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alinhamento da cabeça e pescoço, deixando a cabeça em posição bem equilibrada e mantida com o mínimo esforço muscular.
Considera, também, que o tórax e a coluna superior permanecem em posição que favorece a função ideal dos órgãos
respiratórios.
Tanaka e Farah (1997) afirmaram que a postura é o arranjo que os
seguimentos do corpo mantém entre si em determinada posição, a fim de
proporcionar conforto, harmonia, economia e sustentação durante o
movimento. Referiram que a coluna cervical é composta por dois seguimentos:
o superior (C1 e C2) e o inferior (C3 à C7) que, do ponto de vista funcional,
esta divisão permite distinguir os movimentos da cabeça e do pescoço.
Assim sendo, os movimentos do pescoço são basicamente compostos
por flexão, extensão, rotação lateral direita e esquerda e inclinação lateral
direita e esquerda. A combinação destes movimentos proporciona à cabeça e
ao pescoço vários outros movimentos, permitindo ampla mobilidade. Dos
movimentos de flexão e extensão, aproximadamente metade destes realiza-se
entre a região occipito e C1, enquanto a outra metade distribui-se por outras
vértebras cervicais. Já, metade dos movimentos de rotação ocorrem entre C1 e
C2 e, a outra metade, distribui-se por meio das outras vértebras cervicais.
Quanto ao movimento de inclinação lateral, este não é um movimento puro,
mas a conjunção de funções de todas as vértebras cervicais e de elementos de
rotação (Hoppenfeld 1999).
Bricot (1999) considera que o sistema postural é um ”todo estruturado”,
com entradas múltiplas, tendo muitas funções complementares como: lutar
contra a gravidade e manter a postura ereta, opor-se a forças externas, situar-
nos no espaço/tempo estruturado que nos envolve, guiar e reforçar o
movimento, além de equilibrar-nos durante o mesmo. De acordo com esse
autor, alguns aspectos relacionados ao equilíbrio são indispensáveis para uma
boa função. Assim, para a harmonia craniofacial é necessário que haja simetria
do plano frontal, das três regiões da face, das linhas bipupilares e da linha
entre os tragus, além de fenda labial paralela e horizontal. Já, na visão de
perfil, as três regiões faciais devem estar harmoniosas, sem recuos ou
projeções. Articulações equilibradas e simétricas nos três planos do espaço
são necessárias, além dos músculos apresentarem tensões similares
bilateralmente e não haver falta de elementos dentários ou contato prematuro.