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Califórnia, México (Medina-Esparza e Leon-Paul, 1994). Contudo, os outonos de 1991 e
1992 também foram críticos para outras regiões nesse país, quando as perdas causadas por
B. tabaci excederam US$ 33 milhões nas culturas do algodão, melão, melancia e gergelim.
A produção de algodão foi reduzida de 39.415 ha em 1991 para somente 653 ha em 1992.
Os plantios de algodão, na região de Sonora, comparando-se os anos de 1995 e 1996, nesse
último, as perdas atingiram 65 % da produção (Silva-Sanchez, 1997).
O biótipo B também é predominante, tanto como praga quanto vetor, em El
Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e Cuba, somando prejuízos acima de
US$ 100 milhões de dólares em culturas como feijão, melão, pepino e principalmente
tomate. As perdas chegam até 100 % nas pequenas propriedades, ocasionando desemprego
e falência de algumas empresas de pequeno porte (Chang, 2000; Chicas e Cervantes, 2000;
Hilje et al., 2000; Sediles, 2000; Vasquez et al., 2000 e Morales e Anderson, 2001).
Na Colômbia a existência dos biótipos A e B de B. tabaci é um fato muito
problemático. As culturas mais afetadas nas regiões costeiras são algodão, tomate, melão e
berinjela; já, no interior do país, as culturas mais afetadas são tabaco, melão e ornamentais.
A distribuição do biótipo A está relacionada às culturas plantadas nas regiões mais centrais
do país. Os prejuízos ainda são muitos (perdas de 50 % a 80 % da safra) mas, com algumas
medidas preventivas, os produtores conseguem conviver com os problemas causados pela
mosca branca (Gonzáles e López-Ávila, 2000 e Morales e Anderson, 2001).
No Chile, B. tabaci foi encontrada pela primeira vez em 1998, em plantas de alfafa
provenientes dos EUA. Estas plantas logo receberam tratamento e o foco foi erradicado.
Em 1999, foi novamente detectada em viveiros de Hibiscus e Euphorbia no extremo norte
do país, nas áreas rurais e urbanas e também em parques públicos. Desde esse período, a
situação não tem sido fácil para os produtores, principalmente nas zonas mais produtivas,
com os cultivos de tomate, cucurbitáceas, brócolis e alface. Até aquele momento se
desconheciam os biótipos presentes no país (SAG, 1999 e 2000).
O Brasil sentiu os efeitos provocados pela presença do biótipo B de B. tabaci a
partir de 1995. Este inseto tem causado grandes prejuízos nos ecossistemas agrícolas,
semelhantemente aos problemas socioeconômicos provocados pela entrada do bicudo do
algodoeiro, Anthonomus grandis, na região Nordeste, na década de 80. Perdas e danos
diretos e indiretos, associados às reduções quantitativas e qualitativas na produção, além da
redução de empregos no campo, podem exceder vários bilhões de dólares. As principais
culturas atacadas têm sido P. vulgaris, L. esculentum, G. hirsutum, C. melo, C. lunatus,
Cucumis anguria, Cucumis sativa, Capsicum spp., G. max, C. pepo, Brassica oleracea,
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