Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE:
INFECTOLOGIA E MEDICINA TROPICAL
COMPORTAMENTO DO TESTE ML FLOW EM PACIENTES
E CONTATOS DE PACIENTES COM HANSENÍASE
MENORES DE 18 ANOS
MARIA APARECIDA ALVES FERREIRA
Belo Horizonte
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
MARIA APARECIDA ALVES FERREIRA
COMPORTAMENTO DO TESTE ML FLOW EM PACIENTES
E CONTATOS DE PACIENTES COM HANSENÍASE
MENORES DE 18 ANOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde: Infectologia e
Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais, como
requisito parcial à obtenção do título de Mestre em
Ciências da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Maurício de Figueiredo
Antunes
Belo Horizonte
2007
ads:
Ferreira, Maria Aparecida Alves.
F383c Comportamento do teste ML Flow em pacientes e contatos de pacientes com
hanseníase menores de 18 anos [manuscrito] / Maria Aparecida Alves Ferreira.
– 2007.
146 f., enc.: il. color., p&b, grafs., tabs.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Maurício de Figueiredo Antunes.
Área de concentr
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Reitor
Ronaldo Tadêu Pena
Pró-Reitor de Pós-Graduação
Jaime Arturo Ramirez
FACULDADE DE MEDICINA
Diretor
Francisco José Penna
Coordenador do Centro de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina
Carlos Faria Santos Amaral
Chefe do Departamento de Clínica Médica
Dirceu Bartolomeu Greco
Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Infectologia
e Medicina Tropical
Manoel Otávio da Costa Rocha (Coordenador)
Antônio Lúcio Teixeira Júnior (Subcoordenador)
Antônio Luiz Pinho Ribeiro
Carlos Maurício de Figueiredo Antunes
José Roberto Lambertucci
Fátima Lúcia Guedes Silva (Representante discente)
A todas as pessoas que me ensinaram
matemática, desde meu pai, que me
ensinou a fazer contas na ponta do lápis,
até meus colegas e professores da pós-
graduação, que me ensinaram os métodos
estatísticos avançados aplicados neste
estudo.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por mais esta conquista.
À minha família, cujo seio é meu lugar de descanso, pelo apoio incondicional.
Ao Prof. Dr. Manoel Otávio da Costa Rocha, exemplo de dedicação à Medicina e
determinação, pela oportunidade que tem oferecido ao estudo e à pesquisa em
hanseníase.
Ao Prof. Dr. Carlos Maurício de Figueiredo Antunes, pela paciência e cuidadosa
orientação deste estudo.
À Secretaria Municipal de Saúde de Betim, pela consideração e apoio, facilitando a
minha oportunidade de realizar este estudo.
À Dra. Maria Aparecida de Faria Grossi, companheira de tantas jornadas, pela
permissão do uso dos bancos de dados do teste ML Flow e pela grande ajuda em
etapas decisivas deste trabalho.
A Mery Natali Silva Abreu, exemplo de coragem e bravura de viver, pelo generoso
apoio técnico nas análises estatísticas dos dados.
À colega Ana Regina Coelho de Andrade, pela disponibilidade e camaradagem.
À monitora Maria das Graças Braga Ceccato, pela dedicação e paciência na tarefa
de ensinar.
Aos funcionários da secretaria deste Programa de Pós-Graduação, sempre gentis e
prestativos, por todas as informações e orientações.
Aos funcionários da biblioteca José Baeta Vianna do Campus Saúde da UFMG e do
Centro de Documentação Científica da Associação Médica de Minas Gerais, pela
grande ajuda na busca de material bibliográfico.
A Mirtes Américo Pereira e a Joel Dalton Palomino, pela ajuda profissional nos
momentos finais desse estudo.
“Se vi mais longe do que outros, é porque
estava apoiado nos ombros de gigantes”.
Isaac Newton (1643 – 1727)
RESUMO
Testes sorológicos têm sido desenvolvidos para ajudar no controle da hanseníase.
Para avaliar o teste sorológico ML Flow, realizou-se estudo descritivo e exploratório
em menores de 18 anos, sendo 115 casos novos de hanseníase e 1.011 contatos
intradomiciliares. Determinaram-se as proporções da soropositividade e fatores
associados ao teste positivo. As análises estatísticas foram feitas por regressão
logística e árvore de decisão. Observou-se soropositividade em 21,7% dos pacientes
e 19,7% dos contatos. Quanto aos pacientes, a regressão logística indicou
associação com baciloscopia positiva (OR = 18) e número de lesões cutâneas maior
que cinco (OR = 5,86). A probabilidade de um paciente com baciloscopia positiva e
com mais de cinco lesões cutâneas ser soropositivo foi de 0,94. A análise por árvore
de decisão mostrou associação com baciloscopia, classificação de Madri, número de
nervos acometidos e idade. Já, nos contatos, as duas análises indicaram os
mesmos fatores associados à soropositividade: classificação do caso-índice, idade,
e tipo de serviço de saúde. A chance da soropositividade para os contatos de caso-
índice multibacilar (MB) foi cerca de duas vezes maior (OR = 2,31) do que para os
contatos de caso-índice paucibacilar (PB). A cada ano de idade a mais, a chance da
soropositividade para o contato foi 1,06 vezes maior (OR = 1,06). Os contatos de
caso-índice MB, atendidos em centro de saúde e com idade de 17 anos
apresentaram a maior probabilidade (0,37) da soropositividade. As variáveis que
explicaram melhor a soropositividade, em menores de 18 anos, foram aquelas
associadas à maior carga bacilar. Assim, o teste ML Flow poderia ser utilizado
também na infância para ajudar na correta classificação dos pacientes para
tratamento e na identificação dos contatos com maior risco de desenvolver
hanseníase, levando ao diagnóstico precoce. Essas ações poderiam ter impacto na
transmissão e incidência da hanseníase em todas as idades.
Palavras-chave: Hanseníase, Testes Sorológicos, Hanseníase/Transmissão.
ABSTRACT
This descriptive and exploratory study had the objective of evaluating ML Flow, one
of the serologic tests developed to aid leprosy control. Data on 115 newly diagnosed
leprosy patients and 1,011 household contacts, all under 18, were analyzed to
determine seropositivity ratios and factors associated to a positive test result.
Statistical analysis included logistic regression and classification tree method. The
ML Flow test result was positive in 21.7% of the patients and 19.7% of the contacts.
In the group of patients, logistic regression analysis indicated association of
seropositivity with positive skin smear (OR = 18) and number of skin lesions higher
than five (OR = 5.86). Seropositivity probability for a patient with a positive skin
smear and more than five skin lesions was 0.94. According to classification tree
analysis, seropositivity was shown to be associated with the following variables: skin
smear, Madrid classification, number of nerves involved and age. In the group of
contacts, index patient classification, age and type of health service were associated
to seropositivity in both analyses. Contacts of multibacillary (MB) index patients had a
chance of seropositivity two times higher (OR = 2.31) than those of paucibacillary
(PB) index patients. For each additional year of age, the chance of seropositivity for
the contacts was 1.06 times higher (OR = 1.06). Seventeen year old contacts of MB
index patients, attended in health units had the highest probability of seropositivity
(0.37). The variables which best explained seropositivity in the population studied
were those associated to higher bacillary loads. Therefore, the ML Flow test could
also be used in childhood to aid the correct classification of patients for treatment and
to identify those contacts who have an increased risk of developing leprosy, leading
to a timely diagnosis. These actions could impact leprosy transmission and incidence
in all ages.
Key Words: Leprosy, Serologic Tests, Leprosy/Transmission.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 -
Modelo esquemático do M. leprae .................................................... 22
FIGURA 2 -
Estrutura esquemática do M. leprae .................................................
23
FIGURA 3 -
Estrutura química do trissacarídeo do M. leprae ligado ao lipídeo
fenólico ..............................................................................................
24
FIGURA 4 -
Sítios do teste de sensibilidade nos olhos, nas mãos e nos pés ......
30
FIGURA 5 -
Estrutura química do PGL-1 do M. leprae .........................................
34
FIGURA 6 -
Teste ML Flow para detecção de anticorpos IgM contra o M. leprae
35
FIGURA 7 -
Probabilidade da soropositividade do teste ML Flow, segundo o
índice baciloscópico ..........................................................................
36
FIGURA 8 -
Box-plot da distribuição da idade dos 115 pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a
março de 2004 ...................................................................................
49
FIGURA 9 -
Box-plot da distribuição da idade dos 1.011 contatos de pacientes
com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de
2002 a março de 2004 .......................................................................
50
FIGURA 10 -
Porcentual do resultado do teste ML Flow no grupo de pacientes e
contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos,
Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 .............................
51
FIGURA 11 -
Árvore de decisão dos 115 pacientes com hanseníase, menores de
18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 ..............
59
FIGURA 12 -
Árvore de decisão dos 1.011 contatos de pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a
março de 2004 ...................................................................................
60
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 -
Classificação do grau de incapacidades dos pacientes com
hanseníase segundo suas características ........................................
30
QUADRO 2 -
Relação das variáveis dos pacientes e dos contatos dos bancos de
dados analisados ..............................................................................
40
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 -
Escala logarítmica de Ridley ............................................................. 31
TABELA 2 -
Distribuição da freqüência dos 115 pacientes com hanseníase,
menores de 18 anos, segundo o tipo de serviço de saúde, Minas
Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 ........................................
45
TABELA 3 -
Distribuição da freqüência dos 1.011 contatos de pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, segundo o tipo de serviço de
saúde, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 .................
46
TABELA 4 -
Distribuição da freqüência das características dos 115 pacientes
com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de
2002 a março de 2004 ......................................................................
47
TABELA 5 -
Estatísticas descritivas da idade dos 115 pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a
março de 2004 ..................................................................................
48
TABELA 6 -
Distribuição da freqüência das características dos 1.011 contatos
de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais,
outubro de 2002 a março de 2004 ....................................................
49
TABELA 7 -
Estatísticas descritivas da idade dos 1.011 contatos de pacientes
com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de
2002 a março de 2004 ......................................................................
50
TABELA 8 -
Análise univariada: associação entre o resultado do teste ML Flow
e as características dos 115 pacientes com hanseníase, menores
de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 .........
52
TABELA 9 -
Análise univariada: associação entre o resultado do teste ML Flow
e as características dos 1.011 contatos de pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a
março de 2004 ..................................................................................
54
TABELA 10
-
Modelo final de regressão logística binária para os pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, tendo como variável resposta o
resultado do teste ML Flow, Minas Gerais, outubro de 2002 a
março de 2004 (n = 108) ...................................................................
55
TABELA 11
-
Modelo final de regressão logística binária para os contatos de
pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, tendo como
variável resposta o resultado do
TABELA 12 - Probabilidade de um paciente ser classificado como ML Flow
positivo ou negativo de acordo com suas características .................
57
TABELA 13
-
Probabilidade de um contato ser classificado como ML Flow
positivo ou negativo de acordo com suas características .................
58
TABELA 14
-
Variáveis explicativas associadas à soropositividade do teste ML
Flow em cada modelo ajustado por regressão logística e árvore de
decisão (CART) nos pacientes e contatos de pacientes com
hanseníase ........................................................................................
61
TABELA 15
-
Distribuição da freqüência dos 115 pacientes com hanseníase,
menores de 18 anos, segundo o índice baciloscópico, Minas
Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 ........................................
79
TABELA 16
-
Concordância entre o resultado do teste ML Flow e a classificação
de tratamento dos 115 pacientes com hanseníase, menores de 18
anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 ...................
80
TABELA 17
-
Escala de concordância da estatística Kappa ................................... 81
TABELA 18
-
Distribuição da freqüência das características dos nove pacientes
com hanseníase, menores de 18 anos, que receberam
classificação de tratamento diferente do proposto pelo protocolo da
pesquisa, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 .............
83
TABELA 19
-
Associação entre o descumprimento do protocolo e as
características dos nove pacientes com hanseníase, menores de
18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004 ..............
85
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BCG
Bacilo de Calmette-Guérin
BH
Belo Horizonte
CART
Classification and Regression Trees
Árvores de Classificação e Regressão
ELISA
Enzyme Linked Immunosorbent Assay
Teste de Imunoabsorção Ligado à Enzima
IB
Índice Baciloscópico
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IC
Intervalo de Confiança
KIT
Koninklijk Instituut Voor de Tropen
Instituto Real Tropical
LAM
Lipoarabinomannan
Lipoarabinomanano
LILACS
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
LM
Lipomannan
Lipomanano
M. leprae
Mycobacterium leprae
MB
Multibacilar
MEDLINE
Medical Literature Analysis and Retrieval System On-line
ML Flow
Mycobacterium leprae Flow
Teste ML Flow
Teste do Fluxo Lateral
ND-O-BSA
Natural Disaccharide-octyl-BSA (Natural Disaccharide Linked to
Bovine Serum Albumin Via an Octyl Linker)
Dissacarídeo Natural Ligado à Albumina de Soro Bovino por um
Radical Octil
NT-P-BSA
Natural Disaccharide-phenyl-BSA (Natural
Trisaccharide Linked to
Bovine Serum Albumin Via a Phenyl Linker)
Trissacarídeo Natural Ligado à Albumina de Soro Bovino por um
Radical Fenil
OR
Odds Ratio
Razão das Chances
PB
Paucibacilar
PDIM
Phthiocerol Dimycocerosate
Ftiocerol Dimicocerosato
PGL-1
Phenolic Glycolipid 1
Glicolipídeo Fenólico 1
PIMs
Phosphatidylinositol Mannosides
Fosfatidilinositol Manosídios
PL
Phospholipids
Fosfolipídeos
PQT
Poliquimioterapia
TMM
Trehalose Monomycolate
Trealose Monomicolato
UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais
WHO/OMS
World Health Organization
Organização Mundial de Saúde
15
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................
17
2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................
20
2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 20
2.2 AGENTE ETIOLÓGICO .............................................................................. 21
2.3 HANSENÍASE NA INFÂNCIA ..................................................................... 24
2.3.1 Classificação da hanseníase na infância .................................................... 27
2.3.1.1
Classificação de Madri ................................................................................
28
2.3.1.2
Classificação de Ridley e Jopling ...............................................................
28
2.3.1.3
Classificação da OMS .................................................................................
28
2.3.1.4
Classificação do Brasil ................................................................................
29
2.3.2 Incapacidade na infância ............................................................................ 29
2.3.3 Baciloscopia ................................................................................................ 31
2.3.4 Tratamento da hanseníase na infância ....................................................... 31
2.4 CONTATOS DE PACIENTES COM HANSENÍASE ................................... 32
2.5 TESTE ML FLOW ....................................................................................... 33
3 OBJETIVOS ...............................................................................................
38
3.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 38
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 38
4 CASUÍSTICA E MÉTODOS .......................................................................
39
4.1 POPULAÇÃO DE ESTUDO E AMOSTRA ................................................. 39
4.2
ANÁLISE ESTATÍSTICA .............................................................................
40
4.2.1 Variáveis do estudo .................................................................................... 40
4.2.2 Análise descritiva e exploratória dos dados ................................................ 41
4.2.3 Análise univariada ....................................................................................... 41
4.2.4
Análise múltipla ...........................................................................................
42
4.2.4.1
Regressão logística binária .........................................................................
42
4.2.4.2
Árvore de decisão .......................................................................................
42
4.2.5 Softwares para as análises estatísticas ...................................................... 43
4.3 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ...................................................................... 43
4.4 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E REDAÇÃO DO ESTUDO ........................ 43
5 RESULTADOS ...........................................................................................
45
5.1 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ESTUDADA ........................................ 45
5.2 ANÁLISE DESCRITIVA E EXPLORATÓRIA DOS DADOS ....................... 46
5.3 ANÁLISE UNIVARIADA .............................................................................. 51
5.4 ANÁLISE MÚLTIPLA .................................................................................. 55
5.4.1 Regressão logística .................................................................................... 55
5.4.1.1
Modelo final de regressão logística ............................................................
55
5.4.1.2
Cálculo de probabilidades ...........................................................................
57
5.4.2 Árvore de decisão ....................................................................................... 58
5.5 PODER ESTATÍSTICO DAS AMOSTRAS PARA DETECTAR
ASSOCIAÇÕES .......................................................................................... 62
16
6 DISCUSSÃO ...............................................................................................
63
6.1 PROPORÇÃO DA SOROPOSITIVIDADE DO TESTE ML FLOW NOS
PACIENTES E CONTATOS .......................................................................
63
6.2 FATORES ASSOCIADOS À SOROPOSITIVIDADE DO TESTE ML
FLOW NOS PACIENTES ...........................................................................
64
6.3 FATORES ASSOCIADOS À SOROPOSITIVIDADE DO TESTE ML
FLOW NOS CONTATOS ............................................................................
65
7 CONCLUSÕES ...........................................................................................
67
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................
68
REFERÊNCIAS ..........................................................................................
71
APÊNDICES ...............................................................................................
78
ANEXOS .....................................................................................................
141
17
1 INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo
Mycobacterium leprae (M. leprae), parasita intracelular obrigatório, cuja
particularidade é o seu tropismo cutâneo e neurológico periférico.
O controle da hanseníase tem sido um desafio, a despeito de avanços como
a poliquimioterapia (PQT) e o seqüenciamento do genoma do M. leprae.
(USTIANOWSKI; LOCKWOOD, 2003). Continua sendo um grande problema de
saúde pública, principalmente, nos países em desenvolvimento.
Nenhuma doença oferece leque tão amplo de investigações (CESTARI,
1990). A abordagem da hanseníase é ampla devido a seus múltiplos aspectos
evolutivos. Sua complexidade é facilmente percebida por causa da grande
variabilidade clínica, histológica, bacteriológica e do estigma que carrega. A questão
com a hanseníase não é o que a doença é, mas o que as pessoas acreditam que ela
seja (JOPLING, 1991).
A ocorrência de hanseníase na infância também é problema de saúde
pública, refletindo exposição precoce, transmissão na comunidade e eficácia dos
programas de controle (ANDRADE; GONTIJO, 2007; LANA et al., 2000; SARDANA,
2006).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2005, foram
diagnosticados 28.005 casos de hanseníase em menores de 15 anos no mundo, o
que representou 9,4% dos casos detectados no referido ano. No Brasil
diagnosticaram-se, naquele ano, 3.259 casos de hanseníase nessa faixa etária, ou
seja, 8,5% do total de casos detectados no país (WHO, 2006c).
No estado de Minas Gerais, de acordo com a Secretaria de Estado de
Saúde, dos 2.953 casos novos notificados no ano de 2005, 6% eram menores de 15
anos (MINAS GERAIS, 2006).
Os sinais e sintomas característicos da hanseníase são principalmente
cutâneos e neurológicos, destacando-se o grande polimorfismo clínico apresentado
pelo acometimento cutâneo, característica importante da hanseníase. Essa
diversidade clínica depende do estado imunológico do paciente frente à infecção
pelo M. leprae, fazendo da hanseníase uma doença espectral (FLAGEUL, 2001).
A OMS define um caso de hanseníase como uma pessoa com sinais clínicos
da doença e que requer quimioterapia. O diagnóstico é feito por meio do achado de,
18
pelo menos, um dos seguintes sinais cardinais: mancha de pele hipocrômica ou
eritematosa com perda de sensibilidade, espessamento de nervo periférico com
perda de sensibilidade e/ou fraqueza muscular e baciloscopia positiva (WHO,
2006a).
Uma vez diagnosticado, o caso de hanseníase é classificado para fins de
tratamento com PQT, e faz-se o exame dos contatos intradomiciliares do caso
identificado. A OMS e o Ministério da Saúde (MS) do Brasil recomendam a
classificação baseada na contagem das lesões de pele:
a) PB – casos com até cinco lesões de pele;
b) MB – casos com mais de cinco lesões de pele.
A baciloscopia, quando for realizada e positiva, classifica o caso como MB,
independentemente do número de lesões cutâneas (BRASIL, 2002; WHO, 2006a).
De acordo com as recomendações do MS do Brasil, considera-se como
contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o
doente nos últimos cinco anos (BRASIL, 2002).
O controle da hanseníase tem como base a detecção precoce dos casos e a
instituição da quimioterapia. A introdução da PQT, no início da década de 80,
permitiu curas definitivas em períodos relativamente curtos e redução significativa da
prevalência da doença. Entretanto, ainda falta evidenciar o impacto da PQT na
transmissão e incidência da hanseníase. O conhecimento do processo que
determina a transmissão do M. leprae ainda é limitado, e estudos controlados
possibilitando conhecer o impacto das intervenções na transmissão da infecção
nunca foram conduzidos (MEIMA, 2004).
A importância do estudo da hanseníase na infância decorre, inicialmente, do
fato dessa doença afetar a pele, o maior e mais visível órgão do corpo, e do risco de
levar à desfiguração física. Segundo Aron-Brunetière e Loo (1983), é principalmente
da pele que depende a maneira como o indivíduo se vê e é visto pelo outro. O
comprometimento da imagem do corpo por doença é particularmente importante na
transição da infância para adolescência, quando ocorre a descoberta de que existem
outras pessoas a serem conquistadas além dos próprios pais (CONSOLI, 2001).
O estudo da hanseníase na infância justifica-se ainda pela proporção de
jovens na sociedade brasileira, visto ser ela composta de 36% de menores de 18
anos (IBGE, 2000). A maioria dos casos de hanseníase dessa faixa etária é de
19
formas não contagiantes, com poucas lesões cutâneas e baciloscopia negativa. Se o
diagnóstico e o tratamento forem oportunos e corretos, a tendência é para a cura
sem seqüelas.
A detecção precoce e a correta classificação do caso de hanseníase, para
fins de tratamento, são desafios para a eliminação dessa endemia e justifica-se,
portanto, a busca de métodos mais simplificados para estabelecer a correta
classificação dos casos (GROSSI, 2005).
O ML Flow é um teste sorológico que detecta anticorpos IgM contra o
glicolipídeo fenólico 1, em inglês phenolic glycolipid 1 (PGL-1), do M. leprae. É
simples, rápido, de fácil execução e leitura, não necessitando de laboratório nem de
equipamento especial (BÜHRER-SÉKULA et al., 2003).
Este teste tem sido proposto como instrumento auxiliar para a classificação
dos pacientes com hanseníase para tratamento com PQT e para identificar os
contatos de pacientes com hanseníase com maior risco de adoecer no futuro.
Porém, nos estudos da literatura com o teste ML Flow, quando a idade é
mencionada, a maioria dos indivíduos tem idade igual ou maior que 15 anos
(BÜHRER-SÉKULA et al., 2003; CALADO et al., 2005; GROSSI, 2005; LYON,
2005).
Este trabalho tem por objetivo determinar as proporções da soropositividade
e testar associações do resultado do teste ML Flow em pacientes e contatos de
pacientes com hanseníase menores de 18 anos.
Adotou-se neste estudo a definição de criança da Convenção Sobre os
Direitos da Criança das Nações Unidas: “todo ser humano menor de 18 anos de
idade” (CONVENÇÃO..., 1989). A escolha dessa faixa etária justifica-se por ser o
período de incubação da hanseníase tipicamente longo e para garantir maior poder
de detecção das amostras.
20
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma doença micobacteriana crônica, infecciosa em alguns
casos, que afeta, primariamente, os nervos periféricos e, secundariamente, a pele e
alguns outros órgãos (JOPLING; McDOUGALL, 1991).
A carga global de casos reduziu-se cerca de 90% nos últimos 20 anos. Mais
de 15 milhões de casos foram detectados e curados no mundo inteiro (WHO,
2006b).
No início de 2006, a OMS registrou o total de 219.826 casos e o número de
casos novos detectados, em 2005, foi 296.499. Destes, 53,5% eram de casos MB,
9,4% eram de crianças e 4,6% foram diagnosticados com grau dois de incapacidade
(WHO, 2006c). Observou-se nas regiões da OMS grande variação (1% a 39%) nas
proporções de crianças entre os casos detectados em 2005 (WHO, 2006c).
Considerando a divisão por regiões da OMS, a contribuição de cada uma
delas para a prevalência global, no início de 2006, foi a seguinte: Sudeste Asiático
60%, Américas 15%, África 19%, Pacífico Ocidental 4%, Mediterrâneo Oriental 2% e
Europa 0% (WHO, 2006b).
O Brasil contava, no início de 2006, com 27.313 pacientes em curso de
tratamento (1,48/10.000 habitantes), ocupando o segundo lugar do mundo em
número de casos. Em 2005, foram detectados 38.410 casos novos (2,09/10.000
habitantes), dos quais 4,9% tinham grau dois de incapacidade e 3.259 casos eram
crianças, ou seja, 8,5% (WHO, 2006c).
Minas Gerais, no final de 2005, contava com 2.807 casos em tratamento
(1,5/10.000 habitantes). Foram diagnosticados 2.953 casos novos naquele ano
(1,54/10.000 habitantes), sendo que 11,3% deles apresentavam grau dois de
incapacidade e 6% eram de crianças (MINAS GERAIS, 2006).
O desaparecimento da hanseníase na Europa é, de fato, um fenômeno
notável e um enigma fascinante, segundo Duncan (1994), uma vez que nem a causa
nem a cura da doença foram conhecidas por séculos. Esse autor, em sua revisão
sobre o declínio da hanseníase na Europa, enumerou várias causas possíveis: 1.
inibição competitiva por outras micobactérias, principalmente o Mycobacterium
21
tuberculosis; 2. isolamento de casos infecciosos; 3. mudança antigênica resultando
em perda da patogenicidade; 4. seleção genética da população; 5. mortalidade
seletiva dos pacientes de hanseníase durante pragas epidêmicas; 6. melhora das
condições socioeconômicas; 7. melhor nutrição; 8. melhora do modo de se vestir, 9.
melhora das condições sanitárias e de moradia; 10. mudança do clima. Nenhuma
das condições citadas pode ser considerada isoladamente, desde que cada uma
delas deve ter contribuído para o declínio da hanseníase na Europa (DUNCAN,
1994).
A meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública é
definida como a redução da prevalência a menos de um caso a cada 10.000
habitantes, em nível nacional (WHO, 2006a). Segundo a OMS, no início de 2006,
seis países ainda não tinham alcançado essa meta: Brasil, República Democrática
do Congo, Madagascar, Moçambique, Nepal e República Unida da Tanzânia (WHO,
2006c).
2.2 AGENTE ETIOLÓGICO
A hanseníase é causada pelo bacilo M. leprae, um dos primeiros agentes
relacionados a uma doença infecciosa. Esse bacilo foi descoberto em 1873 por
Gerhard Henrik Armauer Hansen, em um hospital de pesquisa da Noruega, sendo os
achados publicados no ano seguinte (JOPLING; HARMAN, 1986; MEIMA et al.,
2002; REES, 1985). A descoberta do agente infeccioso descartou a teoria
hereditária da hanseníase (REES, 1985).
O tempo de duplicação do bacilo é longo, entre 12 e 20 dias, não se tendo
ainda conseguido cultivá-lo in vitro. O único meio de cultivá-lo é por inoculação em
animal, talvez por defeitos metabólicos do microorganismo e por ele ser dependente
de produtos do hospedeiro (BRYCESON; PFALTZGRAFF, 1990; COLE et al., 2001).
Mais da metade dos genes funcionais do Mycobacterium tuberculosis está ausente
no M. leprae. Análises comparativas do genoma do M. leprae com outras
micobactérias poderiam explicar a duplicação lenta e a dependência de células do
hospedeiro para crescimento (BRITTON; LOCKWOOD, 2004).
O M. leprae é da família Mycobacteriaceae, ordem Actinomycetales e classe
Schizomycetes. (SAMPAIO; RIVITTI, 1998).
22
De acordo com Rees (1985), Bryceson e Pfaltzgraff (1990) e Vissa e
Brennan (2001), o M. leprae tem particularidades na sua estrutura e composição
química.
O gênero Mycobacterium contém ácido micólico e açúcares conhecidos
como micosídeos. O ácido micólico é responsável pela característica ácido-
resistente à coloração com carbol-fucsina.
Os bacilos têm um a oito micra de comprimento por 0,3 micra de largura.
Nos tecidos infectados, aparecem isolados ou em feixes paralelos, dispondo-se em
globias. A representação esquemática da ultra-estrutura do M. leprae está na FIG. 1
e 2.
FIGURA 1 Modelo esquemático do M. leprae
Fonte: BRYCESON; PFALTZGRAFF, 1990, p. 6.
A cápsula envolve o bacilo e acredita-se que ela seja composta de
quantidades abundantes de glicolipídeos fenólicos e outras moléculas, tais como
ftiocerol dimicocerosatos, fosfatidilinositol manosídeos (PIMs) e fosfolipídeos (PL). O
PGL-1 é composto de três moléculas de açúcares metilados ligadas por uma
molécula de fenol ao ftiocerol. Este trissacarídeo é imunogênico e específico do
M.leprae.
23
FIGURA 2 – Estrutura esquemática do M. leprae
Fonte: VISSA; BRENNAN, 2001, p. 3.
A parede celular é composta de uma zona externa eletrotransparente, e
outra interna, eletrodensa, cujos constituintes estão representados na FIG. 2.
A estrutura de base da parede celular consiste, dentre outros componentes:
arabinogalactano esterificado com ácido micólico (AG-micolato), peptideoglicano,
lipoarabinomanano (LAM) e lipomanano (LM).
A membrana plasmática é formada por lipídeos e proteínas, as quais são
principalmente enzimas consideradas possíveis alvos para a quimioterapia.
O citoplasma contém grânulos de ácido desoxirribonucléico (DNA) e
ribossomos, dentre outros constituintes.
24
FIGURA 3 – Estrutura química do trissacarídeo do M. leprae ligado ao lipídeo fenólico
Fonte: BRYCESON; PFALTZGRAFF, 1990, p. 7.
A molécula do PGL-1, representada na FIG. 3, contém o trissacarídeo 3,6-di-
O-metil-β-D-glicopiranosil-(14)-2,3-di-O-metil-α-L-ramnopiranosil-(12)-3-O-metil-
α-L-ramnopiranosil1fenol. O oligossacarídeo se liga ao fenol por ligação
glicosídica (HUNTER; BRENNAN, 1981; HUNTER; FUJIWARA; BRENNAN, 1982).
2.3 HANSENÍASE NA INFÂNCIA
A hanseníase pode aparecer em todas as idades, afetando tanto crianças
como adultos. O período de incubação é tipicamente longo (dois a seis anos),
relatando-se períodos de até 40 anos (LAUER; LILLA; GOLITZ, 1980). Como em
todas as doenças de longo período de incubação, a hanseníase é doença do adulto
jovem e do adulto (LANA et al., 2000).
O diagnóstico da hanseníase em adolescente, que está em fase de
mudanças e adaptações, pode interferir na construção de sua vida (PONTE;
XIMENES NETO, 2005). “A adolescência é uma etapa fundamental para a
construção do ser humano, e é resultante de tudo que a precedeu e determinante de
tudo o que há de vir” (SAITO; SILVA apud PONTE; XIMENES NETO, 2005).
25
A detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos tem
importante significado epidemiológico, sendo indicador adotado pelo MS do Brasil
para determinar a tendência secular da endemia (BRASIL, 2002).
Flageul (2001), em revisão sobre hanseníase na infância, relata que a sua
freqüência varia de 4 a 27%, podendo ser vista em todas as idades, com freqüência
máxima entre 14 e 15 anos (70 a 90%). O aspecto clínico é comparável ao do
adulto. Entretanto, descreve-se uma forma tuberculóide papulonodular,
caracterizada por lesão única eritematosa. Essa forma é denominada hanseníase
nodular infantil, tuberculóide da infância ou tuberculóide nodular.
A hanseníase nodular da infância talvez seja a forma mais típica encontrada
nas crianças, raramente sendo observada em adolescentes ou adultos, e de
ocorrência excepcional em maiores de 10 anos. Localiza-se em áreas de exposição
aos pequenos e repetidos traumatismos, em geral, na face e membros de crianças
nos primeiros anos de vida, submetidas ao contato freqüente com doentes altamente
bacilíferos. É considerada forma vacinal e corresponde à viragem precoce da
imunidade celular (SAMPAIO; RIVITTI, 1998). Não há comprometimento neural ou
incapacidade. Os achados histológicos são similares àqueles observados na
hanseníase tuberculóide clássica. Essa forma de hanseníase tem caráter benigno e
pode regredir espontaneamente (FAKHOURI et al., 2003).
Devido a esse longo período de incubação, as infecções em crianças
geralmente se iniciam após cinco anos de idade, sendo que muitas infecções são
imperceptíveis ou discretas e se curam espontaneamente (LAUER; LILLA; GOLITZ,
1980). A hanseníase, embora rara em crianças menores de dois anos, tem sido
relatada em idade de sete meses, seis meses, dois meses e até em recém-nascidos
(BRUBAKER; MEYERS; BOURLAND, 1985; CROZIER; COCHRANE, 1929;
DREISBACH, 1954; MONTESTRUC; BERDONNEAU, 1954; SARDANA, 2006).
Brubaker, Meyers e Bourland (1985), em revisão sobre hanseníase em
crianças até um ano de idade, encontraram 91 casos na literatura, sendo 19 deles
confirmados com biópsia e 32 cujo diagnóstico não apresentou dúvidas. A mãe foi a
principal fonte de infecção. A criança mais jovem tinha entre dois e três meses, e
não tinha contato familiar conhecido.
Cestari (1990) estudou 89 casos de crianças com hanseníase, menores de
oito anos, registrados no Rio Grande do Sul, de 1940 a 1988. Nessa amostra, 59,5%
das crianças tinham idade igual ou maior que seis anos. Quanto ao sexo, não foi
26
encontrada diferença. Houve predomínio de casos PB (64% de formas
indeterminada e tuberculóide), e os pais contribuíram com o maior porcentual de
contágio (90%).
No estudo de Jain et al. (2002), realizado na Índia de 1990 a 1999, com
3.118 casos de hanseníase, verificou-se que 306 (9,8%) eram menores de 14 anos
e somente 5,8% das crianças tinham idade menor que cinco anos. Verificou-se que
90,6% tinham baciloscopia negativa, 31% apresentavam lesão única de pele e 52%
até cinco lesões de pele, 59,2% apresentavam um ou nenhum nervo acometido.
Para fins de tratamento, 84,6% dos casos foram classificados como PB. O caso de
menor idade, com nove meses de vida, foi classificado como forma dimorfa-
tuberculóide, de acordo com a classificação de Ridley e Jopling. A mãe era
portadora de hanseníase virchowiana tendo interrompido a PQT por seis meses,
somente a reiniciando após o parto.
Sardana (2006) relata, no seu estudo de 1992 a 2003, 1.115 casos de
hanseníase, sendo 86 (7,7%) crianças menores de 15 anos. A maioria (63%) das
crianças era PB, a menor idade foi de seis meses, com forma clínica dimorfa e, dos
25 casos (29%) com história de conhecimento de contato, 23 (92%) deles eram
intrafamiliares.
Em regiões de alta prevalência, crianças em idade escolar têm chance
aumentada de contrair a doença. Talhari, Torrecila e Talhari (1987) examinaram
100.939 crianças escolares em Manaus, no estado do Amazonas, de 1979 a 1982, e
diagnosticaram 107 casos de hanseníase. Nos estudos de Norman et al. (2004), na
Índia, envolvendo 23.125 escolares, em 2001, e 13.251, em 2002, foram
diagnosticados, em menores de 15 anos, 14 casos e oito casos de hanseníase,
respectivamente.
As particularidades da hanseníase na infância são a freqüência igual entre
os sexos e a predominância de formas PB (CESTARI, 1990; DUNCAN, 1985;
SEHGAL; SRIVASTAVA, 1987). Segundo Noordeen (1994), as influências
ambientais são similares para ambos os sexos quanto ao risco de exposição na
infância.
A hanseníase, iniciando-se na infância, geralmente manifesta-se por lesões
solitárias em áreas expostas da pele ou por manchas hipocrômicas ou eritematosas.
As lesões são assintomáticas, tendem a se curar espontaneamente em 18 a 24
27
meses, sem ou com cicatrizes discretas. No início da puberdade ou da vida adulta,
podem surgir formas mais facilmente reconhecíveis (HURWITZ, 1981).
Jopling e Harman (1986) relatam que a incidência da hanseníase conjugal
(hanseníase adquirida do parceiro matrimonial) é de somente 5%. No entanto,
quando um dos pais tem hanseníase na forma infecciosa, e permanece sem
tratamento, até 60% dos filhos desenvolvem a doença na infância ou quando adultos
jovens. É possível que a maioria das infecções em regiões endêmicas ocorra na
infância, sendo elas diagnosticadas na vida adulta, devido ao longo período de
incubação e ao caráter crônico da doença.
Se o diagnóstico e o tratamento forem tardios, a hanseníase pode evoluir
com incapacidade. Costa (1991) encontrou, em seu estudo em 148 crianças
menores de 15 anos, no Distrito Federal, 17 casos (11,49%) com incapacidades
físicas. A faixa etária mais acometida foi de 11 a 14 anos (82,35%). Houve
predomínio do sexo masculino (58,35%) e de formas MB, sendo mais comum a
forma dimorfa. As mãos e os pés foram os locais mais acometidos (71,42% e
58,82%, respectivamente).
Meima et al. (1999) encontraram, em 81 crianças menores de 15 anos, a
proporção de 26% de incapacidade no estudo na Etiópia, com o total de 592 casos
de hanseníase.
Do que foi exposto, pode-se concluir que a hanseníase na infância
apresenta caráter benigno, embora seja difícil prever evoluções posteriores
desfavoráveis se não forem feitos o diagnóstico precoce e o tratamento correto.
2.3.1 Classificação da hanseníase na infância
Classifica-se a hanseníase na infância da mesma maneira que nas outras
idades. A importância da classificação da hanseníase reside nos seguintes motivos:
1. escolha do esquema de PTQ adequado; 2. identificação de grupos com maior
poder de contágio; e 3. identificação de pacientes mais susceptíveis a incapacidades
físicas (COSTA, 1991).
Os múltiplos aspectos da hanseníase originaram diversas classificações ao
longo de sua história. Numerosos critérios foram propostos na tentativa de abordar
seus aspectos clínicos, evolutivos, terapêuticos e prognósticos. As classificações
mais freqüentes serão mencionadas.
28
2.3.1.1 Classificação de Madri
Em 1953, durante congresso em Madri, estabeleceu-se uma classificação
baseada na imunidade (revelada pelo teste de Mitsuda), nas manifestações clínicas,
na baciloscopia e na histopatologia (INTERNATIONAL..., 1953; SAMPAIO; RIVITTI,
1998).
A classificação de Madri considera duas formas polares imunologicamente
estáveis - tuberculóide e virchowiana - e dois grupos imunologicamente instáveis,
indeterminado e dimorfo, que podem evoluir para um dos pólos.
A hanseníase indeterminada, considerada a primeira manifestação clínica da
doença, pode evoluir para a cura ou para outra forma clínica em meses ou anos.
(ARAÚJO, 2003).
2.3.1.2 Classificação de Ridley e Jopling
Ridley e Jopling (1962) propuseram uma classificação da hanseníase
baseada em critérios clínicos, histológicos, bacteriológicos e imunológicos e
distinguem cinco formas: tuberculóide polar, virchowiana polar, dimorfa-tuberculóide,
dimorfa-virchowiana e dimorfa-dimorfa. A classificação de Ridley e Jopling (1962,
1966), em cinco grupos, é uma das mais precisas, mas não inclui a forma
indeterminada no espectro.
2.3.1.3 Classificação da OMS
A OMS já propôs diferentes classificações para simplificar e facilitar a
aplicação dos protocolos terapêuticos, sendo que, atualmente, uma simples regra
clínica é usada para dividir os pacientes em dois grupos, para fins terapêuticos: a
contagem das lesões de pele. Os casos com até cinco lesões de pele são
classificados como PB, e aqueles com seis ou mais lesões como MB. A
baciloscopia, quando for realizada e positiva, classifica o caso como MB,
independentemente do número de lesões cutâneas (WHO, 2006a).
29
2.3.1.4 Classificação do Brasil
A Portaria 1.073, de 26 de setembro de 2000, do MS do Brasil, adota a
classificação operacional em PB e MB, visando o tratamento, baseada no número de
lesões cutâneas, de nervos acometidos, e na baciloscopia, quando esta é
disponível, conforme com os seguintes critérios:
a) PB – casos com até cinco lesões de pele e ou um tronco nervoso
acometido;
b) MB – casos com mais de cinco lesões de pele e ou mais de um tronco
nervoso acometido.
A baciloscopia de pele positiva classifica o caso como MB.
Em 2002, de acordo com o Guia para o Controle da Hanseníase, o MS do
Brasil passa a não recomendar mais o critério do acometimento de tronco nervoso
(BRASIL, 2002). É, desde então, recomendada a adoção do critério clínico, com
apenas contagem de lesões cutâneas, para a classificação operacional.
A classificação da hanseníase para fins terapêuticos, com correta alocação
dos pacientes em PB e MB, tem sido um desafio para o controle da endemia
(GROSSI, 2005; LYON, 2005).
2.3.2 Incapacidade na infância
A hanseníase, sendo doença que afeta primariamente os nervos periféricos,
como definem Jopling e McDougall (1991), pode causar, também nas crianças,
danos neurológicos manifestados por incapacidades e deformidades. A hanseníase
seria uma simples doença infecciosa inócua se não fosse a incapacidade (ETHIRAJ
et al., 1995).
A hanseníase é conhecida como doença que causa incapacidade,
desfigurações e mutilações no corpo. A presença de incapacidades, já no momento
do diagnóstico, indica detecção tardia da doença, com os conseqüentes prejuízos
individuais e sociais (COSTA, 1991).
30
FIGURA 4 – Sítios do teste de sensibilidade nos olhos, nas mãos e nos pés
Fonte: OLIVEIRA et al., 2003, p. 24.
Conforme o critério recomendado pelo MS do Brasil, a incapacidade física do
paciente é avaliada nos olhos, nas mãos e nos pés, sendo classificada em três
graus (BRASIL, 2001a; BRASIL, 2001b).
QUADRO 1
Classificação do grau de incapacidades dos pacientes com hanseníase segundo suas características
Grau Características
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase
1
Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos*
Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos, e/ou pés (não sente o monofilamento
Semmes-Weinstein da cor lilás de dois gramas ou toque da caneta esferográfica de ponta
grossa)
2
Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade visual
menor que 0,1 ou não conta dedos a seis metros
Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída
Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do tornozelo
* Sensibilidade corneana avaliada com fio dental sem sabor
Fonte: BRASIL, 2001b.
Quanto à classificação do grau de incapacidade do paciente, considera-se o
maior grau atribuído.
31
2.3.3 Baciloscopia
A baciloscopia, exame complementar útil no diagnóstico de hanseníase, é de
fácil execução e de baixo custo. Deve-se, porém, ressaltar-se as suas limitações,
tais como a necessidade de laboratório e de profissionais treinados, nem sempre
existentes nos serviços de atenção básica (GROSSI, 2005).
A baciloscopia positiva representa um dos sinais cardinais para o
diagnóstico de um caso de hanseníase (WHO, 2006a).
O índice baciloscópico (IB), proposto por Ridley (1958), representa uma
avaliação quantitativa dos resultados numa escala logarítmica. Os bacilos
observados nos campos microscópicos examinados são contados. A média do
número de bacilos será o IB do esfregaço, e o IB do paciente será a media dos
índices dos esfregaços.
O resultado é expresso conforme a recomendação do MS do Brasil
(BRASIL, 1989). Cada esfregaço dérmico é classificado utilizando-se a escala
logarítmica de Ridley (RIDLEY, 1958).
TABELA 1
Escala logarítmica de Ridley
Número médio de bacilos por campo microscópico IB
> 1.000/campo 6+
100 -1.000/campo 5+
10 -100/campo 4+
01- 10/campo 3+
01-10 /10 campos 2+
01- 10/100 campos 1+
0/100 campos 0 +
O IB do paciente = média dos índices dos esfregaços
Fonte: REES, 1985, p. 45.
2.3.4 Tratamento da hanseníase na infância
O tratamento da hanseníase na infância é feito em regime ambulatorial nas
unidades básicas de saúde, do mesmo modo que para os adultos. A PQT é o
esquema terapêutico padronizado pela OMS e MS do Brasil, sendo as doses
adaptadas de acordo com o peso da criança (BRASIL, 2002; WHO, 2006a).
A alta por cura é prevista após seis doses mensais supervisionadas de
rifampicina e doses diárias auto-administradas de dapsona, em até nove meses,
32
para os pacientes PB, e 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina e
clofazimina e doses diárias auto-administradas de dapsona e clofazimina, em até 18
meses, para os pacientes MB.
O esquema ROM (rifampicina, ofloxacina e minociclina), em dose única, é
recomendado para pacientes PB maiores de cinco anos com lesão única de pele e
sem envolvimento de tronco nervoso (BRASIL, 2000).
2.4 CONTATOS DE PACIENTES COM HANSENÍASE
A condição de contato intradomiciliar é situação de risco muito estudada.
Estudos apontam para o elevado risco de hanseníase apresentado por contatos
intradomiciliares, principalmente entre aqueles que convivem com pacientes MB.
(BRASIL et al., 2003; DOUGLAS et al., 2004; OSKAM; SLIM; BÜHRER-SÉKULA,
2003).
Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que
resida ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos (BRASIL, 2000;
BRASIL, 2002).
A detecção de casos de hanseníase é feita por atendimento da demanda
espontânea, busca ativa e da vigilância de contatos. A proporção de examinados
entre os contatos intradomiciliares de casos novos no ano é um dos indicadores
para avaliar o controle da hanseníase. A vigilância de contatos consiste em exame
dermatoneurológico dos contatos intradomiciliares dos casos novos, orientação
quanto à doença e aplicação de duas doses da vacina BCG (Bacilo de Calmette-
Guérin) via intradérmica. Considera-se a cicatriz prévia por BCG como primeira dose
(BRASIL, 2000).
Pinto Neto (1999) usou como sinônimos os termos “comunicante”, “contato”
e “convivente” e as expressões “controle de comunicantes” e “vigilância de
contatos”, uma vez que não encontrou, na literatura, discussão sobre quais seriam
os termos e as expressões mais adequados para melhor identificação daqueles que
convivem ou conviveram com doentes de hanseníase.
A definição de contato varia de autor para autor. A maioria dos estudos é
sobre contatos domiciliares. Em diversos estudos, contatos domiciliares são as
pessoas vivendo na mesma casa do caso-índice, ou seja, dormindo sob o mesmo
teto e/ou compartilhando refeições na mesma cozinha (MOET et al., 2004).
33
O grau de disseminação da hanseníase em uma determinada comunidade
depende da proporção de pessoas susceptíveis na população e da oportunidade de
contato com a doença (JOPLING; HARMAN, 1986).
Como a transmissão se faz de pessoa a pessoa, o risco de desenvolver a
doença é muito maior se o convívio for próximo e prolongado com casos bacilíferos
não tratados. Ainda não está claro se o maior risco de contrair a doença resultaria de
semelhanças constitucionais com o caso-índice da infecção, de fatores do meio
ambiente, de condições socioeconômicas e sanitárias ou da associação de todos
esses fatores (DEPS, 2001).
No estudo de Pinto Neto (1999), que envolveu 42,2% de pacientes (57/135)
de quatro a 77 anos de idade, diagnosticados por exame de contatos, o grau de
parentesco predominante com o caso-índice foi o de filho.
Segundo a revisão de Moet et al. (2004), crianças menores de 14 anos,
contatos domiciliares de casos MB, têm risco substancialmente mais elevado do que
os adultos. Picos de proporção entre cinco e nove anos são relatados, como no
estudo de Jesudasan et al. (1984). Quanto ao sexo, os achados são controversos,
sendo que alguns autores não encontraram diferença entre os sexos. Outros autores
encontraram risco aumentado para homens.
Quanto à vacinação BCG, os estudos no Brasil e em outros países, para
verificar o seu efeito protetor na hanseníase, mostraram variação no nível de
proteção de 20 a 80% e sugeriram maior proteção para formas MB da doença
(BAKKER, 2005; BRASIL, 2002; MEIMA, 2004).
2.5 TESTE ML FLOW
A associação dos três açúcares, ou seja, o 3,6-di-O-metilglicose, o 2,3-di-O-
metilramnose e o 3-O-metilramnose, distingue o M. leprae de outras micobactérias
(VISSA; BRENNAN, 2001). O oligossacarídeo, o grupo lipídeo e o componente fenol
do PGL-1 são mostrados na FIG. 5.
34
FIGURA 5 – Estrutura química do PGL-1 do M. leprae
Fonte: BÜHRER-SÉKULA, 2000, p. 20.
O PGL-1 estimula uma resposta potente de anticorpos IgM, proporcional à
carga bacilar dos pacientes, que diminui com o tratamento (BRITTON;
LOCKWOOD, 2004).
O teste ML Flow é uma nova tecnologia, proposta para ajudar na
classificação dos casos novos de hanseníase em PB e MB, e identificar os contatos
com maior risco de adoecer de hanseníase no futuro. Foi desenvolvido pelo Instituto
Real Tropical (KIT) na Holanda (BÜHRER-SÉKULA et al., 2003).
Trata-se de um teste imunocromatográfico utilizando o ouro coloidal. O
princípio do teste é o mesmo do ELISA anti PGL-1. É utilizado para detectar
anticorpos IgM contra o PGL-1 do M. leprae. O reagente de detecção, que vem
inserido dentro do dispositivo do teste, são anticorpos anti-IgM humana, marcados
com ouro coloidal seco (BÜHRER-SÉKULA et al., 2003).
Como não se consegue cultivar o M. leprae in vitro, não se pode produzir
quantidades suficientes de PGL-1. Derivados semi-sintéticos do PGL-1 foram
desenvolvidos e produzidos para testes sorológicos. Conseguiu-se sintetizar, in vitro,
o componente dissacarídeo ou trissacarídeo do PGL-1, que foi ligado à albumina de
soro bovino (Bovine Serum Albumin - BSA). Os antígenos semi-sintéticos mais
usados são o dissacarídeo natural ligado à BSA por um radical octil, natural
disaccharide-octil-BSA - ND-O-BSA - e o trissacarídeo natural ligado à BSA pelo
35
radical fenil, natural trisaccharide-phenyl-BSA - NT-P-BSA (CHATTERJEE et al.,
1986; FUJIWARA et al., 1987).
FIGURA 6 – Teste ML Flow para detecção de anticorpos IgM contra o M. leprae
Fonte: OSKAM; SLIM; BÜHRER-SÉKULA, 2003, p.198, adaptada.
O teste ML Flow pode ser feito com soro ou sangue total, após puntura
digital, não requerendo laboratório nem equipamento especial. É simples, de fácil
realização em campo e de leitura rápida, sendo esta realizada em cinco minutos,
quando o teste se faz com sangue total, e em 10 minutos se ele for feito com soro
(BÜHRER-SÉKULA et al., 2003).
Os fluidos adicionados no receptáculo de amostras (sangue total ou soro e
a solução tampão) passam de um lado para o outro no papel de nitrocelulose. O
fato de não requerer nenhum equipamento especial e de os reagentes serem
altamente estáveis torna o teste robusto e apropriado para uso em países tropicais,
segundo Bührer-Sékula et al. (2003).
A presença de coloração na fita de nitrocelulose indica um teste positivo,
evidenciando forma MB da hanseníase.
A concordância geral com o teste ELISA foi de 91%, com Kappa de 0,77
quando este foi feito com soro. Ao comparar amostras de sangue total e soro, a
concordância geral foi de 85,9%, com Kappa de 0,70 (BÜHRER-SÉKULA et al.,
2003).
Os anticorpos contra o PGL-1 refletem a carga bacteriana do indivíduo e da
incidência da hanseníase numa comunidade. É evidente que as pessoas que vão
produzir anticorpos contra o M. leprae são as que estão expostas a este, como os
36
contatos domiciliares que estão vivendo debaixo do mesmo teto, vizinhos e aquelas
pessoas do maior convívio social com os casos-índice (BÜHRER-SÉKULA, 2000).
Nos estudos com o teste ML Flow, observou-se prevalência da
soropositividade entre os casos novos de hanseníase de 72,9%, segundo Bührer-
Sékula et al. (2003), 57%, de acordo com Lyon (2005) e 50,7%, no estudo de Grossi
(2005). Nos estudos mencionados, a maioria dos pacientes era MB e a idade,
quando analisada, era igual ou maior que 15 anos para a maioria dos indivíduos das
amostras.
O estudo de Bakker et al. (2006) mostrou soropositividade de 18,9% aos
anticorpos IgM contra o PGL-1. Esses autores utilizaram o mesmo antígeno do teste
ML Flow (NT-P-BSA) pela técnica ELISA. A maioria dos pacientes tinha idade igual
ou maior que 15 anos, e a maior parte deles era MB.
Lyon (2005) mostrou que o resultado da baciloscopia relacionou-se
fortemente com o resultado semiquantitativo do teste ML Flow, o que pode ser visto
na FIG. 7.
Probabilidade
FIGURA 7 – Probabilidade da soropositividade do teste ML Flow, segundo o índice baciloscópico
Fonte: LYON, 2005, p. 71, adaptada.
Como se observa na FIG. 7, à medida que o IB aumenta, cresce a
probabilidade de aumentar a soropositividade do teste ML Flow.
37
Quanto aos estudos em contatos, observou-se prevalência da
soropositividade de 28,6%, segundo Bührer-Sékula et al. (2003) e 15,8%, de acordo
com Calado et al. (2005) entre os contatos intradomiciliares. A idade não foi
mencionada nos dois estudos citados.
Bakker et al. (2006) mostraram soropositividade de 3% nos contatos
utilizando a técnica ELISA. O estudo desses autores, realizado em área altamente
endêmica na Indonésia (taxa de incidência de 3/1000), incluiu contatos domiciliares
e extradomiciliares de idade igual ou maior que seis anos.
O teste ML Flow não é um teste para o diagnóstico de hanseníase, mas,
sim, um instrumento adicional para ajudar na correta classificação dos pacientes em
PB e MB e na identificação dos contatos com maior risco de desenvolver a doença
no futuro (BÜHRER-SÉKULA et al., 2003; GROSSI, 2005; LYON, 2005).
38
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Estudar o comportamento do teste ML Flow em pacientes e contatos de
pacientes com hanseníase, menores de 18 anos.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Este trabalho tem os seguintes objetivos específicos:
a) determinar as proporções da soropositividade do teste ML Flow em
pacientes e contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos;
b) estudar a associação entre a soropositividade do teste ML Flow e as
características demográficas, clínicas e laboratoriais dos pacientes com
diagnóstico de hanseníase, nessa faixa etária;
c) identificar os fatores associados com a soropositividade nos contatos de
pacientes com hanseníase, nessa faixa etária.
39
4 CASUÍSTICA E MÉTODOS
O presente trabalho é um estudo transversal que utiliza dados secundários
selecionados dos bancos de dados da pesquisa com o teste ML Flow da Secretaria
de Estado de Saúde de Minas Gerais.
4.1 POPULAÇÃO DE ESTUDO E AMOSTRA
Fizeram parte deste estudo 115 casos novos de hanseníase e 1.011
contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, que
realizaram o teste ML Flow no período de outubro de 2002 a março de 2004. O teste
ML Flow foi feito com sangue total, após puntura digital, sendo a leitura do resultado
realizada em cinco minutos (INTRODUÇÃO..., 2002).
Os pacientes e contatos dessas amostras procederam de 14 serviços de
saúde de 13 municípios prioritários de Minas Gerais, a saber: Belo Horizonte, Betim,
Centralina, Contagem, Governador Valadares, Ipatinga, Ituiutaba, Mantena, Montes
Claros, Paracatu, Patos de Minas, Pirapora e Uberlândia (GROSSI, 2005).
Considerou-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que
residia ou tinha residido com o doente nos últimos cinco anos conforme critério
recomendado pelo MS do Brasil na portaria 1073 de 2000 (BRASIL, 2000).
O cálculo do poder de detecção das amostras baseou-se no modelo de
regressão logística final, de acordo com os seguintes procedimentos, propostos por
Hosmer e Lemeshow (2000): 1. escolha da covariável de maior relevância clínica do
modelo ajustado dos pacientes e dos contatos de pacientes com hanseníase; 2.
estimação da probabilidade da ocorrência do evento nos expostos e nos não
expostos, usando a distribuição amostral e a razão de chances do modelo final; 3.
estimação da correlação entre a covariável principal do modelo e as outras
covariáveis; 4. cálculo final do poder baseado nas probabilidades estimadas nos
passos 2 e 3, usando nível de significância de 0,05.
40
4.2 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Análises estatísticas independentes foram feitas para as amostras de
pacientes e contatos.
4.2.1 Variáveis do estudo
QUADRO 2
Relação das variáveis dos pacientes e dos contatos dos bancos de dados analisados
Banco de dados Variável Tipo Descrição
Modo de detecção Categórica
Exame de contato; demanda
espontânea; e outros
Nº de lesões cutâneas Categórica Até cinco; e seis ou mais
Nº de nervos
acometidos
Categórica Até um; e mais que um
Grau de incapacidade Categórica Zero; um; e dois
Baciloscopia Categórica Negativa; positiva; e não realizada
Índice baciloscópico Categórica
Negativo; positivo < 2; positivo
> 2; e
não realizado
Classificação de Madri Categórica
Indeterminada; tuberculóide; dimorfa;
e virchowiana
Pacientes
Classificação de
tratamento
Categórica PB; e MB
Classificação do
caso-índice
Categórica PB; MB; e sem informação
Contatos
Cicatriz de BCG Categórica
Nenhuma; uma; duas; e sem
informação
Sexo Categórica Masculino; e feminino
Idade Numérica Idade em anos
Tipo de serviço de
saúde
Categórica
Centro de saúde; referência regional;
e referência estadual
Teste ML Flow Categórica Negativo; e positivo
Pacientes e
Contatos
Neste estudo, a variável resposta dos pacientes e contatos foi o resultado do
teste sorológico ML Flow (negativo e positivo). As variáveis explicativas
apresentadas no Quadro 2 foram de natureza demográfica, clínica e laboratorial.
A covariável grau de incapacidade foi utilizada conforme o critério
recomendado pelo MS do Brasil (BRASIL, 2001a; BRASIL, 2001b).
A classificação de tratamento refere-se àquela como o paciente foi tratado
com PQT, ou seja, como PB ou MB. Conforme o protocolo da pesquisa do teste ML
Flow, a baciloscopia negativa e o teste ML Flow negativo classificavam o caso como
PB. Já a baciloscopia positiva ou o teste ML Flow positivo classificavam o caso para
41
tratamento como MB, independentemente do quadro clínico (INTRODUÇÃO...,
2002).
Registrou-se o IB dos pacientes no banco de dados conforme
recomendação do MS do Brasil (BRASIL, 1989). Classificou-se cada esfregaço
dérmico utilizando-se a escala logarítmica de Ridley (RIDLEY, 1958).
Neste estudo, categorizou-se o IB do paciente conforme Grossi (2005):
negativo, positivo menor que dois, positivo igual ou maior que dois e não realizado.
4.2.2 Análise descritiva e exploratória dos dados
Na análise descritiva, foram construídas tabelas de distribuição de
freqüências para as variáveis qualitativas. Para as variáveis quantitativas, foram
utilizadas medidas de tendência central (média e mediana), medidas de posição
(quartis) e de variabilidade (máximo, mínimo e desvio-padrão).
Foram ainda avaliados os outliers, por meio de diagrama tipo Box-Plot e
construídos gráficos de setores, para ilustrar a proporção da soropositividade do
teste ML Flow nos pacientes e contatos.
4.2.3 Análise univariada
Realizou-se análise univariada para detecção das associações significativas,
fazendo-se a triagem das covariáveis para construir os modelos da análise múltipla
por meio de regressão logística.
Para verificar a existência de associação entre as variáveis qualitativas e o
resultado do teste ML Flow, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson, ou o teste
exato de Fisher, comparando-se cada fator com o evento.
Para expressar a conclusão final dos testes, foram calculadas as
probabilidades de significância, ou seja, os valores-p. A interpretação deles foi feita
de acordo com a convenção cientifica, isto é, o resultado foi chamado de
estatisticamente significante se o valor-p era menor que 0,05 e, altamente
significante se ele era menor que 0,01 (SOARES; SIQUEIRA, 2002).
42
Foram estimadas as razões de chances, em inglês odds ratio (OR), pelas
proporções amostrais, bem como os respectivos intervalos de 95% de confiança
(IC95%).
Para a covariável idade, analisada de forma contínua (em anos), utilizou-se
o teste t de Student para comparação de médias. A OR para idade (em anos) foi
estimada pelo modelo de regressão logística binária univariada. Neste caso,
construiu-se um modelo logístico binário em que a variável resposta foi o resultado
do teste ML Flow (positivo e negativo) e a variável explicativa a idade (em anos).
Calculou-se, ainda, o IC95% para essa razão de chances.
4.2.4 Análise múltipla
Para a análise múltipla, foram utilizados os métodos de regressão logística
binária e de árvore de decisão.
4.2.4.1 Regressão logística binária
Para a construção dos modelos, foram consideradas todas as variáveis
explicativas que apresentaram valor-p menor ou igual a 0,25 na análise univariada.
Os modelos logísticos foram ajustados eliminando-se as variáveis uma de cada vez.
O critério para permanência das variáveis no modelo final foi o valor-p menor que
0,05 de acordo com o teste de Wald.
O teste de Hosmer e Lemeshow foi usado para a verificação do ajuste dos
modelos (HOSMER; LEMESHOW, 2000).
Baseando-se nas equações dos modelos logísticos finais, calcularam-se as
probabilidades de um paciente e de um contato de paciente com hanseníase com
determinadas características terem o teste ML Flow positivo ou negativo.
4.2.4.2 Árvore de decisão
Quanto à análise por meio de árvore de decisão, utilizou-se o algoritmo
CART (Classification and Regression Trees – Árvores de Classificação e
Regressão).
43
Os modelos foram ajustados mediante sucessivas divisões binárias nos
conjuntos de dados, com o objetivo de tornar os subconjuntos cada vez mais
homogêneos em relação à variável resposta. Utilizou-se como critério de parada o
valor da medida improvement mínimo de 0,01.
O ajuste do modelo final foi avaliado por meio da estimativa de risco. Além
disso, realizou-se o procedimento de validação cruzada utilizando-se 10
subamostras menores. Calculou-se o risco final estimado para a validação cruzada
como a média dos riscos para todas as árvores obtidas a partir das subamostras.
4.2.5 Softwares para as análises estatísticas
Os dados originais foram criados no Epi-Info versão 6.0. Utilizaram-se os
pacotes estatísticos SPSS® 12.0 (2003) e AnswerTree® 3.0 (2001) na Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). As fórmulas do cálculo do poder de detecção das
amostras foram programadas no Microsoft Excel 2003.
4.3 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Este estudo utilizou bancos de dados já constituídos, sem identificação dos
indivíduos e sem riscos para os mesmos.
O Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG - COEP - aprovou esta pesquisa
no dia 18 de maio de 2006.
4.4 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E REDAÇÃO DO ESTUDO
Realizou-se levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS e
MEDLINE, além de sítios da OMS e MS. Os descritores usados foram hanseníase,
testes sorológicos, hanseníase/epidemiologia, hanseníase/genética,
hanseníase/imunologia, hanseníase/prevenção e controle, e
hanseníase/transmissão. Foram feitas, ainda, pesquisas por palavra-chave e por
autor. Foram usados outros filtros como publicação nos últimos cinco anos, limite de
idade de zero a 18 anos e idiomas português, francês, inglês e italiano. Realizou-se
pesquisa no acervo da UFMG, onde foram selecionadas dissertações e teses.
44
A redação deste estudo seguiu as normas de citações em documentos NBR
10520 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (2002b), as normas
NBR 6024, ABNT (2003) para numeração progressiva das seções e as normas para
padronização das referências NBR 6023, ABNT (2002a). Utilizou-se o sistema de
citação autor-data, e as referências foram organizadas em lista em ordem alfabética.
45
5 RESULTADOS
Na análise por regressão logística, foram considerados 108 pacientes
porque havia sete casos sem informação da baciloscopia e 1.009 contatos, porque
havia dois contatos sem informação da classificação do caso-índice. Na análise pelo
CART, os pacientes e contatos com dados faltantes não foram excluídos da análise.
5.1 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ESTUDADA
Nas TAB. 2 e 3 apresentam-se as distribuições de freqüências dos 115
pacientes e 1.011 contatos de pacientes com hanseníase menores de 18 anos
participantes deste estudo, segundo os tipos de serviços de saúde.
TABELA 2
Distribuição da freqüência dos 115 pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, segundo o tipo
de serviço de saúde, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2
46
TABELA 3
Distribuição da freqüência dos 1.011 contatos de pacientes com hanseníase, meno
eno
47
TABELA 4
Distribuição da freqüência das características dos 115 pacientes com hanseníase, menores de 18
anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Características dos pacientes
Freqüência %
Sexo
Feminino
70 60,9
Masculino
45 39,1
Modo de detecção
Exame de contato
26 22,6
Demanda espontânea
37 32,2
Outros
52 45,2
Número de lesões cutâneas
< 5 lesões
95 82,6
> 5 lesões
20 17,4
Número de nervos acometidos
< 1 nervo
95 82,6
> 1 nervo
20 17,4
Grau de incapacidade
Grau 0
107 93,0
Grau 1
6 5,2
Grau 2
2 1,7
Baciloscopia*
Negativa
101 93,5
Positiva
7 6,5
Índice baciloscópico**
Negativo
101 94,4
Positivo < 2
3 2,8
Positivo
> 2
3 2,8
Classificação de Madri
Indeterminada
40 34,8
Tuberculóide
40 34,8
Dimorfa
30 26,1
Virchowiana
5 4,3
Classificação de tratamento
Paucibacilar
80 69,6
Multibacilar
35 30,4
Tipo de serviço de saúde
Centro de saúde
51 44,3
Referência regional
56 48,7
Referência estadual
8 7,0
Teste ML Flow
Negativo
90 78,3
Positivo
25 21,7
* Sete casos sem informação da baciloscopia (6,1%)
** Oito casos sem informa
ç
ão do IB
(
7
,
0%
)
A maioria (60,9%) dos pacientes menores de 18 anos era do sexo feminino
(TAB. 4).
48
Quanto ao modo de detecção, a maior parte (45,2%) foi diagnosticada por
outros modos, 32,2% por meio de demanda espontânea e 22,6% por exame de
contatos.
Notou-se também que a maioria dos pacientes tinha até cinco lesões
cutâneas e o mesmo porcentual (82,6%) até um nervo acometido. A grande maioria
(93%) dos pacientes foi diagnosticada com grau de incapacidade zero.
A baciloscopia, realizada em 108 pacientes, foi positiva em 6,5% deles. Já o
IB foi positivo igual ou maior que dois em 2,8% dos casos.
Considerando-se a classificação de Madri, houve proporções iguais (34,8%)
de formas indeterminada e tuberculóide. Foram classificados como virchowianos
4,3% dos pacientes.
A classificação de tratamento refere-se àquela como o paciente foi tratado
com PQT e, assim, 69,6% dos pacientes foram classificados como PB para fins de
tratamento.
A maior parte (48,7%) dos pacientes do estudo foi atendida em centros de
referência regional.
A proporção da soropositividade do teste ML Flow na amostra de pacientes
foi de 21,7%.
TABELA 5
Estatísticas descritivas da idade dos 115 pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, Minas
Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Percentil
Média Desvio-padrão Mínimo Máximo
25 50 (mediana) 75
Idade
11,8 3,6 2,0 17,0 9,0 13,0 15,0
A média de idade dos pacientes foi de 11,8 anos, a mediana de 13 anos e o
desvio-padrão de 3,6 anos. A menor idade foi de dois anos e a maior de 17 anos
(TAB. 5 e FIG. 8).
49
50
De acordo com a TAB. 6, a distribuição por sexo foi equilibrada, com 50,2%
do sexo feminino e 49,8% do sexo masculino. A maioria (72,8%) dos casos-índice
era MB. Uma proporção de 63,1% dos contatos mostrou uma cicatriz de BCG. A
maior parte dos contatos (44,2%) foi atendida em centros de saúde.
A proporção da soropositividade do teste ML Flow na amostra de contatos
foi de 19,7%.
TABELA 7
Estatísticas descritivas da idade dos 1.011 contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18
anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Percentil
Média Desvio-padrão Mínimo Máximo
25 50 (mediana) 75
Idade
10,4 4,6 0,3 17,0 6,7 10,7 14,3
De acordo com a TAB. 7 e a FIG. 9, a média de idade dos contatos foi de
10,4 anos, a mediana de 10,7 anos e o desvio-padrão de 4,6 anos. A menor idade
foi de 0,3 ano, o que equivale a 3,6 meses, e a maior idade foi de 17 anos.
FIGURA 9 Box-plot da distribuição da idade dos 1.011 contatos de pacientes com hanseníase,
menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004.
De acordo a FIG. 9, pelos quartis, notou-se que 25% dos contatos tinham
até 6,7 anos de idade, 50% até 10,7 anos e 75% até 14,3 anos. O box-plot não
mostrou outlier.
51
21,7
78,3
19,7
80,3
Resultado do teste ML FLOW
positivo negativo
Pacientes Contatos
FIGURA 10 – Porcentual do resultado do teste ML Flow no grupo de pacientes e contatos de
pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a
março de 2004
A proporção da soropositividade do teste ML Flow foi de 21,7% para os
pacientes e de 19,7% para os contatos de pacientes com hanseníase.
5.3 ANÁLISE UNIVARIADA
A análise univariada dos pacientes e contatos, apresentada nas TAB. 8 e 9,
foi realizada por meio de tabelas de contingência, exceto para a covariável idade,
que foi analisada de forma contínua, via regressão logística univariada.
52
TABELA 8
Análise univariada: associação entre o resultado do teste ML Flow e as características dos 115
pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Teste ML Flow
Negativo Positivo
Características dos pacientes
n (%) n (%)
OR
IC para OR
(95%)
Valor-p
Sexo
Feminino
56 (80%) 14 (20%) 1,00
--
Masculino
34 (75,6%) 11 (24,4%) 1,29
[0,53; 3,17]
0,573
1
Modo de detecção
Exame de contato
23 (88,5%) 3 (11,5%) 1,00
--
Demanda espontânea
30 (81,1%) 7 (18,9%) 1,79
[0,42; 7,68]
Outros
37 (71,2%) 15 (28,8%) 3,11
[0,81; 11,92]
0,191
1
Número de lesões cutâneas
< 5 lesões
81 (85,3%) 14 (14,7%) 1,00
--
> 5 lesões
9 (45%) 11 (55%) 7,07
[2,48; 20,16]
<0,001
2
Número de nervos acometidos
< 1 nervo 78 (82,1%) 17 (17,9%)
1,00
--
> 1 nervo 12 (60%) 8 (40%)
3,06
[1,08; 8,63]
0,029
1
Grau de incapacidade
Grau 0
85 (79,4%) 22 (20,6%) 1,00
--
Grau 1
5 (83,3%) 1 (16,7%) 0,77
[0,09; 6,96]
Grau 2
0 (0%) 2 (100%) *
0,065
2
Baciloscopia
Negativa
82 (81,2%) 19 (18,8%) 1,00
--
Positiva
1 (14,3%)
6 (85,7%) 25,89
[2,94; 227,94]
0,001
2
Índice baciloscópico
Negativo
82 (81,2%) 19 (18,8%)
1,00
Positivo < 2
0 (0%) 3 (100%)
* *
Positivo
> 2
0 (0%) 3 (100%)
* *
<0,001
2
Classificação de Madri
Indeterminada
40 (100%) 0 (0%) 1,00
Tuberculóide
40 (100%) 0 (0%) * *
Dimorfa
10 (33,3%) 20 (66,7%) * *
Virchowiana
0 (0%) 5 (100%) * *
<0,001
2
Classificação de tratamento
Paucibacilar
80 (100%) 0 (0%) 1,00
Multibacilar
10 (28,6%)
25 (71,4%) *
*
<0,001
2
Tipo de serviço de saúde
Centro de saúde
40 (78,4%) 11 (21,6%) 1,00
--
Referência regional
45 (80,4%) 11 (19,6%) 0,89
[0,35; 2,27]
Referência estadual
5 (62,5%) 3 (37,5%) 2,18
[0,45; 10,58]
0,519
1
Idade
Média
11,4 13,1 1,16
4
[1,01; 1,33]
4
Desvio-padrão
3,5 3,6
0,035
3
1- Qui-quadrado de Pearson 2- Exato de Fisher 3- t de Student para duas mostras independentes
4- OR e IC95% calculados a partir do modelo de regressão logística binária univariado
* OR não pôde ser calculada devido a freqüências nulas das caselas
Houve diferença altamente significante (p < 0,01) quanto à soropositividade
para as covariáveis: número de lesões cutâneas, baciloscopia, IB, classificação de
Madri e classificação de tratamento. Notou-se que houve diferença estatisticamente
53
significante quanto à soropositividade (p < 0,05) para as covariáveis: número de
nervos acometidos e idade (TAB. 8).
Houve maior soropositividade do teste ML Flow entre os pacientes com mais
de cinco lesões cutâneas (55%), com mais de um nervo acometido (40%), com
baciloscopia positiva (85,7%), com IB igual ou maior que dois (100%). A
soropositividade do teste foi maior também entre os classificados como formas
virchowiana e dimorfa na classificação de Madri (100% e 66,7% respectivamente) e
entre os pacientes classificados como MB para tratamento (71,4%). A média de
idade dos pacientes com teste ML Flow positivo foi de 13,1 anos e com teste
negativo foi de 11,4 anos.
Devido a freqüências nulas, a equação da OR não pôde ser calculada para
as covariáveis: grau de incapacidade dois, IB, classificação de Madri e classificação
de tratamento. A soropositividade foi maior entre os pacientes que tinham seis ou
mais lesões cutâneas (OR = 7) e mais de um nervo acometido (OR = 3) e entre os
com baciloscopia positiva (OR = 26). Quanto à covariável idade, analisada de forma
contínua (em anos), a razão de chances, obtida, exponenciando-se o parâmetro β
1
do modelo de regressão logística univariado, foi de 1,16 e o respectivo IC95% foi de
[1,01; 1,33]. Assim, a cada ano de idade a mais, a chance de o paciente apresentar
o teste ML Flow positivo foi 1,16 vezes maior.
54
TABELA 9
Análise univariada: associação entre o resultado do teste ML Flow e as características dos
1.011 contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro
de 2002 a março de 2004
Teste ML Flow
Negativo Positivo
Características dos contatos
n (%) n (%)
OR
IC para OR
(95%)
Valor-p
Sexo
Feminino
404 (79,5%) 104 (20,5%) 1,00
--
Masculino
408 (81,1%) 95 (18,9%) 0,90
[0,66; 1,23]
0,526
1
Classificação do caso-índice
Paucibacilar
241 (88%) 33 (12%) 1,00
--
Multibacilar
569 (77,4%) 166 (22,6%) 2,13
[1,42; 3,19]
<0,001
1
Cicatriz BCG
Nenhuma
11 (91,7%) 1 (8,3%) 0,35
[0,04; 2,79]
Uma cicatriz
513 (80,9%) 121 (19,1%) 0,92
[0,67; 1,24]
Duas cicatrizes
285 (79,6%) 73 (20,4%) 1,00
--
0,548
1
Tipo de serviço de saúde
Centro de saúde
334 (74,7%) 113 (25,3%) 1,00
--
Referência regional
276 (82,1%) 60 (17,9%) 0,64
[0,45; 0,9]
Referência estadual
202 (88,6%) 26 (11,4%) 0,38
[0,24; 0,60]
<0,001
1
Idade
Média
10,1 11,5 1,07
3
[1,03; 1,11]
3
Desvio-padrão
4,6 4,4
<0,001
2
1-Qui-quadrado de Pearson 2- t de Student para duas amostras independentes
3-OR e IC95% calculados a partir do modelo de regressão logística binária univariado
De acordo com a TAB. 9, houve diferença altamente significante quanto à
soropositividade (p < 0,01) para as covariáveis: classificação do caso-índice, tipo de
serviço de saúde e idade.
A prevalência do teste ML Flow positivo foi maior para os contatos de
pacientes MB (22,6%, OR = 2,13) e para os contatos examinados em centros de
saúde (25,3%).
A chance de o contato examinado em serviço de referência regional
apresentar o teste ML Flow positivo foi 0,64 vezes menor do que aquele examinado
em centro de saúde. Já a chance da soropositividade do contato examinado em
serviço de referência estadual foi 0,38 vezes menor do que aquela do examinado em
centro de saúde.
Os contatos soropositivos tiveram maior média de idade (11,5 anos) do que
aqueles soronegativos (10,1 anos). A razão de chances, estimada de acordo com o
modelo logístico univariado, foi de 1,07, e o respectivo IC95% de [1,03; 1,11],
indicando que a cada ano de idade a mais, a chance de o contato ter o teste ML
Flow positivo era 1,07 vezes maior.
55
5.4 ANÁLISE MÚLTIPLA
Para a análise múltipla, foram utilizados os métodos de regressão logística e
árvore de decisão pelo algoritmo CART.
5.4.1 Regressão logística
Utilizou-se a regressão logística binária, por ser a variável resposta binária.
A variável resposta, ou seja, o resultado do teste ML Flow, foi categorizada como 0
(sorologia negativa) e 1 (sorologia positiva). Para a construção dos modelos, foram
consideradas todas as variáveis explicativas que apresentaram na análise univariada
valor-p
< 0,25.
5.4.1.1 Modelo final de regressão logística
Nas TAB. 10 e 11 apresentam-se os modelos finais de regressão logística
dos pacientes e contatos
TABELA 10
Modelo final de regressão logística binária para os pacientes com hanseníase, menores de 18 anos,
tendo como variável resposta o resultado do teste ML Flow, Minas Gerais, outubro de 2002 a março
de 2004 (n = 108)
Características dos pacientes Coeficiente
Valor-p
Teste Wald
OR
IC para OR
(95%)
Baciloscopia
Negativo (referência)
1,00 --
Positivo
2,9
56
número de lesões cutâneas, um paciente com mais de cinco lesões teve chance
5,86 vezes maior de ser soropositivo do que aquele paciente com até cinco lesões.
O modelo dos pacientes mostrou um bom ajuste pela estatística de Hosmer
e Lemeshow (valor-p = 0,892).
TABELA 11
Modelo final de regressão logística binária para os contatos de pacientes com hanseníase, menores
de 18 anos, tendo como variável resposta o resultado do teste ML Flow, Minas Gerais, outubro
de 2002 a março de 2004 (n = 1.009)
Características dos contatos Coeficiente
Valor-p
Teste Wald
OR
IC para OR
(95%)
Classificação do caso-índice
Paucibacilar (referência)
1,00 --
Multibacilar
0,84 <0,001 2,31 [1,53; 3,48]
Tipo de serviço de saúde
Centro de saúde (referência)
<0,001 1,00 --
Referência regional
-0,36 0,047 0,70 [0,49; 0,99]
Referência estadual
-1,05 <0,001 0,35 [0,22; 0,56]
Idade (em anos)
0,06 0,001 1,06 [1,03; 1,10]
Valor-p Teste Hosmer e Lemeshow 0,828
De acordo com a TAB. 11, as covariáveis associadas ao resultado do teste
ML Flow positivo foram: classificação do caso-índice, tipo de serviço de saúde e
idade.
O contato de caso-índice MB teve 2,3 vezes mais chance de ser soropositivo
do que aquele contato de caso-índice PB.
Os contatos examinados em serviços de referência regional tiveram a
chance de serem soropositivos 0,7 vezes menor do que aqueles examinados nos
centros de saúde. Já os contatos examinados nos serviços de referência estadual
tiveram chance da soropositividade 0,35 vezes menor do que aqueles examinados
nos centros de saúde.
Quando se compara a idade, analisada de forma contínua em anos,
observou-se a razão de chances de 1,06, significando que, a cada ano de idade a
mais, a chance de o contato apresentar o teste ML Flow positivo era 1,06 vezes
maior.
O modelo para os contatos também se mostrou bem ajustado ao conjunto de
dados pela estatística de Hosmer e Lemeshow (valor-p = 0,828).
57
5.4.1.2 Cálculo de probabilidades
As probabilidades de um paciente e de um contato com determinadas
características terem o teste ML Flow positivo ou negativo foram calculadas
baseando-se nas equações dos modelos logísticos finais. As probabilidades estão
mostradas nas TAB. 12 e 13.
TABELA 12
Probabilidade* de um paciente ser classificado como ML Flow positivo ou negativo
de acordo com suas características
Baciloscopia Nº de lesões cutâneas ML Flow positivo ML Flow negativo
< 5 lesões 0,14 0,86
Negativa
> 5 lesões 0,48 0,52
< 5 lesões 0,74 0,26
Positiva
> 5 lesões 0,94 0,06
De acordo com a TAB. 12, o paciente com baciloscopia negativa e com até
cinco lesões cutâneas teve probabilidade de 0,14 de ter o resultado do teste ML
Flow positivo. Já para o paciente com baciloscopia negativa e com mais de cinco
lesões cutâneas, a probabilidade passou a ser de 0,48.
Independentemente do número de lesões cutâneas, sendo a baciloscopia
positiva, as probabilidades de ser soropositivo aumentaram. O paciente com
baciloscopia positiva e com até cinco lesões cutâneas apresentou a probabilidade de
0,74 de ter o resultado do teste ML Flow positivo. Se o paciente tinha baciloscopia
positiva e mais de cinco lesões cutâneas, a probabilidade de ter o resultado do teste
ML Flow positivo foi de 0,94.
* Probabilidade estimada a partir do modelo logístico ajustado
58
TABELA 13
Probabilidade* de um contato ser classificado como ML Flow positivo ou negativo
de acordo com suas características
Caso-índice
Tipo de serviço de
saúde
Idade
ML Flow
positivo
ML Flow
negativo
1 ano 0,09 0,91
8 anos 0,13 0,87
Centro de saúde
17 anos 0,21 0,79
1 ano 0,03 0,97
8 anos 0,04 0,96
Referência regional
17 anos 0,07 0,93
1 ano 0,06 0,94
8 anos 0,09 0,91
Paucibacilar
Referência estadual
17 anos 0,14 0,86
1 ano 0,18 0,82
8 anos 0,25 0,75
Centro de saúde
17 anos 0,37 0,63
1 ano 0,06 0,94
8 anos 0,09 0,91
Referência regional
17 anos 0,13 0,87
1 ano 0,13 0,87
8 anos 0,18 0,82
Multibacilar
Referência estadual
17 anos 0,26 0,74
Quanto aos contatos, a combinação de características que apresentou a
menor probabilidade de ter o resultado do teste ML Flow positivo foi a de ser contato
de caso-índice PB, ter sido atendido em serviço de referência regional e ter idade de
um ano (probabilidade de 0,03).
Os contatos de caso-índice MB, atendidos em centro de saúde e com idade
de 17 anos, apresentaram a maior probabilidade (0,37) de ser soropositivo.
5.4.2 Árvore de decisão
Quanto à análise por meio de árvore de decisão, utilizou-se o algoritmo
CART. Os modelos finais dos pacientes e contatos estão mostrados nas FIG. 11 e
12 respectivamente. Na TAB. 14, apresenta-se síntese das análises via regressão
logística e árvore de decisão dos pacientes e contatos.
* Probabilidade estimada a partir do modelo logístico ajustado
59
imado = 0,043 (SE = 0,019) Risco validação cruzada = 0,104 (SE = 0,013)
FIGURA 11 – Árvore de decisão dos 115 pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, Minas
Gerais, outubro de 2002 a março de 2004.
A análise por meio de árvore de decisão para os pacientes mostrou como
fatores associados à soropositividade: classificação de Madri, número de nervos
acometidos, baciloscopia e idade.
No “nó raiz” da FIG. 11 está a
Risco est
presentada a amostra de 115 pacientes.
Destes,
ouve melhora de 21,6% na homogeneidade do modelo com a
introduç
e virchowiana, houve outros
fatores importantes para o resultado do teste ML Flow, como o número de nervos
acometidos. Entre os pacientes com até três nervos acometidos, a idade foi outro
78,3% tiveram o teste ML Flow negativo e em 21,7% o teste ML Flow foi
positivo.
A variável que discriminou melhor esse grupo de pacientes foi a
classificação de Madri, fazendo a primeira divisão da árvore. Pela medida
improvement, h
ão desta variável. Observou-se que nenhum paciente classificado como
forma indeterminada ou tuberculóide teve o teste ML Flow positivo. Não houve outro
fator que interferisse nesse conjunto quanto ao resultado do teste ML Flow.
Já, para os pacientes com as formas dimorfa
60
fator importante. Dos pacientes com até três nervos acometidos e idade até seis
anos e meio, 33,3% mostraram o teste ML Flow positivo. Entre os pacientes com até
três nervos acometidos e idade superior a seis anos e meio, 84% deles
apresentaram o teste ML Flow positivo.
Quanto aos pacientes das formas dimorfa e virchowiana, do grupo com mais
de três nervos acometidos, a baciloscopia foi o fator mais importante para o
resultado do ML Flow, sendo que nenhum caso com baciloscopia negativa mostrou
o teste ML Flow positivo, e todos os casos com baciloscopia positiva tiveram ML
Flow positivo.
Notou-se estimativa de risco de 0,043, indicando que 95,7% dos pacientes
foram classificados corretamente, e houve um bom ajuste do modelo para esse
conjunto de dados. A validação cruzada mostrou um risco próximo (0,104),
indicando que esse modelo generaliza bem os dados.
Risco estimado = 0,197 (SE = 0,012) Risco validação cruzada = 0,202 (SE = 0,013)
FIGURA 12 – Á
a
rvore de decisão dos 1.011 contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18
nos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004.
oropositividade: idade, classificação do caso-índice e o tipo de
serviço
80,3% tiveram o teste ML Flow negativo e 19,7% deles, positivo.
A análise por meio de árvore de decisão para os contatos mostrou como
fatores associados à s
de saúde.
Essa árvore apresenta o “nó raiz” com a amostra de 1.011 contatos. Destes,
61
A variável que melhor discriminou esse grupo foi a idade, mostrando a
primeira separação da árvore. A medida improvement foi de 0,01, o que indica a
melhora de 1% com a introdução da variável idade no modelo.
Notou-se que os contatos m o anos de idade e provenientes de
c
porém, os contatos menores de oi e eram provenientes de serviços
de referência regional ou es revalência do teste ML Flow positivo passou a
ser de 6,8%.
Quanto ao grupo de contatos com idade qu
prevalência da soropositividade foi 13,6%, se o caso PB, e o
caso-índice era MB.
ervou-se o co estima , indicando que 80,3% dos contatos
foram classificados cor amente, ou ouve bom aju te do modelo p a esse
conjunto de dados. A lidação rou risco róximo (0,202) aquele
mode l, indicando esse modelo generaliza bem os dados.
TABELA 14
Variáveis exp
re
enores de oit
entros de saúde tiveram prevalência do teste ML Flow positivo de 19,6%. Se,
to anos de idad
tadual, a p
igual ou maior
-índice era
e oito anos, a
26,7%, se
Obs ris do de 0,197
ret seja, h s ar
va cruzada most p d
apresentado no
lo fina que
licativas associadas à soropositividade do teste ML Flow em cada modelo ajustado por
gressão logística e árvore de decisão (CART) nos pacientes e contatos de pacientes
com
hanseníase
Pacientes Contatos
Amostra n = 108 n = 115 n = 1.009 n = 1.011
Regressão CART Regressão CART
Baciloscopia Baciloscopia
Classificação do
caso-índice
Classificação do
Nº de lesões
Tipo de serviço de
caso-índice
Tipo de serviço de
-- Idade
Variávei
--
Classificação de
Madri
cutâneas
--
saúde saúde
--
Nº de nervos
acometidos
Idade Idade
s
explicativas
Valor-p
1
ou risco
estimado
2
0,892 0,043 0,828 0,197
Flow. O modelo final de regressão
logística considerou a covariável número de lesões cutâneas que não apareceu no
1
Teste de ressão logística (Estatística Hosmer e Lemeshow)
2
Risco estimado de classificação incorreta para a árvore de decisão
ajuste do modelo de reg
Para os pacientes, em ambos os métodos de análise, a baciloscopia foi fator
associado à soropositividade do teste ML
62
CART.
amostra dos pacientes.
mas
covariáveis nos modelos finais, ou seja, classificação do caso-índice, tipo de serviço
de saúde e idade.
5.5 PODER ESTATÍSTICO DAS AMOSTRAS PARA DETECTAR
ASSOCIAÇÕES
O cálculo do poder de detecção das amostras baseou-se no modelo final de
regressão logística dos pacientes e contatos.
A covariável de maior relevância escolhida para o cálculo do poder amostral,
para os pacientes, foi a baciloscopia (OR = 18,0) e, para os contatos, foi a
classificação do caso-índice (OR = 2,3).
O poder de detecção das amostras de pacientes e contatos foi de 99%.
No modelo final pela árvore de decisão, além da baciloscopia, ficaram as
covariáveis: número de nervos acometidos, idade e classificação de Madri. Ambos
os métodos mostraram bom ajuste para a
Quanto aos contatos, ambos os métodos apresentaram as mes
63
6 DISCUSSÃO
Este estudo indica que o comportamento do teste ML Flow nos pacientes e
contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, é semelhante ao
observado em indivíduos de idade superior a essa faixa etária.
As análises mostraram que as covariáveis que explicam melhor a
soropositividade do teste ML Flow são aquelas que se associam com maior carga
bacilar no indivíduo e nas pessoas do convívio, o que já foi demonstrado em estudos
anteriores (BÜHRER-SÉKULA et al., 2003; CALADO et al., 2005; GROSSI, 2005;
LYON, 2005).
Os resultados deste estudo evidenciam que o teste ML Flow poderia ser
usado com os mesmos propósitos desde a infância. Além disso, observou-se, no
grupo de pacientes e contatos, que a soropositividade aumenta com a idade,
indicando crescimento da carga bacilar com o passar do tempo.
6.1 PROPORÇÃO DA SOROPOSITIVIDADE DO TESTE ML FLOW NOS
PACIENTES E CONTATOS
A soropositividade observada (21,7%) entre os pacientes com hanseníase
deste estudo foi menor do que aquelas encontradas nos estudos de Bührer-Sékula
et al. (2003), Grossi (2005) e Lyon (2005) que foram, respectivamente, de 72,9%,
50,7% e 57%. Nos estudos desses autores, a maioria dos pacientes era MB e tinha
idade igual ou maior que 15 anos, quando mencionada. Neste estudo, em menores
de 18 anos, a maioria dos casos era PB, que é típico da infância (CESTARI, 1990;
DUNCAN, 1985; JAIN et al., 2002; SEHGAL; SRIVASTAVA, 1987).
O estudo de Bakker et al. (2006) mostrou soropositividade mais próxima
daquela deste estudo (18,9%). Esses autores utilizaram o mesmo antígeno do teste
ML Flow (NT-P-BSA) pela técnica ELISA. A maioria dos pacientes tinha idade igual
ou maior que 15 anos, e a maior parte deles era MB.
A proporção da soropositividade (19,7%) observada entre os contatos deste
estudo situou-se entre as proporções encontradas por Bührer-Sékula et al. (2003) e
Calado et al. (2005), que foram 28,6% e 15,6%, respectivamente.
64
O estudo de Bührer-Sékula et al. (2003) envolveu 42 contatos
intradomiciliares e não mencionou a idade dos indivíduos.
Calado et al. (2005) estudaram os contatos domiciliares e peridomiciliares. A
maioria deles era maior que 15 anos.
Bakker et al. (2006) mostraram soropositividade de 3% nos contatos
utilizando a técnica ELISA. O estudo desses autores, realizado em área altamente
endêmica na Indonésia (taxa de incidência de 3/1000), incluiu contatos domiciliares
e extradomiciliares de idade igual ou maior que seis anos.
Assim, a diferença entre as proporções da soropositividade deste estudo e
as proporções dos trabalhos publicados poderia ser explicada pela diferença de
características das amostras.
6.2 FATORES ASSOCIADOS À SOROPOSITIVIDADE DO TESTE ML FLOW
NOS PACIENTES
As análises por regressão logística e pelo algoritmo CART, em conjunto,
mostraram associação da soropositividade do teste ML Flow nos pacientes menores
de 18 anos com as covariáveis: baciloscopia, número de lesões cutâneas,
classificação de Madri, número de nervos acometidos e idade.
Considerando-se separadamente a regressão logística, houve associação
da soropositividade do teste ML Flow nos pacientes com baciloscopia positiva e
número de lesões cutâneas maior que cinco, sendo a baciloscopia a variável de
maior relevância. Tais achados foram semelhantes aos estudos anteriores com
amostras, cuja maioria dos pacientes tinha idade igual ou maior que 15 anos
(GROSSI, 2005; LYON, 2005).
Tanto neste estudo, realizado em menores de 18 anos, quanto nos trabalhos
envolvendo maioria de adultos observou-se que a soropositividade se associa com
as características clínicas e laboratoriais do paciente MB. Grossi (2005) constatou
que a soropositividade do teste ML Flow associava-se com idade maior que 15 anos,
número de lesões cutâneas maior que cinco, número de nervos acometidos maior
que um e baciloscopia positiva. Lyon (2005) mostrou associação com baciloscopia
positiva, número de lesões cutâneas maior que cinco e grau um de incapacidade.
O aumento da probabilidade da soropositividade na presença de
baciloscopia positiva deste estudo, como no estudo de Lyon (2005), seria evidência
65
de que o teste poderia substituir a baciloscopia no caso de classificação de
pacientes para fins de tratamento.
A média de idade dos pacientes soropositivos foi maior do que a dos
soronegativos. Pela análise univariada, a cada ano de idade a mais, a chance de o
paciente apresentar o teste ML Flow positivo foi 1,16 vezes maior. A árvore de
decisão indicou associação da soropositividade com idade maior que seis anos e
meio, no grupo de pacientes com até três nervos acometidos. O aumento da
soropositividade com a idade evidencia que a carga bacilar aumenta com idade.
Devido ao longo período de incubação, a hanseníase em crianças
geralmente inicia-se após cinco anos de idade, sendo que, muitas vezes, é
imperceptível ou discreta e pode curar espontaneamente (LAUER; LILLA; GOLITZ,
1980). A doença é rara em menores de dois anos, embora formas PB e MB tenham
sido relatadas em crianças ainda menores (BRUBAKER; MEYERS; BOURLAND,
1985; CROZIER; COCHRANE, 1929; DREISBACH, 1954; MONTESTRUC;
BERDONNEAU, 1954; SARDANA, 2006).
As referências da literatura mostram que a hanseníase é doença do adulto
jovem e do adulto (CASTORINA-SILVA, 2003; GROSSI, 2005; JOPLING;
McDOUGALL, 1991; LANA et al., 2000; LYON, 2005). Assim, o início da hanseníase
é na época em que as pessoas estão no auge da construção de suas vidas, isto é,
estudando, trabalhando e em plena fase das conquistas afetivas.
6.3 FATORES ASSOCIADOS À SOROPOSITIVIDADE DO TESTE ML FLOW
NOS CONTATOS
Quanto aos contatos de pacientes com hanseníase, a análise univariada, a
regressão logística múltipla e a árvore de decisão mostraram as mesmas
associações da soropositividade do teste ML Flow, ou seja, associação com idade,
classificação do caso-índice e tipo de serviço de saúde.
A chance da soropositividade nos contatos aumentou com a idade, de modo
semelhante ao grupo de pacientes. A idade foi a variável de maior relevância pela
árvore de decisão, sendo a positividade maior naqueles de idade igual ou superior a
oito anos e cujo caso-índice era MB. O ponto de corte da idade dos contatos, pela
árvore de decisão, foi maior (oito anos) do que o dos pacientes (seis anos e meio), o
que poderia ser explicado pelo tamanho da amostra, diferenças nas características
66
dos dois grupos e força de associação das variáveis explicativas com a variável
resposta.
O caso-índice MB foi outro fator de associação da soropositividade do teste
ML Flow nos contatos. A proporção da soropositividade entre os contatos de caso-
índice MB (22,6%) foi maior do que a cifra (18,4%) de Calado et al. (2005). Os
estudos em contatos de Bührer-Sékula et al. (2003) e de Bakker et al. (2006) não
mencionaram o caso-índice. Esse resultado mostrou que a soropositividade se
associava também com maior carga bacilar nos indivíduos do convívio.
Os contatos de caso-índice MB, atendidos em centro de saúde e com 17
anos de idade, mostraram a maior probabilidade de ser soropositivo.
A soropositividade foi maior entre os contatos atendidos em centros de
saúde. Os serviços de referência regional e estadual mostraram efeito de proteção
para a soropositividade do teste ML Flow. O mesmo efeito foi observado por Grossi
(2005). Este estudo, como o de Grossi (2005), mostrou-se inconcluso quanto à
associação da soropositividade do teste ML Flow com tipos de serviços de saúde, o
que indica a necessidade de mais pesquisas. Uma hipótese seria a mesma que
Grossi (2005) levantou, ou seja, de a demanda dos serviços de referência ser
semelhante à dos centros de saúde. Tal fato sugere que os serviços de referências
estariam provavelmente atendendo demanda de atenção primária. Outra hipótese
seria a existência de prevalência oculta e diagnósticos tardios, indicando a presença
de infecção na comunidade, onde estão localizados os centros de saúde.
Resumindo, os resultados das associações encontradas em pacientes e
contatos de pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, mostraram-se
semelhantes aos estudos da literatura envolvendo idade superior a essa faixa etária.
Assim, este estudo indica que o teste ML Flow poderia ser utilizado também na
infância como instrumento adicional para a correta classificação dos pacientes para
fins de tratamento e para identificação de contatos com maior risco de desenvolver
hanseníase no futuro.
67
7 CONCLUSÕES
De acordo com este estudo:
a) as proporções da soropositividade do teste ML Flow nos pacientes e
contatos de pacientes com hanseníase menores de 18 anos, das
amostras estudadas, foram de 21,7% e 19,7%, respectivamente;
b) observou-se, nos pacientes de hanseníase menores de 18 anos,
associação entre a soropositividade do teste ML Flow e as
características: baciloscopia, número de lesões cutâneas,
classificação de Madri, número de nervos acometidos e idade;
c) verificou-se associação da soropositividade do teste ML Flow, nos
contatos de pacientes com hanseníase menores de 18 anos, com os
fatores: classificação do caso-índice, tipo de serviço de saúde e
idade.
68
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A despeito do bom ajuste dos modelos e de o poder das amostras ter sido
suficiente para detectar as associações encontradas, é importante considerar as
limitações deste estudo transversal.
Foram utilizados dados secundários de bancos de dados já constituídos, não
sendo possível controlar inconsistências, nem estudar outras variáveis explicativas.
A pesquisa original não foi delineada para testar associações, nem para
fazer previsões. Os bancos de dados foram constituídos em uma pesquisa
operacional e antropológica multicêntrica para avaliar a aceitabilidade e a viabilidade
da introdução do teste ML Flow no controle da hanseníase (GROSSI, 2005). Nesse
contexto, não foram incluídas algumas variáveis de relevância, como, por exemplo, o
tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico, bem como a duração da
convivência e o grau de parentesco do contato com o caso-índice.
Considerando as análises realizadas, regressão logística e árvore de
decisão, ambas apresentam vantagens e desvantagens. O modelo logístico é o
método tradicional de análise utilizado quando o objetivo é identificar fatores de risco
associados com a variável resposta (HOSMER; LEMESHOW, 2000). A regressão
logística permite a estimação da probabilidade da ocorrência do evento de interesse
na presença de determinados fatores de risco, mas, raramente, é utilizada como
ferramenta de previsão (FERREIRA, 1999). Neste trabalho, contudo, a regressão
logística foi utilizada também nesse aspecto, ou seja, para calcular as probabilidades
de um paciente e de um contato de hanseníase com determinadas características
terem o teste ML Flow positivo ou negativo. Na prática clínica, entretanto,
geralmente os profissionais não pensam em termos de probabilidade, mas, sim, em
termos de categorias, tais como, baixo risco versus alto risco (LEWIS, 2000).
A árvore de decisão é uma técnica alternativa e complementar. O CART é
um método não-paramétrico, menos parcimonioso do que a regressão logística,
porém de fácil compreensão, por ser mais descritivo. Segundo Breiman et al. (1984),
a metodologia de árvore é “filha” da era do computador. De modo diferente de
muitos outros procedimentos estatísticos, os quais passaram do lápis e papel para
as calculadoras e depois para os computadores, o uso de árvores não foi concebido
antes dos computadores. A análise se processa por um método de “aprendizado de
máquina” relativamente automático. O CART identifica as variáveis discriminadoras
69
por meio de busca exaustiva de todas as possibilidades, mesmo na presença de
centenas de fatores preditores (LEWIS, 2000). Outra vantagem do CART é a
facilidade com que os dados faltantes são tratados (FERREIRA, 1999). Este método
considera como grupos de análise as observações ausentes. Por isso, os pacientes
e contatos de hanseníase com variáveis explicativas sem informação não foram
descartados da análise pelo CART. Isso explica a diferença entre o tamanho de
amostras utilizadas na regressão logística e no CART neste estudo.
Apesar das vantagens do CART, há desvantagens a serem consideradas. A
análise pelo CART é relativamente nova e desconhecida. Observa-se que há algum
cepticismo em relação a esse método e resistência em aceitá-lo (LEWIS, 2000).
Além disso, o CART não é uma técnica padrão de análise, nem está incluído em
muitos dos principais pacotes estatísticos.
Alguns tipos de dados provocaram problemas numéricos na análise
univariada e no ajuste do modelo de regressão logística dos pacientes. Trata-se,
como referem Hosmer e Lemeshow (2000), de freqüências nulas ou esparsas em
categorias de algumas covariáveis e de multicolinearidade. A OR não pôde ser
calculada no caso de freqüências nulas. Os dados esparsos geraram intervalos de
confiança amplos. A multicolinearidade foi observada entre os principais fatores:
baciloscopia, número de nervos acometidos, número de lesões cutâneas,
classificação de Madri e classificação de tratamento. Essas variáveis explicativas
estavam correlacionadas entre si em tal grau que continham essencialmente a
mesma informação sobre a variação observada na variável resposta (PAGANO;
GAUVREAU, 2004). Tais problemas causaram instabilidade das estimativas dos
coeficientes e de seus erros-padrão, gerando intervalos de confiança amplos, além
de impedir que as variáveis correlacionadas permanecessem conjuntamente no
modelo final. Esses problemas numéricos não ocorreram na análise dos pacientes
pelo CART.
Na análise dos contatos não foram observados dados que provocassem
problemas numéricos. As mesmas variáveis ficaram no modelo final de ambos os
métodos.
A inexistência de outros estudos na literatura sobre o mesmo tema, com a
mesma técnica de realização do teste, amostras e análises semelhantes impede a
comparação dos resultados encontrados neste estudo, indicando a necessidade de
mais pesquisas. A comparação com estudos em adultos deve ser interpretada com
70
cuidado, devido a possíveis fatores de confusão e influência de interações
importantes nas diferentes épocas biológicas.
71
REFERÊNCIAS
ANDRADE, A. R. C.; GONTIJO, B. Grandes endemias: hanseníase. In: LOPEZ, F.
A.; CAMPOS JÚNIOR, D. Tratado de Pediatria. 1. ed. Barueri: Manole, 2007. p.
1175-1182.
ARAÚJO, M. G. Hanseníase no Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v. 36, n. 3, p.
373-382, maio/jun. 2003.
ARON-BRUNETIERE, R.; LOO, H. Psychiatrie et dermatologie. Encycl. Méd.-Chir.,
Psychiatrie, Paris, 37670–B–10, 7-1983, 8 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023.
Informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6024.
Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um
documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10520.
Informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de
Janeiro, 2002b.
BAKKER, M. I. Epidemiology and prevention of leprosy: a cohort study in
Indonesia. 2005. Thesis. KIT Biomedical Research, Royal Tropical Institute,
Amsterdam, 2005.
BAKKER, M. I. et al. Risk factors for developing leprosy: a population-based cohort
study in Indonesia. Lepr. Rev., v. 77, n. 1, p. 48-61, 2006.
BRASIL, M. T. L. R. F. et al. Sorologia anti PGL-1 e risco de ocorrência de
hanseníase em área de alta endemicidade do Estado de São Paulo: quatro anos de
seguimento. Rev. Bras. Epidemiol., v. 6, n. 3, p. 262-271, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Hanseníase:
atividades de controle e manual de procedimentos. Brasília, 2001a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Manual de
prevenção de incapacidades. Brasília, 2001b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Guia para o
controle da hanseníase. Cadernos de atenção básica, n. 10. Brasília, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária. Normas
técnicas e procedimentos para o exame baciloscópico em hanseníase. Brasília,
1989.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 1.073/GM de 26 de setembro de 2000. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 28 set. 2000. Seção 1, p. 18, 188-E.
72
BREIMAN, L. et al. Classification and regression trees. New York: Chapman &
Hall, 1984.
BRITTON, W. J.; LOCKWOOD, D. N. J. Leprosy. The Lancet, v. 363, p. 1209-1219,
Apr. 2004.
BRUBAKER, M. L.; MEYERS, W. M.; BOURLAND, J. Leprosy in children one year of
age and under. Int. J. Lepr. Other Mycobact. Dis., v. 53, n. 4, p. 517-523, 1985.
BRYCESON, A.; PFALTZGRAFF, R. E. Leprosy. New York: Churchill Livingstone,
1990.
BÜHRER-SÉKULA, S. A Simple dipstick assay for leprosy: development,
evaluation and application. 2000. Thesis. Department of Biomedical Research, Royal
Tropical Institute, Amsterdam, 2000.
BÜHRER-SÉKULA, S. et al. Simple and fast lateral flow test for classification of
leprosy patients and identification of contacts with high risk of developing leprosy. J.
Clin. Microbiol., v. 41, n. 5, p. 1991-1995, May 2003.
CALADO, K. L. S. et al. Positividade sorológica do antiPGL-I em contatos
domiciliares e peridomiciliares de hanseníase em área urbana. An. Bras. Dermatol.,
v. 80, supl. 3, p. S301-306, 2005.
CASTORINA-SILVA, R. Efeitos adversos mais freqüentes das drogas em uso
para tratamento da hanseníase e suas implicações no controle da endemia.
2003. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) – Faculdade de Medicina,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
CESTARI, T. F. Hanseníase na infância: estudo epidemiológico e clínico-evolutivo
dos casos ocorridos em menores de 8 anos no estado do Rio Grande do Sul no
período de 1940 a 1988. 1990. Dissertação (Mestrado em Dermatologia) –
Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
1990.
CHATTERJEE, D. et al. Chemical synthesis and seroreactivity of O-(3,6-di-O-methyl-
β - D - glucopyranosyl - O - (1 4) - O - (2,3 - di - O - methyl - α - L -
rhamnopyranosyl)-(19)-oxynonanoyl-bovine serum albumin – the leprosy-specific,
natural disaccharide-octyl-neoglycoprotein. Carbohydr. Res., v. 156, p. 39-56, 1986.
COLE, S. T. et al. Massive gene decay in the leprosy bacillus. Nature
, v. 409, p.
1007-1011, Feb. 2001.
CONSOLI, S. G. Psychiatrie et dermatologie. Encycl. Méd.-Chir., Dermatologie,
Paris, 98–874–A–10, 2001, 16 p.
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA. Assembléia Geral das Nações
Unidas. Resolução L. 44 (XLIV) de 20 de novembro de 1989, Genebra. Disponível
em: <http://www.mj.gov.br/sedh/dca/convdir.htm> Acesso em: 20 fev. 2007.
73
COSTA, I. M. C. Incapacidades físicas em pacientes de hanseníase na faixa de
zero a 14 anos, no Distrito Federal, no período de 1979 a 1989.1991. Dissertação
(Mestrado em Dermatologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte, 1991.
CROZIER, G. G.; COCHRANE, R. G. Leprosy in an infant. Br. Med. J., v. 1, p. 501-
502, Mar. 1929.
DEPS, P. D. Como o Mycobacterium leprae é transmitido? Hans. Int., v. 26, n. 1, p.
31-36, 2001.
DOUGLAS, J. T. et al. Prospective study of serological conversion as a risk factor for
development of leprosy among household contacts. Clin. Diagn. Lab. Immunol., v.
11, n. 5, p. 897-900, Sept. 2004.
DREISBACH, J. A. A case of leprosy in a seven months old child. Lepr. Rev., v. 25,
p. 81-82, 1954.
DUNCAN, K. Climate and the decline of leprosy in Britain. Proc. R. Coll. Physicians
Edinb., v. 24, n. 1, p. 114-120, 1994.
DUNCAN, M. E. Leprosy in young children: past, present and future. Int. J. Lepr.
Other Mycobact. Dis., v. 53, n. 3, p. 468-473, Sept. 1985.
ETHIRAJ, T. et al. A study on the effect of patient and community education in
prevention of disability programme. Indian J. Lepr., v. 67, n. 4, p. 435-445, 1995.
FAKHOURI, R. et al., Nodular leprosy of childhood and tuberculoid leprosy: a
comparative, morphologic, immunopathologic and quantitative study of skin tissue
reaction. Int. J. Lepr., v. 71, n. 3, p. 218-226, 2003.
FERREIRA, C. A. Comparação da capacidade preditiva de regressão logística,
CART e redes neurais. 1999. Dissertação (Mestrado em Estatística) – Instituto de
Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1999.
FLAGEUL, B. Maladie de Hansen. Lèpre. Encycl. Méd.-Chir., Dermatologie, Paris,
98–370–A–10, 2001, 19 p.
FUJIWARA, T. et al. Chemical synthesis of trisaccharide unit of the species-specific
phenolic glycolipid from Mycobacterium leprae. Carbohydr. Res., v. 163, p. 41-52,
1987.
GROSSI, M. A. F. Estudo das possíveis mudanças na classificação da
hanseníase com a utilização do teste ML Flow e suas implicações no
tratamento e controle da endemia em Minas Gerais. 2005. Tese (Doutorado em
Ciências da Saúde) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 2005.
HOSMER, D. W.; LEMESHOW, S. Applied logistic regression. 2. ed. New York:
John Wiley & Sons, 2000.
74
HUNTER, S. W.; BRENNAN, P. J. A novel phenolic glycolipid from Mycobacterium
leprae possibly involved in immunogenicity and pathogenicity. J. Bacteriol., v. 147,
n. 3, p. 728-735, 1981.
HUNTER, S. W.; FUJIWARA, T.; BRENNAN, P. J. Structure and antigenicity of the
major specific glycolipid antigen of Mycobacterium leprae. J. Biol. Chem., v. 257, n.
24, p. 15072-15078, 1982.
HURWITZ, S. Clinical pediatric dermatology. 2. ed. Philadelphia: W. B. Saunders
Company, 1981.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo
demográfico 2000: resultados do universo. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/tabelabrasil111.shtm
>. Acesso em: 08 nov. 2006.
INTERNATIONAL LEPROSY CONGRESS, 6, 1953, Madrid. Technical resolutions:
classification. Int. J. Lepr., p. 504-516, 1953.
INTRODUÇÃO do teste ML Flow no controle da hanseníase: manual geral do
projeto. Tradução: Mônica L. Tonndorf. Belo Horizonte, abr. 2002.
JAIN, S. et al. Childhood leprosy in an urban clinic, Hyderabad, India: clinical
presentation and the role of household contacts. Lepr. Rev., v. 73, n. 3, p. 248-253,
2002.
JESUDASAN, K. et al. Incidence rates of leprosy among household contacts of
“primary cases”. Indian J. Lepr., v. 56, n. 3, p. 600-614, July/Sept. 1984.
JOPLING, W. H. Leprosy stigma. Lepr. Rev., v. 62, p. 1 -12, 1991.
JOPLING, W. H.; HARMAN, R. R. M. Leprosy. In: ROOK, A. et al. Textbook of
dermatology. 4. ed. Oxford: Blackwell Scientific Publ., 1986. p. 823-838.
JOPLING, W. H.; McDOUGALL, A. C. Manual de hanseníase. 4. ed. Rio de Janeiro:
Atheneu, 1991.
LANA, F. C. F. et al. Situação epidemiológica da hanseníase no município de Belo
Horizonte/MG - Período 92/97. Hans. Int., v. 25, n. 2, p. 121-132, 2000.
LANDIS, J. R.; KOCH, G. G. The measurement of observer agreement for
categorical data. Biometrics, v. 33, p. 159-174, 1977.
LAUER, B. A.; LILLA, J. A.; GOLITZ, L. E. Experience and reason: leprosy in a
vietnamese adoptee. Pediatrics, v. 65, n. 2, p. 335-337, Feb. 1980.
LEWIS, R. J. An introduction to classification and regression tree (CART) analysis.
In: 2000 ANNUAL MEETING OF THE SOCIETY FOR ACADEMIC EMERGENCY
MEDICINE, 2000, San Francisco. Disponível em:
<
www.saem.org/download/lewis1.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2007.
75
LYON, S. Estudo comparativo da carga bacilar em casos novos de hanseníase
e o resultado do teste ML Flow. 2005. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) –
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2005.
MEIMA, A. The impact of leprosy control: epidemiological and modelling studies.
2004. Thesis. Department of Public Health, Erasmus MC, University Medical Center,
Rotterdam, 2004.
MEIMA, A. et al. Disappearance of leprosy from Norway: an exploration of critical
factors using an experimental modelling approach. Int. J. Epidemiol., v. 31, p. 991-
1000, 2002.
MEIMA, A. et al. Factors associated with impairments in new leprosy patients: the
AMFES cohort. Lepr. Rev., v. 70, p.189-203. 1999.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Coordenadoria Estadual de
Dermatologia Sanitária. Seminário estadual de hanseníase: integralidade da
assistência. Belo Horizonte, jun. 2006.
MOET, F. J. et al. Risk factors for the development of clinical leprosy among
contacts, and their relevance for targeted interventions. Lepr. Rev., v. 75, n. 4, p.
310-326, 2004.
MONTESTRUC, E.; BERDONNEAU, R. Deux nouveaux cas de lèpre du nourrisson
à la Martinique. Bull. Soc. Pathol. Exot., v. 47, n. 6, p. 781-783, 1954.
NOORDEEN, S. K. The epidemiology of leprosy. In: HASTINGS, R. C. Leprosy. 2.
ed. Edinburgh: Churchill Livingstone, 1994. Cap. 3, p. 29-45.
NORMAN, G. et al. Leprosy case detection using schoolchildren. Lepr. Rev., v. 75,
n. 1, p. 34-39, 2004.
OLIVEIRA, C. R. et al. Impairments and Hansen’s disease control in Rondônia State,
Amazon region of Brazil. Lepr. Rev., v. 74, n. 4, p. 337-348, 2003.
OSKAM, L.; SLIM, E.; BÜHRER-SÉKULA, S. Serology: recent developments,
strengths, limitations and prospects: a state of the art overview. Lepr. Rev., v. 74, n.
3, p. 196-205, 2003.
PAGANO, M.; GAUVREAU, K. Princípios de bioestatística. 2. ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2004.
PINTO NETO, J. M. Características epidemiológicas dos comunicantes de
hanseníase que desenvolveram a doença, notificados no C.S. I de
Fernandópolis (1993 a 1997). 1999. Dissertação (Mestrado em Enfermagem de
Saúde Pública) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto, 1999.
76
PONTE, K. M. A.; XIMENES NETO, F. R. G. Hanseníase: a realidade do ser
adolescente. Rev. Bras. Enferm., v. 58, n. 3, p. 296-301, maio/jun. 2005.
REES, R. J. W. The microbiology of leprosy. In: HASTINGS, R. C. Leprosy.
Edinburgh: Churchill Livingstone, 1985. Cap. 3, p. 31-52.
RIDLEY, D. S. Therapeutic trials in leprosy using serial biopsies. Lepr. Rev., v. 29, n.
1, p. 45-52, 1958.
RIDLEY, D. S.; JOPLING, W. H. Classification of leprosy according to immunity: a
five-group system. Int. J. Lepr., v. 34, n. 3, p. 255-273, 1966.
RIDLEY, D. S.; JOPLING, W. H. A classification of leprosy for research purposes.
Lepr. Rev., v. 33, p. 119-128, 1962.
SAITO, M. I.; SILVA, L. E. V. Adolescência: prevenção e risco. Rio de Janeiro:
Atheneu, 2001 apud PONTE, K. M. A.; XIMENES NETO, F. R. G. Hanseníase: a
realidade do ser adolescente. Rev. Bras. Enferm., v. 58, n. 3, p. 296-301, maio/jun.
2005.
SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. São Paulo: Artes Médicas, 1998.
Cap. 40, p. 467-487.
SARDANA, K. A study of leprosy in children, from a tertiary pediatric hospital in India.
Lepr. Rev., v. 77, n. 2, p. 160-162, 2006.
SEHGAL, V. N.; SRIVASTAVA, G. Leprosy in children. Int. J. Dermatol., v. 26, n. 9,
p. 557-566, Nov. 1987.
SOARES, J. F.; SIQUEIRA, A. L. Introdução à estatística médica. 2. ed. Belo
Horizonte: Coopmed, 2002.
TALHARI, S.; TORRECILA, M. A. A.; TALHARI, A. C. A study of leprosy and other
skin diseases in school children in the state of Amazonas, Brazil. Lepr. Rev., v. 58,
n. 3, p. 233-237, 1987.
USTIANOWSKI, A. P.; LOCKWOOD, D. N. J. Leprosy: current diagnostic and
treatment approaches. Curr. Opin. Infect. Dis., v. 16, p. 421-427, 2003.
VISSA, V. D.; BRENNAN, P. J. The genome of Mycobacterium leprae: a minimal
mycobacterial gene set. 2001. Disponível em:
<
http://genomebiology.com/2001/2/8/reviews/1023.1>. Acesso em: 11 ago. 2005.
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Global strategy for further reducing
the leprosy burden and sustaining leprosy control activities 2006-2010:
operational guidelines, 2006a. Disponível em:
<http://www.who.int/lep/resources/SEAGLP20062.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2006.
77
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Leprosy: current leprosy situation -
global, 2006b. Disponível em:
<
http://www.searo.who.int/en/Section10/Section20/Section2002_9880.htm>. Acesso
em: 21 fev. 2006.
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Wkly. Epidemiol. Rec., v. 81, n. 32, p.
309-316, Aug. 2006c. Disponível em:
<http://www.who.int/lep/resources/wer8132.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2006.
78
APÊNDICES
APÊNDICE A -
DISTRIBUIÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS PACIENTES
COM
HANSENÍASE, SEGUNDO O ÍNDICE BACILOSCÓPICO ............ 79
APÊNDICE B -
ESTUDO DE CONCORDÂNCIA .................................................... 80
APÊNDICE C -
ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS AO
DESCUMPRIMENTO DO PROTOCOLO DA PESQUISA .............
82
APÊNDICE D -
ANÁLISE DESCRITIVA DOS PACIENTES E CONTATOS DE
79
APÊNDICE A
DISTRIBUIÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS PACIENTES
COM HANSENÍASE,
SEGUNDO O ÍNDICE BACILOSCÓPICO
A distribuição da freqüência dos 115 pacientes com hanseníase, menores de
18 anos, segundo o IB, está apresentada na TAB. 15.
TABELA 15
Distribuição da freqüência dos 115 pacientes com hanseníase, menores de 18 anos, segundo o
índice baciloscópico, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Índice baciloscópico Freqüência %
0 101
94,4
0,5 1
0,9
1,0 1
0,9
1,4 1
0,9
3,5 2
1,9
4,0 1
0,9
Total 115* 100
A maioria (94,4%) dos pacientes estudados teve baciloscopia negativa, e a
grande maioria (97,1%) apresentou IB menor que dois. Os IB de 3,5 e 4,0
corresponderam a 2,8% dos casos. Nessa amostra, oito pacientes (7%) estavam
sem informação da baciloscopia no banco de dados.
* Oito casos sem informação do IB (7,0%)
80
APÊNDICE B
ESTUDO DE CONCORDÂNCIA
Realizou-se estudo de concordância entre o resultado do teste ML Flow e a
classificação de tratamento dos 115 pacientes de hanseníase menores de 18 anos,
como se vê na TAB. 16.
Para avaliar a concordância, utilizaram-se a estatística Kappa e os critérios
de Landis e Koch (1977) para a interpretação da força de concordância associada
ao índice estimado, como são mostrados na TAB. 16.
TABELA 16
Concordância entre o resultado do teste ML Flow e a classificação de tratamento dos 115 pacientes
com hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Kappa = 0,777 IC95% para Kappa: [0,648; 0,906]
Teste ML Flow
Classificação
de tratamento
negativo positivo
Total
80 0 80
Paucibacilar
100,0% ,0% 100,0%
10 25 35
Multibacilar
28,6% 71,4% 100,0%
90 25 115
Total
78,3% 21,7% 100,0%
O valor do índice Kappa foi 0,777. Assim, houve concordância de 77,7%
entre o resultado do teste ML Flow e a classificação que o paciente recebeu para o
seu tratamento com PQT, podendo variar de 64,8% a 90,6%, assegurando um nível
de significância inferior a 5%.
Pôde-se verificar que todos os pacientes classificados como PB eram
soronegativos. Dentre os 35 pacientes classificados como MB, 25 pacientes (71,4%)
eram soropositivos e 10 pacientes (28,6%) soronegativos.
81
TABELA 17
Escala de concordância da estatística Kappa
Índice Kappa Grau de concordância
< 0,00 Ruim
0,00 – 0,20 Leve
0,21 – 0,40 Razoável
0,41 – 0,60 Moderada
0,61 – 0,80 Substancial
0,81 – 1,00 Quase perfeita
Fonte: LANDIS e KOCH, 1977, p. 165.
De acordo com os critérios definidos por Landis e Koch (1977), houve
concordância substancial (Kappa = 0,777) entre a sorologia e a classificação que o
paciente recebeu para o seu tratamento com PQT.
82
APÊNDICE C
ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS AO DESCUMPRIMENTO DO
PROTOCOLO DA PESQUISA
Realizou-se análise independente para o grupo de nove pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, que receberam classificação diferente do
proposto pelo protocolo da pesquisa para fins de tratamento com PQT.
De acordo
com esse protocolo, o IB positivo ou o teste ML Flow positivo classificavam o caso
como MB, independentemente do quadro clínico. Já o IB negativo e o teste ML Flow
negativo classificavam o caso como PB.
Nesta análise, a variável resposta foi o seguimento do protocolo (0 = sim e 1
= não).
As variáveis explicativas foram: idade, sexo, modo de detecção, número de
lesões cutâneas, número de nervos acometidos, grau de incapacidade, classificação
de Madri e o tipo de serviço de saúde (centro de saúde, referência regional e
referência estadual).
Para esse grupo de pacientes, foram feitas tabelas de freqüências e
contingências. Os valores-p foram calculados (teste exato de Fisher e Mann-Witney)
para testar as diferenças entre os grupos quanto ao seguimento do protocolo.
As análises descritiva e univariada desse grupo de nove pacientes estão
apresentadas nas TAB. 18 e 19.
83
TABELA 18
Distribuição da freqüência das características dos nove pacientes com hanseníase, menores de 18
anos, que receberam classificação de tratamento diferente do proposto pelo protocolo da pesquisa,
Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Características dos pacientes Freqüência %
Sexo
Feminino
5 55,6
Masculino
4 44,4
Modo de detecção
Exame de contato 3 33,3
Demanda espontânea 3 33,3
Outros 3 33,3
Número de lesões cutâneas
< 5 lesões 6 66,7
> 5 lesões 3 33,3
Número de nervos acometidos
< 1 nervo 4 44,4
> 1 nervo 5 55,6
Grau de incapacidade
Grau 0 7 77,8
Grau 1 2 22,2
Baciloscopia
Negativa 9 100,0
Índice baciloscópico
Negativa
9 100,0
Classificação de Madri
Dimorfa 9 100,0
Classificação de tratamento
Multibacilar 9 100,0
Teste ML Flow
Negativo 9 100,0
Tipo de serviço de saúde
Centro de saúde 4 44,4
Referência regional 4 44,4
Referência estadual 1 11,1
Idade
Mínimo 2
Máximo 17
Média 13,0
Desvio-padrão 4,7
De acordo com a TAB. 18, nove pacientes receberam classificação de
tratamento diferente do proposto pelo protocolo da pesquisa, ou seja, foram
classificados pelos profissionais como MB para tratamento, apesar de apresentarem
o exame baciloscópico e o teste ML Flow negativos.
Houve maior prevalência de descumprimento do protocolo no sexo feminino
(55,6%). Em cada modo de detecção, observou-se que três (33,3%) pacientes
descumpriram o protocolo. A maioria (66,7%) dos pacientes tinha até cinco lesões
84
cutâneas. Embora 55,6% dos pacientes tinham mais de um nervo acometido, os
graus de incapacidade encontrados foram zero e um, sendo 77,8% deles de grau
zero. Todos os pacientes foram alocados como dimorfos na classificação de Madri.
A maioria (88,8%) dos pacientes era proveniente de centros de saúde e de
serviços de referência regional.
Quanto à idade, a mínima foi de dois anos, a máxima de 17 anos e a média
de 13 anos, com desvio-padrão de 4,7 anos.
85
TABELA 19
Associação entre o descumprimento do protocolo e as características dos nove pacientes com
hanseníase, menores de 18 anos, Minas Gerais, outubro de 2002 a março de 2004
Seguiu o protocolo
Não Sim
Características dos pacientes
n (%) n (%)
Valor-p
Sexo
Feminino
5 (7,1%) 65 (92,9%)
Masculino
4 (8,9%) 41 (91,1%)
0,735*
Modo de detecção
Exame de contato 3 (11,5%) 23 (88,5%)
Demanda espontânea 3 (8,1%) 34 (91,9%)
Outros 3 (5,8%) 49 (94,2%)
0,548*
Número de lesões
< 5 lesões 6 (6,3%) 89 (93,7%)
> 5 lesões 3 (15%) 17 (85%)
0,189*
Número de nervos acometidos
< 1 nervo 4 (4,2%) 91 (95,8%)
> 1 nervo 5 (25%) 15 (75%)
0,008*
Grau de incapacidade
Grau 0 7 (6,5%) 100 (93,5%)
Grau 1 2 (33,3%) 4 (66,7%)
Grau 2
0 (0%) 2 (100%)
0,119*
Classificação de Madri
Indeterminada 0 (0%) 40 (100%)
Tuberculóide 0 (0%) 40 (100%)
Dimorfa 9 (30%) 21 (70%)
Virchowiana 0 (0%) 5 (100%)
0,001*
Tipo de serviço de saúde
Centro de saúde 4 (7,8%) 47 (92,2%)
Referência regional 4 (7,1%) 52 (92,9%)
Referência estadual 1 (12,5%) 7 (87,5%)
0,742*
Idade
Média
13,0 11,7
Desvio-padrão
4,7 3,5
0,129**
* T
De acordo com a TAB. 19, houve diferença estatisticamente significante
quanto ao descumprimento do protocolo da pesquisa pelos profissionais para as
covariáveis número de nervos acometidos e classificação de Madri (p < 0,05).
este exato de Fisher ** Teste não-paramétrico de Mann-Whitney
86
SAÍDAS DO PROGRAMA SPSS PARA AS ANÁLISES
APÊNDICE D
ANÁLISE DESCRITIVA DOS PACIENTES E CONTATOS DE PACIENTES COM
HANSENÍASE
As saídas das análises serão apresentadas nos apêndices D a L. Onde está escrito
teste do Fluxo Lateral, deve-se ler ML Flow.
D.1 ANÁLISE DESCRITIVA DOS PACIENTES
Sexo
70 60,9
45 39,1
115 100,0
feminino
maculino
Total
n %
Modo de detecção
26 22,6
37 32,2
52 45,2
115 100,0
exame de contato
demanda espontânea
outros
Total
n %
Classificação
80 69,6
35 30,4
115 100,0
paucibacilar
multibacilar
Total
n %
87
Nº de lesões
1 ,9
66 57,4
20 17,4
4 3,5
2 1,7
2 1,7
20 17,4
115 100,0
0
1
2
3
4
5
6
Total
n %
Número de lesões (ponto de corte 5)
95 82,6
20 17,4
115 100,0
5 lesões ou menos
6 lesões ou mais
Total
n %
Nº nervos acometidos
81 70,4 73,0
14 12,2 12,6
6 5,2 5,4
3 2,6 2,7
4 3,5 3,6
2 1,7 1,8
1 ,9 ,9
111 96,5 100,0
4 3,5
115 100,0
0
1
2
3
4
6
7
Total
MIssing
Total
n % % válido
Nº nervos codificado
81 70,4
14 12,2
20 17,4
115 100,0
zero
um
maior que 1
Total
n %
Grau de incapacidade
107 93,0
6 5,2
2 1,7
115 100,0
0
1
2
Total
n %
88
Fluxo lateral
90 78,3
25 21,7
115 100,0
negativo
positivo
Total
n %
Baciloscopia
101 87,8
93,5
7 6,1
6,5
108
93,9 100,0
7 6,1
115
100,0
negativo
positivo
Total
Missing
Total
n
% % válido
Indice baciloscópico
101 87,8
1
,9
1 ,9
1 ,9
2 1,7
1 ,9
107 93,0
8 7,0
115 100,0
,0
,5
1,0
1,4
3,5
4,0
Total
Sem informação
Total
n %
Classificação de Madri
40
34,8
40
34,8
30 26,1
5
4,3
115 100,0
indeterminada
tuberculóide
dimorfa
virchowiana
Total
n %
89
Código do ser iço dev saúde
2 1,7
4 3,5
2 1,7
1 ,9
37 32,2
6 5,2
4 3,5
9 7,8
14 12,2
25 21,7
6 5,2
1 ,9
4 3,5
115 100,0
BETIM
BH - EDUARDO DE
MENEZES
CENTRALINA
CONTAGEM
GOVERNADOR
VALADARES
IPATINGA
ITUIUTABA
MANTENA
MONTES CLAROS
PARACATU
PIRAPORA
PATOS DE MINAS
UBERLÂNDIA
Total
N %
Observou-se que o serviço BH – Barreiro não teve nenhum paciente de hanseníase
menor de 18 anos.
Tipo de serviço de saúde
51 44,3
56 48,7
8 7,0
115 100,0
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Total
n %
Idade
115
11,78
13,00
3,600
2
17
9,00
13,00
15,00
N
Média
Mediana
Desvio-padrão
Mínimo
Máximo
25
50
75
Percentis
90
D.2 ANÁLISE DESCRITIVA DOS CONTATOS
Classificação do caso índice
274 27,1
735 72,7
1009 99,8
2 ,2
1011 100,0
paucibacilar
multibacilar
Total
Missing
Total
n %
Sexo do contato
508 50,2
503 49,8
1011 100,0
feminino
masculino
Total
n %
Fluxo lateral
812 80,3
199 19,7
1011 100,0
negativo
positivo
Total
n %
Código do serviço saúde
38 3,8
90
8,9
88 8,7
57
5,6
40
4,0
123 12,2
3 ,3
105 10,4
15 1,5
81 8,0
181
17,9
155 15,3
25 2,5
10 1,0
1011 100,0
BETIM
MONTES CLAROS
PARACATU
PIRAPORA
PATOS DE MINAS
UBERLANDIA
BH - BARREIRO
BH - EDUARDO
DE MENEZES
CENTRALINA
CONTAGEM
GOVERNADOR
VALADARES
IPATINGA
ITUIUTABA
MANTENA
Total
n
%
91
Cicatriz BCG
12 1,2
634 62,7
358 35,4
1004 99,3
7 ,7
1011 100,0
não tem
uma cicatriz
duas cicatrizes
Total
Missing
Total
n %
Tipo de serviço de saúde
447 44,2
336 33,2
228 22,6
1011 100,0
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Total
n %
Estatísticas descritivas
1011 ,30 18 10,4 4,6
idade
N Mínimo Máximo Média Desvio-padrão
Quartis
idade
6,7
10,7
14,3
25
50
75
Percentiles
92
APÊNDICE E
ANÁLISE UNIVARIADA DOS PACIENTES E CONTATOS DE PACIENTES COM
HANSENÍASE
E.1 ANÁLISE UNIVARIADA DOS PACIENTES
Sexo * Fluxo Lateral
Crosstab
56 14 70
80,0% 20,0% 100,0%
34 11 45
75,6% 24,4% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Sexo
Count
% within Sexo
Count
% within Sexo
feminino
maculino
Sexo
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
,318
b
1 ,573 ,646 ,367
,110 1 ,740
,315 1 ,575 ,646 ,367
,646 ,367
,315
c
1 ,574 ,646 ,367 ,155
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 9,78.
b.
The standardized statistic is ,561.
c.
1,294 ,528 3,175
Sexo
OR Lower Upper
95% Confidence
Interval
93
Modo de detecção * Fluxo Lateral
Crosstab
23 3 26
88,5% 11,5% 100,0%
30 7 37
81,1% 18,9% 100,0%
37 15 52
71,2% 28,8% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Modo
de detecção
Count
% within Modo
de detecção
Count
% within Modo
de detecção
Count
% within Modo
de detecção
exame de contato
demanda espontânea
outros
Modo de
detecção
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
3,307
a
2 ,191 ,211
3,455 2 ,178 ,192
3,115 ,211
3,255
b
1 ,071 ,087 ,046 ,022
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
-sided)(2
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,65.
a.
The standardized statistic is 1,804.
b.
1,789 ,416 7,684
3,108 ,810 11,922
detecção (demanda esp.)
detecção (outros)
OR Lower Upper
95,0% C.I.for OR
Classificação de tratamento * Fluxo Lateral
Crosstab
80
0
80
100,0% ,0%
100,0%
10
25
35
28,6% 71,4%
100,0%
90 25
115
78,3%
21,7% 100,0%
Count
% within Classificação
Count
% within Classificação
Count
% within Classificação
paucibacilar
multibacilar
Classificação
Total
negativo
positivo
94
Chi-Square Tests
73,016
b
1 ,000 ,000 ,000
68,878 1 ,000
78,546 1 ,000 ,000 ,000
,000 ,000
72,381
c
1 ,000 ,000 ,000 ,000
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 7,61.
b.
The standardized statistic is 8,508.
c.
4,039E+09 ,000 .
MB
OR Lower Upper
95,0% C.I.for OR
Impossibilidade de cálculo da razão de chances devido a caselas nulas na tabela de contingência.
Grau de incapacidade * Fluxo Lateral
Crosstab
85 22 107
79,4% 20,6% 100,0%
5 1 6
83,3% 16,7% 100,0%
0 2 2
,0% 100,0% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Grau de
incapacidade
Count
% within Grau de
incapacidade
Count
% within Grau de
incapacidade
Count
% within Grau de
incapacidade
0
1
2
Grau de
incapacidade
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
7,378
a
2 ,025 ,065
6,289 2 ,043 ,065
5,454 ,065
3,544
b
1 ,060 ,073 ,073 ,051
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
4 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,43.
a.
The standardized statistic is 1,883.
b.
,773 ,086 6,957
6,2E+09 ,000 .
grau (1)
grau (2)
OR Lower Upper
95,0% C.I.for OR
Impossibilidade de cálculo da razão de chances devido a caselas nulas na tabela de contingência.
95
Grau eral
de incapacidade (reagrupado) * Fluxo Lat
Grau de incapacidade reagrupado * Fluxo lateral Crosstabulation
85 22 107
79,4% 20,6% 100,0%
5 3 8
62,5% 37,5% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Grau de
incapacidade reagrupado
Count
% within Grau de
incapacidade reagrupado
Count
% within Grau de
incapacidade reagrupado
0
1 ou 2
Grau de incapacidade
reagrupado
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
1,255
b
1 ,263
,457 1 ,499
1,111 1 ,292
,368 ,237
1,244 1 ,265
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is
1,74.
b.
Risk Estimate
2,318 ,514 10,454
1,271 ,737 2,193
,548 ,208 1,445
115
Odds Ratio for Grau de
incapacidade
reagrupado (0 / 1 ou 2)
For cohort Fluxo lateral
= negativo
For cohort Fluxo lateral
= positivo
N of Valid Cases
Value Lower Upper
95% Confidence
Interval
96
Baciloscopia * Fluxo Lateral
Crosstab
82 19 101
81,2% 18,8% 100,0%
1 6 7
14,3% 85,7% 100,0%
83 25 108
76,9% 23,1% 100,0%
Count
% within Baciloscopia
Count
% within Baciloscopia
Count
% within Baciloscopia
negativo
positivo
Baciloscopia
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
16,471
b
1 ,000 ,001 ,001
12,925 1 ,000
13,464 1 ,000 ,001 ,001
,001 ,001
16,318
c
1 ,000 ,001 ,001 ,001
108
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
-sided)(2
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,62.
b.
The standardized statistic is 4,040.
c.
Risk Estimate
25,895 2,942 227,936
Odds Ratio
Value Lower Upper
95% Confidence
Interval
97
Classificação de Madri * Fluxo Lateral
Crosstab
40 0 40
100,0% ,0% 100,0%
40 0 40
100,0% ,0% 100,0%
10 20 30
33,3% 66,7% 100,0%
0 5 5
,0% 100,0% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
indeterminada
tuberculóide
dimorfa
virchowiana
Classificação
de Madri
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
75,815
a
3 ,000 ,000
82,234 3 ,000 ,000
73,326 ,000
58,267
b
1 ,000 ,000 ,000 ,000
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
2 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,09.
a.
The standardized statistic is 7,633.
b.
1,000 ,000 .
3,2E+09 ,000 .
2,6E+18 ,000 .
Tuberculoide
Dimorfa
Virchowiana
OR Lower Upper
95,0% C.I.for OR
Impossibilidade de cálculo da razão de chances devido a caselas nulas na tabela de contingência.
98
Tipo de serviço de saúde * Fluxo Lateral
Crosstab
40 11 51
78,4% 21,6% 100,0%
45 11 56
80,4% 19,6% 100,0%
5 3 8
62,5% 37,5% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Tipo de serviço
de saúde
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
99
Chi-Square Tests
15,743
b
1 ,000 ,000 ,000
13,465 1 ,000
13,457 1 ,000 ,000 ,000
,000 ,000
15,606
c
1 ,000 ,000 ,000 ,000
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 4,35.
b.
The standardized statistic is 3,950.
c.
Risk Estimate
7,071 2,480 20,163
Odds Ratio
Value Lower Upper
95% Confidence
Interval
Número de nervos codificado * Fluxo Lateral
Crosstab
67 14 81
82,7% 17,3% 100,0%
11 3 14
78,6% 21,4% 100,0%
12 8 20
60,0% 40,0% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within Nº
nervos codific oad
Count
% within Nº
nervos codificado
Count
% within Nº
nervos codificado
Count
% within Nº
nervos codificado
zero
um
maior que 1
Nº nervos
codificado
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
4,866
a
2 ,088 ,088
4,378 2 ,112 ,127
4,628 ,097
4,475
b
1
,034 ,040 ,028 ,013
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
2 cells (33,3%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,04.
a.
The standardized statistic is 2,115.
b.
100
Risk Estimate
3,059 1,084 8,629
Odds Ratio
Value Lower Upper
95% Confidence
Interval
Índice baciloscópico recodificado * Fluxo Lateral
Crosstab
82
19 101
81,2%
18,8% 100,0%
0 3
3
,0% 100,0% 100,0%
8
3
11
72,7% 27,3% 100,0%
90
25 115
78,3% 21,7% 100,0%
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
Count
% within ìndice
bacilo
recodificado
scópico
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
negativo
< 2
>= 2
ìndice baciloscópico
recodificado
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
11,507
a
2 ,003
,009
9,870
2 ,007
,009
8,814 ,007
1,782
b
1 ,182
,177 ,127 ,054
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,65.
a.
The standardized statistic is 1,335.
b.
7,0E+09 ,000
.
1,618 ,392 6,680
IB < 2
IB >= 2
OR Lower Upper
95,0% C.I.for OR
101
Idade * Fluxo Lateral
Group Statistics
90 11,41 3,522 ,371
25 13,12 3,632 ,726
Fluxo lateral
negativo
positivo
Idade
N Mean Std. Deviation
Std. Error
Mean
Independent Samples Test
-2,132
113 ,035
-1,709 ,802
-3,297 -,121
Idade
t
df Sig. (2-tailed)
Mean
Difference
Std. Error
Difference
Lower Upper
95% Confidence
Interval of the
Difference
t-test for Equality of Means
1,160 1,010 1,330
Idade
OR Lower Upper
95% Confidence
Interval
E.2. ANÁLISE UNIVARIADA DOS CONTAT
Classificação do caso-índice * Fluxo Lateral
OS
Crosstab
241 33 274
88,0% 12,0% 100,0%
569 166 735
77,4% 22,6% 100,0%
810 199 1009
80,3% 19,7% 100,0%
Count
% within Classificação
do caso índice
Count
% within Classificação
do caso índice
Count
% within Classificação
do caso índice
paucibacilar
multibacilar
Classificação do
caso índice
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
102
Chi-Square Tests
14,008
b
1 ,000
13,350 1 ,000
15,154 1 ,000
,000 ,000
13,994 1 ,000
1009
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Computed only for a 2x2 table
a.
0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is
54,04.
b.
Risk Estimate
2,131 1,424 3,187
Odds Ratio
Value Lower Upper
95% Confidence
Interval
Sexo do contato * Fluxo Lateral
Crosstab
404
104
508
79,5%
20,5% 100,0%
408
95
503
81,1% 18,9%
100,0%
812
199 1011
80,3%
19,7%
100,0%
Count
% within Sexo do contato
Count
% within Sexo do contato
Count
% within Sexo do contato
feminino
masculino
Sexo do
contato
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
,402
b
1 ,526
,308
1
,579
,402 1 ,526
,528 ,290
,402
1 ,526
1011
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Computed only for a 2x2 table
a.
0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is
99,01.
b.
103
Risk Estimate
,905 ,663 1,234
Odds Ratio
Value Lower Upper
95% Confidence
Interval
Cicatriz BCG * Fluxo Lateral
Crosstab
11 1 12
91,7% 8,3% 100,0%
513 121 634
80,9% 19,1% 100,0%
285 73 358
79,6% 20,4% 100,0%
809 195 1004
80,6% 19,4% 100,0%
Count
% within Cicatriz BCG
Count
% within Cicatriz BCG
Count
% within Cicatriz BCG
Count
% within Cicatriz BCG
não tem
uma cicatriz
duas cicatrizes
Cicatriz
BCG
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
1,204
a
2 ,548
1,403 2 ,496
,586 1 ,444
1004
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
1 cells (16,7%) have expected count less than 5. The
minimum expected count is 2,33.
a.
OR considerando nenhuma cicatriz como referência
2,595 ,332 20,289
2,818 ,358 22,177
cicatriz (1)
cicatriz (2)
OR Lower Upper
95,0% C.I.for OR
OR considerando duas cicatrizes como referência
,355 ,045
2,794
,921 ,666 1,274
nenhuma cicatriz
uma cicatriz
OR
Lower Upper
95,0% C.I.for OR
104
Tipo de serviço de saúde * Fluxo Lateral
Crosstab
334 113 447
74,7% 25,3% 100,0%
276 60 336
82,1% 17,9% 100,0%
202 26 228
88,6% 11,4% 100,0%
812 199 1011
80,3% 19,7% 100,0%
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Tipo de serviço
de saúde
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Chi-Square Tests
105
Independent Samples Test
-3,800 1009 ,000 -1,37016 ,36058 -2,07773 -,66259
idade
t df Sig. (2-tailed)
Mean
Difference
Std. Error
Difference
Lower Upper
95% Confidence
Interval of the
Difference
t-test for Equality of Means
1,069
1,032
1,107
idade
OR Lower
Upper
95,0% C.I.for OR
106
APÊNDICE F
ANÁLISE MÚLTIPLA DOS PACIENTES E CONTATOS DE PACIENTES COM
HANSENÍASE
F.1. ANÁLISE MÚLTIPLA DOS PACIENTES – REGRESSÃO LOGÍSTICA
gia positiva).
et = modo de detecção, Madri = classificação de Madri,
sificação de tratamento, nervos = número de nervos acometidos,
n_les_5 = número de lesões,
age = idade.
áveis que preencheram o critério univariado (valor-p
<
A variável resposta, ou seja, o resultado do teste ML Flow, foi categorizada como 0
(sorologia negativa) e 1 (sorolo
Legenda:
d
class = clas
dis = grau de incapacidade,
bipos = baciloscopia,
Modelo 1 – Todas as vari
0,25)
, baciloscopia, classificação de Madri, número de nervos
Variáveis incluídas no modelo: modo de detecção, classificação de tratamento, grau
de incapacidade
acometidos, número de lesões cutâneas e idade.
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
107
Categorical Variables Codings
35 ,000 ,000 ,000
38 1,000 ,000 ,000
30 ,000 1,000 ,000
5 ,000 ,000 1,000
74 ,000 ,000
14 1,000 ,000
20 ,000 1,000
100 ,000 ,000
6 1,000 ,000
2 ,000 1,000
26 ,000 ,000
33 1,000 ,000
49 ,000 1,000
indeterminada
tuberculóide
dimorfa
virchowiana
Classificação
de Madri
zero
um
maior que 1
Nº nervos
codificado
0
1
2
Grau de
incapacidade
exame de contato
demanda espontânea
outros
Modo de
detecção
Frequency (1) (2) (3)
Parameter coding
Model Summary
28,166
a
,560 ,847
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number
20 because maximum iterations has been
reached. Final solution cannot be found.
a.
Hosmer and Lemeshow Test
,785
8
,999
Step
1
Chi-square df
Sig.
Variables in the Equation
,227 2 ,893
-,088
1,360 ,004 1 ,948 ,915
,064 13,150
-,820 1,903 ,186 1 ,666 ,440 ,011
18,359
59,167 20090,054 ,000
1 ,998 5,0E+25 ,000
.
,000 2 1,000
-19,628 11371,043 ,000 1 ,999 ,000
,000
.
21,679 28046,331 ,000 1
,999 2,6E+09 ,000 .
-,705 1,863
,143
1 ,705 ,494 ,013 19,040
,000
2
1,000
,131 8992,711 ,000 1 1,000
1,140 ,000 .
-36,568 18974,498 ,000 1 ,998
,000 ,000 .
1,880 2 ,391
-2,413 1,803
1,791 1 ,181
,090 ,003 3,068
-1,837 1,639 1,255 1 ,263 ,159
,006 3,960
1,188 1,154 1,060 1 ,303 3,281 ,342 31,497
,028 ,118 ,058 1 ,810 1,029 ,817
1,295
-21,073 6601,417 ,000 1 ,997 ,000
det
det(1)
det(2)
class
dis
dis(1)
dis(2)
bipos
108
Modelo 2 – Sem a variável classificação de Madri
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If
a.
weight is in effect, see classification table for the total
f casenumber o s.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
Categorical Variables Codings
74 ,000 ,000
14 1,000 ,000
20 ,000 1,000
100 ,000 ,000
6 1,000 ,000
2 ,000 1,000
26 ,000 ,000
33 1,000 ,000
49 ,000 1,000
zero
um
maior que 1
Nº nervos
cadocodifi
0
1
2
Grau de
incapacidade
exame de contato
demanda espontânea
outros
Modo de
detecção
(1Frequency ) (2)
Parameter coding
Model Summary
33,403
a
,538 ,814
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
N
R
ag e
a
elk
Squ
rke
re
Estimation terminated at iteration number
20 because m ximum ite tion as en
reached. Final solution c not fo .
a.
a ra
an
s h
be
be
und
Hosmer and Lemeshow Test
,206 7
Step
1
Chi-square d
1,000
f Sig.
109
Variables in the Equation
,193 2 ,908
-,123 1,308 ,009 1 ,925 ,884 ,068 11,478
-,694 1,666 ,173 1 ,677 ,500 ,019 13,086
22,523 4515,016 ,000 1 ,996 6,0E+09 ,000 .
1,013 2 ,603
-1,757 1,746 1,013 1 ,314 ,172 ,006 5,288
21,192 26889,455 ,000 1 ,999 1,6E+09 ,000 .
1,312 1,716 ,585 1 ,444 3,714 ,129 107,207
2,360 2 ,307
-2,172 1,595 1,856 1 ,173 ,114 ,005 2,594
-1,948 1,375 2,007 1 ,157 ,143 ,010 2,112
1,147 1,058 1,175 1 ,278 3,148 ,396 25,036
,051 ,116 ,193 1 ,660 1,052 ,839 1,320
-21,311 4515,016 ,000 1 ,996 ,000
det
det(1)
det(2)
class
dis
dis(1)
dis(2)
bipos
nervos
nervos(1)
nervos(2)
n_les_5
age
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald df Sig. Exp(B) Lower Upper
95,0% P(B) C.I.for EX
Variable(s) entered on step 1: det, class, dis, bipos, nervo n_le , as, s_5 ge.
a.
Modelo 3 – Sem a variável classificação de tratamento
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
Unweighted Cases
110
Model Summary
87,450
a
,238 ,361
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nag e
a
elk rke
R Squ re
Estimation terminated at iteration number
20 because maximum iterations has been
reached. Final solution cannot be found.
a.
Hosmer and Lemeshow Test
12,788 8
Step
1
Chi-square d
,119
f Sig.
Variables in the Equation
,700 2 ,705
,212 ,840 ,064 1 ,801 1,236 ,238 6,411
,605 ,791 ,584 1 ,445 1,830 ,388 8,625
1,782 2 ,410
-1,776 1,330 1,782 1 ,182 ,169 ,012 2,296
21,615 23161,844 ,000 1 ,999 2,4E+09 ,000 .
2,565 1,269 4,086 1 ,043 13,007 1,081 156,463
,091 2 ,956
-,266 ,886 ,090 1 ,764 ,767 ,135 4,353
-,023 ,754 ,001 1 ,975 ,977 ,223 4,280
2,176 ,741 8,625 1 ,003 8,814 2,062 37,665
,053 ,087 ,365 1 ,546 1,054 ,889 1,250
-2,824 1,153 5,997 1 ,014 ,059
det
det(1)
det(2)
dis
dis(1)
dis(2)
bipos
nervos
nervos(1)
nervos(2)
n_les_5
age
Constant
Step
1
B S.E. Wald df .
a
Sig Exp(B) Lower Upper
95,0% P(B) C.I.for EX
Variable(s) entered on step 1: det, dis, bipos, nervos, n_les_5, age.
a.
Modelo 4 – Sem a variável número de nervos acometidos
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
111
Categorical Variables Codings
100 ,000 ,000
6 1,000 ,000
2 ,000 1,000
26 ,000 ,000
33 1,000 ,000
49 ,000 1,000
0
1
2
Frequency (1) (2)
Grau de
cidadeincapa
exame de contato
demanda espontânea
outros
Modo de
detecção
Parameter coding
Model Summary
87,544
a
,238 ,360
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number
20 because maximum iterations has been
reached. Final solution cannot be found.
a.
Hosmer and Lemeshow Test
4,462 7 ,725
Step
1
Chi-square df Sig.
Variables in the Equation
,732 2 ,694
,245 ,828 ,087 1 ,767 1,277 ,252 6,471
,628 ,786 ,637 1 ,425 1,873 ,401 8,745
1,716 2 ,424
-1,727 1,318 1,716 1 ,190 ,178 ,013 2,355
21,622 23166,599 ,000 1 ,999 2,5E+09 ,000 .
2,581 1,259 4,207 1 ,040 13,216 1,122 155,718
2,147 ,722 8,836 1 ,003 8,561 2,078 35,265
,054 ,086 ,393 1 ,531 1,055 ,892 1,248
-2,893 1,129 6,562 1 ,010 ,055
det
det(1)
det(2)
dis
dis(1)
dis(2)
bipos
n_les_5
age
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald df Sig. Exp(B) Lower Upper
95,0% C.I.for EXP(B)
Variable(s) entered on step 1: det, dis, bipos, n_les_5, age.
a.
Modelo 5 – Sem a variável modo de detecção
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
112
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
Categorical Variables Codings
100 ,000 ,000
6 1,000 ,000
2 ,000 1,000
0
1
2
Grau de
incapacidade
Frequency (1) (2)
Parameter coding
Model Summary
88,293
a
,232
,352
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number
20 because maximum iterations has been
reached. Final solution cannot be found.
a.
Hosmer and Lemeshow Test
4,996 8 ,758
Step
1
Chi-square df Sig.
Variables in the Equation
1,423 2 ,491
-1,506 1,262 1,423 1
,233
,222 ,019 2,633
21,845
23019,409 ,000 1 ,999 3,1E+09
,000 .
2,866 1,217
5,543 1 ,019 17,569 1,616 190,966
2,041 ,681
8,996 1
,003 7,700 2,029 29,226
,064
,084 ,571 1 ,450 1,066 ,903
1,258
-2,643 1,061 6,210 1
,013 ,071
dis
dis(1)
dis(2)
bipos
n_les_5
age
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald df
Sig. Exp(B) Lower Upper
95,0% C.I.for EXP(B)
Variable(s) entered on step 1: dis, bipos, n_les_5, age.
a.
Modelo 6 – Sem a variável grau de incapacidade
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0
,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
113
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
Model Summary
93,869
a
,192 ,290
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number 5 because
parameter estimates changed by less than ,001.
a.
Hosmer and Lemeshow Test
4,047 8 ,853
Step
1
Chi-square df Sig.
Variables in the Equation
2,945 1,181 6,219 1 ,013 19,017 1,879 192,505
1,620 ,610 7,055 1 ,008 5,052 1,529 16,692
,071 ,083 ,731 1 ,393 1,073 ,913 1,262
-2,666 1,040 6,572 1 ,010 ,070
bipos
n_les_5
age
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald df Sig. Exp(B) Lower Upper
95,0% C.I.for EXP(B)
Variable(s) entered on step 1: bipos, n_les_5, age.
a.
Modelo final
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
114
Model Summary
94,619
a
,186 ,282
Step
1
-2 Log Cox & Snell Nagelkerke
likelihood R Square R Square
Estimation terminated at iteration number 5 because
stimates changed by less than ,001.
a.
parameter e
Hosmer and Lemeshow Test
,018 1 ,892
Step
1
Chi-square df Sig.
Variables in the Equation
2,895 1,159 6,243 1 ,012 18,086 1,867 175,234
1,768 ,588 9,034 1 ,003 5,857 1,850 18,546
-1,841 ,311 34,953 1 ,000 ,159
bipos
n_les_5
Constant
Step
1
a
S.E. df Exp(B)B Wald Sig. Lower Upper
95,0% C.I.for EXP(B)
Variable(s) ente
a.
red on step 1: bipos, n_les_5.
Tes
te do modelo com interação
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
Model Summary
94,055
a
,190 ,288
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number
20 because maximum iterations has been
reached. Final solution cannot be found.
a.
Hosmer and Lemeshow Test
,000 1
1,000
Step
1
Chi-square df Sig.
115
Variables in the Equation
2,512 1,264 3,953 1 ,047 12,333 1,036 146,796
1,686 ,604 7,791 1 ,005 5,396 1,652 17,624
18,824
2
0096,485 ,000 1 ,999 1,5E+08 ,000 .
-1,819 ,311 34,171 1 ,000 ,162
bipos
n_les_5
bipos by n_les_5
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald df Sig. Exp(B) Lower Upper
95,0% C.I.for EXP(B)
Variable(s) entered on step 1: bipos, n_les_5, bipos * n_les_5 .
a.
A interação entre baciloscopia e número de lesões não foi estatisticamente
significante (valor-p = 0,999).
F.2. ANÁLISE MÚLTIPLA CONTATOS – REGRESSÃO LOGÍSTICA
index = classificação do caso-índice
tipo_serv = tipo de serviço de saúde
Modelo 1 = Modelo final
Todas as variáveis que preencheram o critério univariado (valor-p
<
Legenda:
0,25) permaneceram
no modelo final.
Variáveis incluídas no modelo: idade, classificação do caso-índice e tipo de serviço de
saúde.
Case Processing Summary
1009
99,8
2 ,2
1011 100,0
0
,0
1011
100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
116
Categorical Variables Codings
Model Summary
950,947
a
,049 ,078
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagel
R Sq
kerke
uare
Estimation terminated at iteration number 5 because
parameter estimates changed by less than ,001.
a.
446 1,000 ,000
336 ,000 1,000
227 ,000 ,000
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Tipo de serviço
de saúde
Frequency (1) (2)
Parameter coding
Hosmer and Lemeshow Test
4,310 8 ,828
Step
1
Chi-square df
Sig.
Variables in the Equation
,062
,018 11,708
1 ,001 1,064 1,027
1,103
,836 ,210
15,833
1 ,000 2,308
1,529 3,485
20,130
2 ,000
1,052
,238 19,475 1 ,000
2,864 1,795 4,571
,689
,258 7,142
1 ,008
1,993
1,202 3,304
-3,461
,348 98,814
1 ,000
,031
idade
index
tipo_serv
tipo_serv(1)
tipo_serv(2)
Constant
Step
1
a
B S.E.
Wald
df Sig. Exp(B)
Lower
Upper
95,0% C.I.for EXP(B)
Variable(s) entered on step 1: idade, index, tipo_serv.
a.
Teste do modelo com interação
Interação entre classificação do caso-índice e idade
Case Processing Summary
1009
99,8
2
,2
1011
100,0
0 ,0
1011
100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N
Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
117
Categorical Variables Codings
446 ,000 ,000
336 1,000 ,000
227 ,000 1,000
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Tipo de serviço
de saúde
Frequency
118
APÊNDICE G
CÁLCULO DAS PROB DOS CONTATOS DE
PACIENTES COM HANSENÍASE
G.1. CÁLCULO DAS PROBABILIDADES DOS PACIENTES
Alfa
Beta
baciloscopia (x1)
Beta
lesões (x2)
x1 x2 p 1-p
ABILIDADES DOS PACIENTES E
-1,84 2,9 1,77 0 0 13,71% 86,29%
1 1 94,43% 5,57%
0 1 48,25% 51,75%
1 0 74,27% 25,73%
G.2. CÁLCULO DAS PROBABILIDADES DOS CONTATOS
Alfa
Beta
classificação
(x1)
Beta
serviço_reg
(x2)
Beta
serviço_est
(x3)
Idade
(x4)
x1 x2 x3 x4 p 1-p
-3,46 0,84 1,05 0,69 0,06 1 0 0 1 18,08% 81,92%
1 0 1 1 12,58% 87,42%
1 1 0 1 6,31% 93,69%
0 1 0 1 3,05% 96,95%
0 0 1 1 6,07% 93,93%
0 0 0 1 8,73% 91,27%
1 0 0 2 19,02% 80,98%
1 0 1 2 13,23% 86,77%
1 1 0 2 6,64% 93,36%
0 1 0 2 3,23% 96,77%
0 0 1 2 6,43% 93,57%
0 0 0 2 9,24% 90,76%
1 0 0 3 19,99% 80,01%
1 0 1 3 13,90% 86,10%
1 1 0 3 6,98% 93,02%
0 1 0 3 3,41% 96,59%
0 0 1 3 6,80% 93,20%
0 0 0 3 9,77% 90,23%
1 0 0 4 21,00% 79,00%
1 0 1 4 14,61% 85,39%
1 1 0 4 7,33% 92,67%
0 1 0 4 3,61% 96,39%
0 0 1 4 7,19% 92,81%
0 0 0 4 10,33% 89,67%
1 0 0 5 22,05% 77,95%
1 0 1 5 15,33% 84,67%
1 1 0 5 7,70% 92,30%
0 1 0 5 3,81% 96,19%
0 0 1 5 7,60% 92,40%
0 0 0 5 10,92% 89,08%
119
1 0 0 6 23,13% 76,87%
1 0 1 6 16,09% 83,91%
1 1 0 6 8,08% 91,92%
%
0 0 0 6 11,54% 88,46%
1 0 0 7 24,25% 75,75%
1 0 1 7 16,87% 83,13%
0 1 0 7 4,26% 95,74%
0 0 1 7 8,48% 91,52%
0 0 0 7 12,19% 87,81%
1 0 0 8 25,41% 74,59%
1 0 1 8 17,67% 82,33%
1 1 0 8 8,87% 91,13%
0 1 0 8 4,49% 95,51%
0 0 1 8 8,95% 91,05%
0 0 0 8 12,86% 87,14%
1 0 0 9 26,60% 73,40%
1 0 1 9 18,50% 81,50%
1 1 0 9 9,29% 90,71%
0 1 0 9 4,74% 95,26%
0 0 1 9 9,44% 90,56%
0 0 0 9 13,58% 86,42%
1 0 0 10 27,83% 72,17%
1 0 1 10 19,36% 80,64%
1 1 0 10 9,72% 90,28%
0 1 0 10 5,00% 95,00%
0 0 1 10 9,96% 90,04%
0 0 0 10 14,32% 85,68%
1 0 0 11 29,09% 70,91%
1 0 1 11 20,23% 79,77%
1 1 0 11 10,16% 89,84%
0 1 0 11 5,27% 94,73%
0 0 1 11 10,50% 89,50%
0 0 0 11 15,10% 84,90%
1 0 0 12 30,39% 69,61%
1 0 1 12 21,14% 78,86%
1 1 0 12 10,61% 89,39%
0 1 12 5,56% 94,44%
0 0 1 12 11,07% 88,93%
0 0 0 12 15,91% 84,09%
1 0 0 13 31,71% 68,29%
1 0 1 13 22,06% 77,94%
1 1 0 13 11,08% 88,92%
0 1 0 13 5,85% 94,15%
0 0 1 13 11,66% 88,34%
0 0 0 13 16,76% 83,24%
1 0 0 14 33,07% 66,93%
1 0 1 14 23,00% 77,00%
1 1 0 14 11,55% 88,45%
0 1 0 14 6,16% 93,84%
0 0 1 14 12,27% 87,73%
0 0 0 14 17,64% 82,36%
0 1 0 6 4,03% 95,97
0 0 1 6 8,03% 91,97%
1 1 0 7 8,47% 91,53%
0
120
1 0 0 15 34,46% 65,54%
1 0 1 15 23,97% 76,03%
1 1 0 15 12,03% 87,97%
0 1 0 15 6,48% 93,52%
0 0 1 15 12,91% 87,09%
0 0 0 15 18,56% 81,44%
1 0 0 16 35,87% 64,13%
1 0 16 24,95% 75,05%
1 1 0 16 12,53% 87,47%
0 1 0 16 6,81% 93,19%
0 0 1 16 13,57% 86,43%
0 0 0 16 19,51% 80,49%
1 0 0 17 37,31% 62,69%
1 0 1 17 25,95% 74,05%
1 1 17 13,03% 86,97%
0 1 0 17 7,16% 92,84%
0 0 1 17 14,26% 85,74%
0 0 0 17 20,51% 79,49%
1
0
121
APÊNDICE H
ANÁLISE MÚLTIPLA POR MEIO DE ÁRVORE DE DECISÃO DOS PACIENTES E
CONTATOS DE PACIENTES COM HANSENÍASE
H.1. ÁRVORE DE DECISÃO DOS PACIENTES
122
Validação cruzada
123
H.2. ÁRVORE DE DECISÃO DOS CONTATOS
124
Validação cruzada
125
APÊNDICE I
CÁLCULO DO PODER DE DETECÇÃO DAS AMOSTRAS
I.1 AMOSTRA DE PACIENTES
Distribuição amostral do resultado de teste ML Flow pela baciloscopia
ML Flow
Baciloscopia
Negativo (y = 0) Positivo (y = 1)
Total
Negativa (x = 0) 82 (81,2%)
19 (18,8%)
101
Pos
Total
83 25 108
itiva (x = 1) 1 (14,3%) 6 (85,7%) 7
OR = 18 188,0)0/1(
0
=
=
== xypp
806,0
188,018)188,01(
188,018
)1(
)1/1(
00
0
1
=
×+
×
=
×+
×
====
pORp
pOR
xypp
Regressão tendo como resposta baciloscopia e covariável número de lesões
Case Processing Summary
108 93,9
7 6,1
115 100,0
0 ,0
115 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
negativo
positivo
Internal Value
Iteration History
a,b,c
51,843 -2,669
-2 Log
likelihood
Constant
Coefficients
Constant is included in the model.
a.
Initial -2 Log Likelihood: 51,843
b.
Estimation terminated at iteration number 5 because
parameter estimates changed by less than ,001.
c.
126
Model Summary
45,795
a
,054 ,143
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number 6 because
parameter estimates changed by less than ,001.
a.
Variables in the Equation
2,034 ,813 6,253 1 ,012 7,644
-3,356 ,587 32,644 1 ,000 ,035
n_les_5
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald df Sig. Exp(B)
Variable(s) entered on step 1: n_les_5.
a.
Cálculo da correlação
116,0
795,45
843,51
11R
0
22
=
===
L
L
p
ρ
Cálculo do poder
))1()1(
))1(2())(1)(2(
1100
21
2
01
2
1
pppp
ppzppn
z
+
=
α
θ
ρ
))806,01(806,0)188,01(188,0
))497,01(497,02645,1()188,0806,0()116,01(54
2
1
×+×
×××××
=
θ
z
597,5
1
=
θ
z
θ= 0,999
127
I.2 AMOSTRA DE CONTATOS
Distribuiç e ML Flow pela classificação do caso-ão amostral do resultado de test
índice
ML Flow Classificação do
caso-índice
Negativo (y = 0) Positivo (y = 1)
Total
PB (x = 0) 241 (88,0%)
33 (12,0%)
274
MB (x = 1) 569 (77,4%) 166 (22,6%) 735
Total
810 199 1009
OR = 2,3 120,0)0/1(
0
=
=
== xypp
239,0
12,03,2)12,01()1(
)1
00
0
=
×+
×
=
pORp
pOR
12,03,2
/1(
1
=
×+
×
===
xyp
egressão tendo como resposta classificação do caso-índice e covariável serviço de
aúde e idade
p
R
s
Case Processing Summary
1009 99,8
2 ,2
1011 100,0
0 ,0
1011 100,0
Unweighted Cases
a
Included in Analysis
Missing Cases
Total
Selected Cases
Unselected Cases
Total
N Percent
If weight is in effect, see classification table for the total
number of cases.
a.
Dependent Variable Encoding
0
1
Original Value
paucibacilar
multibacilar
Internal Value
Categorical Variables Codings
446 1,000 ,000
336 ,000 1,000
227 ,000 ,000
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Tipo de serviço
de saúde
Frequency (1) (2)
Parameter coding
128
Iteration History
a,b,c
1180,127 ,987
-2 Log
likelihood
Constant
Coefficients
Constant is included in the model.
a.
Initial -2 Log Likelihood: 1180,127
b.
Estimation terminated at iteration number 4 because
parameter estimates changed by less than ,001.
c.
Model Summary
1127,036
a
,051 ,074
Step
1
-2 Log
likelihood
Cox & Snell
R Square
Nagelkerke
R Square
Estimation terminated at iteration number 5 because
parameter estimates changed by less than ,001.
a.
Variables in the Equation
,019
,016 1,497
1 ,221
1,020
44,930
2 ,000
-,991
,232 18,291 1 ,000
,371
-1,538
,234 43,183 1
,000
,215
1,810 ,257
49,661 1 ,000 6,112
idade
tipo_serv
tipo_serv(1)
tipo_serv(2)
Constant
Step
1
a
B S.E. Wald
df
Sig. Exp(B)
Variable(s) entered on step 1: idade, tipo_serv.
a.
álculo da correlação C
045,0
036,1127
127,180
11R
0
22
=
===
L
L
p
ρ
álculo do poder C
))1()1(
))1(2())(1)(2(
1100
21
2
01
2
1
pppp
ppzppn
+
=
α
θ
ρ
z
))239,01(239,0)120,01(120,0
))180,01(180,02645,1()120,0239,0()045,01(504
2
1
×+×
×××××
=
θ
z
= 0,999
223,3
1
=
θ
z
θ
129
A
ANÁ CIA
Classificação de tratamento * Fluxo Lateral
PÊNDICE J
LISE DE CONCORDÂN
Classificação * Fluxo lateral
80 0 80
100,0% ,0% 100,0%
10 25 35
28,6% 71,4% 100,0%
90 25 115
78,3% 21,7% 100,0%
paucibacilar
multibacilar
Classificação
Total
negativo positivo
Fluxo lateral
Total
Symmetric Measures
,777 ,066 8,545 ,000
Kappa
Value
Asymp.
Std. Error
a
Approx. T
b
Approx. Sig.
Not assuming the null hypothesis.
a.
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesis.
b.
130
feminino 10
exame de
contato
1 4 1 dimorfa
referência
regional
maculino 14
exame de
contato
5 6 0 dimorfa
referência
regional
maculino 16
exame de
contato
1 4 0 dimorfa
referência
regional
maculino 15
demanda
espontânea
3 1 0 dimorfa
centro de
saúde
feminino 2 outros 2 0 0 dimorfa
referência
regional
feminino 16
demanda
espontânea
6 4 0 dimorfa
centro de
saúde
feminino 17 outros 1 0 0 dimorfa
referência
estadual
maculino 12
demanda
espontânea
6 1 0 dimorfa
centro de
saúde
feminino 15 outros 6 2 1 dimorfa
centro de
saúde
9 9 9 9 9 9 9 9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
NTotal
Sexo Idade
Modo de
detecção
Nº de lesões
Nº nervos
acometidos
Grau de
incapacidade
Classificação
de Madri
Tipo de
serviço de
saúde
A
PESQUISA
S OS PACIENTES QUE NÃO SEGUIRAM O PROTOCOLO
.2 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS
PÊNDICE L
ANÁLISE DOS PACIENTES QUE NÃO SEGUIRAM O PROTOCOLO DA
L.1 LISTAGEM DE TODO
L
Seguiu o protocolo?
9
7,8
106 92,2
115 100,0
não
sim
Total
n %
Sexo
5 55,6
4 44,4
9
100,0
feminino
maculino
Total
n %
131
Modo de detecção
3 33,3
3 33,3
3 33,3
9 100,0
exame de contato
demanda espontânea
outros
Total
n %
Classificação
9 100,0
multibacilar
n %
Grau de incapacidade
7 77,8
2 22,2
9 100,0
0
1
Total
n %
Fluxo lateral
9 100,0
negativo
n %
Baciloscopia
9 100,0
negativo
n %
C sificaçlas ão de Madri
9 100,0
dimorfa
n %
Tipo de serviço de saúde
4 44,4
4 44,4
1 11,1
9 100,0
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Total
n %
132
Número de lesões (ponto de corte 5)
6 66,7
3 33,3
9 100,0
5 lesões ou menos
6 lesões ou mais
Total
n %
Nº nervos codificado
4 44,4
5 55,6
9 100,0
Até 1
Mais de 1
Total
n %
Idade
9
13,00
4,664
2
17
N
Média
Desvio-padrão
Mínimo
Máximo
L.3 TESTES DE ASSOCIAÇÃO
Sexo * Seguiu o protocolo?
Crosstab
5
65 70
7,1% 92,9%
100,0%
4
41
45
8,9% 91,1% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Sexo
Count
% within Sexo
Count
% within Sexo
feminino
maculino
Sexo
Total
não
sim
Seguiu o protocolo?
Total
133
Crosstab
3 23 26
11,5% 88,5% 100,0%
3 34 37
8,1% 91,9% 100,0%
3 49 52
5,8% 94,2% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Modo
de detecção
Count
% within Modo
de detecção
Count
% within Modo
de detecção
Count
% within Modo
de detecção
exame de contato
demanda espontânea
outros
Modo de
detecção
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
,116
b
1 ,734 1,000 ,497
,000 1 1,000
,114 1 ,735 1,000 ,497
,735 ,497
,115
c
1 ,735 1,000 ,497 ,256
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,52.
b.
The standardized statistic is -,339.
c.
Modo de detecção * Seguiu o protocolo?
Chi-Square Tests
,806
a
2 ,668 ,689
,776 2 ,679 ,689
1,021 ,548
,789
b
1 ,374 ,391 ,250 ,113
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 2,03.
a.
The standardized statistic is ,888.
b.
134
Crosstab
7 100 107
6,5% 93,5% 100,0%
2 4 6
33,3% 66,7% 100,0%
0 2 2
,0% 100,0% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Grau de
incapacidade
Count
% within Grau de
incapacidade
Count
% within Grau de
incapacidade
Count
% within Grau de
incapacidade
0
1
2
Grau de
incapacidade
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Classificação de tratamento * Seguiu o protocolo?
Crosstab
0 80 80
,0% 100,0% 100,0%
9 26 35
25,7% 74,3% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Classificação
Count
% within Classificação
Count
% within Classificação
paucibacilar
multibacilar
Classificação
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
22,318
b
1 ,000 ,000 ,000
18,896 1 ,000
23,232 1 ,000 ,000 ,000
,000 ,000
22,124
c
1 ,000 ,000 ,000 ,000
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 2,74.
b.
The standardized statistic is -4,704.
c.
Grau de incapacidade * Seguiu o protocolo?
135
Chi-Square Tests
5,826
a
2 ,054 ,119
3,788 2 ,150 ,075
4,948 ,119
1,551
b
1 ,213 ,212 ,212 ,148
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,16.
a.
The standardized statistic is -1,245.
b.
Fluxo Lateral * Seguiu o protocolo?
Crosstab
9 81 90
10,0% 90,0% 100,0%
0 25 25
,0% 100,0%
100,0%
9 106
115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Fluxo lateral
Count
% within Fluxo lateral
Count
% within Fluxo lateral
negativo
positivo
Fluxo lateral
Total
não
sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
2,712
b
1 ,100 ,202 ,100
1,503 1 ,220
4,620
1 ,032 ,123 ,100
,202 ,100
2,689
c
1 ,101 ,202
,100 ,100
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,96.
b.
The standardized statistic is 1,640.
c.
136
Baciloscopia * Seguiu o protocolo?
Crosstab
9 92 101
8,9% 91,1% 100,0%
0 7 7
,0% 100,0% 100,0%
9 99 108
8,3% 91,7% 100,0%
Count
% within Baciloscopia
Count
% within Baciloscopia
Count
% within Baciloscopia
negativo
positivo
Baciloscopia
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
,680
b
1 ,409 ,638 ,534
,014 1 ,906
1,261 1 ,261 ,638 ,534
1,000 ,534
,674
c
1 ,412 ,638 ,534 ,534
108
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,58.
b.
The standardized statistic is ,821.
c.
Classificação de Madri * Seguiu o protocolo?
Crosstab
0 40 40
,0% 100,0% 100,0%
0 40 40
,0% 100,0% 100,0%
9 21 30
30,0% 70,0% 100,0%
0 5 5
,0% 100,0% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
Count
% within Classificação
de Madri
indeterminada
tuberculóide
dimorfa
virchowiana
Classificação
de Madri
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
137
Chi-Square Tests
27,665
a
3 ,000 ,000
26,483 3 ,000 ,000
20,941 ,000
12,368
b
1 ,000 ,001 ,000 ,000
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
5 cells (62,5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,39.
a.
The standardized statistic is -3,517.
b.
Tipo de serviço de saúde * Seguiu o protocolo?
Crosstab
4 47 51
7,8% 92,2% 100,0%
4 52 56
7,1% 92,9% 100,0%
1 7 8
12,5% 87,5% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
Count
% within Tipo de
serviço de saúde
centro de saúde
referência regional
referência estadual
Tipo de serviço
de saúde
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
,279
a
2 ,870 1,000
,245 2 ,885 1,000
,810 ,742
,043
b
1 ,836 1,000 ,522 ,215
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,63.
a.
The standardized statistic is -,207.
b.
138
Número de lesões (ponto de corte 5) * Seguiu o protocolo?
Crosstab
6 89 95
6,3% 93,7% 100,0%
3 17 20
15,0% 85,0% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Número de
lesões (ponto de corte 5)
Count
% within Número de
lesões (ponto de corte 5)
Count
% within Número de
lesões (ponto de corte 5)
5 lesões ou menos
6 lesões ou mais
Número de lesões
(ponto de corte 5)
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
1,727
b
1 ,189 ,356 ,189
,733 1 ,392
1,469 1 ,226 ,356 ,189
,189 ,189
1,712
c
1 ,191 ,356 ,189 ,141
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,57.
b.
The standardized statistic is -1,309.
c.
Número de nervos codificado * Seguiu o protocolo?
Crosstab
4 91 95
4,2% 95,8% 100,0%
5 15 20
25,0% 75,0% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within Nº
nervos codificado
Count
% within Nº
nervos codificado
Count
% within Nº
nervos codificado
Até 1
Mais de 1
Nº nervos codificado
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
139
Chi-Square Tests
9,899
b
1 ,002 ,008 ,008
7,227 1 ,007
7,472 1 ,006 ,008 ,008
,008 ,008
9,813
c
1 ,002 ,008 ,008 ,007
115
Pearson Chi-Square
Continuity Correction
a
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
Computed only for a 2x2 table
a.
1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,57.
b.
The standardized statistic is -3,133.
c.
Índice baciloscópico recodificado * Seguiu o protocolo?
Crosstab
9 92 101
8,9% 91,1% 100,0%
0 3 3
,0% 100,0% 100,0%
0 11 11
,0% 100,0% 100,0%
9 106 115
7,8% 92,2% 100,0%
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
Count
% within ìndice
baciloscópico
recodificado
negativo
< 2
>= 2
ìndice baciloscópico
recodificado
Total
não sim
Seguiu o protocolo?
Total
Chi-Square Tests
1,353
a
2 ,508 ,684
2,440 2 ,295 ,469
,644 ,684
1,266
b
1 ,261 ,509 ,297 ,297
115
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(2-sided)
Exact Sig.
(1-sided)
Point
Probability
3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,23.
a.
The standardized statistic is 1,125.
b.
140
Test Statistics
a
332,000
6003,000
-1,516
,129
Mann-Whitney U
Wilcoxon W
Z
Asymp. Sig. (2-tailed)
Idade
Grouping Variable: Seguiu o protocolo?
a.
Idade * Seguiu o protocolo?
Group Statistics
9 13,00 4,664 1,555
106 11,68 3,504 ,340
Seguiu o protocolo?
não
sim
Idade
N Mean Std. Deviation
Std. Error
Mean
Independent Samples Test
1,057 113 ,293 1,321 1,249
-1,154 3,796
Idade
t df Sig. (2-tailed)
Mean
Difference
Std. Error
Difference
Lower Upper
95% Confidence
Interval of the
Difference
t-test for Equality of Means
Mann-Whitney Test
O teste de Mann-Whitney foi feito para confirmar o teste t, já que se tratava
de uma amostra pequena (n = 9), para a qual não se poderia pressupor
normalidade.
141
ANEXOS
ANEXO A -
FICHA DO PACIENTE .........................................................................
142
ANEXO B -
FICHA DO CONTATO .......................................................................... 143
ANEXO C -
DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DO USO DOS BANCOS DE
DADOS ................................................................................................. 144
ANEXO D -
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................. 145
ANEXO E -
PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA ..................................................... 146
142
ANEXO A
FICHA DO PACIENTE
Fonte: INTRODUÇÃO..., 2002.
Ficha do paciente
Unidade de saúde:
Município:
1- Data do atendimento : 2- Código do paciente/PQT nP
o
P
. ffffffff
3- Nome: fffffffffffffffffffffffffffffffffffff
4- Endereço: fffffffffffffffffffffffffffffffffff
5- Data de nascimento: 6- Idade: 7- Sexo: Masculino Feminino
8- Como foi detectado: (1) exame de contato (2) demanda espontânea (3) outros
9- Classificação: PB MB 10- N°. de lesões cutâneas: 0 1 2 3 4 5 >5
11- NP
o
P
. de nervos acometidos: 12- Grau de incapacidade: 0 1 2
13- Fluxo lateral POS NEG
Não realizado
14- Baciloscopia: POS NEG
Não realizado IB = ___,___
16- Classificação Madri: I T D V
15-Nome e assinatura profissional
responsável:
17- Código Serviço de Saúde: f fff
143
ANEXO B
FICHA DO CONTATO
Fonte: INTRODUÇÃO..., 2002.
SSFicha do Contato
Unidade de saúde: Município:
1- Data do atendimento: 2- Código do contato: ffffff fff
3- Código do caso-índice: ffffff 4- Classificação do caso-índice: PB MB
5- Nome: fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff
6- Endereço: ffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff
7- Data de nascimento: 8- Idade: 9- Sexo: Masculino Feminino
10- Fluxo Lateral: POS NEG 13- Nome e assinatura do profissional responsável:
12- Cicatriz BCG 1 2 nenhuma
14- Código Serviço Saúde: ffffff
144
ANEXO C
DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇAO DO USO DOS BANCOS DE DADOS
145
ANEXO D
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Fonte: INTRODUÇÃO..., 2002.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Informações para pacientes e contatos de pacientes
A hanseníase é uma doença que afeta a pele e os nervos. No inicio os sintomas são
dificilmente notados. Durante o desenvolvimento da doença as lesões de pele são mais aparentes
e nervos podem ser irreversivelmente danificados resultando em graves seqüelas. Quanto maior a
demora para que a doença seja diagnosticada e o tratamento iniciado maior será o dano.
Atualmente a hanseníase tem cura e muitos são os esforços para que ela deixe de ser um
problema de saúde publica no Brasil.
Como parte do esforço para eliminar a hanseníase, estamos introduzindo um teste
simples na unidade de saúde. Este teste indica a presença de anticorpos contra a bactéria que
causa a hanseníase no sangue da pessoa testada. A presença destes anticorpos indica se ela
está ou foi infectada. Se a pessoa não apresenta sinais clínicos da hanseníase o resultado do
teste não significa que ele/ela está doente. Resultado positivo apenas indica que a pessoa corre
um risco maior de desenvolver a hanseníase. Existem dois tipos de tratamento: um curto e outro
longo. Se a pessoa apresenta sintomas da hanseníase e o resultado do teste é positivo ele/ela
deve receber o tratamento longo porque o número de bactéria presente no seu organismo é
elevado.
Pacientes hansenianos ou contato de pacientes hansenianos podem ser testados se
eles permitem que coleta de sangue seja realizada. Esta coleta é muito simples: apenas uma gota
de sangue é obtida através de uma picada na ponta do dedo. Todo material utilizado é estéril e
descartável. No caso do paciente hanseniano/contato de paciente hanseniano não desejar ser
testado isto não resultará em qualquer perda na qualidade do atendimento recebido. Todas as
informações obtidas serão mantidas em sigilo.
Declaração do responsável
Declaro ter explicado para o Sr/Sra. _______________________________________ as
razões da implementação do teste como descrito acima.
Local/Data Assinatura do profissional de saúde responsável
_______________________ _________________________________________
Termo de Consentimento
Declaro ter entendido as explicações dadas pelo _______________________
_________________________ (nome do profissional de saúde responsável). Eu concordo
livremente em participar desta pesquisa e que meu sangue seja testado para a presença de
anticorpos contra a bactéria que causa hanseníase. Estou ciente que a qualquer momento posso
desistir de realizar o teste sem prejuízo do atendimento médico. Em caso de dúvida poderei
procurar o profissional de saúde, _________________________________ ou o Comitê de Ética e
Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte.
_____________ ____________________________________________________
Local/Data Assinatura do paciente/contato (menores: pais ou responsáveis)
146
ANEXO E
PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo