nível de atividade emocional, o estresse e o gênero eram fatores preditivos para a freqüência, a
intensidade e a duração da cefaléia. Certamente, apresentar uma crise esporádica de dor de
cabeça é comum e facilmente tolerável pela maioria das pessoas, porém quando as crises são
freqüentes tornam-se causa de aflição e incapacidade (LABBÉ e cols.,1997).
A importância dos fatores desencadeantes de crises de migrânea foi analisada em
outros estudos. Por meio de entrevista pessoal, realizada em uma população de 100 pacientes,
Ierusalimschy e cols. identificaram o estresse como principal fator responsável pelo
surgimento de crises de migrânea, seguido por outros fatores como: estímulos sensoriais,
privação do sono, jejum, fatores ambientais, alimentos, menstruação, fadiga, bebidas,
alcoólicas, sono prolongado, cafeína, esforço físico, trauma craniano, viagens, atividade
sexual, medicamentos, movimentos do pescoço, tabagismo e uso de travesseiro baixo.
Concluiram que determinados fatores parecem desempenhar papel de destaque na
precipitação da migrânea (IERUSALIMSCHY e cols., 2002).
Uma pesquisa sobre prevalência e impacto da cefaléia sobre a qualidade de vida de
estudantes universitários da Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil,
foi realizada por Bigal e cols. Foram entrevistados 1022 estudantes, através de dois
questionários, o primeiro destinado ao diagnóstico da migrânea e cefaléia do tipo tensional
episódica, e o segundo composto por testes relacionados à qualidade de vida. Os resultados
demonstraram que 25% dos entrevistados sofriam de migrânea e 32,9% apresentavam cefaléia
do tipo tensional episódica. Foi observado um decréscimo na produtividade do estudo durante
os períodos de dor, principalmente entre os migranosos, com maior número de aulas perdidas
e redução do tempo de estudo em casa (BIGAL e cols., 2001).
Demirkirkan e cols. analisaram a prevalência e o impacto da migrânea entre estudantes
universitários em Afyon na Turquia. Através de um estudo transversal com aplicação de
questionários a 1.029 alunos, detectaram a prevalência de migrânea de 12,4%. O impacto da