Amazônia e estão representadas por oito famílias: Sciuridae, Cricetidae, Erethizontidae,
Dinomyidae, Hydrochaeridae, Dasyproctidae, Agoutidae e Echimyidae com cerca de 25
gêneros e 70 espécies (da Silva et al., 2001; Wilson & Reeder, 2005).
Dentre todos os mamíferos, pode-se dizer que a ordem Rodentia representa um dos
táxons de maior diversificação. Esta ordem possui cerca de 40% das espécies existentes de
mamíferos, apresentando cerca de 2.000 espécies distribuídas em todos os continentes,
exceto na Antártica (Myers, 2000). Na região Neotropical, 60% das novas espécies
descritas de mamíferos pertencem a esta ordem (Patterson, 2000).
Especificamente entre os roedores histricognatos, a família Echimyidae representa a
família mais numerosa com 20 gêneros e 78 espécies, sendo que 20 destas podem ser
encontradas na Amazônia (Voss & Emmons, 1996; Patton et al., 2000).
No caso do gênero Proechimys, atualmente são reconhecidas 25 espécies e as
relações filogenéticas entre as mesmas ainda permanecem incertas, principalmente nos seus
níveis mais basais (Patton & Reig, 1989; da Silva, 1998; Patton et al., 2000; Wilson &
Reeder, 2005). Um dos principais trabalhos abordando a taxonomia do gênero Proechimys
foi realizado por Patton (1987) que, por meio de estudos morfológicos, pôde agrupar 59
nomes dos nomes existentes na literatura em nove grupos de espécie: guyannensis, goeldii,
longicaudatus, simonsi, cuvieri, trinitatus, semispinosus, canicollis e decumanus. Ainda
assim o reconhecimento das espécies pela morfologia carece de amostragens geográficas
abrangentes, mas mostra-se útil para diferenciar espécies simpátricas (Patton & Gardner,
1972; Gardner & Emmons, 1982).
1.3 Citogenética
Os dados citogenéticos têm sido úteis para o delineamento taxonômico de espécies
de pequenos mamíferos e amplamente utilizados em estudos mais recentes, como pode ser
observado nos trabalhos de da Silva (1998), Musser et al. (1998), Bonvicino & Weksler
(1998), Patton et al. (2000), Weksler et al. (2001), Oliveira & Bonvicino (2002), Bonvicino
et al. (2003a; b), entre outros.
A citogenética como ferramenta torna-se particularmente útil no estudo dos
roedores, devido ao fato deste grupo apresentar convergências e homoplasias morfológicas,
que geram inúmeras controvérsias taxonômicas (Bonvicino et al., 2005).
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