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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
COMPORTAMENTO EM PASTEJO DE NOVILHOS NUMA PASTAGEM DE
INVERNO SUBMETIDA A DIFERENTES ALTURAS DE MANEJO
CAROLINA BAGGIO
Médica Veterinária/ ULBRA
Dissertação apresentada como um dos requisitos à obtenção do Grau de Mestre em
Zootecnia
Área de Concentração Plantas Forrageiras
Porto Alegre (RS), Brasil
Junho de 2007
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"Para cada esforço disciplinado há uma retribuição múltipla."
Jim Rohn
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Luiz Carlos e Maria, pela
confiança, carinho e apoio em toda essa
caminhada.
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AGRADECIMENTOS
Sou grata ao ótimo trabalho da equipe do Grupo de Pesquisa em
Ecologia do Pastejo, em especial aos bolsistas, voluntários e pós-graduandos,
pela ajuda e esforço na coleta dos dados de campo.
Ao Dr. Paulo César de Faccio Carvalho, que sempre foi um exemplo
de profissionalismo, dedicação e competência na área da pesquisa em
integração lavoura e pecuária, pela confiança, amizade e conhecimentos
transmitidos.
Ao meu orientador acadêmico, co-orientador de mestrado e colega
de trabalho, Engenheiro Agrônomo Jamir Luís Silva da Silva, que me
acompanhou desde o começo de minha carreira e trabalhou incansavelmente
para garantir minhas conquistas na área profissional; igualmente pela
disposição, dedicação e paciência em transmitir conhecimentos, não medindo
esforços para resolver problemas e dúvidas de caráter técnico, surgidos
durante os trabalhos. Agradeço, também, pela sua confiança e amizade
demonstrados durante todo este período.
Ao colega Lemar Maciel da Rocha, pela amizade e companheirismo
durante toda a execução do trabalho de campo.
Agradeço a valiosa e dedicada colaboração nas análises estatísticas
dos colegas Carolina Bremm, Davi Teixeira dos Santos e Igor Justin Carassai.
Agradeço à amiga, Maria Elisa Zanella, cuja ajuda, brilhante criatividade e
entusiasmo guiaram este trabalho, desde a sua concepção até sua conclusão.
Por último, e tão importante, meu muito obrigada à minha família e
meus amigos, cujo interesse e neste projeto foram inestimáveis. Ao meu
namorado, Marcelo Vaccari, por aceitar dividir a jornada do desenvolvimento
deste trabalho comigo.
vi
COMPORTAMENTO EM PASTEJO DE NOVILHOS NUMA PASTAGEM DE
INVERNO SUBMETIDA A DIFERENTES ALTURAS DE MANEJO
1
Autora: Carolina Baggio
Orientador: Paulo César de Faccio Carvalho
Resumo
Sistemas integrados de lavoura e pecuária têm, por paradigma, o efeito do
animal no sistema. Esse efeito é função, dentre outros, do manejo da
intensidade de pastejo e de como os animais reagem às estruturas de pasto
decorrentes. O propósito deste estudo foi avaliar o comportamento em pastejo
de novilhos de corte em diferentes estruturas de pasto e seus padrões de
deslocamento. Investigou-se a hipótese de que diferentes alturas promoveriam
alterações nos padrões de comportamento dos animais em pastejo. Neste
sentido, este experimento foi conduzido em uma área de integração lavoura-
pecuária da Fazenda do Espinilho, município de Tupanciretã RS, de julho a
novembro de 2005, em pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e
aveia preta (Avena strigosa Schreb.), que sucedia uma lavoura de soja.
Manejou-se o pasto sob lotação contínua, com carga variável, em quatro
alturas (tratamentos), a saber: 10, 20, 30, 40 cm, distribuídos em um
delineamento experimental de blocos casualizados com três repetições. As
avaliações foram realizadas no período diurno, por observação visual direta,
em três datas de avaliações, duas delas coincidindo ao estádio vegetativo e a
terceira ao reprodutivo. As diferentes estruturas criadas foram resultado de
diferentes disponibilidades de forragem tendo em vista o aumento linear da
massa de forragem (P<0,0001) com o aumento da altura do pasto. Em
situações de menor disponibilidade de forragem observou-se que os animais
apresentam comportamento de pastejo compensatório, aumentando seu tempo
de pastejo diário (P=0,0208) e apresentando ciclos mais longos de refeições
(P=0,0302). Além do mais, aumentam a taxa de bocados (P<0,0001), o número
total de estações alimentares visitadas (P=0,0009), o número de bocados por
estação alimentar (P= 0,0178), o número total de bocados (P<0,0001) e
reduzem o tempo de ruminação (P=0,0443) e o tempo de permanência na
estação alimentar (P=0,0142). Em termos de deslocamento, verificou-se que os
animais procedem menos passos entre estações alimentares (P=0,0115)
quando a forragem é limitante, porém, o número total de passos verificados é
maior (P=0,0033) ao longo do período de pastejo. Para concluir, confirmou-se a
hipótese de que os animais modificam seu comportamento em diferentes
estruturas de pasto e, principalmente, alteram seu padrão de deslocamento, o
que poderá implicar em conseqüências de impacto num sistema de integração
lavoura-pecuária.
Palavras-chave: bocados, comportamento ingestivo, deslocamento, estrutura
do pasto, integração lavoura-pecuária
1
Dissertação de Mestrado em Zootecnia Plantas Forrageiras, Faculdade de Agronomia, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil, (136p.), Junho, 2007.
vii
vii
GRAZING BEHAVIOUR OF STEERS IN TEMPERATE PASTURES
SUBMITTED TO DIFFERENT SWARD MANAGEMENT HEIGHTS
1
Author: Carolina Baggio
Adviser: Paulo César de Faccio Carvalho
Abstract
The animal’s effect in the system is a paradigm in integrated crop-livestock
operations. This effect is a function, among others, of the management of the
grazing intensity and how animals react to the sward structures. The purpose of
this study was to evaluate steers grazing behaviour in different sward structures
and their displacement patterns. The hypothesis that different heights could
promote changes in the ingestive behavior of animals was tested. In this sense,
the experiment was conducted in an integrated crop/livestock area at Espinilho
farm, Tupanciretã/RS/Brazil (Fazenda do Espinilho), from July to November
2005, in Italian ryegrass (Lolium multiflorum Lam.) and black oat (Avena
Strigosa Schreb.) pasture succeeding soybean. The pasture was managed with
continuous variable stocking at 10, 20, 30 and 40 cm sward height distributed in
a completely randomized block design with three replicates. Data was recorded
by visual assessment, from sunrise until sundown, in three evaluation dates,
two in the vegetative stage and one in the reproductive stage.Different
structures were created as a result of the linear increasing in herbage masses
(P<0.0001) with increasing sward height. In limited herbage situation animals
present compensatory behaviour, increasing their daily grazing time (P=0.0208)
and presenting longer meal lengths (P=0.0302). Moreover, animals increase
bite rate (P<0.0001), the number of visited feeding stations (P=0.0009), the
number of bites per feeding station (P= 0.0178), the total number of bites
(P<0.0001) and decrease ruminating time (P=0.0443) and time per feeding
station (P=0.0142). In terms of animal displacement, it was verifyied they
proceed less steps between feeding stations (P=0.0115) with limited herbage,
however, the total number of steps is greater (P=0.0033) along the grazing
period. To conclude, the hypothesis that animals modify their behaviour in
different sward structures was confirmed and, mainly modifies their
displacement patterns with potential consequences to integrated crop-livestock
systems.
Key words: bites, displacement, ingestive behaviour, integrated crop-livestock
system, sward structure
1
Master of Science Dissertation in Forage Science, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brazil, (136p.), June, 2007.
vii
viii
viii
SUMÁRIO
1. CAPÍTULO I ................................................................................................... 1
1.1. Introdução ............................................................................................................. 2
1.2. Hipótese de Estudo ............................................................................................. 6
1.3. Modelo conceitual: comportamento ingestivo dos animais em pastejo e o
sistema de integração lavoura-pecuária ................................................................. 7
1.4. Impacto do animal no sistema......................................................................... 10
1.5. Manejo do processo de pastejo ...................................................................... 14
1.6. Estrutura do pasto ............................................................................................. 19
1.7. Comportamento em pastejo ............................................................................ 23
2. CAPÍTULO II - Padrões de uso do tempo por novilhos em pastagem
consorciada de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta
(Avena strigosa Schreb) ................................................................................ 27
Resumo ....................................................................................................................... 28
Abstract ....................................................................................................................... 29
Introdução................................................................................................................... 30
Material e Métodos ................................................................................................... 32
Resultados e Discussão........................................................................................... 36
Conclusões................................................................................................................. 46
Literatura Citada ........................................................................................................ 46
3. CAPÍTULO III - Padrões de deslocamento e captura de forragem por
novilhos em pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia
preta (Avena strigosa Schreb) manejada sob diferentes alturas em
sistema de integração lavoura-pecuária ...................................................... 49
Resumo ....................................................................................................................... 50
Abstract ...................................................................................................................... 51
Introdução................................................................................................................... 52
Material e Métodos ................................................................................................... 54
Resultados e Discussão........................................................................................... 59
Conclusões................................................................................................................. 71
Literatura Citada ........................................................................................................ 71
4. CAPÍTULO IV .............................................................................................. 74
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 75
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 79
6. APÊNDICES ................................................................................................ 84
viiii
ix
RELAÇÃO DE FIGURAS
1. CAPÍTULO I ................................................................................................... 1
Figura 1. Modelo conceitual de como o comportamento ingestivo dos animais
em pastejo, ao longo do ciclo da pastagem, afeta o sistema de integração
lavoura-pecuária (Carvalho, 2007 com. pes.). ....................................................... 7
Figura 2. Relação entre parâmetros do pasto e o consumo de forragem
(Carvalho et al., 2001). ................................................................................................ 21
2. CAPÍTULO II - Padrões de uso do tempo por novilhos em pastagem
consorciada de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta
(Avena strigosa Schreb) ................................................................................ 27
Figura 1. Relação entre a massa de forragem (MF; a) e a oferta de forragem
(OF; b) com a altura de manejo do pasto, para os tratamentos 10, 20, 30 e 40
cm, em pastagem de azevém anual e aveia preta, considerando os valores
médios dos dois estádios avaliados. ........................................................................ 38
Figura 2. Relação entre a massa de lâmina foliar e a altura do pasto, para os
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm, no estádio vegetativo da pastagem de azevém
anual e aveia preta. ..................................................................................................... 39
Figura 3. Relação entre o tempo de pastejo e a oferta de forragem, em
pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos dois estádios
avaliados. ...................................................................................................................... 41
Figura 4. Distribuição percentual das atividades diurnas de novilhos em
pastagem de azevém anual e aveia preta, nos estádios vegetativo (a) e
reprodutivo (b). ............................................................................................................. 43
Figura 5. Relação entre o tempo de duração da refeição e a massa de lâmina
foliar em pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos dois
estádios avaliados. ...................................................................................................... 45
3. CAPÍTULO III - Padrões de deslocamento e captura de forragem por
novilhos em pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia
preta (Avena strigosa Schreb) manejada sob diferentes alturas em
sistema de integração lavoura-pecuária ...................................................... 49
ix
x
x
Figura 1. Relações entre as alturas pretendidas e as alturas reais obtidas em
pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos dois estádios
avaliados. Médias seguidas das mesmas letras não diferem entre si pelo teste
de t de Student a 5%. Letras minúsculas comparam as alturas do estádio
vegetativo, e as maiúsculas as alturas do estádio reprodutivo. ........................... 59
Figura 2. Relação entre a taxa de bocados e a altura de manejo do pasto em
pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos dois estádios
avaliados. ...................................................................................................................... 62
Figura 3. Relação entre o tempo de permanência na estação alimentar e a
altura de manejo do pasto em pastagem de azevém anual e aveia preta, no
estádio vegetativo. ....................................................................................................... 63
Figura 4. Relação entre altura do pasto e número de bocados por estação
alimentar em pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos
dois estádios avaliados. .............................................................................................. 65
Figura 5. Relação entre a altura do pasto e o número total de bocados em
pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos dois estádios
avaliados. ...................................................................................................................... 67
Figura 6. Relação entre o número total de estações alimentares e a massa de
lâmina foliar em pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos
dois estádios avaliados. .............................................................................................. 69
Figura 7. Relação entre o número total de passos e a massa de lâmina foliar
em pastagem de azevém anual e aveia preta, valores médios dos dois estádios
avaliados. ...................................................................................................................... 70
x
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
ALT
Altura
CA
Carga animal
CV
Coeficiente de variação
GMD
Ha
Ganho médio diário
Hectare
Kg
Kilogramas
MC
Massa de colmo + bainha
MF
Massa de forragem
MINF
Massa de inflorescência
ML
Massa de lâmina foliar
MMM
Massa de material senescente
N
Nitrogênio
NBEA
NINT
Número de bocados por estação alimentar
Número de intervalos
NPASS
Número de passos entre estação alimentar
NR
Número de refeições
OF
Oferta de forragem
OFCOL
Oferta de colmo + bainha
OFINF
Oferta de inflorescência
OFLAM
Oferta de lâmina foliar
OFMMM
Oferta de material senescente
PV
Peso vivo
TB
Taxa de bocados
TEST
Tempo de permanência na estação alimentar
TOTBOC
Número total de bocados
TOTEST
Número total de estações alimentares
TO
Tempo de outras atividades
TP
Tempo de pastejo
TR
Tempo de ruminação
TREF
Tempo de duração da refeição
TINT
Tempo de duração do intervalo entre refeições
xi
1. CAPÍTULO I
1.1 Introdução
1.2 Hipótese de estudo
1.3 Modelo conceitual: comportamento ingestivo dos animais em pastejo
e o sistema de integração lavoura-pecuária
1.4 Impacto do animal no sistema
1.5 Manejo do processo de pastejo
1.6 Estrutura do pasto
1.7 Comportamento animal em pastejo
1.1. Introdução
A alternância de cultivos agrícolas com espécies forrageiras acelera
a busca pela construção de sistemas sustentáveis para produção animal e
vegetal, possibilitando melhorias nas propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo, com menor revolvimento e diversidade de resíduos para
renovar a sua matéria orgânica. Esta alternância aumenta, sobretudo, a
produtividade nestas áreas. Segundo Cassol (2003), a rotação lavoura-
pecuária assegura vantagens tais como a possibilidade de introduzir, renovar
ou recuperar áreas de pastagens com menor custo, aproveitamento do adubo
residual aplicado nas culturas de grãos, produção de forragem na época mais
crítica do ano, aumento nos níveis de produção animal e vegetal, rentabilidade
maior e mais estável, incremento no controle de plantas daninhas e quebra de
ciclos de pragas e doenças.
Entretanto, o sucesso de um sistema de integração lavoura-pecuária
depende de diversos fatores que, por sua vez, são dinâmicos e interagem entre
si. Moraes et al. (2002) citam alguns conceitos básicos priorizados na adoção
do sistema de integração lavoura-pecuária: o plantio direto, a rotação de
cultivos, o uso de insumos e genótipos melhorados, o manejo correto das
pastagens e a produção animal intensiva em pastejo, preconizando a
3
3
manutenção de estruturas de pasto que otimizem a colheita de forragem pelo
animal em pastejo.
Sabe-se, no entanto, que o ponto chave da sustentabilidade do
sistema de integração lavoura-pecuária diz respeito à intensidade de pastejo
empregada, ou seja, a estrutura do pasto varia consideravelmente em relação
ao manejo imposto, com conseqüências na produção animal durante o ciclo da
pastagem, bem como nas condições de solo e na palhada para a produção de
grãos. Segundo Carvalho et al. (2005b), pastagens de inverno manejadas com
lotações moderadas podem permitir maiores ganhos individuais devido ao
aumento da forragem disponível para cada animal e à melhor qualidade da
forragem consumida. Nessas condições, o animal possui a sua disposição uma
estrutura de pasto na qual é possível otimizar seu processo de pastejo, o que
conduz a uma melhor oportunidade de seleção de sua dieta.
Outro ponto importante diz respeito ao impacto do manejo da
intensidade de pastejo no período de inverno sobre a produtividade da soja,
onde os principais determinantes seriam os níveis de palhada que
permanecem sobre o solo, após a retirada dos animais, e as alterações nas
propriedades físicas do solo devido ao efeito do pisoteio. O desafio, portanto,
em sistemas integrados, é encontrar um nível intermediário de biomassa que
beneficie tanto a cultura de verão instalada no sistema plantio direto, quanto à
produção animal no ciclo da pastagem, de forma a garantir alta produtividade e
sustentabilidade ao sistema (Moraes et al., 2002).
No entanto, à medida que o grau de intensidade de exploração de
sistemas agropecuários é aumentado, informações mais precisas são
demandadas para assegurar a sustentabilidade dos mesmos (Assmann et al.,
4
4
2002). Neste sentido, cabe um entendimento mais detalhado dos agentes que
vêm agir neste sistema e as relações existentes entre eles num enfoque
integrado da interface solo-planta-animal.
Como exemplo, uma melhor compreensão de aspectos relacionados
à estrutura do pasto e à resposta a desfolhação pelo animal, à ingestão de
forragem e aos processos que norteiam as decisões alimentares dos animais,
em diferentes estruturas de pasto, é necessária. Assim, o conhecimento e
entendimento das relações existentes entre plantas e animais em sistemas de
pastagens tornam-se quesitos fundamentais para o estabelecimento de
estratégias de manejo condizentes com sistemas de produção equilibrados e
ecologicamente sustentáveis (Sarmento, 2003).
O manejo do processo de pastejo, particularmente via definição dos
atributos do pasto tem avançado, demonstrando a importância de se
compreender os processos envolvidos na busca da forragem pelo animal em
pastejo, com vistas à otimização do uso do recurso forrageiro. Uma vez que o
animal, por meio do seu comportamento em pastejo, seja capaz de demonstrar
as características do seu ambiente pastoril, emitindo sinais que refletem a
abundância e qualidade de seu alimento, isto significaria que o comportamento
do animal poderia ser usado para ponderar ações de manejo, podendo vir a se
tornar uma importante ferramenta de sua gestão no pasto (Carvalho & Moraes,
2005).
Dentro deste contexto de busca por sistemas de produção mais
sustentáveis no longo prazo, o presente experimento foi estabelecido no ano
2000. Ele se constitui de um sistema integrado de produção de soja com
pastagem de inverno, com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes alturas de
5
5
manejo do pasto (10, 20, 30, 40 cm) sobre a produção animal e o rendimento
da lavoura. As avaliações propostas neste trabalho procuraram agregar
importantes informações ao “pool” de conhecimentos que vêm sendo gerados
por outros autores e disciplinas obtidos na mesma área experimental. Estudou-
se as estratégias de forrageamento que os animais empregariam em pastejo
frente a diferentes estruturas do pasto, as quais teriam, potencialmente,
conseqüências associadas não somente à produção animal, mas também aos
atributos físicos e químicos do solo e rendimento da lavoura. Neste sentido,
acredita-se que, por meio do comportamento ingestivo dos animais, se possam
fazer inferências sobre os padrões de comportamento que podem os animais
expressar em diferentes estruturas de pasto, os quais poderão refletir sobre os
atributos físicos do solo; conhecimento este fundamental para o correto manejo
do pastejo em sistemas de integração lavoura-pecuária.
1.2. Hipótese de Estudo
Investigou-se a hipótese de que diferentes alturas de manejo do
pasto, criadas a partir da aplicação de diferentes cargas animais em pastagens
de azevém anual e aveia preta, possam gerar diferentes estruturas que, por
sua vez, criariam diferentes ambientes de alimentação. Essas condições
poderiam afetar o comportamento dos animais em pastejo, com reflexos sobre
seus padrões de deslocamento e conseqüências de potencial impacto para a
produtividade de um sistema de integração lavoura-pecuária.
1.3. Modelo conceitual: comportamento ingestivo dos animais em pastejo
e o sistema de integração lavoura-pecuária
O modelo conceitual proposto na Figura 1 sugere que a intensidade
de pastejo empregada numa pastagem afetaria a estrutura do pasto em oferta
para os animais, determinando, por sua vez, diferentes padrões de pastejo.
Neste sentido, a intensidade de pastejo, representada pelas alturas de manejo
do pasto, seria a principal variável a determinar a produtividade do sistema.
Figura 1. Modelo conceitual de como o comportamento ingestivo dos animais
em pastejo, ao longo do ciclo da pastagem, afeta o sistema de
integração lavoura-pecuária (Carvalho, 2007 com. pes.).
A disponibilidade de forragem no sistema está diretamente
associada ao crescimento da biomassa no pasto, este determinado pela
quantidade de carbono fixada a cada dia, dependente da energia interceptada,
8
8
que por sua vez depende da radiação solar incidente e da área foliar existente
(Maraschin, 2001). Assim sendo, o pastejo, dependendo de sua intensidade,
afetaria a área foliar e a interceptação luminosa do dossel o que, por sua vez,
afetaria as taxas de fotossíntese e a capacidade de produzir novas folhas.
Essas alterações no processo fotossintético, determinadas por variações de
intensidade de pastejo (Parsons et al., 1983), afetam a taxa de acúmulo de
matéria seca e a quantidade de forragem disponível (Sila & Pedreira, 1997).
A disponibilidade de pasto, por conseguinte, definiria o ritmo de
aquisição de forragem, afetando a frequência com que os animais apreendem
os bocados (Carvalho et al., 2005a). Conforme Carvalho et al. (2005a), o ritmo
de aquisição de forragem determina ciclos de pastejo denominados refeições,
cujo número e extensão são reflexos do nível de saciedade atingido pelo
animal. Quanto menor este nível, maior o deslocamento dos animais na busca
pelo alimento, maior o tempo dispendido no processo de alimentação, e maior
o número de estações alimentares visitadas. Segundo o modelo proposto, o
impacto sobre os atributos físicos do solo seria fundamentalmente resultado da
intensidade de deslocamento dos animais sobre a área, em conjunto com o
efeito de maior ou menor proteção do solo por parte da biomassa vegetal.
Segundo Kluthcouski & Stone (2003), dependendo da intensidade de
pastejo empregada, esta terá reflexo no nível de palhada a qual servirá de base
para a implantação da lavoura de verão no sistema de semeadura direta, onde
os resíduos das forrageiras concorrem para a melhoria do solo, favorecendo
especificamente sua estruturação e a estabilidade dos agregados, tornando-o
menos susceptível à compactação.
9
9
O resultado das diferentes quantidades de forragem disponível,
condicionadas pelo manejo da intensidade de pastejo, é a criação de diferentes
ambientes para a implantação da cultura de verão, os quais poderão influenciar
positiva ou negativamente seu rendimento, em razão de alterações dos
atributos físicos e químicos do solo promovidos pelo pastejo anterior.
Aguinaga et al. (2006) salientam que elevadas cargas animais, como
aquelas utilizadas para manter a pastagem numa altura de 10 cm (aprox. 1500
kg de PV/ha) aumentam as possibilidades de alterações das características
físicas do solo, devido à menor massa de forragem e menor quantidade de
resíduo remanescente sobre a superfície do solo, o que irá reduzir a
quantidade de palhada para o plantio direto subseqüente. Além disso, nessas
condições sabe-se que animal lança mão de estratégias de forrageamento a
fim de alcançar um nível adequado de consumo, precisando deslocar-se mais
em busca da forragem.
No que diz respeito ao rendimento do ciclo da pecuária, Aguinaga et
al. (2006) comprovaram num sistema de integração lavoura-pecuária, que o
aumento do desempenho animal, em termos de ganho médio diário (GMD),
esteve condicionado ao incremento da forragem disponível, resultando em
valores de 0,73 a 1,14 kg/animal por dia, respectivamente, para os tratamentos
de 10 e 30 cm de manejo da altura do pasto.
Em suma, a produtividade final do sistema de integração lavoura-
pecuária resulta do rendimento de grãos obtido na cultura de verão somado ao
desempenho animal obtido durante o inverno, ambos influenciados pela
intensidade de pastejo conferida ao pasto que, por sua vez, refletirá nas
condições físicas e químicas do solo sobre as quais a produção é dependente.
1.4. Impacto do animal no sistema
Os debates recentes em torno das estratégias para o desenvolvimento
de sistemas de produção sustentáveis têm apontado de forma clara a
necessidade de se considerar, além do quesito produtividade, enfatizado no
passado, outros indicadores como a estabilidade e a sustentabilidade da
produção. Por definição, agricultura sustentável é um sistema integrado de
práticas de produção de plantas e de animais com conseqüências em longo
prazo, que satisfaçam a necessidade de alimentos, melhorem a qualidade
ambiental, façam o uso mais eficiente dos recursos naturais e da propriedade,
integrando ciclos e controles biológicos, sustentando a viabilidade econômica
das operações agrícolas e melhorando a qualidade de vida do agricultor e da
sociedade (Nabinger, 1996).
Entretanto, muitos lavoureiros sedimentados em conceitos em
desuso costumam apresentar, ainda, certa cautela para com o pastejo em
áreas de cultivos agrícolas, sendo que a principal justificativa seria a
compactação do solo ocasionada pelo pisoteio do animal. Porém, já é de
conhecimento ser a integração lavoura-pecuária, quando bem manejada, uma
alternativa sustentável e lucrativa. No entanto, quando manejada de forma
inadequada, esta prática pode dar início a um ciclo de degradação do solo com
riscos do ponto de vista econômico e ambiental.
11
11
A atividade pecuária é responsável por significativas alterações nas
propriedades do solo, em razão da presença do animal e das variações de seu
manejo. Desta forma, a presença do animal na pastagem terá efeito sobre as
propriedades físicas e químicas do solo, merecendo destacar o seu efeito
sobre a compactação do solo e a reciclagem de nutrientes no sistema
(Cantarutti et al., 2001).
O pisoteio animal sobre o solo úmido causa adensamento e
selamento superficial. Esses fatores diminuem a capacidade de crescimento
das plantas, que produzirão menos biomassa, aumentando, dessa forma, a
susceptibilidade do solo ao impacto do pisoteio animal, da gota da chuva e do
escoamento superficial. Esses fatores iniciam o processo de erosão, que
tornará o solo ainda mais pobre, reduzindo significativamente a produção de
biomassa (Mello, 2002).
A resistência à penetração do solo é uma das características
relacionadas ao selamento superficial e adensamento, e está associada à
compactação. A baixa taxa de cobertura do solo, assim como lotações
excessivas, acelera o processo de selamento superficial. A ausência de
cobertura permite o contato direto do casco do animal sobre o solo úmido,
acentuando o grau de selamento. Da mesma forma, lotações excessivas
tendem a aumentar a quantidade de solo descoberto devido à diminuição da
massa de forragem residual, o que incrementa o efeito do pisoteio (Mello,
2002).
Uma vez instalado o processo de selamento superficial, inicia-se a
compactação do solo, refletida principalmente pelo aumento da densidade
global do solo e resistência mecânica e diminuição da porosidade total em
12
12
função, principalmente da redução do volume dos macroporos (Dias Júnior &
Pierce, 1996).
Dos efeitos danosos da degradação do solo pelo pisoteio animal,
talvez o mais severo e que traz mais limitações para o desenvolvimento das
pastagens e lavouras subseqüentes seja a redução dos macroporos. A redução
da macroporosidade reduz a respiração do sistema radicular, em presença de
camada compactada, e por isso todas as funções do sistema radicular ficam
prejudicadas. Quando não oxigênio suficiente para a respiração do sistema
radicular, a planta terá dificuldade para a absorção de água e nutrientes. Por
isso, plantas submetidas a solos compactados tornam-se muito susceptíveis a
déficits hídricos, uma vez que esse processo está associado à redução do
sistema radicular (Mello, 2002).
No entanto, é questionável o fato dos animais causarem prejuízos
nas características físicas do solo pelo efeito do pisoteio porque o animal, em
si, não compacta o solo. Se a lotação utilizada for moderada, é normal que
aconteça um adensamento do solo, fato este que não compromete o
desenvolvimento vegetal, pois a macro e a micro porosidade não são afetadas
(Mello, 2002).
Cassol (2003) e Flores (2004), em experimento conduzido em
sistema de integração lavoura - pecuária, verificaram as alterações ocorridas
na densidade e na macroporosidade do solo, antes e depois do período de
pastejo, em áreas de aveia e azevém com diferentes alturas de manejo. Os
resultados demonstraram que não houve efeito das diferentes alturas de
manejo da pastagem sobre as características físicas do solo avaliadas após o
período de pastejo. Observaram-se, no entanto, um aumento da densidade e
13
13
diminuição de macroporosidade com a redução da altura de manejo da
pastagem na camada superficial, imediatamente após o pastejo. No entanto,
esse efeito foi rapidamente revertido pela cultura em sucessão.
1.5. Manejo do processo de pastejo
O sistema formado pela planta forrageira e o herbívoro é
extremamente complexo, e associa características individuais de cada um
destes agentes, interações e interdependência entre os mesmos; sendo o grau
de complexidade desse sistema ainda mais acentuado pela ação dos fatores
abióticos principalmente, solo e clima (Palhano et al., 2002).
Dentre os fatores bióticos, os herbívoros constituem o componente
mais importante na regulação do equilíbrio do sistema via pastejo. Vários têm
sido os estudos enfocando a função dos animais em ecossistemas de
pastagens; e os herbívoros têm sido, tipicamente, considerados como sendo
reguladores de espécies de plantas nesses sistemas e, consequentemente,
reguladores dos sistemas propriamente ditos.
O homem, por meio do manejo que submete ao pasto,
principalmente quanto ao tipo e intensidade de desfolha, passa a ser também
um agente que vem influenciar as interações vigentes entre planta e animal,
modificando de maneira significativa o ambiente pastoril, tanto em termos de
produção primária quanto secundária.
O manejo do pastejo envolve a regulação do processo de consumo
com vistas à otimização da colheita da forragem pelo animal em pastejo,
disponibilizando estruturas de pastos que venham a facilitar suas estratégias
de forrageamento, visando ao bem-estar do animal na busca da seleção de sua
15
15
dieta e maximização do seu potencial de produção. Nesse sentido, torna-se
fundamental o entendimento das inter-relações existentes entre as
características da pastagem e o processo de colheita do pasto, assim como o
efeito que as mesmas exercem sobre a estrutura do pasto, e de forma cíclica,
sobre o próprio comportamento dos animais em pastejo.
O que se torna essencial em qualquer estratégia de manejo é o
oferecimento da forragem em uma quantidade que potencialize o consumo dos
animais, além disso, cria condições de solo favoráveis, bem como promove a
ressemeadura de espécies (Carvalho et al., 2004). Ademais, um sistema de
manejo que permita ressemeadura natural é extremamente vantajoso para
espécies anuais, proporcionando uma economia na utilização de sementes no
ano seguinte, além de antecipação e maior período de utilização do pasto,
tornando o sistema mais eficiente.
Não é possível compreender e manejar uma pastagem sem situá-la
em sua verdadeira dimensão ecológica (Carvalho et al., 2004). Segundo
Nabinger (1996) o funcionamento da pastagem como um sistema ecológico é
regido por alguns princípios básicos determinantes dos níveis tróficos de
produtividade e devem ser bem entendidos para que possam ser
adequadamente conduzidos. Esses princípios envolvem: a) uma radiação solar
para alimentar o fluxo de energia como base do funcionamento do sistema; b) a
captura desta energia incidente que depende de uma superfície de captação
(folhas), cujo tamanho e eficiência de transformação de energia solar em
energia química depende da disponibilidade de nutrientes assegurada pala
absorção (raízes) e reciclagem de nutrientes no sistema; c) o pastejo que afeta
ambos os processos, ou seja, o fluxo de energia ao remover superfícies de
16
16
captação e o ciclo de nutrientes ao acelerar a mineralização; além da
disponibilidade de nutrientes através de sua retirada via produto animal.
O manejo do pastejo é, na sua essência, o compromisso entre a
necessidade de se manter a área foliar para a fotossíntese e a de colher
grande quantidade de tecido foliar de alta qualidade, evitando-se perdas por
senescência e morte de tecidos (Parsons, 1988). Porém, o dilema básico da
exploração animal em pastagem é a impossibilidade de maximizar a
interceptação e a conversão de energia solar em produção primária,
simultaneamente com a máxima eficiência de colheita (Parsons et al., 1983).
Desta forma, qualquer pasto desfolhado severamente te a
produtividade comprometida pela pouca área de folhas restantes. Isto
determinará uma menor interceptação da radiação incidente, o que
compromete a produção animal e a sustentabilidade da pastagem, sendo a
quantidade de forragem em oferta para o animal uma das principais
determinantes da produtividade do sistema. Por outro lado, um pasto
desfolhado muito levemente significa que pouca forragem é transformada em
produto animal, sendo grande parte da forragem não consumida perdida por
senescência, significando menor produtividade animal (Nabinger, 2002).
Apesar do possível antagonismo entre elas, existe um grau de
utilização no qual é possível conciliar um ótimo crescimento da pastagem com
uma ótima produção animal, ou seja, é possível otimizar o fluxo de energia no
sistema com benefícios para todos os componentes do mesmo (Nabinger,
2002).
Portanto, o manejo da desfolha que mantenha altos resíduos de
forragem é a forma mais eficiente de garantir maior crescimento da pastagem,
17
17
por meio do efeito sobre a área foliar residual, que garanta a maior
interceptação possível da radiação solar disponível. Além disso, em
conseqüência da maior quantidade de material senescente mantida em ofertas
mais altas, verifica-se o aumento do teor de matéria orgânica do solo com
conseqüente aumento na taxa de infiltração de água, resultando em melhorias
das condições físico-químicas do mesmo (Nabinger, 2002).
Essa situação é extremamente importante em termos de
sustentabilidade do ecossistema, pois assegura maior acúmulo de água no
solo, tornando a pastagem menos susceptível a deficiências pluviométricas.
Assim, menor escorrimento superficial, garantindo a manutenção de
maiores teores de nutrientes. Soma-se, a isso, a manutenção de uma parte
aérea maior, que também determina um sistema radical maior e mais profundo,
o que também contribui para uma maior tolerância a deficiências de
precipitação (Nabinger, 2002).
À medida que se aumenta a disponibilidade de forragem diária por
animal, o desempenho individual aumenta, pois o animal pode comer à boca
cheia e pode também selecionar o que comer em termos de partes da planta e
mesmo de espécies. A forragem ingerida nessas condições é mais rica em
proteína, minerais, com baixo conteúdo de fibras e com elevada digestibilidade.
Como conseqüência, tem-se uma resposta animal máxima para as condições
da pastagem oferecida (Nabinger, 2002).
Concomitantemente à redução da disponibilidade de forragem
existente na pastagem pelo acréscimo de animais, a oportunidade de seleção é
decrescida diminuindo, assim, o desempenho animal. A partir de determinada
disponibilidade de matéria seca, os animais não conseguem sequer atender à
18
18
sua capacidade de ingestão. Com a redução quantitativa da dieta, ocorrerá
uma queda no desempenho animal, podendo chegar a uma disponibilidade tão
limitante que o animal passa a ingerir forragem que atenda somente a sua
necessidade de mantença (Moraes, 1989).
Ainda que para aumentar a oferta de forragem por animal tenhamos
que diminuir a lotação, isto o significa que com menos animais por unidade
área, haja prejuízo com relação ao ganho por área. Na verdade, até certo
ponto, se houver uma relativa diminuição da carga animal para possibilitar
aumento da oferta por indivíduo, certamente haverá aumento na produção por
área, pois cada indivíduo que ali permanece produz tanto mais que compensa
o menor número de indivíduos.
A caracterização de um ambiente pastoril adequado se em
função da integração de aspectos produtivos. O manejo bem sucedido da
pastagem deve equilibrar as demandas nutricionais dos animais com as
flutuações estacionais na produção de forragem. Uma dieta de alta qualidade é
dependente não somente do potencial qualitativo da espécie forrageira, mas
também da possibilidade (controle do pastejo) e capacidade (características do
animal) em selecionar uma dieta de alto valor nutritivo.
Rodrigues & Reis (1997) comentaram que qualquer sistema de
pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, dependendo do nível de
consumo de energia que ele venha a atingir. O consumo está diretamente
relacionado com a oferta de forragem, com a proporção de folhas na pastagem
e à sua digestibilidade.
1.6. Estrutura do pasto
A estrutura de um pasto é uma característica central e determinante
tanto da dinâmica de crescimento e competição nas comunidades vegetais
quanto do comportamento ingestivo dos animais em pastejo (Carvalho et al.,
2001). Laca & Lemaire (2000) definem a estrutura do pasto como a distribuição
e o arranjo dos componentes da parte aérea das plantas dentro de uma
comunidade, e várias são as características utilizadas para descrevê-la: altura,
densidade populacional de perfilhos, densidade volumétrica da forragem,
distribuição da fitomassa por extrato, ângulo foliar, relação folha:colmo, etc.
Em outras palavras, a estrutura do pasto é a forma com que esta
forragem está disponível para o animal e é responsável pelo grau de pastejo
seletivo exercido pelos animais, assim como a eficiência com que a forragem é
colhida; o que vai determinar a quantidade total de nutrientes ingeridos em
pastejo (Stobbs, 1973a).
Em seu processo de alimentação, os herbívoros têm o desafio de se
alimentarem de um recurso que é complexo e dinâmico no tempo e no espaço.
Uma mesma planta tem sua estrutura e composição modificada ao longo do
tempo, fruto de sua fenologia e resposta ao meio ambiente. Em cada fase a
natureza da matéria seca das plantas apresenta diferentes proporções de
folhas, colmos, inflorescência e material morto no perfil da pastagem (Carvalho
et al., 2001), associada a uma queda da qualidade do pasto com o avanço da
20
20
idade das plantas. A maneira com que esse processo ocorre está associada ao
processo de pastejo, principalmente à intensidade de desfolha (Carvalho &
Moraes, 2005).
Dentre os diversos parâmetros estruturais do pasto, a altura está
dentre aqueles que mais influencia o animal a decidir sobre um bocado, sendo
uma característica importante na seleção de dietas. A altura, para os animais,
significa quantidade de biomassa disponível. A preferência por altura significa
oportunidade de alta ingestão à medida que potencializa a profundidade do
bocado, que por sua vez é a principal determinante da massa do bocado
(Carvalho et al., 2001).
Os bovinos, como qualquer outro herbívoro, têm o seu consumo
elevado com o aumento da quantidade de forragem na pastagem, sendo este
comportamento melhor explicado por uma resposta funcional clássica, tal qual
sugerido na Figura 2. O autor relaciona o efeito da estrutura do pasto sobre a
ingestão de forragem por animais em pastejo, sendo descrito por uma função
curvilinear, onde existe um aumento do consumo à medida que aumenta a
quantidade de forragem presente na pastagem até um ponto de estabilização,
representado pela saturação do animal em processar o alimento. As curvas A,
B e C indicam que é possível se observar diferentes níveis de consumo para
uma mesma altura, massa de forragem ou índice de área foliar por diferenças
na arquitetura ou na qualidade intrínseca das plantas, ou mesmo com animais
de diferentes massas corporais e potenciais genéticos (Carvalho et al., 2001).
21
21
Figura 2. Relação entre parâmetros do pasto e o consumo de forragem
(Carvalho et al., 2001).
Nesse contexto, vale mencionar os resultados obtidos por Sarmento
(2003) em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu manejados em quatro
alturas (10, 20, 30, 40 cm), onde a massa do bocado respondeu de forma
crescente ao aumento da altura do pasto, obtendo valores variando de 0,5 a
1,5 g MS.bocado
-1
. Em relação ao consumo de forragem, os animais mantidos
em pastos de 10 cm tiveram seu consumo quase 60% inferior quando
comparados com aqueles mantidos em pastos de 40 cm.
Em estudos com plantas forrageiras de clima temperado as relações
entre altura do pasto, consumo de forragem e desempenho animal são bem
evidentes, demonstrando que aumentos em altura, desde que não haja
decréscimo no valor nutritivo da forragem, proporcionam incrementos no
22
22
consumo individual, bem como no desempenho de diferentes categorias
animais (Hodgson, 1990).
1.7. Comportamento em pastejo
O ato de pastejo envolve uma série bastante complexa de decisões
que dependem de um elaborado arranjo mental, motor e de habilidades
digestivas. Qualquer animal que deseje se alimentar necessita tomar uma série
de decisões sobre como se comportar na procura, ingestão e digestão do
alimento. Estudos mostram que os animais podem reconhecer o valor
energético dos alimentos e contabilizar o custo energético para obtê-los, o que
permite aos herbívoros colherem, de forma geral, uma dieta de qualidade
superior àquela presente na média do ambiente (Fraser & Broom, 1998).
O pastejo pode ser definido como o processo pelo qual animais
consomem plantas para adquirir energia e nutrientes, utilizando seus sentidos,
cabeça e pernas para alocar bocados potenciais e seu aparato bucal para levar
a forragem à boca, preendê-la entre os dentes, cortá-la com movimentos de
cabeça - caracterizando um bocado - para então mastigá-la, formando o bolo
alimentar; para, finalmente, degluti-la (Cosgrove, 1997). Em contraste, esta
atividade inclui períodos curtos em que o animal não se encontra efetivamente
se alimentando, mas envolvido em atividades diretamente associadas a esse
processo, ou seja, selecionando a sua dieta e se movimentando para novos
sítios de alimentação.
A organização temporal do pastejo envolve turnos, quando é de
forma contínua, podendo apresentar várias refeições, as quais são
24
24
interrompidas por intervalos de duração variados destinados a outras
atividades, dentre as quais se destacam a ruminação, o descanso, as
caminhadas, a vigilância, as atividades sociais, etc. (Mayes & Duncan, 1986).
Uma refeição é definida por uma longa seqüência de pastejo (Carvalho et al.,
2005). Quando ela é interrompida, a refeição se define e inicia-se um intervalo
entre refeições, cujo período de tempo o animal destina para a realização de
outras atividades fora o pastejo.
Todas essas atividades são essenciais à existência dos animais e
nenhuma é desnecessária, embora cada uma tenha diferentes amplitudes de
flexibilidade, demonstrando uma forma de competição entre as mesmas
(Carvalho & Moraes, 2005); sendo que o tempo despendido em cada uma
dessas atividades dependerá, fundamentalmente, da estrutura do pasto, das
condições ambientais e das exigências nutricionais dos animais.
Segundo Carvalho (2005), o número de refeições parece ser um
indicador da qualidade do ambiente pastoril. O animal responde diretamente à
estrutura do pasto, obtendo uma velocidade de ingestão elevada quando a
massa de forragem é adequada, enchendo rapidamente o rúmen; e como
nestas situações uma elevada seletividade lhes é permitida, os animais colhem
uma dieta de elevada qualidade de forma rápida (Carvalho & Moraes, 2005).
A multiplicação do número de refeições diárias pelas suas
respectivas durações perfaz o tempo de pastejo diário. Dificuldades mecânicas
associadas à resistência da planta, o movimento envolvido em adquirir a
forragem e à manipulação necessária antes de deglutir o alimento impõem
limites no consumo do animal (Fraser & Broom, 1998). Essas características
traduzem a facilidade de apreensão e remoção da forragem, de forma a refletir
25
25
no tempo diário de pastejo. Com isso, se introduz o conceito de
apreensibilidade ou ingestibilidade da forragem, atributo do pasto que afeta a
velocidade de aquisição de nutrientes pelos animais em pastejo (Carvalho et
al., 2005); característica diretamente relacionada à outra variável
comportamental, qual seja, a freqüência dos bocados realizados por animais
em pastejo (taxa de bocados) que intimamente relaciona-se com a massa do
bocado.
No seu tempo de pastejo, os animais procuram ser eficientes, uma
vez que buscam bocados potenciais enquanto mastigam a forragem
apreendida em bocados anteriores (Prache, 1997). Em pastos cujo valor
nutritivo e disponibilidade não são limitantes, assume-se, muitas vezes, que o
tempo de procura por bocados potenciais é insignificante, pois o animal
mastiga a forragem enquanto se movimenta de uma estação alimentar para
outra (Laca & Demment, 1992). Uma estação alimentar, segundo Ruyle &
Dwyer (1985), é definida como um semicírculo hipotético, disponível na frente
do animal, que ele alcançaria sem mover suas patas dianteiras. Nesta situação,
a alta massa de forragem presente proporciona um maior tempo de
permanência na estação alimentar até que o ponto de abandono seja atingido,
representado pelo ponto a partir do qual a relação custo-benefício em explorá-
la passa a ser menos interessante (Carvalho & Moraes, 2005).
De forma geral, quanto maior a altura do pasto maior a massa de
forragem, menor é o número de movimentos de apreensão e maior os de
mastigação (Penning et al., 1994). Em contrapartida, quanto menor a altura das
plantas e mais densa a forragem, menos efetiva é a capacidade dos animais
ampliarem a quantidade de forragem trazida até a boca (Laca et al., 1993).
26
26
Quando a ingestão é reduzida, ocorre uma queda correspondente na
taxa de ingestão, a menos que um incremento compensatório na taxa de
bocados seja observado. Desse modo, a ingestão diária de forragem também
será afetada se qualquer redução na taxa de ingestão não puder ser
compensada por um incremento no tempo de pastejo diário (Hodgson, 1990).
O tempo gasto com a atividade de pastejo gira em torno de 6 a 8
horas por dia. No caso do tempo de pastejo exceder 8 a 9 horas diárias é um
indicativo de condições limitantes do pasto sobre o consumo de forragem
(Hodgson, 1990); padrão de atividade para o qual a diminuição da massa de
forragem provoca aumento no tempo de pastejo. Conforme Stuth (1991), o
tempo de pastejo diário é uma função direta da qualidade e disponibilidade de
forragem e balanço térmico.
A ruminação se processa logo após os períodos de alimentação, no
qual o alimento é regurgitado, remastigado, reensalivado e novamente
deglutido (Fraser & Broom, 1998), com o objetivo de diminuir o tamanho das
partículas alimentares, a fim de permitir maior ataque das enzimas microbianas
e também a passagem dos alimentos pelo orifício retículo-omasal (Deswysen,
1993). De acordo com Fraser & Broom (1998) ocorrem diariamente de 15 a 20
períodos de ruminação de duração amplamente variável, dependente da
qualidade e quantidade da forragem consumida; acentuando-se ao anoitecer;
diminuindo gradativamente, até que se inicie um novo ciclo de pastejo, ao
amanhecer.
2. CAPÍTULO II
Padrões de uso do tempo por novilhos em pastagem consorciada de
azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta (Avena strigosa
Schreb)
1
1
Artigo elaborado de acordo com as normas da Revista Brasileira de Zootecnia (Apêndice 2).
28
28
Padrões de uso do tempo por novilhos em pastagem consorciada de azevém anual
1
(Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta (Avena strigosa Schreb)
1
2
3
Carolina Baggio
2
, Paulo César de Faccio Carvalho
3
, Jamir Luís Silva da Silva
3
,
4
Lemar Maciel da Rocha
2
, Carolina Bremm
2
, Davi Teixeira dos Santos
2
, Alda Lucia
5
Gomes Monteiro
4
6
7
Resumo - Com objetivo de avaliar as variáveis que compõem o processo de
8
pastejo de novilhos de corte foi desenvolvido um experimento em pastagem de azevém
9
anual (Lolium multiflorum Lam) e aveia preta (Avena strigosa Schreb) submetida a
10
diferentes alturas de manejo (10, 20, 30 e 40 cm). Testou-se a hipótese de que diferentes
11
estruturas de pasto pudessem promover alterações no comportamento em pastejo dos
12
animais. O estudo foi desenvolvido no município de Tupanciretã RS, de julho a
13
novembro de 2005. As alturas de manejo foram distribuídas em um delineamento de
14
blocos completos casualizados, com três repetições. O registro dos dados foi realizado
15
durante o período diurno, por observação visual, em três datas de avaliação, duas no
16
estádio vegetativo e uma no reprodutivo. As variáveis avaliadas foram: tempo de
17
pastejo, de ruminação, de outras atividades; número e tempo de duração das refeições e
18
número e tempo de duração dos intervalos entre refeições. Os resultados indicaram que
19
com a elevação da altura do pasto os animais reduziram o tempo de pastejo (Ŷ= 489,8 -
20
2,66x; R
2
=0,3072; P=0,0208) e o tempo de duração da refeição (Ŷ=92,25 -0,83x;
21
r
2
=0,5168%; P=0,0302). No entanto, aumentaram o tempo de ruminação (Ŷ= 101,5 +
22
1,22x; R
2
=0,6846; P=0,0443). As variáveis tempo de outras atividades, número de
23
refeições e tempo de duração e número de intervalos não demonstraram alterações
24
frente as diferentes alturas impostas (P>0,05). Os resultados evidenciaram modificações
25
no comportamento de pastejo dos animais frente a variações na altura de manejo do
26
pasto.
27
28
Palavras- chave: altura do pasto, bovinos, processo de pastejo
29
1
Parte da dissertação da primeira autora, como requisito para obtenção do título de Mestre em Zootecnia,
área de Concentração Plantas Forrageiras, UFRGS
2
Programa de Pós-graduação em Zootecnia/ UFRGS, Depto. de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia,
Cx. Postal 776, CEP 91501-970, Porto Alegre, RS. E-mail: cb[email protected]m.br
3
Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia da UFRGS
4
Departamento de Zootecnia da UFPR
29
29
Patterns in the use of time by steers in mixtures of Italian ryegrass (Lolium
1
multiflorum Lam.) and black oat (Avena strigosa Schreb)
2
3
Abstract - Aiming to assess the variables which composes the steers grazing
4
process, an experiment was runned with pastures composed by italian ryegrass (Lolium
5
multiflorum Lam.) and black oat (Avena Strigosa Schreb) submitted to different sward
6
heights (10, 20, 30 and 40cm). The hypothesis that different pasture structures could
7
promote changes in the ingestive behavior of animals was tested. The study was
8
developed in Tupanciretã RS, from July to November/2005. The sward heights were
9
distributed in an experimental randomized block design with three replicates. Data was
10
recorded by visual assessment, from sunrise until sundown, in three evaluation dates,
11
two in the vegetative stage and one in the reproductive stage. The evaluated variables
12
were grazing time, rumination time, idling time, number and length of meals, and
13
number and length of meals intervals. Results indicated that with increasing pasture
14
height the animals reduced grazing time (Ŷ= 489.8 -2.66x; R
2
=0.3072; P=0.0208) and
15
the meal length as well (Ŷ=92.25 -0.83x; r
2
=0.5168%; P=0.0302). However, the
16
ruminating time increased = 101.5 + 1.22x; R
2
=0.6846; P=0.0443). The variables
17
such as idling time, number of meals and number/length of intervals were not
18
influenced by the sward surface height (P>0.05). The results showed changes in the
19
animals grazing behavior due to the variations in the sward height management.
20
21
Key-words: grazing process, steers, sward surface height
22
23
30
30
Introdução
1
O ecossistema de pastagens é caracterizado por uma série de inter-relações, e uma
2
delas compreeende a interface planta-animal, regida por relações de causa e efeito, onde
3
diferentes estruturas de pasto determinam padrões distintos de comportamento e
4
desempenho animal (Carvalho, 1997). O conhecimento dos processos que norteiam as
5
decisões alimentares dos animais, em diferentes condições de alimentação, pode vir a
6
favorecer o consumo de forragem, bem como potencializar o desempenho produtivo dos
7
animais em pastejo (Carvalho et al., 2001). Nesse sentido, é necessária a oferta de
8
estruturas adequadas à obtenção dos nutrientes requeridos pelo animal, com vistas à
9
facilitação da colheita de forragem por meio da otimização de sua velocidade de
10
ingestão (Carvalho et al., 2005).
11
Assim sendo, a altura é um dos componentes estruturais do pasto primordiais à
12
regulação do consumo de forragem a curto prazo, significando aos animais a quantidade
13
de alimento que está a sua disposição. Ela define, desta forma, a massa do bocado, que
14
está diretamente relacionada à profundidade da camada de forragem a ser removida
15
(Hodgson et al., 1997). No entanto, a interferência dos diferentes componentes
16
morfológicos do pasto, tais como a massa de lâminas foliares, colmos e material
17
senescente, deve ser considerada, bem como a descrição da estrutura e a sua evolução
18
no decorrer do tempo (Trevisan et al., 2004).
19
O consumo pelos animais em pastejo deve levar em consideração a escala de
20
tempo considerada, pois os princípios que o regulam são diferentes nas escalas de curto
21
e de longo prazo (Ungar, 1996; Laca & Dement, 1992). No curto prazo, numa escala de
22
minutos a horas de pastejo, o consumo de forragem está associado a fatores inerentes à
23
estrutura e acessibilidade do pasto, bem como sua abundância e qualidade. No longo
24
prazo, a resposta funcional é denominada de consumo diário, sendo expressa em quilos
25
31
31
de matéria seca por dia e medido em escalas que vão de dias a semanas, onde fatores
1
fisiológicos e metabólicos, assim como a termorregulação, necessidade de socialização,
2
descanso, regulação do consumo de água, bem como a vigilância (Laca & Dement,
3
1992), devem ser considerados. Nesse enfoque, Carvalho et al. (2005) propuseram um
4
modelo empírico no qual o controle do consumo devesse ser enfocado em sua dinâmica
5
dentro das refeições e entre refeições ao longo do dia, onde o consumo de longo prazo
6
(consumo diário) de um animal em pastejo seria um produto cumulativo da ingestão
7
obtida em cada uma das refeições realizadas durante o dia, sendo esse consumo
8
diretamente associado ao controle da ingestão de curto prazo.
9
Assim, somadas as refeições diárias e suas durações ao longo do dia têm-se o
10
tempo de pastejo diário (Carvalho & Moraes, 2005), variável considerada indicativa das
11
condições de pasto. Neste sentido, considera-se que as atividades dos animais são
12
excludentes, ou seja, o aumento ou redução no tempo que o animal destina para a
13
atividade de pastejo, refletirá em alterações proporcionais no tempo disponível para a
14
realização de atividades como a ruminação, descanso, atividades sociais entre outras
15
(Carvalho et al., 2001).
16
Segundo Carvalho & Moraes (2005) um ambiente pastoril adequado do ponto de
17
vista alimentar (ingestão de nutrientes), pode ser medido por um conjunto de
18
caracterizações comportamentais, tais como: número de refeições maior e a duração
19
menor de cada uma das refeições; além do intervalo entre refeições maior e o tempo de
20
pastejo é menor, dentre outras.
21
Com objetivo de descrever as variáveis que compõem o processo de pastejo de
22
bovinos de corte em pastagem consorciada de azevém anual (Lolium multiflorum Lam)
23
e aveia preta (Avena strigosa Schreb), nos estádios vegetativo e reprodutivo, diferentes
24
intensidades de pastejo, representadas por alturas de manejo, foram impostas buscando
25
32
32
criar diferentes ambientes de alimentação e, consequentemente, estruturas de pasto
1
distintas. Investigou-se a hipótese de que as diferentes estruturas de pasto criadas
2
determinam padrões de comportamento em pastejo distintos, sendo o animal capaz de
3
modificar suas estratégias de forrageamento adaptando-se ao ambiente pastoril criado.
4
5
Material e Métodos
6
O estudo foi desenvolvido na Fazenda do Espinilho, pertencente à Agropecuária
7
Cerro Coroado Ltda., situada no município de Tupanciretã, região do Planalto Médio do
8
Estado do Rio Grande do Sul, tendo a localização geográfica designada pela latitude
9
29°03´10´´ sul e longitude 53°50´44´´ oeste, à altitude de 465 m, no período de julho a
10
novembro de 2005. O solo da área experimental é classificado como Latossolo
11
Vermelho Distroférrico (Embrapa, 1999) com condições de relevo suave ondulado
12
(Streck et al., 2002). O clima da região é subtropical úmido (Cfa), conforme a
13
classificação climática de Köppen.
14
A área experimental vem sendo conduzida em sistema de integração lavoura-
15
pecuária desde 2001. No período de verão, a área recebeu o cultivo de soja e, no
16
inverno, em 04/05/2005 foram semeados em plantio direto, 100 kg/ha de aveia preta
17
(Avena strigosa Schreb.) e 25 kg/ha de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.). A
18
adubação no plantio foi de 300 kg/ha de superfosfato simples e no dia 08/06/2005 fez-se
19
uma aplicação de nitrogênio (N) em cobertura na dose de 45 kg/ha na forma de uréia.
20
A área experimental constituiu-se de 22,5 ha subdividida em doze piquetes, com
21
áreas ajustadas em função da carga animal necessária para atingir e manter as alturas de
22
manejo do pasto em 10, 20, 30 e 40 cm, as quais foram mantidas constantes por lotação
23
contínua com taxa de lotação variável por meio da técnica “put-and-take”, sugerida por
24
33
33
Mott & Lucas (1952). O delineamento experimental adotado foi o de blocos completos
1
casualizados, com três repetições, onde o piquete constituía a unidade experimental.
2
Três bovinos de corte, machos, provenientes de cruzamento industrial, oriundos
3
do plantel da propriedade, com peso vivo médio de 260 kg e idade aproximada de um
4
ano foram submetidos às avaliações em cada unidade experimental. O pastejo iniciou-se
5
em 05/07/05, momento em que o pasto atingiu, em média, 19 cm de altura e 900 kg/ha
6
de matéria seca de massa de forragem, estendendo-se até 13/11/05, totalizando 131 dias
7
de pastejo. As avaliações de comportamento em pastejo foram realizadas em três
8
oportunidades ao longo do ciclo de utilização do pasto, a saber: 07/09, 09/10 e
9
30/10/2005 (as duas primeiras coincidindo predominantemente ao estádio vegetativo e a
10
terceira ao estádio reprodutivo).
11
As observações dos padrões de uso do tempo pelos animais foram realizadas no
12
período diurno, por observação direta, a partir da visualização dos animais desde o
13
início da manhã até o entardecer (período em torno das 06:00 às 20:00 h). As avaliações
14
foram realizadas simultaneamente nos três animais avaliadores, de cada piquete, sendo
15
registradas as atividades de cada animal, os quais foram identificados a campo a partir
16
de suas diferenças morfológicas individuais (pelagem, tamanho, cor, etc.) e por brincos
17
numerados.
18
As atividades foram monitoradas por meio de uma amostragem em intervalos
19
representativos do comportamento (Penning & Rutter, 2004), registrando-se a atividade
20
de maior ocorrência ao final de cada intervalo de 10 minutos, sendo feita a classificação
21
quanto a pastejo, ruminação e outras atividades.
22
A atividade de pastejo foi caracterizada pelo período no qual o animal encontrava-
23
se envolvido com as atividades de procura, apreensão, manipulação e mastigação da
24
forragem. O período de ruminação foi considerado como o período em que o animal
25
34
34
destinou para remastigação do conteúdo ruminal previamente ingerido e identificado
1
por movimentos mandibulares de elevada regularidade, com ausência de movimentos de
2
apreensão. Outras atividades envolveram atividades fisiológicas, sociais, de descanso e
3
vigilância, entre outras, ou seja, tudo o que não se enquadrasse nas caracterizações de
4
tempo de pastejo e de ruminação. Os valores, expressos em minutos, médios dos três
5
animais avaliadores, foram registrados como tempo de pastejo, tempo de ruminação e
6
tempo de outras atividades.
7
O número de refeições, o tempo de duração da refeição, o número de intervalo
8
entre refeições e o tempo de duração do intervalo entre refeições foram obtidos a partir
9
do controle das atividades dos animais (Penning & Rutter, 2004). Por definição, uma
10
refeição é considerada uma longa seqüência de pastejo. Quando ela se interrompe por
11
vários minutos por qualquer outra atividade, a refeição anterior se define e a próxima
12
inicia tão logo o animal realize uma nova seqüência (Carvalho & Moraes, 2005). Para
13
tal, neste trabalho, uma refeição foi caracterizada como sendo uma seqüência de pastejo
14
onde, no mínimo, duas observações sucessivas de 10 minutos (20 minutos) na atividade
15
de pastejo eram observadas. A interrupção do pastejo por qualquer outra atividade,
16
também por um período nimo de 20 minutos, caracterizou o término da refeição e
17
início do intervalo entre refeições.
18
A equipe de trabalho, previamente treinada, foi formada por três observadores por
19
bloco, totalizando nove indivíduos - posicionados fora das unidades experimentais -
20
com auxílio de binóculos, a fim de evitar interferência na conduta normal dos animais
21
em pastejo.
22
Para caracterização da estrutura do pasto, foi monitorada sua altura utilizando-se
23
um bastão graduado (“sward stick” - Barthram, 1985) cujo marcador em acrílico
24
transparente corre por uma régua e marca a distância entre o topo da superfície do pasto
25
35
35
(lâmina foliar mais elevada) e a superfície do solo. Os registros de altura do pasto foram
1
realizados nos dias 08/09, 29/09 e 29/10/2005. Os pontos de amostragem foram
2
definidos de forma aleatória, totalizando cem leituras por unidade experimental.
3
A massa de forragem disponível foi obtida por corte com tesoura, rente ao solo,
4
numa área delimitada por um quadro de 0,25 m
2
, em cinco pontos amostrados por
5
unidade experimental, obtidos de forma aleatória nas datas acima citadas. As amostras
6
cortadas eram colocadas em saco de papel e secas em estufa de circulação de ar forçado
7
à temperatura de 65
o
até peso constante, para determinação da quantidade de matéria
8
seca (MS). A oferta de forragem (OF) foi expressa pela fração entre a forragem
9
disponível e a carga animal média, em cada data de avaliação de comportamento, sendo
10
expressa em kg de MS de forragem/ kg de peso vivo /dia (Sollenberg et al., 2005).
11
A proporção dos componentes estruturais do pasto foi realizada por meio da
12
separação das frações lâmina foliar, colmo juntamente com bainha, inflorescência e
13
material senescente em cada amostra coletada. Depois de separados, os componentes
14
foram acondicionados em sacos de papel, isoladamente, e levados à estufa, até
15
atingirem peso constante e logo depois foram pesados. As ofertas dos diferentes
16
componentes do pasto foram expressas da mesma forma da oferta de forragem, acima
17
citada.
18
Os dados foram submetidos à análise de variância e Teste F ao nível de 5% de
19
significância. Quando detectadas diferenças entre os tratamentos (P<0,05) as médias
20
foram comparadas pelo Teste t (Student) ao mesmo nível de significância, utilizando-se
21
o procedimento Mixed do pacote estatístico SAS, versão 8.2 (SAS, 2001). Foram
22
realizadas análises de regressão até 3
a
ordem, conforme o modelo Ŷij = β0 + b1 Ai + b2
23
Ai2 + b3 Ai3 + γ(i,j) + ε (i,j), onde: Ŷ= variável dependente; β0= intercepto da
24
regressão; A = variável independente; b1 = coeficiente linear de regressão da variável Y
25
36
36
em função da variável independente; b2 = coeficiente quadrático de regressão da
1
variável Y em função da variável independente; b3 = coeficiente cúbico de regressão da
2
variável Y em função da variável independente; γ = desvios da regressão e ε = erro
3
aleatório residual. O modelo matemático geral referente à análise das variáveis
4
estudadas foi representado por: Y
ikj
= µ + T
i
+ β
k
+ (Tβ)
ik
+ E
j
+ (TE)
ij
+ ε
ikj.
Pelo
5
modelo, Y
ikj
representa as variáveis dependentes; µ é a média de todas as observações;
6
T
i
corresponde ao efeito dos tratamentos (alturas do pasto); β
k
é o efeito do k-ésimo
7
bloco; (Tβ)
ik
representa o efeito da interação entre tratamentos e blocos (erro a); E
j
é o
8
efeito do j-ésimo estádio fenológico do pasto; (TP)
ij
representa a interação entre os
9
tratamentos e estádios fenológicos; e ε
ikj
corresponde ao erro experimental residual (erro
10
b). Também procedeu-se análise de regresão com o auxílio do software estatístico
11
Sigma Plot 2004 v.9.0 para Windows.
12
13
Resultados e Discussão
14
As alturas médias obtidas pelo uso de lotações variáveis tiveram suas médias
15
próximas das alturas pretendidas, conforme os tratamentos propostos no estádio
16
vegetativo criando, nesse sentido, diferentes estruturas de pasto sobre as quais os
17
animais pudessem interagir. Com isto, atingiu-se o objetivo de oportunizar a ocorrência
18
de variações em suas estratégias de forrageamento, tanto na busca quanto na aquisição
19
da forragem, tendo em vista a criação de distintos ambientes de alimentação. Na média,
20
as alturas obtidas no estádio vegetativo foram de 8,7; 20,2; 35,3 e 44,1±1,7 cm,
21
respectivamente para os tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. as alturas obtidas no estádio
22
reprodutivo se ajustaram de forma menos precisa às alturas pretendidas pela maior
23
dificuldade na manutenção da altura do pasto durante esta fase fenológica. As alturas
24
reais obtidas neste estádio foram de 22,1; 34,9; 31,3 e 38,5±1,7 cm.
25
37
37
Não houve interação entre as alturas avaliadas e os estádios fenológicos do pasto
1
(P>0,05) para a massa de forragem, bem como para a oferta de forragem. Considerando
2
os dois estádios, a massa de forragem e a oferta de forragem variaram, repectivamente,
3
entre 2112 e 4961±84,1 kg/ha de MS e 1,7 e 14,4±0,8 kg de MS/Kg de PV/dia do
4
tratamento de maior ao de menor intensidade de pastejo. Verificou-se um aumento
5
linear na massa de forragem e exponencial na oferta de forragem com o incremento da
6
altura do pasto, confirmando, mais uma vez, a criação de diferentes ambientes de
7
alimentação (Figura 1). Palhano et al. (2002), da mesma forma, observaram aumento
8
linear na massa de forragem com incremento da altura do pasto, refletindo o efeito da
9
altura de manejo sobre a massa de forragem.
10
38
38
1
Figura 1. Relação entre a massa de forragem (MF; a) e a oferta de forragem (OF; b) com
2
a altura de manejo do pasto em pastagem de azevém anual e aveia preta,
3
considerando os valores médios dos dois estádios avaliados.
4
Figure. 1. Relationship between herbage mass (HM, a) and forage allowance (FA, b) with surface height
5
treatments at 10, 20, 30 and 40 cm in italian ryegrass and black oat pastures considering the
6
mean values of the two evaluated stages..
7
8
Houve interação entre as alturas avaliadas e os estádios fenológicos do pasto
9
(P=0,0065) para massa de lâminas foliares, ajustando-se a um modelo de regressão
10
linear no estádio vegetativo (Figura 2), revelando o aumento da participação deste
11
componente com aumento da altura do pasto. Já no estádio reprodutivo, a massa de
12
lâminas foliares não se ajustou a nenhum modelo de regressão, pois em situações de
13
baixa intensidade de pastejo, à medida em que os perfilhos amadurecem, não produzem
14
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0 10 20 30 40 50
MF (kg/ha de MS)
HM (kg/ha of DM)
Vegetativo Reprodutivo
Ŷ= 339,84 + 112,23x
CV=6,30%; R
2
=0,9699 (P<0,0001)
Vegetative
Reproductive
0
5
10
15
20
0 10 20 30 40 50
Altura do pasto (cm)
Sward heigth (cm)
OF (kg MS/ kg PV/dia)
FA (kg DM/ kg LW/day)
Y=0,4459*exp
(0,0813*x)
CV=48,43%; R
2
=0,9254 (P=0,0334)
(b)
(a)
39
39
mais folhas novas (Pontes et al., 2004), sendo a média obtida de 185,67±33,51 kg/ha de
1
MS.
2
400
600
800
1000
1200
0 10 20 30 40 50
Altura do pasto (cm)
Sward heigth (cm)
Massa demina foliar (Kg/ha MS)
Leaf blade mass (Kg/ha DM)
Ŷ= 471,23 + 13,73x
CV= 12,43%; R
2
=0,7954 (P<0,0001)
3
Figura 2. Relação entre a massa de lâmina foliar e a altura do pasto no estádio vegetativo
4
da pastagem de azevém anual e aveia preta.
5
Figure 2. Relationship between leaf blade mass and sward surface height for the treatments 10, 20, 30
6
and 40 cm height treatments in the vegetative stage of Italian ryegrass and black oat pastures.
7
8
Em relação à massa de colmos + bainhas foi verificada uma interação da altura
9
com o estádio fenológico, ajustando-se a um modelo de regressão linear no estádio
10
vegetativo (Ŷ= - 325,13 + 71,49x; R
2
= 0,9909; P<0,0001; CV=6,41%). No estádio
11
reprodutivo esta variável não se ajustou a nenhum modelo de regressão sendo a média
12
obtida de 1300,64±64,12 kg/ha de MS. Situações de pastejo moderado, com menores
13
freqüências e intensidades de desfolha, geraram uma maior altura e, conseqüentemente,
14
maior participação de bainhas e colmos. Em relação à massa de material senescente
15
(P=0,0003) e massa de inflorescências (P=0,0110) foram verificadas diferenças entre os
16
dois estádios avaliados, com aumentos de 756 para 1531±94,1 kg/ha de MS e de 291
17
para 759±91,9 kg/ha de MS, respectivamente.
18
A oferta de lâminas foliares apresentou interação entre altura e estádio
19
(P<0,0001), verificando-se um aumento da oferta desse componente com o aumento da
20
altura do pasto no estádio vegetativo (Ŷ= -0,17 + 0,07x; R
2
=0,8612; P<0,0001;
21
40
40
CV=24,48%). No estádio reprodutivo a média obtida foi de 0,22±0,07 kg/ha de MS, não
1
ajustando-se a nenhum modelo de regressão. Aguinaga et al. (2006) relataram,
2
igualmente, um aumento na oferta de lâminas foliares com o incremento da altura de
3
manejo do pasto em pastagem mista de azevém anual e aveia preta. Quanto à oferta dos
4
demais componentes, a saber: inflorescência (Ŷ= -0,70 + 0,05x; R
2
=0,5701; P<0,0001;
5
CV=61,10%), colmo + bainha (Ŷ= -2,34 + 0,17x; R
2
=0,5382, P<0,0001; CV=66,91%) e
6
material senescente (Ŷ= -1,02 + 0,11x; R
2
=0,3632; P=0,0018; CV=77,16%), todos
7
tiveram seus aumentos condicionados à elevação da altura de manejo do pasto e
8
aumento da massa de forragem. No entanto, não houve interação entre a altura e o
9
estádio do pasto para essas variáveis. Em relação aos estádios, a oferta de colmo +
10
bainha diminuiu de 3,7 para 1,9±0,2 kg de MS/ kg de PV do estádio vegetativo para o
11
reprodutivo (P<0,0001), o que indica provavelmente, maior consumo desse componente
12
na fase final do pasto; enquanto que a oferta de material senescente aumentou de 1,6
13
para 2,7±0,2 kg de MS/Kg de PV (P<0,0001).
14
Observou-se que com o aumento das alturas de manejo, houve um decréscimo no
15
tempo destinado à atividade de pastejo (P=0,0208). Não houve interação entre as alturas
16
avaliadas e os estádios fenológicos do pasto (P>0,05) para essa variável. O maior tempo
17
de pastejo observado no tratamento de altura de 10 cm pode ser justificado pela menor
18
altura do pasto, bem como pela menor massa de forragem existente neste tratamento. O
19
tempo em pastejo variou de 459 a 380 ±37,1 minutos, dos tratamentos de menor para os
20
de maior altura, respectivamente. O aumento do tempo de pastejo é uma estratégia que
21
os animais dispõem para tentar compensar a diminuição da massa do bocado em
22
situações de baixa disponibilidade de forragem (Laca et al., 1992) com a finalidade de
23
tentar maximizar o consumo de forragem. Nesse sentido, o tempo de pastejo foi
24
negativamente correlacionado com a oferta de forragem (r= -0,53; P= 0,0008), tal qual
25
41
41
observado na Figura 3. Os valores observados por Sarmento (2003) apresentaram a
1
mesma tendência, ou seja, em pastos mantidos a 10 cm de altura os animais
2
despenderam cerca de uma hora a mais em atividade de pastejo se comparados a
3
animais mantidos em pastos de 40 cm.
4
0
100
200
300
400
500
600
700
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Oferta de forragem (Kg MS/ Kg PV)
Forage Allowance ( kg DM/ kg LW)
Tempo de pastejo (minutos)
Grazing time (minutes)
Vegetativo Reprodutivo
Vegetative
Reproductive
5
Figura 3. Relação entre o tempo de pastejo e a oferta de forragem, em pastagem de
6
azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios dos dois estádios
7
avaliados.
8
Figure 3. Relationship between grazing time and forage allowance in Italian ryegrass and black oat
9
pastures, mean values of the two evaluated stages.
10
11
O tempo de pastejo diferiu entre os estádios avaliados (P=0,0042). Os animais
12
apresentaram um aumento no tempo de pastejo de 390 para 460±20,6 minutos do
13
estádio vegetativo para o reprodutivo, possivelmente em função do aumento da
14
proporção dos componentes material senescente e inflorescência na estrutura do pasto e
15
forte diminuição da massa de lâminas foliares, o que pode causar redução de qualidade
16
e aumento de seletividade, sendo assim necessário aumentar o tempo dessa atividade. O
17
aumento do tempo de pastejo com a diminuição da forragem em oferta é uma resposta
18
clássica (Carvalho, 1997) e também foi verificado, por exemplo, por Pinto et al. (2007)
19
e Barbosa et al. (2007) que utilizaram novilhos e cordeiros, respectivamente.
20
Ŷ= 476,91 – 7,56x
CV= 16,61%; R
2
=0,4442 (P=0,0116)
42
42
Houve interação entre as alturas avaliadas e os estádios fenológicos do pasto
1
(P<0,05) para a atividade de ruminação. No estádio vegetativo esta variável teve seu
2
aumento condicionado à elevação da altura do pasto (y= 101,5 + 1,22x; R
2
=0,6846;
3
P=0,0443; CV=18,79%). Os resultados confirmam as observações feitas por Silveira
4
(2001), que reportou que a altura de manejo exerce importante influência nas atividades
5
de pastejo e ruminação, onde à medida que a oferta de forragem aumentava, os animais
6
reduziam o tempo de pastejo e aumentavam o tempo de ruminação. No estádio
7
reprodutivo essa variável não se ajustou a nenhuma equação de regressão, sendo a
8
média de 192,2±6,3 minutos.
9
Em relação à variável tempo em outras atividades não houve efeito significativo
10
da altura do pasto sobre a mesma (P>0,05). Resposta semelhante foi igualmente relatada
11
por Silveira (2001), que concluiu ser esta uma variável comportamental que os animais
12
pouco alteram, qualquer que sejam as condições de alimentação, pois nela estão
13
incluídas atividades independentes do aspecto nutricional, tais como atividades de
14
socialização, de termoregulação, dentre outros.
15
A distribuição das atividades diárias dos animais em pastejo, ilustrada na Figura 4,
16
demonstra que, em ambos os estádios avaliados, o pico da atividade de pastejo
17
concentrou-se ao entardecer, no período entre as 17 e 19 horas, o que resultou em
18
refeições de mais longa duração no final da tarde. Para Carvalho (1997), este é
19
considerado um período que os animais intensificam suas estratégias na ingestão de
20
nutrientes, tendo em vista os elevados teores de carboidratos não estruturais e teor de
21
matéria seca nas plantas neste período do dia. Neste período entre o final da tarde e
22
início da noite, os bocados capturam mais nutrientes do que os bocados realizados em
23
outros horários, considerando-se o mesmo volume, o que significa que o pastejo, neste
24
43
43
horário, seja mais eficiente e mais favorável na relação nutriente ingerido/nutriente
1
despendido.
2
3
Figura 4. Distribuição percentual das atividades diurnas de novilhos em pastagem de
4
azevém anual e aveia preta, nos estádios vegetativo (a) e reprodutivo (b).
5
Figure 4. Percentage distribution of steers diurnal activities in Italian ryegrass and black oat pastures, at
6
vegetative (a) and reproductive (b) stages.
7
8
(a) Vegetativo
Vegetative
0%
20%
40%
60%
80%
100%
6/7
7/8
8/9
9/10
10/11
11/12
12/13
13/14
14/15
15/16
16/17
17/18
18/19
Horário do dia (intervalos de hora)
Daily time (intervals)
Percentagem na atividade (%)
Percentage on activity (%)
Pastejo/grazing Ruminação/ruminating Outras atividades/idling
(b) Reprodutivo
Reproductive
0%
20%
40%
60%
80%
100%
5/6
6/7
7/8
8/9
9/10
10/11
11/12
12/13
13/14
14/15
15/16
16/17
17/18
Horário do dia (intervalos de hora)
Daily time (intervals)
Percentagem na atividade (%)
Percentage on activity (%)
44
44
Observa-se, também, que o tempo de ruminação perfaz um percentual menor das
1
atividades no estádio vegetativo do que no estádio reprodutivo, indicando que a dieta
2
obtida pelos animais era de menor qualidade neste último estádio.
3
Quanto ao tempo de duração da refeição, houve interação da altura do pasto com o
4
estádio fenológico (P=0,0209). No estádio vegetativo o tempo de duração da refeição
5
diminuiu linearmente com o aumento da altura do pasto (y=92,25 -0,83x; r
2
=0,5168;
6
P=0,0302; CV= 22,53%). No estádio reprodutivo esta variável não adequou-se a
7
nenhum modelo de regressão sendo a média obtida de 84,24±5,91 minutos. Tal
8
resultado está de acordo com a proposição de Carvalho & Moraes (2005), onde em
9
situações de abundância de forragem, maior é o número e menor a duração de cada
10
refeição. Nessa situação, uma elevada seletividade é permitida, respondendo o animal
11
diretamente a estrutura do pasto, sendo possível colher uma dieta de elevada qualidade,
12
e de forma muito rápida. Consequentemente, o estímulo para interrupção da refeição,
13
associado com o possível incremento de sinais saciedade, se apresenta mais
14
rapidamente.
15
O tempo de duração da refeição apresentou uma correlação negativa com a massa
16
de lâminas foliares (r= -0,56; P=0,0006), conforme demonstrado na Figura 5, ou seja, a
17
maior oferta deste componente no pasto mais alto resultou em uma diminuição do
18
tempo de duração da refeição, pois os animais atingem um ponto de saciedade em um
19
menor espaço de tempo, visto a maior velocidade de ingestão da forragem nessa
20
situação (Carvalho & Moraes, 2005).
21
22
23
24
45
45
y = 94,81 - 0,03x
CV=27,84% R
2
= 0,3195 (P=0,0003)
0
20
40
60
80
100
120
140
50 200 350 500 650 800 950 1100
Massa de lâmina foliar (kg/ha MS)
Leaf blade mass (kg/ha DM)
Tempo durão da refeição (minutos)
Meal length (minutes)
Vegetativo Reprodutivo
Vegetative
Reproductive
1
Figura 5. Relação entre o tempo de duração da refeição e a massa de lâmina foliar em
2
pastagem de azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios dos
3
dois estádios avaliados.
4
Figure 5. Relationship between meal length and leaf blade mass in Italian ryegrass and black oat
5
pastures, mean values of the two evaluated stages.
6
7
Quanto ao número de refeições não houve diferença entre os tratamentos
8
(P>0,05), sendo a média obtida de 6,04±0,3 refeições. É possível que a massa de
9
forragem, embora menor nos pastos mais baixos, não fosse menor o suficiente para
10
provocar alterações comportamentais de mais longo prazo, como é o caso do número de
11
refeições, tal como observado por Barbosa et al. (2007). Esses autores argumentaram
12
que a alteração do tempo de duração da refeição seria uma modificação
13
comportamental, frente a alterações na estrutura do pasto, de menor custo para o animal
14
do que alterações no número de refeições. Consequentemente, alterações nesta última
15
variável são somente observadas em situações de limitação importantes quanto à
16
quantidade de forragem em oferta.
17
Para as variáveis, tempo e número de intervalos entre refeições, não foi verificado
18
efeito significativo da altura sobre as mesmas (P>0,05), cujos valores médios foram de
19
66,07±3,7 minutos e 5,05±0,3 intervalos, respectivamente. Assim como para Silveira
20
(2001), os valores médios do tempo por intervalo não se mostraram significativos,
21
46
46
porém, este autor observou que em pastos mais altos, onde haja abundância de
1
forragem, maior a quantidade dos intervalos entre as refeições e o tempo destinado para
2
as outras atividades que não o pastejo.
3
4
Conclusões
5
Em situações de baixa disponibilidade de forragem os animais apresentam
6
estratégias alimentares compensatórias. Nessas situações os animais aumentam o tempo
7
de pastejo e o tempo de duração da refeição, diminuindo o tempo de ruminação. Com
8
relação aos estádios avaliados, a constatação é de que os animais modificam da mesma
9
forma, seu padrão de comportamento, ou seja, aumentam o tempo de pastejo, em função
10
das alterações que se sucedem no pasto no decorrer de sua fenologia.
11
12
Agradecimentos
13
Os autores agradecem o apoio dos membros do Grupo de Pesquisa em Ecologia
14
do Pastejo, a Agropecuária Cerro Coroado e o CNPq.
15
16
Literatura Citada
17
AGUINAGA, A.A.Q.; CARVALHO, P.C.F.; ANGHINONI, I. et al. Produção de
18
novilhos superprecoces em pastagem de aveia e azevém submetida a diferentes
19
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20
BARBOSA, M.P.; CARVALHO, P.C.F.; CAUDURO, G.F. et al. Componentes do
21
processo de pastejo de cordeiros em pastagens de azevém anual (Lolium
22
multiflorum Lam) manejadas sob diferentes intensidades e métodos de pastejo.
23
Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia. 2007. (submetido).
24
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47
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43
diferentes alturas. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, p.529-537, 2004.
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48
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de Agricultura Luiz de Queiroz, 2003. 76 p. Dissertação (Mestrado em
3
Agronomia) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2003.
4
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8
Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001. 154p. Dissertação
9
(Mestrado em Zootecnia) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001.
10
SOLLENBERG, L.E; MOORE, J.E; ALLEN, V.G. et al. Reporting forage allowance in
11
grazing experiments. Crop Science Society of America, v.45, p. 896-900. 2005.
12
STRECK, E.V; KÄMPF, N.; DALMOLIN, R.S.D et al. Principais classes de solo
13
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14
Grande do Sul. 1 ed.. Porto Alegre: Emater/RS; UFRGS, 2002. p. 23-50.
15
TREVISAN, N.B.; QUADROS, F.L.F.; SILVA, A.C.F. et al. Comportamento ingestivo
16
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17
folhas verdes. Ciência Rural, vol 34, n. 005, p.1543-1548, 2003.
18
UNGAR, E.D. Ingestive behavior. In: HODGSON, J.; ILLUS, A. (Eds). The ecology
19
and management of grazing system, 1996. p. 185-218.
20
21
3. CAPÍTULO III
Padrões de deslocamento e captura de forragem por novilhos em
pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta
(Avena strigosa Schreb) manejada sob diferentes alturas em sistema de
integração lavoura-pecuária
1
1
Artigo elaborado de acordo com as normas da Revista Brasileira de Zootecnia (Apêndice 2).
50
Padrões de deslocamento e captura de forragem por novilhos em pastagem de
1
azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta (Avena strigosa Schreb)
2
manejada sob diferentes alturas em sistema de integração lavoura-pecuária
1
3
4
Carolina Baggio
2
, Paulo C. de F. Carvalho
3
, Jamir Luís Silva da Silva
3
, Ibanor
5
Anghinoni
4
, Marilia L. Terra Lopes
2
, Juliana Muliterno Thurow
2
6
7
Resumo A estrutura do pasto pode influenciar a forma com que os animais
8
procedem no pastejo. Assim sendo, o propósito deste estudo foi avaliar as estratégias
9
alimentares de novilhos de corte em pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum
10
Lam.) e aveia preta (Avena strigosa Schreb.) conduzida em quatro alturas de manejo, a
11
saber: 10, 20, 30 e 40 cm. Investigou-se a hipótese de que diferentes alturas pudessem
12
determinar variações nos padrões de deslocamento e captura da forragem pelos animais
13
em pastejo, de potencial impacto num sistema de integração lavoura-pecuária. O estudo
14
foi desenvolvido no município de Tupanciretã RS, de julho a novembro de 2005. Os
15
tratamentos (alturas) foram distribuídos em um delineamento de blocos completos
16
casualisados com três repetições. Procederam-se avaliações diurnas, por observação
17
visual direta, em três datas, duas delas coincidindo ao estádio vegetativo e a terceira ao
18
reprodutivo. Os resultados evidenciaram que a diminuição da altura de manejo do pasto
19
esteve condicionada a aplicação de uma maior carga animal (P=0,0028), resultando em
20
uma menor massa de forragem (P<0,0001) e massa de lâminas foliares (P<0,0001).
21
Nessa condição de limitação, os animais aumentaram a taxa de bocados (P<0,0001), o
22
número de bocados por estação alimentar (P=0,0178), o número total de bocados
23
(P<0,0001), o número de estações alimentares visitadas (P=0,0009) e reduziram o
24
tempo de permanência na estação alimentar (P=0,0142). Esse padrão de resposta
25
resultou em menor deslocamento entre estações alimentares (P=0,0115), no entanto, a
26
quantidade de deslocamento total (P=0,0033) foi maior. Os animais modificam seus
27
padrões de captura por forragem e deslocamento em resposta à altura de manejo, onde a
28
limitação de forragem poderá ter impacto no sistema de integração lavoura-pecuária.
29
Palavras chave: bocado, bovinos, deslocamento, estações alimentares.
30
1
Parte da dissertação da primeira autora, como requisito para obtenção do título de Mestre em Zootecnia,
área de Concentração Plantas Forrageiras, UFRGS
2
Programa de s-graduação em Zootecnia/ UFRGS, Depto. de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia,
Cx. Postal 776, CEP 91501-970, Porto Alegre, RS. E-mail: cb[email protected]m.br
3
Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia da UFRGS
4
Departamento de Solos da UFRGS
51
Displacement patterns and herbage capture by steers in Italian ryegrass (Lolium
1
multiflorum Lam.) and Black oat (Avena strigosa Schreb) pastures managet under
2
differents heights in integrated crop-livestock system
3
4
Abstract Sward structure can affect the way animals graze. In this sense, this
5
experiment aimed to evaluate steers grazing strategies in Italian ryegrass (Lolium
6
multiflorum Lam.) and black oat (Avena strigosa Schreb.) pastures managed at four
7
sward heights, 10, 20, 30 and 40 cm. The hypothesis that different sward heights could
8
determine variations on displacement patterns and herbage capture by grazing animals,
9
with potential impacts in a crop-livestock system was tested. The study was developed
10
at Tupanciretã RS, from July to November 2005. The treatments (sward heights) were
11
distributed in a randomized block design with three replicates. Diurnal evaluations were
12
performed, by visual assessment, in three periods, two of them in the vegetative stage
13
and the third to reproductive stage. Results indicated that decrease in sward height were
14
related to the increased stocking rate (P=0.0028), resulting in lower herbage mass
15
(P<0.0001) and leaf blade mass (P<0.0001). In this limited situation, animals increase
16
bite rate (P<0.0001), the number of bites per feeding station (P=0.0178), the total
17
number of bites (P=0.0231), the number of visited feeding stations (P=0.0009) and
18
decreased the time per feeding station (P=0.0142). This response pattern resulted in
19
lower displacement among feeding stations (P=0.0115), however, the total of
20
displacement observed was greater (P=0.0033). Animals change their herbage capture
21
and displacement patterns in response to sward heights, where limited available herbage
22
could impact the crop-livestock system.
23
24
Keywords: bite, displacement, feeding station, steers
25
26
52
Introdução
1
Em razão de suas prerrogativas, a integração lavoura-pecuária aparece como uma
2
das estratégias mais promissoras para desenvolver sistemas de produção ecológica e
3
economicamente sustentáveis. Essa associação da produção de grãos e de forragem
4
otimiza a utilização das áreas sob cultivo, aumentando a capacidade produtiva, tanto
5
para a produção animal quanto para a de grãos, justificada pelos benefícios da
6
integração na melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo (Vilela et
7
al., 2001).
8
Esses benefícios, no entanto, dependem da intensidade de pastejo empregada nos
9
sistemas de integração lavoura-pecuária, uma vez que ela é a principal determinante da
10
produção animal, bem como das condições de solo e de palhada que se transferem à fase
11
agrícola (Carvalho et al., 2005b). Isto porque a presença do animal nos sistemas
12
integrados implica em efeitos sobre as propriedades físicas e químicas do solo,
13
merecendo destacar o efeito sobre a compactação do solo, que é dependente,
14
principalmente, da taxa de lotação e do tipo de animal empregados, dentre outros
15
fatores. Resultados obtidos por Conte et al. (2007) demonstraram, de fato, que o
16
aumento da intensidade de pastejo em pastagens de inverno incrementa a resistência do
17
solo à penetração, podendo acarretar em impacto negativo na cultura em sucessão. No
18
entanto, a simples presença do animal não significa, necessariamente, um
19
comprometimento do sistema. Por exemplo, pastagens de inverno conduzidas em
20
intensidades de pastejo moderadas, entre 15-20 até 30 cm de altura, têm assegurado, por
21
outro lado, elevado desempenho individual dos animais, maior eficiência do processo de
22
pastejo, elevada cobertura do solo e elevado acúmulo de carbono, não compromentendo
23
a cultura em sucessão quando comparada a sistemas onde não há a presença dos animais
24
(Carvalho et al., 2005b).
25
53
Portanto, em sistemas integrados de produção animal e vegetal, os herbívoros
1
desempenham um importante papel regulador do equilíbrio do sistema, por meio do seu
2
comportamento de pastejo. Após a desfolhação seletiva, o animal modifica a
3
composição dos tecidos remanescentes e a competição intra e/ou interespecífica dos
4
constituintes da vegetação, afetando a estrutura do pasto através do pastejo (Carvalho et
5
al., 1999a). Este, caracterizado pelo processo de busca e apreensão da forragem pelo
6
animal, pode ser visto como o resultado de uma série de decisões em diferentes níveis
7
espaço-temporais (Roguet et al., 1998), as quais são dependentes da estrutura do pasto
8
imposta aos animais.
9
Enquanto o animal procede ao pastejo, toda vez que tem suas patas dianteiras
10
imóveis, e inicia a remoção da forragem que está a sua frente, estabelece-se uma área
11
denominada estação alimentar (Carvalho et al., 2001). Baseado neste conceito o
12
comportamento ingestivo, nesta escala, pode ser caracterizado pelo tempo de procura
13
por estações alimentares, tempo de deslocamento entre estações alimentares, tempo de
14
permanência na mesma, número de bocados dentro de uma estação alimentar e a
15
duração do bocado enquanto em uma estação alimentar (Stuth, 1991). O tempo de
16
procura entre as estações alimentares ocupa de 20 a 30% da hora de pastejo (Stuth,
17
1991) e parece ser um mecanismo de ajuste associado aos atributos quanti-qualitativos e
18
estruturais do pasto (Carvalho & Moraes, 2005).
19
A forma com que os animais exploram as estações alimentares, portanto,
20
determina seu nível de consumo, uma vez que as regras de escolha e abandono das
21
mesmas afetam a ingestão de forragem e a eficiência do processo de pastejo (Carvalho
22
& Moraes, 2005). Os herbívoros escolhem e utilizam as estações alimentares de acordo
23
com a quantidade de alimento disponível, com as características estruturais do pasto,
24
qualidade, espécie de planta e sua distribuição no seu habitat. Assim, ao escolher uma
25
54
determinada estação alimentar, o animal ali permanece até que o consumo de nutrientes
1
diminua a níveis inferiores a uma média pré-experimentada pelo animal, referente ao
2
ambiente como um todo (Carvalho & Moraes, 2005). Quando esse momento é atingido,
3
ele passa a deslocar-se em busca de novos locais de alimentação que lhe garantam um
4
melhor consumo de nutrientes (Roguet et al., 1998).
5
A importância e aplicação desses conceitos do processo de pastejo, no contexto de
6
sistemas integrados de lavoura-pecuária, estão na hipótese de que o manejo do pasto, ao
7
determinar um maior ou menor deslocamento de animais na área, associado ao fato de
8
que este deslocamento se proceda sobre uma maior ou menor massa de forragem, afete
9
ultimamente os atributos físicos do solo e, conseqüentemente, a lavoura em sucessão.
10
Segundo Moraes & Lustosa (1997) reside, aí, um dos principais paradigmas com
11
relação ao uso de animais em sistemas integrados, particularmente em sistema de
12
semeadura direta.
13
Com o intuito de estudar o impacto da estrutura do pasto sobre o trânsito de
14
animais no ciclo da pastagem em um sistema de integração lavoura-pecuária, este
15
trabalho centralizou-se na investigação dos padrões de deslocamento e captura de
16
forragem de novilhos frente a diferentes alturas de manejo do pasto nos estádios
17
vegetativo e reprodutivo.
18
19
Material e Métodos
20
O presente trabalho foi conduzido na Fazenda do Espinilho, situada no
21
município de Tupanciretã, região fisiográfica do Planalto Médio do Estado do Rio
22
Grande do Sul, tendo a localização geográfica designada pela latitude 29°03´10´´ Sul e
23
longitude 53°50´44´´ Oeste, à altitude de 465 m, no período de julho a novembro de
24
2005. A área experimental vem sendo trabalhada treze anos em sistema integrado
25
55
de produção de soja com pastagem de inverno; esta composta por azevém anual (Lolium
1
multiflorum Lam) semeado em 04/05 na densidade de 25 kg/ha consorciado com aveia
2
preta (Avena strigosa Scherb) (100 kg/ha), em sistema de semeadura direta. A adubação
3
de plantio utilizada foi de 300 kg/ha de superfosfato simples e aplicação única de
4
nitrogênio (N) em cobertura no dia 08/06/2005, na dose de 45 kg/ha na forma de uréia.
5
O solo dessa área é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico
6
(Embrapa, 1999), de coloração vermelho-escura e textura muito argilosa (0,54 kg/kg de
7
argila, 0,17 kg/kg de silte, 0,29 kg/kg de areia, na camada de 0-20 cm), profundo, bem
8
drenado, com condições de relevo suave ondulado (Streck et al., 2002), onde o clima
9
predominante, segundo classificação climática de Köppen, é o subtropical úmido (Cfa).
10
A área experimental constituiu-se de doze piquetes com áreas ajustadas
11
conforme os tratamentos propostos, totalizando 22,5 ha, sendo estes manejados para
12
obtenção de diferentes alturas pretendidas (10, 20, 30, 40 cm), as quais corresponderam
13
às diferentes estruturas de pasto, permitindo-se aos animais adaptação às estruturas
14
propostas ao longo de um ciclo de utilização de 131 dias de pastejo.
15
O delineamento experimental adotado foi de blocos completos casualizados com
16
três repetições de campo, onde o piquete constituía a unidade experimental. Os
17
tratamentos foram obtidos por meio de lotação contínua e carga animal variável através
18
da técnica “put-and-take”, proposta por Mott & Lucas (1952), compostos por um
19
número variável de animais reguladores, além dos três animais avaliadores que
20
permaneceram por todo o ciclo de pastejo em cada unidade experimental, sendo esses
21
submetidos às observações comportamentais.
22
Os animais utilizados foram bovinos de corte provenientes de cruzamento
23
industrial, com peso médio de 260 kg e idade aproximada de um ano, sendo estes
24
identificados a campo a partir de suas características morfológicas individuais e brincos
25
56
numerados. As avaliações foram realizadas por observação direta, do nascer ao pôr do
1
sol, sendo os registros de comportamento de pastejo coletados em três datas de
2
avaliação (07/09, 09/10, 30/10), duas delas coincidindo ao estádio vegetativo e a
3
terceira ao reprodutivo.
4
A equipe de trabalho, previamente treinada, foi formada por três observadores por
5
bloco, os quais permaneciam fora das unidades experimentais, com binóculos, a fim de
6
evitar interferência no comportamento animal.
7
O tempo de pastejo foi obtido pelo método direto de observação visual (Penning
8
& Rutter, 2004), registrando-se a atividade de maior ocorrência ao final de cada
9
intervalo de 10 minutos, incluindo também o tempo destinado a outras atividades e à
10
atividade de ruminação. Desta forma, o pastejo representou as atividades de procura,
11
apreensão, manipulação e mastigação da forragem.
12
Avaliaram-se os animais com relação ao tempo necessário para a procura e
13
utilização de dez estações alimentares, considerando-se uma estação alimentar um
14
semicírculo hipotético, disponível em frente ao animal, o qual ele alcançaria sem mover
15
as suas patas dianteiras (Ruyle & Dwyer, 1985). Para tanto, utilizaram-se cronômetros
16
em conjunto com as observações visuais. Avaliou-se, também, com auxílio de
17
contadores, o número de passos dados para a realização das dez estações alimentares. A
18
taxa de bocados foi obtida utilizando-se o método onde o tempo gasto pelos animais
19
para dar vinte bocados é registrado (Penning & Rutter, 2004) por cronômetros. Tais
20
registros foram a base de cálculo para a obtenção das variáveis: tempo de permanência
21
na estação alimentar, expressa em segundos; número de passos entre estações
22
alimentares e número de bocados por minuto (taxa de bocados), considerando-se os
23
valores médios dos três animais avaliadores. Essas variáveis foram registradas em seis
24
57
ocasiões no decorrer do dia, com três avaliações no turno da manhã e três durante o
1
turno da tarde.
2
Estas variáveis possibilitaram determinar o número total de bocados, como sendo
3
o produto entre a taxa de bocados e o tempo de pastejo; o número total de estações
4
alimentares, como sendo o quociente entre o tempo de pastejo e o tempo de
5
permanência na estação alimentar; o número total de passos, sendo o produto entre o
6
número total de estações alimentares e o número de passos entre estações alimentares; e
7
o número de bocados por estação alimentar, quociente do número de bocados diários
8
pelo número de estações alimentares diárias. Os valores de tempo de pastejo utilizados
9
para os cálculos acima descritos foram obtidos em Baggio et al. (2007).
10
A caracterização da estrutura do pasto foi realizada nos dias 08/09, 29/09 e 29/10.
11
A altura do pasto foi medida com auxílio de um bastão graduado (“sward stick” -
12
Barthram, 1985), cujo marcador em acrílico transparente corre por uma régua marcando
13
a distância entre o topo da superfície do pasto (lâmina foliar mais elevada) e a superfície
14
do solo. Os pontos de amostragem foram definidos de forma aleatória, totalizando 100
15
leituras de altura por unidade experimental.
16
Para quantificação da massa de forragem foram coletadas cinco amostras da
17
biomassa vegetal aérea por unidade experimental, obtidas por corte com tesoura, rente
18
ao solo, numa área delimitada por um quadro de 0,25 m
2
, nas datas acima citadas. As
19
amostras cortadas eram colocadas em saco de papel e secas em estufa de circulação de
20
ar forçado à temperatura de 65
o
durante quatro dias. As amostras foram pesadas e
21
separadas nas frações mina foliar, colmo juntamente com bainha, inflorescência e
22
material senescente. A massa de forragem foi estimada a partir da média das cinco
23
amostras. O mesmo procedimento foi empregado para determinação dos diferentes
24
componentes do pasto, acima citados.
25
58
A oferta de forragem foi expressa através da massa de forragem, dividida pela
1
carga animal nas datas de avaliação de comportamento, sendo expressa em kg de
2
matéria seca de forragem / kg de peso vivo/dia (Sollenberg et al., 2005).
3
Os dados foram submetidos à análise de variância e Teste F ao nível de 5% de
4
significância. Quando detectadas diferenças entre os tratamentos (P<0,05) as médias
5
foram comparadas pelo Teste t (Student) ao mesmo nível de significância, utilizando-se
6
o procedimento Mixed do pacote estatístico SAS, versão 8.2 (SAS, 2001). Foram
7
realizadas análises de regressão com o até 3
a
ordem, conforme o modelo Ŷij = β0 + b1
8
Ai + b2 Ai2 + b3 Ai3 + γ(i,j) + ε (i,j), onde: Ŷ= variável dependente; β0= intercepto da
9
regressão; A = variável independente; b1 = coeficiente linear de regressão da variável Y
10
em função da variável independente; b2 = coeficiente quadrático de regressão da
11
variável Y em função da variável independente; b3 = coeficiente cúbico de regressão da
12
variável Y em função da variável independente; γ = desvios da regressão e ε = erro
13
aleatório residual. Também procedeu-se análise de regresão com o auxílio do software
14
estatístico Sigma Plot 2004 v.9.0 para Windows.
15
O modelo matemático geral referente à análise das variáveis estudadas foi
16
representado por: Y
ikj
= µ + T
i
+ β
k
+ (Tβ)
ik
+ E
j
+ (TE)
ij
+ ε
ikj.
Pelo modelo, Y
ikj
17
representa as variáveis dependentes; µ é a média de todas as observações; T
i
18
corresponde ao efeito dos tratamentos (alturas do pasto); β
k
é o efeito do k-ésimo bloco;
19
(Tβ)
ik
representa o efeito da interação entre tratamentos e blocos (erro a); E
j
é o efeito
20
do j-ésimo estádio fenológico do pasto; (TP)
ij
representa a interação entre os tratamentos
21
e estádios fenológicos; e ε
ikj
corresponde ao erro experimental residual (erro b).
22
23
24
59
Resultados e Discussão
1
As alturas médias alcançadas no estádio vegetativo tiveram suas médias próximas
2
das alturas pretendidas conforme os tratamentos propostos criando, nesse sentido,
3
diferentes estruturas de pasto. as alturas obtidas no estádio reprodutivo tiveram suas
4
médias menos ajustadas às alturas pretendidas, particularmente nos tratamentos de 10 e
5
20 cm, em decorrência de uma maior dificuldade de manejo nessa fase fenológica do
6
pasto (Figura 1).
7
8,7d
44,1a
35,3b
20,2c
22,1B
34,9A
31,3A
38,5A
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
10 20 30 40
Alturas pretendidas (cm)
Target heights (cm)
Alturas reais (cm)
Actual heights (cm)
Vegetativo Reprodutivo
8
Figura 1. Relações entre as alturas pretendidas e as alturas reais obtidas em pastagem de
9
azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios das duas datas
10
referentes ao estádio vegetativo e estádio reprodutivo. Médias seguidas das
11
mesmas letras não diferem entre si pelo teste de t de Student a 5%. Letras
12
minúsculas comparam as alturas do estádio vegetativo, e as maiúsculas as
13
alturas do estádio reprodutivo.
14
Figure 1. Relationship between target heights and actual heights in Italian ryegrass and black oat
15
pastures, mean values of the two evaluated stages. Means followed by the same letters did not
16
differ by 5% Sudent t test. Small letters compare sward heights in the vegetative stage, and
17
capital letters compare sward heights in the reproductive stage.
18
19
20
A obtenção das diferentes alturas propostas esteve condicionada a aplicação de
21
diferentes intensidades de pastejo, o que resultou em aumento da altura do pasto em
22
consequência da aplicação de uma menor carga animal, (Ŷ= 1325,76 -18,87x;
23
R
2
=0,9007; P=0,0028; CV=39,51%) a qual variou de 354 a 1173±80,1 Kg de peso
24
60
vivo/ha, do tratamento de altura de 40 e 10 cm, respectivamente. Não houve interação
1
da altura do pasto com o estádio fenológico para esta variável. Esta relação entre carga e
2
altura é relevante para sistemas integrados, pois, em pastagens manejadas em alturas
3
menores, a maior carga animal significa a presença de um maior número de cascos por
4
unidade de área, o que incorre numa maior probabililidade de ocorrer a pressão do
5
casco, numa mesma área, repetidas vezes ao longo do período de utilização da
6
pastagem.
7
A altura de manejo refletiu-se diretamente na massa de forragem obtida nos
8
diferentes tratamentos, aumentando linearmente com a elevação da altura de manejo do
9
pasto (Ŷ= 339,84 + 112,23 x; R
2
= 0,9699; P<0,0001; CV= 6,30%) oscilando entre 2112
10
a 4961±84,1 kg/ha de MS, do tratamento de altura de menor ao de maior altura de
11
manejo, respectivamente. Não houve interação entre as alturas avaliadas e os estádios
12
fenológicos do pasto (P>0,05) para esta variável.
13
Padrão semelhante de resposta foi reportado por Aguinaga et al. (2006) em
14
trabalho com pastagem de azevém anual e aveia preta manejada em diferentes alturas.
15
Para a manutenção das alturas pretendidas foi necessária a utilização de uma carga
16
animal entre 333 e 1708 kg de peso vivo/ha para as alturas de 10 e 40 cm,
17
respectivamente; obtendo-se valores de massa de forragem entre 1813 e 4670 kg/ha de
18
MS.
19
A maior presença de cascos nas alturas menores, aliada ao fato de que, nesta
20
situação, haja uma menor massa de forragem atenuando a pressão do casco do animal
21
sobre o solo, em princípio, poderia aumentar a probabilidade de ocorrência de
22
compactação. No entanto, resta ainda conhecer o impacto que esta condição impõe
23
sobre o trânsito dos animais na área, o que será apresentado mais adiante.
24
61
Foram verificadas interações da altura com o estádio fenológico para massa de
1
lâminas foliares (Ŷ= 471,23 + 13,73x; R
2
= 0,7954; P<0,0001; CV= 12,43%) e massa de
2
colmos + bainha = - 325,13 + 71,49x; R
2
= 0,9909; P<0,0001; CV=6,41%), ambos
3
igualmente ajustando-se a um modelo de regressão linear no estádio vegetativo;
4
revelando um aumento na participação destes componentes na estrutura do pasto com a
5
elevação das alturas testadas. No estádio reprodutivo, ambas variáveis não se ajustaram
6
a nenhum modelo de regressão sendo as médias obtidas de 185,67±33,51 e
7
1300,64±64,12 kg/ha de MS, respectivamente. Para a massa de material senescente
8
(P=0,0003) e a massa de inflorescências (P=0,0110), foram verificadas diferenças entre
9
os dois estádios avaliados, com aumentos de 756 para 1531±94,1 Kg/ha de MS e de 291
10
para 759±91,9 Kg/ha de MS, respectivamente, o havendo interações da altura com o
11
estádio fenológico para essas variáveis (P>0,05).
12
A oferta de forragem aumentou linearmente com a altura do pasto, refletindo o
13
efeito da altura sobre a quantidade de alimento disponível para os animais = -4,27 +
14
0,38x; R
2
= 0,6366; P<0,0001; CV= 48,43%). No entanto, não houve interação entre as
15
alturas avaliadas e os estádios fenológicos do pasto (P>0,05) para essa variável. A
16
amplitude dos valores de oferta de forragem obtidos variaram entre 1,7 e 14,4±0,8 kg de
17
MS ha/Kg de PV/dia entre os tratamentos de altura pretendida de 10 cm e 40 cm,
18
respectivamente. Barbosa et al. (2006) constataram, em trabalho com pastagem de
19
azevém anual, existir diferença em relação à intensidade de pastejo empregada, sendo
20
menor a oferta de forragem para a intensidade moderada, quando comparada ao
21
tratamento de baixa intensidade de pastejo.
22
Submetendo-se os animais às diferentes alturas de manejo do pasto, observou-se
23
que com o aumento das alturas de manejo os animais reduziram a taxa de bocados
24
(Figura 2), sem efeito da interação entre altura e estádio (P>0,05).
25
62
0
10
20
30
40
50
60
0 10 20 30 40 50
Altura do pasto (cm)
Sward heigth (cm)
Taxa de bocado (bocados/minuto)
Bite rate (bites/minute)
Vegetativo Reprodutivo
Ŷ = 52,91 -0,69x
CV=23,71%; R
2
= 0,8249 (P<0,0001)
Vegetative
Reproductive
1
Figura 2. Relação entre a taxa de bocados e a altura de manejo do pasto em pastagem de
2
azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios dos dois estádios
3
avaliados.
4
Figure 2. Relationship between bite rate and sward height in Italian ryegrass and black oat pastures,
5
mean values of the two evaluated stages.
6
7
Conforme Carvalho (1997), a taxa de bocados apresenta-se inversa e
8
negativamente relacionada à abundância de pasto. Segundo o autor, à medida que
9
aumenta a quantidade de forragem disponível, o aumento da massa do bocado produz
10
um maior requerimento dos processos de mastigação e manipulação da forragem
11
capturada, o que leva a um maior intervalo de tempo entre um bocado e outro. Desta
12
forma, a taxa de bocados apresentou correlação negativa com a massa de forragem (r=-
13
0,63; P<0,0001), presumindo-se a apreensão de uma maior quantidade de forragem em
14
cada bocado reduzindo, desta forma, a taxa de bocado.
15
A amplitude dos valores médios obtidos foi de 43,7 (tratamento 10 cm) a 24,6±3,8
16
bocados/minuto (tratamento 40 cm). Sarmento (2003), em pastos de Brachiaria
17
brizantha cv. Marandú manejados nas alturas de 10, 20, 30 e 40 cm, obteve valores de
18
taxas de bocado semelhantes, variando de 17,7 a 51,3 bocados/minuto para os
19
63
tratamentos de 40 cm e 10 cm, respectivamente. Entre os estádios avaliados, essa
1
variável apresentou diferença significativa (P=0,0002), verificando-se uma diminuição
2
do estádio vegetativo para o reprodutivo (37,5 para 27,7±2,0 bocados/minuto). Credita-
3
se ao aumento de tempo dispendido na seleção de folhas, cuja abundância decresceu do
4
estádio vegetativo para o reprodutivo, o fato de que a taxa de bocados tenha sido
5
influenciada pelo estádio fenológico. No estádio reprodutivo o aumento do intervalo de
6
tempo entre bocados seria resultado do esforço na colheita de uma menor quantidade de
7
folhas disponíveis num perfilho reprodutivo onde as mesmas, além de estarem em
8
menor disponibilidade, ainda se distanciam pelo aumento dos entrenós, dificultando sua
9
captura (Carvalho et al., 2001).
10
Houve interação entre a altura e o estádio fenológico do pasto (P=0,0208) para o
11
tempo de permanência na estação alimentar. Observou-se um aumento linear nesta
12
variável com o aumento da altura do pasto no estádio vegetativo (Figura 3).
13
4
5
6
7
8
9
10
0 10 20 30 40 50
Altura do pasto (cm)
Sward heigth (cm)
Tempo por estação alimentar (segundos)
Time per feeding station (seconds)
Ŷ= 6,41 + 0,05x
CV= 9,98%; R
2
=0,4849
(P=0,0142)
14
Figura 3. Relação entre o tempo de permanência na estação alimentar e a altura de
15
manejo do pasto em pastagem de azevém anual e aveia preta, no estádio
16
vegetativo.
17
Figure 3. Relationship between time per feeding station and sward height in Italian ryegrass and black
18
oat pastures at the vegetative stage.
19
20
64
No estádio reprodutivo, a média do tempo de exploração das estações alimentares
1
foi de 6,9±0,3 segundos, não se ajustando a nenhum modelo de regressão. Essa variável
2
demonstrou uma correlação positiva com a oferta de lâminas foliares (r=0,50;
3
P=0,0019), o que explica o fato de que, nas estações alimentares com maior oferta, o
4
animal gaste um maior tempo na exploração desse local de alimentação. Tais resultados
5
concordam com a afirmativa de Carvalho et al. (1999a), segundo a qual o tempo de
6
permanência na estação alimentar está diretamente relacionado à abundância de
7
forragem sendo que, quanto maior a oferta de forragem na estação alimentar, maior o
8
tempo de permanência dos animais. O animal permanece na estação até que o ponto de
9
abandono seja atingido, representado pelo momento a partir do qual a relação custo-
10
benefício em explorá-la passa a ser menos interessante. Resultados semelhantes foram
11
reportados por Palhano et al. (2004) que submeteram novilhas holandesas a cinco
12
alturas de uma pastagem de Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça), onde foi
13
obsevado que, com o aumento das alturas testadas, os animais passaram a visitar um
14
menor número de estações alimentares.
15
O número de passos entre estações alimentares variou de 1,36 a 1,53±0,1 passos
16
para os tratamentos de menor e maior altura de manejo do pasto, sem influência
17
significativa da altura sobre esta variável (P>0,05). No entanto, a oferta de lâminas
18
foliares correlacionou-se positivamente com essa variável (r= 0,51; P= 0,0115),
19
indicando que o modelo proposto por Carvalho & Moraes (2005a) está correto no
20
sentido de prever um maior deslocamento entre estações alimentares quando em
21
situação de maior abundância de forragem. Segundo os autores, esse maior
22
deslocamento entre estações com elevada massa de forragem seria permitido pela
23
colheita de um bocado de elevada massa. Isto se daria, pois, ainda que seja o último
24
bocado colhido da estação alimentar anterior, sua massa permitiria que os animais
25
65
pudessem se deslocar entre as estações enquanto mastigam, potencializando a
1
seletividade e escolha de novas estações. Os animais procuram ser eficientes e não se
2
deslocam sem estarem executando qualquer atividade, portanto, quanto maior o último
3
bolo colhido a ser mastigado, maior o tempo possível para escolha e deslocamento
4
(Carvalho et al., 2001).
5
Como resposta aos tratamentos observou-se que, com o aumento em altura do
6
pasto, o número de bocados por estação alimentar foi menor, de 2,8 a 4,7±0,4
7
bocados/EA da maior para a menor altura, respectivamente, ajustando-se a um modelo
8
de regressão linear. Não houve interação entre a altura e o estádio avaliado (P>0,05)
9
para essa variável (Figura 4).
10
0
2
4
6
8
10
0 10 20 30 40 50
Altura do pasto (cm)
Sward heigth (cm)
Bocados por estão alimentar
(número)
Bites per feeding station (number)
Vegetativo Reprodutivo
Vegetative
Reproductive
Ŷ= 5,65 -0,06x
CV=31,63%; R
2
=0,4731 (P=0,0178)
11
Figura 4. Relação entre altura do pasto e número de bocados por estação alimentar em
12
pastagem de azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios dos
13
dois estádios avaliados.
14
Figure 4. Relationship between sward height and the number of bites per feeding station in Italian
15
ryegrass and black oat pastures, mean values of the two evaluated stages.
16
17
18
Esse comportamento dos animais pode ser explicado em virtude da maior
19
disponibilidade de forragem nas estações alimentares de pasto com maior altura,
20
condição que, segundo Carvalho et al. (2001), possibilita um maior intervalo de tempo
21
entre um bocado e outro em resposta a um maior volume de forragem apreendida por
22
66
bocado. Resultados diferentes foram obtidos por Palhano et al. (2006) com valores
1
oscilando entre 6 e 10 bocados por estação alimentar, em estruturas de pasto variando
2
de 60 a 140 cm de altura. O aumento na massa de material senescente também
3
influenciou para a diminuição do número de bocados por estação alimentar, tendo em
4
vista a correlação negativa com esse componente do pasto (r= -0,78; P<0,0001).
5
Segundo Illius (1986), a proporção dos componentes estruturais da vegetação é um fator
6
que influencia na seleção da dieta dos herbívoros, o que poderá ter sido um outro fator a
7
exercer influência sobre o número de bocados por estação alimentar. O aumento da
8
quantidade de material senescente traria dificuldade na seleção da dieta dentro de uma
9
mesma estação alimentar nos pastos de maior altura, situação essa em que as lâminas
10
foliares encontram-se entremeadas em uma grande quantidade de material senescido,
11
resultando em um maior intervalo de tempo entre um bocado e outro.
12
Baggio et al. (2007) demonstraram que com a diminuição da altura do pasto
13
um aumento no tempo de pastejo, variando entre 459 a 380±37,1 minutos,
14
respectivamente para os tratamentos 10 e 40 cm. Como conseqüência da combinação
15
destas estratégias de pastejo, constatou-se uma elevação no número total de bocados em
16
situações de baixa disponibilidade de forragem (Figura 5), com valores variando entre
17
8960 a 20139 ±2018,1 bocados, para os tratamentos de altura de 40 e 10 cm,
18
respectivamente. Não houve interação entre a altura do pasto e o estádio avaliado
19
(P>0,05) para essa variável.
20
67
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
0 10 20 30 40 50
Altura do pasto (cm)
Sward heigth (cm)
Total de bocados (número)
Total of bites (number)
Vegetativo Reprodutivo
Vegetative
Reproductive
Ŷ= 25398 - 395,27x
CV=24,95%; R
2
=0,8319 (P<0,0001)
1
Figura 5. Relação entre a altura do pasto e o número total de bocados em pastagem de
2
azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios dos dois estádios
3
avaliados.
4
Figure 5. Relationship between sward height and total number of bites Italian ryegrass and black oat
5
pastures, mean values of the two evaluated stages.
6
7
Essa variável demonstrou uma correlação negativa com a massa de forragem
8
disponível (r=-0,78; P<0,0001), sendo que a diminuição da massa de forragem,
9
associada à diminuição da altura do pasto, resultou em aumento no número total de
10
bocados. Portanto, a frequência média, bem como o número total dos bocados
11
realizados por animais em pastejo, está intimamente relacionada a caractesticas
12
inerentes à estrutura do pasto, mas também possui íntima ligação com variações nos
13
padrões da principal determinante da quantidade de alimento consumida pelo animal em
14
pastejo, a massa do bocado (Cosgrove, 1997). Isto decorre do fato de que, quanto menor
15
a altura do pasto, menos efetiva é a capacidade dos animais em ampliar a quantidade de
16
forragem trazida até a boca (Prache & Peyraud, 2001). Dessa forma, os animais
17
submetidos a pastos de menor altura necessitaram aumentar o tempo de pastejo (Baggio
18
et al., 2007) e a taxa de bocados, além do número de bocados por estação alimentar e o
19
número de bocados diários visando compensar a menor massa apreendida por bocado e
20
manter níveis de consumo satisfatórios. Conforme Carvalho et al. (2001), a apreensão
21
68
de forragem por meio do bocado é um processo que não raro pode atingir em torno de
1
35.000 ações diárias, onde os animais freqüentemente pastejam ao ritmo de um bocado
2
a cada 1-2 segundos.
3
Entre os estádios avaliados houve diferença significativa para o número de
4
bocados por estação alimentar (P=0,0011) bem como para o número total de bocados
5
(P=0,0261). Os valores médios obtidos foram de 4,7 e 3,1±0,3 bocados/EA e 14926 e
6
12651±1091,9 bocados/dia, nos estádios vegetativo e reprodutivo, respectivamente.
7
Esse padrão de resposta pode ser explicado em função das mudanças estruturais dos
8
componentes do pasto com o avançar de sua fenologia, bem como possíveis
9
modificações na qualidade da forragem ingerida, dificultando a procura por bocados
10
potenciais dentro de uma estação alimentar e, consequentemente, ao longo de um
11
período diurno de pastejo.
12
O aumento linear no tempo de permanência na estação alimentar com a elevação
13
da altura de manejo do pasto, anteriormente apresentado na Figura 3, pode ser
14
justificado pela maior disponibilidade de forragem, que de acordo com Prache &
15
Peyraud (2001), pode o motivar o animal a trocar de estação alimentar. No entanto, o
16
número de estações alimentares não foi influenciado pela altura de manejo do pasto
17
(P>0,05). Ogura et al. (2004) atribuíram o aumento no número de estações alimentares a
18
um menor tempo de permanência na mesma, bem como uma menor movimentação
19
entre estações alimentares sucessivas. Essa variável demonstrou uma correlação
20
negativa com a massa de lâminas foliares (r=-0,63; P=0,0009), ou seja, a diminuição
21
desse componente na estrutura do pasto influenciou para o aumento no número total de
22
estações alimentares (Figura 6).
23
69
y = 4896,14 - 2,25x
CV=28,65% R
2
= 0,5910 (P=0,0009)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
50 200 350 500 650 800 950 1100
Massa de lâmina foliar (kg/ha MS)
Leaf blade mass (kg/ha DM)
Total de estações alimentares
(número)
Total of feeding stations (number)
Vegetativo Reprodutivo
Vegetative
Reproductive
1
Figura 6. Relação entre o número total de estações alimentares e a massa de lâmina foliar
2
em pastagem de azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios
3
dos dois estádios avaliados.
4
Figure 6. Relationship between the total of feeding stations and leaf blade mass in Italian ryegrass and
5
black oat pastures, mean values of the two evaluated stages.
6
7
As estações alimentares de pastos baixos, com consequente menor participação do
8
componente lâmina foliar, apresentaram um tempo de permanência pequeno, pois
9
rapidamente atingem o ponto de abandono e os animais se deslocam para estabelecerem
10
uma nova estação alimentar (Carvalho & Moraes, 2005). Nesse sentido, os animais
11
necessitaram aumentar o número total de estações alimentares diárias a fim de
12
manterem adequados seus níveis de consumo. Houve efeito dos estádios avaliados
13
(P=0,0180) aumentando de 3123 para 4354 ±334,7 estações alimentares do estádio
14
vegetativo para o reprodutivo, respectivamente, fato este associado à menor
15
disponibilidade do componente lâmina foliar e aumento da participação de material
16
senescente e inflorescência com o avançar da fenologia do pasto, contribuindo para a
17
troca mais freqüente da estação alimentar.
18
Em termos de deslocamento, não foi verificada influência da altura do pasto sobre
19
o número total de passos (P>0,05). Porém, essa variável demonstrou uma correlação
20
70
com a massa de lâminas foliares (r=-0,57; P=0,0033), demonstrando um aumento do
1
número total de passos com a diminuição desse componente do pasto (Figura 7).
2
y = 6408,4 -2,3x
CV=24,70% R
2
= 0,4075 (P=0,0033)
0
2000
4000
6000
8000
10000
50 200 350 500 650 800 950 1100
Massa de lâmina foliar (kg/ha MS)
Leaf blade mass (kg/ha DM)
Total de passos (número)
Total of steps (number)
Vegetativo Reprodutivo
Vegetative
Reproductive
3
Figura 7. Relação entre o número total de passos e a massa de lâmina foliar em pastagem
4
de azevém anual e aveia preta, considerando os valores médios dos dois
5
estádios avaliados.
6
Figure 7. Relationship between total of steps and leaf blade mass in Italian ryegrass and black oat
7
pastures, mean values of the two evaluated stages.
8
9
Segundo Carvalho e Moraes (2005) em situações de estrutura de pasto não
10
limitante, onde haja abundância de forragem, o deslocamento entre estações alimentares
11
pode ser longo, porém, a quantidade de deslocamento total é menor quando comparado
12
a situações de limitação de forragem. Nessa situação, a alta taxa de consumo permite ao
13
animal alocar mais tempo na procura de estações alimentares preferidas, enquanto
14
caminham maiores distâncias mastigando bocados de alta massa (Roguet et al.,1998).
15
Esse comportamento está de acordo com as observações de Palhano et al. (2006), que
16
apesar do aumento da distância percorrida entre estações alimentares com o incremento
17
da altura do pasto, os animais passaram a apresentar um menor deslocamento total.
18
19
71
Conclusões
1
Os animais intensificam os processos de busca e apreensão da forragem em pastos
2
manejados em menor altura e em menor disponibilidade de forragem. Nestas situações
3
de limitação de alimento, o animal responde com estratégias que confluem para a
4
tentativa de aumentar a freqüência de apreensão da forragem e o aumento da procura
5
pela forragem na pastagem. Isto acarreta num maior esforço do animal, o qual se traduz
6
num deslocamento maior na área, o qual pode trazer implicações negativas para os
7
sistemas de integração lavoura-pecuária em semeadura direta, onde a preservação dos
8
atributos físicos do solo é de fundamental interesse.
9
10
Agradecimentos
11
Os autores agradecem à colaboração dos membros do Grupo de Pesquisa em
12
Ecologia do Pastejo, da Agropecuária Cerro Coroado e do CNPq.
13
14
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24
25
4. CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento, até então gerado e desenvolvido nesse projeto, tem
demonstrado que a intensidade de pastejo é a principal variável a ser
manejada em sistemas integrados de lavoura e pecuária, tendo em vista seu
reflexo sobre a quantidade de forragem disponível, a qual define o ritmo de
aquisição de forragem pelos animais em pastejo. Foi mostrado, no presente
estudo, que o binômio animal/pastagem interage incessantemente; e, mais
especificamente, que a altura constitui um parâmetro estrutural do pasto que
afeta os padrões de comportamento dos animais em pastejo.
Cabe um comentário para aquelas situações de manejo onde se
empregam elevadas lotações, em particular em sistemas de rotação pastagem-
agricultura. Nas menores alturas, conseqüência do emprego de uma maior
carga animal e de uma menor disponibilidade de forragem, constatou-se que os
animais aumentaram o tempo despendido na alimentação. Aumentaram,
também, a taxa de bocado, o número de estações alimentares visitadas e se
deslocaram mais a procura de forragem, ou seja, os animais necessitaram
aumentar o ritmo de encontro e de captura da forragem na busca da
manutenção de seus níveis de consumo. Esta situação não é interessante para
nenhum sistema de produção animal, tampouco para sistemas integrados,
onde o trânsito dos animais na área tem ainda uma conotação particular. Ao
contrário, em situações em que a forragem não é limitante, o animal consegue
76
em um menor espaço de tempo suprir suas exigências realizando, desta forma,
refeições de mais curta duração e um menor trânsito na busca pelo alimento.
Essas situações de maior ou menor nível de alimentação se
refletiram nos diferentes níveis de desempenho animal registrados por Rocha
et al., (2007), na mesma área de estudo e período de avaliação, onde se
obteve valores de 0,96 a 1,24 kg/animal/dia nos tratamentos de menor e maior
ganho, respectivamente os tratamentos de 10 e 20 cm de altura de manejo do
pasto. Embora, o tratamento 10 cm tenha apresentado ganhos de peso
individuais bastante satisfatórios, e maiores ganhos por área pelo maior
número de animais por unidade de área, existem limitações para o emprego de
maiores intensidades de pastejo, pois a qualidade da carcaça desses animais,
manejados em pastagens com 10 cm, é penalizada mais do que o ganho de
peso individual (Rocha et al., 2007).
No que diz respeito aos atributos do solo, elevadas intensidades de
pastejo aumentam a possibilidade de ocorrerem alterações nas condições
físicas do solo pelo impacto que decorre do uso de cargas animais elevadas.
Nessa situação, um efeito de menor proteção do solo pela menor presença
de biomassa vegetal e, principalmente, pelo maior deslocamento dos animais
em busca da forragem. No entanto, Flores et al. (2007) não encontraram
alterações significativas após o ciclo de pastejo nos dois primeiros anos deste
projeto (2002 e 2003). Não houve alterações na densidade, na porosidade e na
compressibilidade do solo, independentemente da altura de manejo. Porém, a
densidade e a compressibilidade foram maiores, e a porosidade menor, nas
áreas pastejadas em relação à área não pastejada. Já Conte et al., (2007),
neste mesmo projeto, avaliaram as condições físicas do solo no término do
77
ciclo do pasto no mesmo ano em que se conduziu o presente estudo. Usando
de outra cnica de avaliação (esforço de tração nas hastes sulcadoras)
encontraram um aumento linear da resistência do solo a penetração com o
aumento da intensidade de pastejo empregada, que variou entre 887 e 1931
kPa. Esta resposta é análoga e compatível à que se observou no presente
estudo, na medida em que o trânsito dos animais foi igualmente incrementado
da menor para a maior altura de condução do pasto.
Soma-se, a isso, o reflexo do nível de palhada que se transfere a
fase agrícola subseqüente que servirá de base para o sistema de plantio direto
visto que, nas menores alturas, têm-se menor cobertura do solo e menor
massa final da pastagem (Conte et al., 2007). No entanto, ainda que possa
haver um impacto negativo na estrutura física do solo decorrente do uso de
elevadas cargas animais, a transmissão deste efeito para o ciclo da lavoura
não é evidente. Resultados obtidos por Cassol (2003) e Flores (2004)
evidenciaram impacto negativo sobre o rendimento da soja apenas no primeiro
ano deste projeto, um ano seco. Em anos subseqüentes, com abundância ou
não de chuva, não foram verificadas diferenças na produtividade da lavoura
entre os diferentes tratamentos impostos.
Em suma, a criação de estruturas de pasto, facilitadoras das
estratégias do animal no seu processo de alimentação, não subsiste se não
conhecermos as relações entre ele e a planta; além disso, fundamental é o
sólido conhecimento de toda a gama de variantes na racionalização do uso da
pastagem. Para que o animal consiga ingerir seu alimento com capacidade
compatível à sua necessidade, no menor espaço de tempo possível, e sem que
exista um maior dispêndio diário de energia no processo de pastejo, a ação
78
preponderante do criador é administrar o manejo do pasto adequando-o aos
hábitos de ingestão do animal. Dessa forma, é possível inferir que menores
intensidades de pastejo permitem uma maior quantidade de forragem
disponível, uma maior oportunidade de seleção da dieta, uma vez que o
animal, nessas condições de pasto oferecidas, tem condições de otimizar seu
processo de pastejo e melhorar seu desempenho individual.
Cabe aqui, por último, apresentar algumas considerações de cunho
operacional para quem pretenda realizar ou para quem esteja envolvido em
pesquisa nesta área. É de extrema importância o treinamento prévio dos
observadores, a manutenção da mesma equipe de trabalho ao longo das
avaliações, evitar-se sempre que possível a troca de observadores nas
unidades de observação e correta identificação dos animais a campo a fim de
evitar confundimento entre os animais avaliados. Além disso, evitar sempre a
interferência na conduta normal de comportamento dos animais em pastejo
como, por exemplo, “gritarias” durante o período de avaliação, interferência de
grupos de animais em piquetes vizinhos, deslocamentos de outros grupos de
animais durante as avaliações e deslocamento de veículos próximos das
unidades de observação. Enfim, disponibilizar as melhores condições possíveis
de trabalho à equipe encarregada do serviço de observação, a possibilidade de
uso de torres de observação, de equipamentos automáticos de registro das
variáveis comportamentais. Além disso, a utilização sistemática e obrigatória de
filtro solar e repelente o cuidados essenciais para com a integridade física
dos colaboradores.
79
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83
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6. APÊNDICES
85
Apêndice 1. Croqui da área experimental. Fazenda do Espinilho.
Tupanciretã.
P1. 3,53 ha
P2. 1,06 ha
P3. 1,97 ha
P4. 1,56 ha
P5. 2,07 ha
P6. 3,00 ha
P7. 1,33 ha
P8. 0,85 ha
P9. 1,36 ha
P10. 0,91 ha
P11. 1,64 ha
P12. 2,22 ha
Área Total: 21,5
ha
Estância
Porteira
Bosque
Eucalipto
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
N
Sem Pastejo 1
LEGENDA
Sem Pastejo 2
Estância
86
Apêndice 2. Normas para preparação de trabalhos científicos, referente aos
capítulos III e IV , submetidos à publicação na Revista Brasileira
de Zootecnia.
87
Apêndice 2. Normas para preparação de trabalhos científicos, referente aos
capítulos III e IV , submetidos à publicação na Revista Brasileira de Zootecnia.
(Continuação).
88
Apêndice 3. Relação entre a altura (cm) pretendida dos tratamentos e a altura
(cm) real observada na pastagem de aveia preta e azevém anual
no estádio vegetativo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Repetição
Altura real (cm)
10
I
8,3
II
7,7
III
10,1
Média
8,7
20
I
19,3
II
20,1
III
21,3
Média
20,2
30
I
31,6
II
36,4
III
37,7
Média
35,3
40
I
46,5
II
42,4
III
43,3
Média
44,1
89
Apêndice 4. Relação entre a altura (cm) pretendida dos tratamentos e a altura
(cm) real observada na pastagem de aveia preta e azevém anual
no estádio reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Repetição
Altura real (cm)
10
I
24,1
II
27,4
III
14,7
Média
22,1
20
I
36,3
II
36,3
III
32,1
Média
34,9
30
I
33,6
II
30,9
III
29,4
Média
31,3
40
I
39,6
II
37,1
III
38,9
Média
38,5
90
Apêndice 5. Massa de forragem (kg/ha de MS) da pastagem de aveia preta e
azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
1192
3155
II
1111
3428
III
1392
2394
Média
1232
2992
20
I
2554
4147
II
2655
4148
III
2779
3804
Média
2663
4033
30
I
4083
3928
II
4646
3713
III
4791
3586
Média
4507
3742
40
I
5896
4422
II
5388
4218
III
5478
4360
Média
5587
4334
91
Apêndice 6. Massa de lâmina foliar (kg/ ha de MS) da pastagem de aveia preta
e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
533
175
II
527
592
III
514
198
Média
525
322
20
I
798
190
II
692
339
III
1025
91
Média
838
207
30
I
983
143
II
912
128
III
1036
93
Média
977
121
40
I
1098
109
II
999
80
III
994
90
Média
1030
93
92
Apêndice 7. Massa de colmo + bainha (kg/ ha de MS) da pastagem de aveia
preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
329
1370
II
300
1419
III
472
711
Média
367
1167
20
I
1053
1749
II
1011
1263
III
1037
1532
Média
1034
1515
30
I
1876
1350
II
2275
1437
III
2256
1101
Média
2136
1296
40
I
3171
1428
II
2775
1081
III
2743
1167
Média
2896
1225
93
Apêndice 8. Massa de material senescente (kg/ ha de MS) da pastagem de
aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo,
nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
314
243
II
278
857
III
389
1155
Média
327
752
20
I
616
584
II
866
1616
III
634
1388
Média
705
1196
30
I
963
1272
II
1054
1741
III
996
2103
Média
1004
1705
40
I
1071
2048
II
897
2635
III
990
2724
Média
986
2469
94
Apêndice 9. Massa de inflorescência (kg/ ha de MS) da pastagem de aveia
preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
16
1367
II
6
560
III
17
329
Média
13
752
20
I
87
1624
II
87
929
III
83
793
Média
85
1116
30
I
261
1163
II
405
407
III
502
289
Média
390
620
40
I
557
841
II
718
423
III
751
379
Média
675
548
95
Apêndice 10. Carga animal (kg PV/ha) na pastagem de aveia preta e azevém
anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10,
20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
833
1271
II
1008
1361
III
1198
1367
Média
1013
1333
20
I
606
961
II
838
1238
III
819
1213
Média
755
1137
30
I
395
467
II
504
648
III
705
954
Média
535
690
40
I
320
360
II
287
327
III
390
441
Média
332
376
96
Apêndice 11. Oferta de forragem (kg MS/ kg PV/dia) na pastagem de aveia
preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda Espinilho, Tupanciretã
2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
1,4
2,5
II
1,1
2,5
III
1,2
1,8
Média
1,2
2,3
20
I
4,2
4,3
II
3,2
3,4
III
3,4
3,1
Média
3,6
3,6
30
I
10,3
8,4
II
9,6
5,7
III
7,5
3,8
Média
9,1
6,0
40
I
18,4
12,3
II
18,8
12,9
III
14,1
9,9
Média
17,1
11,7
97
Apêndice 12. Oferta de lâminas foliares (kg MS/ kg PV/dia) na pastagem de
aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e
reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do
Espinilho, Tupanciretã. 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
0,6
0,1
II
0,5
0,4
III
0,4
0,1
Média
0,5
0,2
20
I
1,3
0,2
II
0,8
0,3
III
1,3
0,1
Média
1,1
0,2
30
I
2,5
0,3
II
2,0
0,2
III
1,8
0,1
Média
2,1
0,2
40
I
3,4
0,3
II
3,5
0,2
III
2,6
0,2
Média
3,2
0,3
98
Apêndice 13. Oferta de colmo + bainha (kg MS/ kg PV/dia) na pastagem de
aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e
reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do
Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
0,4
1,1
II
0,3
1,0
III
0,4
0,5
Média
0,4
0,9
20
I
1,7
1,8
II
1,2
1,0
III
1,3
1,3
Média
1,4
1,4
30
I
4,7
2,9
II
4,6
2,2
III
3,5
1,2
Média
4,3
2,1
40
I
9,9
4,0
II
9,7
3,3
III
7,1
2,6
Média
8,9
3,3
99
Apêndice 14. Oferta de material senescente (kg MS/ kg PV/dia) na pastagem de
aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo,
nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
0,4
0,2
II
0,3
0,6
III
0,3
0,8
Média
0,3
0,6
20
I
1,0
0,6
II
1,0
1,3
III
0,8
1,1
Média
0,9
1,0
30
I
2,5
2,7
II
2,2
2,7
III
1,5
2,2
Média
2,1
2,5
40
I
3,4
5,7
II
3,1
8,1
III
2,5
6,2
Média
3,0
6,6
100
Apêndice 15. Oferta de inflorescência (kg MS/ kg PV/dia) na pastagem de aveia
preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
0,02
1,08
II
0,01
0,41
III
0,01
0,24
Média
0,01
0,58
20
I
0,14
1,69
II
0,10
0,75
III
0,10
0,65
Média
0,11
1,03
30
I
0,64
2,49
II
0,76
0,63
III
0,73
0,30
Média
0,71
1,14
40
I
1,73
2,34
II
2,47
1,29
III
1,93
0,86
Média
2,04
1,50
101
Apêndice 16. Tempo de duração da refeição (minutos) de bovinos de corte em
pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo
e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do
Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
75
55
II
91
65
III
108
83
Média
91
68
20
I
53
73
II
93
79
III
64
97
Média
70
83
30
I
48
64
II
63
119
III
66
153
Média
59
112
40
I
70
73
II
63
81
III
43
68
Média
59
74
102
Apêndice 17. Número de refeições de bovinos de corte em pastagem de aveia
preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos
tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
6,7
7,7
II
5,8
6,7
III
4,8
6,7
Média
5,8
7,0
20
I
6,3
5,0
II
5,5
6,3
III
6,5
5,3
Média
6,1
5,6
30
I
6,8
6,3
II
6,2
4,7
III
6,8
4,0
Média
6,6
5,0
40
I
5,7
6,0
II
5,8
5,7
III
6,5
7,0
Média
6,0
6,2
103
Apêndice 18. Tempo de duração do intervalo entre refeições de bovinos de
corte em pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
52,0
59,8
II
50,8
65,1
III
70,1
46,6
Média
57,6
57,1
20
I
78,5
85,8
II
61,1
61,1
III
66,1
71,5
Média
68,6
72,8
30
I
68,2
72,0
II
69,4
71,1
III
54,1
66,8
Média
63,9
70,0
40
I
58,5
73,9
II
72,1
76,7
III
75,1
59,3
Média
68,5
70,0
104
Apêndice 19. Número de intervalos entre refeições de bovinos de corte em
pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
5,7
6,7
II
4,8
5,7
III
3,8
5,7
Média
4,8
6,0
20
I
5,3
4,0
II
5,0
5,3
III
5,5
4,3
Média
5,3
4,6
30
I
5,8
5,3
II
5,2
3,7
III
5,8
3,0
Média
5,6
4,0
40
I
4,7
5,0
II
4,8
4,7
III
5,5
6,0
Média
5,0
5,2
105
Apêndice 20. Tempo de pastejo (minutos) de bovinos de corte em pastagem
de aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e
reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do
Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
381,7
403,3
II
508,3
416,7
III
496,7
546,7
Média
462,2
455,6
20
I
313,4
360,0
II
478,3
470,0
III
396,7
510,0
Média
396,1
446,7
30
I
321,7
390,0
II
385,0
543,3
III
431,7
573,3
Média
379,5
502,2
40
I
378,3
430,0
II
333,3
453,3
III
258,3
426,7
Média
323,3
436,7
106
Apêndice 21. Tempo de ruminação (minutos) de bovinos de corte em
pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
86,7
180,0
II
140,0
213,3
III
83,3
226,7
Média
103,3
206,7
20
I
158,3
246,7
II
141,7
206,7
III
130,0
216,7
Média
143,3
223,4
30
I
115,0
183,3
II
146,7
160,0
III
121,7
130,0
Média
127,8
157,8
40
I
148,3
166,7
II
188,4
190,0
III
155,0
186,7
Média
163,9
181,1
107
Apêndice 22. Tempo de outras atividades (minutos) de bovinos de corte em
pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
321,7
246,7
II
136,7
200,0
III
205,0
56,7
Média
221,1
167,8
20
I
323,4
223,3
II
165,0
153,3
III
235,0
103,3
Média
241,1
160,0
30
I
358,3
256,7
II
263,3
126,7
III
231,7
126,7
Média
284,4
170,0
40
I
268,3
233,3
II
278,4
186,7
III
371,7
216,7
Média
306,1
212,2
108
Apêndice 23. Taxa de bocados (bocados/minuto) de bovinos de corte em
pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
48,3
42,3
II
46,6
31,3
III
56,2
37,2
Média
50,4
36,9
20
I
33,6
24,5
II
37,9
25,1
III
47,0
36,3
Média
39,5
28,6
30
I
36,1
30,0
II
26,2
12,4
III
38,4
25,4
Média
33,5
22,6
40
I
23,2
24,9
II
18,8
16,0
III
38,2
26,4
Média
26,7
22,4
109
Apêndice 24. Tempo de permanência na estação alimentar (segundos) de
bovinos de corte em pastagem de aveia preta e azevém anual
nos estádios vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20,
30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho, Tupanciretã 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
5,97
6,00
II
7,43
8,46
III
6,79
4,73
Média
6,73
6,40
20
I
7,23
9,29
II
6,83
8,97
III
8,29
7,65
Média
7,45
8,64
30
I
8,40
8,18
II
8,90
7,49
III
7,85
5,61
Média
8,38
7,09
40
I
9,56
6,78
II
8,10
5,40
III
7,13
3,84
Média
8,26
5,34
110
Apêndice 25. Número de passos entre estações alimentares de bovinos de
corte em pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avaliação
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
1,38
1,25
II
1,35
1,26
III
1,49
1,40
Média
1,41
1,30
20
I
1,65
1,68
II
1,20
1,37
III
1,28
1,44
Média
1,37
1,50
30
I
1,80
1,47
II
1,30
1,47
III
1,39
1,16
Média
1,49
1,37
40
I
2,18
1,83
II
1,59
1,10
III
1,39
1,09
Média
1,72
1,34
111
Apêndice 26. Número total de estações alimentares de bovinos de corte em
pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
3836
4033
II
4104
2955
III
4452
6935
Média
4131
4641
20
I
2645
2325
II
4193
3144
III
2873
4000
Média
3237
3156
30
I
2282
2861
II
2615
4352
III
3286
6132
Média
2727
4448
40
I
2460
3805
II
2480
5037
III
2254
6667
Média
2398
5170
112
Apêndice 27. Número total de bocados de bovinos de corte em pastagem de
aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e reprodutivo,
nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do Espinilho,
Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida(cm)
Rep.
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
18688
17047
II
23791
13059
III
27895
20354
Média
23458
16820
20
I
10521
8831
II
17754
11806
III
18635
18488
Média
15637
13042
30
I
11302
11692
II
9770
6726
III
16235
14573
Média
12436
10997
40
I
8711
10716
II
6048
7253
III
9760
11269
Média
8173
9746
113
Apêndice 28. Número total de passos de bovinos de corte em pastagem de
aveia preta e azevém anual nos estádios vegetativo e
reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm. Fazenda do
Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
5266
5041
II
5543
3724
III
6654
9709
Média
5821
6158
20
I
4462
3906
II
5028
4307
III
3660
5760
Média
4384
4658
30
I
4207
4205
II
3448
6398
III
4555
7113
Média
4070
5905
40
I
5454
6964
II
3869
5540
III
3153
7267
Média
4158
6590
114
Apêndice 29. Número de bocados por estação alimentar de bovinos de corte
em pastagem de aveia preta e azevém anual nos estádios
vegetativo e reprodutivo, nos tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm.
Fazenda do Espinilho, Tupanciretã, 2005.
Altura pretendida (cm)
Rep.
Estádio de avalição
Vegetativo
Reprodutivo
10
I
4,8
4,2
II
5,8
4,4
III
6,3
2,9
Média
5,6
3,9
20
I
4,1
3,8
II
4,3
3,8
III
6,5
4,6
Média
4,9
4,1
30
I
5,0
4,1
II
3,9
1,5
III
5,0
2,4
Média
4,6
2,7
40
I
3,7
2,8
II
2,6
1,4
III
4,7
1,7
Média
3,7
2,0
115
Apêndice 30. Entrada de dados para análise estatística das variáveis altura
(ALT), massa de forragem (MF) massa de lâmina foliar (ML),
massa de colmo + bainha (MC), massa de material senescente
(MMM), massa de inflorescência (MINF).
Estádios= veg/ vegetativo; flor/florescimento Trat= tratamento - alturas
estadio
Trat
bloco
ALT
MF
ML
MC
MMM
MINF
veg
10
1
8,3
1191,4
532,6
328,6
314,2
16,0
veg
10
2
7,6
1111,0
527,1
299,8
278,3
5,8
veg
10
3
10,0
1391,9
514,1
472,1
389,0
16,6
veg
20
1
19,3
2554,0
798,3
1053,1
615,6
86,9
veg
20
2
20,2
2654,6
692,0
1010,5
865,5
86,5
veg
20
3
21,2
2778,6
1024,5
1037,0
634,2
82,8
veg
30
1
31,6
4083,1
983,1
1875,5
963,2
261,3
veg
30
2
36,4
4646,5
912,0
2275,0
1054,0
405,4
veg
30
3
37,8
4791,0
1036,2
2256,5
995,9
502,4
veg
40
1
46,5
5896,4
1097,9
3170,6
1071,0
556,9
veg
40
2
42,3
5388,4
998,6
2775,5
896,7
717,6
veg
40
3
43,3
5478,3
994,2
2742,9
990,1
751,0
flor
10
1
24,1
3154,8
174,9
1369,7
243,4
1366,7
flor
10
2
27,4
3428,4
592,4
1418,6
857,1
560,3
flor
10
3
14,7
2394,1
197,8
711,5
1155,5
329,4
flor
20
1
36,3
4146,8
189,8
1749,0
583,8
1624,1
flor
20
2
36,3
4147,6
339,1
1263,1
1616,0
929,5
flor
20
3
32,1
3803,9
90,9
1532,3
1387,7
793,0
flor
30
1
33,6
3927,7
143,3
1349,6
1272,1
1162,7
flor
30
2
30,9
3712,7
127,5
1437,0
1740,7
407,4
flor
30
3
29,4
3586,4
93,1
1101,0
2102,9
289,3
flor
40
1
39,6
4422,0
108,9
1427,7
2048,5
841,1
flor
40
2
37,1
4218,4
79,8
1080,8
2634,8
423,0
flor
40
3
38,9
4360,1
90,4
1167,4
2723,7
378,5
116
Apêndice 31. Entrada de dados para análise estatística das variáveis oferta de
forragem (OF), oferta de lâmina foliar (OFLAM), oferta de colmo +
bainha (OFCOL), oferta de material senescente (OFMMM), oferta
de inflorescência (OFINF) e carga animal (CA).
estadio
trat
bloco
OF
OFLAM
OFCOL
OFMMM
OFINF
CA
veg
10
1
1,4
0,6
0,4
0,4
0,0
833,5
veg
10
2
1,1
0,5
0,3
0,3
0,0
1008,2
veg
10
3
1,2
0,4
0,4
0,3
0,0
1198,4
veg
20
1
4,2
1,3
1,7
1,0
0,1
605,8
veg
20
2
3,2
0,8
1,2
1,0
0,1
838,3
veg
20
3
3,4
1,3
1,3
0,8
0,1
819,5
veg
30
1
10,3
2,5
4,7
2,5
0,6
395,4
veg
30
2
9,6
2,0
4,6
2,2
0,8
504,1
veg
30
3
7,5
1,8
3,5
1,5
0,7
704,9
veg
40
1
18,4
3,4
9,9
3,4
1,7
320,3
veg
40
2
18,8
3,5
9,7
3,1
2,5
287,0
veg
40
3
14,1
2,6
7,1
2,5
1,9
389,9
flor
10
1
2,5
0,1
1,1
0,2
1,1
1270,8
flor
10
2
2,5
0,4
1,0
0,6
0,4
1361,2
flor
10
3
1,8
0,1
0,5
0,8
0,2
1367,0
flor
20
1
4,3
0,2
1,8
0,6
1,7
960,9
flor
20
2
3,4
0,3
1,0
1,3
0,8
1237,6
flor
20
3
3,1
0,1
1,3
1,1
0,7
1212,5
flor
30
1
8,4
0,3
2,9
2,7
2,5
467,0
flor
30
2
5,7
0,2
2,2
2,7
0,6
648,3
flor
30
3
3,8
0,1
1,2
2,2
0,3
954,3
flor
40
1
12,3
0,3
4,0
5,7
2,3
359,8
flor
40
2
12,9
0,2
3,3
8,1
1,3
327,0
flor
40
3
9,9
0,2
2,6
6,2
0,9
440,5
Estádios= veg/ vegetativo; flor/florescimento Trat= tratamento - alturas
117
Apêndice 32. Entrada de dados para análise estatística das variáveis tempo de
pastejo (TP), tempo de outras atividades (TO), tempo de
ruminação (TR), taxa de bocados (TB), tempo de permanência na
estação alimentar (TEST) e número de passos entre estação
alimentar (NPASS).
estadio
Trat
bloco
ALT
TP
TO
TR
TB
TEST
NPASS
veg
10
1
8,3
381,7
321,7
86,7
48,3
6,0
1,4
veg
10
2
7,6
508,3
136,7
140,0
46,6
7,4
1,4
veg
10
3
10,0
496,7
205,0
83,3
56,2
6,8
1,5
veg
20
1
19,3
313,4
323,4
158,3
33,6
7,2
1,6
veg
20
2
20,2
478,3
165,0
141,7
37,9
6,8
1,2
veg
20
3
21,2
396,7
235,0
130,0
47,0
8,3
1,3
veg
30
1
31,6
321,7
358,3
115,0
36,1
8,4
1,8
veg
30
2
36,4
385,0
263,3
146,7
26,2
8,9
1,3
veg
30
3
37,8
431,7
231,7
121,7
38,4
7,9
1,4
veg
40
1
46,5
378,3
268,3
148,3
23,2
9,6
2,2
veg
40
2
42,3
333,3
278,4
188,4
18,8
8,1
1,6
veg
40
3
43,3
258,3
371,7
155,0
38,2
7,1
1,4
flor
10
1
24,1
403,3
246,7
180,0
42,3
6,0
1,3
flor
10
2
27,4
416,7
200,0
213,3
31,3
8,5
1,3
flor
10
3
14,7
546,7
56,7
226,7
37,2
4,7
1,4
flor
20
1
36,3
360,0
223,3
246,7
24,5
9,3
1,7
flor
20
2
36,3
470,0
153,3
206,7
25,1
9,0
1,4
flor
20
3
32,1
510,0
103,3
216,7
36,3
7,7
1,4
flor
30
1
33,6
390,0
256,7
183,3
30,0
8,2
1,5
flor
30
2
30,9
543,3
126,7
160,0
12,4
7,5
1,5
flor
30
3
29,4
573,3
126,7
130,0
25,4
5,6
1,2
flor
40
1
39,6
430,0
233,3
166,7
24,9
6,8
1,8
flor
40
2
37,1
453,3
186,7
190,0
16,0
5,4
1,1
flor
40
3
38,9
426,7
216,7
186,7
26,4
3,8
1,1
Estádios= veg/ vegetativo; flor/florescimento Trat= tratamento - alturas
118
Apêndice 33. Entrada de dados para análise estatística das variáveis número de
refeições (NREF), tempo de duração da refeição (TREF), número
de intervalos entre refeições (NINT), tempo de intervalo entre
refeições (TINT), número total de estações alimentares (TOTEST),
número total de bocados (TOTBOC), número total de passos
(TOTPASS), número de bocados por estação alimentar (BOCEST).
estadio
Trat
bloco
NREF
TREF
NINT
TINT
TOTEST
TOTBOC
TOTPASS
BOCEST
Veg
10
1
6,7
75,4
5,7
52,0
3836,2
18688,0
5265,8
4,8
Veg
10
2
5,8
90,6
4,8
50,8
4103,9
23790,6
5542,8
5,8
Veg
10
3
4,8
107,6
3,8
70,1
4451,9
27894,7
6654,0
6,3
veg
20
1
6,3
53,0
5,3
78,5
2645,3
10521,5
4462,4
4,1
veg
20
2
5,5
92,7
5,0
61,1
4192,9
17753,9
5028,3
4,3
veg
20
3
6,5
63,8
5,5
66,1
2872,8
18635,0
3660,4
6,5
veg
30
1
6,8
48,4
5,8
68,2
2281,5
11302,2
4207,5
5,0
veg
30
2
6,2
63,2
5,2
69,4
2614,6
9769,6
3447,5
3,9
veg
30
3
6,8
66,3
5,8
54,1
3286,2
16235,4
4554,5
5,0
veg
40
1
5,7
70,2
4,7
58,5
2460,2
8711,5
5453,5
3,7
veg
40
2
5,8
62,7
4,8
72,1
2480,0
6048,1
3868,6
2,6
veg
40
3
6,5
42,6
5,5
75,1
2253,8
9759,8
3152,5
4,7
flor
10
1
7,7
55,5
6,7
59,8
4033,0
17047,5
5041,3
4,2
flor
10
2
6,7
65,5
5,7
65,1
2955,3
13059,4
3723,7
4,4
flor
10
3
6,7
82,7
5,7
46,6
6934,9
20353,6
9708,8
2,9
flor
20
1
5,0
73,3
4,0
85,8
2325,1
8830,8
3906,1
3,8
flor
20
2
6,3
79,4
5,3
61,1
3143,8
11806,4
4307,0
3,8
flor
20
3
5,3
97,0
4,3
71,5
4000,0
18487,5
5760,0
4,6
flor
30
1
6,3
64,0
5,3
72,0
2860,6
11692,2
4205,1
4,1
flor
30
2
4,7
118,7
3,7
71,1
4352,2
6726,1
6397,7
1,5
flor
30
3
4,0
152,7
3,0
66,8
6131,6
14573,3
7112,6
2,4
flor
40
1
6,0
73,1
5,0
73,9
3805,3
10715,6
6963,7
2,8
flor
40
2
5,7
81,0
4,7
76,7
5036,7
7252,8
5540,3
1,4
flor
40
3
7,0
68,2
6,0
59,3
6667,2
11269,1
7267,2
1,7
Estádios= veg/ vegetativo; flor/florescimento Trat= tratamento - alturas
119
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed.
The Mixed Procedure
Model Information
Data Set WORK.A1
Dependent Variable MF - massa de forragem
Covariance Structure Compound Symmetry
Subject Effect altmed*bloco
Estimation Method REML
Residual Variance Method Profile
Fixed Effects SE Method Model-Based
Degrees of Freedom Method Between-Within
Class Level Information
Class Levels Values
altmed 4 15.4 27.5 33.3 41.3
bloco 3 1 2 3
estadio 2 flor veg
Dimensions
Covariance Parameters 2
Columns in X 15
Columns in Z 0
Subjects 12
Max Obs Per Subject 2
Observations Used 24
Observations Not Used 0
Total Observations 24
Iteration History
Iteration Evaluations -2 Res Log Like Criterion
0 1 234.17186995
1 1 232.38879598 0.00000000
Convergence criteria met.
Covariance Parameter Estimates
Cov Parm Subject Estimate
CS altmed*bloco -34314
Residual 111084
Fit Statistics
-2 Res Log Likelihood 232.4
AIC (smaller is better) 236.4
AICC (smaller is better) 237.3
BIC (smaller is better) 237.4
Null Model Likelihood Ratio Test
DF Chi-Square Pr > ChiSq
1 1.78 0.1818
Type 3 Tests of Fixed Effects
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 207.24 <.0001
estadio 1 8 4.18 0.0752
altmed*estadio 3 8 30.73 0.0683
120
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 -1235.65 118.96 8 -10.39 <.0001
altmed 15.4 33.3 -2012.63 118.96 8 -16.92 <.0001
altmed 15.4 41.3 -2848.67 118.96 8 -23.95 <.0001
altmed 27.5 33.3 -776.98 118.96 8 -6.53 0.0002
altmed 27.5 41.3 -1613.02 118.96 8 -13.56 <.0001
altmed 33.3 41.3 -836.03 118.96 8 -7.03 0.0001
Dependent Variable ML - massa de lâmina foliar
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 2.79 0.1097
estadio 1 8 140.30 <.0001
altmed*estadio 3 8 8.80 0.0065
Standard
Effect estadio altmed estadio altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed*estadio flor 15.4 veg 15.4 -202.89 110.91 8 -1.83 0.1048
altmed*estadio flor 15.4 flor 27.5 115.11 94.7847 8 1.21 0.2592
altmed*estadio flor 15.4 veg 27.5 -516.58 94.7847 8 -5.45 0.0006
altmed*estadio flor 15.4 flor 33.3 200.39 94.7847 8 2.11 0.0674
altmed*estadio flor 15.4 veg 33.3 -655.38 94.7847 8 -6.91 0.0001
altmed*estadio flor 15.4 flor 41.3 228.63 94.7847 8 2.41 0.0424
altmed*estadio flor 15.4 veg 41.3 -708.54 94.7847 8 -7.48 <.0001
altmed*estadio veg 15.4 flor 27.5 317.99 94.7847 8 3.35 0.0100
altmed*estadio veg 15.4 veg 27.5 -313.69 94.7847 8 -3.31 0.0107
altmed*estadio veg 15.4 flor 33.3 403.28 94.7847 8 4.25 0.0028
altmed*estadio veg 15.4 veg 33.3 -452.49 94.7847 8 -4.77 0.0014
altmed*estadio veg 15.4 flor 41.3 431.52 94.7847 8 4.55 0.0019
altmed*estadio veg 15.4 veg 41.3 -505.65 94.7847 8 -5.33 0.0007
altmed*estadio flor 27.5 veg 27.5 -631.68 110.91 8 -5.70 0.0005
altmed*estadio flor 27.5 flor 33.3 85.283 94.7847 8 0.90 0.3945
altmed*estadio flor 27.5 veg 33.3 -770.4 94.7847 8 -8.13 <.0001
altmed*estadio flor 27.5 flor 41.3 113.52 94.7847 8 1.20 0.2653
altmed*estadio flor 27.5 veg 41.3 -823.6 94.7847 8 -8.69 <.0001
altmed*estadio veg 27.5 flor 33.3 716.9 94.7847 8 7.56 <.0001
altmed*estadio veg 27.5 veg 33.3 -138.8 94.7847 8 -1.46 0.1813
altmed*estadio veg 27.5 flor 41.3 745.2 94.7847 8 7.86 <.0001
altmed*estadio veg 27.5 veg 41.3 -191.9 94.7847 8 -2.03 0.0774
altmed*estadio flor 33.3 veg 33.3 -855.7 110.91 8 -7.72 <.0001
altmed*estadio flor 33.3 flor 41.3 28.240 94.7847 8 0.30 0.7733
altmed*estadio flor 33.3 veg 41.3 -908.9 94.7847 8 -9.59 <.0001
altmed*estadio veg 33.3 flor 41.3 884.01 94.7847 8 9.33 <.0001
altmed*estadio veg 33.3 veg 41.3 -53.16 94.7847 8 -0.56 0.5902
altmed*estadio flor 41.3 veg 41.3 -937.1 110.91 8 -8.45 <.0001
Dependent Variable MC - massa de colmo + bainha
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 37.98 <.0001
estadio 1 8 11.55 0.0094
altmed*estadio 3 8 40.63 <.0001
Standard
Effect estadio altmed estadio altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed*estadio flor 15.4 veg 15.4 799.78 180.94 8 4.42 0.0022
altmed*estadio flor 15.4 flor 27.5 -348.19 181.36 8 -1.92 0.0911
altmed*estadio flor 15.4 veg 27.5 133.04 181.36 8 0.73 0.4842
altmed*estadio flor 15.4 flor 33.3 -129.27 181.36 8 -0.71 0.4962
altmed*estadio flor 15.4 veg 33.3 -969.06 181.36 8 -5.34 0.0007
altmed*estadio flor 15.4 flor 41.3 -58.6667 181.36 8 -0.32 0.7546
altmed*estadio flor 15.4 veg 41.3 -1729.70 181.36 8 -9.54 <.0001
altmed*estadio veg 15.4 flor 27.5 -1147.97 181.36 8 -6.33 0.0002
altmed*estadio veg 15.4 veg 27.5 -666.74 181.36 8 -3.68 0.0063
altmed*estadio veg 15.4 flor 33.3 -929.05 181.36 8 -5.12 0.0009
121
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
altmed*estadio veg 15.4 veg 33.3 -1768.83 181.36 8 -9.75 <.0001
altmed*estadio veg 15.4 flor 41.3 -858.44 181.36 8 -4.73 0.0015
altmed*estadio veg 15.4 veg 41.3 -2529.48 181.36 8 -13.95 <.0001
altmed*estadio flor 27.5 veg 27.5 481.23 180.94 8 2.66 0.0288
altmed*estadio flor 27.5 flor 33.3 218.92 181.36 8 1.21 0.2619
altmed*estadio flor 27.5 veg 33.3 -620.87 181.36 8 -3.42 0.0090
altmed*estadio flor 27.5 flor 41.3 289.52 181.36 8 1.60 0.1491
altmed*estadio flor 27.5 veg 41.3 -1381.51 181.36 8 -7.62 <.0001
altmed*estadio veg 27.5 flor 33.3 -262.31 181.36 8 -1.45 0.1861
altmed*estadio veg 27.5 veg 33.3 -1102.10 181.36 8 -6.08 0.0003
altmed*estadio veg 27.5 flor 41.3 -191.71 181.36 8 -1.06 0.3214
altmed*estadio veg 27.5 veg 41.3 -1862.74 181.36 8 -10.27 <.0001
altmed*estadio flor 33.3 veg 33.3 -839.78 180.94 8 -4.64 0.0017
altmed*estadio flor 33.3 flor 41.3 70.6067 181.36 8 0.39 0.7072
altmed*estadio flor 33.3 veg 41.3 -1600.43 181.36 8 -8.82 <.0001
altmed*estadio veg 33.3 flor 41.3 910.39 181.36 8 5.02 0.0010
altmed*estadio veg 33.3 veg 41.3 -760.65 181.36 8 -4.19 0.0030
altmed*estadio flor 41.3 veg 41.3 -1671.04 180.94 8 -9.24 <.0001
Dependent Variable MMM - massa de material senescente
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 13.23 0.0018
estadio 1 8 38.48 0.0003
altmed*estadio 3 8 3.79 0.0584
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 -410.88 199.19 8 -2.06 0.0731
altmed 15.4 33.3 -815.21 199.19 8 -4.09 0.0035
altmed 15.4 41.3 -1187.88 199.19 8 -5.96 0.0003
altmed 27.5 33.3 -404.33 199.19 8 -2.03 0.0769
altmed 27.5 41.3 -776.99 199.19 8 -3.90 0.0045
altmed 33.3 41.3 -372.67 199.19 8 -1.87 0.0983
estadio flor veg 774.86 124.92 8 6.20 0.0003
Dependent Variable MINF - massa de inflorescência
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.83 0.5121
estadio 1 8 10.83 0.0110
altmed*estadio 3 8 3.30 0.0785
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
estadio flor veg 467.98 142.20 8 3.29 0.0110
Dependent Variable OF - oferta de forragem
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 50.02 <.0001
estadio 1 6 39.67 0.0784
altmed*estadio 3 6 26.65 0.1043
122
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 -1.8533 1.0132 8 -1.83 0.1048
altmed 15.4 33.3 -5.8083 1.0132 8 -5.73 0.0004
altmed 15.4 41.3 -11.9265 1.0493 8 -11.37 <.0001
altmed 27.5 33.3 -3.9550 1.0132 8 -3.90 0.0045
altmed 27.5 41.3 -10.0732 1.0493 8 -9.60 <.0001
altmed 33.3 41.3 -6.1182 1.0493 8 -5.83 0.0004
Dependent Variable OFLAM - oferta de lâmina foliar
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 27.83 0.0001
estadio 1 8 243.98 <.0001
altmed*estadio 3 8 34.91 <.0001
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed*estadio flor 15.4 veg 15.4 -0.2933 0.1947 8 -1.51 0.1704
altmed*estadio flor 15.4 flor 27.5 0.06000 0.2089 8 0.29 0.7812
altmed*estadio flor 15.4 veg 27.5 -0.9000 0.2089 8 -4.31 0.0026
altmed*estadio flor 15.4 flor 33.3 0.03667 0.2089 8 0.18 0.8650
altmed*estadio flor 15.4 veg 33.3 -1.8533 0.2089 8 -8.87 <.0001
altmed*estadio flor 15.4 flor 41.3 -0.01000 0.2089 8 -0.05 0.9630
altmed*estadio flor 15.4 veg 41.3 -2.9500 0.2089 8 -14.12 <.0001
altmed*estadio veg 15.4 flor 27.5 0.3533 0.2089 8 1.69 0.1292
altmed*estadio veg 15.4 veg 27.5 -0.6067 0.2089 8 -2.90 0.0198
altmed*estadio veg 15.4 flor 33.3 0.3300 0.2089 8 1.58 0.1528
altmed*estadio veg 15.4 veg 33.3 -1.5600 0.2089 8 -7.47 <.0001
altmed*estadio veg 15.4 flor 41.3 0.2833 0.2089 8 1.36 0.2120
altmed*estadio veg 15.4 veg 41.3 -2.6567 0.2089 8 -12.72 <.0001
altmed*estadio flor 27.5 veg 27.5 -0.9600 0.1947 8 -4.93 0.0011
altmed*estadio flor 27.5 flor 33.3 -0.02333 0.2089 8 -0.11 0.9138
altmed*estadio flor 27.5 veg 33.3 -1.9133 0.2089 8 -9.16 <.0001
altmed*estadio flor 27.5 flor 41.3 -0.07000 0.2089 8 -0.34 0.7462
altmed*estadio flor 27.5 veg 41.3 -3.0100 0.2089 8 -14.41 <.0001
altmed*estadio veg 27.5 flor 33.3 0.9367 0.2089 8 4.48 0.0020
altmed*estadio veg 27.5 veg 33.3 -0.9533 0.2089 8 -4.56 0.0018
altmed*estadio veg 27.5 flor 41.3 0.8900 0.2089 8 4.26 0.0028
altmed*estadio veg 27.5 veg 41.3 -2.0500 0.2089 8 -9.81 <.0001
altmed*estadio flor 33.3 veg 33.3 -1.8900 0.1947 8 -9.71 <.0001
altmed*estadio flor 33.3 flor 41.3 -0.04667 0.2089 8 -0.22 0.8288
altmed*estadio flor 33.3 veg 41.3 -2.9867 0.2089 8 -14.30 <.0001
altmed*estadio veg 33.3 flor 41.3 1.8433 0.2089 8 8.82 <.0001
altmed*estadio veg 33.3 veg 41.3 -1.0967 0.2089 8 -5.25 0.0008
altmed*estadio flor 41.3 veg 41.3 -2.9400 0.1947 8 -15.10 <.0001
Dependent Variable OFCOL - oferta de colmo + bainha
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 36.94 <.0001
estadio 1 8 121.34 <.0001
altmed*estadio 3 8 69.86 <.0625
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 -0.7567 0.5661 8 -1.34 0.2181
altmed 15.4 33.3 -2.5600 0.5661 8 -4.52 0.0019
altmed 15.4 41.3 -5.4717 0.5661 8 -9.67 <.0001
altmed 27.5 33.3 -1.8033 0.5661 8 -3.19 0.0129
altmed 27.5 41.3 -4.7150 0.5661 8 -8.33 <.0001
altmed 33.3 41.3 -2.9117 0.5661 8 -5.14 0.0009
estadio flor veg -1.8192 0.1651 8 -11.02 <.0001
123
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Dependent Variable OFMMM - oferta de material senescente
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 68.50 <.0001
estadio 1 8 27.96 0.0007
altmed*estadio 3 8 16.43 0.0892
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 -0.5400 0.3340 8 -1.62 0.1445
altmed 15.4 33.3 -1.8517 0.3340 8 -5.54 0.0005
altmed 15.4 41.3 -4.3833 0.3340 8 -13.13 <.0001
altmed 27.5 33.3 -1.3117 0.3340 8 -3.93 0.0044
altmed 27.5 41.3 -3.8433 0.3340 8 -11.51 <.0001
altmed 33.3 41.3 -2.5317 0.3340 8 -7.58 <.0001
estadio flor veg 1.1058 0.2091 8 5.29 0.0007
Dependent Variable OFINF - oferta de inflorescências
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 8.69 0.0067
estadio 1 8 1.84 0.2124
altmed*estadio 3 8 1.55 0.2753
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 -0.2767 0.3072 8 -0.90 0.3942
altmed 15.4 33.3 -0.6300 0.3072 8 -2.05 0.0744
altmed 15.4 41.3 -1.4750 0.3072 8 -4.80 0.0014
altmed 27.5 33.3 -0.3533 0.3072 8 -1.15 0.2834
altmed 27.5 41.3 -1.1983 0.3072 8 -3.90 0.0045
altmed 33.3 41.3 -0.8450 0.3072 8 -2.75 0.0250
Dependent Variable CA- carga animal
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 20.32 0.0004
estadio 1 8 88.51 0.0587
altmed*estadio 3 8 10.42 0.0639
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 227.42 113.30 8 2.01 0.0796
altmed 15.4 33.3 560.85 113.30 8 4.95 0.0011
altmed 15.4 41.3 819.10 113.30 8 7.23 <.0001
altmed 27.5 33.3 333.43 113.30 8 2.94 0.0186
altmed 27.5 41.3 591.68 113.30 8 5.22 0.0008
altmed 33.3 41.3 258.25 113.30 8 2.28 0.0521
124
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Dependent Variable tp - tempo de pastejo
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.83 0.5130
estadio 1 8 15.63 0.0042
altmed*estadio 3 8 2.90 0.1014
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
estadio flor veg 70.0000 17.7053 8 3.95 0.0042
Dependent Variable to- tempo de outras atividades
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.64 0.6088
estadio 1 8 18.18 0.0027
altmed*estadio 3 8 0.40 0.7542
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
estadio flor veg -85.7000 20.0991 8 -4.26 0.0027
Dependent Variable tr - tempo de ruminação
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 3.21 0.0831
estadio 1 8 56.75 <.0001
altmed*estadio 3 8 7.10 0.0121
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed*estadio flor 15.4 veg 15.4 103.33 15.3027 8 6.75 0.0001
altmed*estadio flor 15.4 flor 27.5 -16.7000 17.8850 8 -0.93 0.3778
altmed*estadio flor 15.4 veg 27.5 63.3333 17.8850 8 3.54 0.0076
altmed*estadio flor 15.4 flor 33.3 48.9000 17.8850 8 2.73 0.0257
altmed*estadio flor 15.4 veg 33.3 78.8667 17.8850 8 4.41 0.0023
altmed*estadio flor 15.4 flor 41.3 25.5333 17.8850 8 1.43 0.1912
altmed*estadio flor 15.4 veg 41.3 42.7667 17.8850 8 2.39 0.0438
altmed*estadio veg 15.4 flor 27.5 -120.03 17.8850 8 -6.71 0.0002
altmed*estadio veg 15.4 veg 27.5 -40.0000 17.8850 8 -2.24 0.0557
altmed*estadio veg 15.4 flor 33.3 -54.4333 17.8850 8 -3.04 0.0160
altmed*estadio veg 15.4 veg 33.3 -24.4667 17.8850 8 -1.37 0.2085
altmed*estadio veg 15.4 flor 41.3 -77.8000 17.8850 8 -4.35 0.0024
altmed*estadio veg 15.4 veg 41.3 -60.5667 17.8850 8 -3.39 0.0095
altmed*estadio flor 27.5 veg 27.5 80.0333 15.3027 8 5.23 0.0008
altmed*estadio flor 27.5 flor 33.3 65.6000 17.8850 8 3.67 0.0063
altmed*estadio flor 27.5 veg 33.3 95.5667 17.8850 8 5.34 0.0007
altmed*estadio flor 27.5 flor 41.3 42.2333 17.8850 8 2.36 0.0459
altmed*estadio flor 27.5 veg 41.3 59.4667 17.8850 8 3.32 0.0105
altmed*estadio veg 27.5 flor 33.3 -14.4333 17.8850 8 -0.81 0.4430
altmed*estadio veg 27.5 veg 33.3 15.5333 17.8850 8 0.87 0.4104
altmed*estadio veg 27.5 flor 41.3 -37.8000 17.8850 8 -2.11 0.0675
altmed*estadio veg 27.5 veg 41.3 -20.5667 17.8850 8 -1.15 0.2834
altmed*estadio flor 33.3 veg 33.3 29.9667 15.3027 8 1.96 0.0859
altmed*estadio flor 33.3 flor 41.3 -23.3667 17.8850 8 -1.31 0.2277
altmed*estadio flor 33.3 veg 41.3 -6.1333 17.8850 8 -0.34 0.7405
altmed*estadio veg 33.3 flor 41.3 -53.3333 17.8850 8 -2.98 0.0175
altmed*estadio veg 33.3 veg 41.3 -36.1000 17.8850 8 -2.02 0.0782
altmed*estadio flor 41.3 veg 41.3 17.2333 15.3027 8 1.13 0.2927
125
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Dependent Variable tb - taxa de bocados
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 4.76 0.0345
estadio 1 8 41.39 0.0002
altmed*estadio 3 8 1.62 0.2603
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 9.5833 5.4098 8 1.77 0.1144
altmed 15.4 33.3 15.5667 5.4098 8 2.88 0.0206
altmed 15.4 41.3 19.0667 5.4098 8 3.52 0.0078
altmed 27.5 33.3 5.9833 5.4098 8 1.11 0.3009
altmed 27.5 41.3 9.4833 5.4098 8 1.75 0.1177
altmed 33.3 41.3 3.5000 5.4098 8 0.65 0.5358
estadio flor veg -9.8917 1.5376 8 -6.43 0.0002
Dependent Variable test - tempo de permanência na estação alimentar
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 1.52 0.2831
estadio 1 8 5.53 0.0466
altmed*estadio 3 8 5.82 0.0208
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed*estadio flor 15.4 veg 15.4 -0.3333 0.7143 8 -0.47 0.6532
altmed*estadio flor 15.4 flor 27.5 -2.2400 0.9644 8 -2.32 0.0487
altmed*estadio flor 15.4 veg 27.5 -1.0533 0.9644 8 -1.09 0.3066
altmed*estadio flor 15.4 flor 33.3 -0.6967 0.9644 8 -0.72 0.4906
altmed*estadio flor 15.4 veg 33.3 -1.9867 0.9644 8 -2.06 0.0734
altmed*estadio flor 15.4 flor 41.3 1.0567 0.9644 8 1.10 0.3051
altmed*estadio flor 15.4 veg 41.3 -1.8667 0.9644 8 -1.94 0.0890
altmed*estadio veg 15.4 flor 27.5 -1.9067 0.9644 8 -1.98 0.0834
altmed*estadio veg 15.4 veg 27.5 -0.7200 0.9644 8 -0.75 0.4767
altmed*estadio veg 15.4 flor 33.3 -0.3633 0.9644 8 -0.38 0.7162
altmed*estadio veg 15.4 veg 33.3 -1.6533 0.9644 8 -1.71 0.1248
altmed*estadio veg 15.4 flor 41.3 1.3900 0.9644 8 1.44 0.1875
altmed*estadio veg 15.4 veg 41.3 -1.5333 0.9644 8 -1.59 0.1505
altmed*estadio flor 27.5 veg 27.5 1.1867 0.7143 8 1.66 0.1353
altmed*estadio flor 27.5 flor 33.3 1.5433 0.9644 8 1.60 0.1482
altmed*estadio flor 27.5 veg 33.3 0.2533 0.9644 8 0.26 0.7994
altmed*estadio flor 27.5 flor 41.3 3.2967 0.9644 8 3.42 0.0091
altmed*estadio flor 27.5 veg 41.3 0.3733 0.9644 8 0.39 0.7088
altmed*estadio veg 27.5 flor 33.3 0.3567 0.9644 8 0.37 0.7211
altmed*estadio veg 27.5 veg 33.3 -0.9333 0.9644 8 -0.97 0.3615
altmed*estadio veg 27.5 flor 41.3 2.1100 0.9644 8 2.19 0.0601
altmed*estadio veg 27.5 veg 41.3 -0.8133 0.9644 8 -0.84 0.4235
altmed*estadio flor 33.3 veg 33.3 -1.2900 0.7143 8 -1.81 0.1086
altmed*estadio flor 33.3 flor 41.3 1.7533 0.9644 8 1.82 0.1066
altmed*estadio flor 33.3 veg 41.3 -1.1700 0.9644 8 -1.21 0.2597
altmed*estadio veg 33.3 flor 41.3 3.0433 0.9644 8 3.16 0.0135
altmed*estadio veg 33.3 veg 41.3 0.1200 0.9644 8 0.12 0.9040
altmed*estadio flor 41.3 veg 41.3 -2.9233 0.7143 8 -4.09 0.0035
126
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Dependent Variable npass - número de passos
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.24 0.8635
estadio 1 8 8.46 0.1196
altmed*estadio 3 8 5.82 0.1208
Dependent Variable nref - número de refeição
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.70 0.5784
estadio 1 8 0.50 0.4996
altmed*estadio 3 8 5.37 0.3256
Dependent Variable tref - tempo de duração da refeição
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.66 0.6015
estadio 1 8 5.12 0.0536
altmed*estadio 3 8 5.80 0.0209
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed*estadio flor 15.4 veg 15.4 -23.2967 12.8526 8 -1.81 0.1075
altmed*estadio flor 15.4 flor 27.5 -15.3567 16.7422 8 -0.92 0.3858
altmed*estadio flor 15.4 veg 27.5 -1.9700 16.7422 8 -0.12 0.9092
altmed*estadio flor 15.4 flor 33.3 -43.9033 16.7422 8 -2.62 0.0305
altmed*estadio flor 15.4 veg 33.3 8.5767 16.7422 8 0.51 0.6223
altmed*estadio flor 15.4 flor 41.3 -6.1833 16.7422 8 -0.37 0.7215
altmed*estadio flor 15.4 veg 41.3 9.3867 16.7422 8 0.56 0.5904
altmed*estadio veg 15.4 flor 27.5 7.9400 16.7422 8 0.47 0.6480
altmed*estadio veg 15.4 veg 27.5 21.3267 16.7422 8 1.27 0.2385
altmed*estadio veg 15.4 flor 33.3 -20.6067 16.7422 8 -1.23 0.2533
altmed*estadio veg 15.4 veg 33.3 31.8733 16.7422 8 1.90 0.0934
altmed*estadio veg 15.4 flor 41.3 17.1133 16.7422 8 1.02 0.3366
altmed*estadio veg 15.4 veg 41.3 32.6833 16.7422 8 1.95 0.0867
altmed*estadio flor 27.5 veg 27.5 13.3867 12.8526 8 1.04 0.3281
altmed*estadio flor 27.5 flor 33.3 -28.5467 16.7422 8 -1.71 0.1266
altmed*estadio flor 27.5 veg 33.3 23.9333 16.7422 8 1.43 0.1907
altmed*estadio flor 27.5 flor 41.3 9.1733 16.7422 8 0.55 0.5987
altmed*estadio flor 27.5 veg 41.3 24.7433 16.7422 8 1.48 0.1777
altmed*estadio veg 27.5 flor 33.3 -41.9333 16.7422 8 -2.50 0.0367
altmed*estadio veg 27.5 veg 33.3 10.5467 16.7422 8 0.63 0.5463
altmed*estadio veg 27.5 flor 41.3 -4.2133 16.7422 8 -0.25 0.8076
altmed*estadio veg 27.5 veg 41.3 11.3567 16.7422 8 0.68 0.5167
altmed*estadio flor 33.3 veg 33.3 52.4800 12.8526 8 4.08 0.0035
altmed*estadio flor 33.3 flor 41.3 37.7200 16.7422 8 2.25 0.0543
altmed*estadio flor 33.3 veg 41.3 53.2900 16.7422 8 3.18 0.0129
altmed*estadio veg 33.3 flor 41.3 -14.7600 16.7422 8 -0.88 0.4037
altmed*estadio veg 33.3 veg 41.3 0.8100 16.7422 8 0.05 0.9626
altmed*estadio flor 41.3 veg 41.3 15.5700 12.8526 8 1.21 0.2603
Dependent Variable nint - número de intervalos
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.59 0.6376
estadio 1 8 0.93 0.3634
altmed*estadio 3 8 6.85 0.3134
127
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Dependent Variable tint - tempo de intervalo
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 2.59 0.1254
estadio 1 8 0.54 0.4839
altmed*estadio 3 8 0.14 0.9304
Dependent Variable TOTEST - número total de estação alimentar
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.89 0.4861
estadio 1 8 8.79 0.0180
altmed*estadio 3 8 2.35 0.1489
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
estadio flor veg 1230.50 415.10 8 2.96 0.0180
Dependent Variable TOTBOC - número total de bocados
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 5.59 0.0231
estadio 1 8 7.42 0.0261
altmed*estadio 3 8 4.14 0.0579
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 5799.83 2854.00 8 2.03 0.0766
altmed 15.4 33.3 8422.67 2854.00 8 2.95 0.0184
altmed 15.4 41.3 11180 2854.00 8 3.92 0.0044
altmed 27.5 33.3 2622.83 2854.00 8 0.92 0.3850
altmed 27.5 41.3 5379.67 2854.00 8 1.88 0.0962
altmed 33.3 41.3 2756.83 2854.00 8 0.97 0.3624
estadio flor veg -2274.67 834.78 8 -2.72 0.0261
Dependent Variable TOTPASS - número total de passos
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 0.93 0.4713
estadio 1 8 5.34 0.0507
altmed*estadio 3 8 1.05 0.4211
Dependent Variable BOCEST - número de bocados por estação alimentar
Num Den
Effect DF DF F Value Pr > F
altmed 3 8 4.07 0.0498
estadio 1 8 24.35 0.0011
altmed*estadio 3 8 0.54 0.6681
128
Apêndice 34. Saída do SAS referente ao Procedimento Mixed (continuação).
Standard
Effect estadio altmed _estadio _altmed Estimate Error DF t Value Pr > |t|
altmed 15.4 27.5 0.2167 0.6144 8 0.35 0.7335
altmed 15.4 33.3 1.0833 0.6144 8 1.76 0.1159
altmed 15.4 41.3 1.9167 0.6144 8 3.12 0.0142
altmed 27.5 33.3 0.8667 0.6144 8 1.41 0.1961
altmed 27.5 41.3 1.7000 0.6144 8 2.77 0.0244
altmed 33.3 41.3 0.8333 0.6144 8 1.36 0.2120
estadio flor veg -1.5917 0.3225 8 -4.93 0.0011
129
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão.
The REG Procedure
Model: MODEL1
Dependent Variable: MF
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 28532037 28532037 644.17 <.0001
Error 20 885857 44293
Corrected Total 21 29417894
Root MSE 210.45868 R-Square 0.9699
Dependent Mean 3453.78636 Adj R-Sq 0.9684
Coeff Var 6.30356
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 339.84369 127.25475 3.39 0.0029
ALT 1 112.23354 4.25223 25.38 <.0001
Dependent Variable: ML
estadio=veg
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 324215 324215 24.67 0.0001
Error 8 105134 13142
Corrected Total 9 429349
Root MSE 114.63727 R-Square 0.7954
Dependent Mean 801.41200 Adj R-Sq 0.7245
Coeff Var 12.43441
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 471.23689 78.04402 5.87 0.0004
ALT 1 13.73449 2.93227 4.97 0.0001
Dependent Variable: MC
estadio=veg
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 7063452 7063452 1224.07 <.0001
Error 8 46164 5770.47052
Corrected Total 9 7109616
Root MSE 75.96361 R-Square 0.9909
Dependent Mean 1335.10600 Adj R-Sq 0.9927
Coeff Var 6.41671
130
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 -325.13416 51.71534 -5.17 0.0009
ALT 1 71.49091 1.94305 34.99 <.0001
Dependent Variable: OF
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 216.93478 216.93478 30.73 <.0001
Error 20 141.20433 7.06022
Corrected Total 21 358.13911
Root MSE 2.65711 R-Square 0.6366
Dependent Mean 5.75364 Adj R-Sq 0.5860
Coeff Var 48.43135
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 -4.27016 1.60663 -1.61 0.1240
ALT 1 0.38459 0.05369 5.54 <.0001
Dependent Variable: OFLAM
estadio=veg
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 4.94420 4.94420 48.89 0.0001
Error 8 0.80900 0.10112
Corrected Total 9 5.75320
Root MSE 0.31800 R-Square 0.8612
Dependent Mean 1.39000 Adj R-Sq 0.8418
Coeff Var 24.48676
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 -0.17544 0.21649 0.23 0.8251
ALT 1 0.07488 0.00813 6.99 0.0001
131
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Dependent Variable: OFCOL
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 34.37869 34.37869 23.46 <.0001
Error 20 29.30778 1.46539
Corrected Total 21 63.68648
Root MSE 1.21053 R-Square 0.5382
Dependent Mean 2.18682 Adj R-Sq 0.5168
Coeff Var 66.91489
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 -2.34077 0.73195 -1.54 0.1381
ALT 1 0.17447 0.02446 4.84 <.0001
Dependent Variable: OFMMM
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 32.04544 32.04544 10.86 0.0018
Error 20 59.03711 2.95186
Corrected Total 21 91.08255
Root MSE 1.71810 R-Square 0.3632
Dependent Mean 2.03455 Adj R-Sq 0.3194
Coeff Var 77.16620
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 -1.02549 1.03885 -1.12 0.2740
ALT 1 0.11438 0.03471 3.29 0.0018
Dependent Variable: OFINF
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 6.03147 6.03147 21.34 0.0001
Error 20 5.65282 0.28264
Corrected Total 21 11.68430
Root MSE 0.53164 R-Square 0.5701
Dependent Mean 0.78045 Adj R-Sq 0.4920
Coeff Var 61.10127
132
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 -0.70515 0.32146 -1.89 0.0726
ALT 1 0.05662 0.01074 4.62 0.0001
Dependent Variable: CA
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr >
Model 1 667716 667716 6.85 0.0028
Error 20 1949376 97469
Corrected Total 21 2617093
Root MSE 312.19997 R-Square 0.9007
Dependent Mean 813.85909 Adj R-Sq 0.8979
Coeff Var 39.51044
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 1325.76279 188.77306 6.76 <.0001
ALT 1 -18.87995 6.30787 -2.62 0.0028
Dependent Variable: tpast
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 11210 11210 1.80 0.0208
Error 20 124879 6243.95499
Corrected Total 21 136089
Root MSE 79.01870 R-Square 0.3072
Dependent Mean 431.59091 Adj R-Sq 0.2865
Coeff Var 18.30870
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 489.84739 47.77900 10.29 <.0001
ALT 1 -2.66717 1.59654 -1.34 0.0208
133
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Dependent Variable: trumin
estadio=veg
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 1364.03786 1364.03786 2.24 0.0443
Error 8 4880.64614 610.08077
Corrected Total 9 6244.68400
Root MSE 24.69981 R-Square 0.6846
Dependent Mean 127.84000 Adj R-Sq 0.6207
Coeff Var 18.79088
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 101.53353 16.81541 6.28 0.0002
ALT 1 1.22470 0.63179 1.50 0.0443
Dependent Variable: txboc
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 1138.65548 1138.65548 17.74 0.0001
Error 20 1283.61952 64.18098
Corrected Total 21 2422.27500
Root MSE 8.01130 R-Square 0.8249
Dependent Mean 33.65000 Adj R-Sq 0.7436
Coeff Var 23.71774
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 52.91301 4.84407 10.89 <.0001
ALT 1 -0.69178 0.16187 -4.21 0.0001
Dependent Variable: test
estadio=veg
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 2.24088 2.24088 3.75 0.0142
Error 8 4.78108 0.59763
Corrected Total 9 7.02196
Root MSE 0.77307 R-Square 0.4849
Dependent Mean 7.48200 Adj R-Sq 0.4340
Coeff Var 9.98238
134
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 6.41750 0.52630 12.50 <.0001
ALT 1 0.05829 0.01977 1.94 0.0142
Dependent Variable: tref
estadio=veg
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 2036.07330 2036.07330 8.37 0.0302
Error 8 1947.20499 243.40062
Corrected Total 9 3983.27829
Root MSE 15.60130 R-Square 0.5168
Dependent Mean 70.36100 Adj R-Sq 0.4500
Coeff Var 22.53322
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 92.25513 10.62123 9.19 <.0001
ALT 1 -0.83418 0.39906 -2.89 0.0302
Dependent Variable: TOTALBOC
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 377788594 377788594 30.17 <.0001
Error 20 250465880 12523294
Corrected Total 21 628254475
Root MSE 3538.82664 R-Square 0.8319
Dependent Mean 14371 Adj R-Sq 0.6814
Coeff Var 24.95454
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 25398 2139.76685 11.86 <.0001
ALT 1 -395.27204 71.50050 -5.49 <.0001
Dependent Variable: NBOCEST
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 9.14225 9.14225 5.53 0.0178
Error 20 33.03775 1.65189
Corrected Total 21 42.18000
Root MSE 1.28526 R-Square 0.4731
Dependent Mean 4.00000 Adj R-Sq 0.3776
Coeff Var 31.63144
135
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 5.65082 0.77714 7.35 <.0001
ALT 1 -0.06109 0.02597 -2.35 0.0178
Dependent Variable: tp
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 28749 28749 5.36 0.0116
Error 20 107340 5366.99629
Corrected Total 21 136089
Root MSE 73.25979 R-Square 0.4442
Dependent Mean 431.59091 Adj R-Sq 0.3718
Coeff Var 16.61436
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 476.91064 27.20384 17.76 <.0001
OF 1 -7.56950 3.87115 -2.31 0.0116
Dependent Variable: tref
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 3287.29352 3287.29352 7.10 0.0003
Error 22 10185 462.95230
Corrected Total 23 13472
Root MSE 21.51633 R-Square 0.3195
Dependent Mean 76.97667 Adj R-Sq 0.3096
Coeff Var 27.84175
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 94.81068 7.46168 12.47 <.0001
ML 1 -0.03127 0.01173 -2.66 0.0003
136
Apêndice 35. Saída do SAS referente à análise de regressão (Continuação).
Dependent Variable: NTOTEST
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 17048122 17048122 14.86 0.0009
Error 22 25245862 1147539
Corrected Total 23 42293984
Root MSE 1071.23255 R-Square 0.5910
Dependent Mean 3738.58333 Adj R-Sq 0.4760
Coeff Var 28.65344
Parameter Estimates
Parameter Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 4896.14313 371.49451 13.18 <.0001
ML 1 -2.25157 0.58416 -3.85 0.0009
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