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principalmente bovinos, caprinos, ovinos, suínos e outros incluindo silvestres. Eventualmente,
os seres humanos podem ser infestados com larvas desta mosca.
As fêmeas de C. hominivorax depositam massas de 10 a 393 ovos que aderem firmemente nos
tecidos secos ao redor das lesões, enquanto se alimentam dos exsudatos (JAMES, 1947).
Segundo Babilonia e Maki (1991), em laboratório, a ovoposição ocorre à 29,4
o
C e 78% de
umidade relativa. Doze a 24 horas, pós-postura, as larvas eclodem, dependendo da
temperatura (JAMES, 1947; BUSHLAND; HOPKINS, 1951). Em laboratório, o período de
incubação dos ovos oscila entre 12 e 14 horas à 26,6
o
C de acordo com Smith (1960).
Após a eclosão, as larvas penetram na pele, mantendo a região posterior voltada para o meio
exterior para permitir a respiração pelos espiráculos ali exixtentes. Elas são gregárias e
produzem formações em bolsas, nos tecidos invadidos, consumindo tecido muscular, vasos,
nervos e tecido conjuntivo (JAMES, 1947).
O desenvolvimento completo da larva dentro do hospedeiro varia de cinco a nove dias,
quando então ela sai para desenvolver a fase de pupa, no solo (BAUMHOVER et al., 1965
apud OLIVEIRA, 1979). Babilonia e Maki (1991) observaram melhor desenvolvimento de
larvas, em laboratório, em temperaturas entre 36.7 e 37,8
o
C, com umidade relativa a 65%.
No entanto, Smith (1960) obteve melhores índices entre 36,6 e 38.8
o
C, com umidade relativa
entre 85 e 90%. Oliveira (1980) observou que a maioria das larvas completava o seu
desenvolvimento em quatro dias à temperatura de 35
o
C e 85 e 90% de umidade relativa do
ar, no laboratório.
O estádio de pupa se estende por seis a oito dias à 26,6
o
C com umidade relativa variando
entre 70 e 80% (SMITH, 1960), mas esse período aumenta em temperaturas entre 12,3 e 17,4
o
C e 55 e 80% de umidade relativa do ar (OLIVEIRA, 1978).
Quando da emergência, os adultos copulam após três a quatro dias e aos seis, as fêmeas já
podem realizar a primeira postura (LAOKE et al., 1936 apud CRYSTAL, 1967a).
Machos e fêmeas adultas têm hábito diurno e podem voar mais de quarenta quilômetros de
distância, sobreviver, em média, quatro semanas, sob temperatura de 25
o
C e cerca de 70% de
umidade relativa do ar (LEITE, 2004). No laboratório, podem viver por 65 dias, embora no
meio ambiente não devam atingir tal longevidade (JAMES, 1947). Quando adultos de ambos
os sexos são mantidos em uma mesma população, as fêmeas vivem em média 17,6 dias e os
machos, 18,2; em colônias, com separação dos sexos, as fêmeas vivem 28,5 e os machos,