os adultos que não apresentavam alteração alguma nas fases oral e faríngea da
deglutição. Para aqueles com modificação nesses estágios, no entanto, com
possibilidades de introdução de dieta via oral sem riscos de aspiração, deu -se a
terminologia de deglutição eficiente. Co nseqüentemente, para aqueles que
apresentavam, além das alterações nas fases oral e faríngea da deglutição, riscos
evidentes de aspiração substancial, deu -se a classificação de deglutição ineficiente.
A disfagia leve foi considerada na presença de alteraçã o no esfíncter labial,
incoordenacão da língua e atraso no reflexo da deglutição; a moderada, quando
havia alteração no esfíncter labial, incoordenação da língua, atraso ou ausência do
reflexo da deglutição, redução na elevação da laringe, presença de toss e antes,
durantes ou após a deglutição, alteração na voz e ausculta cervical alterada; e
severa, quando havia atraso ou ausência do reflexo da deglutição, redução na
elevação da laringe, ausência de tosse, presença de tosse durante ou após a
deglutição, alteração da voz e da respiração, ausculta cervical alterada e deglutição
incompleta (Silva, 1997; Silva e Vieira, 1999).
Mann et al. (1999), em estudo com 128 pacientes idosos pós -AVE (média de
71 anos), avaliaram clinicamente, à beira do leito, a deglutiçã o de saliva, bem como
de 5 ml e 20 ml de água e, em alguns casos apropriados, de líquido engrossado,
comparando-se os achados clínicos com a avaliação videofluoroscópica.
Propuseram as possíveis classificações das deglutições em: normal, quando não
havia detecção de anormalidades; possível disfagia, quando havia atraso, distúrbio
ou fraqueza em um ou mais componentes das fases oral, faríngea e laríngea da
deglutição, afetando a composição e transporte do bolo; provável disfagia, na
existência de atraso, dis túrbio ou fraqueza em vários componentes da deglutição
aumentando moderadamente o risco de aspiração; e finalmente, disfagia definida, o
que caracterizava, além da ocorrência dos demais déficits, presença de desconforto
respiratório, engasgo, tosse, voz mo lhada e atraso no tempo de trânsito oral e
faríngeo.
Sitoh et al. (2000) classificaram os graus de dificuldades para a deglutição de
30 ml de água, em 65 idosos hospitalizados (64 -96 anos), de acordo com três
categorias: deglutição normal; dificuldade lev e, ou seja, se o indivíduo apresentasse
somente atraso na deglutição, tendo o trânsito orofaríngeo duração de dois a três
segundos; e dificuldade severa, para os pacientes que apresentassem duas ou mais