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E o que seria então a gestão do conhecimento? Sveiby entende que a gestão do
conhecimento é a “arte de criar valor a partir da alavancagem dos artigos intangíveis de uma
organização”. Desenvolvendo esse raciocínio, este autor considera que os ativos intangíveis
são representados pelos seguintes elementos: estrutura externa (relacionamentos com os
clientes, parceiros e fornecedores, bem como a imagem da organização no mercado. Neste
caso, tais ativos dependem dos relacionamentos a serem mantidos com indivíduos presentes
externamente à organização), estrutura interna (patentes, conceitos, marcas, manuais,
modelos, sistemas administrativos e computadorizados, banco de dados e de informação, a
“cultura” da empresa, entre outros) e a competência dos empregados (capacidade dos
empregados para agir em uma grande variedade de situações, incluindo sua educação, suas
habilidades, experiências, energias e atitudes). Em síntese, Sveiby, considera que os ativos
intangíveis constituem-se, basicamente, de competências, relacionamentos e informações.
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Apoiado no conceito de gestão do conhecimento de Davenport e Prusak
32
, onde a
Gestão do conhecimento compõe-se de pelo menos três etapas, a geração, a codificação, a
coordenação e a transferência do conhecimento, pode ser vista como uma coleção de
processos que governa a criação, disseminação e utilização do conhecimento para atingir
plenamente os objetivos da organização. Acredita-se sempre que os projetos ou iniciativas de
gestão do conhecimento estão apoiadas numa tríade formada por pessoas, tecnologia e
processos de negócio. Para tratar desse alinhamento, pode-se fazer um paralelo com a
definição dada por esses autores, onde eles dizem que a gestão do conhecimento é uma
"coleção de processos" e citam "atender aos objetivos da organização" pode-se rapidamente
relacionar com os processos de negócio, ou seja, a coleção de processos dita pode ser vista
como uma incorporação de processos de gestão do conhecimento - explicitação, socialização
entre outros - aos processos de negócio das organizações - processo de vendas, processo de
produção, processo de desenvolvimento de sistemas entre outros. Onde os autores falam
"criação, disseminação e utilização de conhecimentos" não falam de mais nada a não ser das
pessoas, pois conhecimento está nas pessoas, é criado pelas pessoas, é utilizado pelas pessoas,
então fica confortável fazer essa relação.
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31
Gattoni, Roberto L. C, op cit.
32
Davenport, Thomas H; Prusak,L, op. cit.
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Adapatação do artigo “Os três pilares da gestão do conhecimento”, escrito por Lima, Eduardo J. L.. Disponível
em http://www.kmol.online.pt/artigos. Acesso em: 20/07/2006.