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requerido. Leonard Jr et al., em 2001, e Caballero, Navarro e Lorenzo, em 2006, relataram
que o clareamento com peróxido de carbamida a 10% mostrou-se eficaz e seguro, com
mínimos efeitos colaterais. Estes achados concordam com o presente estudo uma vez que a
sensibilidade e a irritação gengival foram insignificantes ao final do tratamento, não diferindo
estatisticamente dos valores iniciais (tabela 2).
O peróxido de hidrogênio a 35% foi utilizado neste estudo porque, dentre os
agentes clareadores indicados para o uso em consultório, tem sido o mais pesquisado em
estudos clínicos.
2,3,14,28
Nesta pesquisa tal agente demonstrou resultados satisfatórios em
relação à mudança de cor, proporcionando uma diferença de 7,80 níveis de cor na escala Vita
Classic com 3 semanas de tratamento (tabela 4). Al Shethri et al., em 2003, encontraram
resultados satisfatórios do peróxido de hidrogênio a 35% em relação à mudança de cor e
mínima sensibilidade e irritação gengival, concordando com os presentes achados (tabela 4).
Franchi et al, em 2007, colocam que houve sensibilidade dental com o clareamento com
peróxido de hidrogênio a 35% mas que esta diminuiu após 24 horas. Neste estudo a avaliação
final foi feita 24 horas após o tratamento, para uma perfeita mensuração da cor a fim de
aguardar a reidratação do dente, e, provavelmente, por esta razão, valores mínimos de
sensibilidade foram observados.
Tredwin et al., em 2006, em uma revisão bibliográfica,
colocam que a sensibilidade dental é um efeito colateral do clareamento com peróxido de
hidrogênio a 35%. Os autores aconselham sempre a utilização de barreira gengival durante o
procedimento, que foi usada neste estudo, e desaconselham este tratamento em pacientes que
apresentem doenças ou lesões nos tecidos moles, que foi um dos critérios de exclusão do
desta pesquisa. Matis et al., em 2007, concluíram que clareamentos em consultório
apresentam resultados mais rapidamente quando comparados aos clareamentos caseiros. No
presente estudo, alguns pacientes mostraram ótimos resultados com apenas duas aplicações do
agente clareador. Auschill et al., em 2005, compararam um peróxido de hidrogênio a 5,3%,
um peróxido de carbamida a 10% e um peróxido de hidrogênio a 35% com o objetivo de
avaliar qual chegaria a uma mudança de 6 níveis na escala de cor Vita mais rapidamente.
Como tem se mostrado uma tendência, o peróxido de hidrogênio a 35% apresentou resultados
satisfatórios mais rapidamente, chegando a esta mudança com 3 aplicações. Nesta avaliação, o
grupo 3 apresentou uma mudança de 7,80 níveis com 3 aplicações (tabela 4).
Como não houve diferença estatística significante entre o grupo 1 e 3, no que
diz respeito à mudança de cor, pode-se dizer, a partir dos resultados desta pesquisa, que o uso
do laser de Nd:YAG associado ao peróxido de hidrogênio a 35% foi efetivo (tabela 5). As
duas técnicas de clareamento testadas (caseiro e de consultório com laser de Nd:YAG) são