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Visão de reforma
administrativa
Insulamento
Não visam aumentar a eficiência
estatal.
A criação de uma burocracia
meritocrática é uma decisão racional
do governante para diminuir a
incerteza em relação à sucessão
eleitoral. É um meio para governar
melhor.
Visão etapista/incrementalista da
reforma, que se consolida ao longo
de vários governos, com diferentes
resultados ,conforme haja baixa ou
alta incerteza.
Por esta interpretação, pode-se inferir
que a estratégia de insular setores da
Administração por meio de uma
burocracia meritocrática pode ser
parte do processo consolidação da
reforma.
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A criação de uma burocracia
meritocrática é um bem coletivo
almejado por todos, mas depende
da conjuntura em que se encontra o
presidente e de sua interação com
o Legislativo. Essa conjuntura
determina o custo da reforma e o
conseqüente interesse dos políticos
em aprová-la.
Rejeita a visão etapista; a reforma
depende de uma conjuntura
específica.
Não considera a meritocracia
gerada pelo insulamento um marco
consistente de reforma, mas uma
prova do seu fracasso.
Dilemas:
• quem
nomear
• custo da
reforma
A nomeação por critérios políticos
dificulta a governança, pois (i) cria
atrito intra-partidário e entre partidos,
(ii) a heterogeneidade dos nomeados
dificulta o controle do governo, (iii)
fere o critério da equidade e do
caráter público do Estado, resultando
na perda de legitimidade.
O problema não é capacidade técnica
dos nomeados políticos, mas sua
heterogeneidade de classe e
interesses.
A reforma não é vista como um custo
político para o governante, mas como
a solução para um problema de
governança.
A nomeação por critérios políticos
ou técnicos gera o dilema de
escolher entre suporte político
imediato e o incremento dos
resultados das políticas públicas no
médio prazo.
O apoio à reforma implica a perda
de recursos políticos vitais para a
participação na competição política.
Fracasso das
reformas na
América Latina
Baixa incerteza + partidos
assentados na patronagem + regime
presidencialista + oposição fraca +
ausência de classes profissionais
pressionando por representação no
governo.
Distribuição desigual da
patronagem entre os maiores
partidos + presidentes com base
de apoio fraca ou indisciplinada +
ausência de pressão popular pela
reforma + oposição fraca (não é
explícita).
Fonte: elaboração própria.
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A tese de que o insulamento de organizações burocráticas indicam uma consolidação do sistema de carreiras
do tipo profissional será adotada na interpretação do caso brasileiro.