Importante contribuição partiu da Universidade do Estado do Rio de Janeiro –
UERJ que, em função da licença por um ano de minhas atividades docentes, permitiu a
possibilidade de aumentar a solidão, quero dizer, a tranqüilidade para desenvolver
leituras e pesquisas, e elaborar o texto final do trabalho. Um agradecimento especial
quero deixar registrado para María del Carmen Fernández Corrales, do DCARH-SR2,
pela sempre cordial atenção. Aproveito e faço o mesmo para os meus colegas da
Faculdade de Formação de Professores de todos os departamentos e, especialmente, ao
de Ciências Humanas, que apoiaram meu pedido de licenciamento. Como são muitos
deixo o registro geral a todos.
Também devo agradecimentos aos professores do Departamento de História da
Universidade Federal Fluminense, que participaram de minha formação acadêmica.
Registro especialmente as professoras doutoras Maria de Fátima Gouvêa e Fernanda
Bicalho, que no curso Pacto e Soberania no Império Português, ministrado quando
fazia os créditos do doutoramento, abriram uma perspectiva que colaborou
significativamente para o desenvolvimento do trabalho.
Subsídio fundamental foi dado pelas professoras doutoras Lana Lage e Maria
Regina Celestino de Almeida no momento do exame de qualificação da tese do
doutorado. As observações atentas e sugestões de encaminhamento tanto do texto
apresentado quanto da pesquisa ainda por ser desenvolvida foram preciosas.
Meu orientador, professor doutor Ronaldo Vainfas, teve uma enorme
importância para o desenvolvimento desse trabalho, e sua colaboração foi inestimável.
Primeiro porque me encorajou a iniciar um estudo sobre o Oriente, especialmente sobre
a Inquisição de Goa, confiando que eu poderia desempenhar tal tarefa, que muitas vezes
eu mesma duvidei sinceramente de que seria capaz de fazer. Além disso, foi sempre um
leitor atento, indicando-me soluções mais corajosas para os problemas que eu esboçava,
realçando perspectivas que eu apenas enunciava, exortando-me a investigar redes de
intrigas que envolveram até assassinato.
Em Lisboa tive a oportunidade de ser orientada pelo professor doutor António
Dias Farinha, que me acolheu de forma muito atenciosa e promoveu, talvez sem o saber,
a minha salvação, pois sem o delicado convite para participar das aulas do curso de
mestrado em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa da Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa eu não teria a oportunidade de fazer tão bons amigos,
sem os quais, creio, não teria forças para enfrentar a saudade que sentia. A atenção
carinhosa de Zélia Sampaio, Maria da Luz Brás Lopes Sobral, João Caldeira, José
Viegas, Ana Sofia Veran, Ricardo, Benvinda, Clara Filipe, Conceição Pequito, Maria
Helena de Brito, Maria Manuel Marques, Bruno Neves e Carla Delgado de Piedade não
só amparou-me como foi uma oportunidade ímpar de conhecer a cultura portuguesa da
qual herdamos tantas coisas, mas da qual tantas outras esquecemos. Um agradecimento
especial devo à Carla que, com um raro dom na arte da maiêutica, elaborou duas ou três
perguntas que me deram norte quando eu estava à deriva no mar de documentos e
leituras no qual me perdi diversas vezes, revelando rotas que antes estavam enubladas.
Também pude assistir às aulas muito estimulantes dos professores doutores João Cosme
e Maria Benedita Araújo, e as impressionantes demonstrações de poder analítico de
Maria Leonor García da Cruz.
Ainda em solo português tive a oportunidade de conhecer José Carlos Ferreira,
sua esposa Ginita, seu filho Miguel, seu irmão Pedro e sua mãe, D. Eulália Fernandes,
que me abrigou em sua casa, e que, graças ao seu grande carinho, também foi
responsável por manter-me tranqüila nas horas difíceis em que a saudade apertava.