm sido
realizados, devido esta espécie apresentar grande importância comercial, em sua grande
maioria visando o caráter taxonômico, registro de ocorrência e/ou descrições de parasitos,
onde podemos citar Vicente e Santos (1973), Gomes e Fabio (1976), Amato (1982, 1983),
São Clemente (1986), Fabio (1988), Kohn et al. (1989), Fernandes e Goulart (1992) Pereira
Jr. e Neves (1993), Pereira e Costa (1996), Kohn e Cohen (1998), Alves e Luque (2000) e
Pereira et al (2000). Quanto aos aspectos quantitativos encontrados em literatura sobre a
composição da fauna parasitária de Micropogonias furnieri são os de São Clemente (1986),
Alves e Luque (1999, 2000 e 2001) no litoral do estado do Rio de Janeiro; Pereira Jr. e Neves
(1993), Pereira Jr., Costa e Viana (2002) no litoral do estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
O presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma análise ecológica das
comunidades de metazoários parasitos de M. furnieri coletadas em cinco pontos do litoral
brasileiro, em nível de população parasitária e infracomunidade, avaliando as suas dinâmicas,
as diversidades e as dominâncias.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1- Aspectos biológicos do hospedeiro
Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823) é um peixe ósseo marinho amplamente
distribuído ao longo do Atlântico Ocidental, sendo que no Brasil, os adultos vivem e
reproduzem nas áreas costeiras e suas formas mais jovens habitam estuários e lagoas
costeiras. Constitui um dos mais importantes recursos pesqueiros da plataforma continental
do sul e sudeste da costa brasileira, tendo grande importância na pesca artesanal e industrial,
sendo geralmente capturadas com rede de arrasto de porta e de fundo, constituindo 50% de
todo pescado adquirido no litoral (HAIMOVICI, et al. 1996). Entretanto, em anos recentes a
intensa pesca nas regiões de captura e época de desova vem reduzindo a abundância da
corvina, podendo afetar seu recrutamento (VASCONCELLOS & HAIMOVICI, 2006). As
densidades populacionais mantêm-se homogêneas durante todo o ano entre as latitudes 23ºS
e 26º-28ºS (Cabo Frio-Ilha de Santa Catarina), mas nas áreas mais ao sul, entre 28ºS e 34ºS
(Ilha de Santa Catarina-Chuí) e na região norte, não é observado o mesmo processo
(VAZZOLER, 1971).
Foi constatado que a corvina realiza movimentos migratórios, principalmente na
região sul e sudeste, tanto para o interior de estuários e lagunas para reprodução quanto ao
longo da costa.( VAZZOLER, 1965). Tais deslocamentos sazonais parecem estar
relacionados às condições hidrográficas da região, acompanhando os deslocamentos da
convergência sub-tropical (VAZZOLER & SANTOS, 1965; VAZZOLER, 1971).
As diferenças entre populações ou estoques pesqueiros entre essas áreas,
caracteristicamente de temperatura quente, pode estar associado também a diferenças de
padrão temporal do recrutamento. Atualmente alguns aspectos gerais sobre a biologia dessa
espécie, vem sendo intensamente estudada, considerando as populações sul-sudeste como um
todo uniforme e a região norte do litoral distinta (PAIVA, 1958a e b; FRANCO, 1959;
VAZZOLER, 1962; VANNUCI, 1963; VAZZOLER, 1963 e 1969; RODRIGUES, 1968;
ISAAC-NAHUM, 1988; CERVIGÒN et al., 1992). Estudos sobre a abundância são
encontrados (VAZZOLER, 1965; CHAO et al.; 1982; OTERO & IBÁÑEZ, 1986; LEWIS, et
al., 1999; JANATA & REIS, 2005), além da sua distribuição no ecossistema (VAZZOLER,
1965; VAZZOLER & SANTOS, 1965; VAZZOLER, 1969, VAZZOLER, G., 1975; CHAO,
et al., 1982; CASTELLO, 1986; GIANNINI, 1989; MONTEIRO-NETO et al., 1990;
ARAÚJO, et al., 1998; ARAUJO et al., 2002; DA COSTA & ARAUJO, 2002 e 2003;
CHAVES, et al., 2003; ARAÚJO et al, 2006), fecundidade e tipo de desova (ISAAC-
NAHUM & VAZZOLER, 1983, MACCHI, et al., 1996), padrões de diversificação,
crescimento, épocas e locais de desova (VAZZOLER, G., 1971; ROGRIGUES, 1968;
VAZZOLER, 1971; CASTELLO, 1986; HAIMOVICI, 1987; MONTEIRO-NETO et al.,
1990; FIGUEROA & DIAS DE ASTAROLA, 1991; HOSTIM-SILVA et al., 1992; ABUD
et al., 1992; ABUD, 1990; TAGLIANI, 1994; NORBIS, 1995; HAIMOVICI & UMPIERRE,
1996; MACCHI et al., 1996; ACHA et al., 1999; VIZZIANO et al, 2000; ACHA et al.; 2002;
ARAUJO et al., 2002; SAONA et al., 2003), sugerindo que a corvina é constituida de duas
populações, principalmente na região sul do Brasil, como é confirmado através de estudos de
diferenças dos caracteres merísticos e morfométricos, parâmetros de crescimento e
reprodução (GARCÍA, 1984; HAIMOVICI, 1987; ASTAROLA & RICCI, 1998; VIZZIANO
et al., 2002; VICENTINI & ARAUJO, 2002; DA COSTA & ARAUJO, 2003).
Na região norte do Brasil onde esta população também é encontrada, parece ter o
mesmo tipo de diversificação, onde através da análise do crescimento e estudos merísticos,
evidencia-se diferenças entre essas populações com as populações da região sul-sudeste
(RODRIGUES, 1968; VAZZOLER, 1991).
Não só os caracteres merísticos e proporções corporais mas também processos
fisiológicos, tais como a reprodução, sofrem grande influência do meio ambiente. O
problema de divergência genética entre e dentro de populações de espécie de peixes vem
recebendo grande atenção por parte da comunidade científica. Nos últimos dez anos tem sido
abordado de modo sistemático estudos através de aspectos bioquímicos e da genética da
corvina, tais como padrões imunoeletroforétricos de plasma, segundo Ngan e Vazzoler
(1976); Suzuki et al. (1983); Levy et al (1998) e padrões eletroforéticos de proteínas gerais
de cristalino (VAZZOLER & NGAN; 1989) e de sua estrutura genética (MAGGIONI, et al,
1994) determinando assim, principalmente na costa brasileira, duas populações distintas de
Micropogonias furnieri, no sul do Brasil (população I: 23º-28ºS e pop.II: 29º-33ºS)
(VAZZOLER et al., 1973). A distribuição da espécie no costa sul e sudeste é contínua, não
havendo barreiras geográficas separando as duas populações. Assim, o único fator que
poderia funcionar como barreira entre essas populações seria a corrente de Convergência
Sub-Tropical, atuando como barreira oceanográfica. Com relação à região norte,
aparentemente tais barreiras se limitariam também as condições oceanográficas, provocadas
principalmente pela Corrente do Norte do Brasil, segundo estudos realizados por Vazzoler
(1991). Outros estudos foram realizados quanto aos aspectos biológicos de corvina em vários
gradientes latitudinais (HAIMOVICI, 1977; COUSSEAU, et al, 1986; COTRINA, 1986;
MANICKCHAND-HEILEMAN & KENNY, 1990; ABUD, et al., 1992; GUEVARA et al,
1995; NORBIS, 1995; MACCHI, et al., 1996; MANICKCHAND-HEILEMAN &
EHRHARDT, 1996; JAUREGUIZAR et al., 2003; SARDIÑA & CAZORLA, 2004;
NORBIS & VEROCAI, 2005).
Ao estudarmos sobre a distribuição da corvina em seu ambiente, observamos que ela
demonstra um amplo espectro alimentar, tanto em ambientes estuarinos quanto em áreas
costeiras, não apresentando um padrão claro de atividade alimentar, sendo genericamente
carnívora. Nas primeiras fases de desenvolvimento de M. furnieri, essa se alimenta de
organismos planctônicos, como constatados por Abud (1990); Teixeira et al. (1992);
Figueiredo e Vieira (2005); Sardiña e Cazorla (2005), passando a fase seguinte, apresentando
uma alimentação bastante diversificada. Segundo Amaral e Migotto (1980) verificou que o
item mais freqüente para as corvinas de toda a costa é basicamente poliquetos (68% da dieta),
seguindo de micro e macrocrustáceos, ofiuróides, moluscos e peixes (VAZZOLER, G., 1975;
GONÇALVES, 1993; PUIG,1986; SÁNCHEZ, et al.; 1991; BREMEC & LASTA, 1998;
FIGUEIREDO & VIEIRA, 1998a e b; SOARES & VAZZOLER, 2001; CHAVES &
UMBRIA, 2003; SOARES, 2003).
Tal espectro em sua dieta favorece o aumento da infestação parasitária, uma vez que
os componentes desta dieta constituem hospedeiros intermediários ou definitivos em sistemas
parasitários.
2.2 – Estudo sobre metazoários parasitos de Micropogonias furnieri
Os estudos com parasitos de peixes marinhos no Brasil vêm seguindo uma tendência
mundial. Inicialmente, as pesquisas tinham um enfoque apenas de cunho taxonômico, com a
coleta, descrição e registro de numerosas espécies de parasitos (ANEXO A).
A partir da dácada de 60, vários trabalhos pioneiros através da escola soviética sobre
as primeiras abordagens ecológicas relacionadas com parasitos marinhos foram realizados,
dando maior ênfase aos aspectos populacionais e visando a uma discussão da influência de
fatores bióticos e abióticos sobre o tamanho e a composição das infrapopulações parasitárias.
A abordagem comunitária começou na década de 80 com uma seqüência de trabalhos sobre
aspectos ecológicos das comunidades parasitárias de peixes marinhos, tendo como objetivo a
sua comparação com as comunidades parasitárias de outros hospedeiros vertebrados,
principalmente aves aquáticas silvestres, conhecidas por sua significativa riqueza parasitária
(HOLMES, 1990). A análise ecológica do parasitismo passa a ter destaque, incluindo estudos
da dinâmica populacional e estrutura das comunidades parasitárias (LUQUE & POULIN,
2007).
Em todas as análises ecológicas mais abrangentes, informações provenientes de
peixes da Região Neotropical são escassas. Na América do Sul, além da significativa
diversidade ictiológica marinha, são grandes as peculariedades ecológicas, dentre as quais
predominam grandes alterações ecológicas, como o Fenômeno “El Niño”, áreas de
ressurgência e também áreas de convergência das grandes correntes aquáticas, sendo
portanto, uma região ecologicamente instável. (RANZINI-PAIVA et al., 2004). No litoral do
Pacifico, os principais trabalhos sobre a ecologia das comunidades de parasitos de peixes
marinhos foram desenvolvidos com peixes pertencentes á família Sciaenidae (LUQUE,1996;
OLIVA & LUQUE, 1998). A maioria dos trabalhos relacionados com aspectos ecológicos
dos parasitos de peixes marinhos podem ser considerados incipientes, entretanto já fornecem
importantes informações sobre a composição e estrutura das comunidades parasitárias destes
peixes, entre vários de importância econômica. Quase todas as espécies até hoje analisadas
apresentaram mais de 90 % de prevalência parasitária. (RANZINI-PAIVA et al., 2004).
Os parasitos de peixes constituem um excelente modelo para estudo sobre a ecologia
de comunidades. A possibilidade de obter numerosas réplicas e de quantificar a totalidade
dos parasitos que estão distribuídos em diversos hábitats (locais de infecção) facilitam a
detecção de padrões da dinâmica populacional e de relacionamentos interespecíficos
(ALVES & LUQUE, 2001b e ROHDE, 1991).
Os primeiros estudos quantitativos da comunidade de metazoários parasitos de M.
furnieri, foram realizados por Sardella et al. (1995), sendo esse o único que retrata aspectos
ecológicos da comunidade parasitária da corvina em águas argentinas. Na costa brasileira,
temos registros feitos por São Clemente (1986) com cestóides no Rio de Janeiro, Pereira Jr. e
Neves (1993) com acantocéfalos no Rio Grande do Sul, sobre aspectos quantitativos dos
metazoários parasitos da corvina. Recentemente Pereira Jr. et al. (2002) realizaram um
estudo sobre os índices parasitológicos da família Cucullanidae em corvinas na região do Rio
Grande do Sul, onde constatou que o aumento destes índices, com o comprimento do
hospedeiro, pode estar relacionado com a variação na dieta e com a habilidade de captura dos
hospedeiros de indivíduos dentro da faixa de comprimento de 45 cm ao consumirem peixes
menores. Alves e Luque (1999, 2000b, 2001) no estado do Rio de Janeiro realizaram uma
análise comparativa da fauna parasitária de M. furnieri, constatando alguns padrões na
estrutura das infracomunidades parasitárias desse hospedeiro, tais como a dominância de
endoparasitos, a correlação entre abundância das infacomunidades parasitária com o
comprimento desse hospedeiro e uma reduzida associação entre pares de espécies de
parasitos.
Atualmente vários trabalhos foram realizados sobre a comunidade parasitária de M.
furnieri retratando a taxonomia dos parasitos:
2.2.1 – Digenea Carus, 1863
Os digenéticos são endoparasitos que apresentam ciclo de vida complexo,
caracterizado por uma seqüência de estágios, envolvendo hospedeiros invertebrados e
vertebrados. Tipicamente, o primeiro hospedeiro intermediário é um molusco e, para a
maioria das espécies, há a participação de mais hospedeiros até que a espécie alcance seu
hospedeiro definitivo. (RANZANI-PAIVA et al, 2004). Devido á complexidade do seu ciclo
de vida e ao fato da transmissão ocorrer troficamente, seu registro em diferentes espécies de
peixes marinhos é bastante comum. O primeiro registro foi feito por Nahhas e Cable (1964)
para a região costeira de Curaçao e Jamaica, quando foram descritas as espécies de
Diplomonorchis micropogoni e D. hopkinsi. Suriano (1966) citou Pachycreadium
gastrocotylum Manter, 1940 para corvinas capturadas em Mar Del Plata, Argentina, além da
citação de Sardella et al. (1997) para mesma região e hospedeiro. No Brasil, Amato
(1982a,b,c e 1983a,b,c) registrou digenéticos parasitos de M. furnieri no litoral de
Florianópolis, região de Santa Catarina pertencentes a família Hemiuridae Lühe, 1901;
Lepocreadiidae Odhner, 1905; Monorchiidae Odhner, 1911; Opecoelidae Ozaki, 1925.
Inicialmente, Amato (1982c) propõe uma nova espécie para o gênero Diplomonarchis em M.
furnieri, que foi designada D. catarinensis. Em continuidade, Amato (1983b) cita para esse
hospedeiro, Multitestis (Multitestis) inconstans, e Opecoeloides polynemi e propõe duas
novas espécies, O. stenosomae e O. catarinensis. Por fim, Amato (1983c), propõe também
para a corvina, Lecithaster falcatus como uma espécie nova.
Pereira Jr. et al. (1996) e Pereira Jr. et al (2000) encontrou as mesmas espécies nesse
mesmo hospedeiro no litoral do Rio Grande do Sul. No litoral do Rio de Janeiro,
encontramos citações realizadas por Fabio (1988), Fernando e Goulart (1992) e Alves e
Luque (1999, 2000a).
2.2.2 – Nematoda Rudolphi, 1818
Os nematóides, depois do grupo dos digenéticos, constituem o táxon de maior
representatividade. As larvas são frequentemente encontradas encistadas nos músculos,
fígado, superfície das visceras, cavidade visceral, intestino e, raramente, no tegumento
(DICK & CHOUDHURY, 1995). Na fase adulta, o sitio de infecção é, para a maioria das
espécies, o trato gastrointestinal. O ciclo de vida dos nematóides é complexo, geralmente
envolve hospedeiros intermediários, mas existem exceções como o caso de parasitos da
família Cucullanidae, para os quais este hospedeiro não é obrigatório. Outras espécies podem
utilizar vários hospedeiros paratênicos, ou de transporte, até alcançar o hospedeiro definitivo
e terminar seu desenvolvimento, como, por exemplo, espécies da Família Camallanidae e
Anisakidae (WILLIAMS & JONES, 1994).
São encontrados na literatura numerosos registros de larvas de nematóides
anisakideos, pois apresentam grande importância zoonótica (HAUCK, 1977). Atualmente o
registro de nematóides adultos parasitos de peixes marinhos na América do Sul incluem
principalmente espécies das família Cucullanidae, Camallanidae e Philometridae. Vicente et
al. (1989) registraram Contracaecum sp., Dichelyne elongatus Tornquist, 1931 e
Echinocephalus sp. parasitando corvinas no Golfo da Venezuela. Sardella et al. (1995)
registraram Anisakis sp. e D. elongatus, na região costeira do Mar del Plata, Argentina.
Registros feitos para nematóides de M. furnieri foram realizados por Vicente et al. (1989) e
Alves e Luque (1999, 2000a) no Rio de Janeiro e por Pereira Jr. e da Costa (1996) sobre a
família Cucullanidae no Rio Grande do Sul.
2.2.3 – Aspidobothrea Burmeister 1856
Os indivíduos do grupo dos Aspidobothrea são trematodas que no ponto de vista
parasitológico são menos importantes que os Digenea e Monogenea. O ciclo de vida é
provavelmente direto, originando uma larva característica, o cotilocidio, que pode ser ciliada
e possui uma ventosa posterior. A lista de peixes parasitados por Aspidogastridae é muito
extensa, compreendendo elasmobrânquios e teleósteos. Esse grupo é representado por apenas
uma espécie neste estudo, Lobatostoma ringens Linton,1905, que já foi descrito para muitos
gêneros de teleósteos marinhos. Esta espécie é encontrada parasitando a cavidade estomacal
e o intestinal de M. furnieri, e o registro desse parasito foi feito inicialmente por Nahhas &
Cable (1964) na Jamaica e por Sardella et al. (1995) na Argentina. No Brasil, Gomes &
Fabio (1976) e Alves e Luque (2000a) registraram esse parasito no litoral do estado do Rio
de Janeiro.
2.2.4 – Cestoda Southwell, 1930
No litoral do Atlântico da América do Sul existe um número importante de trabalhos,
principalmente relacionados com cestóides Trypanorhyncha e Pseudophyllidae. As larvas
deste grupo podem localizar-se nas víceras e cavidade visceral, já os adultos,
preferencialmente no lúmen intestinal ou nos cecos pilóricos. A patogenicidade deste grupo
ocorre nas duas fases de desenvolvimento do parasito. As larvas plerocercóides podem ser
encontradas em grande número no intestino, diminuindo a capacidade do hospedeiro de
absorver nutrientes. Também é possível ocorrer encistamento da larva na parede do intestino,
mesentério e na superfície de órgãos internos (PAVANELLI et al., 2002). Já na fase adulta,
os parasitos normalmente não provocam danos ao hospedeiro.
O primeiro registro deste grupo para corvinas foi feito por Diesing (1850). Nesta
oportunidade este autor, ainda designando o hospedeiro sob a denominação de Micropogon
lineatus, propôs Pterobothrium heteracanthum baseado em sua forma larval. Bertullo (1965)
cita a presença de Tetrarhynchus fragilis nomem nudum”, segundo Dollfus (1929), para a
musculatura da corvina do litoral do Uruguai. Suriano (1966), registrou para M. furnieri do
litoral argentino a ocorrência de larvas do gênero Gilquinia sp.. Vicente et al. (1989)
incluíram registros de cestóides da ordem Trypanorhyncha (plerocercóides) parasitando a
cavidade celomática de corvina na Venezuela. No Brasil, Santos e Zogbi (1971)
estabeleceram a prevalência de T. fragilis Dollfus,1929 em filés de M. furnieri examinados
na cidade do Rio Grande (RS). Garcia et al. (1983) mostraram a ocorrência de larvas de P.
heteracanthum em corvinas do litoral do Paraná. Oliveira (1985) registrou a presença de
larvas de Trypanorhyncha em corvinas desembarcadas no porto de Santos, SP, provenientes
da captura efetuada no Rio Grande do Sul. Ainda na região do Rio Grande do Sul, Pereira Jr.
(1993a, 1993) registrou um complexo de espécies de Trypanorhyncha (Pterobothrium
heteracanthum Diesing, 1850; Callitetrarynchus gracilis Rudolphi, 1819; Poecilancistrium
caryophyllum Diesing,1850; Pterobothrium crassicole Diesing, 1850 e Callitetrarynchus
speciosum Linton, 1897) em M. furnieri. São Clemente (1986) e Alves e Luque (1999,
2000a) registraram a presença de larvas da mesma ordem na musculatura e na cavidade
celomática de corvinas provenientes do estado do Rio de Janeiro. Alves e Luque (2000a)
registraram a presença de Scolex pleuronectis Muller, 1788 em corvinas na mesma região.
2.2.4 – Acanthocephala Rudolphi, 1808
Existem numerosos registros do estágio larval cistacanto de Corynosoma spp., que no
seu estágio adulto é encontrado em aves e mamíferos marinhos (LUQUE, 1991). A espécie
mais comum, é registrada tanto no litoral do Pacífico quanto do Atlântico, Corynosoma
australe. O ciclo de vida deste grupo de parasito envolve um hospedeiro definitivo
vertebrado e um intermediário que pode ser um artrópode anfípode, ostrácode ou copépode.
Poucos ciclo de vida utilizam hospedeiros paratênicos, da mesma forma como acontece em
algumas espécies de nematóides. (WILLIAMS & JONES, 1994).
Os acantocéfalos parasitos de corvina foram representados por duas espécies:
Corynosoma australe Johnston, 1937, registrado primeiramente por Suriano (1966), e
posteriormente por Sardella et al. (1995) nas águas do litoral argentino, Zdzitowiecki (1989)
2.2.6 – Copepoda Milne Edwards, 1840
Os copépodes constituem o grupo com o maior número de representantes dentro dos
crustáceos. Por isso, apresentam uma grande variedade de adaptações á vida parasitária
(EIRAS, 1994), até aquelas que são extremamente semelhantes ás de vida livre. O ciclo de
vida é característico de cada espécie, e fatores ecológicos podem influenciar.
Foram relatadas quatro espécies de copépodes parasitando corvinas: Sardella et al.
(1995) registraram a presença de Neobrachiella chevreuxii Van Beneden, 1891, na região do
Mar Del Plata, Argentina; Montú (1980) que propôs uma nova espécie, Ergasilus euripedesi,
coletados sobre formas jovens de M. furnieri, oriundas da Lagoa dos Patos, RS. Alves e
Luque (1999, 2000a, 2001) coletaram seis espécies de copépodes parasitos de corvinas
provenientes do Rio de Janeiro.
Atualmente, 300 espécies de copépodes parasitos de peixes marinhos da América do
Sul tem sido registradas, sendo que o maior número dela foi reportado no Chile (121),
seguido do Brasil (114) e do Peru (70). A maioria das espécies pertence ás famílias
Caligidae e Lernaeopodidae. Entretanto, estes números não representam a real fauna de
copépodes parasitos na região, devido a que até o momento apenas uma pequena parte dos
potenciais hospedeiros tem sido examinada. Esta situação se repete para os outros grupos de
parasitos de peixes marinhos da América do Sul. (RANZANI-PAIVA et al, 2004)
2.2.7 – Isopoda Latreille, 1817
Os parasitos pertencentes a este grupo são separados em 5 famílias, das quais, as duas
principais são os Cymothoidae e Gnathiidae (EIRAS, 1994). Segundo Thatcher (2000), na
América dos Sul, os Cymothoidae constituem o grupo mais representativo. O primeiro relato
realizado para a corvina foi realizado por Alves e Luque (1999, 2000a, 2001) que coletaram
somente um representante do grupo no Rio de Janeiro, pertencente á família Cymothoidae.
Atualmente são conhecidas 63 espécies de metazoários parasitos de M. furnieri no
litoral da América Central e do Sul, sendo possível constatar a listagem no ANEXO A.
Estes estudos aplicados no conhecimento dessas populações constituem uma
contribuição na compreensão da inter-relação entre o hospedeiro e o parasito em diferentes
gradientes latitudinais, levando em consideração os aspectos abióticos (temperatura, tipo de
substrato, a presença de correntes, salinidade) que podem influenciar na transmissão parasito-
hospedeiro, facilitando a interpretação para quem estuda esses organismos e suas associações
com o seu respectivo hospedeiro.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 - Coleta e determinação dos hospedeiros
Um total de 282 espécimes de Micropogonias furnieri foram examinados. Na
tentativa de minimizar a influência do comprimento e da idade do hospedeiro sobre a amostra
analisada, apenas indivíduos adultos com faixa comprimento total acima de 45 cm foram
analisados. Com exceção das amostras da região do Ceará, onde o intervalo de comprimento
foi entre 23-54 cm, uma vez que os exemplares dessa região se caracterizaram por
apresentarem faixas de comprimento menores. Os peixes foram obtidos diretamente com
pescadores em 5 pontos do litoral brasileiro: Pedra de Guaratiba (RJ) (23º01’S, 43º38’W; n =
59; de Setembro a Dezembro de 2003 e Fevereiro de 2004); Florianópolis (SC) (27º47’S,
46º25’W ; n = 50; de Abril a Maio de 2004); na Praia do Cassino, Rio Grande (RS) (32º20’S,
52º00’ W ; n = 37; em Janeiro de 2005); Fortaleza (CE) (3º40’N, 38º30’W; n = 50; em Maio
de 2005) e Ilhéus (BA) (14º48’S, 30º01’W; n = 52; em Junho de 2006) (FIGURA 1). Uma
segunda bateria de amostras obtidas em Pedra de Guaratiba, RJ em anos anteriores foram
anexados ao estudo (23º01’S, 43º38’W; n = 34; de Setembro de 1997 a Agosto de 1999).
A captura dos peixes foi feita usando rede de arrasto de porta e espera. Uma vez
obtido, os peixes foram acondicionados em caixas de isopor contendo gelo, para assegurar
boas condições dos peixes e dos parasitos, protegendo-os durante seu transporte até os
laboratórios das respectivas universidades em cada localidade (Laboratório de
Ictioparasitologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Laboratório de
Malacologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Ictiologia da FURG
– Rio Grande do Sul, o Laboratório de Malacologia do LABOMAR (Universidade Federal
do Ceará) e para o Laboratório de Oceanografia Biológica da UESC (Universidade Estadual
de Santa Cruz- Ilhéus/BA) para posterior análise).
O material coletado fora do estado do Rio de Janeiro foi acondicionado em formol á
10% e embalados para serem transportados até o Laboratório de Ictioparasitologia da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
FIGURA 1 – Mapa da região estudada, com indicação dos locais de coleta de amostras.
Notar ponto 3 (Rio de Janeiro) onde foi obtida duas coletas em períodos diferentes. Mapa
tirado do livro Estudos Ecológicos de Comunidades de Peixes Tropicais, por LOWE- MC
CONNELL (1999).
1
2
3
4
5
Os peixes foram identificados de acordo com Menezes e Figueredo (1980) e
Carvalho-Filho (1999), e seus comprimentos determinados.
3.2. Descrição dos hospedeiros
Corpo prateado, mais escuro no dorso, possuindo estrias escuras oblíquas na parte
dorsal do corpo e 6 a 7 séries oblíquas de escamas entre a origem da nadadeira dorsal e a
linha lateral. Nadadeira dorsal anterior com a margem enegrecida, com 10 espinhos, as
demais nadadeiras claras com alguma pigmentação escura esparsa. A nadadeira posterior
com 1 espinho e 26 a 30 raios; a anal com 2 espinhos e com 7 a 8 raios e a nadadeira caudal
com os raios medianos um pouco mais desenvolvidos que os demais, em exemplares adultos.
Escamas ctenóides no corpo, topo da cabeça; escamas ciclóides no focinho, parte lateral da
cabeça e opérculos. (MENEZES & FIGUEIREDO, 1980) (FIG.2).
FIGURA 2Exemplar da corvina, Micropogonias furnieri. Escala representativa do
tamanho original do espécime (60 cm).
|-------------------------------------- 60 cm --------------------------------------|
3.3. Coleta e processamento dos parasitos
Os espécimes de M. furnieri foram medidos e posteriormente sexados. Todos os
órgãos e cavidades do corpo foram examinados à procura de parasitos. A superfície do corpo,
narinas, raios das nadadeiras também foi examinada a procura de monogenéticos e crustáceos
parasitas.
Para coleta dos parasitos foi utilizada peneira com abertura de malha de 154 µm. O
processamento dos parasitos foi de acordo com Eiras et al. (2000). Os ectoparasitos, tais
como os monogenéticos foram coletados das brânquias e placas faringianas dos peixes e
colocados num frasco contendo formalina 1:4000, o qual foi levemente agitado de 50 a 60
vezes, e após uma hora o conteúdo foi lavado com auxílio da água de torneira e passado pela
peneira. A cavidade oral, as narinas e os opérculos foram lavados e o líquido resultante
passado pela peneira. O precipitado obtido foi examinado ao microscópio estereoscópio para
a coleta dos parasitos. Depois desse procedimento as brânquias e placas faringianas foram
examinadas para possível coleta de parasitos aderidos nessas estruturas. Os monogenéticos
foram fixados em solução de formalina 5% e posteriormente transferidos para etanol 70ºGL.
Para a coloração dos monogenéticos foi utilizado Tricrômico de Gomori, sendo os espécimes
clarificados em creosoto de faia e montados em bálsamo do Canadá. Somente os espécimes
de Encotyllabe spari foram corados em Carmalúmen de Mayer.
Os crustáceos foram coletados utilizando os mesmos procedimentos dos
monogenéticos, contudo, os espécimes de copépodas Neobrachiella chevreuxii e Clavellotis
dilatata foram coletados com auxílio de uma pinça, pois se encontravam aderidos à
superfície do corpo do peixe. Os crustáceos foram fixados e preservados diretamente em
etanol 70ºGL. Os espécimes foram clarificados com ácido láctico 85% e montados
diretamente em lâmina para observação e identificação. A coleta dos psicolídeos também foi
realizada de forma semelhante aos copépodas, sendo posteriormente fixados e preservados
em etanol a 70º GL, não sendo realizado processo de coloração.
Os endoparasitos foram coletados através da lavagem do sistema digestório com água
de torneira passando pela peneira, e o sedimento obtido foi colocado em uma placa de Petri o
qual foi observado com auxílio de um microscópio estereoscópio.
Os digenéticos foram fixados em etanol 70ºGL, o qual foram conservados até o
momento de serem corados. Para coloração foi utilizado Hematoxilina de Delafield e
Carmalúmen de Mayer. Em seguida foram clarificados em creosoto de faia e montados em
bálsamo do Canadá.
Os nematóides foram fixados em AFA (93 partes de etanol 70ºGL (Gay Lussac), 5
partes de formalina comercial, 2 partes de ácido acético glacial puro) e posteriormente,
conservados em etanol 70ºGL. Os mesmos foram clarificados e montados em lactofenol de
Amann.
Os cestóides foram coletados com estiletes e pincéis com poucas cerdas, logo depois
transferidos para água destilada no refrigerador por alguns minutos, para promover a
extroversão da probóscide. Foram fixados em etanol 70ºGL e sua coloração foi feita com
Carmalúmen de Mayer. Os cestóides foram também clarificados em creosoto de faia e
posteriormente montados em bálsamo do Canadá.
3.4. Classificação e determinação dos parasitos
A classificação e determinação dos parasitos foram realizadas segundo Yamaguti
(1963a) para monogenéticos e aspidobotrea, Yamaguti (1971) para digenéticos. Os
crustáceos foram determinados de acordo com Cressey (1991) e Kabata (1992), Yamaguti
(1963b) para nematóides e Campbell e Beveridge (1994) e Palm (1997) para cestóides. A
determinação específica dos parasitos foi realizada usando além de chaves taxonômicas,
trabalhos especializados, tais como Khalil e Abdul-Salam (1988) e Kohn et al. (1989) para
monogenéticos, Amato (1982a e b); Amato (1983a e b); Wallet e Kohn, 1987; Bray e
Cristofaro (1974); Peter & Maillard (1988); Vicente et al. (1989); Pereira Jr. e da Costa
(1996); Sardella et al. (1997); Navone et al. (1998); Santos et al. (1999); Knoff et al (2001) e
Timi e Sardella (2002) para nematóides e São Clemente (1986) e Pereira Jr. (1993a e b) para
cestóides.
3.5. Depósito dos espécimes
Os espécimes representativos de helmintos serão depositados na Coleção
Helmintológica da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ.
3.6. Análise estatística e estrutura das comunidades parasitárias
3.6.1 – Para o estudo das populações parasitárias
Seguindo as determinações de Bush et al. (1997), a prevalência, intensidade e
abundância média foram calculadas para cada espécie de parasito em cada área. Somente as
espécies que possuíram prevalência maior que 10% foram utilizadas na amostra (Bush et al,
1990). A metodologia da comparação das proporções múltiplas com prévia transformação
angular de cada proporção e o teste a posteriori de Tukey foram realizados para analisar os
efeitos da localidade sob os dados de prevalência de cada parasito. O teste ANOVA e o teste
a posteriori de Tukey para amostras desiguais com os dados previamente transformados pelo
log
10
(x+1) foram usados para determinar quais diferenças entre as abundâncias médias,
sempre que a hipótese zero era rejeitada, com o intuito de analisar os efeitos da localidade
sob a abundância de cada espécie de parasito (ZAR, 1996). O teste t foi calculado para
verificar as diferenças significativas das abundâncias entre duas amostras.
3.6.2 – Para o estudo das infracomunidades parasitárias
O conceito de infracomunidade (conjunto de infrapopulações de parasitos
encontrados no mesmo hospedeiro) foi utilizado, segundo BUSH et al. (1997). Seguindo o
modelo dos descritores das comunidades foi calculado ao nível de infracomunidade por
localidade (BUSH et al., 1997): o número de parasitos em cada infracomunidade, a riqueza
parasitária (número de espécies de parasitos presentes em uma infracomunidade, sensu
BUSH et al., 1997), a diversidade parasitária através do Índice de Brillouin (H), pois cada
hospedeiro corresponde a uma comunidade mensurável em sua totalidade (ZAR, 1996). O
Índice de Uniformidade de Brillouin (J) e o Índice de Berger-Parker (este índice expressa a
importância proporcional da espécie mais abundante de uma determinada amostra, utilizado
para verificar o grau de dominância nas áreas estudadas). Todos os valores que correspondem
a média de alguma variável são acompanhados do respectivo desvio padrão. O efeito da
localidade sob cada descritor da comunidade foi analisado com ANOVA, para amostras
desiguais com os dados previamente transformados pelo log
10
(x+1). O teste a posteriori de
Tukey em nível de confiança de 95% (p< 0,05), para determinação de quais médias eram
significativamente diferentes, foi utilizado após o uso da Análise de Variânia (ANOVA). O
coeficiente de correlação de Pearson r foi usado como um indicador da relação entre
abundância total dos parasitos e o comprimento total do hospedeiro com os dados
previamente transformados em log
10
(x+1).
Duas medidas de similaridade, qualitativa de Jaccard e quantitativa de Sφrensen
foram calculadas entre as infracomunidades dentro e entre as áreas. (MAGURRAN,1988).
3.6.3 – Análise Multivariada
A análise discriminante, baseada na distância de Mahalanobis, foi usada para
encontrar diferenças entre as áreas e para identificar qual espécie de parasito foi responsável
pelas diferenças, determinando a percentagem explicativa de cada variável na separação dos
grupos de amostras.
A análise dos dados foi computada e calculada usando o pacote estatístico
computacional Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 15.0).
4. RESULTADOS
4.1. - Para o estudo das populações parasitárias
A média do comprimento do hospedeiro na região do Rio de Janeiro (53 +
5,3; 45,5-
69 cm), Florianópolis (53 +
2,9; 47-60 cm), Rio Grande do Sul (54.5 + 4,6; 45,5-67 cm),
Fortaleza (35,3 +
12,4; 23-55 cm) e Bahia (45 + 4,3; 39-57 cm) diferiram significativamente
(F
4, 282
, P <0.01) e o teste de Tukey assinalou diferenças entre a região do Ceará e Bahia
com as demais áreas, uma vez que os hospedeiros coletados na região do Ceará e Bahia
apresentaram faixas comprimento entre 23-55 cm e 39-57 cm, respectivamente, e nas
demais regiões a faixa de comprimento estabelecida foi de indivíduos > 45 cm. Todas as
amostras examinadas das respectivas áreas do litoral brasileiro estavam parasitadas por pelo
menos uma das 41 espécies de metazoários parasitos, sendo: 12 digenéticos, 3
monogenéticos, 5 cestóides, 9 nematóides, 4 acantocéfalos, 1 aspidobótreo, 1 psicolídeo, 2
Tabela 1 – Prevalência (P), intensidade média (IM), abundância média (AM) dos metazoário parasitos de Micropogonias furnieri nos
quatro pontos estudados no litoral brasileiro.
Parasitos Rio de Janeiro
(n=93)
P(%) IM AM
Florianópolis –SC
(n=50)
P(%) IM AM
Rio Grande - RS
(n=37)
P(%) IM AM
Fortaleza – Ce
(n=50)
P(%) IM AM
Ilhéus -BA
(n=52 )
P(%) IM AM
Digenea
Pachycreadium gastrocotylum (IN)
Dydimozoidae não id. (ME)
Lecithochirium microstomum (ES)
Brachadena pyriformis (ES)
Opecoeloides stenosomae (IN)
Opecoeloides catarinensis (IN)
Opecoeloides polynemi (IN)
Aponurus sp. (IN)
Aponurus laguncula (IN)
Bucephalus variegatus (IN)
Lecithaster falcatus (IN)
Hemiuridae não id. (ES)
Monogenea
Encotyllabe spari (BR)
Pterinotrematoides mexicanum (FB)
Macrovalvitrema sinaloense (FB)
Eucestoda
Callitetrarhynchus gracilis (CC)
Pterobothrium heteracanthum (CC)
Pterobothrium sp. (CC)
Scolex pleuronectis (IN)
Nybelinia sp. (IN)
Acanthocephala
Rhadinorhynchus sp.
10,8 3,6+
6,5 0,3+2,3
2,1 1 <0,1
5,3 2,3+
3,3 0,4+2,6
10,6 1,4+
0,8 0,07+0,3
10,8 3,4+
2,4 0,3+1,3
-
-
-
-
-
-
-
15,2 1 0,1+
0,3
75,5 10,3+
10,9 7,8+10,5
67,3 5,3+
5,0 3,5+4,8
6,3 1 <0,1
14,8 10,4+
16,0 1,5+7,1
-
1 1 <0,1
-
-
6 1,3+
0,5 0,08+0,3
-
-
4 1,5+
0,7 0,06+0,3
6 1,3+
0,5 0,08+0,3
4 1 <0,1
-
2 1 <0,1
4 1 <0,1
-
-
-
8 1 <0,1
58 2,3+
1,8 1,3+1,8
52 3,0+
2,4 1,5+2,2
6 1 <0,1
12 1 <0,1
-
-
-
2 1 <0,1
35,1 2,8+
2,3 1,0+1,9
-
-
-
-
8,1 1 <0,1
-
5,4 3,5+
0,7 0,1+0,8
2,7 3 <0,1
-
-
-
13,5 1 <0,1
56,7 5,8+
3,8 3,2+4,1
59,4 2,2+
1,2 1,3+1,4
2,7 1 <0,1
29,7 1,6+
0,8 0,4+0,8
-
-
-
-
6 4,6+
3,2 0,2+1,2
-
-
8 1,5+
0,5 0,1+0,4
8 1 <0,1
-
8 5,7+
4,3 0,4+1,9
2 1 <0,1
8 1 <0,1
-
-
-
4 1 <0,1
20 3,1+
3,0 0,6+1,8
44 2,0+
1,1 0,9+1,3
-
2 1 <0,1
-
-
-
-
-
48 2,5+2,6 1,2+2,2
-
7,6 9,7+
10,4 0,7+3,5
3,8 1 <0,1
-
26,9 2,7+
2,4 0,7+1,7
13,4 1,8+
1,2 0,2+0,7
38,4 6,1+
9,0 2,3+6,2
5,7 1,3+
0,5 0,07+0,3
13,4 2,4+
2,2 0,3+1,1
7,6 1,6+
0,8 0,1+0,5
1,9 1 <0,1
36,5 1,9+
1,3 0,7+1,2
38,4 2,1+
2,1 0,8+1,6
-
-
5,7 4,3+
3,5 0,2+1,1
-
5,7 1 <0,1
-
Corynosoma australe (ME)
Dollfusentis chandleri (IN)
Acanthocephala não id.. (IN)
Aspidobothrea
Lobastostoma ringens (IN)
Nematoda
Anisakis sp.(larva) (IN, ES)
Contracaecum sp. (larva) (IN, ME)
Hysterothylacium sp. (larva) (IN, ES)
Terranova sp. (larva) (IN, ME)
Raphidascaris sp. (larva) (IN, ES)
Raphidascaris sp. (IN, ES)
Dichelyne sp. (IN, ES)
Cucullanus rodriguesi (ES, IN)
Procamallanus (S) pereirai (ES,IN)
Pseudocapillaria sp. (larva) (IN, ES)
Hirudinea
Pisicolidae não id. (BR)
Copepoda
Caligus haemulonis (BR)
Neobrachiella chevreuxii (SO)
Clavellotis dilatata (BR)
Bomolochus paucus (BR)
Isopoda
Cymothoidae não id. (SO)
Gnathia sp.
21,7 11,2+19,3 2,4+9,9
1 1 <0,1
-
19,1 1,5+
1,0 0,3+0,7
-
7,4 2,2+
2,2 0,1+0,8
14,8 4,3+
4,5 0,6+2,3
9,5 1,4+
0,6 0,1+0,4
-
-
85,8 21,3+
24,4 17,8+23,6
18 6,5+
11,5 1,3+5,7
-
4,2 1,4+
0,5 0,07+0,3
5,3 1 <0,1
19,3 1,7+
1,1 0,3+0,8
5,3 1,4+
0,8 0,07+0,3
8,6 1,3+
0,7 0,1+0,4
1 1 <0,1
7,6 3,0+
2,6 0,2+1,0
-
12 1,1+
0,4 0,1+0,4
-
4 1 <0,1
8 2 <0,1
-
-
30 6,1+
9,4 1,8+5,7
6 1,3+
0,5 0,08+0,3
2 2 <0,1
-
92 25,2+
22,8 23,2+22,9
88 9,8+
10,6 8,6+10,4
-
10 1,4+
0,8 0,1+0,4
14 1,4+
0,7 0,2+0,5
2 1 <0,1
6 1 <0,1
-
2 1 <0,1
-
62,1 3,5+
3,6 2,1+3,3
-
-
13,5 1,6+
0,8 0,2+0,6
-
-
35,1 4,0+
4,6 1,4+3,3
8,1 3,6+
3,0 0,2+1,2
-
-
78,3 41,3+
38,632,4+38,2
56,7 12,7+
12,4 7,2+11,2
-
10,8 1,5+
1,0 0,1+0,5
2,7 1 <0,1
8,1 1 <0,1
29,7 1 <0,1
-
10,8 3,5+
4,3 0,3+1,6
-
16 4,1+
5,6 0,6+2,6
8 1 <0,1
-
6 1 <0,1
2 1 <0,1
-
30 1,4+
1,5 0,4+1,0
26 6,1+
5,8 1,6+3,9
-
-
28 3,7+
2,2 1,0+2,0
28 4,7+
5,6 1,3+3,6
-
12 1,6+
0,5 0,2+1,4
-
6 3,6+
1,1 0,2+0,9
8 1,2+
0,5 0,2+0,3
-
4 1 <0,1
-
-
5,7 2,0+
1,0 0,1+0,5
1,9 1 <0,1
3,8 2,0+
1,4 0,07+0,4
-
-
32,6 2,3+
1,8 0,7+1,5
71,1 5,2+
5,0 3,5+4,8
25 8,6+
11,1 2,3+6,8
44,2 5,6+
6,6 2,5+5,3
86,5 4,6+
5,6 4,0+5,4
63,4 3,9+
3,2 2,5+3,1
13,4 2,2+
2,2 0,3+1,0
1,9 1 <0,1
-
-
5,7 1,5+
0,7 0,05+0,3
-
23 1,8+
2,0 0,4+1,2
26,9 3,2+
4,9 0,8+2,9
Sítios de Infecção/ Infestação: BR- Brânquias, SO- Superfície interna do opérculo, FB- Filamentos branquiais, ES- Estômago, IN- Intestino,
ME- Mesentério, CC- Cavidade celomática.
A comparação das prevalências e abundância entre as áreas (Tabela 2) mostrou a
existência de valores altos e baixos entre as 5 regiões estudadas. As espécies
Malcrovalvitrema sinaloense, Pterotrematoides mexicanum, Dichelyne sp., C. rodriguesi e
Hysterothylacium sp. foram as espécies mais comuns entre as cinco regiões estudadas.
Considerando as prevalências, foi determinado que Corynosoma australe foi
indicadora das regiões do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Ceará e do Rio Grande do Sul. Na
região sul do Brasil, outra espécie típica foi Caligus haemulonis, que se mostrou comum em
ambas as amostras do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Pisicolidea não identificado, foi um
indicativo da região do Ceará sendo também importante para as áreas do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina. As comparações das abundâncias apresentaram em sua grande maioria,
similaridades com os resultados de prevalência. Na avaliação entre duas amostras utilizando
o teste t foi possível constatar que Encotyllabe spari caracterizou as amostras do Rio de
Janeiro, juntamente com Lobatostoma rigens, sendo também comun as amostras do Rio
Grande do Sul. Pachycreadium gastrocotylum e Pterobothrium heteracanthum foi um
indicador da região do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Terranova sp. constituiu uma
espécie importante para a região da Bahia, juntamente com Cymothoidea não identificado.
(Tabela 2).
A correlação entre o comprimento total dos hospedeiros e a abundância parasitária
nas áreas estudadas, permitiu constatar a distribuição homogênea da abundância em todas as
amostras (CE: Y = 2,6414X – 3,4717, r
2
= 0,5732; BA: Y = 1,0191X – 1,3387, r
2
= 0,0592;
RJ: Y = 0,7567X – 0,5377, r
2
= 0,0023; SC: Y = 2,9943X – 3,7189, r
2
com o comprimento total do hospedeiro. Três espécies (P. heteracanthum, C. australe e B.
pyriformis) mostraram correlação positiva entre o comprimento do hospedeiro e a
abundância parasitária nas corvinas presentes no Rio de Janeiro, duas espécies (P.
heteracanthum e P. gastrocotylum) no Rio Grande do Sul, uma espécie (Hysterothylacium
sp.) em Santa Catarina e uma espécie na Bahia (Lecithaster falcatus). No Ceará foi
constatado que quase todas as espécies assinaladas na análise, apresentaram correlação
positiva entre a abundância e o comprimento total dos hospedeiros. (Tabela 3).
Tabela 2– Comparação da prevalência, a abundância das espécies de parasitos selecionados (ver Tabela 1) de Micropogonias furnieri
entre as cinco zonas do litoral brasileiro.
Prevalência
a
Abundância
b
______________________________________________ ___________________________________________
TUKEY ANOVA/t TUKEY
χ
2
RJ-SC-RS-CE-BA F
4,282
RJ-SC-RS-CE-BA
M.sinaloense
10,4*
RJ,RS>BA
13,53*
SC,RS>RJ
P. mexicanum
32,45*
RJ>BA,CE ; SC,RS>CE
28,85*
RJ>RS>CE,BA ; RJ>SC
C. australe
39,54*
RS>RJ,CE,SC
7,94*
RS>RJ ; RJ>CE,SC
Dichelyne sp.
51,33*
SC,BA,RJ,RS>CE
35,82*
RJ>BA,CE>SC,RS
C. rodriguesi
76,72*
SC>BA>RS,CE,RJ
27,08*
SC,RS>BA>CE,RJ
Hysterothylacium sp.
8,31(NS)
RS,BA,SC,CE>RJ
1,95(NS)
NS
P. heteracanthum
5,32*
RS>RJ,SC
4,70*
RJ>CE,BA
Pisicolidae não id.
5,99(NS)
CE>RS,SC
0,15(NS)
NS
C. haemulonis
-
-
30,22**
RJ>SC
Cymotoidae não id.
-
-
0,81(NS)
BA>RS
E. spari
-
-
0,22(NS)
RJ>RS
Terranova sp.
-
-
65,27**
BA>CE
L. ringens
-
-
0,36(NS)
RJ>RS
P. gastrocotylum
-
-
3,14**
RS>RJ
a
Comparação depois da transformação angular.
b
Comparação depois da transformação pelo log 10(x+1).1, Rio de Janeiro ; 2, Bahia; 3,
Santa Catarina; 4, Rio Grande do Sul; 5, Ceará; NS, não significativo (P>0,01); A, ausência entre as regiões. -, o teste do χ
2
não foi
significativo, a comparação a posteriori entre as áreas não foi feita. * P<0.01; ** P<0.05.
RIO DE JANEIRO
y = 2,9943x - 3,7189
R
2
= 0,0453
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,6 1,65 1,7 1,75 1,8
Log do comprimento do hoapedeiro (cm)
Abundância Total
y = 1,9511x - 1,7867
R
2
= 0,0528
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,6 1,65 1,7 1,75 1,8
Log do comprimento do hospedeiro (cm)
Abundância média
SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL
y = 1,0191x - 1,3387
R
2
= 0,0592
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,5 1,6 1,7 1,8
Log do comprimento do hospedeiro
(cm)
Abundância total
y = 2,6414x - 3,4717
R
2
= 0,5732
0
0,5
1
1,5
2
1,5 1,6 1,7 1,8
Log do comprimento do hospedeiro
(cm)
Abundância total
BAHIA CEARÁ
Figura 3 - Gráfico da abundância das infrapopulações parasitárias em relação ao
comprimento total de Micropogonias furnieri capturados nos 5 pontos do litoral brasileiro.
y = 0,7567x - 0,5377
R
2
= 0,0023
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1,61,71,81,9
Log do comprimento do hospedeiro (cm)
Abundância média
Tabela 3 – Valores do coeficiente de correlação de Pearson (r) para avaliar o relacionamento entre o comprimento total de
Micropogonias furnieri e a abundância das infrapopulações parasitária presentes nos 5 pontos de coleta, Rio de Janeiro (RJ), Rio
Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC) e Bahia (BA).
Espécie RJ (r)
p
RS (r)
p
SC (r)
p
CE (r)
p
BA (r)
p
C. haemulonis
-0,0101 0,924 -0,21 0,143
Cymotoidae não id. 0,331 0,846 -0,1189 0,401
M. sinaloense
0,0042 0,968 -0,031 0,855 -0,073 0,612 0,641 0,000* -0,1231 0,385
P. mexicanum
0,117 0,264 0,0009 0,996 -0,056 0,698 0,479 0,000* -0,1987 0,158
E. spari
-0,0553 0,598 -0,252 0,131
C. dilatata
-0,026 0,878
Pisicolidae não id. 0,115 0,497 0,087 0,547 0,419 0,002*
P. heteracantum
0,3458 0,001* 0,371 0,023* 0,229 0,109
C. australe
0,2503 0,016* -0,283 0,089 -0,038 0,79 0,467 0,001*
L. ringens
-0,1582 0,13 0,184 0,275
P. gastrocotylum
-0,029 0,782 -0,469 0,003*
O. stenosomae
-0,0534 0,611
Dichelyne sp.
0,0398 0,705 0,101 0,55 0,2774 0,051 0,599 0,000* -0,1261 0,373
C. rodriguesi
-0,0838 0,424 0,114 0,502 0,167 0,245 0,514 0,000* -0,1691 0,231
Terranova sp.
0,387 0,005* 0,1884 0,181
Hysterothylacium sp.
-0,1085 0,301 0,222 0,186 -0,288 0,042* 0,414 0,775 -0,2225 0,113
Gnathia sp.
-0,1539 0,276
Didymozoidae não id. 0,1231 0,385
Lecithaster falcatus
0,2788 0,045*
Aponurus laguncula
0,408 -0,003
Aponurus sp.
0,2347 0,094
B. pyriformis
-0,2608 0,012*
(*) Valores significativos. (p) Nível de significância.
4.2. – Para o estudo das infracomunidades parasitárias
Um total de 9107 espécimes de parasitos foram encontradas nas amostras. Os
endoparasitos constituíram 80,42% do total de parasitos coletados e os ectoparasitos apenas
19,58% do total. Nas comunidades parasitárias da corvina das cinco diferentes localidades
estudadas, o número total de ectoparasitos corresponderam a 34%, 32%, 40%, 31,8% e 25%,
no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará e Bahia, respectivamente.
Quanto as infracomunidades de endoparasitos adultos nestas regiões corresponderam a 38%,
48%, 40%, 50,1% e 54%,respectivamente, dos espécimes coletados nestas comunidades. As
infracomunidades de endoparasitos larvais corresponderam 28%, 20%, 20%, 18% e 21% dos
espécimes coletados, respectivamente, das regiões do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, Ceará e Bahia. (Figura 4).
A média dos valores dos descritores comunitários são dados na Tabela 4 e Figura 5.
Os valores de abundância média e dominância (Índice de Berger-Parker) mostraram ser
relativamente maiores na região do Rio Grande do Sul em relação às demais regiões. As
médias dos valores de riqueza média, abundância média, diversidade e uniformidade foram
menores nas regiões do Ceará do que nas demais áreas. A espécie dominante de
endoparasitos foi Dichelyne sp. nas áreas do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul e Bahia; enquanto que em relação aos ectoparasitos, Malcovalvitrema sinaloense
constituiu a espécie dominante nas amostras do Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará e,
Pterinotrematoides mexicanum nas regiões Rio de Janeiro e Santa Catarina. O número de
parasitos por infracomunidades (F
4,282
, P <0,01), riqueza das espécies (F
4,282
, P <0,01),
diversidade (F
4,282
, P <0,01), uniformidade (F
4,282
, P <0,01) e dominância (F
4,282
, P <0,01)
variou significativamente entre as 5 áreas.
A comparação das médias entre as áreas mostrou que a riqueza das espécies,
diversidade, uniformidade e dominância, todas significativamente menores nas amostras do
Ceará do que nas outras áreas (P <0,01). A riqueza por infracomunidade foi mais alta nas
amostras da região sul do Brasil, sendo que não ocorreram variações entre essas áreas,
entretanto, a uniformidade mostrou-se relativamente alta na região de Santa Catarina, e a
diversidade mostrou-se maior na região da Bahia, não sendo constatada diferenças
significativas nas outras combinações, com exceção do Ceará. (Figura 5).
RIO DE JANEIRO
38,0%
28,0%
34,0%
Endoparasitos
adultos
Endoparasitos
larva
Ectoparasitos
SANTA CATARINA
48,0%
20,0%
32,0%
Endoparasitos
adultos
Endoparasitos
larva
Ectoparasitos
RIO GRANDE DO SUL
40,0%
20,0%
40,0%
Endoparasitos
adultos
Endoparasitos
larva
Ectoparasitos
BAHIA
54,0%
21,0%
25,0%
Endoparasitos
adultos
Endoparasitos
larva
Ectoparasitos
CEA
50,1%
18,0%
31,8%
Endoparasitos
adultos
Endoparasitos
larva
Ectoparasitos
Figura 4 – Percentual comparativo entre as infracomunidades de ectoparasitos, endoparasitos
adultos e estágios larvares de endoparasitos das comunidades parasitárias da corvina, M.
furnieri nas cinco localidades do litoral brasileiro.
Tabela 4 – Caracteristicas das infracomunidades de metazoários parasitos encontrado em Micropogonias furnieri nos quatro pontos do
litoral brasileiro.
Característica Rio de Janeiro
(n=93)
Florianópolis –SC
(n=50)
Rio Grande do Sul
(n=37)
Fortaleza – CE
(n=50)
Ilhéus-BA
(n=52)
Todas as espécies
Riqueza de espécies 26 25 20 22 28
Nº total de
espécimes
3569
1911
1899
406
1322
Riqueza média das
espécies +
dp
4,54+
1,87(1-9)
4,36+1,62 (1-9)
5,24+1,23 (3-8)
2,84+2,46 (0-9)
6,61+2,25 (3-12)
Abundância média
total +
dp
38,36+
34,95 (0-217) 38,22+29,36 (4-139) 51,32+37,86 (10-169) 8,12+10,74 (0-41)
25,42+19,82 (4-121)
Diversidade média
+
dp
0,36+
0,16 (0-0,93) 0,32+0,13 (0-0,66)
0,34+0,14 (0,02-0,58) 0,20+0,21 (0-0,68)
0,52+0,16 (0,19-0,84)
Uniformidade
média +
dp
0,57+
0,28 (0-0,98) 0,41+0,28 (0-0,96) 0,34+0,25 (0,004-0,94) 0,32+0,37 (0-0,93) 0,64+0,27 (0,03-0,95)
Espécie dominante Dichelyne sp.
Dichelyne sp.
Dichelyne sp.
M. sinaloense
Dichelyne sp.
Índice de Berger-
Parker +
dp
0,56+
0,21 (0-1) 0,65+0,17 (0,27-1) 0,67+0,17 (0,33-0,95) 0,56+0,33 (0,21-1) 0,41+0,15 (0,16-0,75)
Tabela 4 – Continuação
Endoparasitos
Riqueza de espécies 17 17 12 15 21
Nº total de
espécimes
2411
1738
1689
315
1170
Riqueza média das
espécies +
dp
2,54+
1,39 (0-6)
2,88+1,31 (0-7)
3,35+1,15 (2-7)
1,86+1,62 (0-6)
3,57+1,48 (1-9)
Abundância média
total +
dp
25,92+
28,27 (2-194) 34,76+28,61 (0-133) 45,64+36,70 (8-162) 6,30+9,18 (0-40)
22,50+19,79 (2-120)
Espécie dominante Dichelyne sp. Dichelyne sp. Dichelyne sp. Hysterothylacium sp. Dichelyne sp.
Ectoparasitos
Riqueza de espécies 9 8 8 7 7
Nº total de
espécimes
1158
173
210
91
152
Riqueza média das
espécies +
dp
2,01+
1,01 (0-5)
1,52+1,07 (0-4)
1,89+1,04 (0-4)
0,98+1,25 (0-4)
1,09+0,72 (0-3)
Abundância média
total +
dp
12,43+
12,70 (0-5) 3,46+3,47 (0-16)
5,67+5,00 (1-20)
2,14+3,53 (0-14)
2,92+3,50 (0-20)
Espécie dominante
P. mexicanum P. mexicanum M. sinaloense M. sinaloense M. sinaloense
(dp)= desvio padrão
(a)
0
1
2
3
4
5
6
7
RJ SC RS BA CE
Riqueza
(b)
O alto grau de variabilidade foi observado em ambas as análises dos índices de
similaridade de Jaccard (Figura 6) e Sφrensen (Figura.7), comparação qualitativa dentro das
áreas mostrou que a região da Bahia constituiu o grupo mais heterogêneo. Altas similaridades
foram observadas entre as áreas do sul, sudeste e Ceará. [Figura 6 (a) e 7 (c)]. A análise entre
as áreas mostrou que os valores de similaridade entre as infracomunidades da região sul,
sudeste e Ceará foram mais homogêneas entre si do que quando comparadas com as
infracomunidades do Bahia. A mesma tendência é observada quanto aos dados quantitativos
(Figura 6 (b) e 7 (d)]).
Indice de Jaccard
(a)
0
0,1
0,2
0,3
RS SC RJ BA CE
Ìndice de Jaccard
(b)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
Indice de Jaccard
RJ-SC
RJ-RS
RJ-CE
RJ-BA
SC-RS
SC-CE
SC-BA
RS-CE
RS-BA
CE-BA
Figura 6 - Índice de similaridade qualitativo (a), (b) Índice de Jaccard das infracomunidades
de Micropogonias furnieri nas 5 regiões do litoral brasileiro (a) dentro de cada área e (b)
entre as áreas. RJ- Rio de Janeiro, SC- Santa Catarina; RS- Rio Grande do Sul , BA- Bahia
e CE- Ceará.
Índice de Sφrensen
(c)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
RS SC RJ BA CE
Índice de Sorensen
(d)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Indice de Sorensen
RJ-SC
RJ-RS
RJ-CE
RJ-BA
SC-RS
SC-CE
SC-BA
RS-CE
RS-BA
CE-BA
Figura 7 - Índice de similaridade quantitativo (c) e (d) Índice de Sφrensen das
infracomunidades de Micropogonias furnieri nas 5 regiões do litoral brasileiro (c) dentro de
cada área e (d) entre as áreas. RJ- Rio de Janeiro, SC- Santa Catarina; RS- Rio Grande do
Sul; BA- Bahia e CE- Ceará.
4.3. – Análise Multivariada
Os primeiros dois eixos discriminantes explicaram 79,4% da variância, contribuindo
para 61,5% (eigenvalue= 2,33) e 17,9% (eigenvalue= 0,68), respectivamente. O efeito
significativo total do grupo foi observado (Wilks’ λ = 0,13; P< 0,01). Os peixes foram
distribuídos individualmente principalmente ao longo dos dois primeiros eixos, um padrão
constatado pela representação da média dos grupos [Figura 8]. O teste de dimensionalidade
para separação dos grupos mostrou que as áreas foram significativamente separadas em
ambas as dimensões (χ
2
, gl= 48, P< 0,01). Cada corvina foi classificada corretamente para as
5 áreas com 72,4% dos casos classificados corretamente, sendo possível observar seus
valores na Tabela 5. Segundo a matriz de classificação correta para cada M. furnieri, foi
possível constatar que 22% das infracomunidades parasitárias da região de Santa Catarina
tem características semelhantes ao do Ceará. Isso é refletido na forte correlação entre as
amostras de Santa Catarina e Ceará observado através dos centróides do gráfico da análise
multivariada. A importância de cada espécie de parasito com respeito a discriminação entre
os grupos (Figura 9), avaliou como a contribuição da variável através da soma da distância de
Mahalanobis, mostrou que Dichelyne sp., Terranova sp., P. mexicanum, Dydimozoidae não
id.,Raphidascaris sp. (adulto), O. polynemi, C. haemulonis, Cucullanus rodriguesi, C.
australe, P. gastrocotylum e Gnathia sp. foram às espécies que mais contribuíram para a
discriminação entre as áreas, sendo que, P. mexicanum constituiu a espécie mais importante
na determinação da posição das amostras do Rio de Janeiro, e esteve diretamente
correlacionadas com C. haemulonis, e inversamente correlacionada a espécie característica
das corvinas do Ceará (C. rodriguesi). Dichelyne sp. esteve correlacionada com as espécies
de corvinas do litoral de Santa Catarina, estando correlacionada com as espécies C. australe e
P. gastrocotylum, típicas da região do Rio Grande do Sul. A espécie Didymozoidae não id.
constituiu a espécie mais importante na determinação da posição das corvinas da região da
Bahia, entando diretamente correlacionadas com Raphidascaris sp. (adulto), Gnathia sp. ,
Terranova sp. e O. polynemi.
Figura 8 – Scores das amostras nos dois primeiros eixos da função discriminante para as
espécimes de M. furnieri nas 5 áreas: = média dos grupos e círculos ao redor das médias
dos grupos. – Santa Catarina, - Bahia, - -Ceará, -Rio de Janeiro, - Rio Grande
do Sul.
Centróide
Figura 9 – Correlação canônica entre as duas primeiras funções descriminantes e os parasitos
de Micropogonias furnieri selecionados nas 5 áreas: Calh, Caligus haemulonis; Dich,
Dichelyne sp., Pmex, Pterotrematoides mexicanum; Crod, Cucullanus rodriguesi; Pacg,
Pachycreadium gastrocotylum; Caus, Corynosoma australe; Terr, Terranova sp. ; ldid,
Didymozoidea não id.; Raph, Raphidascaris sp. (adulto); Gnat, Gnathia sp. e Oppl,
Opecoeloides polynemi.
Tabela 5- Classificação da análise discriminante mostrando o número e porcentagens de M.
furnieri classificadas em cada área .
BA CE RJ RS SC Porcentagem de classificação correta dos
peixes por área
BA 42 4 2 0 4 80,8
CE 2 42 0 2 4 84,0
RJ 1 9 61 9 13 65,6
RS 0 2 4 25 6 67,6
SC 0 11 3 4 32 64,0
5. DISCUSSÃO
No presente trabalho foi feita uma tentativa de coletar amostras de diferentes
localidades, no mesmo período de tempo de Micropogonias furnieri em 5 pontos do litoral
brasileiro (CE, BA, RJ, SC e RS), entretanto, as amostras da Bahia e Ceará tiveram o período
de coleta realizado no inverno, devido à época de recrutamento ocorrer durante esse período
(VAZZOLER, 1963a e 1969; RODRIGUES, 1968; ISAAC-NAHUM, 1988). A presença de
vários parasitos de ciclo de vida longo, tais como endoparasitos (anisaquídeos
(Raphidascaris sp.), cucullanídeos (Cucullanus rodriguesi e Dichelyne sp.), camalanídeos
(Procamallanus (S.) pereirai), larvas de Tripanorhyncha), que apresentando variações em
seus dados de abundância, intensidade e prevalência entre essas áreas, podem ser uma
conseqüência do possível efeito das diferentes épocas e estações de captura, sobre a estrutura
dessas comunidades parasitárias.
Ao nível de população parasitária, foi observado diferenças significativas nas
prevalências e abundâncias entre as regiões, onde foi constatado a presença de alguns
padrões da distribuição dos parasitos que emergem dessas relações, como por exemplo, as
altas similaridades apresentadas entre as amostras da região sul (Rio de Janeiro, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul) e Bahia e seus altos níveis de parasitismo para mais de uma
espécie de parasito. As áreas endêmicas de um parasito constituem em regiões geográficas na
qual são encontradas condições adequadas para sua transmissão. Para os parasitos de ciclo de
vida direto, tais como os ectoparasitos, a área endêmica é principalmente determinada pelas
condições ambientais, ao passo que parasitos de ciclo de vida indireto requerem
adicionalmente que se encontre hospedeiro adequado para seu estágio de desenvolvimento
(MACKENZIE & ABAUNZA, 1998).
As infracomunidades de ectoparasitos em M. furnieri apresentaram dominância do
monogenéticos M. sinaloense e P. mexicanum nas cinco regiões estudadas. O ciclo biológico
dos monogenéticos é simples e monoxeno, a menor turbulência e os lentos movimentos
natatórios do hospedeiro junto ao fundo bentônico possibilitam com mais facilidade a
invasão no hospedeiro. O hábito de formar cardumes junto á costa, em áreas próximas ao
fundo, revela característica gregária da corvina, o que contribui na transmissão desses tipos
de ectoparasitos. Outros fatores abióticos (temperatura, salinidade, etc.) e bióticos (como a
especificidade do hospedeiro) podem influenciar no estabelecimento do parasito. Rhode e
Heap (1998) concluíram que a temperatura da água afeta a distribuição espacial das
comunidades parasitárias. Santos & Carbonel (2000) assinalam que em sistemas tropicais e
subtropicais, com uma distribuição quase uniforme da temperatura, mostrou que
temperaturas entre 24-26ºC não constituiu um fator limitante na dispersão principalmente das
comunidades de monognéticos ao longo da costa brasileira. È o que foi observado neste
estudo, visto que as amostras obtidas foram coletadas em sua maior parte em uma única
estação (verão), não sendo observado grandes variações de temperatura.
O resultado obtido na análise desse hospedeiro, para monogenéticos, está em acordo
com as informações fornecidas por ALVES (2001) que registrou altos valores na prevalência
e abundância parasitária desses monogenéticos em M. furnieri. Esse autor atribuiu tal
observação ao fato de que a mudança realizada pela corvina ao longo de seu ciclo de vida
(uma vez jovens as corvinas habitam regiões estuarinas com características abióticas
específicas, passando a fase seguinte sub-adulto e adulto, para região costeira.), contribuiria
para o padrão observado em suas análises, estando de acordo com o observado neste estudo,
apesar de ter sido considerado somente a fase adulta da corvina.
Outro aspecto a ser considerado envolve diferenças nos níveis de salinidade,
constituindo um fator limitante na relação parasito-hospedeiro. Thoney (1991) e Santos e
Carbonel (2000), observaram que em condições de níveis baixos de salinidade,
principalmente ao redor da desembocadura do rio, onde as condições estuarinas se extendem
dentro do mar aberto, resultando em águas salobras, estas funcionariam como uma barreira
ambiental não podendo ser ultrapassada por todas as famílias de hospedeiros, o que contribui
para a diminuição dos índices de prevalência das comunidades de ectoparasitos que tendem a
sofrer uma maior influência desses fatores.
Nesse estudo foram encontrados monogenéticos em peixes de estágio de
desenvolvimento adulto, o que pode sugerir uma preferência dessa espécie pela corvina,
confirmando a alta especificidade desse hospedeiro, esperado para Monogenea. No local de
infestação como as brânquias, são oferecidas maiores possibilidades de acesso e de
disponibilidade de oxigênio aos estágios larvares tanto de monogenéticos como de copépodes
(FERNANDO & HANEK, 1976; BUCHMANN & LINDENSTRØM, 2002).
Os copépodes observados em M. furnieri apresentaram valores baixos de prevalência
e abundância, similares nas cinco áreas estudadas, o que sugere que essas espécies coletadas
podem ser caracterizadas como generalistas (com baixa especificidade parasitária). Esse fator
pode influenciar nos níveis de infecção, porque as espécies generalistas certamente podem ter
outras opções de hospedeiros para dar continuidade ao seu ciclo biológico.
Os resultados obtidos neste trabalho indicam que os endoparasitos foram os principais
componentes das comunidades parasitárias, onde se observou a dominância de nematóides
que mostraram diferenças significativas entre as regiões. Foi constatado o predomínio de
Dichelyne sp. e Cucullanus rodriguesi, com exceção apenas da região do Ceará onde
observou-se a dominância de Hysterothylacium sp. e na Bahia da espécie Terranova sp. Os
resultados assinalados nas áreas mais ao sul do Brasil estão em concordância com a literatura
existentente para este hospedeiro (ALVES & LUQUE, 1999; 2000 e 2001)
A composição da dieta tem papel importante na determinação das populações de
parasitos do litoral brasileiro. A composição qualitativa da dieta da corvina em todas as áreas
apresentou variações entre os ítens alimentares, esta diferença no comportamento alimentar
entre os locais estudados demonstra um padrão generalista-oportunista, ou seja, apresenta
certa plasticidade de resposta ás diferentes condições ambientais e de disponibilidade de
presas entre as regiões, o que explica a ampla distribuição espacial desses hospedeiros
(FIGUEIREDO & VIEIRA, 1998b). O efeito da variabilidade da dieta é reforçada pela
distribuição diferencial dos parasitos em seus hospedeiros intermediários.
A ampla distribuição geográfica de um hospedeiro determina a área na qual um peixe
pode tornar-se um hospedeiro intermediário ao ser infectado, e isso dependerá da sua
natureza sedentária ou migratória.
Algumas espécies de parasito, como os digenéticos possuem vantagem dentro deste
estudo, tendo em vista que são altamente específicos em seus primeiros hospedeiros
intermediários, assim como várias famílias de digenéticos (Acanthocolpidae, Heterophyidae,
Bucephalidae), que caracteristicamente possuem peixes como segundo hospedeiros
intermediários em seu ciclo biológico, segundo KARASER (1984). Quando várias espécies
de adultos digenéticos são encontradas em uma espécie de hospedeiro, podem ser divididos
dentro de grupos ecológicos para indicar diferença na dieta dos hospedeiros e na separação
de unidades populacionais de peixes (KØIE, 1983). Os digenéticos (metacercárias) usam
moluscos como primeiro hospedeiro intermediário, sendo que a presença desses constituíram
um dos principais itens da dieta de M. furnieri. Neste estudo, Pachycreadium gastrocotylum
foi uma espécie típica da região do Rio Grande do Sul, devido suas altas prevalências,
mostrando uma preferência por águas mais frias, sendo encontrado em baixas prevalências
em outras localidades estudadas. Outra espécie de digenético, Dydimozoidae não
identificado, compõe espécie típica do litoral bahiano, demostrando neste estudo sua
preferência por águas mais quentes, através da observação de alta prevalência e abundância,
o que explicaria a ausência deste em hospedeiros mais ao sul do litoral brasileiro. No entanto,
este digenético foi apresentado por Pereira Jr. (1993) em águas do litoral do Rio Grande do
Sul. Esta mesma espécie foi relatada em águas do litoral do Rio de Janeiro por Alves (2001).
Fato que pode estar associado, aos diferentes períodos de coleta do hospedeiro.
Foi observado que os itens alimentares de Micropogonias furnieri em sua grande
maioria apresentaram como principal presa, dentro da faixa de comprimento apresentada,
poliquetos, crustáceos, moluscos, e por um percentual menor de equinodermas e peixes, em
todas as áreas estudadas, na qual abrigam alto número de nematóides (principalmente de
Dichelyne sp. nas águas do litoral sul do Brasil e Bahia, de C. rodriguesi, nas águas do litoral
de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul). Isso pode estar associado à afinidade que cada
parasito de corvina pode apresentar a específicos tipos de massas d’água. Segundo Timi
(2003) as espécies Anisakis simplex e Hysterothylacium aduncum mostraram preferência por
águas mais frias no litoral da Argentina, o mesmo foi observado com Dichelyne sp., que
constituíam parasitos típicos da região com massas d’águas frias, onde as temperaturas
durante a época de coleta de seus hospedeiros sofrem forte influência da Corrente das
Malvinas.
A presença de estágios larvais de helmintos em M. furnieri, pode ser considerado um
reflexo do nível trófico deste peixe na cadeia alimentar, indicando a possibilidade desta
espécie compor a dieta de outros peixes ósseos carnívoros, elasmobrânquios, aves e/ou
mamíferos marinhos. Segundo Pereira Jr. et al (1996) estabeleceram um possível ciclo
biológicos de Bucephalus varicus (Manter) no litoral do Rio Grande do Sul, no qual os
adultos deste digenéticos são encontrados em Urophycis brasiliensis (Kaup), esporocistos e
cercárias em Mytilidae (bivalves) e as metacercárias em M. furnieri. Ainda é possível
salientar que as corvinas no Rio Grande do Sul são indicadas como hospedeiras paratênicas
de Corynosoma australe Johnston, 1937 no ciclo que inclui Pontoporia blainvillei Gervais &
d’ Orbigny, 1840. (ANDRADE et al. 1997). Isso reforça a possível posição intermediária da
corvina na teia trófica marinha.
A diferença nos descritores das infrapopulações observadas entre as áreas foi uma
conseqüência da diferença na prevalência e abundância observadas, padrão este semelhante
ao estudo observado por Sardella e Timi (2004), realizado com merluzas em águas do litoral
da Argentina. As altas abundâncias da maioria das espécies de parasitos nas regiões sul e da
Bahia são refletidas no alto número de parasitos por infracomunidade do que na região norte.
Por outro lado, as altas prevalências da maioria das espécies de parasitos do grupo do sul e da
Bahia, indicam que a maioria de suas infracomunidades, principalmente na região da Bahia,
abrigam um número maior de espécies (riqueza) do que a região norte. Segundo, Luque e
Poulin (2007) o Brasil é um país que possui o mais longo trecho de litoral no sul do oceano
Atlântico, apresntando uma alta biodiversidade, onde constataram que a riqueza parasitária é
mais alta em peixes marinhos do que em peixes de água doce, bem como um maior número
de associação entre parasito-hospedeiro.
Foram registrados por Sardella et al. (1995) a presença de 11 espécies de metazoários
parasitos em corvina capturadas na região costeira do Mar del Plata, Argentina, um número
menor do que obtido por Alves (2001) que coletou 28 espécies de metazoário parasitos
(número próximo ao encontrado nas amostras do presente estudo, Rio de Janeiro, n = 26, de
Santa Catarina; n = 25, Rio Grande do Sul; n = 20, Bahia; n = 28), esse fato pode estar
relacionado com o deslocamentos da corvina ao longo da costa, formando as chamadas
“populações em trânsito”, que se movimentam entre as regiões lagunares, estuarinas e
costeiras (VAZZOLER, 1991) e pelo amplo espectro alimentar. Outro padrão que pode
explicar uma maior diversidade parasitária poderia ser o gradiente latitudinal. Rodhe (1978,
1986, 1989) demonstrou que os peixes de latitudes mais próximas ao Equador apresentariam
uma maior diversidade parasitária. Isso segundo Rodhe (1978) seria resultado de um
processo de especiação mais rápido, próprio das zonas tropicais (Hipótese do tempo). Porém,
dentro das amostras obtidas nesse trabalho somente as corvinas coletadas no Ceará revelaram
um percentual menor do que as demais áreas mais ao sul. O padrão de riqueza apresentado na
região do litoral norte deve estar associado a grande presença de hospedeiros dentro da faixa
de comprimento menores, que influencia no processo cumulativo da infestação parasitária,
uma vez que faixa de comprimento maior do hospedeiro tem a tendência de favorecer uma
maior concentração de espécies de parasitos pela ingestão de seus hospedeiros
intermediários.
A análise da possível relação entre o comprimento do corpo e a abundância
parasitária mostrou um padrão homogêneo na maioria das faixas de comprimento estudada.
De acordo com Alves e Luque (2001), a possível correlação entre o comprimento do
hospedeiro e abundância parasitária é um padrão amplamente registrado e documentado em
vários casos encontrados em peixes de água doce e marinho em outras latitudes (LUQUE et
al. 1996). O tamanho do corpo do hospedeiro é o melhor meio de se avaliar a quantidade de
espécies adquiridas por um dado hospedeiro do que outras características (sexo, por
exemplo), mas nem sempre é umlo confiável (POULIN, 1997; MORAND, 2000). Vár5os
outros autores (SAAD-FARES & COMBES, 1992; POULIN, 2000), seguindo o mesmo
princípio, chamaram atenção sobre variações observadas em diferentes classes de
comprimento do hospedeiro, para que se evitem generalizações, pelo fato de que em vár5os
sistemas parasito-hospedeiro a correlação é positiva entre a abundância do parasitismo e o
tamanho do peixe, mas não s5gn5ficativa. Em um levantamento de populações natura5s é
difícil determinar as causas das variações observadas.
Luque et al. (2004) determinou que, em peixes marinhos do Rio de Janeiro, Brasil, a
riqueza de espécies correlacionou com o comprimento do hospedeiro quando considerado
todos os parasitos, mas não quando foram analisados separadamente endo e ectoparasitos.
Contudo, foram constatadas s5milaridades das abundâncias entre as reg5ões em relação a
indivíduos que apresentaram faixas de comprimento acima de 45 cm, o que reforça a idéia de
que os mecanismos de aumento do parasitismo estão baseados fundamentalmente em um
processo cumulativo e podem ser considerados como uma evidência de movimentos
migratór5o (OLIVA, 2001) em M. furnieri.
A alta diversidade parasitária apresentada nas regiões da Bahia esta relacionada com a
riqueza média nessa área, não obstante, constata-se uma variação nos dados de uniformidade,
onde observamos a similaridade expressada entre as áreas do Rio de Janeiro, Santa Catarina e
Bahia. Essas similaridades na uniformidade entre as infracomunidades nessas áreas são uma
conseqüência da presença de espécies raras dentro das infracomunidades, no qual consiste
um padrão generalizado em comunidades de parasitos de peixes. (POULIN, 1996).
Em relação aos índices de dominância foi observado um padrão definido pelas
infracomunidades, apresentando similaridades entre as espécies de maior dominância entre as
localidades, constatando que Dichelyne sp., foi o parasito de maior dominância em todas as
regiões, com exceção de M. sinaloense, que constituiu o parasito de maior dominância na
região do Ceará. Ao avaliarmos separadamente os grupos de endoparasitos, as amostras em
sua totalidade tiveram Dichelyne sp. como sendo a espécie mais importante, enquanto
Hysterothylacium sp. foi dominante para a região norte. Em relação à fauna de ectoparasitos
ocorreu uma pequena variação, sendo verificada a presença de M. sinaloense para as
localidades do Rio Grande, Bahia e Ceará; enquanto que P. mexicanum, apresentou
dominante para as regiões de Santa Catarina e Rio de Janeiro. Essas diferenças observadas,
podem estar ligadas à variabilidade do ambiente (dieta, fatores abióticos e bióticos).
A análise de similaridade entre as infracomunidades dentro e entre as áreas revelou
um padrão semelhante á análise multivariada e comparação entre proporções. As
similaridades qualitativas dentro das áreas, em geral, foram maiores do que entre as áreas,
indicando a integridade do habitat dessas unidades populacionais em cada região.
Observamos como exceção a região da Bahia, que apresentou no índice de Jaccard
médias baixas em comparação com as demais regiões. Fatores ecológicos são importantes
determinantes da estrutura das comunidades parasitárias que habitam próximos aos limites de
sua distribuição geográfica, onde observa-se um aumento de espécies generalistas, ao passo
que o número de espécies de parasitos especialistas diminui (KENNEDY & BUSH, 1994).
Tais observações são facilmente constatadas ao verificarmos os resultados apresentados do
número de metazoários parasitos apresentados neste estudo.
Ainda dentro deste conceito, Nekolas e White (1999) sugeriram duas causas
principais para a diferença observada. A primeira causa é resultado da habilidade do
organismo de se adaptar as mudanças ambientais e a segunda, envolve resistência diferencial
do panorama de dispersão do organismo, na qual barreiras geográficas são responsáveis pela
baixa similaridade. As corvinas ocorrem em toda a costa do Brasil, sendo mais abundantess
ao sul do Brasil (principalmente de Cabo Frio - Ilha de Santa Catarina), onde a densidade da
população é homogênea durante todo o ano, entretanto, no litoral norte do Brasil, não parece
ocorrer o mesmo. Formam-se concentrações densas no verão e inverno em diferentes áreas.
Tais deslocamentos periódicos parecem estar relacionados ás condições hidrográficas da
região, acompanhando os deslocamentos da convergência Sub-tropical (EMILSON, 1961).
Estudos mais detalhados de tais movimentos (VAZZOLER & SANTOS, 1965)
mostraram que realmente M. furnieri realiza deslocamentos ao longo da costa brasileira,
sofrendo forte influência por parte de sistemas de correntes (Corrente Sul-Equatorial – ao
norte do litoral e pela dinâmica sazonal das Correntes das Malvinas e do Brasil e pelo
processo de Convergência Subtropical – no sul do litoral), na qual funcionaria como uma
barreira oceanográfica. As corvinas são eurialinas e euritérmicas, mostrando uma alta
tolerância termal e da salinidade, são portanto constantemente expostas a grande
variabilidade ambiental, sendo provavelmente a causa da heterogeinicidade observada de
suas infracomunidades parasitárias, principalmente na região da Bahia. As análises
quantitativas (índice de Sφrensen) mostraram a mesma tendência.
Os padrões observados através das análises parasitológicas ao nível de populações e
comunidades mostraram diferenciações entre áreas estudadas. As corvinas da região do
Ceará apresentaram um percentual de suas comunidades parasitárias diferentes das corvinas
apresentadas nas águas do litoral sul do Brasil. Esse grupo é caracterizado por apresentar
níveis relativamente significativos de Hysterotylacium sp. e M. sinaloense, mas por baixos
níveis de prevalência da maioria das espécies assinaladas no estudo.
Evidências obtidas através das análises nas populações e em nível de comunidade
parasitária, principalmente entre as amostras da região sul, demostraram que a hipótese
levantada por Vazzoler (1991) sobre a presença de duas populações diferentes (sul e sudeste)
existentes de M. furnieri que foram obtidas através de proporções corporais, caracteres
merísticos e padrões de crescimento e de reprodução; não apresentaram um padrão evidente
através dos parâmetros parasitológicos, uma vez que ao compararmos essas áreas (região sul
e sudeste), observamos que os mesmos compartilham mais de uma espécie de parasito.
A presença de espécies em uma área, mas ausente em outra, ou ainda de espécies
comuns (presentes em ambas às áreas) na qual tiveram diferenças de níveis de infecção nas
diferentes áreas, podem ser usadas juntas como espécies indicadoras dessas áreas, segundo
Castro-Pampillon et al. (2002). No presente estudo as espécies de parasitos que mais
contribuíram para a separação das comunidades parasitárias das diferentes regiões, foram
àquelas identificadas como dominantes na maioria das infracomunidades dentro de cada
região, seguida pela importância das espécies com altas prevalências em cada área, com a
maioria concordaram com as espécies indicadoras assinaladas na análise em nível de
população.
Um critério que tem sido utilizado em vários trabalhos é a utilização de análises
estatísticas (univariada e multivariada) na avaliação das assembléias parasitárias em sua
totalidade (MACKENZIE, 2002; SARDELLA & TIMI, 2004).
No presente estudo, foi possível perceber que a prevalência ou a abundância de várias
espécies de parasitos diferiram significativamente entre as corvinas das regiões norte e das
áreas mais ao sul do litoral brasileiro, já que as análises em nível de comunidade, bem como
a análise multivariada indicaram que os peixes das áreas ao sul do Brasil (Santa Catarina e
Rio Grande do Sul) pertencem a mesma população, ocorrendo sobreposição das informações
dentro da análise discriminante, provavelmente devido ao padrão similar da co-ocorrência de
seus parasitos. De acordo com o postulado por Kennedy e Bush (1994), Vidal-Martinez e
Kennedy (2000) e Oliva e González (2005), é esperado uma forte mudança na similaridade
das comunidades parasitárias entre populações de hospedeiro amplamente separados, mas
uma menor ou nenhuma mudança entre populações que estão convivendo juntas, mesmo em
presença de uma situação de poucas espécies especialistas e a aquisição de generalistas e/ou
novas espécies especialistas, como observado nos resultados apresentados (Figura 8 e Tabela
1). Outro aspecto a ser considerado, foi o resultado da matriz de classificação correta para
cada M. furnieri, na qual foi possível constatar que 22% das infracomunidades parasitárias da
região de Santa Catarina tiveram características semelhantes ao do Ceará. Isso é refletido na
forte correlação entre as amostras de Santa Catarina e Ceará, observado através dos
centróides do gráfico da análise multivariada. Tais observações podem estar associadas a
características herdadas de um ancestral comum, e isto leva a uma relação filogenética dentro
desta situação quando tenta-se determinar qual aspecto do hospedeiro esta associado com a
fauna parasitária. (LUQUE & POULIN, 2007).
O uso de ambos os métodos uni e multivariados, e as comparações da estrutura das
comunidades entre as áreas, parecem adequados para confirmar a confiabilidade no estudo da
estrutura e composição das comunidades parasitárias. Os fatores abióticos desempenham um
papel prepoderante, atuando sobre a distribuição geral, comportamento e processo
metabólicos da espécie. Esses fatores podem atuar como seletivos, limitando a distribuição
da espécie e determinando sua divisão em categorias infraespecíficas. (VAZZOLER, 1971).
O tipo de diferenciação observado para as comunidades parasitária de Micropogonias
furnieri, em áreas com características hidrográficas diferentes, não indica que se trata de
apenas variações fenotípicas. Não se tem demostrado dados sobre espécies concorrentes, mas
elementos disponíveis sobre fatores físicos do ambiente são muito sugestivos. (ARAUJO et
al., 1998; DA COSTA & ARAUJO, 2002; VICENTINI & ARAUJO, 2003).
Com o intuito de melhor compreender a dinâmica das infrapopulações parasitárias,
faz-se necessário que sejam adicionadas aos estudos parasitológicos, além das informações
dos fatores abióticos presentes em cada área estudada, um estudo ao longo de cada estação do
ano, de forma bem demarcada, visando a compreensão da flutuabilidade dessas
infrapopulações parasitárias, tornando mais eficiente o conhecimento da dinâmica dos
parasitos como complemento para compreensão dos fatores que determinam a identificação
das diferentes comunidade parasitárias presentes em cada área do litoral brasileiro.
6. CONCLUSÕES
Micropogonias furnieri apresentou uma fauna parasitária em todas as localidades
caracterizada principalmente por endoparasitos, sendo os nematóides Dichelyne sp. e
Cucullanus rodriguesi os parasitos de maior prevalência dentro dos diferentes grupos. Em
relação aos ectoparasitos, a fauna se caracterizou pelos altos valores de prevalência e
abundância das espécies Pterinotrematoides mexicanum e Macrovalvitrema sinaloense. A
presença de estágios larvais de nematóides, acantocéfalos e cestóides sugere o potencial
deste peixe como hospedeiro intermediário em ciclos biológicos de parasitos transmitidos
troficamente no amibiente marinho.
A abundância das espécies assinaladas das diferentes amostras,apresentaram correlação
positiva com o comprimento total do hospedeiro. Uma maior concentração de espécies de
parasitos pela ingestão de seus hospedeiros intermediários, reforça a idéia de que os
mecanismos de aumento do parasitismo estão baseados fundamentalmente em um processo
cumulativo e podem ser considerados como uma evidência dos movimentos migratórios de
M. furnieri. A composição da dieta teve um papel importante na determinação das
populações de parasitos do litoral brasileiro, sendo que a composição qualitativa da dieta da
corvina em todas as áreas apresentou variaçãos entre os itens alimentares, e esta diferença
no comportamento alimentar entre os locais estudados demonstra um comportamento
generalista-oportunista por parte do hospedeiro. O efeito da variabilidade da dieta
contribuiu para a distribuição diferencial dos parasitos.
A diferença nos descritores das infracomunidades observadas entre as áreas foi uma
conseqüência da diferença na prevalência e abundância observadas. A alta diversidade
parasitária apresentada nas regiões sul está relacionada com a riqueza média nessas áreas,
todavia, foi observada uma variação nos dados de uniformidade, sendo constatada a
similaridade expressada pelas áreas do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia. Essa
similaridade na uniformidade entre as infracomunidades dessas áreas é uma conseqüência
da presença de espécies raras dentro das infracomunidades.
Nos índices de dominância não foi constatado um padrão definido, apresentando
similaridades entre as espécies de maior dominância entre as localidades. As diferenças
observadas, podem estar ligadas à variabilidade do ambiente.
As análises de similaridade entre as infracomunidades dentro e entre as áreas revelaram
um padrão semelhante aos descritores ecológicos. A similaridade entre as comunidades
parasitárias das espécies de corvina da região sul pode ser explicada em função similaridade
de comportamento biológico, que podem favorecer a exposição às mesmas formas
infectantes.
No presente estudo as espécies de parasitos que mais contribuíram para a determinação
das corvinas em cada área de estudo, foram àquelas identificadas como dominantes na
maioria das infracomunidades dentro de cada região, seguida pela importância das espécies
com altas prevalências em cada área, com a qual a maioria concordaram com as espécies
indicadoras assinaladas na análise ao nível de população. Tanto os métodos univariados e
multivariados, quanto as comparações da estrutura das comunidades entre as áreas,
mostraram-se adequados no estudo sobre a ecologia de metazoários parasitos, confirmando a
existência da diferenciação das comunidades parasitárias capturadas ao longo do litoral
brasileiro.
Através deste estudo, verificou-se a importância de se adicionar aos estudos
parasitológicos, informações dos fatores abióticos presentes em cada área estudada, além de
coletas do hospedeiro em diferentes estações do ano, visando a compreensão da
flutuabilidade dessas infrapopulações parasitárias, tornando mais eficiente o conhecimento da
dinâmica dos parasitos como complemento para compreensão dos fatores que determinam a
identificação das diferentes comunidade parasitárias presentes em cada área do litoral
brasileiro.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Janeiro, Brésil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, v. 82, p. 21-27, 1987.
WILLIAMS, H.; JONES, A. Parasitic worms of fish. A. M. Taylor & Francis. 1994, 593p.
WILLIAMS, H. H.; MACKENZIE, K.; MACCARTHY, A. M. Parasites as biological
indicators of the population biology, migrations, diet and phylogenetics of fish. Rew. Fish.
Biol. Fisher. v. 2, p. 167-172. 1992.
ZAR, J. H. Biostatistical Analysis. 3
rd
ed., Upper Saddle River, New Jersey, Prentice-Hall
Inc., 1996, 662p.
ZDZITOWIECKI, K. New data on the morphology and distribuition of two
acanthocephalans, Andracantha baylisi (Zdzitowiecki, 1986) comb. n. and Corynossoma
australe Johnston, 1937. Acta Parasitol. Pol., v. 34, n. 2, p. 167-172. 1989.
ANEXO
ANEXO A
Relação das espécies de metazoários parasitos da corvina Micropogonias
furnieri (Desmarest).
Parasito País Referência
ASPIDOBOTHREA
Aspidogastridae Poche, 1925
Lobatostoma ringens (Linton, 1905) Jamaica NAHHAS & CABLE (1964)
Argentina SARDELLA et al. (1995)
Brasil GOMES & FABIO (1976)
" ALVES & LUQUE (2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente Trabalho
DIGENEA
Bucephalidae Poche, 1907
Bucephalus varicus Manter, 1940 Brasil PEREIRA et al. (1996)
Didymozoidae Poche, 1907
Didimozoídeo imaturo Brasil ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
Fellodistomidae Nicoll, 1913
Monascus filiformis (Rudolphi, 1819) Brasil PEREIRA et al. (2000)
Lecithasteridae Odhner,1905
Aponurus laguncula Looss, 1907 Brasil Presente trabalho
Aponurus sp. Looss, 1907 Brasil Presente trabalho
Hemiuridae Lühe, 1901
Brachadena pyriformis Linton, 1910 Brasil ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" PEREIRA et al. (2000)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Lecithaster falcatus Amato, 1982 Brasil AMATO (1983b)
" Presente trabalho
Lecithochirium microstomum
Chandler, 1935
Argentina
SARDELLA et al. (1995)
Brasil FABIO (1988)
" ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Hemiuridae não identificado Brasil Presente trabalho
Lepocreadiidae Odhner, 1905
Acanthocolpoides chloroscombri
Amato, 1983
Brasil AMATO (1983a)
Multitestis inconstans Manter, 1931 Brasil AMATO (1983a)
Monorchiidae Odhner, 1911
Diplomonorchis catarinensis Amato, 1982 Brasil AMATO (1982)
Diplomonorchis leiostomi Hopkins, 1941 Brasil ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
D. hopkinsi Nahhas & Cable, 1964 Jamaica NAHHAS & CABLE (1964)
D. micropogoni Nahhas & Cable, 1964 Jamaica NAHHAS & CABLE (1964)
Opecoelidae Ozaki, 1925
Opecoeloides catarinensis Amato, 1983 Brasil AMATO (1983a)
" PEREIRA et al. (2000)
" Presente trabalho
O. polynemi Von Wicklen, 1946 " AMATO (1983a)
" Presente trabalho
O. stenosomae Amato, 1983 Brasil AMATO (1983a)
" ALVES & LUQUE (1999)
" PEREIRA et al. (2000)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Pachycreadium gastrocotylum
Manter, 1940
Argentina SARDELLA et al. (1995)
Brasil FERNANDES & GOULART (1992)
" ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" PEREIRA et al. (2000)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
MON
" ALVES & LUQUE (2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Diplectanidae Monticelli, 1903
Rhamnocercus rhamnocercus
Monaco, Wood & Mizelle, 1954
Brasil KOHN et al. (1989)
" KOHN & COHEN (1998)
Macrovalvitrematidae Yamaguti, 1963
Macrovalvitrema sinaloense
Caballero & Bravos-Hollis, 1955
Argentina ROHDE et al. (1995)
Brasil KOHN et al. (1989)
" KOHN & COHEN (1998)
" ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Neomacrovalvitrema argentiniensis
Suriano, 1975
Argentina SURIANO (1975)
" SARDELLA et al. (1995)
Neopterinotrematoides avaginata
Suriano, 1975
Argentina SURIANO (1975)
" SARDELLA et al. (1995)
Pterinotrematoides mexicanum
Caballero & Bravos-Hollis, 1955
Argentina ROHDE et al. (1995)
Brasil KOHN et al. (1989)
" KOHN & COHEN (1998)
" ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
EUCESTODA
Dasyrhynchidae Dollfus, 1935
Callitetrarhynchus gracilis
Rudolphi, 1819
Venezuela VICENTE et al. (1989)
Brasil SÃO CLEMENTE (1986a, b)
" PEREIRA Jr. (1993)
" ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
C. speciosum Linton, 1897 Brasil PEREIRA Jr. (1993)
Otobothriidae Dollfus, 1942
Poecilancistrium caryophyllum Venezuela VICENTE et al. (1989)
Diesing, 1950
Brasil SÃO CLEMENTE (1986a, b)
" PEREIRA Jr. (1993)
Pterobothriidae Pintner, 1931
Pterobothrium crassicolle Diesing, 1850 Brasil PEREIRA Jr. (1993)
P. heteracanthum Diesing, 1850 Brasil GARCIA (1983)
OLIVEIRA (1985)
" SÃO CLEMENTE (1986a, b)
" PEREIRA Jr. (1993)
" ALVES & LUQUE (2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Pterobothrium sp. " Presente trabalho
Tetraphyllidea Carus, 1863
Scolex pleuronectis Müller, 1788 Brasil ALVES (2001)
" Presente trabalho
Tetrarhynchobothriidae Dollfus, 1969
Tetrarhynchus fragilis Diesing, 1971 Uruguai BERTULLO (1965)
Brasil SANTOS & ZOGBI (1971)
Gilquiniidae Dollfus, 1942
Gilquinia sp. Guiart, 1927
Argentina
SURIANO (1966)
Tentacullariidae Poch, 1926
Nybelinia sp.
" Presente trabalho
ACANTHOCEPHALA
Acanthocephala nao identificado Brasil Presente trabalho
Polymophidae Meyer, 1931
Corynosoma australe Johnston, 1937 Uruguai ZDZITOWIECKI (1989)
Argentina SARDELLA et al. (1995)
Brasil PEREIRA JR. & NEVES (1993)
" ALVES & LUQUE (2000a, b)
" ALVES (2201)
" Presente trabalho
Radinorhynchus sp. Brasil Presente trabalho
Illiosentidae Golvan, 1960
Dollfusentis chandleri Golvan, 1969 Venezuela VICENTE et al. (1989)
Brasil ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
NEMATODA
Anisakidae Skrjabin & Karokhin, 1945
Anisakis sp. Argentina SARDELLA et al. (1995)
Brasil Presente trabalho
Contracaecum sp. Venezuela VICENTE et al. (1989)
Brasil ALVES & LUQUE (2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Hysterothylacium sp. Brasil Presente trabalho
Pseudoterranova sp. Brasil ALVES (2001)
Raphidascaris sp. Brasil Presente trabalho
Terranova sp. Brasil Presente trabalho
Cucullanidae Cobbold, 1864
Cucullanelus rodriguesi
Pinto, Fabio & Noronha, 1970
Brasil VICENTE et al. (1985)
" ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Cucullanus cassinensis
Pereira Jr. & Costa, 1996
Brasil PEREIRA Jr. & COSTA (1996)
C. pulcherrimus Barreto, 1918 Brasil PEREIRA Jr. & COSTA (1996)
Dichelyne amaruincai
Freitas, Vicente & Ibañez, 1969
Brasil PEREIRA Jr. & COSTA (1996)
D. elongatus Törnquist, 1931 Venezuela VICENTE et al. (1989)
Argentina SARDELLA et al. (1995)
Brasil PEREIRA Jr. & COSTA (1996)
" ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
D. micropogonii Pereira Jr. & Costa, 1996 Brasil PEREIRA Jr. & COSTA (1996)
Dichelyne sp. Brasil Presente trabalho
Gnathostomatidae Railliet, 1895
Echinocephalus sp. Venezuela VICENTE et al. (1989)
Trichuridae Railliet, 1915
Pseudocapillaria sp. Brasil ALVES (2001)
Camallanidae Railliet & Henry, 1915
Procamallanus (S.) pereirai Annereaux,
1946
Brasil Presente trabalho
COPEPODA
Bomolochidae Claus, 1875
Bomolochus paucus Cressey & Dojiri, 1984 Brasil ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
Caligidae Burmeister, 1835
Caligus haemulonis Krøyer, 1863 Brasil ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Ergasilidae von Nordmann, 1832
Ergasilus euripedesi Montu, 1980 Brasil MONTU (1980)
" ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
Lernaeopodidae Milne-Edwards, 1840
Clavellotis dilatata (Krøyer, 1863) Brasil ALVES & LUQUE (2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Neobrachiella chevreuxii
(van Beneden, 1891)
Argentina SARDELLA et al. (1995)
Brasil ALVES & LUQUE (1999, 2000a, b)
" ALVES (2001)
" Presente trabalho
Philichthydae Vogt, 1877
Colobomatus sp. Brasil ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
ISOPODA
Cymothoidae
Cymothoideo não identificado
Brasil Presente trabalho
" ALVES & LUQUE (1999)
" ALVES (2001)
Gnathiidae
Gnathia sp.
Brasil Presente trabalho
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