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DNA – DNA hybridization. Querido et al. (2004), em indivíduos com periodontite
crônica, observaram 33,4% dos sítios periodontais positivos para P. gingivalis e
26,0% para T. forsythensis, 30 dias após o término da terapia periodontal mecânica.
Beikler et al. (2004), utilizando a técnica de PCR, avaliaram inicialmente, em 6
semanas, 3 e 6 meses as alterações microbiológicas associadas à terapia
periodontal mecânica. Ao longo do período experimental P. gingivalis exibiu redução
transitória e T. forsythensis aumento transitório, enquanto T. denticola manteve-se
praticamente inalterado, na área subgengival. Adicionalmente, Quirynen et al. (2005)
concluíram que, mesmo o ambiente supragengival sendo a única fonte de
colonização microbiana, uma complexa microbiota subgengival pode estar
reestabelecida em 1 semana.
Por esta análise preliminar, o teste BANA pareceu acompanhar os dados do
Checkerboard DNA – DNA hybridization, apresentando apenas oscilações
compatíveis com as variações microbiológicas. Mas, a análise isolada das três
espécies bacterianas, bem como a análise do próprio “complexo vermelho”, parece
não confirmar esta suposta concordância de resultados.
No Teste BANA, a presença de 10
4
células de T. denticola, P. gingivalis e/ou
T. forsythensis tende a resultar em atividade enzimática suficiente para gerar uma
coloração azul no cartão após 15 minutos de incubação a 55
o
C. Porém, por resultar
da ação da enzima arginina hidrolase, a reação BANA positiva independe da
ocorrência subgengival de apenas uma ou mais espécies bacterianas. Nos
resultados aqui obtidos, no exame inicial (T0), a ausência de atividade enzimática
não foi acompanhada de ausência bacteriana. Pelo contrário, o escore 0 do BANA
teve como valores mais freqüentemente associados (Wilcoxon, p< 0,05) os escores
2 do Checkerboard DNA-DNA hybridization, para as 3 bactérias (Quadro 4).
Adicionalmente, não está claro na literatura se P. gingivalis, T. denticola e T.
forsythensis contribuem, de modo mais, ou menos significativo, para a positividade
da reação BANA. Entretanto, sabe-se que há variação na expressão gênica,
relacionada à produção enzimática dentro de cada espécie bacteriana e, que esta
variação apresenta relação com a virulência bacteriana (Lamont & Jenkinson, 2000;
Fenno et al., 2001; Sela 2001; Ally et al., 2003; Lee & Fenno, 2004). Diferentes
genótipos de P. gingivalis, além de influenciar a atividade proteolítica, parecem,
também, influenciar a coexistência com outras espécies bacterianas incluindo T.
forsythensis (Miura et al., 2005). Além disso, a análise de seqüências ribossômicas