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a) respostas físicas, através das qualidades sedativas ou
estimulantes, que afetam respostas fisiológicas como pressão
arterial, freqüência cardíaca, respiração, dilatação pupilar,
tolerância à dor, dentre outras;
b) respostas emocionais que estão associadas às respostas
fisiológicas, como alterações nos estados de ânimo, nos afetos;
c) integração social, ao promover oportunidades para
experiências comuns, que são a base para os relacionamentos;
d) comunicação, principalmente para idosos que têm problemas
de comunicação verbal e pela música conseguem interagir
significativamente com os outros;
e) expressão emocional, pois utiliza a comunicação não-verbal,
facilitando a expressão de emoções também por idosos que
possuam falta de habilidades verbais;
f) afastamento da inatividade, do desconforto e da rotina
cotidiana, mediante do uso do tempo com atividades envolvendo
música, melhorando a qualidade de vida dos idosos; e
g) associações extra-musicais, com outras épocas, pessoas,
lugares, evocando emoções ou outras informações sensoriais que
estão guardadas na memória.(MIRANDA ; GODELI, 2003)
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Um exemplo que bem ilustra as conquistas acima vem da Associação
Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), localizada no Rio de Janeiro, que
realiza 750 atendimentos mensais. Em uma entrevista concedida em 2007, ao
jornal O Dia, o aposentado Wagner Gaspar Toneloto, 55 anos, contou como as
sessões de musicoterapia das quais participa na ABBR o ajudaram na
recuperação de um derrame cerebral.
Quando você sofre um derrame, precisa reaprender a fazer
praticamente tudo. Se me tornei mais confiante e equilibrado, só
tenho a agradecer à musicoterapia. E, quando falo em equilíbrio,
me refiro ao sentido literal da palavra. Até pouco tempo atrás, não
conseguia tomar banho ou me barbear sozinho. Hoje, já tenho até
vontade de dançar quando ouço “Carinhoso” ou “A Volta do
Boêmio.
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Disponível em: www.usp.br/eef/rpef/v16n12002/v16n1p86.pdf. Acesso em: 15 fev.2008.
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Citação retirada da reportagem “Ouvir música faz bem à saúde, apontam médicos”, publicada no jornal O
Dia. 02 jan.2007.