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Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
Cegueira Inobservada, Surdez não Percebida e Morte e
Incapacidade não Registradas: Rubéola Congênita em Kumasi,
Gana
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Joy E. Lawn, BmedSci, BM, BS, MRCP (Paeds), Susan Reef, MD, Benjamin Baffoe-Bonnie,
MD, Sidney Adadevoh, MD, E. Owen Caul, PhD, FIBMS, FRCath, e George E. Griffin, PhD,
FRCP.
SUMÁRIO
Objetivos. Embora a suscetibilidade sorológica para rubéola entre mulheres em idade
reprodutiva na África Ocidental varie de 10% a 30%, a síndrome da rubéola congênita não
tem sido notificada. Em Gana, a imunização contra rubéola e teste sorológico não estão
disponíveis. Nossos objetivos foram identificar os casos de síndrome da rubéola congênita,
averiguar a soroprevalência de anticorpo para rubéola durante a gravidez e recomendar
estratégias para a vigilância da síndrome da rubéola congênita.
Métodos. Os casos de síndrome da rubéola congênita foram identificados através de
vigilância prospectiva e inquéritos retrospectivos dos registros hospitalares. Um inquérito
sorológico sobre rubéola em gestantes da zona urbana e rural foi realizado.
Resultados. Dezoito crianças nascidas no período de 5 meses preencheram os requisitos de
definição de caso de síndrome da rubéola congênita, coincidindo com o aumento de 9 vezes
na apresentação de catarata infantil congênita. A taxa de síndrome da rubéola congênita para
esta epidemia de rubéola não registrada foi cautelosamente estimada como 0.8 por 1000
nascidos vivos. Uma taxa de imunidade a rubéola pós epidemia de 92.6% foi documentada
entre 405 mulheres gestantes; a suscetibilidade foi significativamente associada com a idade
mais jovem (P=.000) e a etinicidade (tribos do norte, P=.024).
Conclusões. A síndrome da rubéola congênita ocorre em Gana porém não é notificada. A
informação sobre síndrome da rubéola congênita e rubéola na África do sub Saara é
necessária para avaliar a inclusão da vacina contra rubéola em campanhas propostas para o
controle do sarampo. (Am J. Public Health. 2000;90:1555-1561).
Embora a síndrome da rubéola congênita não tenha sido reconhecida até a metade do século
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os programas de vacinação contra rubéola já tem assegurado que é uma doença rara no
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No período do estudo Joy E. Lawn era, e Benjamin Baffoe-Bonnie é agora, do Departamento de Saúde da Criança, Escola de Ciências
Médicas, Universidade de Ciência e Tecnologia, Kumasi, Gana, África Ocidental. Susan Reef está com as Atividades de Rubéola/Caxumba,
Departamento de Doenças Infantis Evitáveis por Imunizantes, Divisão de Epidemiologia e Vigilância, Programa Nacional de Imunização,
Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Atlanta, Ga. Sidney Adadevoh está no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, Escola de
Ciências Médicas, Universidade de Ciência e Tecnologia, Kumasi, Gana, África Ocidental. E. Owen Caul está no Laboratório de Saúde
Pública, Kingsdown, Bristol, Reino Unido. George E. Griffin está na Divisão de Doenças Infecciosas, Hospital St. George da Escola de
Medicina, Londres, Reino Unido.
Solicitações de reimpressão devem ser enviadas a Joy E. Lawn, B. Med Sci, BM, BS, MRCP (Paeds). Unidade de Colaboração em
Assistência Pré-natal da OMS, Mail-Stop k22, Divisão de Saúde Reprodutiva, NCCDPHP, Centro de Controle e Prevenção de Doenças,
Este artigo foi aceito em 22 de junho de 2000.
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Nota. A aprovação ética foi outorgada pelo Comitê de Pesquisa Humana da Escola de Medicina e Ciências, Publicações e Éticas da
Universidade de Ciência e Tecnologia, Kumasi, Gana (1996).