Esses mesmos ideais conduziram o soldado brasileiros nos
campos de batalha da Europa e, hoje, o conduzem na luta contra
os que tentam subverter, pela violência, as sagradas conquistas da
democracia perturbando o trabalho construtivo do povo e a
tranqüilidade da família brasileira.
O grande e geral anseio da nação, de trabalhar, desenvolver-
se e tornar-se forte, em regime de liberdade responsável, é,
também o dos soldados de Caxias, como cidadãos pertencentes,
indistintamente, a todas as classes do país.
Nas fileiras do Exército, eles anualmente se renovam e se
preparam para o dever precípuo de resguardar as instituições e a
ordem, dentro da missão maior de manter o Brasil independente e
livre, com que sonhou Tiradentes.
O culto que hoje presta o Exército Brasileiro ao Patrono
Cívico da Nação. Pelo transcurso do 21 de abril, não está apenas
nas cerimônias com que festejamos a data histórica do seu
sacrifício pela pátria, senão nas atividades diárias em que todos os
nossos quartéis preparam e adestram cidadãos, para a mesma e
nobre tarefa de preservar seus destinos, a sua liberdade e a sua
independência, na continuidade dos tempos e o respeito
permanente aos que, a começar por Tiradentes, deram tudo de si, e
até a própria vida, à sagrada causa do Brasil.
Essa é também, como sempre foi, a nossa relevante missão
em todas as conjunturas, por mais que se transfigurem as
situações, as formas de ameaça e os adversários, ostensivos ou
disfarçados. Ela reclama a vigilância indormida e a progressiva
adaptação do Exército à realidade da época e dos fatos.
E é na fidelidade integral a essa missão, permanente e
sagrada, que a nossa Instituição Militar comemora no dia de hoje,
na reverência do seu culto cívico, a memória de Tiradentes, o
Patrono Cívico da Nação.
Gen. Ex. Aurélio de Lyra Tavares
Ministro do Exército.”
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O tema da liberdade, como não poderia deixar de ser, retorna ao centro das
homenagens. Mas, atente-se para maneira com que o Exercito mescla suas ações com a
liberdade pretendida pela conjuração Mineira de 1789:
“Foi essa grande bandeira [Liberdade] que o protomártir da
independência desfraldou e defendeu, até o limite do sacrifício da
vida, e que o Exército Brasileiro, nascido das próprias lutas da
independência, tem sabido sustentar.”
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Ordem do Dia 21 de abril. In: Noticiário do Exército. 21 de abril de 1968.