35
respectivamente. O fato interessante é que essas duas populações, de brasileiros
(Colombo et al., 2002 e o presente estudo) e de chilenos (Lopez et al., 2004),
apresentaram proporções e níveis mais elevados destes patógenos em comparação
com indivíduos norte-americanos (Haffajee et al., 2004), mexicanos (Ximenez-Fyvie
et al., 2006a,b) e suecos (Haffajee et al., 2004). Essas divergências podem ser
devidas a diferenças na microbiota específica de cada uma das populações destas
regiões geográficas, ou podem estar relacionadas ao nível de infecção dos
indivíduos incluídos nos vários estudos.
Outras espécies bacterianas também encontradas em grandes
quantidades, proporções e prevalências na PC em comparação com indivíduos
saudáveis são C. rectus, E. nodatum, P. micros, P. nigrescens, L. buccalis e S. noxia
(Fig. 5). A maioria dessas espécies pode ser considerada como possíveis patógenos
periodontais e têm sido previamente associadas com a etiologia da doença
periodontal (Choi et al., 2000, Darout et al., 2003; Gajardo et al., 2005; Haffajee et
al., 2004; Lopez et al., 2004; Sanz et al., 2000, van Winkelhoff et al., 2005). Muitos
autores (Dibart et al., 1998; Socransky & Haffajee, 2005; Socransky et al., 1998;
Tanner et al., 1998) têm feito referências sobre a participação da S. noxia na
etiologia da periodontite crônica. C. rectus e P. micros foram encontradas em altas
proporções em suecos (Haffajee et al., 2004) e a P. nigrescens, em chilenos (Lopez
et al., 2004), com periodontite crônica. Além disso, recentemente, a E. nodatum foi
associada com periodontite crônica em norte-americanos com baixos níveis e
proporções de P. gengivalis e T. forsythia (Hafajee et al., 2006) Também é
importante enfatizar que as proporções de todas as espécies consideradas
benéficas nos complexos roxo, amarelo e verde e as espécies de Actinomyces
encontraram-se reduzidas no grupo PC em comparação ao grupo S. Esse perfil de
colonização foi descrito também para outras populações (Colombo et al., 2002;
Haffajee et al., 2006; Lopez et al., 2004; Socransky et al., 1998; Ximenez-Fyvie et al.,
200a, b).
As espécies encontradas em altos níveis, proporções e prevalência em
indivíduos com periodontite agressiva generalizada comparados a indivíduos
saudáveis foram A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, T. forsythia, T. denticola,
E. nodatum e P. nigrescens. V. parvula e F. nucleatum ssp. polymorphum também
foram predominantes nas amostras de placa subgengival em indivíduos com doença
agressiva (PA) (Figs. 6 e 10 ). Outro achado interessante foi a baixa detecção de