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CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DE ASFALTITAS CUBA NAS
Zulema Dominguez Sardiñas
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS
PROGRAMAS DE PÓS-GRA DUAÇÃO DE ENGENH ARIA DA UNIVERSIDAD E
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO P ARTE DOS REQUISIT OS NECESSÁRIOS
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA
CIVIL.
Aprovada por:
________________________________________________
Prof. Luiz Landau, D.Sc.
________________________________________________
Profa. Débora de Almeida Azevedo, D.Sc.
________________________________________________
Dr. Eugenio Vaz dos Santos Neto, Ph.D.
________________________________________________
Dr. Luiz Antonio Freitas Trindade, Ph.D.
________________________________________________
Prof. Fernando Pellon Miranda, Ph. D.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
MAIO DE 2008
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ii
SARDIÑAS, ZULEMA DOMÍNGUEZ
Caracterização Geoquímica de Asfaltitas
Cubanas [Rio de Janeiro] 2008
XVIII, 255 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc.,
Engenharia Civil, 2008)
Tese - Universidade Federal do Rio de
Janeiro, COPPE
1. Marcadores Geoquímicos
2. Asfaltitas
3. Hidrocarbonetos Aromáticos
4. Análise Multivariada
I. COPPE/UFRJ II. Título (série)
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iii
As oportunidades aparecem, é sua a escolha certa.
A Mami e Dany com todo meu amor.
iv
- AGRADECIMENTOS -
Gostaria de agradecer a todos aqueles que direta ou indiretamente apoiaram e
incentivaram o desenvolvimento deste trabalho. Dedico agradecimentos especiais:
- Aos meus pais, que desde criancinha me incentivaram a estudar; em especial a meu
pai Carlos que praticamente foi quem me obrigou a vir a estudar ao Brasil após a
morte de minha mãe;
- Ao meu filho Daniel por me apoiar e compreender e às vezes até me aconselhar a
seguir em frente e acreditar no meu trabalho, perdendo quatro longos anos de
convivência;
- A minha sogra Marisol, por dar o passo em frente para cuidar de meu filho, como a
melhor das avós na falta de minha mãe;
- A Francisca pelo apoio nas minhas horas de tristeza, por compartilhar os momentos
ruins e bons e por me incentivar a seguir enfrente a pesar de todas as dificuldades;
-As minhas amigas Dayse, Luz Stella, Alcione e em especialíssimo lugar a Rita, minha
melhor amiga, por ser uma prolongação de mim em Cuba;
-Ao meu grande amigo e orientador, Jarbas V.P. Guzzo. Quem é um exemplo a seguir,
que confiou em mim desde o início e foi desde então como um pai que guiou os meus
passos até aqui: pela orientação, dedicação, compreensão e paciência. Agradeço a
ele a grande contribuição científica e pessoal feita;
- A minha orientadora Débora que providenciou minha vinda ao Brasil e deu-me
libertade de ação em todo momento sem me deixar esquecer a excelência no trabalho;
-Ao meu orientador prof. Dr. Luiz Landau, por proporcionar a todos os seus alunos um
curso altamente qualificado, e principalmente por estar disposto em todo momento a
escutar os problemas e tentar soluciona-los;
- Ao Dr. Luiz Antônio Trindade, gerente da Geoquímica, pela oportunidade de realizar
meu trabalho em um centro de excelência, com infra-estrutura de alta tecnologia e
profissionais sumamente qualificados;
- A todos os funcionários e colegas do CEGEQ; em especial as meninas
superpoderossas (Aninha, Erica e Hellen), por me receber no coletivo e me ajudar no
período de adaptação. Em especial a Aninha por ser de grande ajuda nas análises
estatísticas;
-A Roxane, pela orientação na parte laboratorial e na química orgânica, alem de
oferecer sua amizade incondicional;
- A Joelma, por sua alegria e solidaridade, quando precisei.
- A todos os funcionários e colegas de turma do LAMCE;
v
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.)
CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DE ASFALTITAS CUBA NAS
Zulema Dominguez Sardiñas
Maio/2008
Orientadores: Débora de Almeida Azevedo
Luiz Landau
Programa: Engenharia Civil
Asfaltitas são óleos ricos em asfaltenos, devido à ação dos processos de
biodegradação e oxidação. Podem ser encontradas como exsudações, preenchendo
veios, cavidades e fissuras de rochas na superfície. Este estudo teve como objetivo
caracterizar geoquímicamente trinta e duas amostras de asfaltitas cubanas. Estas
foram analisadas por técnicas cromatográficas como a cromatografia gasosa acoplada
a espectrometria de massas. Parâmetros genéticos moleculares foram obtidos e
comparados para estabelecer correlações óleo-óleo entre as amostras que permitiram
classificá-las em três famílias de óleos cubanos já pré-estabelecidas. O grau de
evolução térmica avaliado através de parâmetros obtidos de compostos saturados e
aromáticos, indicou que a maior parte das amostras foram geradas entre o início e o
pico da janela de geração. As técnicas de estatística multivariada, análise de
agrupamento e de componentes principais, assim como análise de discriminante
linear, que foram aplicadas para dar suporte à classificação geoquímica, corroboraram
a classificação das amostras nas três famílias de óleos.
vi
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.)
GEOCHEMISTRY CARACTERIZATION OF CUBAN ASPHALTITES
Zulema Dominguez Sardiñas
Maio/2008
Advisors: Débora de Almeida Azevedo
Luiz Landau
Department: Civil Engineering
Asphaltites are asphaltene rich petroleum due to biodegradation or oxidation
occurring as seeps or filling veins, joints, cavities and fissures. This work presents the
geochemical characterization of thirty-two Cuban asphaltites samples. Samples were
analyzed by chromatographic techniques as gas chromatography coupled to mass
spectrometry. Genetic molecular biomarker parameters were compared in order to
establish oil-oil correlations among the samples that allowed to include them within the
three Cuban oil families. Thermal evolution was also investigated using saturate and
aromatic biomarkers and others aromatic maturity parameters. All samples seem to be
petroleum generated in the early to peack of catagenesis. Multivariate statistical
procedures as cluster, principal component analysis, and Linear Discriminant were also
used as auxiliary technique that corroborated the classification of these asphaltites in
the already established three Cuban oil families, through geochemical analyses.
vii
SUMÁRIO
PÁGINA DE ASSINATURAS.......................................................................................i
FICHA CATALOGRÁFICA...........................................................................................ii
DEDICATÓRIA.............................................................................................................iii
AGRADECIMENTO.....................................................................................................iv
RESUMO......................................................................................................................v
ABSTRACT...................................................................................................................vi
ÍNDICE ........................................................................................................................vii
ÍNDICE DE FIGURAS..................................................................................................xii
ÍNDICE DE TABELAS.................................................................................................xvii
APÊNDICES................................................................................................................xviii
CAPITULO I
Introdução....................................................................................................................1
Motivação.....................................................................................................................1
Objetivos......................................................................................................................1
CAPÍTULO II
CONTEXTO GEOLÓ GICO
II. 1. Marco geotectônico...............................................................................................2
II. 2. Modelo de Constituição Geológica de Cuba. ........................................................3
II. 2.1. Cinturão Dobrado Cubano. ................................................................................4
II. 2.2. Neoplataforma. ...................................................................................................5
II. 3. Geologia do Petróleo..............................................................................................5
viii
CAPITULO III
GERAÇÃO, COMP OSIÇÃO E BIODEGR A DA ÇÃO DO PETRÓLE O
III. 1. Petróleo: da Origem a Exploração.
III. 1.1. Origem................................................................................................................8
III. 1.2. Exploração........................................................................................................11
III. 2. Geoquímica do petróleo......................................................................................12
III.2.1. Principais componentes do petróleo.................................................................13
III.2.2. Processo de biodegradação nos petróleos.......................................................15.
CAPITULO IV
BIOMARCADORES
Introdução...................................................................................................................18
IV. 1. Principais Informações fornecidas pelos biomarcadores..................................19
IV. 2. Principais classes de Biomarcadores e parâmetros indicadores de
ambiente deposicional, evolução térmica e biodegradação........................................21
IV. 2. 1. Hidrocarbonetos Saturados
IV. 2. 1. 1. Isoprenóides Acíclicos.................................................................................22
IV. 2. 1. 2. Triterpanos........................................................................................... .......25
IV. 2. 1. 3. Esteranos
IV. 2. 1. 3. 1. Esteranos Regulares..............................................................................31
IV. 2. 1. 3. 2. Diasteranos............................................................................................33
IV. 2. 1. 3. 3. Metilesteranos........................................................................................34
Parâmetros Indicadores baseados na distribuição de Esteranos.............34
IV. 2. 2. Hidrocarbonetos Aromáticos.
IV. 2. 2. 1. Hopanóides Aromáticos..............................................................................39
IV. 2. 2. 2. Esteróides Aromáticos................................................................................41
IV. 2. 2. 2. 1. Esteróides Monoaromáticos no anel C (MA)..........................................42
IV. 2. 2. 2. 2. Esteróides Triaromáticos.........................................................................43
Parâmetros Indicadores baseados na distribuição de Esteróides
Aromáticos..................................................................................................44
ix
CAPITULO V
OUTROS COMPOSTO S DE INTERESSE GEOQUÍMICO. NÃO BIOMARCADORES.
Introdução.....................................................................................................................48
V.1. Compostos Saturados de interesse geoquímico, parâmetros indicadores
geoquímicos de ambiente deposicional, de evolução térmica e biodegradação.
V.1.1. n-alcanos............................................................................................................48
V. 2. Compostos Aromáticos de interesse geoquímico, parâmetros geoquímicos
indicadores de ambiente deposicional, de evolução térmica e biodegradação.
V. 2. 1 Naftalenos e Alquilderivados.............................................................................50
V. 2. 2 Fenantreno e Alquilderivados............................................................................53
V. 2. 3 Compostos Aromáticos Sulfurados (CAS).........................................................57
V. 2. 3.1. Benzotiofenos e Alquilderivados....................................................................58
V. 2. 3.2. Naftobenzotiofenos........................................................................................61
V. 2. 4. Compostos aromáticos oxigenados (CAO)
V. 2. 4.1 Furano e Dibenzofurano.................................................................................62
CAPITULO VI
METODOLOGIA DE A NÁLISE
VI.1 Análise dos dados.................................................................................................64
VI.1. 1. Princípios de estatística Multivariada...............................................................65
VI.1. 2. Diagramas de Ordenamento............................................................................65
VI.1. 2. 1. Analise de Componentes principais (PCA)..................................................67
VI.1. 2. 2. Analise de agrupamentos.............................................................................68
VI.1. 2. 2. 1. Análise de agrupamento hierárquico, Análise Cluster..............................69
VI.1. 2. 2. 2. Análise múltipla discriminante...................................................................71
VI. 2. Tratamento analítico das amostras......................................................................76
VI. 2. 1. Técnicas Analíticas para extração nas amostras de rocha..............................76
VI. 2. 2. Técnicas Cromatograficas
VI. 2. 2. 1. Cromatografia Líquida .................................................................................77
VI. 2. 2. 2. Cromatografia Gasosa............................................................................ ...78
x
VI. 2. 3. Cromatografia Gasosa, acoplada à espectrometria de massas (CG/EM)...... 79
VI. 2. 4. Isótopos Estáveis de Carbono (δ
13
C)............................ ................................. 81
CAPITULO VII
RESULTADOS E DISCUSSÃO
VII.1. Trabalhos anteriores em Cuba, Classificação em famílias..................................82
VII.2. Resultados.
VII.2.1. Amostras, Introdução........................................................................................86
VII.2.2. Discução dos Resultados
VII.2.2.1. Amostras de Óleos.......................................................................................100
VII.2.2.1.a Parâmetros de biomarcadores saturados nas famílias de óleos.
- Diagnóstico...............................................................................................105
-Evolução Térmica e Biodegradação.........................................................102
VII.2.2.1.b Parâmetros de biomarcadores aromáticos nas famílias de óleos.
- Diagnóstico...............................................................................................107
-Evolução Térmica e Biodegradação.........................................................113
VII.2.2.1.c Parâmetros geoquímicos dos HAP nas famílias de óleos.
- Diagnóstico.............................................................................................115
-Evolução Térmica e Biodegradação........................................................122
VII.2.2.2. Amostras de Asfaltitas................................................................................127
VII.2.2.2.a Parâmetros baseados em biomarcadores saturados nas famílias de óleos.
- Diagnóstico...............................................................................................129
-Evolução Térmica e Biodegradação....................................................... .134
VII.2.2.2.b Parâmetros baseados em biomarcadores aromáticos nas famílias de óleos.
- Diagnóstico...............................................................................................136
-Evolução Térmica e Biodegradação.........................................................137
VII.2.2.2.c Parâmetros geoquímicos dos HAP nas famílias de óleos
- Diagnóstico..............................................................................................140.
-Evolução Térmica e Biodegradação.........................................................146
VII.2.2.3 Resultados Estatísticos
- Análise Cluster........................................................................................150.
- Análise PCA...........................................................................................152
- Análise de discriminante Linear...............................................................153
xi
CAPÍTULO VIII
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
VIII.1. Considerações geoquímicas gerais..................................................................157
VIII.2. Conclusões ......................................................................................................159
VIII.3. Recomendações...............................................................................................162
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .......................................................................... 163
APÊNDICES
..................................................................................................................184
xii
ÍNDICE DE FIGURAS
Capítulo II
1. Mapa esquemático da região do caribe, mostrando a posição relativa das
placas
2. Mapa esquemático do território cubano, que representa o modelo de sua
constituição geológica
3. Cuba, Plataforma Insular, províncias exploratórias, bacias e principais
acumulações petrolíferas do pais
4. Distribuição das unidades tectonoestratigráficas (UTEs) de Cuba
5. Coluna Estratigráfica resumida de Cuba
Capítulo III
1.Equação da fotossíntese
2. Os dois maiores ciclos do carbono orgânico na natureza
3. Formação e expulsão de óleo na rocha geradora
4. Estrutura química dos esteranos (A) e triterpanos (B), com sistema de
numeração
Capítulo IV
1. Esquema de origem dos esteranos a partir dos esteróis encontrados na
membrana celular de organismos eucarióticos
2. Principais isoprenóides utilizados em geoquímica orgânica
3. Geração de pristano e fitano a partir do fitol
4. Estruturas a) C
25
(2,6,10,14,18-pentametileicosano) e b) esqualano. Mostrando
os principais fragmentos obtidos no espectrômetro de massas através de
ionização por impacto de eléctrons
5. Sesquiterpano bicíclico, estrutura do drimano
6. Quebra na estrutura do terpano tricíclico C
20
, que gera o íon m/z 191
7. Origem dos hopanos em petróleos e isomerização dos centros quirais durante
a diagênese
8. Estrutura dos esteroisômeros (posição 22), Hopanos extendidos
9. Estruturas dos não-hopanóides 18α(H)-Oleanano e gamacerano
10. Caminho de reação proposto para isomerização de hopanos
xiii
Continuação. Lista de Figuras do Capítulo IV
11. Estrutura química de 17α(H)-22,29,30-trisnorhopano, Tm e 18α(H)-22,29,30-
trisnorneohopano, Ts
12. Estrutura de hopanos e 25-norhopanos. Fragmentação característica
13. Estrutura de C
27
-C
30
esteranos derivados de esteróis
14. Estrutura do epímero 20S do esterano rearranjado C
29
(diacolestano)
15. Diagrama te rnário mostrando a interpretação dos ambientes a partir da
distribuição dos esteranos
16. Estrutura dos 8,14-secohopanóides monoaromáticos e benzohopanos
17. Aromatização de esteranos em óleos e sedimentos, mostrando a fragmentação
característica de esteranos, esteróides monoaromáticos e triaromáticos obtida
no espectrômetro de massas
18. Estruturas de esteróides monoaromáticos regulam e rearranjados
19. Estrutura de esteróides triaromáticos
20. Conversão do grupo II para o grupo I de esteróides monoaromáticos por
quebra da cadeia lateral durante a evolução térmica
21. Conversão do grupo II para o grupo I de esteróides triaromáticos por quebra da
cadeia lateral durante a evolução térmica
22. Conversão de C
29
(MA) em C
28
(TA), durante a evolução térmica. Perda da
metila C-10, assim como do centro assimétrico em C-5 durante a reação
Capítulo V
1. Estrutura de naftaleno
2. Estrutura de cadaleno (1,6-dimetil-4-isopropilnaftaleno), C
15
H
18
3. Estrutura de fenantreno. C
4
H
10
4. Reteno (1-metil-7-isopropilfenantreno), C
18
H
18
5. Pimantreno ou 1,7dimetilfenantreno, C
16
H
14
6. Estrutura de benzotiofenos e dibenzotiofenos
7. Estrutura de metildibenzotiofenos. a) 1MDBT, b) 4MDBT
8. estrutura do naftobenzotiofeno, C
16
H
10
S
9. Estruturas de furano, C
4
H
4
O e dibenzofurano, C
12
H
8
O
xiv
Capítulo VI
1. Representação esquemática do ordenamento
2. Agrupamento hierárquico aglomerativo
3. Formação de um dendograma, segundo as semelhanças dos grupos de
amostras
4. Separação de compostos do petróleo
5. Desenho esquemático para um sistema de cromatografia a gás
6. Esquema simplificado do espectrômetro de massas e funções de suas partes
integrantes
Capítulo VII
1. Mapa de Cuba com as diferentes famílias de petróleos estabelecidas
2. Análise PCA das amostras. a) das variáveis e b) dos óleos
3. Análise hierárquico de agrupamentos, Analise Cluster, representando as três
famílias de petróleos
4. Mapa de Cuba com a distribuição das amostras em estudo e UTEs afl orantes
em território cubano.
5. Características físico-químicas das principais jazidas de hidrocarbonetos
cubanas
6. Cromatogramas de massas. a)
Terpanos, m/ z 191 b) Esteranos, m/ z 217.
Característicos das três famílias de óleos.
7. Origem das amostras baseados nos compostos tricíclicos. (21/23tri vs
24Tetra/26tri)
8. Origem C26/25 Tri vs C24Tetra/26tri
9. Origem 26/25Tri vs Gam./23tri
10. Evolução Térmica, baseado nos hopanos estendidos (Hop 32 vs Hop 33,
S/S+R)
11. Nível de Biodegradação ( Diah/Diah+Hop vs NorH30/NorH30+H30)
12. Diagrama triangular, baseado nos esteróides monoaromáticos regulares de
cadeia longa
13. Divisão em famílias, baseada nos biomarcadores triaromáticos (C26/28S vs
C27/28R)
14. Tendência da evolução térmica, baseada em biomarcadores aromáticos.
(TAI/TAI+II vs MAI/MAI+II)
xv
Continuação. Índice de figuras. Capítulo VII
15. Tendência da evolução térmica, baseada em biomarcadores aromáticos.
(TAI/TAI+II vs C20/C20+C28RTA)
16. Comparação das proporções relativas de naftaleno, fenantreno e
dibenzotiofeno nas amostras de óleos em estudo
17. Comparação das proporções relativas de naftaleno, fenantreno e
dibenzotiofeno metilados nas amostras de óleos em estudo
18. Características apresentadas pelos TeMNs e o DBT, m/z 184 Para amostras
representativas das três famílias de óleos cubanos
19. Origem, baseado em razões de naftalenos metilados.
[(1,3,6,7/1,3,6,7+1,2,5,6+1,2,3,5)TeMN vs (1,7+1,3/1,6)DMN]
20. Comparação entre as proporções relativas de metilfenantrenos nas amostras
em estudo
21. Comparação entre as proporções relativas de metildibenzotiofenos nas
amostras em estudo
22. Evolução térmica baseada nos HAP. (MDR vs MDR2-3)
23. Evolução térmica baseada nos HAP. (MDBTI-1 vs MDBTI-3 )
24. Representação das duas tendências seguidas pelas amostras nos MDBTs.
25. Evolução térmica e biodegradação, baseados nos metilfenantrenos (2+3MF vs
1+9MF)
26. Cromatogra mas de massas característicos segundo o estado de conservação
das asfaltitas. ( em terpanos)
27. , Cromatogramas de massas característicos segundo o estado de conservação
das asfaltitas ( em esteranos)
28. Comparação das proporções relativas de naftaleno, fenantreno e
dibenzotiofeno nas amostras de asfaltitas
29. Comparação das proporções relativas de naftaleno, fenantreno e
dibenzotiofeno metilados nas amostras de asfaltitas
30. Cromatograma de massas correspondente aos tetrametilnaftalenos (TeMNs) e
dibenzotiofeno (DBT), m/z 184. Distribuições típicas entre as asfaltitas
31. Cromatogra ma de massas dos pentametilnaftalenos (PMNs) e os
metildibenzotiofenos (MDBTs), m/z 198. Distribuições típicas entre as
amostras de asfaltitas Identificação tentativa de PMNs e MDBTs
32. Perfis característicos de cromatografia de massas para os PMNs e os MDBTs,
m/z 198 nas asfaltitas.
33. Análise Cluster das amostras de asfaltitas em estudo
xvi
Continuação. Índice de Figuras capítulo VII
34. Análise PCA (das variáveis)
35. Análise PCA ( das amostras)
36. Representação do aporte na discriminação em famílias, das variáveis
escolhidas no modelo gerado pelo método do discriminante linear
Capítulo VIII
1. Representação esquemática das características das três famílias, classificação
das amostras dentre as famílias de óleos cubanos.
2. Distribuição geográfica e classificação geoquímica das amostras.
xvii
ÍNDICE DE TABELAS
Capítulo III
1. Sumário da biuodegradação seletiva observada nas diferentes classes de
compostos.
Capítulo IV
1. Fontes biológicas de alguns biomarcadores.
Capítulo VII
1. Características gerais das famílias de óleos cubanos
2. Identificação, localização, propriedades físico-quimicas e de isótopos de
carbono das amostras em estudo
3. Principais parâmetros geoquímicos analisados na fração de saturados
4. Principais parâmetros geoquímicos analisados na fração de aromáticos
5. Características físico-químicas dos principais reservatórios cubanos
6. Parâmetros geoquímicos discriminantes para as três famílias, baseados em
biomarcadores saturados para as amostras de óleos analisadas
7. Medias dos valores de parâmetros baseados em HAP para as três famílias de
óleos
8. Parâmetros geoquímicos discriminantes para as três famílias, baseados em
biomarcadores saturados para as amostras de asfaltitas analisadas
9. Medias dos valores de parâmetros baseados em HAP para as três famílias de
asfaltitas
10. Comparaçã o dos valores médios de HAP obtidos para os óleos e as asfaltitas
nas três famílias
11. Modelo gerado a partir do conjunto treino no método do discriminante linear
12. Comparaçã o entre a classificação gerada pelo modelo do discriminante linear e
a classificação geoquímica realizada
xviii
INDICE DE ANEXOS
Anexo I. Identificação de Biomarcadores
Anexo II. Identificação dos hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP)
Anexo III. Cálculo dos parâmetros geoquímicos estudados.
Anexo IV. Fotos das localidades onde foram realizadas as amostragens. Diferentes
tipos de amostras de asfaltitas
Anexo V. Cromatogramas (CG/DIC e principais cromatogramas de massas da fração
de saturados analisados nas amostras em estudo (TIC, m/z 191 e m/z 217)
Anexo VI. Cromatogramas de massas dos biomarcadores Aromáticos (m/z 253 e m/z
231)
Anexo VII Cromatogramas de massas dos principais HAP analisados (m/z 128, m/z
142, m/z 15 6, m/z 170, m/z 184, m/z 198, m/z178, m/z 192, m/z 206, m/z 220)
Anexo VIII. Equivalência da reflectância da Vitrinita, (Ro) para os diferentes
parâmetros geoquímicos
a) Razões de compostos de biomarcadores
b) Razões de compostos de HPAs
1
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO.
O alto nível de complexidade da geologia sedimentar cubana, e a pouca quantidade
de poços perfurados na região resultam na dificuldade de identificar, com exatidão, os
limites dos sistemas petrolíferos presentes em Cuba. A maior parte das amostras com
que contamos são amostras de exsudações ou amostras de superfície, que em sua
grande maioria encontram-se biodegradadas, dificultando o estudo das mesmas por
métodos geoquímicos convencionais. Por este motivo é que se decide fazer o
presente estudo, onde foram analisados além dos biomarcadores saturados,
comumente analisados em análises geoquímicas, biomarcadores aromáticos (mono- e
triaromáticos), assim como outros compostos aromáticos não biomarcadores, com
aplicações geoquímicas. Esses compostos têm-se revelado mais resistentes à
biodegradação e capazes de fornecer informações quanto ao ambiente de
sedimentação e grau de evolução térmica, contribuindo para a identificação de famílias
de petróleos. Conjuntamente, tem sido aplicadas algumas técnicas de estatística
multivariada (análise de componentes principais (PCA), Cluster e análise
discriminante) com as quais se pretende determinar as principais razões de compostos
geoquímicos que discriminam melhor as famílias de óleos. Desta forma, contribuir para
melhorar a definição dos limites dos sistemas petrolíferos cubanos.
MOTIVAÇÃO.
O motivo pelo qual se propõe realizar este trabalho é a necessidade de encontrar
reservatórios comerciais de óleo em Cuba, para incrementar o desenvolvimento
econômico do país. Para isto se faz necessário ter um conhecimento profundo dos
sistemas petrolíferos em Cuba e com isto melhor identificar as respectivasde nossas
famílias de óleos.
OBJETIVOS.
Este trabalho se propõe a apresentar uma caracterização geoquímica dos petróleos
cubanos mediante a análise de biomarcadores e de outros compostos com aplicação
geoquímica. Análises de estatística multivariada (PCA, Agrupamentos, Análise
Discriminante) serão utilizadas para a correlação geoquímica das amostras de
petróleos e extratos orgânicos de rochas representativas do território cubano.
A reunião e análise conjunta de um grande número de informações geoquímicas
poderão contribuir para aprimorar a identificação e caracterização dos sistemas
petrolíferos presentes em Cuba e para a diminuição do risco exploratório.
2
CAPITULO II. CONTEXTO GE OLÓGICO
Cuba está situada no extremo norte-ocidental do Mar do Caribe, justo à entrada do
Golfo do México, formando parte das Antilhas Maiores (fig.II.1). A configuração
geológica do território Cubano é conseqüência de uma complexa historia tectono-
sedimentar da porção oeste do caribe. O território continental de Cuba é resultado da
interação orogênica entre um arco de ilha vulcânico e a margem continental
extensional da América do Norte. Esta tectônica compressional foi precedida por dois
episódios de rifteamento de idades Neotriássica/Eojurássica (?) e Jurássico médio,
responsáveis pela configuração de meios-grabens da porção norte continental e
offshore de Cuba.
II.1. Marco Geotectónico
O Caribe é atualmente uma das regiões de maior interesse para a comunidade
científica das geociências. Apresenta uma grande diversidade geológica relacionada a
uma complicada evolução, que ainda em muitos aspectos é objeto de discussão.
Diversos modelos têm sido propostos para explicar a história geológica do Caribe (Ball
et al., 1969; BURKE et al., 1984; PINDELL & DEWEY, 1982; SYKES et al., 1982;
ANDERSON & SCHMIDT, 1983; DUNCAN & HARGRAVES, 1984; PINDELL, 1985;
1994; PINDELL, et al., 1988; DONNELLY, 1989; PINDELL & BARRET, 1990;
ITURRALDE-VINENT, 1994; 1998; DRAPER et al., 1996; LAPIERRE et al., 1997;
MESCHEDE & FRISCH, 1998; MANN, 1999; KERR et al., 1999), buscando organizar
temporal e espacialmente os diversos elementos geológicos descritos em
afloramentos, linhas sísmicas e poços exploratórios.
Uma descrição detalhada da sucessão de eventos geológicos que estariam envolvidos
na formação atual do território cubano está além dos objetivos do presente estudo.
Buscou-se assim uma discussão breve dos aspectos mais consensuais sobre
constituição geológica de Cuba com eventuais implicações na história e distribuição
dos seus sistemas petrolíferos.
3
Fig. II.1: Mapa esquemático da região do Caribe, mostrando a posição relativa das placas
(adatado de PROENZA, 1997). As abreviaturas são: C, Cuba; J, Jamaica; P, Puerto Rico; H, La
Española; LA, Antillas Menores; CA, Centroamérica; CT, Fossa Caimán; BR, Cresta de Beata;
1, zona de falhas Polochic-Motagua; 2, falha transformante Swan; 3, falha transformante
Oriente; 4, zona de subducção das Antilhas Menores; 5, zona de falhas El Pilar; 6, Coordilhera
Oriental da Colombia; 7, zona de falhas Dolores-Guayaquil; 8, zona de subducção de
Colombia; 9, zona de subducção de América Ce ntral.
II.2. Modelo de Constituição Geológica de Cuba
Na complicada evolução geológica da região do caribe, a Ilha de Cuba constitui um
dos maiores desafios ao conhecimento. O território cubano, tanto por sua extensão
territorial como pelo conjunto geológico que apresenta, é chave para o correto
entendimento da geologia e a evolução do Caribe. Na constituição geológica de Cuba
reconhecem-se dois níveis estruturais: O Substrato Dobrado (Cinturão Dobrado
Cubano) e o Neoautóctone (Neoplataforma) (ITURRALDE-VINENT, 1998). Fig. II.2.
CUBA
4
Fig. II. 2. Mapa esquemático do território cubano, que representa o modelo de sua constituição
geológica (adaptado de ITURRAL DE-VINENT, 1997).
II.2.1. Cinturão Dobrado Cubano
O Cinturão Dobrado Cubano tipicamente tem-se interpretado jazendo em posição
alóctone sobre a margem meridional da Placa Norte- Americana (ITURRALDE-
VINENT, 1981; 1998; BUSH & SHERBAKOVA, 1986; KERR et al., 1999). As principais
concepções desenvolvidas para interpretar sua estrutura interna, em geral corroboram
o caráter alóctone do mesmo sobre a margem norte-americana.
A origem do Cinturão Dobrado Cubano está vinculada aos processos de convergência
que se desenvolveram no Caribe desde o inicio do Cretáceo. Até o Cretáceo Superior
se desenvolveu conjuntamente com o Cinturão Dobrado das Antilhas Maiores. A partir
da abertura da bacia de Yucatán, a evolução do Cinturão Dobrado Cubano foi
diferente à do resto das grandes Antilhas (incluindo Cuba Oriental) (DRAPER &
BARROS, 1994). Nas seqüências representativas deste período em Cuba, se registra
uma forte atividade de cavalgamento (ITURRALDE-VINENT, 1981, 1998) e
desenvolvimento de um sistema de bacias superpostas (BLANCO, 1999), enquanto no
resto das Antilhas continuou o vulcanismo até o Eoceno Medio-Superior. A separação
do Cinturão Dobrado Cubano da Placa do Caribe, esteve associada ao
desenvolvimento do limite transformante Swan-Cayman-Oriente, fig II.1, e sua
atividade se estima iniciada entre o Eoceno Medio e o Eoceno Superior (DRAPER &
Neoplataforma
Arcos Vulcânicos do Cretáceo
Plataform a das Bahamas
Terrenos Sul-Ocidental
Complexo Of iolítico
Emb as ament o de Arco
Neoplataforma
Arcos Vulcânicos do Cretáceo
Plataform a das Bahamas
Terrenos Sul-Ocidental
Complexo Of iolítico
Emb as ament o de Arco
5
BARROS, 1994; MANN et al., 1995; PROENZA, 1997) e concluída no Mioceno (MAN N
et al., 1995).
II.2.2. Neoplataforma
As seqüências pós-Eoceno Superior depositadas em Cuba são representativas de um
período de desenvolvimento plataformal que tem sido denominado na literatura
geológica cubana de Neoautóctone (ITURRALDE-VINENT, 1998). A partir do Eoceno
Superior no território cubano prevaleceram os movimentos verticais, que formaram
uma estrutura com blocos elevados onde ocorreu erosão, enquanto outros blocos
experimentaram subsidência e hoje conservam espessuras de mais de 3000 metros
de sedimentos (ITURRALDE-VINENT, 1998). A sedimentação ocorreu em três etapas
que tiveram lugar durante o Eoceno Superior-Oligoceno, Mioceno Inferior-Mioceno
Superior e Plioceno-Presente. Cada uma destas etapas começou com uma
transgressão marinha, com predomínio de sedimentos clásticos que transicionaram
ate carbonáticos de águas rasas.
II.3. Geologia do Petróleo
Sobre o ponto de vista da geologia do petróleo, Cuba e sua plataforma circundante
podem ser divididas em duas províncias exploratórias (fig. II.3), a província cubana
norte, a qual contem principalmente a margem continental carbonática depositada
sobre o pré-Campaniano, com sedimentos sin-Orogênicos e a província cubana do
sul, a parte compressiva do platô do caribe, onde as rochas características são
ofiolitos.
A província cubana norte (fig. II.3) a qual contem a maioria das jazidas petrolíferas
conhecidas até o momento, é caracterizada por tectônica do tipo Alpino, a área do
sudeste do Golfo do México (setor cubano) também pertence à esta província.
A província sul de Cuba (fig.II.3) tem sido menos explorada, estando caracterizada por
ofiolitos e rochas vulcânicas, sobreposto em rochas das formações Placetas,
Camajuaní e Remédios, mostradas na fig. II.4. e na coluna estratigráfica resumida de
Cuba, representada na figura II.5
6
Fig. II. 3. Cuba, plataforma insular, províncias exploratórias , bacias e principais acumulações
petrolíferas do pais. 1-19 (Província Norte), 20-24 (Província Sul).
Fig.II. 4. Distribuição das unidades tetonoestratigráficas (UTEs) de Cuba.
A Los Palac i os
B Vegas
C Merc edes
D Batab ano
E Cent ral
F Ana Ma ria
G Caut o
H Nipe
I Guan tán amo
I
A Los Palac i os
B Vegas
C Merc edes
D Batab ano
E Cent ral
F Ana Ma ria
G Caut o
H Nipe
I Guan tán amo
A Los Palac i os
B Vegas
C Merc edes
D Batab ano
E Cent ral
F Ana Ma ria
G Caut o
H Nipe
I Guan tán amo
A Los Palac i os
B Vegas
C Merc edes
D Batab ano
E Cent ral
F Ana Ma ria
G Caut o
H Nipe
I Guan tán amo
I
7
Fig. II.5 Coluna estratigráfica resumida de Cuba, representando as idades das
principais geradoras cubanas.
EDADE
LEGENDA, U.T. E
.
Unidades
Tectonoestratigr áficas
Form ação San Cayetano?
Inferior
Meio
Superior
Inferior
Superior
Paleogeno
Eoce no
Oligoceno
Mioceno
Plioceno
Jurássico
Cretáceo Terciário
Coluna geológica
Litología
Cal cilu tito
Brecha Carb.
Calcarenito
Ma rg a
Dolo mito
Arenito
Fol. Argili to, Siltito.
Chert
Gipsita, Anhidrita
Domo de Sal
Inconformi dade
Mud.lat.de facies
EDADE
LEGENDA, U.T. E
.
Unidades
Tectonoestratigr áficas
Form ação San Cayetano?
Inferior
Meio
Superior
Inferior
Superior
Paleogeno
Eoce no
Oligoceno
Mioceno
Plioceno
Jurássico
Cretáceo Terciário
Coluna geológica
Litología
Cal cilu tito
Brecha Carb.
Calcarenito
Ma rg a
Dolo mito
Arenito
Fol. Argili to, Siltito.
Chert
Gipsita, Anhidrita
Domo de Sal
Inconformi dade
Mud.lat.de facies
8
CAPITULO III. GERAÇÃO , COMPOSIÇÃ O E BIODEGRADAÇÃ O DO PETRÓLEO.
III. 1 Petróleo: da origem à exploração
III.1.1 Origem
O petróleo é um óleo mineral formado principalmente por uma mistura de
hidrocarbonetos. Outros constituintes como ácidos, cetonas, tiofenos, porfirinas etc,
também são encontrados no petróleo, mas em quantidades muito pequenas. O
petróleo pode ser sólido, liquido ou gasoso, dependendo das condições de
temperatura e pressão a que foi submetido (RESTLÉ, 1984).
Durante vários séculos, a origem do petróleo foi alvo das mais diversas teorias e
hipóteses. Atualmente a teoria mais aceita para explicar a formação do petróleo é a
teoria orgânica moderna de acordo com a qual o petróleo é formado a partir de matéria
orgânica incorporada às rochas sedimentares durante o processo de sedimentação
(TISSOT & WELTE, 1984). O termo matéria orgânica refere-se à moléculas orgânicas
na forma de monômeros ou polímeros derivados direta ou indiretamente de
organismos vivos (TISSOT & WELTE, 1984).
Estima-se que a produção de matéria orgânica via fotossíntese, (fig III.1) processo no
qual o CO2 utilizado na produção de compostos orgânicos, utilizando a energia solar
e produzindo oxigênio como resíduo. Esse processo começou há mais de dois bilhões
de anos atrás e os primeiros organismos responsáveis por esta produção foram
bactérias e algas verde-azuis (TISSOT & WELTE, 1984, BROCKS et al., 1999).
Fig. III.1 Equação das fotoss ínteses.
A glicose é utilizada pelos organismos autotróficos para síntese de seus principais
constituintes como a celulose. Em principio, qualquer organismo vivo constitui fonte de
matéria orgânica para o petróleo.
6 CO
2
+ 12 H
2
O
C
6
H
12
O
6
+ 60
2
+ 6H
2
O
glicose
9
Para que o petróleo seja formado, a matéria orgânica deve ser pres ervada de seu
consumo e destruição. Apenas cerca de 0,1% do carbono presente na matéria
orgânica é preservado em sedimentos e poderá ser convertido em petróleo, os
restantes, 99.9%, são reciclados (TISSOT & WELTE, 1984).
A produção e preservação da matéria orgânica na natureza podem ser resumidas em
um ciclo, fig. III. 2, conhecido como ciclo do carbono.
Fig. III. 2. Os dois maiores ciclos do carbono orgânico na natureza. (adaptado de TISSOT &
WELTE, 1984).
Este ciclo pode ser explicado da seguinte maneira: após a morte de plantas, animais e
bactérias, a matéria orgânica depositada em sedimentos sofre alterações causadas
pela ação química ou bacteriana. Dependendo das condições de sedimentação, a
mesma pode ser totalmente oxidada, gerando novamente CO
2
. A matéria orgânica que
conseguir escapar a destruição poderá ser convertida em petróleo.
O estudo de ambientes sedimentares atuais e a análise paleoambiental de rochas
geradoras de petróleo sugerem que as condições para a acumulação de sedimentos
ricos em matéria orgânica são:
- Estratificação e anoxia da coluna de água.
- Alta produtividade primária.
- Baixa energia do ambiente deposicional.
A estratificação e conseqϋente anoxia de fundo da coluna de água diminuem a
exposição da matéria orgânica, gerada fotossinteticamente, ao oxigênio e impede seu
CO
2
Fotosíntese
Plantas e
bactérias
Animais,
bactérias
e plantas
mortas
Matéria orgânica
em sedimentos,
profundamente alterada
Matéria orgânica
em sedimentos
fósseis Carvão e
querogênio
Óleo e gás
Matéria orgânica em sedimentos
Metamorfizados principalmente
Como metaantracita e grafite
Animais
10
consumo pela macrobiota saprófaga bentônica. A alta produtividade primária seria
responsável pela alta taxa de exportação de compostos orgânicos para o fundo dos
ambientes de sedimentação. A baixa energia do ambiente deposicional é necessária
devido ao comportamento hidrodinâmico da matéria orgânica, que é semelhante ao
das argilas, e também por desfavorecer a diluição da matéria orgânica depositada por
sedimentos inorgânicos (DEMAISON & MOORE, 1980).
A geração de petróleo ocorre sob um processo contínuo de soterramento, onde a
matéria orgânica depositada sob condições anóxicas poderá ser convertida em
petróleo (fig. III.3). Outros sedimentos são depositados junto com a matéria orgânica e
darão origem a uma rocha, a rocha geradora de petróleo.
Rochas geradoras de petróleo são rochas sedimentares com teores de carbono
orgânico total (COT) superiores a 1%, cujo material orgânico original foi preservado do
consumo e oxidação (TISSOT & WELTE, 1984).
Fig III. 3. Formação e expulsão de óleo na rocha geradora. (adatado de TISSOT & WELTE,
1984).
A formação do petróleo envolve a transformação contínua da matéria orgânica
sedimentar em etapas denominadas de diagânese, catagênese e metagênese. Na
primeira etapa de geração de petróleo, a diagênese, ocorre a degradação da matéria
orgânica por microorganismos formando um material complexo: o querogênio, definido
como a fração insolúvel da matéria orgânica presente nas rochas sedimentares. Além
de querogênio (particulado de matéria orgânica preservada, constituído por macerais
originados de plantas, bactérias, etc e é insolúvel em solventes orgânicos) também há
Está
g
io A Está
g
io B Está
io C
Inicio da geração de óleo
(Os hidrocarbonetos invadem os poros
vizinhos, ainda não ocorre a expulsão
de óleo.)
Argila
Silt Stringer
Zonas onde os poros são invadidos por óleo ou gás
Matéria Orgânica (2.5% em massa)
Fluxo de água
Fluxo de gás
Porosidade
Saturação de óleo
Zona Imatura
(Expulsão de água e compactação)
Zona final ou intermediária
de Geração de óleo.
(A migração primária pode
ocorrer)
11
uma fração solúvel em compostos orgânicos, composta por hidrocarbonetos e não
hidrocarbonetos derivados de biopolímeros pouco alterados e denominada de betume.
Este processo é acompanhado pela remoção de água, CO
2
, N
2
, O
2
, CH
4
, H
2
e
compactação dos sedimentos. O soterramento contínuo leva a um aumento de
temperatura e pressão (a temperatura aumenta aproximadamente 1ºC a cada 30
metros de profundidade) causando o craqueamento do querogênio, esta etapa é
denominada de catagênese. Nesta etapa o óleo pode ser expulso da rocha geradora e
migra para o reservatório ou sobe até a superfície. Quando a rocha geradora atinge
temperaturas superiores à 120ºC, parte da matéria orgânica residual é convertida em
gás, denominando-se esta etapa de metagênese (RESTLÉ, 1984).
A seqüência de evolução da rocha geradora com o progressivo soterramento leva à
expulsão do óleo, sendo conhecido este processo como “Migração Primária”. Embora
o mecanismo deste processo não esteja ainda bem entendido, sabe-se que a
condição básica para que o óleo seja expelido da rocha geradora como uma fase
contínua é a saturação dos poros da rocha com muito betume e pouca água, a força
responsável para fazer possível a saída do óleo da rocha é a variação entre a pressão
interna da rocha e a pressão litostática. Posteriormente o petróleo continua em
12
No processo de exploração do petróleo cabe à geologia e à geofísica
fundamentalmente identificar as bacias sedimentares e estudar a coluna sedimentar,
identificando as rochas reservatórios, rochas capeadoras e as trapas. À geoquímica
compete avaliar as rochas geradoras e correlacionar os petróleos entre si e com as
respectivas rochas geradoras, visando orientar a exploração para áreas e
profundidades mais favoráveis à existência de acumulações comerciais de óleo e gás
(MELLO, 1998).
Uma das principais ferramentas utilizadas pela geoquímica do petróleo para ajudar a
exploração de petróleo é a análise dos biomarcadores, os quais serão abordados com
maior detalhamento mais adiante.
III.2 Geoquímica do petróleo
Além do carbono e hidrogênio, outros elementos como o enxofre, oxigênio e nitrogênio
integram em pequenas proporções as moléculas dos compostos que formam parte do
petróleo, assim como metais pesados, níquel e vanádio.
A concentração, a distribuição molecular e outros aspetos químicos, que dão origem
aos compostos de petróleo, derivam-se do tipo de matéria orgânica, litología das
rochas (sedimentos) e ambiente de deposição dos mesmos (níveis de oxigê nio,
salinidade, entre outros).
Atualmente, os avanços analíticos na área da geoquímica orgânica permitem
identificar, a partir das análises de óleos crus, o ambiente deposicional, e em certos
casos, a idade de deposição das rochas geradoras. Quando estes dados são
integrados aos dados geológicos e geofísicos é possível localizar as rochas geradoras,
mapeá-las e correlacioná-las com as respectivas acumulações de petróleo e gás.
A utilização de técnicas geoquímicas como: análises físico-químicas (ºAPI, teor de
enxofre, composição do petróleo e teor de níquel e vanádio), cromatografia gasosa,
isótopos do carbono e biomarcadores, permitem correlacionar petróleos entre si e com
rochas geradoras identificadas (MELLO, 1998), Estas correlações facilitam a
determinação de quantos tipos de petróleos poderiam existir numa área específica
produtora e seus respectivos graus de evolução térmica.
13
III.2.1 Principais componentes do Petróleo.
Todos os compostos que integram um petróleo podem ser agrupados em três grandes
classes principais: hidrocarbonetos saturados, hidrocarbonetos aromáticos e
heterocompostos (Asfaltenos e Resinas), conhecidos também como NSO.
Os hidrocarbonetos saturados, também chamados alcanos são subdivididos em:
a) Hidrocarbonetos normais (n-alcanos) ou n-parafinas (parafinas de cadeia
linear)
Constituídos por uma sucessão de carbonos ligados a átomos de hidrogênio, não
possuem ramificações.
A cadeia pode ser aumentada indefinidamente pela inserção de grupos metileno
(CH
2
), cada unidade de metileno adicionada aumenta a massa molecular, ponto de
fusão e ponto de ebulição. O grupo de compostos orgânicos assim relacionados é
denominado de série homóloga.
b) Hidrocarbonetos parafínicos ramificados.
Podem apresentar ramificações em um ou mais átomos de carbono e são
denominados isoparafinas ou parafinas ramificadas. Os isoprenóides são parafinas
ramificadas formadas por várias unidades de cinco átomos de carbono. Dentro deste
grupo de compostos se encontram dois isoprenóides acíclicos muito utilizados nas
analises geoquímicas o pristano (Pr) e o fitano (Ft).
c) Hidrocarbonetos cíclicos ou naftênicos.
São compostos saturados onde os extremos da cadeia hidrocarbônica juntam-se e
formam um ciclo. Os compostos mais comuns contêm anéis com cinco ou seis átomos
de carbono (SOLOMON, 1983, PETERS et al, 2005).
Entre os hidrocarbonetos cíclicos, os esteranos e triterpanos pentacíclicos constituem
os dois subgrupos mais utilizados em análises geoquímicas. Fig. III. 4.
14
Fig. III. 4. Estrutura química dos esteranos (A) e triterpanos (B), com sistema de numeração.
(WAPLES & MACHIHARA, 1991)
Hidrocarbonetos aromáticos
Em 1825, Michael Faraday, um cientista que é mais frequentemente lembrado pelo
seu trabalho sobre eletricidade, isolou uma substancia a partir de um gás que, naquele
tempo, era usado para iluminação. Este composto que é hoje chamado de benzeno,
representava então, um exemplo de uma nova classe de substâncias orgânicas, os
chamados compostos aromáticos.
Este grupo de compostos embora estejam constituídos por moléculas altamente
insaturadas, caracterizam-se por uma tendência a sofrer reações de substituição, tal
como os compostos saturados, em lugar de reações de adição características dos
compostos insaturados.
O termo aromático significa que apresentam baixa proporção de hidrogênio em
relação ao carbono e que ele apresenta uma “fragrância” o qual hoje é considerado
lenda, pois nem todos os compostos aromáticos mostram odor. Uma vez que este
grupo de compostos se mostrou bastante característico, o termo “aromático” passou a
ter uma conotação puramente química. Estes compostos apresentam seus átomos de
carbono com hibridação sp
2
, onde ocorre deslocamento de elétrons (SOLOMON,
1983), e os átomos de carbono são considerados em um anel, para o caso do
benzeno que eles se ligassem entre si, por ligações duplas e simples que se alternam
e que cada átomo de carbono estivesse ligado a um átomo de hidrogênio.
(SOLOMON, 1983). Esta estrutura satisfazia os requisitos, de que os átomos de
carbono formam quatro ligações e que todos os átomos de hidrogênio do benzeno são
equivalentes. Estes compostos como já temos visto têm baixo conteúdo de hidrogênio
quando comparados com as parafinas e as cicloparafinas.
(A)
(B)
15
Hidrocarbonetos aromáticos têm sido identificados, tanto em sedimentos antigos como
recentes (RADKE & WELTE, 1983; RADKE et al., 1982a,b, 1986, 1990a, b, 1994;
MACKENZIE et al., 1981; PALACAS et al., 1986 ; PUTTMAM & VILAR, 1987,
STRACHAN et al., 1988, GARRIGUES et al, 1990; KILLOP, 1991, HEPPENHEIMER
et al, 1992; SMITH et al., 1994; BUDZINSKI et al., 1993b, 1995; ALEXANDER et al.,
1987, 1995; FISHER et al, 1996, 1998; VAN AARSEN et al., 1999; ARMSTROFF et
al., 2006). Ao contrario dos hidrocarbonetos saturados, muito mais estudados, os
hidrocarbonetos aromáticos começaram a ser estudados com maior interesse na
década dos oitenta.
Compostos heteroatômicos (Asfaltenos e Resinas)
Os compostos orgânicos que contém outros elementos além de carbono e hidrogênio
são chamados, heteroatômicos. Estes compostos são de grande interesse para a
geoquímica do petróleo e também são conhecidos como compostos “NSO”, como
referência à presença conspícua de compostos nitrogenados, sulfurados e
oxigenados.
III.2.2 Processo de Biodegradação nos petróleos.
A biodegradação é um importante processo de alteração secundária do petróleo, com
grandes conseqüências econômicas. Embora muitos dos processos envolvidos neste
fenômeno permaneçam ocultos, os efeitos do processo sobre a composição e as
propriedades físicas são bem conhecidos (CONNAN, 1984; PETERS & MOLDOWAN,
1993; LARTER et al., 2003; HEAD et al., 2003)
Este fenômeno ocorre a partir da utilização seletiva de certos tipos de hidrocarbonetos
por microorganismos como fonte de carbono. Este processo de alteração ocorre nos
óleos devido à presença de bactérias
A bactéria introduzida no reservatório com água meteórica rica em oxigênio,
aparentemente utiliza este oxigênio dissolvido e metaboliza principalmente certos tipos
de hidrocarbonetos. Sobre condições anaeróbicas, o oxigênio necessário para a
bactéria é derivado de íons de sulfato dissolvidos. O processo de remoção seletiva de
hidrocarbonetos por estas bactérias pode ser encontrado em (BAILEY et al., 1973b;
16
ZOBELL,1973; CONNAN E ORGEVAL, 1976; AERCKERS BERG et al., 1991).
Entretanto, o principal processo efetivo de biodegradação acontece através de
caminhos aeróbicos (TISSOT E WELTE, 1984).
Óleos biodegradados são comumente encontrados em acumulações em subsuperfície
associados aos reservatórios com temperaturas menores que 80ºC e com baixa
salinidade (<100 ppm). Neste meio, tanto microorganismos aeróbicos quanto
anaeróbicos podem degradar petróleo seguindo caminhos bioquímicos diferentes
(WIDDEL E RABUS, 2001; PRINCE, 2002), em taxas qu e dependem fortemente da
disponibilidade de aceptores de elétrons orgânicos e inorgânicos (HEAD et al., 2003;
LARTER et al., 2003;HOLBA et al., 2004).
Inicialmente a variação na intensidade de biodegradação pode ser notada nos
parâmetros bulk como grau API, teor de enxofre e percentual de compostos saturados
do óleo, posteriormente a alteração do óleo chega até os compostos biomarcadores.
Os alcanos de cadeia normal são metabolizados preferencialmente, seguidos pelos
alcanos ramificados, saturados monocíclicos e hidrocarbonetos monoaromáticos,
naftênicos policíclicos e hidrocarbonetos aromáticos polinucleares, e finalmente
compostos heteroatômicos (TISSOT E WELTE, 1984; WENGER et al., 2002).
Diferenças na susceptibilidade de hidrocarbonetos ao ataque microbiano são vistas
dentro de séries homologas e entre formas isoméricas (PETERS et al., 1996;
TOWNSEND et al., 2004).
Compostos contendo heteroátomos geralmente são mais resistentes ao metabolismo
microbiano do que hidrocarbonetos. Alguns compostos, tais como vanadilporfirinas,
aparecem remanescentes mesmo dentro dos óleos mais severamente biodegradados
(SUNDARARAMAN E HWANG, 199 3).
MAGNIER & PENTEADO (2000) estabeleceram que há uma correlação entre a
biodegradação do óleo, o teor de enxofre, o percentual de saturados e a concentração,
em ppm, do composto 25norhopano formada a partir da biodegradação do hopano.
A resistência diferencial à biodegradação permite que a comparação das proporções
relativas de tipos de biomarcadores seja utilizada para ordenar os óleos por grau de
biodegradação, como proposto por PETERS e MOLDOWAN, 1993.
17
Uma forma de degradação mais extrema ocorre através de evaporação e oxidação de
óleos na superfície. Exsudações de óleos em superfície são sempre biodegradadas e
também oxidadas por processos inorgânicos. Compostos voláteis são perdidos por
evaporação, conseqüentemente estes óleos são sempre pesados, enriquecidos em
compostos NSO e com aparência de asfalto. Se a oxidação e erosão continuarem,
muitos dos componentes dos óleos são removidos ou destruídos (BLANC E CONNAN,
1994)
Tabela III. 1 Sumário da biodegradação seletiva observada nas diferentes classes de
compostos . Modificado de PETERS et al. (2005)
Classe de Composto Suceptibilidade a biode gr ad ação
Alcanos ramificados Monometilados,polim e t ilados, muito ramificados
Isoprenóides Acíclicos Menor massa molecular, maior massa molecular,
Isoprenóide s acíclicos degradados antes da maior
alteração de biomarcadores policíclicos
Benzenos alquilados e HPAs 1 anel, 2 anéis, 3 anéis, 4 anéis. metil e dimetil,
trimetil ou esp ecies alquilada s extend ida s
Alquilbif en ilo e
alquildif enilmetano
Alquilação a C4, C2 ou C3
Hopanos ( 25 norhopanos
presentes)
22R, 22S para homohopanos e favorece C27 a
C32, C33, C34, C35. Os homólogos menores do
que C27 a C32 são mais resisten tes
Hopanos ( 25 norhopanos
ausentes)
C35, C34, C33, C32, C31, C30, C29, C27 e 22R,
22S
Esteranos ( 25 norhopanos
presente)
ααα20R e αββ20R, , ααα20S C27, C28, C29
Esteranos ( 25 norhopanos
ausente)
ααα20R( C27C29) , ααα20 S( C2 7) , ααα20S(C28),
ααα20S(C29), αββ(20S+20R)(C 27C29)
Diaster anos C27, C28, C29
Triterpan os não hopanóoides Gamacerano e Oleanano são resistentes, mais do
que os hopanos
Esteroides Arom áticos C20 C21 TA, C27C29 20 R MA=C26 C28 20 R TA,
C21C22MA
Porfir in as Não se tem evidências de biodegrada ção neste s
compostos
18
CAPITULO IV. BIOMARCADORES.
Introdução
Biomarcadores, marcadores biológicos ou fósseis geoquímicos são compostos que
mantém uma relação inequívoca com estruturas de organismos vivos os quais quando
incorporados aos sedimentos, sofrem pequenas modificações, preservando seus
esqueletos básicos de carbono, aparecendo então como misturas complexas em
sedimentos e petróleos, fig. IV. 1 (PETERS & MOLDOWAN, 1993).
sedimento(s giipídeos)Cetir.
19
Fig IV.1. Esquema de origem dos esteranos a partir dos esteróis encontrados na memb rana
celular de organismos eucarióticos (PHILP, 1985; WAPLES & MACHIHARA, 1991).
IV.1 Principais Informações Fornecidas pelos Biomarcadores
Grau de evolução térmica
O monitoramento destas alterações estruturais (isomerização e aromatização de
compostos) e das degradações térmicas (compostos menos estáveis tendem a
desaparecer em relação aos mais estáveis) permite estabelecer o grau de maturação
térmica de óleos e da matéria orgânica em sedimentos (PETERS & MOLDOWAN,
1993).
Correlação óleo/ óleo e óleo/ rocha geradora.
Óleos de origens diferentes apresentam composições diferentes de biomarcadores.
Como exemplo, pode-se citar a diferença entre os óleos de origem marinha e terrestre
que produzem petróleos distintos. Em óleos de origem marinha a matéria orgânica é
20
proveniente principalmente de algas aquáticas que possuem compostos com estrutura
química diferente dos compostos encontrados em petróleos de origem terrestre.
Desta forma a correlação óleo/óleo corresponde a reconhecimento da semelhança da
composição molecular de pelo menos, duas amostras de petróleo, implicando a ambas
uma origem comum. A correlação óleo/rocha geradora serve para identificar a rocha
geradora que efetivamente gerou uma dada acumulação de óleo, através do
reconhecimento da semelhança da composição molecular de um óleo e um extrato
orgânico de rocha.
O conhecimento geológico adequado da bacia, aliado à identificação da rocha
geradora permite qualificar outras possíveis ocorrências de óleo na mesma bacia
(PETERS et al., 2005).
Biodegradação
A biodegradação de óleos é efetuada por microorganismos presentes na rocha
reservatório pela circulação de águas subterrâneas. A análise regional de indicadores
de biodegradação permite determinar o local de entrada de águas meteóricas e de
microorganismos na bacia e assim identificar as áreas com menor posibilidade de
biodegradação e, conseqüentemente, mais ricas em hidrocarbonetos de boa qualidade
(PALMER, 1993).
Análise Paleoambiental (ambiente deposicional) e cronoestratigrafia (idade do
óleo)
O fato dos biomarcadores manterem uma relação direta com os organismos dos quais
se originaram, faz com que estes possam ser utilizados como indicadores
paleoambientais, ou seja, do ambiente deposicional da matéria orgânica (PETERS &
MOLDOWAN, 1993).
A evolução dos organismos também indica que diferentes espécies de algas, vegetais
superiores e bactérias viveram em períodos diferentes ao longo do tempo geológico.
Conseqüentemente, alguns biomarcadores são característicos de um determinado
tempo geológico, portanto podem ser utilizados para inferir a idade relativa da rocha
geradora.
Na tabela IV. 1 apresentam-se as fontes biológicas de alguns dos biomarcadores.
21
Tabela IV.1. Fontes biológicas de alguns Biomarca dores ( PETERS & MOLDOWAN, 1993)
MARCADORES
BIOLÓGICOS
PRINCIPAIS FONTES SUGERIDAS
Pristano Fitol, Tocoferois
Fitano Archaebacteria (Halófilos e/ou Metanogênicos)
C
21
–C
25
Isoprenóides Acícl i cos Archaebacteria (Halófilos e/ou Metanogênicos e/ou
Termoacidófilos
Esqualano Archaebacteria (Metanogênicos e/ou Termoacid ófilos)
Licopano Bacteria Metanogênicas
Botriococano B.braunii
Isoprenóides + ramificados Algal
Tricíclicos Estendidos Bactérias? Acritarcas ?
Diterpanos tricíclicos Plantas Superiores
Diterpanos tetracíclicos Plantas Superiores
Esteranos Algas, Plantas superiores
Dinosteranos Dinoflagelados
4- Metil-Esteranos Dinoflagelados Primnesiofi t os ( Metanotróficos? )
Hopanos Bacteria
Metil – Hopanos Bacteria
Oleanano Angiospermas
Gamacerano Protozoarios? Bactéria?
IV. 2. Principais classes de biomarcadores e parâmetros indicadores de ambiente
deposicional, evolução térmica e biodegradação.
As classes de biomarcadores mais empregadas em análises de petróleo são:
hidrocarbonetos ramificados, os terpanos (bicíclicos, tricíclicos, tetracíclicos e
pentacíclicos), os esteróides (esteranos regulares, diasteranos, assim como
esteróides monoaromáticos e triaromáticos).
O objetivo desta discussão não é efetuar um levantamento bibliográfico sobre todos os
biomarcadores e suas aplicações, uma vez que a literatura apresenta exemplos
suficientes (PETERS & MOLDOWAN, 1993, PETERS et al., 2005). O objetivo é
esclarecer com detalhes algumas das correlações efetuadas a partir da análise dos
biomarcadores, que são empregadas na análise de petróleos.
Os hidrocarbonetos são uma classe de compostos, que apresentam uma boa
estabilidade química em águas e sedimentos e têm sido muito usados como
marcadores geoquímicos. Existem várias fontes desses compostos e sua distribuição
varia muito de uma área para outra. As principais fontes biológicas incluem bactérias,
microalgas, macroalgas e plantas terrestres (VOLKMAN, 1992).
22
IV .2.1 Hidrocarbonetos Saturados.
A fração de hidrocarbonetos saturados isolada do petróleo e das rochas geradoras
contém vários tipos de biomarcadores cuja abundância e configuração vai depender
do tipo de petróleo.
IV.2.1.1 Isoprenóides Acíclicos, parâmetros indicadores.
Os alcanos isoprenóides são hidrocarbonetos de cadeia ramificada com estrutura
molecular comum derivada do isopreno, um alceno ramificado com cinco átomos de
carbono que constitui um dos blocos de construção de cadeias carbônicas favoritos da
natureza (MORRISON & BOYD, 1995).
Dentre os isoprenóides encontrados no petróleo os mais utilizados como
biomarcadores são o pristano (2,6,10,14-tetrametil-pentadecano) e o fitano (2,6,10,14-
tetrametil-hexadecano), fig IV.2.
Fig. IV.2. Principais isoprenóides utilizados em geoquímica orgânica.
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional
Pristano (Pr) e Fitano (Fit) são comumente utilizados para determinar as condições de
deposição da matéria orgânica. Estes hidrocarbonetos se originam da cadeia lateral da
clorofila de organismos autotróficos. A sua ocorrência esta baseada nos diferentes
tipos de reações que tem lugar durante a desfuncionalização do fitol (C
20
H
40
O),
dependendo da quantidade de oxigênio disponível no meio deposicional, fig. IV.3.
(DIDYK et al., 1978)
23
Fig. IV.3. Geração de pristano e fitano a partir do fitol (C
20
).
A razão pristano/fitano (Pr/Fit) é utilizada para prever se o paleoambiente em que se
formou o petróleo foi óxico ou anóxico. Valores para esa razão superiores a um,
preferivelmente superiores a três, indicam que o ambiente deposicional foi óxico, se for
menor que um, o petróleo formou-se em ambiente anóxico (PETERS & MOLDOWAN,
1993).
Uma limitação para o uso da razão Pr/Fit como parâmetro de origem é o fato que a
clorofila não é o único precursor do pristano e fitano. (TEN HAVEN et al., 1987) por
exemplo as archaebactérias lipídicas também são uma fonte destes isoprenóides
(PETERS & MOLDOWAN, 1993). Dessa forma a razão pode ser afetada pelas
diferenças nas contribuições dos organismos e não apenas pelo efeito redutor ou
oxidante do meio.
Além do pristano e fitano, os isoprenóides C
25
(2,6,10,14,18- pentametileicosano),
(C
25
H
52
) e o esqualano ou C
30
(2,6,10,15,19,23-hexametiltetracosano) (C
30
H
62
)
(fig. IV.4) têm sido utilizados como biomarcadores de ambiente deposicional.
MELLO (1988b) demonstrou que as concentrações do C
25
H
52
e C
30
H
62
são maiores em
petróleos de origem marinha-evaporítica, marinha carbonática e lacustre salina,
quando comparados a petróleos lacustre de água doce, marinho-aberto e marinho-
deltáico. A explicação para este fato pode ser encontrada na origem destes
isoprenóides. Tem-se demonstrado que estes se originam dos lipídeos de
archaebactérias (TISSOT & WELTE, 1984). Estas archaebactérias se reproduzem em
24
maior abundância em ambientes salinos e hipersalinos, portanto matéria orgânica
depositada sobre estas condições certamente originará petróleo com maior
concentração destes isoprenóides.
Fig. IV.4. Estruturas do a) C
25
(2,6,10,14,18- pentametileicosano) e b) esqualano mostrando os
principais fragmentos obtidos no espectrômetro de massas através de ionização por impacto
de elétrons.
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica
Se acostuma a utilizar as razões Pr/n C
17
e Fit/nC
18
para determinar o grau de
evolução térmica de um óleo ou extrato de rocha, sendo que quando estas razões são
altas (>1), considera-se baixo grau de evolução térmica, pelo contrário se existe
predomínio das n-parafinas correspondentes, estamos em presença de um óleo
evoluído termicamente. Esta razão só pode se aplicar com certeza em óleos que não
estejam alterados (HUGUES et al., 1995).
Parâmetros indicadores de Biodegradação
Um incremento na proporção relativa dos isoprenóides, relativo aos hidrocarbonetos
lineares no perfil cromatográfico, é indicação de que a amostra que está sendo
analisada encontra- se afetada por biodegradação. As razões Pr/n C
17
e Fit/nC
18
são
também utilizadas, para ter indícios ao respeito, quando estas razões apresentam
altos valores, podemos dizer que o óleo está biodegradado (PALMER, 1993).
25
IV. 2. 1. 2. Triterpanos
Acredita-se que a maioria dos biomarcadores triterpanos sejam provenientes de
bactérias (OURISSON et al., 1984). Embora a transformação de triterpenóides em
triterpanos considera-se extremamente complexa (FREEMAN et al., 1990). Estes
compostos constituem uma classe de biomarcadores de grande importância na
geoquímica orgânica, ao ser empregados como indicadoress de evolução térmica,
biodegradação, idade geológica e origem da matéria orgânica.
A família dos sesquiterpanos bicíclicos é a menos estudada dentre os terpanos.
NOBLE et al. (1986), estudou estes compostos com fins de fazer correlações óleo-
rocha geradora. Na fig IV.5, se pode observar um membro desta família, o drimano.
Fig. IV.5 Sesquiterpano bicíclico, est rutura do Drimano segundo a IUPAC ( 8α (H)-Drimano)
A família dos terpanos tricíclicos, com só três anéis, tem sido mais bem estudados em
AQUINO NETO et al. (1982, 1989) , AZEVEDO et al. (1992) e DE GRANDE et al.
(1993), fig. IV.6.
Fig. IV.6. Quebra na estrutura do terpano tricí clico C20, que gera o íon m/z 191
(AQUINO NETO et al., 1982).
Os triterpanos mais estudados têm cinco anéis, chamados pentacíclicos. A maioria
destes compostos tem de 27 a 35 átomos de carbono, podendo chegar até 40 átomos
(RULLKÖTER & PHILP, 1981; FARIMOND et al., 1998). Estão divididos em
hopanóides e não hopanóides.
26
Os hopanóides incluem os chamados hopanos: 17α(H), 21β(H) hopanos, e os
moretanos 17 β(H), 21 α(H) hopanos.
Os hopanos são provenientes do bacteriohopanotetrol, um componente da membrana
celular de organismos procariontes. A estrutura da molécula possui uma parte polar e
uma apolar (fig. IV.7). Sua função nas células é aumentar a rigidez da membrana
(PETERS & MOLDOWAN, 1993).
Os hopanos mais freqüentemente utilizados contêm de 27-35 átomos de carbono e
formam a serie homóloga de configuração 17α(H), 21β(H). Cada homólogo difere do
próximo por um grupo CH
2
ligado à cadeia lateral do anel E.
Fig.IV.7. Origem proposta dos hopanos em petróleos e isome rização do s centros C
17
, C
21
e
C
22
durante a diagênese. (PETERS & MOLDOWAN, 1993).
=ß: H acima do planо o=α: H abaixo do plano X= CH
3
, C
3
H
7
, C
4
H
9
, C
5
H
11
.
27
C
29
e C
30
17α(H) hopanos não tem carbonos quirais, mas os hopanos de C
31
a C
35
chamados homohopanos ou hopanos estendidos, possuem carbono quiral na posição
C
22
da cadeia lateral gerando os epímeros 22R e 22S, fig. IV.8.
Onde: x= CH
3
, C
2
H
5
, C
3
H
7
, C
4
H
9
ou C
5
H
11
Fig. IV. 8. Estrutura dos estereoisómeros (posição 22), hopanos extendidos,
O outro grupo de terpanos pentacíclicos os chamados não hopanóides, apresentam no
anel E seis átomos de carbono, dentro desta classe estão o gamacerano e a família de
compostos chamados de oleananos, fig, IV.9 .
Fig. IV.9. Estruturas dos não-hopanóides 18α(H)-oleanano e gamacerano (WAPLES e
MACHIHARA, 1991).
A ocorrência de compostos com a estrutura do tipo gamacerano está no tetraimanol,
um constituinte da membrana de certos protozoários, bactérias fototróficas e
possivelmente outros organismos que sobrevivem em condições de alta salinidade.
A família de oleanano provém de precursores entre os vegetais superiores terrestres,
especialmente daquelas que produz abundantes resinas, as Angiospermas.
(EKWEOZOR et al.,1988; EKWEOZOR & TELNAES, 1990).
28
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional em Triterpanos
Os diterpanos tricíclicos têm sido usados como indicadores de aporte de material
terrestre, mas seu uso não é recomendado sem uma rigorosa identificação estrutural.
(PETERS et al., 2005)
O gamacerano é um triterpeno C
30
, com esqueleto não hopanóide (fig. IV.9). A
presença deste composto em amostras de petróleo foi sempre associada a ambientes
deposicionais altamente salinos: marinhos e não marinhos, embora a relação
precursor/ produto ainda não tinha sido provada ( MOLDOWAN, 1985; MELL O, 1988;
TEN HAVEN, 1989), Estudos posteriores (SINNINGHE DAMSTÉ et al, 1995),
associaram o gamacerano com a estratificação da coluna de água.
A presença de oleanano em meio marinho provavelmente representa transporte de
fontes terrestres, sendo um indicador de condições deposicionais. Além disto, por
originar de angiospermas e estas só terem aparecido no final do período cretáceo, é
também um indicador de idade (Cretáceo Superior ao Recente) (RIVA et al., 1988,
EKWEOZOR et al., 1988, 1990).
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica em Triterpanos
A abundância dos terpanos tricíclicos (Cheilantanos), aumenta com o incremento da
evolução térmica. (AQUINO NETO et al., 1983; PETERS et al., 1990)
O emprego de hopanos como parâmetros de maturidade da matéria orgânica baseia-
se na isomerização de alguns dos centros assimétricos presentes na molécula. Durante
o processo de geração de petróleo a configuração biológica, menos estável, é perdida
dando origem compostos com configurações mais estáveis, ou seja, as configurações
geológicas.
Dentre os vários parâmetros que utilizam hopanos como biomarcadores de evolução
térmica de óleos, os mais empregados são a razão βα moretanos/ (αβ hopanos+ βα
moretanos) e a razão Ts/Ts+Tm). Estes parâmetros serão discutidos a seguir:
29
βα moretan os/ (αβ hopanos+ βα moretanos)
A configuração biológica dos hopanos nas posições C
17
e C
21
é 17β(H), 21β(H), ββ,
não é termodinamicamente, a mais estável. Durante a diagênese e catagênese ocorre
a isomerização das posições C
17
e C
21
originando os compostos relativamente mais
estáveis 17β(H), 21α(H) moretanos, βα, e 17 α(H), 21β(H) hopanos, αβ da mesma
forma a configuração 22R converte-se para 22S (PETERS & MOLDOWAN, 1993), fig.
IV.10.
Os hopanos ββ não são encontrados em óleos ou betumes a menos que estes últimos
estejam muito imaturos. Um esquema proposto na literatura (SEIFERT &
MOLDOWAN, 1980), para o caminho de reação de isomerização de hopanos é
mostrado abaixo, fig. IV.10.
Energia
Caminho da reação
Fig. IV.10. Caminho de reação proposto para isomerização de hopanos (adatado de PETERS
& MOLDOWAN, 1993).
Durante a diagênese, a temperatura aumenta suficientemente para superar as
barreiras de energia de ativação G
1
e G
2
formando βα moretanos, αβ hopanos. A
interconverção de αβ para ββ hopanos não é possível devido a alta barreira energética
G
4.
Entretanto quando a temperatura aumenta, pode ocorrer interconverção de βα,
para αβ através do ββ, com o aumento da temperatura ocorre um equilíbrio entre βα e
ββ e o ββ se converte em α β, que é termodinamicamente mais estável.
30
Razão Ts/(Ts+Tm)
Durante a catagênese e a diagênese o C
27
17 α(H) trisnorhopano (Tm), mostra ser
menos estável que o C
27
18 α(H) trisnorneopano (Ts), (fig. IV.11).
Não se sabe se ocorre a conversão de Tm em Ts, mas à medida que aumenta a
maturidade do óleo, a quantidade de Tm diminui em relaç ão à de Ts. Sendo assim a
razão Ts/(Ts+Tm) aumenta com a maturidade do óleo (PETERS & MOLDOWAN,
1993). Este parâmetro é um indicador confiável de maturidade, quando são avaliados
óleos da mesma fonte e litologia consistente, pois a razão parece ser susceptível à
reação de catalização das argilas, sendo mais baixa a razão para amostras
carbonáticas (MC KIRDY et al., 1983; 1984; RULLKOTER et al., 1988; PRICE et al.,
1987).
(Tm) (Ts)
Fig. IV.11. Estrutura química de 17α(H)-22, 29, 30- Trisnorhopano, Tm e 18α(H)-22, 29, 30-
Trisnorneohopano,Ts.
Embora não muito comum, alguns trabalhos falam sobre a utilização do oleanano
como parâmetro de maturidade (RIVA et al., 1988; EKWEOZOR & UDO, 1988;
EKWEOZOR & TELNAES, 1990). A razão entre os dois isômeros do oleanano (18α
(H)/ 18 β(H)) aumenta na faixa de maturidade até 0,6 próximo ao pico de geração.
Também a soma dos dois isômeros do oleanano além do C
30
hopano, chamado
Parâmetro de Oleanano ou OP (EKWEOZOR & T ELNAES, 1990), varia com a
maturidade alcançando o máximo valor de vitrinita entre 0,46-0,58%, correlacionando
muito bem com o inicio da janela de geração de petróleo.
31
Parâmetros Indicadores de Biodegradação em Triterpanos
Durante o processo de biodegradação do petróleo a metila C
25
ligada ao carbono C
10
em hopanos é removida preferencialmente em relação ao resto (fig IV.12). Neste
processo os hopanos são convertidos em norhopanos, ou hopanos demetilados
(PETERS & MOLDOWAN, 1993). Óleos muito biodegradados apresentam a série
completa de 25-norhopanos provenientes dos hopanos.
C
30
17α(H), 21β(H) hopano C
29
25-Nor-17α(H), 21β(H) hopano
Fig. IV.12. Estrutura de hopanos e 25–norhopanos e fragmentação caracterís tica obtida no
espectrômetro de massas através de ionização por impacto de elétrons.
IV. 2. 1. 3. Esteranos
Os esteróides são derivados da diagênese dos esteróis que são encontrados na
maioria das plantas superiores e algas, mas são raros em organismos procariontes
(VOLKMAN, 1986; WAPLES & MACHIHARA, 1991; PETERS & MOL DOWAN, 1993).
São importantes componentes da membrana celular e dos hormônios em organismos
eucariontes (WAPLES & MACHIHARA, 1991; PETERS & MOLDOWAN, 1993).
IV. 2.1.3. 1. Esteranos regulares
Os quatro principais precursores dos esteróides contendo 27, 28, 29 e 30 átomos de
carbono tem sido identificados em organismos fotossintéticos. Esses esteróis dão
origem a quatro diferentes esteranos regulares durante a diagênese, que podem ser
chamados de homólogos ou membros da série homóloga, pois só diferem pela adição
de unidades de metileno (CH2) numa parte da molécula. O termo regular indica que o
Biodegradação
m/z 191
m/z 177
32
esqueleto carbônico é idêntico ao de precursor. Há diferentes formas de chamar aos
grupos de C
27
-C
29
esteranos. colestano, ergostano e sitostano, também podem ser
chamados como homólogos do colestano, ou seja, 24-metilcolestano, para C
28
e 24-
Etilcolestano para C
29,
(WAPLES & MACHIHARA, 1991). Como se mostra na fig.
IV.13.
Fig. IV.13. Estrutura de C
27
-C
30
esteranos derivados de esteróis, (WAPLES & MACHIHARA,
1991; PETERS et al., 2005).
Os precursores apresentam os mesmos detalhes estruturais das novas estruturas dos
esteranos, cuja estereoquímica se encontra somente como epímero 20R, pois
somente esta estrutura é formada biologicamente (WAPLES & MACHIHARA, 1 991;
PETERS et al., 2005).
33
Estudos sugerem que durante a diagênese mudanças estereoquímicas podem ocorrer
no carbono 14 e no carbono 17. As moléculas dos esteróis apresentam átomos de
hidrogênio na configuração alfa (α) em ambas as posições. Esta forma é designada
como 5α(H), 14α(H),17α(H) ou 14α(H), 17α(H) ou simplesmente ααα ou αα. Apesar de
a forma diageneticamente produzida ser a forma dominante, tem sido sugerido
(RULLKOTTER & MARZI, 1988; PEAKMAN et al., 1989; WAPLES & MACHIHARA,
1991) que a forma 5α(H), 14β(H),17β(H) (αββ ou ββ) também pode ser produzida
durante a diagênese (Fig.IV. 1), particularmente em ambientes hipersalinos.
A configuração biológica do esterol é 8β(H), 9α(H),10β(CH3),14α(H),17α(H),20R.
Tendo-se no equilíbrio uma mistura dois isômeros:
5α(H), 14α(H),17α(H)20R (ααα 20R); 5α(H),14α(H),17α(H)20S (ααα 20S), 5α(H),
14β(H),17β(H)20R (αββ20R) e 5α(H),14β(H),17β(H)20S (αββ20S), em uma proporção
de 1:1:3:3 (PETERS & MOLDOWAN, 1993). Fig. IV.1
Assim como acontece com os terpanos, os esteranos constituem uma das mais
importantes classes de biomarcadores utilizados principalmente como indicadores de
origem e evolução térmica da matéria orgânica (PETERS & MOLDOWAN, 1993).
IV.2. 1. 3. 2. Diasteranos (Esteranos Rearreanjados)
A família dos esteranos rearranjados ou diasteranos (Fig. IV.14) também é comumente
encontrada em óleos e sedimentos e acredita-se que a transformação de esteranos
regulares para diasteranos ocorra durante a diagênese sob certas condições e durante
a catagênese em outros casos. Apresentam-se como componentes principais C
27
-C
29
e são formados provavelmente pelo rearranjo de esteranos regulares promovido pela
catálise ácida da matriz mineral (SIESKING, 1979). A diferença destes compostos
para os esteranos regulares se encontra nas posições carbono-5, carbono-10,
carbono-13 e carbono-14, onde as posições C-5 e C-14 estão ligados grupos metil, e
nas posições C-10 e C-13, ligados a átomos de hidrogênio (WAPLES &
MACHIHARA, 1991).
34
Fig. IV.14. Estrutura do epímero 20S do esterano rearranjado C29 (diacolestano).
Círculos fechados representam o átomo de hidrogênio na co nfiguração β (H para frente do
plano) e círculos abertos representam o átomo de hidrogênio na posição α (H para trás do
plano) (WAPLES & MACHIHARA, 1991).
Os rearranjos de esteranos a diasteranos podem ocorrer sem a presença de argilas:
- Por reações de intercâmbio de hidrogênio
- Pela destruição dos esteranos
-Pelo aquecimento na faixa postmatura, refletindo a maior resistência dos diasteranos
à elevação da temperatura (RULLKOTER et al., 1994)
IV. 2.1. 3. 3. Metilesteranos
Outro grupo de esteranos são os 4-metilesteranos, que possuem um grupo metila
adicional ligado ao carbono 4 no anel A. Eles formam duas famílias distintas. A família
chamada de dinosteranos, derivados dos esteróides presentes nos dinoflagelados
(GOODWIN et al., 1983) é encontrado somente na forma do homólogo C
30
, ou seja, é
um colestano (esterano regular) com três grupos metila adicionais.
A outra família, que são os 4-metilcolestanos, cuja origem é incerta, pode ser
considerada como sendo composta pelos três esteranos regulares (colestano, 24-
metilcolestano e 24-etilcolestano) contendo um grupo metila adicional no Carbono 4,
formando a série homóloga com C
28-30
(WAPLES & MACHIHARA, 1991).
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional em Esteranos
Estudos efetuados em petróleos têm mostrado que óleos de origem lacustre salina e
de água doce apresentam baixa concentração de esteranos, enquanto que em
petróleos de origem marinha e hipersalina a concentração de esteranos é mais
elevada (MELLO, 1988 b).
35
Os esteranos mais comuns em rochas e óleos são os C
27
, C
28
e C
29
5α(H), 14α(H),
17α(H) 20R. (HUANG & MEINSCHEIN, 1979) eles propuseram que as distribuições
relativas deles estariam relacionadas à ambientes específicos e sugeriram que os
esteranos poderiam fornecer informações importantes de paleoambientes.
Propuseram também que a predominância dos C
29
esteranos indicaria contribuição
terrestre enquanto a predominância dos C
27
esteranos indicaria maior contribuição de
fitoplâncton marinho.
Os C
28
esteranos, quando em maior proporção, poderiam indicar maior contribuição de
algas lacustres. Assim, foi sugerido o uso de um diagrama ternário para representar as
proporções relativas destes três esteranos, como mostra a Fig. IV.15 (WAPLES &
MACHIHARA, 1991).
Fig.IV.15. Diagrama ternário mostrando a interpretação dos ambientes a partir da distribuição
dos esteranos, adaptado do original de HUANG & MEINSCHEIN (1979), (WAPLES &
MACHIHARA, 1991).
A abundância relativa de C
27
e C
29
mostra alta especificidade para entrada de espécie
eucariótica. Embora em ambiente marinho a quantidade de C
29
seja pouca, no caso de
carbonatos a quantidade de C
29
se incrementa, produto do aporte das algas marinhas.
(MOLDOWAN et al., 1985).
O diagrama ternário dos esteranos é amplamente utilizado para distinguir grupos de
óleos de diferentes rochas geradoras ou diferentes fácies orgânicas da mesma rocha
geradora. Apesar da ampla utilização, esta regra deve ser aplicada com cautela, pois
36
alguns trabalhos apresentaram controvérsias. (VOLKMAN, 1986; MELLO, 1988)
encontrou o esterano C
29
como maior componente em petróleos cuja origem da
matéria orgânica não é terrestre, (algas marinhas). Alguns estudos mostram que este
parâmetro pode ser influenciado pela evolução térmica (CURIALE, 1986). Mas,
PETERS et al. (2005) sugerem que as disposições dos grupos de amostras no gráfico
não mudam consideravelmente em toda a janela de geração de óleo.
Petróleos de origem marinha carbonática e evaporítica, cujas matrizes minerais
contêm pouca quantidade de sítios ácidos, apresentam quantidades muito pequenas
de diasteranos comparadas a esteranos regulares, enquanto que petróleos de origem
lacustre, marinho ou deltáico, cujas matrizes são argilas que contém sítios ácidos em
suas estruturas, apresentam maior abundância relativa de diasteranos.(VOLKMAN,
1986;MELLO, 1988)
A relação diasteranos/esteranos regulares tem sido aplicada para diagnóstico de
ambiente deposicional siliciclástico, mas pode ser influenciada pela maturidade
térmica e biodegradação. Os diasteranos são também mais resistentes a
biodegradação que os esteranos regulares (PETERS & MOLDOWAN, 1993).
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica em Esteranos
A maioria dos parâmetros de maturidade é baseada nas abundâncias relativas de dois
estereoisômeros e envolvem um aumento relativo d o isômero mais estável
termicamente (o não biológico) comparado com o isômero que apresenta a
estereoquímica original (FARRIMOND et al., 1998). Inicialmente, acreditava-se que
este processo compreendia na direta isomerização ou epimerização dos
biomarcadores livres no betume (SEIFERT & MOLDOWAN, 1980; FARRIMOND et al.,
1998).
Entretanto, estudos forneceram dados quantitativos mostrando que os mecanismos
que controlam os parâmetros de maturação são bem mais complicados, indicando que
outros fatores como suas estabilidades térmicas (craqueamento) também são
importantes (PETERS et al., 1990; FARRIMOND et al., 1998).
37
Assim como acontece com os terpanos, os parâmetros utilizados para verificar a
evolução térmica do petróleo através dos esteranos baseiam-se na isomerização de
alguns centros assimétricos da molécula.
Dentre as correlações de isômeros mais empregadas estão às razões:
5α(H),14β(H),17β(H)/[(5α(H),14β(H),17β(H))+(5α(H),14α(H) ,17α(H)] mais conhecidas
como αββ / (αββ+ααα) e 20S/(20S+20R), esta última razão baseia-se na isomerização
das posições C
14
e C
17
para os compostos 20R e 20S de esteranos regulares.
Razão αββ/(αββ+ ααα)
Na natureza, a forma dos esteranos produzida biologicamente é a αα. Com o avanço
da diagênese, esta forma progressivamente converte-se em uma mistura das formas
αα e ββ. Esta transformação ainda não é bem conhecida, mas aparentemente dois
átomos de hidrogênio próximos mudam simultaneamente da posição alfa (α) para a
posição beta (β). Já que existem os diastereoisômeros 20S e 20R para cada forma, αα
e ββ respectivamente, existirão quatro espécies distintas na família dos C29
esteranos. Este mesmo fato ocorre para os C27 e C28 esteranos, mas a identificação
dos isômeros é comumente dificultada por coeluições com outros compostos
(WAPLES & MACHIHARA, 1991).
A isomerização no Carbono 14 e o Carbono 17 nos C
29
esteranos regulares 20S e 20R
geram uma aumento na razão ββ/(ββ +αα), esta razão com o progressivo aumento da
maturação, varia de valores próximos a zero até valores próximos a 0,7 (valores de
equilíbrio entre 0,67 e 0,71 ; um pouco antes do pico de geração de óleo (SEIFERT &
MOLDOWAN, 1986; PETERS et al., 2005).
A razão não parece ter dependência da fonte e a correlação de % ββ e 20S é efetivo
para descrever a evolução de rochas geradoras assim como de óleos (SEIFERT &
MOLDOWAN, 1986). Apesar de experimentos laboratoriais indicarem que a razão
ββ/(ββ +αα) responde diferentemente as variações das litologias (PETERS et al.,
1990), a razão ββ/(ββ +αα) é muito útil para a determinação da evolução térmica para
a maioria dos óleos e betumes (PETERS et al., 2005).
38
Razão 20S/(20S+20R)
A razão 20S/(20S+20R) é um dos parâmetros moleculares de maturação mais
aplicados em geoquímica de petróleo (FARRIMOND et al., 1998). Somente a
configuração R no carbono 20 ocorre nos precursores esteroidais presentes nos
organismos vivos. Esta configuração é gradualmente convertida durante a maturação
para uma mistura de esteranos de configurações R e S (PETERS et al., 2005).
As razões de isomerização de esteranos normalmente são calculadas nos compostos
C
29
(24-etilcolestanos, estigmastanos ou sitostanos) devido a facilidade na análise
usando os cromatogramas de massas do íon m/z 217. As razões de isomerização
baseadas nos esteranos C
27
e C
28
normalmente não são empregadas, pois
apresentam interferência por coeluição de picos (PETERS et al., 2005).
Com o aumento da maturidade térmica, a isomerização no carbono 20 do C
29
esterano
5α(H),14α(H),17α(H) produz um aumento da razão de zero para aproximadamente
0,5, pois a abundância da configuração biológica 20R diminui enquanto a 20S
aumenta, dando no equilíbrio um valor entre 0,52 e 0,55. Geralmente o pico de
geração de óleo é associado a um valor de 0.4 (PETERS & MOLDOWAN, 1993).
Fatores como variação de organofácies e biodegradação também podem afetar as
razões de isomerização dos esteranos. No caso de biodegradação, por exemplo, a
remoção seletiva dos epímeros pode resultar no aumento da razão para valores acima
de 0,55 (PETERS et al., 2005).
A plotagem conjunta das duas razões (αββ/(αββ+ ααα) e 20S/(20S+20R) para os C
29
esteranos é uma das formas mais usadas na descrição da evolução térmica de
rochas geradoras e óleos (SEIFERT & MOLDOWAN, 1986; WAPLES & MACHIHARA,
1991; PETERS et al., 2005).
Cabe ressaltar, entretanto, que esta razão, também pode ser bastante afetada por
fatores ambientais (WAPLES & MACHIHARA, 1991). Em ambientes hipersalinos,
grandes quantidades de ββ esteranos são formadas (TEN HAVEN et al., 1986;
PETERS et al., 2005), independentemente do efeito da catagênese. MCKIRDY et al.
(1983) também propõem que a matriz mineral pode afetar ambos os parâmetros de
maturidade.
39
Razão Diasteranos/Esteranos regulares
Esta razão é aplicável a toda a janela de geração, mas o valor depende do meio
deposicional, em meio carbonático é baixa (MC KIRDY et al., 1983, RULLKOTER et
al., 1985). Porém, após do pico de geração se incrementa rapidamente (PETERS &
MOLDOWAN, 1990).
Parâmetros Indicadores de Biodegradação em Esteranos
Nos esteranos a primeira mudança observada é a redução na abundância relativa do
epímero 20R de 14α(H), 17α(H) C
29
esterano em relação ao epímero 20S (MC KIRDY
et al., 1983). Este processo pode ser reconhecido porque a razão 20S/20S+20R em
óleos normais nunca excede o valor de 1,2 e no caso de óleos biodegradados esta
razão pode atingir valores muito maiores.
A ordem de ataque nos esteranos pelas bactérias é:
αα- 20R>αα-20S>ββ-20R>ββ20 (SEIFER & MOLDOWAN, 1979; MACKENZIE et al.,
1983; MCKIRDY et al., 1983; ZHANG et al., 1988; WAPLES & MACHIHARA, 1991).
Em geral, os autores concordam que nos esteranos ocorre a biodegradação
preferencial dos compostos mais leves (Ex C
27
esteranos regulares).
Os esteranos C
27
-C
30
ααα 20R, são os mais suscetíveis a biodegradação (SEIFERT et
al., 1984).
IV. 2. 2. Hidrocarbonetos Aromáticos
IV. 2. 2.1. Hopanóides Aromáticos
Os hopanóides aromáticos têm origem a partir da aromatização dos hopanóides
presentes na membrana celular de bactérias. Os mais utilizados desde o ponto de
vista geoquímico são os 8, 14 secohopanóides monoaromáticos, fig. IV. 16(A).
40
Fig.IV.16. 8,14-Secohopanóides Monoaromático s e Benzohopanos (de izquerda a direita)
Os benzohopanos, fig IV.16 (B), são provavelmente formados pela ciclização da
cadeia lateral dos hopanos, seguida de aromatização (HUSSLER et al., 1984a;
1984b). Estes compostos variam em número de carbono de C
32
a C
35
, em
concordância com sua origem proposta a partir de hopanos durante a diagênese
precoce.
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional
Os hopanóides aromáticos, tetra e pentacíclicos, com esqueletos do oleanano, lupano
e ursano, indicam uma contribuição de vegetais superiores (GARRIGUES et al., 1986;
LOUREIRO & CARDOSO, 1990).
Os benzohopanos estão presentes em quantidades de traços na maioria das rochas
geradoras e óleos, porém nos óleos e betumes de rochas geradoras de ambiente
deposicionais evaporíticos e carbonáticos apresentam-se em altas concentrações
(WEI & SONGNIAN, 1990). Sendo assim, os benzohopanos foram propostos como
indicadores desses tipos de ambiente deposicional (PETERS et al.,2005)
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica
A razão entre os 8,14 secohopanoides monoaromáticos no anel D e os benzohopanos
foi proposta como um novo parâmetro de maturação (WEI & SONGNIAN, 1990). Foi
sugerido que essa razão pode ser aplicada, particularmente a óleos extremamente
biodegradados
41
Parâmetros Indicadores de Biodegradação
Os 8, 14-secohopanóides monoaromáticos no anel D, e os benzohopanos, (fig. IV.16)
são mais resistentes à biodegradação do que a maioria dos biomarcadores saturados
(Wei Songniean, 1990, WANG et al., 1990), pelo que pode-se determinar um
parâmetro de hopanoides monoaromáticos (HMA), o qual é útil em óleos
biodegradados pela sua resistência a biodegradação. Funciona em toda a janela de
geração e pode ser determinado a partir do ion m/z 191 para benzohopanos e m/z 365
para 8,14-secohopanóides, este parâmetro foi proposto por WEI & SONGNIAN (1990).
IV. 2. 2. 2 Esteróides Aromáticos.
Com o soterramento e incremento da evolução térmica, ocorre o processo de
aromatização do anel C de compostos esteroidais, resultando na formação dos
esteróides monoaromáticos (MA). Avançando os estágios da diagênese e catagênese,
ocorre a posterior formação dos triaromáticos (TA) produto da aromatização dos anéis
“A” e “B” de monoaromáticos (MACKENZIE et al., 1981; 1982; MACKENZIE, 1984;
SHI JIYANG et al., 1982; ABBOTT et al., 198 5; 1988). O processo é mostrado na fig.
IV.17.
A aromatização dos esteróides monoaromáticos no anel C para esteróides
triaromáticos envolve a perda do grupo metila no carbono 19 na junção dos anéis A/B
(MACKENZIE, 1984), resultando na formação de esteróides triaromáticos com um
carbono a menos, variando de C
26
a C
29
. Esta conversão foi comprovada através da
comparação das concentrações absolutas dos esteróides monoaromáticos e
triaromáticos em amostras de óleo (REQUEJO, 1992).
Fig. IV.17.
Aromatização de esteranos em óleos e sedimentos, mostrando a fragmentação
característica de esteranos, esteróides monoaromátic os e triaromáticos obtida no
espectrômetro de massas.
42
Estudos têm demostrado que os biomarcadores aromáticos podem fornecer
informações valiosas com respeito ã contribuição da matéria orgânica, e serem
utilizados em correlações óleo-óleo e óleo – rocha geradora, bem como na avaliação
do grau de maturidade (PETERS & MOLDOWAN, 1993, PETERS et al., 2005).
Das características geoquímicas dos biomarcadores aromáticos que podem ser
consideradas como diagnósticas de regimes originais de deposição e do estágio de
evolução térmica da matéria orgânica, pode-se destacar como a mais promissora, o
aumento do grau de alquilação dos compostos aromáticos presentes.
De modo geral, as rochas carbonáticas ricas em matéria orgânica, apresentam um
grau de alquilação bem superior ao das rochas siliciclásticas. Com relação ao estágio
de evolução térmica da matéria orgânica, observa-se uma relação direta entre um
aumento do grau de alquilação dos compostos aromáticos e o incremento da
evolução térmica (CONNAN, 1984; VOLKMAN et al., 1984; PALMER, 1993; GEORGE
et al., 2002; HUANG et al., 2004).
IV. 2. 2. 2.1. Esteróides Monoaromáticos no anel C (MA)
Os esteróides monoaromáticos no anel C podem ser formados exclusivamente a partir
dos esteróides com a cadeia lateral insaturada durante a diagênese precoce (RIOLO
et al., 1986; MOLDOWAN & FAGO, 1986). Assim, os esteróides MA podem ser
considerados mais específicos do que os esteranos com relação aos precursores
Estudos mais detalhados demonstraram que a distribuição dos esteróides MA no anel
C é extremamente complexa, sendo prová vel a presença de esteróides MA
rearranjados, que muitas vezes são os compostos majoritários do perfil m/z 253
(MOLDOWAN & FAGO, 1986; RIOLO & ALBRECHT, 1985; RIOLO et al., 1986).
Os esteróides M.A. no anel C apresentam dois tipos de estrutura: os não rearranjados
e os rearranjados, fig. IV.18.
43
Fig.IV.18. Estruturas de esteróides aromáticos regulares, 5β,10β(CH
3
) e esteróides aromáticos
rearranjados, 5β(CH
3
),10β
As estruturas dos esteróides MA rearranjados foram determinadas como sendo 10
dimetil, 5α(H) e 5β(H), 20R e 20S (RIOLO et al., 1986; RIOLO & ALBRECHT, 1 985;
MOLDOWAN & FAGO, 1986). Há evidências da influência de argilas no processo de
rearranjo dos esteróides regulares em diasteróides (RIOLO et al., 1986). Fig. IV. 18.
Os esteróides monoaromáticos são considerados melhores indicadores de ambiente
deposicional que os saturados, por serem muito mais resistentes à biodegradação e
menos influenciados pelas variações de fácies orgânicas. Os esteróides
monoaromáticos de cadeia curta C
21
- C
22
são muito mais resistentes que os de cadeia
longa C
27
– C
29
(20R) (HUANG et al., 2004).
IV. 2. 2. 2. 2 Esteróides Triaromáticos (TA)
Os esteróides triaromáticos C
26
, C
27
e C
28
, fig IV.19, são originados por aromatização
e perda de um grupo metila dos esteróides monoaromáticos, como demostrado na fig.
IV.17.
FAN PU et al. (1990) sugeriram que as grandes variações observadas no número de
carbono, (m/z 231) entre os esteróides triaromáticos refletiam diferentes ambientes
sedimentares.
44
Fig. IV. 19. Estrutura de esteróides triaromáticos
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional em Esteróides Aromáticos
A representação em diagramas triangulares dos esteróides monoaromáticos, C
27
, C
28
,
C
29
fornece evidências mais valiosas para fins de correlação genética que a
representação dos esteranos regulares, pois estes compostos tem a vantagem de não
sofrer alterações significativas ao longo da janela de geração (MOLDOWAN, et
al.,1985; PETERS et al., 1989). Estes diagramas apresentam campos associados à
contribuição terrestre, marinha e lacustre (MOLDOWAN et al., 1985). Para a
confecção dos mesmos são utilizados os monoaromáticos de cadeia longa C
27
, C
28
,
C
29
. O diagrama é feito calculando-se as porcentagens de cada composto e respectivo
átomo de carbono, tendo em conta os seis isômeros como se mostra seguir:
% C
27
= C
27
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S))
% C
28
= C
28
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S))
% C
29
= C
29
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S))
Petróleos com grande contribuição de matéria orgânica de origem terrestre, como
petróleos de origem lacustre, geralmente apresentam baixas proporções relativas de
C
27
e C
28
. Explorando esta característica geral PETERS et al. (1986) e PETERS et al.
(2005) sugerem a utilização das razões. C
28
/C
29
e C
28
/C
28
+C
29
respectivamente , para
a distinção entre petróleos de origem marinha e não marinha. Valores mais elevados
destes parâmetros corresponderiam a óleos marinhos.
FAN PU et al. (1990) observaram que as concentrações de TA de alta massa
molecular poderiam distinguir entre petróleos de origem lacustre (doce ou salino) e
m/z 231
20
1
24
R
R= H C
26
CH
3
C
27
C
2
H
5
C
28
C
3
H
7
C
29
45
petróleos de origem marinha (normal ou hipersalino), encontrando maiores
concentrações nestes últimos.
As razões de esteróides triaromáticos C
26
/ (C
26
+ C
27
+C
28
), C
27
/ (C
26
+C
27
+C
28
) e C
28
/
(C
26
+C
27
+C
28
) são indicadoras de fonte, mas são susceptíveis a evolução térmica.
Como a aromatização se dá na fase inicial da janela de geração de óleo, podem
ocorrer alterações nas razões, refletindo a relativa facilidade de aromatização dos
vários precursores ou até possíveis precursores que não os esteróides MA
(MACKENZIE et al., 1983).
ALBAIGES et al. (1986) e MOLDOWAN et al. (1985) observaram a maior contribuição
de C
27
TA em petróleos de origem marinha carbonática com relação àqueles de
origem marinho normal.
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica em Esteróides Aromáticos
A quebra da cadeia lateral de esteróides monoaromáticos de cadeia longa (C
27
-C
29
)
com o aumento da evolução térmica, gernado os esteróides monoaromáticos de
cadeia curta e os de cadeia curta (C
21
-C
22
), oferece um bom parâmetro de maturidade,
fig. IV. 20
MA(I)/ MA(I+II)
Onde:
MA(I)= Somatório dos isômeros de cadeia curta C
21
- C
22
MA(II)= Somatório dos isômeros de cadeia longa de C
27
-C
29
Esta razão parece ser insensível a variações de ambiente deposicional das geradoras
e auxilia a avaliação da evolução térmica dentro da janela de óleo, na faixa de Ro
equivalente entre 0.5 e 0.7% (PETERS et al., 2005).
Fig. IV. 20. Conversão do grupo II de esteróides monoaromáticos por quebra da cadeia lateral
durante a evolução térmica (PETERS, et al., 2005).
46
Entre os esteróides triaromáticos é calculada uma razão similar à calculada para os
esteróides monoaromáticos, explorando a conversão do grupo de triaromáticos de
cadeia longa (TA II) a triaromáticos de cadeia curta (TA I). BEACH et al. (1989)
mostraram que a razão se incrementa pela conversão de homólogos de cadeia longa
para curta.
A razão estabelecida se mostra a seguir e os compostos envolvidos podem ser
observados na fig. IV. 21.
TA(I)/TA(I+II)
Onde:
TA(I)= Soma de C
20
e C
21
TA(II)= Soma de C
26
, C
27
e C
28
, isômeros 20S e 20R.
De maneira mais simplificada, MACKENZIE et al. (1981) e PALACAS et al. (1986)
utilizaram como parâmetro de evolução térmica a razão com os compostos que se
mostram a seguir:
TA(II) = C
28
20S e TA(I)= C
20
20R
Fig. IV. 21. Conversão do grupo II para o grupo I de esteróides triaromáticos por quebra da
cadeia lateral durante evolução térmica (PETERS et al., 2005)
Razão TA/ (MA+TA)
Esta razão varia entre 0-100% com o aumento da evolução térmica, podendo ser
afetada pelo processo de migração, uma vez que os esteróides TA, os quais são mais
polares e, podem ficar retidos no betume quando comparado ao óleo expelido
(MACKENZIE, 1984; HOFFMANN et al., 1984; PETERS et al., 1990, MARZI &
RULLKOTTER, 1992). Valores entre 40-60% têm sido encontrados no inicio da
geração de óleo (TISSOT & WELTE, 1984). Esta razão é um parâmetro muito
empregado para determinação da maturidade de petróleos. Este é o único parâmetro
que se baseia em reações de aromatização para determinar a evolução térmica de
óleos e sedimentos (PETERS & MOLDOWAN, 1993). Aparentemente, este parâmetro
47
é mais sensível ao aumento de temperatura que as razões baseadas em isomerização
de centros assimétricos dos esteranos regulares.
Diferentes parâmetros de maturação, envolvendo as proporções entre TA e MA, tem
sido propostos na literatura geoquímica. Uma dessas razões requer a medida dos
isômeros, MA em C
29
, 5α(H), 20R e 5β(H), 20R, e TA em C
28
(20R), fig. IV. 22.
(MACKENZIE et al., 1981). PALACAS et al., 1986), modificaram essa razão, incluindo
os C
20
e C
28
TA.
Fig. IV. 22. Conversão de C29 (MA) em C28 (TA), durante a evolução térmica. Perda da metila
em C-10, assim como do centro assimétrico em C-5 durante a reação.
A razão TA/TA+TM pode ser utilizada como parâmetro de maturidade, mas requer que
sejam utilizados os mesmos compostos para todas as amostras (PETERS &
MOLDOWAM, 1985).
Devido à grande estabilidade térmica dos esteróides TA, na análise de óleos muito
evoluídos é mais adequada a utilização da razão dos C
26
triaromático, 20S/(20S+20R),
que a mesma razão para os C
29
esteranos regulares
( PETERS et al., 2005).
Parâmetros Indicadores de Biodegradação em Esteróides Aromáticos
Os esteróides monoaromáticos (MA) são considerados muito resistentes à
biodegradação. Entre eles, os de cadeia curta C
21
- C
22
são os mais resistentes
(HUANG et al., 2004). Em geral, estes compostos (MA) permanecem inalterados na
maioria dos petróleos biodegradados. A biodegradação é preferencial para o isômero
20R, sendo possível a biodegradação sob condições anaeróbicas principalmente (LIN
et al., 1989; VOLKMAN et al., 1984, HUANG et al., 2004).
Dentre a série de compostos triaromáticos os mais susceptíveis à biodegradação são
os compostos de cadeia curta (C
20
e C
21
TA), mas a degradação destes compostos só
começa em estágios avançados de biodegradação (PETERS et al.,2005).
48
CAPITULO V. OUTROS COMP OSTOS DE INTERESSE GEOQUÍ MICO.
Introdução
Além dos biomarcadores, saturados e aromáticos, outros hidrocarbonetos como os n-
alcanos e alguns compostos aromáticos e seus derivados alquilados são também
constituintes comuns de óleos e sedimentos antigos, e têm recebido uma considerável
atenção como indicadores de evolução térmica. Um número mais reduzido de estudos
tem apontado a utilização deste grupo de compostos como indicadores de ambiente
deposicional e de biodegradação.
Dentre estes grupos de compostos, os n-alcanos e hidrocarbonetos aromáticos
(naftalenos (N), fenantrenos(F), dibenzotiofenos (DBT), dibenzofuranos (DBF) e
naftobenzotiofenos (NBT), assim como seus derivados alquilados, têm se revelado
como os mais apropriados para fornecer informações diagnósticas com respeito ao
ambiente deposicional e à avaliação do grau de evolução térmica da matéria orgânica.
Estes compostos e seus derivados alquilados são relativamente abundantes em óleos
crus e extratos de rocha, quando comparados com outros componentes aromáticos,
(representam de 15-20% do total de compostos aromáticos presentes).
V.1 Compostos Saturados de Interesse Geoquímico
V.1.1. n-alcanos.
Os hidrocarbonetos lineares, n-alcanos, são componentes de grande interesse no
petróleo, pois um petróleo bom do ponto de vista comercial é aquele que apresenta
uma grande abundância de n-parafinas. Estes compostos podem fornecer informações
sobre a origem da matéria orgânica, o grau de evolução térmica do óleo e
biodegradação.
Parãmetros Indicadores de Origem (fonte e paleoambiente deposicional).
A distribuição de n-alcanos pode fornecer indicações sobre a origem da matéria
orgânica, com implicações na interpretação do ambiente deposicional.
Os n-alcanos são rotineiramente identificados por CG estão na faixa entre C
8
-C
35
.
Compostos de mais alta massa molecular têm sido estudados através de
49
cromatografia gasosa de alta resolução em alta temperatura (HTHRGC) (SELLEY,
1998; PEREIRA & AQUINO NETO, 2000).
A distribuição dos n-alcanos pode ser unimodal, bimodal ou polimodal, podendo
ocorrer uma preferência de ímpares sobre pares, ou vice-versa, de números de
carbonos. A presença de componentes de cadeia longa (C
25
-C
35
) possuindo uma
preferência ímpares/pares de carbonos é geralmente associada à contribuição de
plantas superiores, cujas ceras cuticulares são caracterizadas por n-alcanos com
massa molecular mais alto (EGLINTON & HAMILTON, 1967; VOLKMAN et al., 1992).
O fitoplâncton marinho contribui principalmente com os compostos C
15
-C
17
(BLUMER
et al., 1971) e bactérias contribuem com C
16
-C
24
, sem nenhuma preferência
pares/impares ou ímpares/pares de carbonos (PETERS & MOLDOWAN, 1993).
A predominância de n-alcanos pares sobre ímpares tem sido observada para alguns
petróleos de origem marinha carbonática e marinha hipersalina, associada ao aporte
de matéria orgânica de origem fitoplanctonica (TISSOT & WELTE, 1984; VOLKMAN et
al., 1992; PETERS & MOLDOWAN, 1993).
O padrão de distribuição de n-alcanos deve ser utilizado com muita cautela para
determinação da origem da matéria orgânica, pois podem ser alterados pela
biodegradação (remoção preferencial de n-alcanos) e pela maturidade térmica, que é
responsável pela predominância de n- alcanos de baixa massa molecular e e pela
perda da preferência ímpares/pares.
As contribuições relativas de matéria orgânica de origem terrestre e fitoplanctónica
podem ser estimadas através do Índice de preferência de carbono (CPI) e é dado pela
expressão:
CPI=1/2{(C
25
+C
27
+C
29
+C
31
+C
33
/C
24
+C
26
+C
28
+C
30
+C
32
)+(C
25
+C
27
+C
29
+C
31
+C
33
/
C
26
+C
28
+C
30
+C
32
+C
34
)}
Valores de CPI >1 indicariam aporte importante de matéria orgânica terrestre.
BOURBONNIERE & MEYERS (1996) sugeriram a utilização dos n-alcanos típicos de
cada grupo de materiais (vegetais superiores e fitoplancton), através da equação:
TAR= (C
27
+C
29
+C
31
)/ (C
15
+C
17
+C
19
)
Valores mais altos indicariam uma predominância de fontes terrígenas sobre as
aquáticas.
50
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica e Biodegradação
Extratos orgânicos de rochas geradoras imaturas geralmente apresentam
predominância de isoprenóides sobre os n-alcanos, enquanto proporções inversas se
apresentam em petróleos muito evoluídos termicamente. Assim, as razões entre Pr/
nC
17
e Fit/ nC
18
podem ser utilizadas na avaliação de evolução térmica dos óleos.
Devido ao consumo preferencial de n-alcanos em relação aos isoprenóides em
estágios iniciais de biodegradação, estes parâmetros (Pr/ nC
17
e Fit/ nC
18
) só devem
ser utilizados em amostras sem alteração por biodegradação (RESTLÉ, 1984;
PETERS & MOLDOWAN, 1993).
V. 2 Compostos Aromáticos de Interesse Geoquímico.
V. 2. 1. Naftalenos e Alquilnaftalenos.
A identificação destes compostos por CG/EM é feita através da análise dos
cromatogramas de massas m/z 142, 156 e 170. Os sesqui e triterpenóides derivados
de micro-organismos e plantas superiores têm sido sugeridos como seus principais
precursores (PUTTMAM & VILAR, 1987; STRACHAN et al., 1988; FOSTER et al.,
1989; RADKE et al., 1994; VAN AARSSEN et al., 1999). A base desta proposta está
na semelhança de alquilnaftalenos com produtos naturais.
Outros isômeros dos naftalenos, sem precursores naturais conhecidos, acha-se que
são formados a partir de duas prováveis formas (isomerização e metilação (RADKE et
al., 1982a; ALEXANDER et al., 1985; STRACHAN et al., 1988). Estes processos são
acelerados pela ação catalítica das argilas.
A abundância do naftaleno (fig.V.1) e alquil-naftalenos relativa ao total de
hidrocarbonetos aromáticos varia com o ambiente deposicional da rochas geradora.
51
Fig. V.1 Estrutura do naftaleno.
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional
RADKE (1990a), (1994); VAN AARSSEN et al. (1992) observaram abundância relativa
de 1,6 DMN em amostras com aporte de matéria orgânica terrestre. A origem deste
isômero têm sido associada à processos de aromatização e metilação (STRACHAN et
al., 1988; ALEXANDER et al., 1993; BASTOW et al., 1998; VAN AARSSEN et al.,
1999).
ROWLAND et al. (1984) observaram a presença de 1,2,7 trimetil-naftaleno (1,2,7-
TMN) em amostras de matéria orgânica de origem terrestre. STRACHAN et al. (1988)
e RADKE et al. (1990), identificaram o mesmo composto como indicativos de origem
em plantas superiores, fundamentalmente as angiospermas, podendo então sugerir
informação sobre idade.
RADKE (1984), SIMONEIT (1986), ALEXANDER et al. (1993), RADKE (1994) e
ELLIS et al. (1996) consideraram os tetrametilnaftalenos (TeMN) como indicadores de
aporte de matéria orgânica terrestre.
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica
Os naftalenos e seus derivados alquilados estão ausentes ou em muita baixa
concentração em sedimentos pouco evoluídos. O incremento da evolução térmica
leva ao enriquecimento no isômero termodinamicamente mais estável que
corresponde à posição β (RADKE et al., 1990; 1994).
Tem sido desenvolvida uma serie de razões que envolvem compostos isômeros de
naftalenos (os mais estáveis no numerador e os menos estáveis no denominador)
tanto de DMNs, TMNs e TeMN), cujo análise fornece informação valiosa com respeito
a evolução térmica.
Dentre os metilnaftalenos (MNR) e etilnaftalenos (ENR), as razões calculadas se
mostram a seguir:
52
MNR= 2MN/1MN (RADKE, 1982b).
ENR= 2EN/1EN (RADKE, 1982b).
Da serie dos Dimetilnaftaleno (DMN), RADKE et al. (1982b) e ALEXANDER et al.
(1985) estabeleceram varias razões de dimetilnaftalenos (DMNR):
DNR-1= (2,6DMN+2,7DMN)/1,5DMN
DNR2= 2,7/1,8DMN
DNR3=2,6/1,8DMN
DNR4=1,7/1,8DMN
DNR5=1,6/1,8DMN
DMNr=1,5/1,5DMN
ALEXANDER et al. (1985) sugeriram a utilização de parâmetros indicadores de
evolução térmica, baseados nos trimetilnaftalenos. As razoes definidas se mostram a
seguir:
TNR1=2,3,6 TMN/ (1,4,6 TMN+1,3,5 TMN
).
TNR2=(1,3,7+2,3,6)TMN/(1,4,6+1,3,5+1,3,6)TMN
TNR3= (1,3,7+2,3,6)TMN/1,3,6TMN
ALEXANDER et al. (1984) já tinham reportado aumento da razão entre o cadaleno
(1,6-dimetil-4-isopropilnaftaleno), fig.V.2, e o isocadaleno (3-isopropil-1,6-
dimetilnaftaleno) com o aumento da evolução térmica.
Fig. V.2. Estrutura do cadaleno (1,6-dimetil-4-isopropilnaftaleno), C
15
H
18
Parâmetros Indicadores de Biodegradação
Os isômeros de naftalenos alquilados mostram pouca suceptibilidade à
biodegradação, mostrando um incremento da resistência com o aumento do grau de
alquilação (VOLKMAN et al., 1984; WILLIAM et al., 1986; FISHER et al., 1998).
O efeito da biodegradação sobre estes compostos foi primeiramente descrito por
VOLKMAN et al. (1984) e posteriormente por FISHER et al. (1996), (1998). Estes
53
autores estabeleceram uma ordem de susceptibilidade para o ataque microbiano a
DMNs, TMNs e TeMNs e concluíram que isômeros com substituição na posição 1,6
são mais susceptíveis a biodegradação.
VAN AARSSEN et al. (1999) estudaram a suceptibilidade destes compostos à
biodegradação a nível de laboratório, e definiram várias razões relacionando sempre a
razão, entre o mais estável e o menos estável do grupo de isômeros.
As razões definidas se apresentam a seguir:
DMNr= 1,6 DMN/1,5 DMN
TMNr= 1,3,7 TMN/ (1,3,7 TMN+1,2,5 TMN)
TeMNr=1,3,6,7 TeMN/ [1,3,6,7 TeMN+ (1,2,5,6+1,2,3,5) TeMN]
PMNr= 1,2,4,6,7 PMN/ (1,2,4,6,7PMN+1,2,3,5,6 PMN).
HUANG (2004) estudou a susceptibilidade à biodegradação dos naftalenos alquilados
sob condições de reservatório e estabeleceu uma ordem de susceptibilidade à
biodegradação.
2,3,6-TMN>1,3,6TMN>1,3,7-MN>1,2,5TMN>1,2,7+1,6,7+1,2,6TMN>1,3, 5+1,4,6TMN>
1,3,7TMN; 1,2,4 TMN.
Para as séries dos tetrametilnaftalenos (TeMNs) e pentametilnaftalenos (PMNs), VAN
AARSSEN et al. (1999) estabeleceram a seqüência de susceptibilidade à
biodegradação como segue:
1,3,6,7-TeMN; 1,2,3,6-TeMN>1,2,5,7-TeMN; 1,2,3,7-TeMN; 1,2,4,6+1,2,4,7+1,4,6,7-
TeMN>1,3,5,7- TeMN; 1,2,6,7-TeMN; 2,3,6,7 TeMN>1,2,5,6+1,2,3,5- TeMN.
1,2,4,6,7 PMN>1,2,3,6,7 PMN; 1,2,3,5,7 PMN>1,2,3,5,6 PMN.
V.2 Fenantreno e Alquifenantrenos.
É aceito que os fenantrenos (fig V. 3), encontrados em petróleos e matéria orgânica
sedimentar são derivados de esteróides e triterpenóides encontrados em materiais
biológicos (MAIR, 1964; GREINER et al., 1976).
Fig.V. 3. Estrutura de fenantreno
. C
14
H
10
54
A ampla ocorrência de hidrocarbonetos aromáticos com esqueleto não isoprenoidal
em sedimentos leva a crer que estes compostos são produto de reações diagenêticas
(RADKE et al., 1982a, b, 1993; SMITH et al., 1994). A metilação do fenantreno tem
sido proposta como a origem de isômeros com grupo metila nas posições 9 e 10, mas
a natureza deste processo sedimentar ainda não foi esclarecida (RADKE et al., 1982a;
1984, 1993). A elevada ocorrência de fenantreno e alquilfenantreno (9MF) em
sedimentos sugere uma relação entre os dois tipos de compostos, envolvendo a
possível metilação no ambiente sedimentar (ALEXANDER et al., 1995).
Alguns alquilfenantrenos podem ser relacionados a compostos de origem biológica
como diterpenóides com esqueleto de abietano e pimarano (SIMONEIT et al., 1986). O
alquilfenantreno mais relacionado a diterpenóides de tipo abietano é o 1Metil-7-
isopropilfenantreno (reteno) fig. V.4.
Uma outra fonte de fenantreno e seus alquilderivados são os triterpenóides
tetracíclicos como os esteróides (STREIBL & HEROUT, 1969; GREINER et al., 1976).
Fig. V. 4 Reteno (
1-metil-7-isopropilfenantreno), C
18
H
18
,
Parâmetros Indicadores de Ambiente deposicional
A ocorrência dos alquilfenantrenos tem sido atribuída geralmente ao aporte de matéria
orgânica terrestre (BUDZINSKI et al., 1995).
Em amostras com matéria orgânica tipo I e II a distribuição dos MF se mostra
dependente da origem. As amostras marinhas apresentam maior abundância de
9MF(α) e são depletadas em 3- e 2-MF (β) ,quantidades de 1MF (α) e 2MF (β) estão
associadas a aporte de material terrestre (BUDZINSKI et al., 1995)
O 1,7-Dimetilfenantreno (pimantreno), fig. V. 5., por sua ve z pode ser proveniente de
diterpenóides de tipo pimarano ou pode ser produto da decomposição do reteno
(SIMONEIT et al., 1986). Este composto é abundante em amostras de rochas
geradoras ricas em matéria orgânica terrestres (ARMSTROFF et al., 2006).
55
Fig. V.5. Pimantreno ou 1,7 Dimetilfenantreno,
C
16
H
14
BUDZINSKI et al. (1993b) observaram que entre os DMFs, os isômeros 2,6-, 3,6- e
2,7-DMF são os mais estáveis e se encontravam em elevadas proporções em
amostras com aporte de matéria orgânica de origem terrestre e que óleos marinhos e
extratos de rocha geradora marinha apresentam-se depletados nestes compostos,
quando comparados com óleos terrestres.
Cinco isômeros dos trimetilfenantrenos, os 1,3,9-; 1,6,9-; 1,7,9-(+1,3,8-) e 1,2,9- TMF
são muito abundantes em óleos de origem marinha, e três, os 1,2,7-; 1,2,6-; 1,2,8-
TMF, encontram-se em proporções relativas em óleos com matéria orgânica de origem
terrestre, sendo considerados por tanto como marcadores geoquímicos de ambiente
deposicional (BUDZINSKI et al., 1995).
KRUGE (2000) e ARMSTRFF et al. (2006) diferentemente, propuseram a formação do
isômero 1,2,8 trimetilfenantreno a partir do lanosterol via deshidrogenação (KING & DE
MAYO, 1964) mostrando que os esteróis estão entre seus precursores potenciais (MC
CAFFREY et al., 1989). Sedimentos com compostos do tipo lanostano tem sido
sugerido como diagnósticos de meio marinho ou hipersalino (PING´AN et al., 1998;
PEKMAN et al., 2004; ARMSTROFF et al., 2006)
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica
Várias pesquisas têm mostrado a utilidade dos derivados alquilados do fenantreno
como parâmetros de maturidade (RADKE et al., 1982a; 1982b). Dentre eles os mais
estudados são 1-, 2-, 3- e 9 metilfenantrenos,
Em amostras pouco evoluídas, os 9MF e 1MF são os isômeros mais abundantes,
sendo 9MF o composto predominante. Com o incremento da maturidade, 2MF e 3MF
se incrementam, favorecendo a formação de 2MF, devido à maior estabilidade térmica
do isômero (β) sobre (α) (RADKE et al., 1986; GARRIGUES et al., 1990; BUDZINSKi
et al., 1993b).
56
Baseado nestas observações têm sido propostas várias razões de maturidade como:
razão de metil fenantreno (MFR), Índice de metil fenantreno I (MFI1), Índice de metil
fenantreno 2 (MFI2), reação de dimetilfenantreno (DFR) , Indice de maturidade (PP-1)
e fator de distribuição dos metil fenantrenos (FDMF) que mostram correlação com a
refletância da vitrinita em amostras de querogênio Tipo III (RADKE et al., 1982a),
porém não mostrando tão boa correlação no caso de querogênio tipo I e em amostras
com baixos valores de COT. ARMSTROFF et al. (2006) observou que tal
comportamento podería ser produto da provável influência da matriz inorgânica no
comportamento da matéria orgânica, levando ao incremento da formação de 9MF.
As razões em questão se mostram a seguir:
MFR= 2MF/1MF (RADKE et al., 1982)
MFI1= 1,89(2MF+3MF)/ F+ 1,26(1MF+9MF) (modificado de RADKE & WELTE, 1983;
RADKE et al., 1982a,b, CASSANI et al., 1988)
MFI2=3(2MF)/(F+1MF+9MF) (BOREHAM et al., 1988; AKINLUA et al., 2007)
PP-1= (1MF+9MF)/ (2MF+3MP) (modificado de ALEXANDER et al., 1986; CASSANI et
al., 1988)
DFR= (2,7+3,5+2,6)/(1,6+2,5+2,9+1,3+2,10+3,9+3,10)DMF(RADKE et al., 1984a,
1988)
FDMF= (2MF+3MF)/ (2MF+3MF+1 MF+9MF) KVALDHEIM et al., 1987; BOREHAM et
al., 1988)
O fator de distribuição dos metilfenantrenos (FDMF) foi desenvolvido por KVALDHEIM
et al. (1987) os quais após um estudo estatístico, concluíram que o incremento da
maturidade se correlaciona só com a distribuição dos isômeros do metilfenantreno e
não com a abundância de fenantreno. Estes autores correlacionaram este parâmetro
com a refletância da vitrinita como segue:
Roequiv=-0,166+(2,2424*FDMF)
ALEXANDER et al. (1986) e CASSANI et al. (1988) observaram que a influência da
fácies orgânica é reduzida quando o fenantreno é incluído no denominador, mostrando
melhor correlação com Ro.
Parâmetros Indicadores de Biodegradação
AKINLUA et al. (2007) verificaram que o gráfico baseado na abundância relativa de
2MF+3MF vs 1MF+9MF, discrimina entre grupos de óleos biodegradados e não
biodegradados de igual forma que fazem as razões Pr/nC
17
vs Fit/nC
18
. Estudos
57
realizados por ROWLAND et al. (1986) e BUDZINSKI et al. (1998) indicaram que dos
MFs o 9MF é o mais resistente dos isômeros. HUANG et al., (2004) reafirmou a maior
resistência deste isômero à biodegradação, mostrando a seqüência de
susceptibilidade á biodegradação da seguinte forma 2MF>1MF>3MF>9MF.
BUDZINSKI et al., (1998) e MAZEAS et al. (2002) observaram que dos DMF o mais
facilmente degradável é o isômero 2,6DMF e o mais resistente é o 1,7DMF. Contudo
HUANG et al. (2004) em condições de reservatório (anaeróbicas) mostrou como o
composto mais resistente o complexo 1,3-+3,9-+2,10-+3,10-DMF, que mostra um
contínuo incremento com a biodegradação. Em um estágio mais avançado de
evolução o 2,5-+2,9-+1,6 DMF mostra o mesmo comportamento. Este autor sugeriu as
seqüências de susceptibilidade de biodegradação para os C2- e C3-alquilfenantrenos
(Iniciando com o mais susceptível até o menos susceptível): (1,7DMF>2,6+3,5DMF;
2,7DMF> 1,8DMF; 2,3 DMF> 3EF; 9-+2-+1EF+3,6DMF; 1,2 DMF >1,9-+4,9-+4,10-
DMF>2,5-+2,9-+1,6DMF; 1,3-+3,9-+2,10-+3,10DMF) e (1,2,8-
TMF>1,3,6+1,3,10+2,6,10-TMF+2-E-5MF>1,6,7-TMP; 1,3,8-TMF>1,3,9+2,3,6-TMF;
1,6,9+1,7,9+2,3,7-TMF; 1,2,6-TMF>1,2,7+1,29-TMF; 2,3,10-TMF>1,3,7+2,6,9+2,7,9-
TMF+ 7- E-1 MF).
As séries dos trimetilfenantrenos (TMF) e dos Etil-metilfenantreno (E-MFs) apresentam
uma distribuição muito complexa nos óleos e a identificação dos isômeros individuais
ainda não foi amplamente estabelecida (KRUGE, 2000; HUANG et al., 2004).
V. 2. 3. Compostos aromáticos sulfurados (CAS).
Compostos aromáticos sulfurados (CAS) são constituintes comuns de óleos e matéria
orgânica de rochas geradoras e podem ser ferramentas úteis para a caracterização de
rochas geradoras.
Vários autores afirmam que existem diferenças na abundância de CAS entre os
diferentes tipos de querogênio. DOUGLAS et al. (1983) observaram que extratos de
rocha de querogênio tipo II eram os mais ricos em CAS. O conteúdo de CAS nas
amostras podería ser explicado em termos de meio deposicional e litologia. Em
estágios iniciais, parte do enxofre poderia ser oxidado a sulfato por bactérias aeróbicas
e outra porção reagiría com o ferro disponível para formar pirita (ORR & GAINES,
1974).
58
V. 2. 3.1 Benzotiofenos e alquilderivados.
As estruturas de C1-, C2-, C3-DBT são identificadas por CG/EM através dos íons m/z
184, 198, 212 e 226. Dentre os aromáticos sulfurados, os dibenzotiofenos e os
metildibenzotiofenos, fig V. 6, têm sido os mais empregados como indicadores
geoquímicos.
Fig.V. 6 Estrutura de benzotiofenos BT(a) e dibenzotiofeno DBT(b)
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional
Os BTs e os DBTs (fig. V.5), são abundantes em óleos e tem sido propostos como
indicadores de ambiente deposicional carbonático-evaporítico (HUGUES, 1984). Os
DBT são indicadores de ambientes hipersalinos extremamente redutores (PAYZANT
et al., 1983; HUGHES, 1984, TEN HAVEN et al., 1988). O grau de alquilação dos
dibenzotiofenos aumenta com o aumento da salinidade do ambiente deposicional.
Assim, as concentrações dos C
2
– e C
3
- dibenzotiofenos relativas à concentração total
de dibenzotiofenos para os óleos gerados em um ambiente deposicional lacustre de
água doce seriam menores do que aqueles gerados em fácies mais salinas (FAN PU
et al., 1991). Já óleos de fontes siliciclásticas são caracterizados por baixa
concentração de CAS quando comparados com óleos de origem carbonática.
HUGUES et al. (1989) e DZOU & HUGUES (1993) perseveram que em óleos
originados de rochas carbonáticas pode ser observada alta razão DBT/F. Este
parâmetro (DBT/F) também é considerado um indicador de water washing em óleos
PALMER, 1984; WILLIANS et al., 1986; REQUEJO & HALPERN, 1990; HUGUES,
1984 determinaram que a razão decresça produto da solubilidade de DBT na água
quando comparado com F. A este respeito PALMER (1984) sugeriu a razão MDBT/
MF, para ser utilizada em amostras onde se suspeite do fenômeno de water washing,
pois estes compostos são menos afetados que os compostos substituídos mais
solúveis.
a) b)
59
A concentração relativa de DBT é elevada no meio fortemente redutor devido ao alto
conteúdo disponível de enxofre para ser incorporado dentro do esqueleto básico.
Assim, o incremento da razão DBT/F reflete a disponibilidade de enxofre reduzido para
interagir com a matéria orgânica no meio deposicional diagenético (HUGUES et al.,
1995).
Os maiores valores da razão DBT/F não são observados nos óleos mais ricos em
enxofre, já que nestes óleos o enxofre este está mais abundante na forma de sulfeto
que tiofeno.
RADKE et al. (1982a), (1982b) reportaram que DBT e 4MDBT são os compostos mais
abundantes dentre os aromáticos sulfurados tricíclicos em matéria orgânica de origem
terrestre (querogênio tipo III), contrariamente, CONNAN et al. (1986) e HUGHES et al.
(1984) observaram predomínio de 4MDBT, fig. V.7, em óleos de origem carbonático.
Fig. V.7. Estructuras de metildibenzotiofenos a) 1MDBT e b) 4MDBT.
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica
Parâmetros baseados em compostos aromáticos sulfurados (CAS) são recomendados
para inferir maturidade em bacias com rochas geradoras que contenham querogênio
rico em enxofre como carbonatos e margas siliciclásticas. Estes parâmetros devem ser
aplicados com cautela, pois a sua composição pode estar afetada pelo tipo de matéria
orgânica, notadamente em baixos níveis de evolução térmica (ALEXANDER et al.,
1995).
Os metildibenzotiofenos (MDBT), quando utilizados como ferramenta paleotérmica,
apresentam bons resultados, permitindo o monitoramento da evolução térmica da
matéria orgânica em todo o espectro da janela de geração, ou seja, desde a zona
imatura até o inicio da zona senil, podendo ser considerados, entre os biomarcadores
aromáticos, os melhores para a caracterização do grau de evolução térmica da
matéria orgânica (RADKE, 1982; 1986; RADKE & WILLSCH, 1994).
60
RADKE & WILLSCH, (1994) e SANTAMARÍA-OROZCO et al., (1997) observaram que
BTs são abundantes a baixos níveis de evolução térmica e os DBTs são mais
abundantes em níveis de evolução térmica um pouco mais elevados. Isto pode ser
explicado pela baixa estabilidade térmica dos BTs e seu possível craqueamento a
altas temperaturas, favorecendo a formação dos DBTs.
YAMANARAJAH & KRUGE (1994) demonstraram que as razões de
alquildibenzotiofenos podem ser parâmetros efetivos para os diferentes tipos de
querogênio, fundamentalmente em elevado grau de evolução térmica.
Duas razões bastante utilizadas na avaliação de evolução térmica são 4/1 MDBT,
chamada de (MDR) e 2+3/1MDBT estabelecidas por RADKE et al. (1986), mas são
afetadas pelo tipo de querogênio e meio deposicional da geradora.
HUGUES (1984) observou decréscimo de 1MDBT relativo aos isômero 2+3MDBT e
4MDBT com o incremento da maturidade. BUDZINSKI et al., (1993) observaram a
mesma tendência para os DMDBTs. Estes autores reportaram que a posição 1 é a
menos estável, seguida pela 3- e a 2-, sendo então as posições 4- e 6- as mais
estáveis termicamente.
RADKE et al. (1982a, b, 1983), CONNAN et al. (1986) definiram várias razões que
envolvem os CAS. Exemplos destas razões são: Razão de dibenzotiofeno (MDR,
MDR1, MDR2-3, MDR4, MDR4,1), Índices de Metildibenzotiofeno (MDBTI1 e MDBTI3)
e Somatório dos MDBT/ DBT, são determinadas como segue:
MDR=4MDBT/F
MDR1= 1MDBT/DBT (CONNAN et al., 1886)
MDR2-3= 2+3MDBT/DBT (CONNAN et al., 1886)
MDR4= 4MDBT/DBT (CONNAN et al., 1886)
MDR4,1= 4MDBT/1MDBT
Soma MDBT/DBT= 1MDBT+ 2+3DBT+4MDBT/ DBT.
MDBTI 1= 1,5 (4MDBT+2,3MDBT)/DBT+2,3MDBT+1MDBT
MDBTI 3= (4MDBT+2,3MDBT)/(2,3MDBT+1 MDBT)
CONNAN et al., (1986) consideraram MDR com caráter duplo: indicador potencial de
fácie e parâmetro de maturidade.
61
Posteriormente, ALEXANDER et al. (1987) definiram duas razões que envolvem os
isômeros mais e menos estáveis dos MDBTs. Eles encontraram que as razões
correlacionam com MDR além de serem aplicáveis para toda a janela de geração.
Estas razões são dadas por:
4,6/1,4 DMDBT e 2,4/1,4 DMDBT.
Parâmetros Indicadores de Biodegradação
Nenhum parâmetro indicativo de biodegradação baseado na distribuição de BTs e DBs
tem sido desenvolvido para medir grau de evolução térmica, mas tem sido
comprovado que a biorresistência relativa de espécies aromáticas que contém
enxofre, como benzotiofenos e dibenzotiofenos é maior ou igual aos HAPs de igual
número de anéis (WILLIAMS et al., 1986).
V.2. 3. 2. Naftobenzotiofenos (NBT).
Os naftobenzotiofenos têm sido considerados, bons indicadores de ambiente
deposicional.
PHILP et al. (1985) encontraram diferenças significativas na abundância de NBT, fig.
V.8 e seus homólogos (Metil-NBT, C
2
-NBT e C
3
-NBT) nos diferentes meios
deposicionais de origem, mostrando-se em concentrações elevadas em amostras de
origem marinho carbonática.
Fig. V.8. Estrutura do naftobenzotiofeno, C
16
H
10
S
62
V. 4 Compostos aromáticos oxigenados (CAO).
V.4.1 Furano (F) e Dibenzofurano (DBF).
O F e o DBF, cujas estruturas são mostradas na fig. V.9 são compostos, que embora
não sejam biomarcadores, fornecem informações do ponto de vista geoquímico.
Fig. V.9. Estruturas de furano, C
4
H
4
O (a) e dibenzofurano, C
12
H
8
O (b)
O fenol pode ser considerado como fonte potencial de alquilbenzofuranos (SARGENT
& STRANSKY, 1984). A formação de dibenzofurano (DBF) por pirólise e lenta
combustão do fenol foi testado em vários experimentos (CYPRE & BETTENS, 1974;
BORN et al., 1989), mais o significado diagenêtico não tem sido elucidado.
A estrutura química dos alquildibenzofuranos os vincula aos líquens, como sendo os
únicos organismos capazes de produzir derivados de DBF sobre condições naturais
normais (CULBERSON, 1970; SARGENT & STRANSKY, 1984; HUNEEK &
YOSHIMURA, 1996). Líiquens são associações simbióticas entre fungos e
cianobactérias (GARGAS et al., 1995). Esta simbiose parece ser essencial para
produzir derivados do DBF. A metilação de DBF segundo KEUMI et al. (1991), ocorre
por substituição electrofílica preferencial nas posições 2- ou 3-.
HALL (1985) observou que a representação de F, DBT e DBF em um diagrama
ternário se mostra útil na diferenciação dos diferentes meios deposicionais. Isto se
explica já que o esqueleto básico da série é similar, todos com cinco átomos de
carbono conectados a dois núcleos aromáticos, e até podem ter sido derivados do
mesmo precursor.
Parâmetros Indicadores de Ambiente Deposicional
Os alquildibenzofuranos são considerados indicadores de matéria orgânica terrestre,
independentemente da litología (RADKE et al., 1999).
63
Parâmetros Indicadores de Evolução Térmica
WILLSCH & RADKE (1995) observaram a predominância de 4MDBF dentre os
isômeros de MDBFs, considerando-o como o isômero mais estável
termodinamicamente, propuseram uma razão para medir o grau de evolução térmica
que envolve este isômero e o 1MDBT a razão é mostrada a seguir:
4/1MDBF
Podemos dizer que a distribuição de razões de compostos específicos e compostos do
grupo dos HCs saturados e aromáticos representam uma poderosa ferramenta na
interpretação da origem, evolução térmica e biodegradação de petróleos. Devido às
particularidades de cada parâmetro estudado, a análise integrada dos mesmos,
constitui a metodología mais confiável de diagnóstico geoquímico.
64
CAPITULO VI. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho as amostras foram analisadas sob o ponto de
vista analítico e estatístico devido à complexidade das mesmas (amostras afetadas
por processos secundários e sem classificação desde o ponto de vista geoquímico.
VI.1 Análises dos dados
Tratamento Estatístico das amostras
A análise exploratória de dados multivariados tem se mostrado de grande importância
para a geoquímica orgânica que necessita cada vez mais de respostas rápidas para
atender as exigências da indústria petrolífera.
Mediante o uso da Quimiometria (área que se refere à aplicação de métodos
estatísticos e matemáticos, assim como aqueles baseados em lógica matemática, a
problemas de origem química) é possível identificar quais dados são importantes e,
desta forma suprimir aqueles desnecessários. Isto pode ser facilmente visualizado em
gráficos bidimensionais, contendo grande parte das informações estatísticas pelo uso
da técnica de Análise por Componentes Principais (PCA do Inglês: Principal
Components Analysis).
Pode-se também, agrupar as amostras por similaridade e representar esta informação
na forma de um diagrama bidimensional denominado de dendograma. Neste caso a
técnica empregada é a análise por agrupamento hierárquico. Estes métodos têm
recebido grande destaque na área da geoquímica (HEMPKINS, 1978, RADKE, et al.,
1999; PETERS et al., 1986) e no presente trabalho, pretende-se expor os conceitos
fundamentais para a posterior aplicação dos mesmos a um conjunto de dados, os
quais descrevem o comportamento geoquímico de uma serie de amostras
pertencentes as diferentes famílias de óleos cubanos, que devido as suas
características, tem apresentado uma grande dificuldade na sua classificação
genética, baseando-se somente, nas suas características geoquímicas .
65
VI. 1. 1. Princípios de Estatística Multivariada
A estatística multivariada refere-se a uma série de técnicas que analisam
simultaneamente múltiplas medidas de cada indivíduo ou objeto de pesquisa. Neste
sentido, a análise multivariada é uma extensão das análises univariadas (distribuição
de só uma variável), divariados (que contem duas variáveis, como correlação), etc.
O objetivo dos métodos multivariados é reduzir os dados a um me nor número de
variáveis compostas ou sintéticas que mostrem a maior parte da informação contida
no conjunto de dados multivariados (GRIM & YARNOLD, 1994; HAIR et al., 1995;
MARTINEZ, 2000).
Podemos classificar os métodos multivariados em dois grandes grupos:
1) Análises que reduzem os dados a variáveis sintéticas (Ordenamentos). Entre estes
métodos podemos mencionar a análise de componentes principais (PCA).
2) Análises que categorizam ou classificam os objetos de pesquisa. Aqui encontramos
os distintos tipos de análise de agrupamento (Cluster Analysis)
VI.1. 2 Diagramas de Ordenamento
Os métodos de ordenamento referem-se, literalmente, a organizar os itens sobre uma
escala (eixo) ou de vários eixos. São usados para resumir graficamente relações
complexas, extraindo um ou alguns padrões dominantes de um grande número de
possíveis padrões. O processo de extrair esses eixos chama-se “ordenamento” porque
é o resultado de colocar objetos sobre um eixo ou dimensão. Essas análises são
possíveis quando existir alguma correlação entre as variáveis.
Os ordenamentos são uma forma de reduzir dados, ou seja resumir um conjunto de
dados que contem muitas variáveis em um menor número de variáveis (sintéticas) que
são combinações das variáveis originais. Diferentemente, os métodos de classificação
reduzem um conjunto de dados multivariados em classes discretas. Começamos
geralmente com um conjunto de dados de n entidades e p variáveis (dimensões) e,
utilizando algum método de ordenamento, tentamos representá-lo efetivamente em um
número menor de dimensões (k). Estas novas dimensões são variáveis sintéticas
resultantes da combinação das variáveis originais. Como mostrado na figura a seguir.
Fig VI.1.
66
n entidades x p variáveis n entidades x k variáveis
Fig. VI.1 Representação esquemática do ordenamento.
Um diagrama de ordenamento é um gráfico em duas dimensões de uma variável
sintética versus outra. Idealmente, a distância entre os pontos no diagrama é
proporcional à medida de distância subjacente nos dados. Na maioria dos métodos de
ordenamento os eixos, por definição não estão correlacionados.
O número de eixos ou variáveis sintéticas depende da intensidade do sinal dos dados
com respeito ao ruído. Quando o padrão é claro, a decisão sobre quantos eixos
considerar é simples. Quando existem vários possíveis padrões, dois ou três eixos são
adequados para representar os dados. A representação dos dados em mais de três
dimensões, seria graficamente confusa.
Relação entre as variáveis e os resultados de ordenamento
A relação entre as variáveis e o ordenamento, é o principal método para interpretar os
resultados. Podem-se relacionar as variáveis da matriz usada para a análise de
ordenamento ou qualquer outra variável medida para o mesmo grupo de entidades
que estão no ordenamento.
Uma das maneiras mais comuns para relacionar as variáveis ao ordenamento são as
correlações de cada variável com os eixos. Isto é, os coeficientes de correlação entre
cada variável e cada eixo do ordenamento permitem determinar a importância de cada
variável no padrão observado. Se a variável tem alguma relação linear com os eixos,
esta se expressa no coeficiente de correlação. O quadrado do coeficiente de
correlação expressa a proporção da variação da posição ao longo de um eixo o qual é
explicado pela variável.
Estas correlações se utilizam com fins descritivos, por tanto não se dá um valor de
significância para a hipótese nula de não relação entre a variável e o eixo.
Um tipo de ordenamento onde não se tem variável dependente, nem independente
(método de interdependência) é a Análise de Componentes Principais (Principal
67
Components Analysis – PCA) e a Análise Cluster, os quais vão ser aplicados em
nosso estudo.
VI.1.2.1. Análise de Componentes Principais (PCA)
A base fundamental da maioria dos métodos modernos para tratamento de dados
multivariados é a Análise por Componentes Principais ou PCA (do inglês Principal
Components Analysis), (WOLD et al., 1987, SPIEGEL & MURRAY, 1991,
GUIMARÃES & CABRAL, 1997, NETO et al., 1998, - JOHNSON et al., 1998). Seu
objetivo é expressar a covariação entre as variáveis no menor número de vari áveis
sintéticas (componentes). As covariações mais fortes têm lugar nos primeiros eixos e
por isto chamam-se de componentes principais.
A técnica consiste numa transformação da matriz de dados com o objetivo de
representar as variáveis presentes em muitas variáveis, através de um número menor
de ``fatores´´. Constrói-se um novo sistema de eixos (denominados rotineiramente de
fatores, componentes principais, variáveis latentes ou ainda autovetores) para
representar as amostras, no qual a natureza multivariada dos dados pode ser
visualizada em poucas dimensões. Estas novas variáveis são obtidas em ordem
decrescente de quantidade de informação estatística que descrevem, ou seja, a
primeira componente principal aponta a direção de maior variação dos dados, a
segunda, que é ortogonal à primeira, aponta outra direção que descreve a maior
variação restante dos dados e assim por diante. Usando a notação matricial, as
componentes principais são obtidas por meio de transformações lineares conforme a
equação 1:
X P = T (ec. 1)
Em que X é a matriz original dos dados, T é a matriz de scores que contém as
coordenadas das amostras no novo sistema de eixos e P é a matriz dos loadings,
onde os elementos de cada coluna correspondem aos coeficientes das combinações
lineares das variáveis originais.
O método PCA está baseado na correlação entre variáveis e na realidade agrupa
aquelas que estão altamente correlacionadas. As colunas da matriz de loadings
correspondem aos autovetores da matriz de correlação (ou variância e covariância
dependendo do pré-processamento utilizado), enquanto os autovalores representam
uma fração da variância total dos dados. Assim, cada componente principal descreve
uma porcentagem da variância total dos dados.
68
Uma das vantagens destas transformações é que ruídos experimentais podem ser
eliminados, pois estes não estão correlacionados com as informações contidas na
matriz de dados original. Outra vantagem é que podem ser escolhidas as variáveis
originais mais importantes do ponto de vista estatístico.
PCA é uma boa técnica para usar quando existe uma relaç ão aproximadamente linear
entre as variáveis. Quando os dados experimentais originais não tem uma distribuição
adequada para a análise, dificultam a extração de informações úteis e a interpretação.
Nestes casos, um pré-processamento nos dados originais pode ser de grande valia.
Medidas em diferentes unidades e variáveis com diferentes variâncias são algumas
das razões que levam a estes problemas.
Os métodos de pré-processamento mais utilizados consistem basicamente em centrar
na média ou auto-escalar os dados. No primeiro caso, calcula-se a média dos valores
experimentais para cada variável e subtrai-se cada valor experimental do respectivo
valor médio. Auto-escalar significa centrar os dados na média e dividi-los pelo
respectivo desvio-padrão, sendo um para cada variável.
PCA interpreta os zeros duplos (duas variáveis com valor zero ou nulo) como uma
relação positiva entre as variáveis e como o ordenamento é baseado na correlação, o
diagrama não reflete a realidade dos dados. Em casos de muitos zeros na matriz, a
distribuição de pontos no diagrama tem forma de ferradura (horseshoe effect). PCA se
aplica bem aos dados de comunidades relativamente homogêneas.
Quando fazemos um PCA, além do gráfico, obtemos uma tabela com os dados de
cada eixo. O que interessa ver nessa tabela é a coluna de porcentual de variância
explicada para poder avaliar se os dois ou três primeiros eixos oferecem uma boa
representação dos dados.
VI.1.2. Análises de agrupamentos
O objetivo deste tipo de análise é organizar entidades em classes discretas ou grupos
de maneira que a similaridade dentro do grupo é maximizada e a semelhança entre
grupos é minimizada de acordo a algum critério objetivo. As características dos dados
utilizam-se para definir grupos.
As análises de agrupamento podem-se classificar em:
69
Hierárquicos: Determinam-se grupos que estão compostos por subgrupos. Existe
hierarquia de níveis. Dentro deste grupo temos os aglomerativos: os grupos se formam
desde baixo. Juntando primeiro os dois objetos mais similares (Cluster analysis). Fig.
VII.2. Por outra parte temos os não hierárquicos, onde o objetivo é formar um número
predeterminado de grupos (K). Define-se o número de grupos e acomodam-se os
objetos para minimizar a variabilidade dentro do grupo e maximizar a variabilidade
entre os grupos (ex. Analise discriminante). Dentro destes dois tipos de agrupamento
é que será efetuada esta pesquisa.
Amostras
Espécies
Transformação Similaridade entre amostras Agrupamento de amostras
Fig. VI.2 Agrupamento hierárquico aglomerativo.
VI.1. 2. 2. 1. Analise por Agrupamento Hierárquico – AAH (Cluster)
Esta é uma ferramenta excelente para análise preliminar dos dados (JAIN et al., 1999,
KARYPIS et al. 1999, SANDER et al., 2003) sendo útil para determinar a semelhança
entre objetos e identificar amostras anômalas.
Conforme EVERITT, (1993) e MANLY, (1986), a análise de cluster é uma técnica
estatística que objetiva agrupar os casos (nosso caso as amostras de óleos) que
possuem características semelhantes em função de um conjunto de variáveis
selecionadas. Assim, a análise de cluster classifica os casos em grupos homogêneos,
denominados clusters ou conglomerados. Entende-se, portanto, que os grupos criados
pela análise de cluster são semelhantes entre si (dentro do cluster a variância é
mínima) e diferentes de outros clusters (entre clusters a variância é máxima).
O método relaciona as amostras de forma que as mais semelhantes são agrupadas
entre si com relação às variáveis usadas no processo de agrupamento. Cada amostra
é representada como um ponto no espaço de p variáveis e, portanto, a questão
fundamental reside em transformar a informação de um espaço m-dimensional para
um espaço bidimensional. O parâmetro usado neste processo é a medida de distância
70
entre as amostras. Estas distâncias, quando visualizadas através de diagramas
conhecidos por dendogramas mostrados na fig. VI. 3, eles indicam as amostras mais
semelhantes entre si, ou seja, quanto menor a distância entre os pontos, maior será a
semelhança entre as mesmas. Para proceder a análise hierárquica por agrupamento,
é necessário estabelecer o conceito de distância entre duas amostras a e b (d
ab
) em
um espaço de p variáveis. Neste trabalho é· utilizada a distância euclideana (medida
de dissimilaridade entre grupos, é a distância entre 2 pontos quando as variáveis são
independentes) (GAUCH, 1982). De acordo com Brower & Zar (1977), quanto menor o
valor da distância euclidiana entre dois grupos, mais próximas eles se apresentam em
termos de parâmetros quantitativos.
No método de análise por agrupamento hierárquico as distâncias entre todas as
amostras são calculadas e comparadas. Como as distâncias reais entre as amostras
mudam com o tipo e o tamanho do conjunto de dados, é necessário transformá-las
numa escala de similaridade
Nestes diagramas, chamados de dendogramas, a escala varia de um (amostras
idênticas) a zero (amostras sem similaridade). Após o cálculo das similaridades as
duas amostras mais próximas são conectadas formando um agrupamento. Este
processo é repetido até que todas as amostras sejam conectadas formando um único
grupo. Uma vez que as amostras são conectadas pela proximidade entre elas, é
necessário definir a distância entre uma amostra e um grupo ou entre grupos de
amostras e há várias técnicas para tal. As mais usuais são: conexão pelo vizinho mais
próximo (single linkage ou nearest neighbour); conexão pelo vizinho mais distante
(complete linkage ou farthest neighbour); conexão pela distância média (average link).
Quando a distância entre dois agrupamentos for obtida pela distância média, pode-se
utilizar a média aritmética ou ponderada. No primeiro caso, cada agrupamento tem o
mesmo peso e no último, o coeficiente de ponderação é correspondente ao número de
elementos nos respectivos clusters (agrupamentos) e, neste caso, o método È
denominado incremental. Em nossa pesquisa utilizamos o complete linkage.
71
Fig. VI.3 Formação de um dendograma, segundo as semelhanças dos grupos de
amostras
VI.1. 2. 2. 2. Análise Múltipla Discriminante
Uma abordagem clássica para encontrar a transformação linear ótima além do já
referido método de (PCA) onde se procura uma projeção que represente melhor os
dados no sentido dos mínimos quadrados, é a Análise de Discriminante Linear (LDA), a
qual procura, uma projeção que separe
melhor os dados no sentido dos mínimos
quadrados.
Segundo HAIR, et al., (1995), a análise discriminante é uma técnica estatística
multivariada utilizada quando se que estabelecer relações entre uma variável
dependente não métrica e variáveis independentes métricas. Tal técnica tem sua
aplicação principal onde se que identificar a que grupo um objeto (óleo, nosso caso)
pertence.
O principal objetivo da análise múltipla discriminante é verificar as diferenças
existentes entre grupos definidos a priori a partir de uma série de variáveis
independentes, selecionadas, a partir de um modelo teórico.
A probabilidade a priori corresponde a um conhecimento que condição de
possibilidade da experiência.
Exemplo:
Sejam ω1 e ω2 os rótulos de 2 classes
P(ω1) é a probabilidade de obter uma amostra da classe 1
P(ω2) é a probabilidade de obter uma amostra da classe 2
72
Assim, trata-se de uma técnica estatística apropriada para identificar as variáveis que
melhor separam uma população em diferentes grupos.
A função discriminante pode ser escrita da seguinte forma:
Z = W
1
X
1
+ W
2
X
2
+ W
3
X
3
+.................... + W
N
X
N
Em que:
Z = score discriminante
Wi = peso discriminante para a variável i
Xi = variável independente i
Essa equação determina um score discriminante para cada observação e o score
médio do grupo. A média do grupo é referida como centróide. Através dos centróides
determina-se o grupo de melhor localização para qualquer caso.
Dois métodos computacionais podem ser utilizados para se encontrar a função
discriminante: estimativa simultânea e estimativa passo a passo (stepwise). Na
primeira a função discriminante é obtida a partir de todas as variáveis dependentes, tal
método só é recomendável, quando se quer incluir todas as variáveis independentes
na análise (o que não é o caso do presente estudo, cujo propósito é conhecer os
resultados apenas com as variáveis com maior poder discriminatório).
Já no stepwise as variáveis independentes são analisadas uma a uma, iniciando com
a que melhor discrimina dentre todas as outras. Esta é então comparada com todas as
outras variáveis, uma de cada vez, sendo que a variável capaz de melhorar o poder
discriminante da função em combinação com a primeira variável é escolhida. O resto
das variáveis é escolhido da mesma maneira, até que não haja mais variáveis capazes
de contribuir para a melhora do poder discriminante da função
O teste de significância estatística da função discriminante é medida pela distância
entre os centróides dos grupos, ou seja, quanto mais distantes os centróides de cada
grupo estiverem, mais as variáveis selecionadas estarão diferençando os grupos.
Quando o método stepwise – que testa cada variável separadamente – é utilizado
para interpretação do poder discriminante das variáveis independentes são avaliados
os valores
λ
de Wilk e F, ( F-Test)
73
λ
de Wilk é uma medida da discriminação total calculada pela razão entre:
O determinante da matriz covariância intra-classes e o determinante da matriz
covariância total
Após a escolha de uma variável, calcula-se o
λ
Parcial:
F é a razão entre:
Variância entre as classes (inter-classes) e a variância interna das classes (intra-
classes)
Onde: n é número de amostras
q é o número de classes
p é o número de atributos
O
λ
de Wilk e o F indicam o quanto uma variável discrimina entre as classes.
sendo que quanto maior for F e menor
λ
, maior será o poder discriminatório das
variáveis.
Uma variável pouco discriminante tem:
λ
de Wilk 1 e F próximo de zero (ou menor do que 1)
Para fazer a discriminação entre as classes se utiliza a análise canônica
O principio básico em uma correlação canônica é desenvolver uma combinação linear
em cada um dos conjuntos de variáveis tal que a correlação entre os dois conjuntos
seja maximizada. Na correlação canônica não existe a distinção entre variável
independente e dependente, existem somente dois conjuntos de variáveis em que se
busca a máxima correlação entre ambos.
Não sendo necessário especificar como as classes devem ser combinadas para
formar diferentes funções discriminantes, a combinação ótima se encontra através de
funções ortogonais (ou independentes) e as funções são chamadas de roots:
λ
λ
Partial
Partial
q
pqn
F
=
1
1
)det(
)det(
T
W
=
λ
)(
)(
antesPartial
depoisPartial
Partial
λ
λ
λ
=
74
A 1
a
função fornece a maior discriminação entre as classes; a 2
a
função fornece a 2
a
maior; etc.
Por serem canônicas, não há sobreposição na contribuição de cada função na
discriminação entre as classes.
Cada função discriminante é uma função linear do tipo:
Quanto maior o coeficiente normalizado bj , maior a contribuição da respectiva variável
na discriminação entre as classes.
Tem que ser dito que estes coeficientes não indicam as classes que estão sendo
discriminadas pela respectiva função, se deve observar para cada função, as médias
das diferentes classes. Como este tipo de analise está compreendido como um
problema de classificação supervisionado, os resultados devem ser validados pelo
classificador, usando um conjunto de dados diferente do conjunto de dados utilizado
para construir o modelo.
Depois de obtido o modelo, são obtidas as funções de Classificação, as quais não
devem ser confundidas com as funções discriminantes, elas vão determinar a que
classe uma amostra pertence ou pelo menos com qual classe tem mais semelhança a
amostra em questão.
Cada função calcula um score (S) de cada classe:
Onde: i é o índice da classe
p é o número de variáveis
wij é o peso da j-ésima variável no cálculo do score da classe i
xj é o valor observado da j-ésima variável
A classificação é feita medindo a distância de Mahalanobis a qual é a medida de
distância entre 2 pontos em um espaço definido por variáveis dependentes. Esta
distância pode ser utilizada para determinar a que classe pertence uma amostra e é
calculada a distância da amostra com os centróides de cada classe; concluindo-se que
a amostra pertence à classe com a menor distância.
ppi
xbxbxbaD +
+
++= K
2211
pipiiii
xbxwxwcS ++++= K
2211
75
Resumindo, podemos dizer que os métodos estatísticos multivariantes são utilizados
principalmente para buscar as variáveis menos representativas para poder eliminá-
las, simplificando assim os modelos estatísticos em que o número de variaveis seja
um problema e para comprender a relação entre vários grupos de variáveis. Podem-se
sintetizar dois objectivos claros neste tipo de analises:
1. Proporcionar métodos nos quais a finalidade é o estudo de conjuntos de dados
multivariados que a análise estatística uni e bidimensional é incapaz de
conseguir.
2. Ajudar ó analista ou pesquisador a tomar decisões ótimas no contexto no que
se encontre tendo em conta a informação disponível pelo conjunto de dados
analizado.
Existem diferentes modelos e métodos, cada um com seu tipo de análise:
1. Métodos de Dependencia, dentre eles se encontram:
1. A Análise da Correlação canônica a qual tenta analizar a possível
existência de relação entre dois grupos de variaveis.
2. A Análise Discriminante que nos da uma função discriminante que
pode ser utilizada para distinguir entre dois ou mais grupos, e deste
modo tomar decisões.
2. Métodos de Interdependencia, entre eles:
1. A Análise de Componentes principais, (PCA) que procura determinar
un sistema menor de variables que sintetizem o sistema original.
2. A Análise Cluster que classifica uma mostra de entidades (casos ou
variaveis) em um número pequeno de grupos de forma que as
observações pertencentes a um grupo sejam muito similares entre sí e
muito dissimilares do resto, a diferença da Análise discriminante,
desconhece-se o número e a composição dos grupos
.
76
VI. 2 Tratamento analítico das amostras
Até agora temos visto a importância da estatística, para a resolução dos problemas
geoquímicos, mas para poder obter as variáveis que entram no processo estatístico,
se faz necessário uma série de processamentos analíticos, com vista a determinar os
compostos e as razões de compostos de nosso interesse do ponto de vista
geoquímico.
Nossas amostras são óleos e asfaltitas coletadas em diferentes regiões da ilha de
Cuba com diferenças composicionais e mesmo de origem.
A preparação das amostras e os métodos analíticos usados no presente trabalho
seguem a rotina dos laboratórios do CENPES/ Petrobrás.
A seguir são descritas as diferentes técnicas analíticas utilizadas no presente estudo.
VI. 2. 1 Extração das amostras sólidas.
Para isto se utiliza uma aparelhagem tipo soxhlet, o qual é um dos métodos mais
antigos e eficientes de extração de sólidos. A amostra é colocada em um cartucho de
celulose e extraída por condensação do solvente (diclorometano), em refluxo. O
soxhlet é feito de forma a sifonar o solvente toda vez que o compartimento que tem o
cartucho é preenchido com o solvente. O processo é contínuo e pode ser feito até a
completa extração do analito. É um processo lento, sendo de modo usual de mais de
12 horas, podendo chegar até 72horas, dependendo da amostra.
VI. 2. 2. Cromatografia
Uma vez extraído o conteúdo de hidrocarbonetos das amostras, estas são submetidas
a diferentes processos cromatográficos. A cromatografia é um método físico-químico
de separação fundamentado na migração diferencial dos componentes de uma
mistura, que ocorre devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis, a fase
móvel e fase estacionária (CASS & DEGANI, 2001).
77
VI.2.2.1 Cromatografia líquida.
Na etapa de cromatografia líquida, o extrato retirado da rocha ou óleo é separado em
frações de compostos químicos de propriedades químicas afins (ex: polaridade).
Por padronização são obtidas três frações, uma de hidrocarbonetos saturados, uma de
hidrocarbonetos aromáticos e uma de compostos polares (resinas e asfaltenos) ou
compostos NSO, os quais ficam retidos na coluna. Fig. VI.4.
Fig. VI.4. Separação de compostos do petróleo.
Este tipo de separação pode ser feita em vários sistemas em nosso caso a separação
foi realizada através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC, High
Performance Liquid chromatography).
Para conseguir realizar a separação dos compostos neste tipo de cromatografia,
primeiramente se faz necessário fazer o Clean up prévio das amostras. Este
procedimento é realizado mediante equipamento Aspec XL – Wilson, utilizando-se
cartucho para extração em fase sólida de sílica gel-1000mg de 6 ml de capacidade
(Applied Separations). Pesou-se cerca de 150mg de amostra em um frasco de vidro
de 7mL de capacidade e adicionou-se 3 mL de n-hexano, colocando- se em
equipamento de ultra-som por alguns segundos para auxiliar na homogeneização.
Foram injetados 1,5 ml da solução no equipamento, previamente acondicionado com
n-hexano.
A eluição das frações de saturados e aromáticos, foi realizada utilizando 18 mL de n-
hexano, fazendo 6 corridas de 3,0 mL cada. Uma vez obtidas as frações, estas foram
evaporadas com fluxo de nitrogênio, diluindo-se posteriormente em volume conhecido
de n-hexano e injetadas no equipamento cromatográfico, neste caso foi utilizado
cromatógrafo líquido Waters com controlador, bombas, auto sampler, além de duas
colunas semipreparativas em série de 10x250 mm (Waters Spherisorb S5 WPart
Number: PSS830185). A separação é possível dadas as múltiplas interações entre o
Petróleo
Hidrocarbonetos
SATURADOS
Cromatografia
Líquida
Hidrocarbonetos
AR
O
TI
COS
Compostos POLARES
(Resinas e asfaltenos)
78
soluto, a fase estacionaria e a fase móvel o modo de separação no nosso caso é em
fase normal ou seja a fase estacionaria é a mais polar. Em nosso caso a fase
estacionária foi sílica gel (compostos tetraédricos de silício conectados entre si por
átomos de oxigênio, CAS & DEGANI, 2001). Neste caso as moléculas hidrofóbicas
(menos polares), tal é o caso dos hidrocarbonetos saturados, são eluídas primeiro,
enquanto as moléculas hidrofílicas (mais polares) compostos aromáticos são mais
retidas para a deteção dos analitos foi utilizado um detector de índice de refração para
o caso dos compostos saturados o qual mede a diferença no índice da fase móvel e
do eluente vindo da coluna. É um detector não seletivo, sensível a variações de
temperatura, pressão, fluxo e composição da fase móvel. Apresenta baixa
sensibilidade e é difícil de estabilizar. Para o caso dos compostos aromáticos foi
utilizado um detector ultravioleta UV (λ, 254 nm e 270 nm) o qual é o detector mais
utilizado em HPLC, tem como principio a absorção de luz ultravioleta ou visível, por
parte da amostra, quando nela passa radiação eletromagnética (CAS & DEGANI,
2001), este detector é seletivo para moléculas que possuem cromóforos.
Após a separação, as frações de hidrocarbonetos saturados e aromáticos são
concentradas em evaporador TurboVap e depois encaminhadas para análise de
biomarcadores no Laboratório de Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria
de Massas.
VI. 2. 2. 2. Cromatografia Gasosa.
As frações separadas pela cromatografia líquida devem ser investigadas
separadamente através da cromatografia em fase gasosa. Este é um método físico-
químico de separação dos componentes de uma mistura através de uma fase gasosa
móvel sobre um solvente estacionário (AQUINO NETO & NUNES, 2003).
A cromatografia gasosa permite a separação, identificação e em alguns casos a
quantificação tentativa dos compostos mais abundantes em um petróleo, tais como as
parafinas (principalmente n-alcanos e isoprenóides) e os compostos aromáticos. De
acordo com a distribuição destas classes de hidrocarbonetos, podem-se obter
informações importantes a respeito da origem, estágio de evolução térmica e
processos de alteração secundária (biodegradação e water washing) nos óleos e
extratos de rocha (COLLINS et al., 1997; AQUINO NETO & NUNES, 2003).
79
No caso em estudo foi utilizado equipamento da Agilent Technologies (USA) -5890A,
com injetor split/splitless e coluna capilar de alta resolução (DB5).
O esquema analítico simplificado deste processo é mostrado à continuação, na fig. VI.
5.
Fig. VI.5 Desenho esquemático para um sistema de cromatografia a gás.
VI. 2. 3. Cromatografia Gasosa, acoplada a Espectrometria de Massas.
Em itens anteriores temos falado da importância e as aplicações dos biomarcadores
na geoquímica de exploração, mais estes não se encontram a simples vista. É
indispensável à aplicação de técnicas físico-química para seu estudo, já que eles
representam uma fração muito pequena do petróleo.
A cromatografia gasosa por si só não é capaz de revelar detalhes sobre a estrutura ou
a massa de uma determinada molécula. Para isso, é necessário utilizar a
cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e assim obter a
identificação de compostos específicos de interesse, como os biomarcadores.
A espectrometria de massas utiliza o movimento de í ons em campos elétricos e
magnéticos para classificá-los de acordo com sua razão massa-carga (m/z).
Os compostos separados na coluna capilar do cromatógrafo a gás são analisados no
espectrômetro de massas, onde são submetidos à ionização por impacto de elétrons
de alta energia, 70eV (MC LAFFERTY & TURECÊK, 1993). Com o bombardeame nto
de elétrons na câmara de ionização, os compostos ionizados fragmentam-se em íons
80
de diferentes massas, e cada molécula forma o íon molecular (PETERS et al., 2005).
Os fragmentos de íons gerados dessa forma são acelerados na direção do analisador
de massas por uma diferença de potencial. O analisador de massas é a parte do
espectrômetro responsável pela dispersão dos íons produzidos nas fontes de íons e
caracterizam o tipo de espectrômetro de massas. No analisador de massas, os íons
são separados de acordo com a sua razão massa /carga (m/z) em um analisador de
massas magnético ou quadrupolo, onde somente íons positivos são detectados
(McLAFFERTY& TURECÊK, 1993; SILVERSTEIN et al., 1994; PETERS et al., 2005).
No final, são detectados por meio de um multiplicador de elétrons (PETERS et al.,
2005). Durante a análise, o espectrômetro de massas detecta uma faixa de massas a
cada 3 segundos e gera milhares de espectros de massas para cada amostra, cuja
quantidade varia de acordo com o tempo de análise (PETERS et al., 2005).
O uso da espectrometria de massas para a identificação dos biomarcadores é possível
porque estes assim como a maioria dos compostos orgânicos fragmenta-se no
espectrômetro de massas de forma sistemática e previsível originando íons de razão
massa/carga (m/z) característicos para cada classe de compostos. Na VI.6 ilustra-se
uma representação simplificada do equipamento a ser utilizado.
Fig. VI. 6. Esquema simplificado do espectrômetro de massas e funções de suas partes
integrantes. Adaptado de PETERS & MOLDOWAN, 1993.
O espectrômetro de massas utilizado para nosso estudo foi da Agilent Technologies
(5890/II (CG) com interface para 5870MSD (EM)). Utilizando o modo de operação de
Monitoreamento Seletivo de Íons (MSI). Através desta técnica podem-se selecionar os
íons característicos de cada classe de compostos (normalmente o íon característico é
o pico base) e fazer a varredura apenas dos íons selecionados. Como resultado tem-
se um
cromatograma apenas dos íons escolhidos. Cada composto separado no
cromatógrafo mostra uma distribuição específica de fragmentos de massa
Separação de compostos Transfer Ionização Análise de massas Detecção de íons Processamento dos dados
Cromatógrafo a gás Espectrômetro de Massas
Computador
Seringa
Coluna
Capilar
Linha de
Transferência
Fonte de ío ns
Analisador
de massas
(quadrup olo)
Multiplicador
de elét rons e
detector
Impressora
81
característico. Idealmente, cada pico e cada espectro de massas correspondem a um
único composto. Porem, por vezes um pico representa a superposição de compostos
de estruturas semelhantes, o que pode dificultar as interpretações (OURISSON et al.,
1984). Os espectros de massas são utilizados na identificação dos compostos
orgânicos porque estes possuem fragmentações típicas, rompendo-se em suas
ligações químicas mais fracas, ainda podem-se monitorar seletivamente os
compostos, obtendo-se perfis de distribuição para o íon de uma determinada razão
massa/carga (m/z), os chamados cromatogramas de massas.
Em nosso estudo foram visados os cromatogramas de massas dos íons m/z 191, m/z
177, m/z 217, m/z 218 e m/z 259 para os hidrocarbonetos saturados e os íons (m/z
128, m/z 142, m/z 156, m/z 170, m/z 178, m/z 192, m/z 184, m/z 198, m/z 206, m/z
220, m/z 23 1 e m/z 253) para os hidrocarbonetos aromáticos.
VI. 2.4. Analise de isótopos estáveis de carbono (
δ
13
C).
Outra análise que deve ser feito em qualquer pesquisa geoquímica, é a de isótopos
estáveis de carbono (
δ
13
C). Pois, este parâmetro fornece informação sobre o
ambiente deposicional (SOFER et al., 1986; PETERS et al., 1986; CHUNG, 1992;
GUTHRIE, 1996; SANTOS NETO et al., 1996) aspecto este importante para nossa
pesquisa, motivo pelo qual também foi realizado este tipo de análise para o óleo total.
Para a determinação isotópica de carbono
13
C) dos extratos orgânicos e os óleos,
se fez a combustão em um analisador elementar. Como as amostras não são ricas em
compostos nitrogenados, não foi necessária a eliminação destes compostos,
causadores de interferência (o N
2
O, que tem massa A = 44 pode interferir no pico do
CO
2
,que apresenta a mesma massa ). A água formada na oxidação foi retida em um
trap de anidrônio (perclorato de magnésio). O CO
2
e o N
2
obtidos foram separados na
coluna cromatográfica e transferidos para uma interface (denominada conflo), onde
apos diluído com hélio, o CO
2
foi transferido a o espectrômetro de massas, suas
moléculas entraram na fonte de íons, e foram bombardeadas com u m feixe
perpendicular de elétrons a 70eV, formando CO
2
+
. Este íon formado pode apresentar
massas A = 44, 45 ou 46, dependendo da combinação dos isótopos (C
13
/C
12
e
O
18
/O
16
). Cada íon formado é encaminhado a um coletor pré-determinado, através de
campos magnéticos específicos. A razão
13
C/
12
C é determinada através da ionização
do CO
2
e monitorizando
12
CO
2
(m/z 44) e
13
CO
2
(m/z 45). As medições são
comparadas a um padrão secundário ajustado com o padrão internacionalPDB.
82
CAPITULO VII. RESULTADOS E DISCUSSÃO
VII.1 Trabalhos anteriores em Cuba, Classificação em famílias.
As primeiras abordagens geoquímicas para estabelecer uma classificação dos
petróleos cubanos, foram publicadas por (CAMPOS et al. 1994) e NAVARRETE &
(LAFARGUE, 1994). Posteriormente estes estudos foram sendo aperfeiçoados, na
medida em que novos dados foram obtidos e aplicadas técnicas analíticas mais
sofisticadas (NAVARRETE et al., 1996; LÓPEZ et al., 1995; 1997; PASCUAL et al.
2001; LÓPEZ et. al., 2004; 2006; DOMINGUEZ et al., 2005; 2006). Estes trabalhos
agruparam os petróleos cubanos em três famílias (fig. VII.1), classificadas a partir do
estudo de parâmetros físico–químicos, biomarcadores saturados e composição
isotópica de carbono dos óleos totais em petróleos não biodegradados.
A análise do conjunto de parâmetros geoquímicos estudados nos trabalhos acima
citados permitiu estabelecer a existência de três famílias de óleos as quais
apresentam as seguintes características:
Família I: Petróleos originados a partir de matéria orgânica tipo II, IIs; depositada em
ambiente marinho restrito muito anóxico, e de elevada salinidade.
Nesta família a maioria dos petróleos tem baixos valores de API (entre 8,6 e 28°), e
altos teores de enxofre, entre 1,68 e 7,44%. A relação Pr / Ft é inferior a 1,5 e todos
tem predomínio de esteranos C
27
sobre C
28
e C
29.
Os valores da composição isotópica de carbono da maioria dos petróleos são
geralmente > -27‰. Apresentam baixos conteúdos em terpanos tricíclicos e
diasteranos, médias proporções relativas de hopanos em C
29
(H
29
/H
30
geralmente
entre 0.5 e 1.0) e altas proporções de C
35
homopanos (H
35
/H
34
geralmente entre 0,9 e
1,4). O índice de gamacerano (relação gamacerano / hopano C
30
), considerado
indicador de salinidade, (MOLDOWAN et al., 1985; SINNINGHE DAMSTÉ et al.,
1995), pode alcançar nesta família valores de até 0,5 sendo os valores mais altos
(entre 0,25 e 0, 53) dentre os petróleos cubanos estudados. A maioria dos óleos crus
estudados nesta família encontram-se em condições de baixa evolução térmica.
Estes resultados indicam origem dos petróleos desta família a partir de matéria
orgânica do tipo algal, depositada em um ambiente redutor (SOFER, 1984;
MOLDOWA N et al., 1985; VOLKMAN, 1986)
83
Classificam-se entre os petróleos da família I os óleos: Cayajabos 3, Pacheco, Cruz
Verde, Guanabo, Boca de Jaruco, Pardo 4, Puerto Escondido, Mariel Norte, Santa
Cruz, Guásimas, Marbella Mar e Litoral 21.
Família II: Petróleos originados a partir de matéria orgânica tipo II algal, depositada em
ambiente de plataforma carbonática aberta. Os integrantes desta família compartilham
várias características composicionais presentes em óleos da Família I, e
correspondem a óleos também gerados a partir de rochas carbonáticas, porém
depositadas em ambiente marinho anóxico menos restrito, como sugerido pelas
composições isotópicas relativamente mais leves (–26,5‰), mais baixos índices de
gamacerano (Gam/H
30
< 0.2), assinalando um ambiente onde a estratificação da
lámina de água é menos efetiva. Apresentam va lores médios de diasteranos/esteranos
regulares, (a maioria entre 0,36 e 0,7). Mostram um leve pre domínio de C
29
esteranos.
É típico destes óleos crus, terem as mais altas razões H
29
/H
30.
, geralmente (>1).
Os petróleos desta família têm os mais altos valores de API (21,70-45,40) e mais
baixos teores de enxofre (0,09-1,62).
Pertencem à família II os petróleos dos campos Pina, Brujo e Jarahueca, assim como
óleos dos poços Reforma, Paraíso, Catalina, Alfonso, La Rosa 1 e 54.
Família III: Corresponde a óleos gerados a partir de rochas depositadas em ambiente
marinho subóxico, com influência de aporte siliciclástico e matéria orgânica terrestre,
como sugerem as mais altas razões Pristano/Fitano (geralmente > 2), mais baixas
razões H
35
/H
34
(geralmente entre 0,6 e 0,9) e H
29
/H
30
(geralmente < 0,7), mais baixos
índices de gamacerano (Gam/H30 < 0,1), mais altos índices de diasteranos
(geralmente > 1), forte predomínio de C
29
esteranos e composições isotópicas
geralmente mais leves que -27‰. Os óleos desta família apresentam os mais baixos
teores de enxofre (entre 0,27 e 2,11%) e valores de API entre 21,2 e 32,5°
Segundo estas características, classificam nesta família os petróleos de Martín Mesa,
Pinar 2, Cantel, Camarioca 6 , Cristales, Martí 5 e Motembo 2X
Estes resultados foram a base para o presente estudo, onde as amostras a serem
classificadas são asfaltitas. A tabela VII.1 apresenta os valores característicos dos
principais parâmetros utilizados na caracterização deste conjunto de óleos.
84
Tabela VII. 1 Características gerais das famílias de óleos cubanos.
Família I Família II Família III
API 8,6 - 28 21,70 - 45,40 21,20 - 32,5
% Enxofre 3,1 - 7,8 0,09 - 1,62 0,27 - 0,54
% Saturados 9,3 - 50 50,64 - 69,98 28,0 - 62,98
% Aromáticos 7,84 - 37,1 9,16 - 31,53 20,0 - 30,0
% NSO
4,91 - 53,28 5,13 - 17,83 16,32 -52,00
C
29
/ C
30
<1 >1 <1
C
35
/ C
34
>1 >1 <1
Pr / Ft 0,71 - 1,43 1,10 - 1,76 2,09 - 2,78
δ
13
C
-26.60, -27.35 -26.06, -27.61 -29.01, -26.56
Diaster. / Est. Reg. 0,13 - 0,69 0,38 - 1,13 0,54 - 1,38
C
27
/ C
29
Est. Reg. C27 > C29 C27<C29 C27<C29
Gam. / C
30
0,18 - 0,53 0,06 - 0,18 0,03 - 0,10
M
M
a
a
r
r
i
i
n
n
h
h
o
o
C
C
a
a
r
r
b
b
o
o
n
n
á
á
t
t
i
i
c
c
o
o
A
A
b
b
e
e
r
r
t
t
o
o
M
M
a
a
r
r
i
i
n
n
h
h
o
o
S
S
i
i
l
l
i
i
c
c
i
i
c
c
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á
s
s
t
t
i
i
c
c
o
o
M
M
a
a
r
r
i
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n
n
h
h
o
o
H
H
i
i
p
p
e
e
r
r
s
s
a
a
l
l
i
i
n
n
o
o
Fig. VII.1 Mapa de Cuba, com as diferentes famílias de petróleos estabelecidas.
85
Análises estatísticas foram aplicadas à classificação geoquímica de óleos cubanos
pela primeira vez por SCHIEFELBEIN & MELLO (1999). Posteriormente, DOMINGUEZ
(2006) e DOMINGUEZ et al. (2006) desenvolveram trabalhos que incluíram análise
PCA e Cluster, obtendo uma boa correlação com a distribuição em famí lias
previamente definidas. As figs. VII. 2 e VII. 3 ilustram estes resultados.
Fig. VII. 2. Análise PCA. a) das variáveis, b) das amostras.
Fig. VII. 3. Análise hierárquico de agrupamento (Cluster), representando as três
famílias de óleos cubanos.
86
VII.2 RESULTADOS
VII.2.1Amostras, Introdução.
No presente estudo foram utilizados parâmetros de biomarcadores saturados e
aromáticos, assim como também outros parâmetros de hidrocarbonetos policíclicos
aromáticos (HPAs), não biomarcadores, com o objetivo de caracterizar, entre os óleos
cubanos, trinta e duas amostras correspondentes a asfaltitas: amostras de óleos ricas
em asfaltenos, que podem ser encontradas como exsudações, preenchendo veios,
cavidades e fissuras de rochas na superfície. Também foram analisadas dezoito
amostras de óleos já previamente classificadas dentro das famílias de óleos cubanos,
com o objetivo de emprega-las como guias no reconhecimento das famílias de óleos
das amostras de asfaltitas em estudo, ja que por suas características particulares
quanto a preservação, as asfaltitas requerem a investigação de um grande número de
parâmetros geoquímicos para a sua classificação geoquímica.
As amostras coletadas distribuem-se ao longo do território cubano, como pode ser
observado na fig VII.4 aonde os pontos em vermelho representam as amostras de
óleos e em preto estão representadas as asfaltitas, na tabela VII.2 pode ser vista a
localização específica de cada uma das amostras segundo a localidade.
87
Cobertura da UT E Remedios ( P aleoceno-Eoceno Medio)
UTE Remedios (Cretáceo Infe rior. Berriasiano - Cretác eo Sup . Maastr ic hti a no )
Cobertura da UTE Ca majuaní ( Paleoceno-Eoceno Medio)
UTE Camajuaní (Jurássico Sup.Kimmeridgiano - Cret áceo Sup. Maestri chtiano)
UTE Esperanza ( Jurássico Sup.Oxfordiano-Cretá ceo I nf. Albiano)
Cobertura da UT E Rosario-Placetas (Maa estrichtiano Sup. – E oceno Medio Yp resia no)
UT E Rosari o-Pla ceta s (J ur ássi co Sup . Oxford iano - C retáce o Sup . Maestric htia no
Cobertura da UT E Sierra de Los Organos ( Provavel mente Maaestric htiano Eoceno I nf.)
UTE Sierr a de los Organos (Jurá ssico Sup. O xfordiano - Cre táceo Sup. Ceno maniano)
Evaporitos (Provavelmente Jurássico médio- Jurássico Sup. Calloviense)
Ofiolitos: Unidad es da cro sta oceâ nic a ( T riássico? - C r etác e o ced o)
Amostras de Óleos
Asfaltita s
Cobertura da UT E Remedios ( P aleoceno-Eoceno Medio)
UTE Remedios (Cretáceo Infe rior. Berriasiano - Cretác eo Sup . Maastr ic hti a no )
Cobertura da UTE Ca majuaní ( Paleoceno-Eoceno Medio)
UTE Camajuaní (Jurássico Sup.Kimmeridgiano - Cret áceo Sup. Maestri chtiano)
UTE Esperanza ( Jurássico Sup.Oxfordiano-Cretá ceo I nf. Albiano)
Cobertura da UT E Rosario-Placetas (Maa estrichtiano Sup. – E oceno Medio Yp resia no)
UT E Rosari o-Pla ceta s (J ur ássi co Sup . Oxford iano - C retáce o Sup . Maestric htia no
Cobertura da UT E Sierra de Los Organos ( Provavel mente Maaestric htiano Eoceno I nf.)
UTE Sierr a de los Organos (Jurá ssico Sup. O xfordiano - Cre táceo Sup. Ceno maniano)
Evaporitos (Provavelmente Jurássico médio- Jurássico Sup. Calloviense)
Ofiolitos: Unidad es da cro sta oceâ nic a ( T riássico? - C r etác e o ced o)
Amostras de Óleos
Asfaltita s
Cobertura da UT E Remedios ( P aleoceno-Eoceno Medio)
UTE Remedios (Cretáceo Infe rior. Berriasiano - Cretác eo Sup . Maastr ic hti a no )
Cobertura da UTE Ca majuaní ( Paleoceno-Eoceno Medio)
UTE Camajuaní (Jurássico Sup.Kimmeridgiano - Cret áceo Sup. Maestri chtiano)
UTE Esperanza ( Jurássico Sup.Oxfordiano-Cretá ceo I nf. Albiano)
Cobertura da UT E Rosario-Placetas (Maa estrichtiano Sup. – E oceno Medio Yp resia no)
UT E Rosari o-Pla ceta s (J ur ássi co Sup . Oxford iano - C retáce o Sup . Maestric htia no
Cobertura da UT E Sierra de Los Organos ( Provavel mente Maaestric htiano Eoceno I nf.)
UTE Sierr a de los Organos (Jurá ssico Sup. O xfordiano - Cre táceo Sup. Ceno maniano)
Evaporitos (Provavelmente Jurássico médio- Jurássico Sup. Calloviense)
Ofiolitos: Unidad es da cro sta oceâ nic a ( T riássico? - C r etác e o ced o)
Amostras de Óleos
Asfaltita s
Cobertura da UT E Remedios ( P aleoceno-Eoceno Medio)
UTE Remedios (Cretáceo Infe rior. Berriasiano - Cretác eo Sup . Maastr ic hti a no )
Cobertura da UTE Ca majuaní ( Paleoceno-Eoceno Medio)
UTE Camajuaní (Jurássico Sup.Kimmeridgiano - Cret áceo Sup. Maestri chtiano)
UTE Esperanza ( Jurássico Sup.Oxfordiano-Cretá ceo I nf. Albiano)
Cobertura da UT E Rosario-Placetas (Maa estrichtiano Sup. – E oceno Medio Yp resia no)
UT E Rosari o-Pla ceta s (J ur ássi co Sup . Oxford iano - C retáce o Sup . Maestric htia no
Cobertura da UT E Sierra de Los Organos ( Provavel mente Maaestric htiano Eoceno I nf.)
UTE Sierr a de los Organos (Jurá ssico Sup. O xfordiano - Cre táceo Sup. Ceno maniano)
Evaporitos (Provavelmente Jurássico médio- Jurássico Sup. Calloviense)
Ofiolitos: Unidad es da cro sta oceâ nic a ( T riássico? - C r etác e o ced o)
Amostras de Óleos
Asfaltita s
Cobertura da UT E Remedios ( P aleoceno-Eoceno Medio)
UTE Remedios (Cretáceo Infe rior. Berriasiano - Cretác eo Sup . Maastr ic hti a no )
Cobertura da UTE Ca majuaní ( Paleoceno-Eoceno Medio)
UTE Camajuaní (Jurássico Sup.Kimmeridgiano - Cret áceo Sup. Maestri chtiano)
UTE Esperanza ( Jurássico Sup.Oxfordiano-Cretá ceo I nf. Albiano)
Cobertura da UT E Rosario-Placetas (Maa estrichtiano Sup. – E oceno Medio Yp resia no)
UT E Rosari o-Pla ceta s (J ur ássi co Sup . Oxford iano - C retáce o Sup . Maestric htia no
Cobertura da UT E Sierra de Los Organos ( Provavel mente Maaestric htiano Eoceno I nf.)
UTE Sierr a de los Organos (Jurá ssico Sup. O xfordiano - Cre táceo Sup. Ceno maniano)
Evaporitos (Provavelmente Jurássico médio- Jurássico Sup. Calloviense)
Ofiolitos: Unidad es da cro sta oceâ nic a ( T riássico? - C r etác e o ced o)
Amostras de Óleos
Asfaltita s
Fig. VII.4 Distribuição geográfica das amostras em estudo e UTEs aflorantes no
território cubano
88
Tabela VII.2 Identificação, Localização e propriedades físico-químicas e de isótopos
de carbono total, nas amostras em estudo.
Nome Formação Tipo Localidade Latit.
(
UTM
)
Lon
g
.
(
UTM
)
Enx.
(
%
)
% Sat. % Arom. % NSO C13OT
SAN MARCO 02 CAIBARI EN Asf . LA HABANA 395215 40320 0 33,33 22,13 44,53 -24,3
SAN MARCO 04 CAIBARI EN Asf . LA HABANA 395215 40320 0 31,85 22,98 45,17 -24,2
SM LOS BANO S Asf . MAT ANZAS 46580 0 336 300 -26, 3
SABALO SABALO Asf . PINAR 2 88682 333975 4,40 8,66 19,69 71, 65 -26,9
CAYAJABOS ART EMISA Pet. LA HABA NA 2,25 56,91 25,98 17,11 -26,2
STA. CRUZ CIFUENTES Pet. PINAR 3,36 32,15 16,08 51,77 -26,7
MARIELN ORT E Pet. LA HABA NA 5,68 21,38 19,66 58,97 -27, 9
GUANAB O 013 Pet. LA HABANA 1,9 8 49 ,06 30,75 20,19 -26,4
VARADERO SUR13 Pet. MAT AN Z AS 5,26 26,49 40,62 32, 89 -27,1
BOCA J ARUCO 500 GRUPO VEL O Z Pet. LA HABA NA 6,01 11,79 22,27 65,94 -26, 9
P.ESCO NDIDO 02 GRUPO VELOZ Pet. LA HABANA 3,50 11,02 28,16 60,82 -26, 4
PARDO 0 4 OF IOLI T AS Pet. MAT AN Z AS 0,30 86,25 8,84 4,91 - 25,9
JUANELO VIA BLANCA Pet. CIUDAD DE HABANA 0,76 58,94 20,30 20,76 -25,8
PUERT O 009 GRUPO VELOZ Pet. LA HABANA 6,23 25,87 29,73 44, 40 -26, 3
R DEL MEDI O 01 GRUPO ESPERANZ A Pet . PINAR 0,09 76,67 14,65 8,68 - 24,9
LAS LAJ AS ART EMISA/SU MIDER O Asf . PINAR 280531 33332 3 7,1 5 17, 79 35,10 47,12 -26,5
RANGEL SUMIDERO Asf. PINAR 275758 329097 5,85 -26,2
CINCO PESOS SAN CAYETA NO Asf . PINAR 281505 329790 13 , 29 24,28 62,43 -27,0
LA AMAD A MARGARITA Asf. SANCTI SPIRITUS 705522 2656 24 8,91 8,13 24,39 67,4 8 -28,9
MINA TALARE N Asf. SANCTI SPIRIT US 705532 26 55 93 8,05 27,10 31,61 41,29 -28,4
ABRAS GRA NDE Asf . SANCT I SPIR IT US 705 572 2 59988 30 ,34 17,93 51,72 -28,0
LIMPIO GRANDE Asf. SANCTI SPIRIT US 704153 258290 4,99 27,74 16,10 56,16 -28,0
MINA 6 FEBR ER O Asf. SANCTI SPI RITUS 704905 2061 58 8,83 11,59 21,95 66,46 -28,4
SANTAGERTRUDIS PENON Asf. MATANZAS 507051 340288 3,10 24,10 24,10 51,80 -27,6
MOCHO ARTEMISA/SUMIDERO Asf. PINAR 279667 329333 6,42 18,94 38,64 42,42 -26,9
PLAYA GIR ÓN Asf .
MAT ANZAS
504510 246360
2,53 45,75 10,11 44,14 -28,2
LA SALCHICHA SAGUA Asf. CIEGO DE AVILA 275998 392857 6,34 38,22 22,93 38,84 -26,4
LA HOY E TA 2 Asf. HOLGUIN 991942 147222 5,74 17,0 8 26,67 56,25 -24,2
LOS HOY OS ARTEMISA Asf. PINAR 289262 33 38 29 4,34 41,42 6, 51 52,07 -27,4
MINA EL OISA OFI OLIT AS Asf. VI LLA C LARA 6 16800 29100 0 4,8 0 -27,9
MARGAR IT A 11 MARG ARIT A Asf . VILLA C LARA 6 32595 25996 8 5,23 10,15 84,62 -28, 2
W DAGUILLA ART EMISA/SUMIDERO Asf. PINAR 276408 328887 2,95 32,08 15,72 52,20 -26,3
CACARAJICARA CACARAJÍCARA Asf. PINAR 267650 335900 4,12 24,74 71,13 -27,3
ANGELITA PENON Asf. MATANZAS 502907 339167 20,80 16,80 62,40 -28,9
JARAH UECA CLAR O OFIOLI TAS E CARMIT A Pet. SANCT I SPIRI TU S 0,04 61,56 25,33 13, 11 -27, 3
PARAISO 1 TO BAS Pet. CAMAG UEY 0,57 69,78 17,76 12,46 -26, 8
PINA 131 TOBAS Pet. SANCTI SPIRITUS 1,39 58,89 23,88 17,23 -27,1
BRUJ O1 TO BAS Pet. SANC T I SPIR IT US 0,41 69, 98 21,80 8,22 -26,8
SANTA BARBARA Asf. HOLGUIN 522598 271967 31,77 28,11 40,12 -26,4
HOLGUIN CIUDAD Asf. CIUDAD DE HOLGUI
N
559369 248097 54,53 30,43 15,04 -28,9
MANIABO N OFIO LIT AS Asf . LAS T UNAS 51956 5 273 143 1, 24 36,85 23,60 39,54 -26, 6
EL MORRILL O Asf. PINAR 261700 3471 30 16,25 20,43 63,31 -26,0
CALET A BUEN A Asf .
MAT ANZAS
504510 246360 34,29 18,21 47,50 -28,7
SANT A CLARIT A 2 Asf . VILLA C LARA 6 32565 28250 8 4,3 3 14 ,66 17,86 67,48 -28, 3
FARO LA SOCO RRO O FIO LIT AS Asf. LAS T UNAS 51956 5 273 143 25, 26 5,46 69,28 -26,6
SAN ANT ONI O 2 IBERIA (T O BAS) Asf . LAS T UNAS 525528 267450 0,77 38,72 17,26 44, 03 -26,1
LA ANGUI LA 01 TOBAS Asf. HOLGUIN 521792 270160 28,24 25,88 45,88 -26,6
CANT EL200 0 OFIOLI TAS Pet. MA TAN ZAS 0,52 48,27 27,3 6 24,37 -27,9
CANTEL 371 OFIOLITAS Pet. MATANZAS 1,23 45,41 29,91 24,68 -28,2
CRISTALE S 041 TOBAS E CONGLOMERA
D
Pet. SANCTI SPIRITUS 0, 79 57,7 8 23,26 18,96 -26,8
89
Características Gerais das Amostras de Asfaltitas
A maioria das amostras em estudo, por sua própria natureza de serem asfaltitas estão
afetadas pelos processos de biodegradação e intemperismo por isto geralmente
apresentam perfis de distribuição de biomarcadores bastante afetados. A
biodegradação promove na maioria dos casos alterações importantes na distribuição,
chegando até a destruição dos esteranos. Em menor grau os hopanos são afetados
(SEIFERT & MOLDOWAN, 1979, CONNAN, 1984, KOOMANS et al., 2002) e algumas
amostras compostos aromáticos de baixa massa molecular e até alguns dos HPAs
mostram alterações importantes na sua distribuição. E por isto que a pesquisa focou
fundamentalmente em estabelecer correlações que envolveram dentre os
biomarcadores saturados, os terpanos tricíclicos, e dentre os aromáticos os
biomarcadores mono e triaromáticos, assim como alguns dos HPAs, dada a conhecida
maior estabilidade destes compostos ante o fenômeno da biodegradação e dada sua
utilidade na determinação de correlações e indicações com respeito a contribuição de
matéria orgânica, regimes deposicionais e grau de evolução térmica da matéria
orgânica. Nas tabelas VII. 3 e VII. 4 podem ser observados os principais parâmetros
geoquímicos utilizados para a classificação das amostras.
90
Tabela V.II. 3 Principais Parâmetros de biomarcadores estudados na fração dos saturados.
Nome
23/
24TRI
21/
23TRI
24/
25TRI
26/
25TRI
26/
28TRI
TET24/
26TRI
GAM/
TR23
H29/
H30
H35/
H34
NORNEO/
H29
M30/
M29
30DHP/
30DHP
+HOP
NorH30/
30
(NorH+Hop)
TS/
(TS
+TM)
%H34
/35
%H
31
/32
H32S/
S+R
H33S/
S+R
EST
21/22
%
C27
%
C 28
%
C 29
C27
/29
abb/
abb+
aaa
S/
S+R
SAN MARCO 02 1,34 0,69 1,00 0,82 0,92 0,90 1,32 0,81 0,80 0,25 4,79 0,20 0,09 0,42 1,25 1,36 0,59 0,62 1,71 53,2 20,2 26,5 1,88
0,4 0,68
SAN MARCO 04 1,24 0,54 1,09 0,82 1,00 0,90 1,07 0,66 0,80 0,25 4,39 0,11 0,06 0,42 1,25 1,38 0,59 0,59 1,68 55,8 18,3 25,8 1,93
0,48 0,48
SM LOS BANOS 1,70 0,43 1,09 0,91 1,01 1,16 1,35 0,94 0,98 0,22 3,28 0,81 0,62 0,42 1,02 1,75 0,85 0,40 1,79 37,7 25,7 36,4 0,92
0,57 0,42
SABALO 1,69 0,19 1,03 0,69 0,88 1,70 2,37 1,99 0,89 5,18
CAYAJABOS 1,50 0,48 1,15 0,79 0,73 1,83 1,47 0,81 0,99 0,17 4,20 0,04 0,08 0,37 1,01 1,66 0,59 0,61 1,76 38,1 24,9 36,8 0,97
0,57 0,41
STA. CRUZ 1,43 0,49 0,95 0,69 0,82 1,23 3,52 0,75 1,19 0,12 2,76 0,02 0,18 0,23 0,85 1,48 0,59 0,60 1,26 42,5 26,3 31,1 1,30
0,55 0,38
MARIELNORTE 1,79 0,42 1,03 0,58 0,76 2,69 2,02 1,14 1,15 0,07 7,21 0,03 0,09 0,15 0,87 2,00 0,59 0,60 1,16 38,5 30,1 31,3 1,19
0,58 0,41
GUANABO 013 1,94 0,46 1,03 0,80 0,98 1,57 2,94 0,85 1,03 0,13 3,45 0,04 0,20 0,29 0,97 1,43 0,60 0,61 1,46 42,9 25,9 31,0 1,27
0,55 0,35
VARADERO SUR13 1,73 0,43 1,02 0,70 1,23 2,29 2,34 0,85 1,15 0,20 5,08 0,01 0,06 0,22 0,87 1,47 0,60 0,61 1,24 35,6 32,1 32,2 1,17
0,54 0,35
BOCA JARUCO500 1,89 0 ,40 0,99 0,55 1,14 1,41 4,68 0,58 1, 23 0,04 3,60 0,01 0 ,13 0,05 0,81 1,81 0,5 9 0,60 0,96 45,4 26 ,1 28,4 1,48
0,57 0,37
P.ESCONDIDO 02 2,35 0,34 1,06 0,64 1,16 1,90 2,14 1,02 1,33 0,07 9,41 0,07 0,04 0,12 0,75 1,86 0,60 0,64 1,19 47,7 25,5 26,7 1,69
0,57 0,34
PARDO 04 1,25 0,94 1,17 0,82 1,07 0,79 1,27 0,53 0,99 0,28 3,60 0,09 0,07 0,47 1,01 1,37 0,61 0,62 2,12 48,3 24,0 27,6 1,66
0,55 0,46
JUANELO 1,31 0,83 1,52 1,15 1,18 0,62 1,06 0,69 1,02 0,23 3,86 0,03 0,13 0,41 0,98 1,65 0,58 0,62 1,80 54,9 20,8 24,3 2,09
0,53 0,45
PUERTO 009 1,50 0,46 1,00 0,71 1,03 1,34 3,39 0,71 1,70 0,19 5,71 0,05 0,06 0,21 0,59 2,25 0,96 0,61 1,17 44,4 28,4 27,2 1,59
0,58 0,29
R DEL MEDIO 01 1,41 0,51 1,07 0,86 1,10 0,90 1,00 0,68 0,91 0,20 2,28 0,00 0,34 0,39 1,10 1,62 0,59 0,58 1,84 36,3 29,7 33,9 0,95
0,55 0,37
LAS LAJAS 1,46 0,50 1,37 0,55 0,57 6,85 0,40 1,81 0,95 0,12 0,52 0,06 0,18 0,41 1,05 2,98 0,60 0,62 2,19 43,2 32,5 24,3 1,81
0,6 0,34
W DAGUILLA 1,58 0,50 1,16 0,73 0,98 2,65 0,64 1,45 1,05 0,15 1,59 0,00 0,21 0,38 0,95 1,84 0,64 0,63 1,73 35,5 26,2 38,2 0,79
0,55 0,44
RANGEL 1,63 0,46 1,08 0,66 0,73 4,66 1,89 1,24 0,96 0,11 2,15 0,00 0,30 0,32 1,04 1,98 0,61 0,60 1,48 41,5 28,4 30,1 1,26
0,58 0,37
CINCO PESOS 1,70 0,40 1,28 0,61 0,72 4,36 1,10 1,53 1,11 0,11 1,60 0,02 0,22 0,35 0,90 2,48 0,61 0,61 1,69 39,8 30,8 29,3 1,29
0,58 0,39
LA AMADA 2,05 0,35 0,99 0,76 0,68 3,84 0,90 1,57 1,21 0,08 0,73 0,00 0,12 0,20 0,83 1,75 0,59 0,61 1,34 31,6 31,2 37,2 0,67
0,59 0,22
MINA T ALAREN 2,43 0,31 0,98 0,62 0,59 3,57 0,46 1,10 1,20 0,06 0,54 0,01 0,13 0,15 0,84 1,90 0,62 0,62 1,33 29,8 26,5 43,6 0,61
0,57 0,41
ABRAS GRANDE 2,63 0,31 0,92 0,66 0,61 3,10 0,78 1,06 1,10 0,06 0,82 0,04 0,29 0,17 0,91 1,82 0,60 0,61 1,26 30,2 25,1 44,6 0,63
0,57 0,37
LIMPIO GRANDE 2,00 0,36 0,94 0,65 0,57 5,60 0,79 1,45 1,13 0,06 0,82 0,01 0,11 0,17 0,89 2,08 0,58 0,61 1,54 33,2 28,5 38,2 0,85
0,58 0,34
MINA 6 FEBRERO 2,74 0,37 1,01 0,61 0,58 4,81 0,82 1,12 0,98 0,06 0,95 0,88 0,76 0,16 1,02 2,17 0,60 0,61 1,36 33,6 26,2 40,1 0,78
0,56 0,36
SANTAGERTRUDIS 1,51 0,56 0,69 1,18 0,14 19,00 8,26 38,09 0 ,08 0,71 0,05 0,34 0,49
91
Tabela VII. 3. Continuação
Nome
23/
24TRI
21/
23TRI
24/
25TRI
26/
25TRI
26/
28TRI
TET24/
26TRI
GAM/
TR23
H29/
H30
H35/
H34
NORNEO/
H29
M30/
M29
30DHP/
30DHP+HOP
NorH30/30
(NorH+Hop)
TS/
(TS+TM)
%H34/
35
%H31
/32
H32S/
S+R
H33S/
S+R
EST
21/22
%
C27
%
C 28
%
C 29
C27
/29
abb/
abb+aaa
S/S+R
MOCHO 1,45 0,51 1,39 0,50 0,59 8,16 0,36 1,68 0,89 0,13 0,61 0,57 0,93 0,49 1,24 3,51 0,60 0,64 1,97 43,74 36,01 20,25 2,04 0,58 0,21
LA SALCHICHA 1,23 0,16 1,13 1,24 0,47 2,69 0,83 3,14 0,90 0,22 0,50 0,10 0,04 0,37 1,12 1,81 0,54 0,55 0,66 25,86 37,03 37,10 0,79 0,49 0,62
LA HOYETA 2 2,15 0,36 1,12 0,51 0,38 9,74 0,53 1,80 1,11 0,03 0,36 0,07 0,03 0,05 0,90 2,62 0,59 0,61 4,34 36,36 30,86 32,78 1,06 0,58 0,26
LOS HOYOS 1,62 0,45 0,94 0,74 0,57 3,25 4,17 17,01 0,16 7,21 0,02 0,16 0,28 1,30
MINA ELOISA 2,52 0,34 1,06 0,61 0,69 5,74 1,66 1,55 1,10 0,06 1,51 0,01 0,12 0,19 1,00 2,43 0,61 0,62 1,52 36,32 25,66 38,02 0,92 0,56 0,33
AM11
MARGARITA 2,18 0,30 0,97 0,62 1,04 2,43 0,99 0,91 1,22 0,06 1,78 0,01 0,17 0,13 0,82 1,90 0,63 0,64 1,08 35,73 28,47 35,81 0,91 0,57 0,34
CACARAJICARA 1,88 0,44 1,16 0,72 0,72 2,75 1,74 1,16 1,08 0,10 2,79 0,03 0,21 0,20 0,96 2,04 0,84 0,39 1,35 34,36 26,99 38,64 0,90 0,53 0,43
ANGELITA 2,22 0,29 0,56 1,07 0,23 8,22 5,63 0,29 1,12 0,04 0,21 0,29 1,29
JARAHUECA
CLARO 2,31 0,33 1,05 0,74 0,53 3,72 0,69 1,27 1,21 0,09 0,73 0,04 0,22 0,26 0,83 1,75 0,59 0,59 1,54 34,50 25,84 39,66 0,82 0,57 0,40
PARAISO 1 1,85 0,52 1,31 0,74 1,06 3,44 0,30 1,49 1,10 0,13 0,62 0,72 0,49 0,33 0,87 1,92 0,57 0,60 2,07 32,87 27,09 40,04 0,85 0,58 0,40
PINA 131 2,17 0,46 1,27 0,77 1,15 2,97 0,19 1,62 1,65 0,12 0,48 0,03 0,08 0,27 0,59 1,85 0,56 0,59 1,88 34,38 27,25 38,37 0,84 0,59 0,41
BRUJO1 1,84 0,56 1,35 0,77 0,98 4,39 0,18 1,62 1,12 0,12 0,42 0,34 0,20 0,34 0,84 1,87 0,59 0,59 2,24 34,41 27,80 37,80 0,86 0,58 0,41
SANTA
BARBARA 1,65 0,64 1,05 1,54 0,10 11,45 3,57 6,88 0,39 0,88 0,51 0,31 0,42 5,01
HOLGUIN
CIUDAD 2,03 0,52 1,27 0,73 1,05 0,91 0,31 0,87 0,95 0,17 2,30 0,02 0,13 0,31 1,05 1,53 0,59 0,59 2,09 36,86 22,43 40,71 0,85 0,57 0,38
MANIABON 1,28 0,42 1,11 1,24 0,46 1,71 0,58 7,75 2,00 0,22 0,36 0,30 0,73 0,44 0,95 1,12 0,81 0,63
PLAYA GIRÓN 1,73 0,21 0,98 0,79 0,72 0,62 0,92 1,05 1,08 0,15 1,28 0,01 0,30 0,60 0,92 1,65 0,60 0,62 0,84 29,24 28,21 42,55 0,69 0,58 0,51
CALETA BUENA 1,71 0,27 1,04 1,00 1,04 0,63 0,73 0,51 0,62 0,35 1,45 0,02 0,10 0,49 1,49 1,29 0,59 0,59 1,15 27,41 29,53 43,06 0,64 0,48 0,55
EL MORRILLO 1,80 0,43 1,03 0,75 0,90 2,51 1,28 14,07 0,11 1,95 0,15 0,10 0,21 1,45 11,41 37,68 50,91 0,21 0,57 0,36
SANTA
CLARITA 2 1,99 0,34 1,05 0,75 0,84 2,09 0,48 0,96 1,18 0,09 0,51 0,06 0,04 0,22 0,85 1,71 0,60 0,59 1,47 40,47 32,54 26,99 0,61 0,62 0,18
FAROLA
SOCORRO 1,46 0,33 0,98 1,05 1,44 1,10 0,43 1,57 0,90 0,21 0,39 0,05 0,12 0,37 1,11 1,58 0,64 0,63 1,52 21,17 29,09 49,73 0,37 0,45 0,47
SAN ANTONIO 2 1,24 0,53 1,03 0,83 0,88 0,89 0,23 8,27 0,55 1,80 0,91 0,77 0,39 0,98
LA ANGUILA 01 1,37 0,46 0,63 1,48 0,28 3,59 2,42 3,57 0,41 2,29 0,06 0,10 0,40 5,81
CANTEL2000 1,41 0,50 1,07 0,90 0,89 1,23 0,30 0,54 0,66 0,24 0,34 0,87 0,88 0,42 1,47 1,57 0,57 0,57 1,61 32,02 26,86 41,12 0,64 0,54 0,40
CANTEL 371 1,49 0,59 1,08 0,87 0,88 1,18 0,73 0,55 0,79 0,22 0,77 0,02 0,16 0,37 1,27 1,57 0,58 0,57 1,58 31,25 29,53 39,22 0,66 0,54 0,38
CRISTALES 041 1,53 0,60 1,30 1,05 1,30 2,12 0,27 1,11 0,87 0,14 0,49 0,11 0,12 0,39 1,15 1,81 0,58 0,60 1,85 32,38 27,79 39,83 0,73 0,57 0,39
92
Tabela VII.4 Principais Parâmetros analisados da fração de compostos aromáticos
Nome %C27iiMA %C28iiMA %C29iiMA C28/C29ii C28/C28+C29ii %C27ivDMA %C28ivDMA %C29ivDMA
21/28MA
Ma1/Ma1+Ma2
SAN MARCO 02 36,87 39,00 24,12 1,62 0,62 41,24 24,14 34,63 1,81 0,15
SAN MARCO 04 36,17 39,17 24,66 1,59 0,61 49,65 10,68 39,67 0,91 0,11
SM LOS BANOS 40,19 37,38 22,43 1,67 0,63 26,59 39,52 33,89 0,54 0,07
SABALO 29,69 44,55 25,76 1,73 0,63 29,15 31,69 39,16 0,98 0,11
CAYAJABOS 34,48 36,76 28,76 1,28 0,56 33,02 26,19 40,79 1,60 0,14
STA. CRUZ 36,03 37,17 26,80 1,39 0,58 31,20 33,85 34,95 0,57 0,09
MARIELNORTE 35,81 38,50 25,70 1,50 0,60 32,62 36,15 31,23 2,55 0,26
GUANABO 013 34,78 33,43 31,80 1,05 0,51 35,47 22,49 42,05 0,54 0,08
VARADERO SUR13 42,57 27,29 30,14 0,91 0,48 26,39 38,13 35,49 1,14 0,12
BOCA JARUCO500 35,98 37,52 26,50 1,42 0,59 29,92 36,38 33,70 0,22 0,07
P.ESCONDIDO 02 40,77 39,44 19,80 1,99 0,67 34,86 34,96 30,19 0,31 0,08
PARDO 04 42,56 38,87 18,57 2,09 0,68 2,44 0,25
JUANELO
PUERTO 009 45,81 32,74 21,45 1,53 0,60 31,53 34,98 33,49 0,28 0,06
R DEL MEDIO 01 36,97 31,56 31,47 1,00 0,50 26,82 33,77 39,41 1,97 0,23
LAS LAJAS
W DAGUILLA
RANGEL
CINCO PESOS
LA AMADA 24,45 50,21 25,34 1,98 0,66 22,31 45,65 32,04 0,23 0,05
MINA TALAREN 24,28 48,92 26,80 1,83 0,65 23,07 46,15 30,78 0,11 0,02
ABRAS GRANDE 22,46 49,68 27,86 1,78 0,64 21,47 45,11 33,42 0,45 0,06
LIMPIO GRANDE 25,21 54,08 20,71 2,61 0,72 22,23 48,20 29,56 0,57 0,15
MINA 6 FEBRERO 24,15 50,74 25,10 2,02 0,67 22,66 45,91 31,43 0,32 0,06
STA. GERTRUDIS 31,95 43,90 24,15 1,82 0,65 27,79 33,71 38,49 5,80 0,42
93
Nome C26/28TA C27/28R TA1/TAI+TA2 TA20/20+28R
C28
(S/S+R)TA
TA/MA+TA MNR DNR-1 DMNr 13+17/16DMN
SAN MARCO 02 0,89 0,51 0,43 0, 63 0,33 0,28 0,92 0,88 0,60 1,27
SAN MARCO 04 0,72 0,70 0,30 0, 48 0,39 0,29 1,04 1,26 0,44 2,03
SM LOS BANOS 0,87 0,62 0,16 0,32 0,59 0,46 1,20 4,01 3,50 0,91
SABALO 0,65 1,45 0,64 0,31 1,52 3,62 2,95 0,98
CAYAJABOS 0,63 0,68 0,29 0,54 0,46 0,53 1,43 3,14 2,71 1,28
STA. CRUZ 0,96 0,69 0,21 0,45 0,47 0,22 1,29 2,73 2,40 1,04
MARIELNORTE 0,77 0,78 0,39 0,68 0,46 0,26 1,44 3,12 2,47 0,87
GUANABO 013 0,85 0,65 0,21 0,45 0,41 0,47 1,30 0,51 1,09 0,85
VARADERO SUR13 0,82 0,62 0,35 0,63 0,45 0,32 0,82 2,44 1,49 1,02
BOCA JARUCO500 1,07 0,54 0,39 0,17 0,79 1,81 2,30 0,99
P.ESCONDIDO 02 1,07 0,64 0,26 0,48 0,43 0,29 0,81 0,61 1,17 1,08
PARDO 04 1,31 0,54 0,26 0,49 0,46 0,50 0,97 2,74 2,55 1,16
JUANELO 1,54 0,71 0,31 0,64 0,43 0,80 1,55 1,05 1,02
PUERTO 009 1,32 0,69 0,20 0,45 0,48 0,26 0,66 1,59 2,11 1,29
R DEL MEDIO 01 0,89 0,81 0,26 0,55 0,75 0,76 0,87 2,54 2,14 0,87
LAS LAJAS 0,23 0,83 0,87 0,97 0,47 1,04 2,23 2,51 0,90
W DAGUILLA 0,36 0,62 0,41 0,61 0,47 1,12 2,27 2,58
RANGEL 0,36 0,74 0,65 0,83 0,62 0,87
CINCO PESOS 0,24 0,74 0,64 0,85 0,45 1,09 2,36 2,68 0,79
LA AMADA 0,61 1,02 0,11 0,29 0,46 0,06 1,13 2,30 2,80 1,22
MINA TALAREN 0,65 1,18 0,16 0,39 0,35 0,89 0,83
ABRAS GRANDE 0,63 1,16 0,25 0,48 0,99 0,60 1,16
LIMPIO GRANDE 0,69 1,18 0,19 0,44 0,40 0,59 0,93
MINA 6 FEBRERO 0,81 1,29 0,13 0,30 0,43 0,65 0,97
STA. GERTRUDIS 0,94 0,65 0,14 1,55 4,24 3,16 0,95
Tabela VII.4. Continuação
94
Tabela VII. 4 Continuação.
Nome TNR-1 TNR-2 TNR3 TMNr TeMNr 3MP/PToTAL MFR MF1 MF2 1/2+3MF PP-1 DPR
SAN MARCO 02 1,52 1,02 1,92 0,50 0,64 0,07 1,03 0,91 0,89 0,59 1,35 0,33
SAN MARCO 04 0,23 0,30 0,96 0,34 0,38 0,05 1,04 0,72 0,69 0,69 1,52 0,29
SM LOS BANOS 0,74 0,68 1,15 0,65 0,52 0,04 1,10 0,76 0,78 0,49 1,76 0,24
SABALO 0,86 0,72 1,29 0,51 0,05 1,33 0,76 0,77 0,53 1,01 0,41
CAYAJABOS 1,00 0,83 1,62 0,49 0,32 0,02 1,42 0,82 0,95 0,76 1,79 0,26
STA. CRUZ 1,14 1,02 1,85 0,62 0,20 0,03 1,29 0,83 0,92 0,56 1,73 0,26
MARIELNORTE 2,60 1,32 2,17 0,56 0,74 0,05 1,09 0,82 0,83 0,71 1,55 0,25
GUANABO 013 0,66 0,58 1,19 0,31 0,65 0,05 1,05 0,64 0,62 0,47 1,80 0,23
VARADERO SUR13 1,18 1,28 3,36 0,64 0,90 0,06 1,14 0,88 0,88 0,61 1,25 0,28
BOCA JARUCO500 0,84 0,67 1,30 0,32 0,52 0,06 1,01 0,78 0,74 0,74 1,54 0,25
P.ESCONDIDO 02 0,57 0,52 1,09 0,29 0,51 0,05 0,99 0,57 0,54 0,51 2,14 0,18
PARDO 04 0,59 0,57 1,15 0,45 0,72 0,05 0,90 0,56 0,51 0,76 2,24 0,25
JUANELO 1,02 1,11 2,28 0,61 0,70 0,06 0,83 0,74 0,64 0,67 1,59 0,34
PUERTO 009 0,55 3,59 1,15 0,46 0,65 0,06 1,05 0,65 0,62 0,36 1,69 0,22
R DEL MEDIO 01 0,93 0,80 1,45 0,66 0,72 0,09 1,11 1,20 1,15 0,40 0,79 0,53
LAS LAJAS 0,70 0,58 1,19 0,38 0,74 0,03 1,22 1,10 1,15 0,66 1,06 0,29
W DAGUILLA 0,91 0,71 1,31 0,34 0,52 0,01 1,45 0,59 0,69 0,64 2,28 0,20
RANGEL 0,79 0,62 1,33 0,16 0,61 0,03 1,22 0,66 0,71 0,42 2,04 0,17
CINCO PESOS 0,93 0,73 1,30 0,43 0,61 0,02 1,19 0,80 0,81 0,59 1,37 0,16
LA AMADA 0,94 0,72 1,26 0,43 0,50 0,03 0,93 0,93 0,86 0,70 1,37 0,21
MINA TALAREN 0,38 0,42 0,90 0,44 0,65 0,03 0,89 0,56 0,51 0,58 2,27 0,16
ABRAS GRANDE 1,38 0,84 1,37 0,48 0,48 0,03 0,90 0,68 0,62 0,43 1,86 0,19
LIMPIO GRANDE 1,02 0,84 1,57 0,54 0,33 0,06 0,93 0,32 0,25 0,60 0,65 0,43
MINA 6 FEBRERO 1,35 0,78 1,21 0,51 0,74 0,02 1,01 0,58 0,53 0,57 1,56 0,11
STA. GERTRUDIS 2,25 0,98 1,29 0,54 0,20 0,06 1,27 0,64 0,63 0,44 1,08 0,66
95
Tabela VII.4 Continuação
Nome FDMF Roeq
MDBT/MF DBT/F
MDR MDR1 MDR2-3 MDR4 MDR4,1 SMDBT/DBT MDBTI1 MDBTI3
SAN MARCO 02 0,43 0,80 0,04 0,08 0,17 0,82 0,56 2,24 2,72 3,63 1,76 2,02
SAN MARCO 04 0,40 0,73 0,32 1,55 0,69 0,16 0,15 0,45 2,72 0,76 0,68 1,91
SM LOS BANOS 0,36 0,64 0,87 0,33 3,59 8,15 9,38 10,96 1,34 28,48 1,65 1,16
SABALO 0,50 0,96 2,17 3,56 1,41 0,12 0,48 0,40 3,25 0,82 1,45
CAYAJABOS 0,36 0,64 0,45 0,35 8,33 12,34 25,04 23,57 1,91 60,95 1,90 1,30
STA. CRUZ 0,37 0,66 0,37 0,25 3,31 10,55 14,95 13,21 1,25 38,71 1,59 1,10
MARIELNORTE 0,39 0,71 1,82 1,41 5,48 1,89 3,70 3,87 2,04 6,47 1,72 1,35
GUANABO 013 0,36 0,64 0,74 0,55 1,47 1,13 1,85 2,70 2,38 5,68 1,71 1,52
VARADERO SUR13 0,44 0,82 1,98 0,96 3,23 1,82 3,00 3,35 1,84 8,18 1,64 1,32
BOCA JARUCO500 0,39 0,71 2,38 1,63 4,45 2,76 1,88 2,72 0,99 7,36 1,23 0,99
P.ESCONDIDO 02 0,32 0,55 1,68 1,90 3,19 1,30 1,37 1,68 1,29 4,35 1,25 1,14
PARDO 04 0,31 0,53 0,83 0,28 3,81 3,73 1,24 13,78 3,69 18,75 3,77 3,02
JUANELO 0,39 0,71 0,55 0,62 1,30 1,15 1,00 2,09 1,82 4,23 1,47 1,44
PUERTO 009 0,37 0,66 1,31 15,43 1,87 0,07 0,09 0,12 1,69 0,29 0,28 1,30
R DEL MEDIO 01 0,56 1,09 0,48 0,44 0,72 0,58 1,11 1,62 2,81 3,32 1,53 1,62
LAS LAJAS 0,49 0,93 18,16 2,08 11,47 2,07 39,61 5,52 2,66 47,20 1,59 1,09
W DAGUILLA 0,30 0,51 0,56 0,40 2,51 4,84 3,85 6,23 1,29 14,92 1,56 1,16
RANGEL 0,33 0,57 2,08 2,19 9,57 2,26 3,05 4,37 1,93 9,68 1,76 1,40
CINCO PESOS 0,42 0,78 2,74 0,95 4,66 2,51 3,22 4,93 1,97 10,66 1,82 1,42
LA AMADA 0,42 0,78 1,20 0,37 3,81 7,87 6,63 10,40 1,32 24,90 1,65 1,17
MINA TALAREN 0,31 0,53 2,66 2,23 7,20 2,52 2,14 3,23 1,28 7,90 1,42 1,15
ABRAS GRANDE 0,35 0,62 0,22 0,15 0,56 3,65 2,45 3,73 1,02 9,83 1,31 1,01
LIMPIO GRANDE 0,61 1,20 0,51 0,15 0,08 0,20 0,37 0,56 2,88 1,13 0,89 1,65
MINA 6 FEBRERO 0,39 0,71 0,42 0,27 0,38 1,07 0,60 1,39 1,30 3,06 1,12 1,19
STA. GERTRUDIS 0,48 0,91 0,63 0,20 0,43 0,68 1,27 2,10 3,09 4,05 1,71 1,73
96
Tabela VII.4 Continuação
Nome %C27iiMA %C28iiMA %C29iiMA C28/C29ii C28/C28+C29ii %C27ivDMA %C28ivDMA %C29ivDMA
21/28MA
Ma1/Ma1+Ma2
MOCHO
LA SALCHICHA 28,77 46,69 24,54 1,90 0,66 25,33 29,45 45,22 3,35 0,26
LA HOYETA 2 25,01 43,99 31,00 1,42 0,59 23,70 42,26 34,04 1,91 0,21
LOS HOYOS 33,33 43,03 23,64 1,82 0,65 32,57 31,77 35,66 0,56 0,13
MINA ELOISA 25,07 49,81 25,12 1,98 0,66 23,73 44,04 32,23 0,42 0,08
MARGARITA 11 37,55 37,97 24,47 1,55 0,61 23,07 43,61 33,32 0,10 0,02
CACARAJICARA
ANGELITA
JARAHUECA CLARO 27,55 47,77 24,68 1,94 0,66 27,91 40,23 31,86 0,63 0,11
PARAISO 1 28,73 44,44 26,83 1,66 0,62 29,51 31,60 38,88 2,50 0,20
PINA 131 27,15 48,21 24,64 1,96 0,66 27,15 39,93 32,91 1,56 0,18
BRUJO1 31,58 43,13 25,30 1,70 0,63 32,38 31,17 36,44 5,21 0,37
SANTA BARBARA
HOLGUIN CIUDAD 37,22 33,17 29,61 1,12 0,53 37,16 18,41 44,43 4,05 0,26
MANIABON 24,92 47,17 27,90 1,69 0,63 22,43 32,60 44,97 1,78 0,20
PLAYA GIRÓN 26,94 46,28 26,80 1,73 0,63 22,37 42,73 34,90 0,47 0,06
CALETA BUENA 24,64 43,97 31,40 1,40 0,58 23,30 35,52 41,19 0,40 0,07
EL MORRILLO 20,81 52,98 26,20 2,02 0,67 19,13 47,28 33,59 0,63 0,11
SANTA CLARITA 2 23,24 49,10 27,66 1,78 0,64 22,77 42,44 34,79 0,34 0,06
FAROLA SOCORRO 28,61 29,60 41,80 0,71 0,41 3,23 0,34
SAN ANTONIO 2 21,05 52,63 26,32
LA ANGUILA 01
CANTEL2000 27,78 39,34 32,90 1,20 0,54 25,92 31,30 42,78 0,96 0,10
CANTEL 371 18,77 45,78 35,45 0,06
CRISTALES 041
97
Tabela VII.4 Continuação
Nome C26/28TA C27/28R TA1/TAI+TA2 TA20/20+28R
C28
(S/S+R)TA
TA/MA+TA MNR DNR-1 DMNr 13+17/16DMN
MOCHO 0,51 1,60 3,97 3,33 0,85
LA SALCHICHA 0,95 0,48 0,16 0,32 0,47 0,13 1,26 3,70 4,18 0,90
LA HOYETA 2 0,44 0,98 0,40 0,39 0,47 0,22 1,32 0,49 0,32 0,97
LOS HOYOS 0,53 0,70 0,46 0,10 1,13 4,19 3,79 0,89
MINA ELOISA 0,70 1,21 0,32 0,64 0,44 0,32 1,11 3,23 2,26 0,76
MARGARITA 11 0,89 1,01 0,11 0,25 0,35 0,54 0,94 2,34 3,21 0,61
CACARAJICARA 0,68 0,96 0,17 0,32 0,48 1,03
ANGELITA 0,87 0,48 1,15 2,71 2,70
JARAHUECA
CLARO
0,82 0,99 0,20 0,41 0,49 0,03 1,38 3,91 3,16 0,59
PARAISO 1 0,66 0,94 0,28 0,56 0,59 0,55 1,45 3,34 2,64 0,69
PINA 131 0,72 1,16 0,29 0,61 0,47 0,45 1,36 3,94 2,84 1,41
BRUJO1 0,76 0,95 0,48 0,78 0,52 0,62 1,62 3,27 2,79 0,73
SANTA BARBARA 1,23 0,47 0,34 0,61 0,51 1,58 3,96 4,68 1,10
HOLGUIN CI UDAD 0,51 0,40 0,27 0,47 0,47 0,64 1,04 0,30 0,02 0,67
MANIABON 1,04 0,46 0,09 1,52 3,45 2,92 0,71
PLAYA GIRÓN 0,38 0,84 0,13 0,28 0,46 0,31 1,39 4,90 3,96 2,08
CALETA BUENA 0,42 0,54 0,13 0,23 0,46 0,55 1,25 3,87 3,13 1,12
EL MORRILLO 0,67 1,08 0,17 0,38 0,48 0,31 1,79 3,35 3,30 1,00
SANTA CLARITA 2 0,52 0,92 0,04 0,06 0,47 0,19 1,50 0,80
FAROLA SOCORRO 0,50 0,50 0,13 0,26 0,46 0,91 1,28 4,43 3,66 2,63
SAN ANTONIO 2 1,11 0,63 0,18 0,60 1,13 0,68
LA ANGUILA 01 0,88 0,43 0,48 1,39 3,56 3,69 1,08
CANTEL2000 0,59 0,80 0,09 0,22 0,52 1,42 3,72 3,03 0,90
CANTEL 371 0,67 0,96 0,10 0,25 0,47 0,47 1,33 1,01 1,65 0,94
CRISTALES 041 0,62 0,73 0,33 0,60 0,42 1,55 1,52 0,69 0,46
98
Tabela VII.4. Continuação
Nome TNR-1 TNR-2 TNR3 TMNr TeMNr 3MP/PToTAL MFR MF1 MF2 1/2+3MF PP-1 DPR
MOCHO 1,48 0,91 1,60 0,45 0,91 0,02 1,52 1,06 1,24 0,48 1,21 0,24
LA SALCHICHA 0,84 0,68 1,15 0,56 0,58 0,05 1,28 0,83 0,82 0,53 0,89 0,44
LA HOYETA 2 0,41 0,40 1,12 0,23 0,70 0,03 1,42 0,68 0,75 0,55 1,61 0,21
LOS HOYOS 0,91 0,68 1,09 , 0,05 1,35 0,61 0,61 0,66 1,07 0,32
MINA ELOISA 1,47 0,95 1,45 61,00 1,66 0,71 0,86 0,71 1,94 0,23
MARGARITA 11 0,76 0,64 1,13 0,48 0,57 0,01 1,25 0,18 0,20 1,02 7,89 0,28
CACARAJICARA 0,03 1,57 0,74 0,80 0,40 1,07 0,30
ANGELITA 0,81 0,68 1,18 0,57 0,05 1,31 0,82 0,83 0,51 0,96 0,36
JARAHUECA
CLARO
0,79 0,63 1,11 0,51 0,56 0,02 1,21 0,59 0,61 0,39 1,93 0,43
PARAISO 1 0,83 0,77 1,53 0,58 0,30 0,03 1,53 1,12 1,32 0,61 1,24 0,32
PINA 131 1,85 1,08 1,87 0,38 0,82 0,06 1,40 1,31 1,45 0,73 0,93 0,43
BRUJO1 0,96 0,80 1,58 0,41 0,87 0,04 1,48 1,37 1,56 0,44 0,90 0,44
SANTA BARBARA 1,03 0,84 1,56 0,29 0,19 1,11 0,48 0,44 0,65 1,16 0,97
HOLGUIN CIUDAD 0,54 0,65 1,43 0,59 0,57 0,03 0,34 0,63 0,31 0,51 2,07 0,33
MANIABON 0,51 0,58 1,48 0,58 0,31 0,06 1,31 0,63 0,63 0,74 1,23 0,55
PLAYA GIRÓN 1,15 0,82 1,31 0,62 0,24 0,02 1,38 0,84 0,88 0,54 1,03 0,45
CALETA BUENA 0,96 0,74 1,24 0,58 0,01 1,20 0,86 0,87 0,40 1,17 0,53
EL MORRILLO 0,57 0,60 1,29 0,30 0,23 0,03 0,64 0,79 0,59 0,34 1,50 0,36
SANTA CLARITA 2 0,70 0,94 2,35 0,52 0,16 0,05 0,74 0,79 0,63 0,49 1,42 0,23
FAROLA
SOCORRO
0,71 0,68 1,26 0,47 0,39 0,07 1,29 0,62 0,59 0,47 0,73 0,38
SAN ANTONIO 2 0,68 0,64 1,15 0,56 0,57 0,04 1,04 0,43 0,37 0,56 1,07 0,43
LA ANGUILA 01 1,03 0,81 1,33 0,44 0,28 1,03 0,63 0,55 0,76 1,01 0,99
CANTEL2000 0,78 0,69 1,29 0,50 0,53 0,02 0,95 1,01 0,96 0,46 1,28 0,30
CANTEL 371 0,71 0,69 1,48 0,40 0,28 0,02 1,01 0,80 0,74 0,48 1,20 0,20
CRISTALES 041 0,55 0,65 1,38 0,58 0,59 0,05 1,24 0,73 0,72 0,59 1,18 0,30
99
Tabela VII.4. Continuação.
Nome FDMF Roeq
MDBT/MF DBT/F
MDR MDR1 MDR2-3 MDR4 MDR4,1 SMDBT/DBT MDBTI1 MDBTI3
MOCHO 0,45 0,84 2,38 1,23 8,27 3,74 6,17 6,70 1,79 16,60 1,77 1,30
LA SALCHICHA 0,53 1,02 0,28 0,05 0,15 0,95 4,55 2,78 2,91 8,28 1,69 1,33
LA HOYETA 2 0,38 0,69 0,63 0,11 0,79 5,19 8,15 7,33 1,41 20,67 1,62 1,16
LOS HOYOS 0,48 0,91 4,19 7,18 2,17 0,12 0,26 0,30 2,43 0,68 0,61 1,46
MINA ELOISA 0,34 0,60 2,47 2,56 11,99 3,28 4,13 4,65 1,42 12,06 1,57 1,19
MARGARITA 11 0,11 0,08 0,19 0,31 1,11 2,43 2,78 3,58 1,47 8,79 1,53 1,22
CACARAJICARA 0,48 0,91 4,58 2,58 3,02 0,42 1,39 1,17 2,77 2,99 1,37 1,41
ANGELITA 0,51 0,98 3,94 7,65 1,43 0,08 0,66 0,19 2,36 0,93 0,73 1,15
JARAHUECA CLARO 0,34 0,60 0,70 0,33 1,95 1,56 0,80 5,84 3,73 8,19 2,96 2,81
PARAISO 1 0,45 0,84 0,56 4,36 2,35 2,78 4,36 1,86 9,49 1,75 1,39
PINA 131 0,52 1,00 0,72 0,43 2,49 2,37 3,72 5,75 2,42 11,84 2,00 1,55
BRUJO1 0,53 1,02 0,46 0,23 1,93 2,83 4,19 8,46 2,99 15,48 2,37 1,80
SANTA BARBARA 0,46 0,87 0,22 0,11 0,06 0,40 0,81 0,52 1,31 1,73 0,91 1,10
HOLGUIN CI UDAD 0,33 0,57 1,61 0,25 7,73 10,41 11,25 29,42 2,83 51,07 2,69 1,88
MANIABON 0,45 0,84 0,54 0,30 0,40 0,46 0,95 1,32 2,86 2,73 1,41 1,61
PLAYA GIRÓN 0,49 0,93 1,73 4,80 1,04 0,08 0,47 0,22 2,64 0,77 0,67 1,24
CALETA BUENA 0,46 0,87 2,06 1,24 3,00 0,96 1,70 2,41 2,50 5,07 1,68 1,54
EL MORRILLO 0,40 0,73 1,31 0,18 1,33 14,51 15,64 7,52 0,52 37,67 1,12 0,77
SANTA CLARITA 2 0,41 0,75 0,35 0,38 1,26 1,08
FAROLA SOCORRO 0,58 1,13 0,08 0,01 0,03 2,09 1,24 2,59 1,24 5,91 1,33 1,15
SAN ANTONIO 2 0,48 0,91 0,34 0,01 0,12 5,13 4,55 10,88 2,12 20,55 2,17 1,59
LA ANGUILA 01 0,50 0,96 0,11 0,19 0,03 0,27 0,23 0,14 0,54 0,64 0,38 0,76
CANTEL2000 0,44 0,82 0,20 0,19 0,92 2,28 2,78 4,87 2,14 9,93 1,90 1,51
CANTEL 371 0,45 0,84 0,51 0,14 0,58 3,14 2,23 4,10 1,31 9,47 1,49 1,18
CRISTALES 041 0,46 0,87 0,77 0,43 0,81 0,61 1,04 1,88 3,08 3,53 1,65 1,77
100
VII.2.2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.
VII.2.2.1 Amostras de Óleos
Os petróleos cubanos foram estudados anteriormente com relação à distribuição dos
biomarcadores saturados e classificados geoquimicamente como correspondendo a
três famílias distintas (I, II e III) segundo a sua origem (rocha geradora). Nesta seção
serão investigados os compostos resistentes ao intemperismo e à biodegradação
(terpanos tricíclicos, biomarcadores aromáticos e HPAs) com dezoito amostras de
óleos representativas das três famílias de óleos cubanos. Este comportamento será
então aplicado à classificação geoquímica de petróleos de ocorrência e preservação
especiais (asfaltitas).
Dentre as amostras de óleo escolhidas para este estudo, se encontram algumas
representantes dos principais campos de petróleo do pais (Varadero, Puerto
Escondido, Boca de Jaruco, Pina, Brujos, cristales, entre outras), cujas características
físico-químicos podem encontrar se na tabela VII.5.
Tabela VII.5. Características físico-químicas dos principais campos produtores de
hidrocarbonetos em Cuba.
CAMPO
Valor ºAPI % S % Saturados % Aromaticos % NSO
Media 19,97 3,76 33,92 35,30 17,89
Max 32,90 7,44 53,41 45,45 47,13
Boca de Jaruco
Min 10,30 1,50 22,75 27,27 5,88
Media 10,00 6,00 26,21 32,92 40,88
Max 11,40 6,23 26,54 36,11 44,40
P. Escondido-
Min 8,60 5,76 25,87 29,73 37,35
Media 8,88 6,17 21,64 31,40 44,24
Max 14,30 7,85 28,50 40,62 54,12
Varadero
Min 4,50 4,54 9,30 28,00 32,89
Media 25,10 2,31 46,12 30,25 23,63
Max 34,30 3,89 58,89 35,61 31,62
Pina
Min 13,40 1,39 37,82 23,88 17,23
Media 43,15 0,47 69,28 22,04 8,69
Max 45,40 0,53 69,98 22,28 9,15
Brujos
Min 40,90 0,41 68,57 21,80 8,22
Media 24,73 0,88 55,10 27,21 17,90
Max 31,20 0,94 57,78 30,87 18,96
Cristales
Min 18,70 0,79 52,83 23,26 16,30
101
As amostras escolhidas para realizar o estudo dentre os óleos que pertencem à família
I foram
: Cayajabos 3, Sta Cruz100, Mariel Norte, Guanabo 13, Varadero Sur, Boca de
Jaruco 500, Pardo 4, Juanelo, Puerto Escondido 2 e 9 e o óleo correspondente a Rio
del Médio.
Dentre a família II:
Jarahueca Claro, Paraíso 1, Pina 131 e Brujo1 e dentre a família III,
os óleos de Cantel 2000, 371 e Cristales 41.
As características geoquímicas gerais dos óleos destas famílias podem ser
encontradas na seção VII.1 referente aos trabalhos geoquímicos prévios realizados
em Cuba, assim como nas tabelas VII.3 e VII.4 e na fig. VII.5 a seguir.
Fig. VII. 5 Características físico químicas dos principais reservatórios cubanos
descobertos.
O anexo V apresenta os perfis cromatográficos (CG/DIC) e os cromatogramas de
massas dos íons m/z 191 e m/z 217. A figs VII. 6 a e b, mostra as características
destes íons para as três famílias.
Campos
Poços
Campos
Poços
Campos
Poços
102
Fig. VII. 6a Cromatograma de massas (m/z 191), correspondente aos terpanos para as
três famílias, nos óleos.
40 50 60 70 80 90 100 110
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
TR19
TR20
TR21
TR22
TR23
TR24
TR25ab
TET24
TR26 ab
TR28ab
TR29ab
TS
TM
H29
C29TS
DH30
M
2
9
H30
NOR30H
M30
H31S
H31R
GAM
H32S
H32R
H33S
H33R
H34S
H34R
H35S
H35R
TR19
TR20
TR21
TR22
TR23
TR25ab
TET24
TR26 ab
TR28ab
TR29ab
TS
TM
H29
H30
H31S
H31R
GAM
H32S
H32R
H33S
H33R
H34S
H34R
H35S
H35R
40 50 60 70 80 90 100 110
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
103
Fig. VII. 6b Cromatograma de massas (m/z 217), correspondente aos esteranos para
as três famílias, nos óleos.
45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
DIA C 27
C27S
BB_D29S
C27BBS
C27R
C28S
C28BBR
C28BBS
C28R
C29S
C29BBR
C29BBS
C29R
C21
C22
DIA C 27
C27S
BB_D29S
C27BBS
C27R
C28S
C28BBR
C28BBS
C28R
C29S
C29BBR
C29BBS
C29R
C21
C22
45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
DIA C 27
C27S
BB_D29S
C27BBS
C27R
C28S
C28BBR
C28BBS
C28R
C29S
C29BBR
C29BBS
C29R
C21
C22
45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
Família III
Família II
Família I
45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
104
A seguir apresentaremos as principais características geoquímicas que apresentaram
as amostras de óleo estudadas, com relação aos parâmetros que enfocaram a nossa
atenção no presente estudo.
VII.2.2.2a Parâmetros de biomarcadores de terpanos nas famílias de óleos
conhecidas.
Nesta sessão abordaremos o comportamento seguido por este grupo de compostos,
(terpanos tricíclicos, fundamentalmente) nas amostras de óleos em estudo, o suporte
teórico para esta sessão pode ser encontrado no capítulo IV.2.
A tabela VII. 3 apresentou as características individuais de cada uma das amostras de
óleos estudadas e nas figuras VII.6 a e b. foram mostrados os perfis cromatográficos
para cada uma das famílias
A tabela VII. 6 apresenta um resumo das características apresentadas pelas amostras
utilizando este grupo de compostos.
Tabela VII. 6 Principais parâmetros Geoquímicos discriminantes para as três famílias,
baseados nos biomarcadores saturados, envolvidos na análise para os óleos
analisados.
PARÂMETRO/MEDIA
Família I Família II Família III PREDOMINIO
23/24TRI
1,64 2,04 1,48
II>I>III
21/23TRI
0,52 0,47 0,46
I>II>III
24/25TRI
1,09 1,24 1,15
II>III>I
26/25TRI
0,75 0,76 0,94
III>II=I
26/28TRI
1,02 0,93 1,05
III=II>I
TET24/26TRI
1,50 3,63 1,51
II>>III=I
GAM/TR23
2,35 0,34 0,43
I>>III>II
MOR.30/MOR.29
4,65 0,56 0,53
I>> II=III
30DHP/30DHP+HOP
0,04 0,28 0,33
III=II>>I
EST 21/22
1,45 1,93 1,68
II>III>I
Baseados na análise dos parâmetros apresentados podemos fazer algumas
diferençações entre as três famílias de óleos, as quais vão ser expostas a seguir.
105
Diagnóstico
As figs VII. 7 até VII.9, apresentam as principais características de origem baseadas
nos parâmetros de terpanos estudados na pesquisa. Da análise dos gráficos
confeccionados, foi possível fazer uma serie de inferências, para cada uma das
famílias.
Amostras da Família I
Com relação à distribuição de terpanos tricíclicos, os óleos da família I distinguem-se
por apresentar valores médios da razão C21/C23 Tri mais altos (0,52), com relação
aos demais óleos, chegando a valores muito altos (0,94, no óleo Pardo 4, ver tabela
VII. 3). São especialmente altos os valores da razão Gam/C23Tri, com media de 2,35.
Também é esta a família a que apresenta os maiores valores da razão dos moretanos,
dentre as três famílias.
Fig. VII.7 Origem dos óleos e as asfaltitas baseada nos compostos das razões de
compostos tricíclicos (21/23tri vs 24Tetra/26tri).
0
2
4
6
8
10
12
14
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
C21Tri/C23Tri
C24Tetra/C26Tri
0
2
4
6
8
10
12
14
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
C21Tri/C23Tri
C24Tetra/C26Tri
106
Amostras da Família II
Com relação à distribuição dos terpanos tricíclicos, os óleos da família II distinguem-se
por apresentar valores relativamente mais altas das razões Tetra24/ 26Tri e 23/24Tri.
Os óleos da família II são também aqueles que apresentam os valores mais altos da
razão 21/22 Est, provavelmente refletindo, assim como outros parâmetros
geoquímicos, a maior evolução térmica destes óleos.
Amostras da Família III
A diferenciação dos óleos da família III com relação à distribuição de terpanos
tricíclicos é menos marcante quando comparada com as demais. Apenas as razões
26/28Tri e 26/25Tri se destacam como discriminantes, com valores relativamente mais
altos.
Em geral pode-se dizer que as razões que melhor discriminaram dentro do conjunto,
capazes de brindar informação de fonte foram 21/23Tri e 24Tetra/26Tri, conseguindo
separar a família I das famílias II e III através da razão 21/23 Tri e a família II das
famílias I e III através da razão 24Tetra/26 tri.
Fig. VII. 8 Origem de óleos e asfaltitas baseada em razões de terpanos ( 26/25tri vs
C24Tetra/26tri).
C26Tri/C25Tri
C24Tetra/C26Tri
0
2
4
6
8
10
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5
19
Sta. B arbara
Sta. Gert rudis
Angelita
La An guila
C26Tri/C25Tri
C24Tetra/C26Tri
0
2
4
6
8
10
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5
19
Sta. B arbara
Sta. Gert rudis
Angelita
La An guila
107
Fig. VII.9 Origem de óleos e asfaltitas baseada nas razões de terpanos ( 26/25tri vs
Gam/23tri)
Evolução Térmica e Biodegradação
Neste conjunto de amostras, além dos parâmetros tradicionais para medir evolução
térmica, baseados nos esteranos (isômeros de C
29
esteranos [20S/(20S+20R) e αββ/
(αββ + ααα)] e Ts/Ts+Tm do cromatograma de massas dos hopanos, cujo significado
geoquímico pode ser encontrado no capítulo IV. 2. Foram medidas duas razões dos
isômeros de homohopanos, as de H32 e H33 (S/S+R), citadas por (PETERS et al.,
2005).
A fig VII.10, apresenta a distribuição destes compostos mostrando no caso de H33,
boa correlação, com o resto dos parâmetros de evolução térmica analisados.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5
2
6/
2
5
TrI
GAM/23Tri
4,5
5,5
5
Sta. Barbar a
Sta. Gertrudis
Angelita
La Anguila
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5
2
6/
2
5
TrI
GAM/23Tri
4,5
5,5
5
Sta. Barbar a
Sta. Gertrudis
Angelita
La Anguila
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5
2
6/
2
5
TrI
GAM/23Tri
4,5
5,5
5
Sta. Barbar a
Sta. Gertrudis
Angelita
La Anguila
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5
2
6/
2
5
TrI
GAM/23Tri
4,5
5,5
5
Sta. Barbar a
Sta. Gertrudis
Angelita
La Anguila
108
Fig. VII.10 Evolução térmica, baseada em razões de hopanos estendidos ( Hop 32 vs
Hop 33, S/S+R).
A análise do conjunto de parâmetros geoquímicos indicadores de evolução térmica,
revelou que nenhuma das amostras alcança o equilíbrio termodinâmico
correspondente, se consideramos os valores do equilíbrio tratados no capitulo IV. 2
Do conjunto geral de amostras, as incluídas na família II, apresentaram os maiores
valores dos parâmetros de evolução térmica analisados, embora amostras da família I,
como as de Pardo 4, Rio del Médio e Mariel Norte se apresentaram com grau de
evolução térmica bastante elevado.
Analisando o processo de biodegradação para este conjunto de dezoito óleos, se
pode dizer que: o conjunto de óleos analisados se caracteriza por não apresentar
sinais importantes de biodegradação. Embora muitas das amostras apresentem a
serie completa dos 25 norhopanos (aparecendo no cromatograma de massas m/z 177,
estudado nesta pesquisa, mas não apresentado no conjunto dos dados), mas em
0,30
0,55
0,60
0,65
0,55 0,65 0,75
Hop C33ab 22S/22S+22R
Hop C32ab 22S/22S+22R
E
v
o
l
u
ç
ã
o
T
é
r
m
ic
a
Farola Socorro
W. Daquil l a
Las Laj as
Mocho
Marg ar it a 1 1
Pardo 4
Cantel 37 1
San Migu el de L os B años
La Salchicha
0,30
0,55
0,60
0,65
0,55 0,65 0,75
Hop C33ab 22S/22S+22R
Hop C32ab 22S/22S+22R
E
v
o
l
u
ç
ã
o
T
é
r
m
ic
a
Farola Socorro
W. Daquil l a
Las Laj as
Mocho
Marg ar it a 1 1
Pardo 4
Cantel 37 1
San Migu el de L os B años
La Salchicha
109
pequenas proporções. Esta característica poderia estar indicando a presença de mais
de um pulso de geração, sendo indicativo no caso da família II, do fenômeno de
paleodegradação, pois o perfil cromatográfico dos óleos desta família, não se
apresenta com indícios de biodegradação. AnexoV
A fig VII.11 apresenta a correlação entre as razões C30diah/C30diahop+C30Hop e
NorH30/NorH30+H30, que mostraram boa correlação entre o grau de preservação das
amostras de óleos em estudo.
Fig VII.11 Variação dos níveis de biodegradação dada pelas razões ( Diah/Diah+Hop
vs NorH30/NorH30+Hop 30)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
C30diahop/C30diahop+C30Hop
NorH30/NorH30+H30
Angelita
La Angui la
San Antonio
Los Hoyos
Sta. Ge rtrudis
Sta Barbara
El Morrillo
Maniab
110
VII.2.2.2b. Parâmetros baseados em biomarcadores aromáticos nas famílias de óleos
Nesta sessão abordaremos o comportamento geoquímico seguido pelos esteróides
mono e triaromáticos nas amostras de óleos em estudo. As aplicações geoquímicas
destes compostos foram tratadas no capítulo IV.2.2. Os cromatogramas de massas
estudados com este fim pertencem aos íons (m/z 253 e m/z 2 31).
A identificação dos compostos analisados pode ser observada no anexo I Os
cromatogramas de massas de cada uma das amostras analisadas no anexo VI
Também foram analisados uma serie de parâmetros geoquímicos envolvendo estes
compostos, cuja forma de serem calculados pode ser vista no anexo III e os valores
individuais das amostras na tabela VII. 4.
Da análise geral dos parâmetros, foi possível observar uma serie de características
típicas para cada família de óleos.
Diagnóstico
As amostras foram correlacionadas, representando-las em um diagrama triangular,
segundo pode ser visto na fig VII. 12 a seguir. A mesma representa a posição de cada
uma das amostras segundo a sua proporção de monoaromáticos de cadeia longa. As
inferências sobre esta figura podem ser observadas no capítulo IV. 2.2. Da análise da
figura e dos dados que aparecem na tabela VII. 4 foi possível apreciar as seguintes
características para cada uma das famílias.
111
Fig. VII. 12 Diagrama triangular, baseado nos esteróides monoaromáticos regulares de
cadeia longa.
Família I
Os esteróides monoaromáticos de cadeia longa se apresentam aqui mostrando
C27>C28>C29, uma característica relacionada à matéria orgânica marinha, (capítulo
IV.2).
Família II
Esta família apresenta como composto predominante dentre os esteróides
monoaromáticos a C28, mas o C27 continua ainda maior que o C29, o que associa
este grupo com matéria orgânica também marinha, neste caso menos restrito.
Família III
De modo semelhante aos óleos da família II, os óleos desta família apresentam o
esteróide monoaromático C28 também como composto predominante, mas neste caso
o valor do esteróide C29 supera ao C27, o qual corrobora a influência terrestre nestas
amostras.
I – Plantas terrestres
II - Fitoplancton
III - Algas
IV – Mixtura
V – Plantas terres tres + Fitoplancton
VI – Predominio de Fitoplancton.
VII – Predominio de algas e plantas terrestres.
0
1
0
0
0
25
50
75 100
2
5
5
0
7
5
1
0
0
0
2
5
5
0
7
5
C29
C28
C27
IV
II
III
I
VII
VI
V
I – Plantas terrestres
II - Fitoplancton
III - Algas
IV – Mixtura
V – Plantas terres tres + Fitoplancton
VI – Predominio de Fitoplancton.
VII – Predominio de algas e plantas terrestres.
I – Plantas terrestres
II - Fitoplancton
III - Algas
IV – Mixtura
V – Plantas terres tres + Fitoplancton
VI – Predominio de Fitoplancton.
VII – Predominio de algas e plantas terrestres.
0
1
0
0
0
25
50
75 100
2
5
5
0
7
5
1
0
0
0
2
5
5
0
7
5
C29
C28
C27
IV
II
III
I
VII
VI
V
0
1
0
0
0
25
50
75 100
2
5
5
0
7
5
1
0
0
0
2
5
5
0
7
5
C29
C28
C27
IV
II
III
I
VII
VI
V
0
25
50
75 100
2
5
5
0
7
5
1
0
0
0
2
5
5
0
7
5
C29
C28
C27
IV
II
III
I
VII
VI
V
112
Para este grupo de compostos também foram analisadas as razões C28/C29 e
C28/C28+C29 dos esteróides monoaromáticos regulares identificando se todas as
amostras como marinhas com valores elevados em todos os casos (1-1,96 e 0,5-0,68,
respectivamente) os valores das razões podem ser observadas na tabela VII.4.
Não foi possível medir as porcentagens dos esteróides triaromáticos C26, C27 e C28,
produto da co-elluição dos isômeros C26R e C27S, mas foram correlacionadas as
razões C26/C28S e C27/C28R apresentadas na fig VII.13 que permitiu distinguir muito
bem as amostras dentro das três famílias de óleos.
Fig. VII.13 Divisão em famílias, baseados em razões de biomarcadores triaromáticos (
C26/28S vs C27/28R).
C26/C28STA
0,00
0,50
1,00
1,50
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6
C27/C28RTA
Santa Gertrudis
Cantel371
b a l o
LaSalch icha
StaBar bara
0,00
0,50
1,00
1,50
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6
Santa Gertrudis
Cantel371
b a l o
LaSalch icha
StaBar bara
C26/C28STA
0,00
0,50
1,00
1,50
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6
C27/C28RTA
Santa Gertrudis
Cantel371
b a l o
LaSalch icha
StaBar bara
0,00
0,50
1,00
1,50
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6
Santa Gertrudis
Cantel371
b a l o
LaSalch icha
StaBar bara
113
Evolução térmica e Biodegradação
Para o estudo da evolução térmica das amostras foram medidas as razões de
esteróides monoaromáticos de cadeia curta com relação a cadeia longa
(MAI/MAI+MAII), a qual mostrou à família II como a mais evoluída, com valores da
razão de até 0,37. Nas amostras das famílias I e III, estes valores geralmente não
atingiram valores superiores a 0,1.
Na fração dos esteróides triaromáticos foi calculada uma razão similar (TAI/TAI+TAII),
ou seja, comparando os isômeros de cadeia curta e para este grupo de compostos.
Esta razão também apresentou os maiores valores para a família II, com valores entre
0,2 e 0,48. Para este parâmetro as amostras das famílias I e III alcançaram valores um
pouco maiores que na razão dos monoaromáticos, com valores 0,2 e 0,39 para a
família I e de 0,1 a 0,33, para a família III. A fig VII. 14, a seguir apresenta a
correlação entre estes dois parâmetros.
Fig. VII. 14 Tendência da evolução térmica, baseada em razões de biomarcadores
aromáticos
TAI/TAI+TAII
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,0 0,2 0,4 0,6
MAI/MAI+MAII
114
Foi calculada outra razão envolvendo os isômeros dos triaromáticos C20 e C28R. ,
representada na fig VII. 15. Os valores desta razão também se apresentam mais
elevados para a família II, alcançando para a amostra de Brujo 1 (0,78) valor
correspondente ao final do pico de geração, anexo VIIa.
Fig. VII.15 Tendências da evolução térmica das amostras em estudo, baseada em
razões de biomarcadores aromáticos (TAI/TAI+TAII vs C20/C20+C28R).
A razão calculada para medir a evolução térmica entre os TA e os MA, (TA/MA+TA)
mostrou que a maioria das amostras se encontra no inicio do pico de geração.
Segundo este parâmetro a família I apresenta a amostra de Rio del Médio como a
mais evoluída, na Família II se apresenta a amostra de Pina 131 e Cristales 41, na
família III.
Pode se disser que a análise realizada a partir dos parâmetros de biomarcadores
aromáticos estão em completo acordo com os resultados obtidos para os parâmetros
biomarcadores de compostos saturados estudados previamente. Reafirmando a
família II de óleos como a mais evoluída dentre o conjunto.
E
v
o
l
u
ç
ã
o
t
é
r
m
i
c
a
0,25
0,35
0,45
0,55
0,65
0,75
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
1,0
TAI/TAI+TAII
C20/ (C20+C28)TA
0,85
La Amada
Mina 6 de Febrero
Las La jas
Cinco Pesos
Rangel
Mariel Norte
E
v
o
l
u
ç
ã
o
T
é
r
r
m
i
c
a
0,25
0,35
0,45
0,55
0,65
0,75
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
1,0
TAI/TAI+TAII
C20/ (C20+C28)TA
I
I
I
I
I
I
0,85
La Amada
Mina 6 de Febrero
Las La jas
Cinco Pesos
Rangel
Mariel Norte
E
v
o
l
u
ç
ã
o
t
é
r
m
i
c
a
0,25
0,35
0,45
0,55
0,65
0,75
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
1,0
TAI/TAI+TAII
C20/ (C20+C28)TA
0,85
La Amada
Mina 6 de Febrero
Las La jas
Cinco Pesos
Rangel
Mariel Norte
E
v
o
l
u
ç
ã
o
T
é
r
r
m
i
c
a
0,25
0,35
0,45
0,55
0,65
0,75
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
1,0
TAI/TAI+TAII
C20/ (C20+C28)TA
I
I
I
I
I
I
0,85
La Amada
Mina 6 de Febrero
Las La jas
Cinco Pesos
Rangel
Mariel Norte
115
VII.2.2.1c Parâmetros Geoquímicos dos HPAs nas famílias de óleos.
O grupo dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) foi estudado dadas suas
possibilidades discriminantes de ambiente deposicional, de evolução térmica e sua
resistência a biodegradação, as quais foram analisadas no capítulo V.
Dentre este grupo de compostos, foram estudados hidrocarbonetos aromáticos do tipo
do naftaleno, o fenantreno, o dibenzotiofeno, assim como seus derivados alquilados.
Foram monitorados os cromatogramas de massas dos íons m/z 142, m/z 156, m/z
170, m/z 184, m/z 198, m/z 206 e m/z 220, para cada uma das amostras em estudo os
que podem ser vistos no anexo VII.
Da análise de cada um dos compostos, de forma individual e por grupo de comp ostos
nos permitiram fazer uma serie de observações para cada uma das famílias, as que
serão apresentadas a seguir.
Diagnóstico
Primeiramente foi feita uma comparação das proporções relativas de naftaleno,
fenantreno e dibenzotiofeno, nas dezoito amostras como se observa na fig VII.16
Fig. VII.16 Comparação das proporções relativas do naftaleno (NAFT), fenantreno
(FEN) e o dibenzotiofeno (DBT) nos óleos em estudo.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
composto
Aporte dos HPA nos óleos
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Porcentagem de cada
DBT
FEN
NAFT
DBT
FEN
NAFT
Cayaja bos
Sta. Cruz
Mariel Norte
Guanabo
Jarahueca Claro
Boca de jaruco
P. Escondido 2
Pardo 4
Juan elo
P. Es condi do 9
R. Del Medio
Paraiso
1
Pina 131
Brujo
1
Cante l
2000
Cante l
371
Cristales
41
Varadero Sur
1
0%
20%
40%
60%
80%
100%
composto
Aporte dos HPA nos óleos
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Porcentagem de cada
DBT
FEN
NAFT
DBT
FEN
NAFT
DBT
FEN
NAFT
DBT
FEN
NAFT
Cayaja bos
Sta. Cruz
Mariel Norte
Guanabo
Jarahueca Claro
Boca de jaruco
P. Escondido 2
Pardo 4
Juan elo
P. Es condi do 9
R. Del Medio
Paraiso
1
Pina 131
Brujo
1
Cante l
2000
Cante l
371
Cristales
41
Varadero Sur
1
116
Na fig. VII.16 é possível observar que as maiores proporções correspondem ao
fenantreno e ao dibenzotiofeno. As quantidades de naftaleno são ínfimas quando
comparadas ao total.
Na família I (Cayajabos até Rio del médio), em geral, se observa predomínio de
dibenzotiofeno sobre o fenantreno, apresentando se este muito maior na amostra de
Puerto Escondido 9, uma típica representante desta família. Já o naftaleno sô aparece
em pouquíssimas amostras e em proporções infimas.
As amostras da família II (Jarahueca até Brujo 1), e III (Cantel até Cristales) exibem
ao fenatreno em maiores proporções, dado seu caracter menos restrito
Também foi confeccionado um gráfico similar, desta vez correlacionando os isômeros
metilados dos compostos, ou seja, os metilnaftalenos, metilfenantrenos e
metildibenzotiofenos. Fig VII.17.
Fig VII.17 Comparação das proporções relativas da somatória dos derivados
metilados do naftaleno (MN), fenantreno ( MF) e dibenzotiofeno (MDBT) nos óleos em
estudo.
Cayajabos
Sta. Cruz
Marie Nortel
Guanabo
Jarahuec a Claro
Boca de jaruco
P. Esc ondi do 2
Pardo 4
Juanelo
P. Esc ondi do 9
R. Del Medio
Paraiso
1
Pina 131
Brujo
1
Cantel 2000
Cantel 371
Cristales41
Varadero Sur
1
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Aporte dos HPAs Metilados nos óleos
SMDBT
SMF
SMN
SMDBT
SMF
SMN
composto
Porcentagem de cada
Cayajabos
Sta. Cruz
Marie Nortel
Guanabo
Jarahuec a Claro
Boca de jaruco
P. Esc ondi do 2
Pardo 4
Juanelo
P. Esc ondi do 9
R. Del Medio
Paraiso
1
Pina 131
Brujo
1
Cantel 2000
Cantel 371
Cristales41
Varadero Sur
1
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Aporte dos HPAs Metilados nos óleos
SMDBT
SMF
SMN
SMDBT
SMF
SMN
SMDBT
SMF
SMN
SMDBT
SMF
SMN
composto
Porcentagem de cada
117
Neste gráfico merece ser observado o leve aumento experimentado na proporção dos
MDBTs, nas amostras das famílias I ( cayajabos-Rio del Médio) o que fica de total
acordo com a presença destes compostos nas amostras com uma origem em rocha
carbonática, depositada em ambiente hipersalino, como é o caso desta família.
A proporção relativa dos metilnaftalenos (MN) aparece em maior proporção, quando
comparado ao resto das amostras fundamentalmente na amostra de Jarahueca, a qual
se diferença do resto das amostras por ser um condensado. Em geral estes
compostos se vêm favorecidos com respeito ao naftaleno pela menor volatilidade
deste isômero.
Da análise individual dos cromatogramas de massas dos íons correspondentes aos
HPAs. Anexo VII pode-se dizer que não existem diferenças muito significativas entre
os cromatogramas de massas das três famílias para os óleos estudados.
Uma das diferenças encontradas, está na presença de 1,8DMN no cromatograma de
massas do íon m/z156 (Anexo VII), nas amostras da família III. Isto estaria em
correspondência com a influência de matéria orgânica terrestre nesta família, embora
algumas das amostras da família I também apresentaram este composto.
O cromatograma de massas correspondente aos tetrametilnaftalenos e o
dibenzotiofeno, m/z 1 84, que é mostrado na fig VII.18 apres enta exemplos
representativos de cada uma das famílias. Já nos dá um pouco mais de informação.
Neste cromatograma observamos o composto 1,2,5,6+1,2,3,5 TeMN, como u m pico
predominante quando comparado ao DBT nas amostras da família III, encontrando-se
nas famílias I e II, quando presente, em proporções ínfimas.
118
Das proporções de DBT, na família III, são significativamente menores, quando
comparado as famílias I e II.
Em geral, e de acordo com a literatura, a família III é a que apresenta as maiores
quantidades de tetrametilnaftalenos (TeMNs), nas amostras estudadas. Para este
grupo de compostos (TeMNs), foi correlacionada uma razão envolvendo dois dos
isômeros identificados, que conseguiu separar bastante bem as famílias de óleos,
quando combinada com uma outra razão dos DMNs. Fig VII. 19.
119
Fig. VII.18 Características apresentadas pelo cromatograma de massas,
correspondente aos tetrametilnaftalenos e o dibenzotiofeno, m/z 184, para as três
famílias de óleos.
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
1357T eMN
1367T eM N
1246_1247_1 467
1257T eM N
2367T eMN
1267TeMN
1237T eM N
1236T eM N
1256_1235TeM N
DBT
a) Família I
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
1357T eMN
1367T eM N
1246_1247_1 467
1257T eM N
2367T eMN
1267TeMN
1237T eM N
1236T eM N
1256_1235TeM N
DBT
a) Família I
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1357T eM N
1367T eM N
1246_1247_1467
1257T eM N
2367T eM N
1267T eM N
1236T eM N
1256_1235T eM N
DBT
b) Família II
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1357T eM N
1367T eM N
1246_1247_1467
1257T eM N
2367T eM N
1267T eM N
1236T eM N
1256_1235T eM N
DBT
b) Família II
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
1357T eMN
1367T eMN
1246 _1 247 _1 46 7
1257T eMN
2367T eMN
1267T eMN
1
2
3
7
T
e
M
N
1236T eMN
1256 _1 23 5TeMN
c) Família III
DBT
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
1357T eMN
1367T eMN
1246 _1 247 _1 46 7
1257T eMN
2367T eMN
1267T eMN
1
2
3
7
T
e
M
N
1236T eMN
1256 _1 23 5TeMN
c) Família III
DBT
120
Fig. VII.19. Origem baseado em razões de naftalenos alquilados.
[(1,3,6,7/1,3,6,7+1,2,5,6+1,2,3,5)TeMN vs (1,7+1,3/1,6)DMN]
A análise dos picos correspondentes ao fenantreno e seus derivados alquilados não
apresentaram diferenças significativas, o que pode ser observado nos cromatogramas
de massas dos íons m/z 178, 192, 206 e 220, apresentados no anexo VII.
Concordando com o caráter marinho das amostras, todas apresentaram predomínio
de 9MF, no cromatograma de massas, m/z 19 2. Fig VII. 20. Também foi possível
observar a presença de 1,2,8 TMF, em todas as amostras, concordando com o
reportado na literatura mais recente, indicando este composto como diagnóstico de
meio marinho. A identificação individual, pode ser vista no croamtograma, m/z 220,
apresentado no anexo VII.
O cromatograma de massas, referente aos pentametilnaftalenos e aos
metildibenzotiofenos, m/z 198, só se apresenta um pouco diferente na famíli a III.
Onde aparecem os pentametilnaftalenos (PMNs) em maior proporção, que nas
1,3,6,7/(1,3,6,7+1,2,5,6+1,2,3,5)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
1,7+1,3 /1,6DMN
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
TeMN
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
1,3,6,7/(1,3,6,7+1,2,5,6+1,2,3,5)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
1,7+1,3 /1,6DMN
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
TeMN
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
0,0 0,5 1,0
SanMa r c o 4
Sta. Gertrudis
121
famílias I e II. Na família II, estes compostos estão praticamente ausentes, em
correspondência com sua maior evolução termica.
Fig. VII.20 Comparação entre as proporções relativas de metilfenantrenos nas 50
amostras deste estudo.
Dentre os metildibenzotiofenos (MDBTs) também presentes neste íon e concordado
com (Hugues, 1995) o isômero 4MDBT se apresenta como o pico predominante assim
como o 1MDBT como um pico em menor proporção. Este comportamento pode ser
observado na fig VII.21.
Fig. VII. 21 Comparação entre as proporções relativas de metildibenzotiofenos nas
amostras deste estudo
Metilfenantrenos
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1 7 13 19 25 31 37 43 49
Amostras
Aporte de cada isome
r
1MP
9MP
2MP
3MP
Jarahueca
(condensado)
Metilfenantrenos
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1 7 13 19 25 31 37 43 49
Amostras
Aporte de cada isome
r
1MP
9MP
2MP
3MP
Jarahueca
(condensado)
M etildibenzotiofenos
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1 7 13 19 25 31 37 43 49
Am ostras
Aporte de cada isom
e
1MDBT
2+3MDBT
4MDBT
Rio del Medio
122
Evolução térmica e Biodegradação
Na análise dos parâmetros indicadores de evolução térmica foram utilizados alguns
dos isômeros de DMNs, TMNs, TeMNs, F, MFs, assim como o DBT e os MDBTs para
calcular parâmetros de evolução térmica. O cálculo das razões pode ser visto no
anexo III e o significado das mesmas no capítulo V.2.2.
Da análise destes parâmetros apareceram como fornecedores de informações mais
coerentes com respeito ao conhecido nestas amostras para os biomarcadores
saturados as razões: DNR-1, TNR-2, 13+17/16DMN, TMNr, TeMNr, MF1, MF2, PP-1,
FDMF, DFR, MDR1, MDR4,1, MDBT/MF, MDBTI1 e MDBTI3 , assim como também os
resultados da Roeq.
Na tabela VII.7 a seguir, podem ser vistos os valores médios destas razões.
Tabela VII.7 Medias dos parâmetros baseados nos HPAs que se apresentaram como
melhores discriminantes para as três famílias de óleos.
Parâmetro/Família
I II III
DNR-1
2,07 3,62 2,08
13+17/16DMN
1,04 0,86 0,77
TNR-2
1,12 0,82 0,68
TMNr
0,49 0,47 0,49
TeMNr
0,60 0,64 0,47
MF1
0,77 1,10 0,85
MF2
0,76 1,24 0,81
PP-1
1,65 1,23 1,25
FDMF
0,46 0,56 0,45
Roeq
0,70 0,87 0,64
DPR
0,28 0,41 0,29
MDBT/MF 1,14 0,61 0,49
MDR1
3,39 2,28 2,01
MDR4,1
2,97 2,75 2,18
MDBTI1
1,68 2,27 1,64
MDBTI3
1,46 1,89 1,43
123
Os valores individuais das razões calculadas podem ser observadas na tabela VII.4 e
As fig VII. 22 e VII. 23 apresentam alguns dos parâmetros que mais influenciaram na
classificação.
Fig. VII. 22 Evolução térmica baseada nos HAPs (MDR vs MDR2-3).
Fig. VII. 23 Evolução térmica baseada nos HAPs (MDBTI-1 vs MDBTI-3).
Na família I, a amostra de Rio del Médio, sobressai-se do conjunto, com valores que
a classificam como o óleo mais evoluído, com um Roeq de 1,09 o maior valor dentro
os encontrados no conjunto total dos óleos. A maioria das amostras desta família está
alocada no começo da janela de geração.
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
Las Lajas
Cayajabos
Sta
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
Las Lajas
Cayajabos
Sta cruz
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
MDR2-3
Las Lajas
Cayajabos
Sta
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
MDR
Las Lajas
Cayajabos
Sta cruz
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
Las Lajas
Cayajabos
Sta
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
Las Lajas
Cayajabos
Sta cruz
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
MDR2-3
Las Lajas
Cayajabos
Sta
Rangel
Mina Eloisa
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
051015
MDR
Las Lajas
Cayajabos
Sta cruz
Rangel
Mina Eloisa
MDBTI1
MDBTI3
0
1
2
3
4
024
Pina 131
Las
Lajas
San Mar c o 2
Pard o 4
Cinco pesos
San Anto nio
Farola Socorro
MDBTI1
MDBTI3
0
1
2
3
4
024
Pina 131
Las
Lajas
San Mar c o 2
Pard o 4
Cinco pesos
San Anto nio
Farola Socorro
MDBTI1
MDBTI3
0
1
2
3
4
024
Pina 131
Las
Lajas
San Mar c o 2
Pard o 4
Cinco pesos
San Anto nio
Farola Socorro
MDBTI1
MDBTI3
0
1
2
3
4
024
Pina 131
Las
Lajas
San Mar c o 2
Pard o 4
Cinco pesos
San Anto nio
Farola Socorro
124
A família II apresenta os melhores resultados quanto a evolução térmica, com valores
médios correspondentes que as alocam ao final do pico da janela de geração.
A família III apresenta valores médios de reflectância equivalente, Roeq (0,85),
próximos ao pico de geração.
Da análise das razões que geram informação sobre evolução térmica, discutidas no
capítulo V. Resulta correto dizer que a família II se apresenta como a mais evoluída
dentro do conjunto de óleos. Os valores destes parâmetros foram comparados
segundo o anexo VIIc.
A razão MDR, definida no capítulo V, com duplo caráter (fonte e evolução térmica), se
mostra mais elevada para o caso das amostras das famílias I e II. Já nas amostras da
família III é muito menor, correspondente a uma origem influenciada por matéria
orgânica terrestre.
Em geral o predomínio de DBT e os MDBTs sobre o F e o s MFs, corrobora o caráter
carbonático destas amostras.
No comportamento dos isômeros individuais dos MDBTs, foi possível diferençar duas
tendências no padrão de distribuição dos mesmos: uma
(4MDBT>2+3MDBT<1MDBT), que segundo (HUGUES,1984), indicaria médio
carbonático, mas que segundo (SCHOU e MYHR, 1988), sugeriria mais o caráter
pouco evoluído das amostras. O outro padrão seguido pelas amostras foi de
4MDBT>2+3MDBT>1MDBT o qual segundo (HUGHES,1984) indicaria um ambient e
deposicional da rocha geradora com aporte siliciclástico.
125
A fig VII.24 É a representação do comportamento das amostras para estes três
compostos, os valores individuais para cada uma das amostras que aparecem na
tabela VII.4 e também é possível observar a intensidade relativa dos picos
correspondentes a cada um dos compostos, no cromatograma de massas do íon m/z
198, que aparece no anexo VII.
Fig. VII. 24 Representação das duas tendências seguidas pelas amostras, para os
metildibenzotiofenos (MDBTs).
62
63
64
65
66
67
68
69
70
0
500 0
1000
0
1500
0
2
000
0
2
500
0
3
000
0
3
500
0
4
000
0
4
500
0
5
000
0
5
500
0
4MDBT
4MDBT
2+3MDBT
1MDBT
62
63
64
65
66
67
68
69
70
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
2+3MDBT
1MDBT
62
63
64
65
66
67
68
69
70
0
500 0
1000
0
1500
0
2
000
0
2
500
0
3
000
0
3
500
0
4
000
0
4
500
0
5
000
0
5
500
0
4MDBT
4MDBT
2+3MDBT
1MDBT
62
63
64
65
66
67
68
69
70
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
2+3MDBT
1MDBT
62
63
64
65
66
67
68
69
70
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
2+3MDBT
1MDBT
126
De forma geral podemos dizer que não foi possível observar alguma destas
tendências associada com a origem e sim a evolução térmica das amostras.
Mostrando-se o padrão 4MDBT>2+3MDBT>1MDBT, como o característico para as
amostras com maior grau de evolução térmica.
Outro indicador importante para a caracterização e comparação dos estágios de
biodegradação dos óleos é análise das proporções de entre 2+3MF e 1+9MF. Fig. VII.
25
Fig. VII.25 Evolução térmica e biodegradação, baseado nas proporções relativas de
metilfenantrenos (2+3MF vs 1+9MF)
Segundo esta figura os óleos da famílias I e III, são os que apresentam maiores
evidencias de biodegradação. Mas em geral o conjunto de óleos estudados não
apresentou indícios importantes de biodegradação, muito menos na fração dos
aromáticos.
0
2
3
4
5
0
1
(x10
5
)
E
v
o
l
u
ç
ã
o
B
i
o
d
e
g
r
a
d
a
ç
ã
o
Rio del Medio
Pina 131
San Marco 2
Las Lajas
Farola Socorro
Pardo 4
Cristales
Brujo
(x10
2+3MF
1+9MF
0
2
3
4
5
0
1
23456
1
(x10
5
)
E
v
o
l
u
ç
ã
o
B
i
o
d
e
g
r
a
d
a
ç
ã
o
Rio del Medio
Pina 131
San Marco 2
Las Lajas
Farola Socorro
Pardo 4
Cristales
Brujo
5
)
Santa barbara
La Anguila
San Antonio
Maniabón
Sta Gertrudis
Los Hoyos
Angelita
Sábalo
Mais biodegr ada das
0
2
3
4
5
0
1
(x10
5
)
E
v
o
l
u
ç
ã
o
B
i
o
d
e
g
r
a
d
a
ç
ã
o
Rio del Medio
Pina 131
San Marco 2
Las Lajas
Farola Socorro
Pardo 4
Cristales
Brujo
(x10
127
VII.2.2.2 ASFALTITAS
Foram analisadas trinta e duas amostras de asfaltitas, com o objetivo de classifica-las
geoquimicamente e compara-las as três famílias de óleos cubanos.
As amostras escolhidas correspondem a exsudações distribuídas por todo o território
cubano, como mostrado na fig VII.4 e no anexo V, onde são mostrados alguns dos
pontos de amostragem das asfaltitas em estudo.
Na tabela VII.2 pode ser observada a identificação e localização das amostras. Como
era de esperar a caracterização deste tipo de amostras resulta uma tarefa sumamente
difícil, por representarem manifestações em superfície de petróleo, estão alteradas
motivo este pelo que nos auxiliamos das técnicas de estatística multivariada utilizando
o conjunto de parâmetros analisados (biomarcadores saturados, biomarcadores
aromáticos e os HPAs).
VII.2.2.2a Parâmetros indicadores baseados na distribuição de Biomarcadores
saturados (tricíclicos fundamentalmente).
Nesta sessão abordaremos o comportamento seguido, fundamentalmente por os
terpanos tricíclicos para o conjunto de amostras. Com o objetivo de classificar as
amostras geoquímicamente e compara as três famílias de óleos cubanos
estabelecidas, segundo estes parâmetros geoquímicos, sem deixar de lado os
parâmetros mais utilizados dentro dos terpanos quando possível. A fig VII. 26 e 27
apresentam os cromatogramas de massas para os íons m/z 191 e m/z 217
respectivamente, característicos para este tipo de amostras.
128
Fig. 26 Cromatograma de massas, m/z 191, referente aos terpanos, perfis
característicos para as asfaltitas, segundo seu estado de conservação. No extremo
superior uma amostra preservada, no inferior uma alterada.
Fig. VII. 27 Cromatogramas de massas m/z 217, de esteranos nas asfaltitas. Perfis
característicos, segundo estado de conservação. No extremo superior uma amostra
conservada, no inferior uma alterada.
TR19
TR20
TR21
TR22
TR23
TR25ab
TET24
TR26
ab
TR28ab
TR29ab
TS
TM
H2
9
H30
H31 S
H31 R
GAM
H32 S
H32 R
H33 S
H33 R
H34 S
H35 S
H35 R
C29TS
DH30
M2 9
NOR30 H
M3 0
TR24
40 50 60 70 80 90 100 110
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
H34R
TR19
TR20
TR21
TR22
TR23
TR25ab
TET24
TR26
ab
TR28ab
TR29ab
TS
TM
H29
H30
GAM
C29TS
DH30
M2 9
NOR30 H
M3 0
TR24
0
40 50 60 70 80 90 100 110 120
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
NOR25H
TR19
TR20
TR21
TR22
TR23
TR25ab
TET24
TR26
ab
TR28ab
TR29ab
TS
TM
H2
9
H30
H31 S
H31 R
GAM
H32 S
H32 R
H33 S
H33 R
H34 S
H35 S
H35 R
C29TS
DH30
M2 9
NOR30 H
M3 0
TR24
40 50 60 70 80 90 100 110
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
H34R
TR19
TR20
TR21
TR22
TR23
TR25ab
TET24
TR26
ab
TR28ab
TR29ab
TS
TM
H2
9
H30
H31 S
H31 R
GAM
H32 S
H32 R
H33 S
H33 R
H34 S
H35 S
H35 R
C29TS
DH30
M2 9
NOR30 H
M3 0
TR24
40 50 60 70 80 90 100 110
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
40 50 60 70 80 90 100 110
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
H34R
129
Como é possível observar nestas figuras, se tentássemos realizar o estudo baseados
somente nos biomarcadores saturados, comumente utilizados como parâmetros
geoquímicos (terpanos pentacíclicos e esteranos), esta tarefa em muito dos casos
seria impossível de se fazer.
É por esta razão que foram analisados o mesmo conjunto de parâmetros que nos
óleos. Baseados no observado para os óleos, do comportamento dos parâmetros que
envolvem os terpanos tricíclicos, assim como o resto de parâmetros analisados para a
fração de biomarcadores saturados e partindo da análise visual dos dados,
representados através de tabelas e gráficos, conseguiu-se classificar
geoquímicamente as amostras de asfaltitas em estudo e associar-as as três famílias
de óleos cubanos. As características individuais das amostras podem ser observadas
na tabela VII. 3
Diagnóstico
As características que melhor nos permitiram fazer a classificação dentro das famílias
de óleos cubanos são apresentadas na tabela VII.8, onde se expõem os valores
médios calculados para cada uma das famílias, estes parâmetros foram calculados
segundo se apresenta no anexo III.
Tabela VII.8 Principais parâmetros geoquímicos discriminantes nas três famílias,
baseados em parâmetros de biomarcadores saturados, para as asfaltitas em estudo.
PARÂMETRO/MEDIA
I II III
23/24TRI
1,41 1,96 1,37
21/23TRI
0,47 0,42 0,36
24/25TRI
0,94 1,03 1,02
26/25TRI
0,75 0,76 0,89
26/28TRI
0,77 0,59 0,84
TET24/26TRI
1,77 5,91 2,28
GAM/TR23
1,67 1,01 0,85
M30/M29
3,82 1,55 1,56
30DHP/30DHP+HOP
0,12 0,13 0,23
EST 21/22
1,60 1,72 1,63
130
Estes parâmetros apresentaram igual distribuição nas asfaltitas que nos óleos sendo:
Na família I, as razões 21/23Tri e Gam/ Tr23 resultaram ser discriminantes, com os
valores mais elevados.
A família II apresentou as mesmas duas razões discriminantes que os óleos, ou seja,
as razões 24Tetra/26tri e 23/24tri. Reforçando o caráter carbonático dos membros
desta família.
Deve ser dito que as asfaltitas apresentaram em geral valores mais elevados ainda
que nos óleos.
A família III e em correspondência também com o observado para os óleos, apresenta
as razões 26/25Tri e 26/28Tri, como as discriminantes.
Da análise deste conjunto de parâmetros assim como dos restantes parâmetros
tradicionais da fração de hidrocarbonetos saturados as famílias ficaram distribuídas da
seguinte forma:
Classificadas como da família I
as amostras de Sábalo, San Marco 2, San Marco 4 e
San Miguel de los Baños.
Para este conjunto foi impossível tirar alguma inferência do perfil cromatográfico, pois
todas as amostras somente apresentaram um perfil de compostos não resolvido
(UCM).
Os cromatogramas de massas, correspondentes aos terpanos (m/z 191) e esteranos
(m/z 217), desta família, exibidos no anexo V, apresentam as seguintes
características: os hopanos na amostra de Sábalo estão muito afetados pelo processo
de biodegradação, praticamente o cromatograma de massa desta amostra somente
exibe a presença dos terpanos tricíclicos e do gamacerano. O perfil dos esteranos, m/z
217, se apresenta com sinais de biodegradação para as quatro amostras, sendo muito
mais severo no caso da amostra de Sábalo, onde não se conseguiu fazer a
identificação dos esteranos. Nas amostras de San Marco, somente foi possível fazer
131
uma tentativa de identificação manual dos esteranos, mas os valores obtidos não são
totalmente confiáveis.
Analisando os resultados do perfil de esteranos para as amostras de San Marco e San
Miguel de los Baños, encontramos que os resultados destas amostras também não
diferem do encontrado para os óleos estudados. Assim como os óleos da famílai I, as
asfaltitas classificadas como pertencentes a esta família também apresentam
predomínio de C27 sobre C29 esteranos, como mostrado no diagrama triangular, fig.
VII. 12, refletindo a influência maior de precursores fitoplanctônicos à matéria orgânica
original.
O estudo dos terpanos tricíclicos já mostrou muita mais informação, por estarem estes
compostos presentes em todas as amostras. As razôes de 21/23Tri e Gam/23Tri, se
apresentaram bastante elevadas, sendo os maiores valores alcançados de 0,69 e
2,37, respectivamente, para a amostra de San Marco 2. A média alcançada pela
família foi de 0,47 e 1,67, respectivamente. Tabela VII.8.
Foram identificadas como pertencentes à A família II
de óleos as amostras: Rangel,
Mina 6 de Febrero, Mocho, Abras Grande, Limpio Grande, Mina Talaren, La Amada,
Las Lajas, W Daguilla, Mina Eloísa, Margarita11, La Salchicha, Cinco Pesos, La
Hoyeta, Los Hoyos, Sta Gertrudis, Cacarajícara e Angelita.
Neste conjunto de amostras foi possível observar o perfil cromatográfico (CG/DIC) em
algumas das amostras. Na maioria das integrantes de esta família aparece um perfil
cromatografico com os finais biodegradados e um pulso preservado de parafinas de
baixa massa molecular indicando mistura de mais de um pulso de geração ainda não
biodegradado. Este comportamento é apresentado pela maioria das amostras (W
Daguilla, Las lajas, La Amada, Mina Talaren, Mocho, La Salchicha, Mina 6 de Febrero
e Abras grande). É nesta família onde único é possível observar amostras que exibem
132
o perfil cromatográfico completo, estas são as amostras de Limpio Grande e Rangel,
não mostrando evidências de biodegradação (os isoprenoides pristano e fitano, se
encontram em menor proporção que as parafinas lineares correspondentes, n-C17 e
n-C18), com características geoquímicas que permitem defini-las como de origem
marinha, como comentado na sesão VII.1 . O perfil cromatográfico (CG/DIC), pode ser
encontrado no anexo V. As demais asfaltitas desta família, somente apresentaram um
perfil de compostos não resolvido (UCM), como no caso da família I.
No cromatograma de massas, correspondentes aos terpanos (m/z 191), tanto as
amostras que apresentaram o cromatograma (CG/DIC) completo, como as que
apresentaram mais de um pulso de geração, assim como algumas das que
apresentaram perfil de finais biodegradados (Mina Eloísa, Cinco Pesos, La Hoyeta e
Cacarajícara), apresentam um perfil não afetado para os terpanos (m/z 191).
Mostrando características que as agrupam dentro da família II de óleos cubanos, como
tratado na sessão VII.1.
As amostras de Los Hoyos, Sta. Gertrudis e Angelita já se apresentam com perda
quase total dos hopanos extendidos, apresentando cromatogramas de massas onde
praticamente só é possível observar os terpanos tricíclicos, Ts, Tm, C29 e o
gamacerano.
Na análise dos esteranos, m/z 217, as amostras de asfaltitas se apresentaram com um
perfil de esteranos bastante correspondente com os óleos da família II de óleos,
alocando se no diagrama triangular, fig VII.12 na zona correspondente a influência
de precursores fitoplanctônicos. O perfil cromatográfico das amostras de: Las Lajas e
Mocho difere das restantes amostras classificadas como pertencentes a esta família
(II) apresentando as maiores proporções de esteranos de baixa massa molecular (C21
e C22) comparado com os de alta massa molecular (C27, C28 e C29). Este
133
comportamento segundo (REQUEJO et al., 1997) poderia refletir alguma influência de
matéria orgânica terrestre, e justamente estas duas amostras quando correlacionadas
no diagrama triangular caem na zona correspondente a influencia de precursores de
algas e plantas terrestres à matéria orgânica. Mas nestas amostras foi também
considerada a influência da evolução térmica (REQUEJO, 1994), assim como também
se levou em conta muitos outros parâmetros geoquímicos, para classifica-las como
pertencentes à família II. Não foi possível fazer a identificação dos esteranos nas
amostras de: Los Hoyos, Sta Gertrudis e Angelita.
O estudo dos parâmetros envolvendo terpanos tricíclicos nesta família não foi tão
indispensável quanto o da família I. Mas foi de peso realmente significativo nas
amostras de Los Hoyos, Sta gertrudis e Angelita. Nas restantes amos tras
confirmamos a pertença das amostras a esta família. Os valores das razões 23/24Tri e
24Tetra/26 Tri, se apresentaram muito elevadas nesta família, correspondendo com o
observado para os óleos. Sendo os maiores valores alcançados no caso da razão
23/24Tri pela amostra Mina 6 de Febrero, com 2,74 e para a razão 24Tetra/ 26Tri, a
amostra de Las Lajas com 6,85.
Os valores médios alcançados para este grupo de compostos por as representantes
desta família podem e ser observado na tabela VII.8. As figuras VII.7 e 8, apresentam
o comportamento seguido pelas amostras desta família para este grupo de compostos
Foram identificadas como pertencentes à família III
de óleos cubanos as amostras de
El Morrillo, Playa Girón, Caleta Buena, Holguin, Sta Clarita, Farola Socorro, Maniabón,
Sta. Bárbara, San Antonio e La Anguila. Sendo que no caso das amostras de Playa
Girón e Caleta Buena, apresentaram algumas características que as associaram com
a família II e a amostra de El Morrillo por sua vez apresentou indícios de mistura com
betume imaturo. Estas características podem ser confirmadas observando os
cromatogramas de massas do perfil de terpanos, m/z 191,para as duas amostras
134
135
na frente inclusive de alguns dos óleos e asfaltitas classificados dentro das restantes
famílias.
A família III apresentou a amostra de Farola Socorro como a de maior evolução
térmica. Dentre as amostras desta família não foi possível fazer nenhuma inferência
com respeito a evolução térmica nas amostras de Sta. Bárbara, San Antonio e La
Anguila pelo grau de alteração das mesmas.
Nesta mesma família a amostra de El Morrillo, apresentou outra alteração dos
homohopanos, os isômeros R e S, aparecem invertidos o que é característico de
entrada de material imaturo, mas incluímos a amostra como u m dos óleos analisados
por apresentar os hopanos desmetilados.
Nas amostras de Sta. Clarita e Maniabón foi possível identificar os compostos no perfil
cromatográfico dos terpanos, mas não dos esteranos, dificultando a avaliação da
evolução térmica desta amostras, segundo este grupo de compostos.
O processo de degradação seja por intemperismo ou biodegradação propriamente
dito, inclusive ambos, é precisamente o principal problema que apresentam estas
amostras. Sendo justamente o processo que faz difícil e às vezes impossível a
classificação geoquímicas das mesmas e sua comparação às famílias de óleos
cubanos. A este respeito, praticamente a totalidade das amostras de asfaltitas em
estudo apresentou sinais de biodegradação. O perfil cromatográfico dos esteranos,
m/z 217, da maioria delas está afetado, apresentando só um perfil de compostos não
resolvidos. A família II se apresenta como a menos influenciada por este processo.
Foram correlacionados dois parâmetros que se apresentaram como bons
discriminantes da afetação por biodegradação nas amostras, para isto foram utilizadas
as razões de diahopano e norhopano 30, com respeito a hopano. A fig. VII.11 dá uma
clara idéia do comportamento do conjunto de amostras, com respeito a influencia
deste processo de biodegradação.
136
Embora a maioria das amostras exiba sinais bastante fortes de alteração. No caso da
família III, os sinais de biodegradação são muito mais evidentes. Muitas das amostras
apresentam biodegradação dos esteranos e algumas delas até dos hopanos, não
somente dos homohopanos, como também em grande medida do Hopano C30. Em
algumas amostras este composto praticamente desaparece, aparecendo praticamente
só o C30 norhopano, que se não tiver cuidado pode confundir na identificação.
A identificação dos compostos analisados podem ser observados no anexo I e os
cromatogramas de massas das mesmas no anexo V
VII.2.2.2b Parâmetros de biomarcadores aromáticos nas asfaltitas
Na análise da distribuição dos biomarcadores aromáticos entre as asfaltitas, foram
estudados os mesmos parâmetros de classificação geoquímica aplicados na análise
dos óleos. O suporte teórico pode ser encontrado no capítulo IV.2.2.
Diagnóstico
Da análise composicional dos esteróides monoaromáticos de alta massa molecular,
fig VII. 12. Chegou-se a que a família I exibe porcentagem de C27 e C28 bastante
parecidas sendo C28 levemente maior que C27. Já a proporção de C29 é muito
menor, o que fica de acordo com sua origem marinha.
Para a família II as diferenças entre C27 e C28 são maiores. Ainda assim as
proporções de C29 continuam sendo menores.
Na família III as proporções de C28 são muito maiores, apresentando quantidades
bastante similares de C27 e C29, aparecendo C29 levemente maior, p ela
137
característica desta família de apresentar contribuição de matéria orgânica terrestre.
As porcentagens de C27, C28 e C29 podem ser observadas na tabela VII. 4 e o
diagrama triangular na fig VII.12
Também foram analisadas as razões C28/C29 e C28/C28+C29 dos esteróides
monoaromáticos, calculadas para os óleos. Os resultados obtidos coincidem com o
caráter marinho das amostras, sendo os maiores valores apresentados para as
amostras da família II, com valores que chegam até a 2,61 e 0,72, respectivamente.
Também não foi possível calcular as porcentagens de C26 e C27 dos esteróides
triaromáticos. Entretanto, conseguiu-se separar as amostras de asfaltitas
correlacionando as razões C26/28S e C27/28R dos triaromáticos. Fig. VII.13.
Evolução Térmica e Biodegradação
A análise dos parâmetros de evolução térmica para os biomarcadores aromáticos foi
realizada calculando as razões para os esteróides mono e triaromáticos, no anexo III,
é possível ver o cálculo das razões e no capítulo IV.2.2 além o significado das
mesmas. É importante destacar que a análise da distribuição de esteróides
monoaromáticos em amostras de asfaltitas deve ser vista com reservas, pois estes
compostos são susceptíveis à perdas por evaporação (RIOLO et al. 1986, EL
GAYAR, 2000)
Família I
Na amostra de Sábalo não foi possível medir a razão dos triaromáticos, pois esta
amostra não apresenta os compostos aromáticos de cadeia curta o que poderia indicar
menor grau de evolução térmica, ou a sua alteração pela biodegradação, pois os
compostos de baixa massa molecular dentre os triaromáticos foram os que sumiram.
138
O cromatograma de massas correspondente (m/z 231) pode ser observado no anexo
VI.
As amostras de San Marco 2 e 4 exibem o perfil cromatográfico para os esteróides
triaromáticos, sendo a intensidade relativa dos compostos de cadeia curta mais
proeminente na amostra de San Marco 2, demonstrando o maior grau de evolução da
mesma dentro do grupo, com valores das razões calculadas que a alocam no pico de
geração de óleo com valor aproximado de Roeq entre 0,7 e 0,8, como apresentado no
anexo VIII.
Na análise dos parâmetros biomarcadores triaromáticos esta família apresentou
valores médios (máximos entre 0,43 e 0,63, respectivamente), ficando as amostras
alocadas no começo da janela de geração, fig. VII.15.
Família II
A família II apresentou segundo esta análise, o maior grau de evolução em conjunto,
com valores de TAI/TAI+TA2 de 0, 87 e de C2 0/C20+C28 de 0,97 para a amostra de
Las Lajas, a qual apareceu como a mais evoluída dentre o conjunto. Isto a aloca com
um valor de Roeq entre 0,9 e 1, ao final do pico de geração, anexo VIII.
Família III
Na família III, não foi possível medir as razões que envolviam os biomarcadores
monoaromáticos nas amostras de Sta. Bárbara, San Antonio e La Anguila, devido ao
estágio de biodegradação que apresentam, podendo ser observado anexo VI. A
análise das razões dos triaromáticos estudadas apresentou os menores valores para
esta família, com valores de 0,27 e 0,47, respectivamente, ficando alocados no inicio
da janela.
139
Do estudo das restantes razões de biomarcadores aromáticos para esta família
chegou-se a que a amostra que apresentou maior grau de evolução foi a de Farola
Socorro. O conjunto de amostras estudadas nesta família apresentou valores que as
alocam entre o começo e o fim do pico de geração, com valores aproximados de Roeq
entre 0,7 e 1, anexo VIII.
É importante dizer que os valores obtidos para todas as razões calculadas em cada
uma das amostras correlacionam muito bem com a Roeq calculada, observado na
figura do anexo VIII .
VII.2.2.2c Parâmetros Geoquímicos dos HPAs, para as asfaltitas.
A análise dos íons correspondentes aos HPAs para estas amostras também não
apresentaram diferenças muito grandes para os perfis de cromatografia analisados
(m/z 128, m/z 156, m/z 170, m/z 184, m/z 198, m/z178, m/z 192, m/z 206, m/z 220). O
significado da presença dos compostos aqui analisados pode ser encontrado no
capítulo V.2. O cálculo dos parâmetros no anexo III e a identificação dos compostos
no anexo II (nomenclatura) e anexo VIII (cromatogramas de massas).
140
Diagnóstico
Foi realizada a comparação entre as proporções relativas de naftaleno, fenantreno e
dibenzotiofeno, a qual pode ser observada na fig. VII.28 a seguir.
Fig. VII.28 Comparação das proporções relativas de naftalenos, fenantrenos e
dibenzotiofenos nas amostras de asfaltitas.
Observa-se que igual aos óleos, a tendência observada é DBT>F>>N nas amostras
das famílias I e II. Nas amostras da família III, as proporções de fenantreno são
maiores, assim como as proporções de naftaleno, por ser as mais influenciadas pelo
aporte de matéria orgânica terrestre, dentre elas as amostras de Holguín e El
Morrillo, são as que apresentam as maiores proporções.
Da análise dos compostos metilados destes compostos, fig. VII.29 se observa que o
predomínio do MDBT sobre MF é maior quando comparado com DBT sobre F, e
igualmente se apresenta uma leve predominância nas amostras das famílias I e II.
Também é observado o aumento relativo dos MN para as três famílias analisadas,
sendo este incremento maior nas amostras da família III, provavelmente devido à
Aporte dos HPAs nas asfaltitas
Porcent agem de cada compos to
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
Aporte dos HPAs nas asfaltitas
Porcent agem de cada compos to
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Ba
ñ
Sábalo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
141
maior resistência deste isômero comparativamente ao naftaleno. Igualmente é
possível apreciar o incremento significativo em algumas das amostras que possuem
oleanano dentro de sua composição.
Fig. VII.29 Comparação das proporções relativas dos compostos metilados de
naftaleno, fenantreno e dibenzotiofeno nas amostras de asfaltitas. S: Somatório dos
isômeros.
Igualmente foram analisados os demais íons monitorados dos HPAs, não
apresentando grandes diferenças entre as amostras.
No cromatograma de massas dos dimetilnaftalenos, m/z 156, foi possível identificar o
composto 1,8DMN o que apareceu tanto nas amostras da família III, quanto nas
amostras da família I. O qual exclui o composto como indicador de matéria orgânica
terrestre. A identificação deste isômero pode ser observado no anexo VIII.
Já o cromatograma de massas dos tetrametilnaftalenos e o dibenzotiofeno, m/z 184,
igual aos óleos é o que gera a melhor discriminação entre as famílias de asfaltitas
Aporte dos HPAs nas asfaltitas
SMDBT
SMF
SMN
Porcentagem de cada com posto
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
Aporte dos HPAs nas asfaltitas
SMDBT
SMF
SMN
Porcentagem de cada com posto
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
Aporte dos HPAs nas asfaltitas
SMDBT
SMF
SMN
SMDBT
SMF
SMN
SMDBT
SMF
SMN
Porcentagem de cada com posto
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
San Marco 2
San Marco 4
San Miguel de los Baños
balo
Las Lajas
W. Daguilla
Rangel
Cinco Pesos
La Amada
Mina Talarén
Abras Grande
Limpio Grande
Mina 6 de Febrero
Santa Gertrudis
Mocho
La Salchicha
La Hoyeta
Los Hoyos
Mina Eloisa
Margarita 11
Cacaraj ícara
Angelita
Santa Barbara
Holguín
Maniab ón
Playa Girón
Caleta Buena
El Morrillo
Santa Clarita
Farola Socorro
San Antonio
La Anguila
142
estudadas, apresentando domínio de DBT para as amostras das famílias I e II. Fig.
VII. 30. A maioria das amostras da família III, além de apresentar maior proporção dos
tetrametilnaftalenos neste íon, apresenta as menores proporções deste composto
(DBT), como apresentado na figura.
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1357TeMN
1367TeMN
1246+1247+14 67
1257T eMN
2367TeM N
1267TeMN
1237TeM N
1236TeMN
1256+1 235T eMN
DBT
1357TeMN
1367TeM N
1246+1 247+14 67
1257TeMN
2367TeMN
1267TeMN
1237TeMN
1236TeMN
1256+1 235T eMN
DBT
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
5000
10000
15000
20000
25000
1357TeMN
1367TeM N
1246+12 47+1467
1257T eMN
2367TeMN
1267TeMN
1237TeMN
1236T eMN
1256+1235TeMN
DBT
Família I
Família II
Família III
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1357TeMN
1367TeMN
1246+1247+14 67
1257T eMN
2367TeM N
1267TeMN
1237TeM N
1236TeMN
1256+1 235T eMN
DBT
1357TeMN
1367TeM N
1246+1 247+14 67
1257TeMN
2367TeMN
1267TeMN
1237TeMN
1236TeMN
1256+1 235T eMN
DBT
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
1357TeMN
1367TeM N
1246+1 247+14 67
1257TeMN
2367TeMN
1267TeMN
1237TeMN
1236TeMN
1256+1 235T eMN
DBT
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
5000
10000
15000
20000
25000
1357TeMN
1367TeM N
1246+12 47+1467
1257T eMN
2367TeMN
1267TeMN
1237TeMN
1236T eMN
1256+1235TeMN
DBT
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
5000
10000
15000
20000
25000
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
5000
10000
15000
20000
25000
1357TeMN
1367TeM N
1246+12 47+1467
1257T eMN
2367TeMN
1267TeMN
1237TeMN
1236T eMN
1256+1235TeMN
DBT
Família I
Família II
Família III
Fig. VII.30 Cromatograma de massas correspondente aos tetrametilnaftalenos(TeMNs)
e o dibenzotiofeno(DBT), m/z 184. Distribuições típicas entre as amostras de asfaltitas.
143
Como pode se verificar na fig. VII.30 o pico referente ao 1,2,5,6+1,2,3,5 TeMN se
incrementa visivelmente nas asfaltitas da família III, sumindo ou aparecendo em
pouquíssima quantidade nas amostras das famílias I e II. Este comportamento pode
ser observado para cada uma das amostras desta família no anexo VIII.
Os resultados para o cromatograma de massas, m/z 192, correspondente aos
metilfenantrenos igual aos óleos, apresentaram predominância geral do isômero 9MF,
característico das amostras marinhas. Só as amostras de San Antonio, Maniabón e
Sábalo apresentaram perfis cromatográficos diferente, com domínio de 1MF, o que é
coerente com o nível de biodegradação das mesmas. O comportamento dos isômeros
neste íon pode ser observado na fig. VII.20.
Já os cromatogramas de massas, m/z 198 apresentam os isômeros dos MDBT e os
PMN. Para estes últimos foi feita uma identificação tentativa, em função de limitações
analíticas, para afirmar com certeza a posição de determinado isômero no
cromatograma de massas. Por isso, não foram analisadas as razões que envol viam
estes compostos. Na fig. VII.31 ilustra-se a identificação feita para cada um dos
compostos presentes para este íon.
144
Fig. VII.31 Cromatograma de massas dos pentametil naftalenos (PMNs) e os
metildibenzotiofenos(MDBT) m/z 198. Distribuições características dos perfis
cromatográficos para as três famílias nas amostras de asfaltitas. Identificação tentativa
dos PMNs e os MDBTs.
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
2+3MDBT
1MDBT
4MDBT
c)
62 64 66 68 70 72
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
12467PMN
12357PMN
12367PMN
4MDBT
12356PMN
2+3MDBT
1MDBT
Fam íli a I II
a)
60 62 64 66 68 70 72
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
12467PMN
12367PMN
4
M
D
B
T
12356PMN
2+3MDBT
1MDBT
Fam ília I
b) Fam ília II
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
2+3MDBT
1MDBT
4MDBT
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
2+3MDBT
1MDBT
4MDBT
c)
62 64 66 68 70 72
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
12467PMN
12357PMN
12367PMN
4MDBT
12356PMN
2+3MDBT
1MDBT
Fam íli a I IIc)
62 64 66 68 70 72
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
12467PMN
12357PMN
12367PMN
4MDBT
12356PMN
2+3MDBT
1MDBT
Fam íli a I II
a)
60 62 64 66 68 70 72
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
12467PMN
12367PMN
4
M
D
B
T
12356PMN
2+3MDBT
1MDBT
Fam ília I
a)
60 62 64 66 68 70 72
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
12467PMN
12367PMN
4
M
D
B
T
12356PMN
2+3MDBT
1MDBT
Fam ília I
b) Fam ília II
145
Como se pode verificar claramente nas figs. VII. 21 e 31 dentre os MDBT, o isômero
4MDBT se apresenta como o composto predominante nas amostras.
Se calcularam as mesmas razões que para os óleos, apresentadas na tabela VII.4. O
significado geoquímico delas pode ser encontrado no capítulo V.2.3.
Uma das razões analisadas, MDR4,1, que envolve justamente dois isômeros dos
MDBTs apresentou valores elevados nas amostras com exceção da amostra de El
Morrillo (0,52). Digno de notar que esta amostra apresenta dentro das amostras com
conteúdo de oleanano na sua composição o maior valor da razão (0,33). Então fica em
correspondência com uma origem em ambiente com maior influência terrestre.
Nas amostras de asfaltitas como pode se observar na figura VII. 31, também
aparecem as duas tendências observadas nos óleos, fig 24, mas ta mbém não foi
possível fazer inferências enquanto a ambiente deposicional, baseado nestas
tendências. Este comportamento aparece associado mais ao grau de evolução térmica
das amostras.
Os cromatogramas de massas dos íons m/z 206 e 220, correspondentes aos dimetil e
trimetilfenantrenos também não nos permitiram fazer alguma diferenciação apreciável
entre as amostras de asfaltitas estudadas.
146
Evolução térmica e Biodegradação
Para a análise da evolução térmica, o procedimento seguido foi o mesmo que para os
óleos, calculando o mesmo conjunto de parâmetros envolvendo HPAs.
O cálculo das razões pode ser observado no anexo III e o significado geoquímico das
mesmas no capítulo V.2. A seguir é apresentado um resumo dos valores das razões
que melhor permitiram diferençar as três famílias estudadas.
Tabela VII.9 Médias dos valores de parâmetros baseados nos HPAs para as três
famílias nas asfaltitas.
Parâmetro
I II III
DNR-1
2,33 2,98 3,25
DMNr
1,92 2,90 2,97
13+17/16DMN
1,34 1,13 0,91
TNR-1
0,91 1,07 0,74
TNR-2
0,71 0,74 0,69
TNR3
1,38 1,28 0,37
TeMNr
0,51 0,57 0,43
3MF/Ftotal
0,03 0,04 0,04
MF1
0,76 0,89 0,70
MF2
0,71 0,73 0,64
PP-1
1,22 1,16 1,30
FDMF
0,46 0,44 0,41
Roeq
0,76 0,84 0,83
DFR
0,37 0,51 0,43
MDBT/MF 1,66 2,93 0,84
MDR
4,58 4,29 1,55
MDR1
2,34 2,36 2,31
MDR4
3,81 3,69 2,90
MDR4,1
2,31 1,94 1,91
MDBTI1
0,91 1,40 0,97
MDBTI3
1,24 1,54 1,29
Os valores individuais destas razões podem ser encontrados na tabela VII.4 e a
comparação dos valores médios para os óleos e asfaltitas na tabela VII.10.
O estudo dos HPAs mostrou que dentro da família I a amostra que se apresenta como
mais evoluída corresponde a San Marco 2, alocada no inicio do pico de geração.
As asfaltitas da família II aparecem igualmente, como as mais evoluídas e dentro
destas a amostra de Las Lajas como a mais evoluída de todas.
147
As asfaltitas da família III mostraram-se mais evoluídas pela análise dos HPAs, que
pela análise dos biomarcadores, mas mostrando a mesma tendência de evolução
dentro do conjunto. Nesta análise a amostra de Farola Socorro se aloca no final do
pico de geração.
Tabela VII. 10 Comparação dos valores médios alcançados pelos óleos e as asfaltitas
dos valores calculados nos HPAs, nas três famílias
Este estudo mostra bastante correspondência com os óleos pesquisados, como pode
ser observado na tabela VII.10, onde fica claro que a maioria dos parâmetros
estudados, apresentaram correlação para os óleos e as asfaltitas.
Asfaltitas Óleos Comp
Parâmetro
I II III
I II III
MNR
1,22 1,19 1,36 1,02 1,45 1,43 ok
DNR-1
2,33 2,98 3,25
2,07 3,62 2,08 ok
DMNr
1,92 2,90 2,97
1,95 2,86 1,79
13+17/16DMN
1,34 1,13 0,91
1,04 0,86 0,77 ok
TNR-1
0,91 1,07 0,74
1,01 1,11 0,68 ok
TNR-2
0,71 0,74 0,69
1,12 0,82 0,68
TNR3
1,38 1,28 0,37
1,69 1,52 1,38 ok
TMNr
0,45 4,77 0,50 0,49 0,47 0,49
TeMNr
0,51 0,57 0,43 0,60 0,64 0,47 ok
3MP/PToTAL
0,03 0,04 0,04 0,05 0,06 0,03
MFR
1,11 1,23 1,07 1,08 1,41 1,07 ok
MF1
0,76 0,89 0,70
0,77 1,10 0,85 ok
MF2
0,71 0,73 0,64
0,76 1,24 0,81
1/2+3MF
0,64 0,52 0,59 0,60 0,51 0,53 ok
PP-1
1,22 1,16 1,30
1,65 1,23 1,25 ok
FDMF
0,46 0,44 0,41
0,46 0,56 0,45 ok
Roeq
0,76 0,84 0,83
0,70 0,87 0,64
DFR
0,37 0,51 0,43
0,28 0,41 0,29
MDBT/MF
1,66 2,93 0,84
1,14 1,61 0,49 ok
DBT/F
1,35 1,91 0,67
2,17 1,33 0,25
MDR
4,58 4,29 1,55 3,38 2,68 0,77 ok
MDR1
2,34 2,36 2,31 3,39 2,28 2,01
MDR2-3
1,36 4,91 4,34 5,02 2,87 2,02
MDR4
3,81 3,69 2,90
6,25 6,10 3,62 ok
MDR4,1
2,31 1,94 1,91
2,97 2,75 2,18 ok
SMDBT/DBT
11,68 10,66 6,63 14,39 11,25 7,64 ok
MDBTI1
0,91 1,40 0,97 1,64 2,27 1,68 ok
MDBTI3
1,24 1,54 1,29 1,46 1,89 1,43 ok
148
Foi realizada a comparação dos três isômeros do MDBT para tentar estabelecer um
padrão para evolução térmica segundo estes compostos, fig. VII.24. Pode se observar
claramente que o padrão que seguem as amostras mais evoluídas é
4MDBT>2+3MDBT>1MDBT e as menos evoluídas 4MDBT>2+3MDBT<1MDBT,
concordando com o postulado por (SCHHOU e MYHR, 1988). Esta observação
independente de a qual família as amostras pertencem.
Pela análise do fenômeno da biodegradação nestas amostras, vemos que muitas
delas apresentam níveis elevados, chegando a alterar até alguns dos HPAs, isto pode
ser observado para a amostra de Sta. Barbara, alocada neste estudo como
pertencente à família III, a qual mostrou estar afetada em todos os íons analisados
neste estudo. As amostras de San Antonio, La Anguila e Maniabón membros desta
família exibem também grande alteração por biodegradação.
Analisando o fenômeno de biodegradação de forma geral nas famílias observamos
que dentre a família I, a amostra de El Sábalo se apresenta como a mai s
biodegradada. As amostras da família II, embora menos alteradas, também
apresentaram sinais de biodegradação como no caso das amostras de Angelita e Sta.
Gertrudis, atingindo os HPAs, verificado através dos cromatogramas de massas dos
íons m/z 20 6 e 220, correspondentes aos di e trimetilfenantrenos.
Resulta interessante o fato que as amostras mais influenciadas pela biodegradação
dentre as três famílias, apresentaram no cromatograma de massas do íon m/z 198, o
isômero 2+3MDBT em maior proporção, fig. VII. 32. Isto poderia indicar a maior
resistência deste composto à biodegradação, pois a velocidade de biodegradação nos
compostos aromáticos decresce com o incremento do número de anéis e com o
incremento dos alquilsustituintes. Apresentando uma seqüência de biodegradação
influenciada pela posição do substituinte alquil. E a posição deste isômero, parece ser
149
a mais resistente. (VOLKMAN et al. 1984) Baseado nesta afirmação as amostras de
Angelita, La Anguila e Sábalo seriam as mais alteradas do conjunto, sendo só
precedidas pela amostra de Sta. Bárbara, para a qual não foi possível nem identificar
estes compostos.
Fig. VII.32 Perfis de cromatografia de massas para os PMNs e MDBTs, m/z 198.
a) Uma asfaltita não pouco evoluída, b) Uma asfaltita muito biodegradada
VII.2.2.3 Resultados Estatísticos
Já foi comentada no capítulo VI a ajuda que brinda ao geoquímico o processamento
estatístico dos dados geoquímicos. Como foi discutido, foram aplicados na análise dos
resultados três técnicas de estatística multivariada: a análise Cluster, o PCA e a
Análise de Discriminante Linear. O objetivo foi observar o comportamento geoquímico
descrito pelas amostras em estudo. Para isto foi utilizado o sofware Statistica 8.0.
O suporte teórico para esta sessão pode ser encontrado no capítulo VI.1
60
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1
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a)
b)
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1
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M
D
B
T
2
+
3
M
D
B
T
1
M
D
B
T
a)
b)
150
Análise Hierárquica de agrupamentos (Cluster)
O cluster obtido se fez utilizando a distância euclidiana e o método do vizinho mais
distante ou (complete linkage ou Furthest neighbor). O resultado é mostrado a seguir,
na fig. VII.33.
Fig. VII.31 Análises de agrupamento (Cluster) das amostras de asfaltitas em estudo.
A análise cluster mostrou que o conjunto de amostras foi subdividido em cinco
conjuntos principais. O primeiro deles constituído por três amostras, as pertencentes à
família I, (em cor vermelho). O segundo conjunto se subdivide em dois subgrupos o
primeiro deles com dez representantes da família II com características geoquímicas
bastante similares, segundo pode ser observado nas tabelas VII. 3 e VII. 4. O
segundo subgrupo pelas restantes amostras da família II, que resulta válido dizer que
apresentaram na análise geoquímica algumas características, que poderiam associar
as mesmas com a família III. Neste subgrupo aparecem duas das amo stras da família
III, que como foi comentado apresentaram algumas características da família II. O
151
terceiro conjunto está constituído por duas amostras classificadas neste estudo como
da família III. O quarto conjunto está constituído pela amostra de El Morrillo,
classificada neste estudo como da família III, mas que apresentou características bem
particulares, já apresentadas no texto. O quinto conjunto está igualmente constituído
por uma única amostra, a correspondente a Holguín a que se encontra bastante
afastada do conjunto geral. Esta amostra apresentou características um pouco
particulares, parecendo estar mais influenciada pelo aporte de matéria orgânica
terrestre. Estas particularidades podem ser observadas na tabela VII. 3 e 4 e nos
cromatogramas de massas do anexo VI.
É importante dizer também que estas duas amostras (as dos conjuntos quatro e cinco)
foram as que apresentaram as maiores quantidades de Oleanano na sua composição.
Também apresentaram abundantes tetra e pentametilnaftalenos em sua composição,
as maiores do conjunto de amostras estudadas o que associa as mesmas a uma
maior influência de matéria orgânica vegetal.
Segundo a análise geoquímica dos parâmetros realizada no presente estudo, a
distribuição estatística fica de perfeito acordo com as características geoquímicas do
conjunto de amostras analisado.
O programa excluiu para a análise oito das amostras do conjunto geral, por elas
estarem severamente afetadas pela biodegradação, razão pela qual não apresentam
muitos dos parâmetros medidos. As amostras excluídas foram (La Anguila, Santa
Bárbara, Angelita, San Antonio, Maniabón, Sábalo, Los hoyos e Santa Gertrudis).
152
Análise de PCA
De igual forma foi realizada a análise de componentes principais (PCA) tanto das
amostras como do conjunto das 51 variáveis que entraram na análise. Nas figs. VII.34
e 35, podem ser observadas as variáveis que geraram maior peso na discriminação
dos grupos e a separação das amostras segundo a apresentação nos dois eixos
fundamentais.
Fig. VII. 34 Análises PCA das variáveis. Os maiores raios representam as variáveis
que foram mais significativas para a separação.
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
Factor 1: 32, 62%
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fact or 2: 18, 47%
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
Factor 1: 32, 62%
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fact or 2: 18, 47%
Fig. VII.35 Análise PCA. das amostras de asfaltitas, nos círculos se encontram as
amostras de cada família. Em vermelho Família I, em verde, Família II e em azul,
Família III.
153
A fig. VII.34 representa as razões que segundo a análise tiveram o maior poder para
fazer a separação dos grupos (razões 21/23 Tri, 24Tetra/26Tri, TeMNr, C27/28R dos
triaromáticos, dentre outras). Já na fig. VII.35 se mostram de fato três grupos em que
foram divididas as amostras. A escolha dos parâmetros geoquímicos utilizados pelo
programa se correspondeu com o observado na análise visual e dos gráficos
confeccionados. De igual forma a representação dos Scores de PC1 vs PC2 mostrou
correspondência com a divisão nas três famílias de óleos cubanos e ficou também em
correspondência com a análise geoquímica realizada ao conjunto de amostras. É
importante destacar que tanto a análise de Cluster, assim como a de PCA apontam
para o mesmo agrupamento.
Análise de Discriminante
V.30t4ceir a análisoodoe de Discriminantu Pparaistoo
154
Este modelo foi gerado a partir de um F- Test de 11 e uma λ de Wilk de 0,0009, cujo
significado está explicado no capítulo VI.1.2.2.2.
O modelo gerado foi aplicado ao conjunto teste (trinta e duas asfaltitas em estudo),
obtendo-se somente cinco amostras em discordância com os resultados obtidos da
análise dos parâmetros geoquímicos. Estas foram: San Marco2, W. Daguilla, Margarita
11, Playa Girón e La Hoyeta. Tabela VII.12 sendo que a discordância é praticamente
imperceptível, pois os valores obtidos para a família na qual classificaram as amostras
segundo o método aplicado são praticamente iguais aos obtidos para a família na qual
classificaram segundo a análise geoquímica visual e mediante os gráficos
confeccionados.
155
Tabela VII.12. Comparação entre a classificação gerada pelo modelo de
Discriminante linear e a classificação geoquímica realizada.
É importante destacar que excetuando a amostra de San Marco 2, as 4 amostras
restantes, apresentaram algumas características, da família aonde foram classificadas
pelo modelo o que reafirma ainda mais as possibilidades de esta técnica para a
classificação rápida de amostras. Além, se considerarmos que as amostras que
constituíram o conjunto de treino eram óleos preservados e o conjunto de teste
asfaltitas, o resultado aponta para uma ótima separação.
Nome
I II III FCAL CLAS Z
SM LOS BANOS 1332 451 1063 I I OK
SAN MARCO 02 999 903 1006 III I
SAN MARCO 04 228 211 227 I I OK
SABALO 1109 985 852 I I OK
ANGELITA 1381 1620 1260 II II OK
LAS LAJAS 4918 6357 6108 II II OK
W DAGUILLA 110 587 589 III II-III
RANGEL 221 371 96 II II OK
CINCO PESOS 588 726 308 II II OK
LA AMADA 408 588 388 II II OK
MINA TALAREN 555 697 204 II II OK
ABRAS GRANDE 303 514 434 II II OK
LIMPIO GRANDE 1650 1845 1563 II II OK
MINA 6 FEBRERO 729 805 378 II II OK
SANTAGERTRUDIS 3347 4467 3928 II II OK
MOCHO 283 686 166 II II OK
LA SALCHICHA 367 1268 1213 II II OK
LA HOYETA 2 1058 1477 1489 III II-III
LOS HOYOS 1843 2065 1881 II II OK
MINA ELOISA 1627 1845 1472 II II OK
AM11 MARGARITA 102 274 286 III II
CACARAJICARA 2232 2569 2393 II II OK
PLAYA GIRÓN 1384 1568 1546 II II-III
CALETA BUENA 1836 1921 1942 III III OK
SAN ANTONIO 2 248 823 1041 III III OK
HOLGUIN CIUDAD 437 1115 1312 III III OK
MANIABON 602 1275 1496 III III OK
SANTA BARBARA 2121 1701 1722 III III OK
EL MORRILLO 461 728 839 III III OK
SANTA CLARITA 2 157 297 537 III III OK
FAROLA SOCORRO 547 1182 1420 III III OK
LA ANGUILA 01 487 199 126 III III OK
156
É importante destacar, que as variáveis que foram escolhidas pelo modelo de
classificação, também foram escolhidas pelo PCA, dentre as que tinham mais poder
discriminatório. A fig. VII.36 a seguir, é uma representação esquemática do
comportamento destas variáveis para o conjunto das trinta e duas amostras de
asfaltitas.
Fig. VII.36 Representação do aporte na discriminação em famílias das variáveis
escolhidas no modelo gerado pelo método de Discriminante Linear.
Deste conjunto de parâmetros geoquímicos, se apresentam com maior poder
discriminante duas razões: 24Tetra/26Tri e MDBT/MF, as que mostram faixas de
valores bastante diferentes entre as famílias de óleos identificadas.
157
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Considerações Geoquímicas Gerais
O estudo permitiu fazer a classificação das amostras de asfaltitas, assim como ratificar
a classificação dos óleos estudados dentro das famílias de óleos reconhecidos em
território cubano, através do estudo de uma série de parâmetros inéditos. Ficou
confirmado que as amostras pertencem às três famílias de óleos reconhecidas em
Cuba. Fig VIII 1 .
Fig. VIII. 1 Representação esquemática das características das três famílias,
classificação das amostras dentre as famílias de óleos cubanos.
Os compostos aromáticos mostraram sua utilidade na caracterização das amostras
sendo dentro deles os esteróides mono e triaromáticos, os tetrametilnaftalenos, o
dibenzotiofeno e os metildibenzotiofenos os que maior contribuição deram no processo
de caracterização das amostras.
Os terpanos tricíclicos se revelaram como portadores de grande poder discriminante
dentre as famílias de petróleos e muito úteis por encontrarem-se presente na
totalidade das amostras, independentemente da alteração nas mesmas de processos
secundários.
III
MO
TIPO II (II-III)
Ambiente Marinho
Subóxic o
Carbonato<ou=Argila
Cristales
Cante l
Río del Medio Varadero
Juanelo Puerto Escondido
Pardo 4 Boca de Jaruco
Cayajabos
Mariel Nort e
Santa C ruz
Guanabo
I
MO
TIPO II, II S
Ambiente
Marinho, Muito Anóxico
Carbonato > Argila
San marco 2 Sábalo
San Marco 4
San Miguel de lo s Baños
Pina
Bruj o
Paraiso
Jarahueca
II
MO
TIPO II
Ambiente
Marinho Aberto, Anóxico
Carbonato >> Argila
Las Lajas W. Daguilla Los hoyos
Mocho Margarita 11 Santa Gertrudis
Rangel Mina 6 de Febrero Angelita
La Salchicha La Hoyeta
Cinco Pesos La A ma da
Mina Eloisa
Cacarajícar a
Limp4h(e)37.3(h)104 loao >>(e)37.3(h)13(Pi)mdre-16.4(a)]TJ0 -1.2005 Tm-0.005 TD90.0064 (n)11(n-11loa)138.7(T)104 loana8(éina Elon7.6(eca)]TJETJET0.6 038s)].1201.627.24Tc62469 15.42 reSBT6.3581 0 0 389469 266.06 440.3003 590.0062 Tcc0.003F
158
Conseguiu se correspondência entre a análise de ambiente deposicional, evolução
térmica e biodegradação tanto para os parâmetros analisados oriundos da fração de
hidrocarbonetos saturados como da fração de hidrocarbonetos aromáticos.
Foi de igual forma comprovada a ajuda que as técnicas de estatística multivariada
oferecem na análise geoquímica. Fundamentalmente no processo de classificação de
amostras, como em nosso caso, de óleos, dentro das famílias.
Dentre os compostos HPAs, o fenantreno e seus derivados metilados, o
dibenzotiofeno e os metildibenzotiofenos se mostraram como os mais resistentes ao
processo de biodegradação.
Dentre os biomarcadores saturados foi comprovada a resistência dos terpanos
tricíclicos, o gamacerano e o C29 hopano à biodegradação. Sendo estes os terpanos
presentes nas amostras que apresentaram-se mais afetados.
159
Conclusões
Conseguiu-se estabelecer alguns parâmetros geoquímicos discriminantes para
origem, grau de evolução térmica e de biodegradação para as três famílias de
petróleos cubanos, utilizando compostos resistentes à biodegradação tanto da fração
de saturados, como a dos aromáticos. Dentro destes os mais úteis foram:
Terpanos: 23/24 Tri, 21/23Tri, Tet24/26Tri, Gam /Tr23, Mor30/ Mor 29/30
e DHP/30DHP+HOP, NorH30/30(Nor+Hop), H33S/S+R
Esteranos: 21/22 Est, % C27, C2 8 e C29 ivDMA, C26/28STA, C27/28RTA,
TAI/TAI+TAII, 20/20+28R TA
HPAs: DNR-1, 1,3+1,7/1,6DMN, TNR-1, TNR-2, TeMNr, MF1, MF2, FDMF,
MDBT/MF, MDR1,MDR4,1, MDBTI1 e MDBTI3
Durante a análise dos resultados apareceram alguns outliers quando foram analisados
os parâmetros geoquímicos individuais, que poderiam indicar a presença de outro
grupo de óleos, associado a uma maior influência de matéria orgânica vegetal, assim
como também apresentaram-se algumas amostras com características das famílias II
e III. Mais que com a integração do conjunto de parâmetros, através dos gráficos,
observação visual e a ajuda inestimável brindada pela estatística nos permitiram
classificar as asfaltitas da seguinte forma.
Família I
: San Marco 2 e 4, San Miguel de los Baños e Sábalo,
Dentre elas, a amostra de San Marco 2 se apresenta como a mais evoluída,
encontrando-se no início do pico da janela de geração de óleo, segundo os
parâmetros moleculares avaliados.
A amostra de Sábalo foi a mais alterada pela biodegradação dentro deste grupo,
apresentando alteração até dos compostos aromáticos.
Família II:
Rangel, Mina 6 de Fevereiro, Mocho, Abras Grande, Limpio Grande, Mina
Talaren, La Amada, Las Lajas, W Daguilla, Mina Eloísa, Margarita11, Los Hoyos,
Cinco Pesos, La Salchicha, La Hoyeta, Sta Gertrudis, Cacarajícara e Angelita
A amostra que se apresenta como mais evoluída, tanto pelas análises de saturados
como de aromáticos é a amostra de las Lajas, com características que a alocam, no
final do pico de geração de óleo.
160
Esta é a família que apresentou os maiores níveis de evolução térmica dentro do
conjunto, com valores de Roeq que as alocam no pico de geração de óleo. Igualmente
esta família foi a que apresentou menor afetação por biodegradação, apresentando
amostras como Rangel e Abras Grande, que não apresentam sinais de biodegradação
nem no perfil cromatográfico.
As amostras mais alteradas dentre esta família foram as amostras de Sta Gertrudis,
Los Hoyos e Angelita.
Família III:
El Morrillo, Playa Girón, Caleta Buena, Holguín, Sta Clarita, Farola Socorro,
Maniabón, Sta. Bárbara, San Antonio e La Anguila.
Dentre elas se apresentou como a mais evoluída a amostra de Farola Socorro, que
tanto pelas análises dos biomarcadores saturados como dos aromáticos e os HPAs
mostrou as melhores características.
Esta é a família que em geral apresentou, no conjunto, menor grau de evolução
térmica. Dentre elas as amostras de Playa Girón e Caleta Buena, além da
anteriormente mencionada, são as que apresentam as melhores características
quanto a evolução térmica, Os resultados de evolução térmica obtidos para este
conjunto de amostras no deve ser considerado muito confiável dado o elevado grau
de alteração que apresentam a maior parte das amostras deste conjunto.
As amostras de Sta Bárbara, San Antonio e La Anguila alocadas como pertencentes a
esta família, mostraram alteração até dos HPA, conhecidos por sua grande resistência
ante este processo secundário.
Enquanto à distribuição geográfica das amostras, estas apresentaram características
distintivas por regiões como pode ser observado na fig VIII.2, ficando distribuídas da
seguinte forma:
- Na região central, predomínio de amostras da família II
- Na região oriental, predomínio de amostras da família III
-Na região ocidental, apresenta as três famílias, sendo as amostras estudadas
classificadas nas famílias I e II, principalmente.
161
Na área oriental não contamos com informação de poço suficiente, por isso seria de
grande importância um estudo mais fundo desta região, dado o grande número de
exsudações presentes na área.
Fig. VIII.2 Distribuição geográfica e classificação geoquímica das amostras.
Família I (vermelho), Família II (verde), Família III (azul).
S. M.
S. M.
Ba
Ba
ñ
ñ
os
os
Caleta
Caleta
Buena
Buena
Playa
Playa
Gir
Gir
ó
ó
n
n
Sta.
Sta.
Gertrudis
Gertrudis
San
San
Marco 2 e 4
Marco 2 e 4
Juanelo
Juanelo
Boca de Jaruco
Boca de Jaruco
Cantel
Cantel
Varadero
Varadero
Cayajabos
Cayajabos
Rio
Rio
del
del
medio
medio
S
S
á
á
balo
balo
Los
Los
Hoyos
Hoyos
Cinco Pesos
Cinco Pesos
LasLas Lajas
Lajas
Mocho
Mocho
W.
W.
Daguilla
Daguilla
Sta. Cruz
Sta. Cruz
Guanabo
Guanabo
Pardo 4
Pardo 4
El
El
Morrillo
Morrillo
Cacaraj
Cacaraj
í
í
cara
cara
Rangel
Rangel
Angelita
Angelita
S. M.
S. M.
Ba
Ba
ñ
ñ
os
os
Caleta
Caleta
Buena
Buena
Playa
Playa
Gir
Gir
ó
ó
n
n
Sta.
Sta.
Gertrudis
Gertrudis
San
San
Marco 2 e 4
Marco 2 e 4
Juanelo
Juanelo
Boca de Jaruco
Boca de Jaruco
Cantel
Cantel
Varadero
Varadero
Cayajabos
Cayajabos
Rio
Rio
del
del
medio
medio
S
S
á
á
balo
balo
Los
Los
Hoyos
Hoyos
Cinco Pesos
Cinco Pesos
LasLas Lajas
Lajas
Mocho
Mocho
W.
W.
Daguilla
Daguilla
Sta. Cruz
Sta. Cruz
Guanabo
Guanabo
Pardo 4
Pardo 4
El
El
Morrillo
Morrillo
Cacaraj
Cacaraj
í
í
cara
cara
Rangel
Rangel
Angelita
Angelita
S. M.
S. M.
Ba
Ba
ñ
ñ
os
os
Caleta
Caleta
Buena
Buena
Playa
Playa
Gir
Gir
ó
ó
n
n
Sta.
Sta.
Gertrudis
Gertrudis
San
San
Marco 2 e 4
Marco 2 e 4
Juanelo
Juanelo
Boca de Jaruco
Boca de Jaruco
Cantel
Cantel
Varadero
Varadero
Cayajabos
Cayajabos
Rio
Rio
del
del
medio
medio
S
S
á
á
balo
balo
Los
Los
Hoyos
Hoyos
Cinco Pesos
Cinco Pesos
LasLas Lajas
Lajas
Mocho
Mocho
W.
W.
Daguilla
Daguilla
Sta. Cruz
Sta. Cruz
Guanabo
Guanabo
Pardo 4
Pardo 4
El
El
Morrillo
Morrillo
Cacaraj
Cacaraj
í
í
cara
cara
Rangel
Rangel
Angelita
Angelita
S. M.
S. M.
Ba
Ba
ñ
ñ
os
os
Caleta
Caleta
Buena
Buena
Playa
Playa
Gir
Gir
ó
ó
n
n
Sta.
Sta.
Gertrudis
Gertrudis
San
San
Marco 2 e 4
Marco 2 e 4
Juanelo
Juanelo
Boca de Jaruco
Boca de Jaruco
Cantel
Cantel
Varadero
Varadero
Cayajabos
Cayajabos
Rio
Rio
del
del
medio
medio
S
S
á
á
balo
balo
Los
Los
Hoyos
Hoyos
Cinco Pesos
Cinco Pesos
LasLas Lajas
Lajas
Mocho
Mocho
W.
W.
Daguilla
Daguilla
Sta. Cruz
Sta. Cruz
Guanabo
Guanabo
Pardo 4
Pardo 4
El
El
Morrillo
Morrillo
Cacaraj
Cacaraj
í
í
cara
cara
Rangel
Rangel
Angelita
Angelita
S. M.
S. M.
Ba
Ba
ñ
ñ
os
os
Caleta
Caleta
Buena
Buena
Playa
Playa
Gir
Gir
ó
ó
n
n
Sta.
Sta.
Gertrudis
Gertrudis
San
San
Marco 2 e 4
Marco 2 e 4
162
Recomendações.
O estudo de muitas das exsudações descobertas em território cubano tem sido
possível graças à informação subministrada pelos vizinhos das áreas envolvidas Por
isto sería muito útil um melhor reconhecimento do território onshore e ofshore cubano
(mapeamento geoquímico). Para conseguir este objetivo seria de grande utilidade a
implementação do Sensoriamento Remoto, que permite identificar as diferenças
mineralógicas e botánicas, nas regiões onshore e a precença de hidrocarbonetos em
regiões offshore. A aplicação desta técnica ajudaria a reconhecer e entender melhor
os sistemas petrolíferos ativos cubanos.
Implementar no laboratório de biomarcadores do CENPES, alem das técnicas de
análise de compostos aromáticos existentes, outras que permitam a identificação dos
PMN e o DBT assim como seus derivados alquilados, através de padrões dos
compostos. Pois, é conhecida a importância destes últimos para a análise dos óleos
marinhos carbonáticos. Assim como o a possibilidade do emprego dos PMN no
reconhecimento de mistura de óleos.
163
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184
APÊNDICES
185
ANEXO I: Identificação dos compostos biomarcadores Terpanos
23 24
2
1
4
3
5
10
25
6
7
8
9
11
12
13
14
26
27
28
17
15
19
18
20
21
30
22
29
31
32
33
34
35
ID Abreviatura no
cromatograma de
massas
Nomenclatura
A 21/3 C21H38 terpanos tricíclicos
B 23/3 C23H42 terpanos tricíclicos
C 24/3 C24H44 terpanos tricíclicos
D 24/4 C24H42 terpanos tetracíclicos
E 26/3R e S C26H48 terpanos tricíclicos
F Ts C27 18α(H),22,29,30-trisnorneohopano
G Tm C27 17α(H),22,29,30-trisnorhopano
H 25-nor C29 25-nor-17α(H)-hopano
I C29 αβ 17α(H),21β(H)-30-norhopano
J C29Ts 18α(H)-30-nor-29-homohopano
K C30* C30 17 α(H)-diahopano
L Oleanano 18α(H)-oleanano (+ 18β(H)-oleanano)
M C30 αβ 17α(H),21β(H)-hopano
N Nor H30 17α(H)-30-nor-29-homohopano
O C30 βα 17β(H),21α(H)-moretano
P C31 αβ 22S 17α(H),21β(H)-homohopano (22S)
Q C31 αβ 22R 17α(H),21β(H)-homohopano (22R)
R G Gamacerano
S C32 αβ 22S 17α(H),21β(H)-bishomohopano (22S)
T C32 αβ 22R 17α(H),21β(H)-bishomohopano (22R)
U C33 αβ 22S 17α(H),21β(H)-trishomohopano (22S)
V C33 αβ 22R 17α(H),21β(H)-trishomohopano (22R)
W C34 αβ 22S 17α(H),21β(H)-tetrakishomohopano
(22S)
X C34 αβ 22R 17α(H),21β(H)-tetrakishomohopano
(22R)
Y C35 αβ 22S 17α(H),21β(H)-pentakishomohopano
(22S)
Z C35 αβ 22R 17α(H),21β(H)-pentakishomohopano
(22R)
* = pico com isomeria (24S e 24R)
m/z
186
ANEXO I: Identificação dos compostos biomarcadores - Esteranos
2
1
4
3
5
10
19
6
7
8
9
11
12
13
14
17
18
29
16
15
21
20
22
23
24
27
25
26
28
ID Abreviatura no
cromatograma de massas
Nomenclatura
a C27 ααα 20S 5α(H),14α(H),17α(H)-colestano (20S)
b C27 αββ 20R 5α(H),14β(H),17β(H)-colestano (20R)
c C27 αββ 20S 5α(H),14β(H),17β(H)-colestano (20S)
d C27 ααα 20R 5α(H),14α(H),17α(H)-colestano (20R)
e C28 ααα 20S 24-me til-5α(H),14α(H),17α(H)-colestano
(20S)*
f C28 αββ 20R 24-metil-5α(H),14β(H),17β(H)-colestano
(20R)
g C28 αββ 20S 24-metil-5α(H),14β(H),17β(H)-colestano
(20S)
h C28 ααα 20R 24-metil-5α(H),14α(H),17α(H)-colestano
(20R)
i C29 ααα 20S 24-etil-5α(H),14α(H),17α(H)-colestano (20S)
j C29 αββ 20R 24-etil-5α(H),14β(H),17β(H)-colestano (20R)
k C29 αββ 20S 24-etil-5α(H),14β(H),17β(H)-colestano (20S
l C29 ααα 20R 24-etil-5α(H),14α(H),17α(H)-colestano (20R)
* = pico com isomeria (24S e 24R)
m/z 217
187
ANEXO I: Identificação dos compostos biomarcadores: Monoaromáticos
Regulares, 5β,10β(CH
3
) Rearranjados, 5β(CH
3
),10β
Esteróides Monoaromáticos
ID Abreviaturas Nomenclatura
1
C21 C21 esteróide MA
2
C22 C22 esteróide MA
3
C27I20S C275β,10β(CH3), 20S- MA
4
C27IV20S C275β,10β(CH3), 20S- MA+ C275β(CH3),10β, 20S- DMA
5
C27IV20R C275β,10β(CH3), 20R- MA+ C275β(CH3),10β, 20R- DMA
6
C27II20S C275α,10β(H),17β(CH3), 20S- MA
7
C28IV20S C285β,10β(CH3), 20S- MA+ C285β(CH3),10β, 20S- DMA
8
C27II20R C275α,10β(H),17β(CH3), 20R- MA
9
C28II20S C285α,10β(H),17β(CH3), 20S- MA
10
C28IV20R C285β,10β(CH3), 20R- MA+ C285β(CH3),10β, 20R- DMA
11
C29IV20S C295β,10β(CH3), 20S- MA+ C295β(CH3),10β, 20S- DMA
12
C29II20S C295α,10β(H),17β(CH3), 20S- MA
13
C28II20R C285α,10β(H),17β(CH3), 20R- MA
14
C29IV20R C295β,10β(CH3), 20R- MA+ C295β(CH3),10β, 20R- DMA
15
C29II20R C295α,10β(H),17β(CH3), 20R- MA
188
ANEXO I: Identificação dos biomarcadores: Triaromáticos
Esteróides Triaromáticos
ID Abreviatura no
cromatograma de
massas
Nomenclatura
16 C20 pregnóide (radical = etil)
17 C21 20-metilpregnóide (radical = 2-propil)
18 SC26 colesteróide (20S)
19 RC26+SC27 colesteróide (20R) + ergosteróide (20S)
20 SC28 24-etilcolesteróide (20S)
21 RC27 24-metilcolesteróide (20R)
22 RC28 24-etilcolesteróide (20R)
m/z 231
20
1
24
R
R= H C
26
CH
3
C
27
C
2
H
5
C
28
C
3
H
7
C
29
189
ANEXO II: Identificação dos compostos hidrocarbonetos Aromáticos
Policíclicos
HPAs
Naftaleno e Alquilnaftalenos
ID Avreviatura no cromatograma de
massas
Nomenclatura Íon
(m/z)
23 N Naftaleno 128
24 2-MN 2-metilnaftaleno 142
25 1-MN 1-metilnaftaleno
26 2,6-DMN 2,6-dimetilnaftaleno 156
27 2,7-DMN 2,7-dimetilnaftaleno
28 1,3+1,7-DMN 1,3+1,7-dimetilnaftaleno
29 1,6- DMN 1,6-dimetilnaftaleno
30 1,4-DMN 1,4-dimetilnaftaleno
31 2,3-DMN 2,3-dimetilnaftaleno
32 1,5-DMN 1,5-dimetilnaftaleno
33 1,2-DMN 1,2-dimetilnaftaleno
34 1,8-DMN 1,8-dimetilnaftaleno
35 1,3,7-TMN 1,3,7-trimetilnaftaleno 170
36 1,3,6-TMN 1,3,6-trimetilnaftaleno
37 1,3,5+1,4,6-TMN 1,3,5+1,4,6-trimetilnaftaleno
38 2,3,6-TMN 2,3,6-trimetilnaftaleno
39 1,2,7-TMN 1,2,7-trimetilnaftaleno
40 1,6,7+1,2,6-TMN 1,6,7+1,2,6-trimetilnaftaleno
41 1,2,4-TMN 1,2,4-trimetilnaftaleno
42 1,2,5-TMN 1,2,5-trimetilnaftaleno
43 1,2,3-TMN 1,2,3-trimetilnaftaleno
44 1,3,5,7-TeMN 1,3,5,7-tetrametilnaftaleno
45 1,3,6,7-TeMN 1,3,6,7-tetrametilnaftaleno 184
46 1,2,4,6+1,2,4,7+1,4,6,7-TeMN 1,2,4,6+1,2,4,7+1,4,6,7-tetrametilnaftaleno
47 1,2,5,7-TeMN 1,2,5,7-tetrametilnaftaleno
48 2,3,6,7-TeMN 2,3,6,7-tetrametilnaftaleno
49 1,2,6,7-TeMN 1,2,6,7-tetrametilnaftaleno
50 1,2,3,7-TeMN 1,2,3,7-tetrametilnaftaleno
51 1,2,3,6-TeMN 1,2,3,6-tetrametilnaftaleno
52 1,2,5,6+1,2,3,5-TeMN 1,2,5,6+1,2,3,5-tetrametilnaftaleno
53 1,2,4,6,7-PMN 1,2,4,6,7-Pentametilnaftaleno 198
54 1,2,3,5,7-PMN 1,2,3,5,7-Pentametilnaftaleno
55 1,2,3,6,7-PMN 1,2,3,6,7-Pentametilnaftaleno
56 1,2,3,5,6-PMN 1,2,3,5,6-Pentametilnaftaleno
190
Fenantrenos e Alquilderivados
ID Abreviatura no cromatograma
de massas
Nomenclatura Íon
(m/z)
57 F Fenantreno 178
58 3-MF 3-metilfenantreno 192
59 2-MF 2-metilfenantreno
60 9-MF 9-metilfenantreno
61 1-MF 1-metilfenantreno
62 9-EF 9-etilfenantreno 206
63 3-EF 3-etilfenantreno
64 3,6-DMF 3,6-dimetilfenantreno
65 3,5+2,6-DMF 3,5+2,6-dimetilfenantreno
66 2,7-DMF 2,7-dimetilfenantreno
67 1,3+2,10+3,9+3,10-DMF 1,3+2,10+3,9+3,10-dimetilfenantreno
68 1,6+2,5+2,9-DMF 1,6+2,5+2,9-dimetilfenantreno
69 1,7-DMF 1,7-dimetilfenantreno
70 2,3-DMF 2,3-dimetilfenantreno
71 1,9+4,9+4,10-DMF 1,9+4,9+4,10-dimetilfenantreno
72 1,8-DMF 1,8-dimetilfenantreno
73 1,2-DMF 1,2-dimetilfenantreno
74 1,3,6+1,3,10+2,6,10-TMF 1,3,6+1,3,10+2,6,10-trimetilfenantreno 220
75 1,3,7+2,6,9+2,7,9-TMF 1,3,7+2,6,9+2,7,9-trimetilfenantreno
76 1,3,9+2,3,6-TMF 1,3,9+2,3,6-trimetilfenantreno
77 1,6,9+1,7,9-TMF 1,6,9+1,7,9-trimetilfenantreno
78 1,3,8-TMF 1,3,8-trimetilfenantreno
79 2,3,10-TMF 2,3,10-trimetilfenantreno
80 1,6,7-TMF 1,6,7-trimetilfenantreno
81 1,2,6-TMF 1,2,6-trimetilfenantreno
82 1,2,7+1,2,9-TMF 1,2,7+1,2,9-trimetilfenantreno
Dibenzotiofeno e metildibenzotiofenos
ID Abreviatura no cromatograma
de massas
Nomenclatura Íon
(m/z)
83 DBT Dibenzotiofeno 184
84 4-MDBT 4-metildibenzotiofeno 198
85 2+3-MDBT 2+3-metildibenzotiofeno
86 1-MDBT 1-metildibenzotiofeno
191
Anexo III. Cálculo dos parâmetros utilizados no estudo
Parâmetros de Hidrocarbonetos Saturados
23/24TRI= Razão entre o terpano tricíclico 23 e o 24
21/23TRI= Razão entre o terpano tricíclico 21 e o 23
24/25TRI= Razão entre o terpano tricíclico 24 e o 25
26/25TRI= Razão entre o terpano tricíclico 26 e o 25
26/28TRI= Razão entre o terpano tricíclico 26 e o 28
TET24/26TRI= Razão entre o terpano tetrací clico 24 e o tricíclico 26
GAM/TR23= Razão entre o Gamace rano e o terpano tricíclico 23
H29/H30= Hop 29/Hop 30
H35/H34=Hop 35/Hop 34
NORNEO/H29 = C29Ts/ Hop 29
M30/M29= Moretano 30/29
30DHP/30DHP+HOP= Diahopano/ Diahopano+Hop
NorH30/30 (NorH+Hop)= Norhop/Norhop+Hop
TS/(TS+TM) = C
27
18ααβ
%H34/35 = 100*(H34S+H34R)/( H35S+H35R)
%H31/32= 100*(H31S+H31R)/( H32S+H32R)
H32S/S+R = Hop 32αββ ( 22S/ 22S+22R) Terpanos
H33S/S+R = Hop 33αββ ( 22S/ 22S+22R) Terpanos
EST 21/22 C
21
/ C
22
Esteranos
% 27 aßßR&S (218) = C
27
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteranos
% 28 aßßR&S (218) = C
28
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteranos
% 29 aßßR&S (218) = C
29
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteranos
27/29BBS(218) = C
27
(R+S)/C
29
(R+S)) Esteranos
abb/abb+aaa = C
29
αββ(R+S)/[C
29
αββ(R+S)+C
29
ααα
(R+S)] Esteranos
S/S+R = C
29
ααα ( 20S/ 20S+20R) Esteranos
Parâmetros de Hidrocarbonetos Aromáticos
%C27iiMA= C
27
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β,10β(CH
3
)
%C28iiMA= C
27
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β,10β(CH
3
)
%C29iiMA= C
27
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β,10β(CH
3
)
C28/C29ii= C
28
(R+S)/C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β,10β(CH
3
)
C28/C28+C29ii= C
28
(R+S)/C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides (5β,10β(CH
3
)
%C27ivDMA= C
27
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β (CH
3
),10β
%C28ivDMA= C
28
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β (CH
3
),10β
%C29ivDMA= C
29
(R+S)/( C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides ( 5β (CH
3
),10β
21/28MA= C
21
/C
28
(R+S) Esteróides Monoaromáticos
Ma1/Ma1+Ma2=(C
21
+C
22
)/( C
21
+C
22
+C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) ( 5β,10β(CH
3
)
C26/28TA= C
26
/C
28
S Esteróides Triaromáticos
C27/28R = C
27
/C
28
R Esteróides Triaromáticos
TA1/TAI+TA2=(C
20
+C
21
)/( C
20
+C
21
+C
27
(R+S)+C
28
(R+S)+C
29
(R+S)) Esteróides Triaromáticos
TA20/20+28R=C
20
/ C
28
R Esteróides Triaromáticos
C28 (S/S+R) TA= C
28
20S/(C
28
20S+C
28
20R) Esteróides Triaromáticos
TA/MA+TA= C
28
20R/[C
29
20R(α+β)+C
28
20R] Esteróides (Mono+Tri )-Aromáticos
MNR= 2MN/1MN Isômeros de metilnaftaleno
DNR-1= (2,6DMN+2,7DMN)/1,5DMN Isômeros de dimetilnaftaleno
DMNr= 1,6 DMN/1,5 DMN Isômeros de dimetilnaftaleno
13+17/16DMN= 1,3+1,7DMN/ 1,6 DMN Isômeros de dimetilnaftaleno
TNR-1=2,3,6 TMN/ (1,4,6 TMN+1,3,5 TMN) Isômeros de trimetilnaftaleno
TNR-2=(1,3,7+2,3,6)TMN/(1,4,6+1,3,5+1,3,6)TMN Isômeros de trmetilnaftaleno
192
Anexo III Continuação
TNR3= (1,3,7+2,3,6)TMN/1,3,6TMN Isômeros de trimetilnaftaleno
TMNr= 1,3,7 TMN/ (1,3,7 TMN+1,2,5 TMN) Isômeros de trimetilnaftaleno
TeMNr=1,3,6,7 TeMN/ [1,3,6,7 TeMN+ (1,2,5,6+1,2,3,5) TeMN] Isômeros de tetrametilnaftaleno
3MP/PTot= isômero 3 MFen/ Fen Total
MFR=2MF/1MF
MF1= 1,89(2MF+3MF)/ F+ 1,26(1MF+9MF)
MF2=3(2MF)/(F+1MF+9MF)
1/2+3MF = isômero 1 MFen/Somatório de 2+3MF
PP-1= (1MF+9MF)/ (2MF+3MP)
FDMF= (2MF+3MF)/ (2MF+3MF+1MF+9MF)
Roeq=-0,166+(2,2424*FDMF)
DPR= (2,7+3,5+2,6)/(1,6+2,5+2,9+1,3+2,10+3,9+3,10)DMF
MDBT/MF= Somatório dos isômeros de MDBT (4+2+3+1)/ Somatório dos MF (2+3+9+1)
DBT/F= dibenzotiofeno / fenantreno
MDR=4MDBT/F
MDR1=1MDBT/DBT
MDR2-3= 2+3MDBT/DBT
MDR4= 4MDBT/DBT
MDR4,1= 4MDBT/1MDBT
SMDBT/DBT = Somatório dos isômeros de MDBT (4+2+3+1)/ DBT
MDBTI1 = 1,5 (4MDBT+2,3MDBT)/DBT+2,3MDBT+1MDBT
MDBTI3= (4MDBT+2,3MDBT)/(2,3MDBT+1 MD BT)
193
ANEXO IV: Exemplos de algumas das localidades onde foram realizadas as
amostragens, distribuição das amostras por províncias.
194
Poço Rio del Medio
Campos de
Boca de Jaruco
e
Puerto Escondido
Campo Cristales
Campo de Pina
Poço Rio del Medio
Campos de
Boca de Jaruco
e
Puerto Escondido
Campo Cristales
Campo de Pina
Poço Rio del Medio
Campos de
Boca de Jaruco
e
Puerto Escondido
Campo Cristales
Campo de Pina
195
W. DAGUILLA
LAS LAJAS
Mocho
Amostras da região mais Ocidental de Cuba
(Província de Pinar del Rio)
CINCO PESOS
Veio de Asfaltita
W. DAGUILLA
LAS LAJAS
Mocho
Amostras da região mais Ocidental de Cuba
(Província de Pinar del Rio)
CINCO PESOS
W. DAGUILLA
LAS LAJAS
Mocho
Amostras da região mais Ocidental de Cuba
(Província de Pinar del Rio)
CINCO PESOS
Veio de Asfaltita
196
CALETA BUENA
Amostra do Ocidente (Matanzas)
Asfalto retir a do
Asfalto retirado
CALETA BUENA
Amostra do Ocidente (Matanzas)
Asfalto retir a do
Asfalto retirado
197
Bota Fora da mina
Mina Talarén ( po ço mais perto da região da cole ta
Mina Talarén
Mina 6 de Febrero
Limpio grande
Amostras do centro do pa is (Sancti Spiritus)
Bota Fora da mina
Mina Talarén ( po ço mais perto da região da cole ta
Mina Talarén
Mina 6 de Febrero
Limpio grande
Amostras do centro do pa is (Sancti Spiritus)
198
SANTA CLARITA
(Provincia Villa Clara)
MINA E L OI SA
LA SALCHICHA
(Provincia Ciego de Avila)
Amostras da Região Central de Cuba
Exudação de óleo
Margarita
Sta. Clara
199
Amostras da Região Oriental (província de Las T unas)
Óleo tanto na água d o rio, e na s rochas. A mostra de San Antonio
Zona de Falha
Exudação de Ó l eo. Amost ra de Maniabó n
Óleo s obrenada n te
Amostras da Região Oriental (província de Las T unas)
Óleo tanto na água d o rio, e na s rochas. A mostra de San Antonio
Zona de Falha
Exudação de Ó l eo. Amost ra de Maniabó n
Amostras da Região Oriental (província de Las T unas)
Óleo tanto na água d o rio, e na s rochas. A mostra de San Antonio
Zona de Falha
Exudação de Ó l eo. Amost ra de Maniabó n
Óleo s obrenada n te
200
La Anguila
Holgui n
Óleo em fraturas
das rochas que
o poço cortou
quando foi
perfurado
Óleo sobre
a agua
Manchas de óleo na tampa
da lata ao utiliza-la para
pegar a amostra.
LA HOYETA
Rochas
impregnadas
de óle o
Óleo saindo
das fraturas da
rocha
Santa Barbara
Lata para tirar
a agua.
manchado de
óleo.
Poço
criollo
reaberto
de 5 m
de
profu ndi da
de e 1. 5 m
de
diámetro
Balde manchado de óleo
Tampa do poço manchada
Interior do po
Interior do po
Interior do po
ç
ç
ç
o. Pel
o. Pel
o. Pel
í
í
í
cula de
cula de
cula de
ó
ó
ó
leo sobre a
leo sobre a
leo sobre a
á
á
á
gua
gua
gua
Amostras da Região
mais Oriental
(Província de Holguín)
La Anguila
Holgui n
Óleo em fraturas
das rochas que
o poço cortou
quando foi
perfurado
Óleo sobre
a agua
Manchas de óleo na tampa
da lata ao utiliza-la para
pegar a amostra.
Manchas de óleo na tampa
da lata ao utiliza-la para
pegar a amostra.
LA HOYETA
Rochas
impregnadas
de óle o
Rochas
impregnadas
de óle o
Óleo saindo
das fraturas da
rocha
Óleo saindo
das fraturas da
rocha
Óleo saindo
das fraturas da
rocha
Santa Barbara
Lata para tirar
a agua.
manchado de
óleo.
Lata para tirar
a agua.
manchado de
óleo.
Poço
criollo
reaberto
de 5 m
de
profu ndi da
de e 1. 5 m
de
diámetro
Poço
criollo
reaberto
de 5 m
de
profu ndi da
de e 1. 5 m
de
diámetro
Balde manchado de óleo
Tampa do poço manchada
Balde manchado de óleo
Tampa do poço manchada
Interior do po
Interior do po
Interior do po
ç
ç
ç
o. Pel
o. Pel
o. Pel
í
í
í
cula de
cula de
cula de
ó
ó
ó
leo sobre a
leo sobre a
leo sobre a
á
á
á
gua
gua
gua
Amostras da Região
mais Oriental
(Província de Holguín)
201
Anexo V: Cromatogramas (CG/DIC e cromatogramas de mass as da fração de
saturados analisados nas amostras em estudo ( TIC, m/z 191 e m/z 217)
202
Rio del medio
J
M
O
K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
N
m/z 217
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 191
CG/D IC
nC8
nC9
nC10
nC11
nC12
nC13
nC14
nC15
nC16
nC17
nC18
Fit
Pr is t
nC19
nC20
nC21
nC22
nC23
nC24
nC25
nC26
nC27
nC28
nC29
nC30
nC31
nC32
nC33
nC34
nC35
nC36
nC37
Rio del medio
J
M
O
K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
N
J
M
O
K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
N
m/z 217
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 191
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 191
CG/D IC
203
Puerto Escondido 2
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
J
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
E
I
M
m/z 217
m/z 191
CG/DIC
204
Brujo 1
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
J
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
M
nC8
nC9
nC10
nC11
nC12
nC13
nC14
nC15
nC16
nC17
Prist.
nC18
Fit.
nC19
nC20
nC21
nC22
nC23
nC24
nC25
nC26
nC27
nC28
nC29
nC30
nC31
m/z 217
m/z 191
CG/DIC
Brujo 1
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
205
Cristales 41
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 191
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
M
CG/DIC
m/z 217
206
San Marco 2
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
J
N
O
K
L
P
Q
RS
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
M
CG/DIC
m/z 191
m/z 217
San Marco 2
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
207
Las Lajas
I
N
O
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
M
J
E
H
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 191
m/z 217
nC1 2
nC1 3
nC1 4
nC1 5
nC1 6
nC1 7
Pr i st .
nC1 8
Fi t.
nC1 9
nC2 0
CG/DI C
Las Lajas
I
N
O
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
M
J
E
H
I
N
O
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
M
J
E
H
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
208
Farola Socorro
nk
l
m
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
A
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
VW
XYZ
F
G
I
D
C
B
M
I
E
m/z 191
CG/DIC
m/z 217
209
San Miguel de los Baños
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
M
I
m/z 19 1
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 21 7
CG/DI C
San Miguel de los Baños
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
M
I
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
VW
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
M
I
m/z 19 1
210
La Amada
211
Santa Clarita 2
b
a
I
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
E
J
M
m/z 217
m/z 191
CG/DIC
Santa Clarita 2
212
Sábalo
D
C
B
A
E
I
R
CG/DIC
m/z 191
m/z 217
Sábalo
D
C
B
A
E
I
R
D
C
B
A
E
I
R
CG/DIC
m/z 191
m/z 217
213
Santa. Gertrudis
214
La Anguila
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
D
C
B
A
F
G
CG/DIC
m/z 191
m/z 217
R
J
I
N
215
216
W Daguilla
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 217
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
M
CG/DIC
nC12
nC13
nC14
nC1 5
nC1 6
nC17
Prist
nC1 8
Fit
nC1 9
nC20
m/z 191
W Daguilla
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
m/z 217
J
N
O
K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
M
J
N
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K
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
F
G
H
D
C
B
A
E
I
M
CG/DIC
nC12
nC13
nC14
nC1 5
nC1 6
nC17
Prist
nC1 8
Fit
nC1 9
nC20
nC12
nC13
nC14
nC1 5
nC1 6
nC17
Prist
nC1 8
Fit
nC1 9
nC20
m/z 191
217
Holguín
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
J
N
O
KL
P
Q
R
S
TU
V
W
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
E
H
I
M
m/z 217
m/z 191
CG/DIC
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
J
N
O
KL
P
Q
R
S
TU
V
W
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
E
H
I
M
J
N
O
KL
P
Q
R
S
TU
V
W
X
Y
Z
F
G
D
C
B
A
E
H
I
M
m/z 217
m/z 191
CG/DIC
218
El Morrillo
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
I
N
O
J
L
P
Q
R
F
G
H
D
C
B
A
E
M
m/z 217
m/z 191
CG/ DIC
El Morrillo
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
l
m
n
k
j
i
h
g
f
e
d
c
b
a
I
N
O
J
L
P
Q
R
F
G
H
D
C
B
A
E
M
I
N
O
J
L
P
Q
R
F
G
H
D
C
B
A
E
M
m/z 217
m/z 191
CG/ DIC
219
ANEXO VI: Cromatogramas de massas dos biomarcadores
aromáticos (m/z 253 e m/z 231) das amostras mais representativas de cada
família.
220
20.00 40.00 60.00 80. 00 100.00 120.00
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
1000000
1100000
1200000
1300000
1400000
1500000
1600000
1700000
1800000
1900000
2000000
Time-->
A
bundance
TIC : M0203571.D
Rio del Medio
60.00 65.00 70.00 75.00 80.00 85.00 90.00
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
55000
60000
65000
70000
75000
80000
85000
90000
95000
Time-->
A
bundance
Ion 231.00 (230.70 to 231.70) : M0203571.D
16
17
18
19
20
21
22
30.00 35.00 40.00 45.00 50.00 55.00 60.00 65.00 70 .00 75.00 80. 00
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
24000
Tim e-- >
A
bundance
Ion 253.00 (252.70 to 253.70) : M0203 571.D
1
2
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
4
m/z 253
TIC
m/z 231
20.00 40.00 60.00 80. 00 100.00 120.00
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
1000000
1100000
1200000
1300000
1400000
1500000
1600000
1700000
1800000
1900000
2000000
Time-->
A
bundance
TIC : M0203571.D
20.00 40.00 60.00 80. 00 100.00 120.00
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
1000000
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A
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A
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A
bundance
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A
bundance
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A
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12
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15
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m/z 253
TIC
m/z 231
m/z 253
TIC
m/z 231
TIC
m/z 231
221
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A
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A
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A
bundance
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2600
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A
bundance
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223
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A
bundance
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A
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A
bundance
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22
1
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m/z 253
TIC
m/z 231
Cristales 41
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Time-->
A
bundance
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A
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A
bundanc e
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A
bundance
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A
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224
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A
bundance
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A
bundance
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Tim e -- >
A
bundance
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225
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A
bundance
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Time-->
A
bundance
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Time- ->
A
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22
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A
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226
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A
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A
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A
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A
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Farola Socorro
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A
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A
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227
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TIC
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A
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A
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A
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A
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A
bundance
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231
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400
600
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2000
2200
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Tim e-->
A
bundance
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232
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A
bundance
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A
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Tim e-->
A
bundance
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17
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20
21
22
TIC
m/z 253
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La Anguila
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A
bundance
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Tim e - ->
A
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Tim e - ->
A
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A
bundance
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Tim e-->
A
bundance
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Tim e-->
A
bundance
Ion 231.00 (230. 70 to 231.70): M0702923. D
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10500
Tim e-->
A
bundance
Ion 231.00 (230. 70 to 231.70): M0702923. D
16
17
18
19
20
21
22
TIC
m/z 253
m/z 231
TIC
m/z 253
m/z 231
La Anguila
233
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1000
1500
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Time-->
A
bundance
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1400
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Tim e-->
A
bundance
Ion 231.00 (230.70 t o 231.70): M 0701395.D
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0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
Time-->
A
bundance
Ion 253.00 (252.70 t o 253.70): M0701395.D
12
m/z 253
TIC
m/z 231
Angelita
20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
5500
6000
6500
7000
7500
8000
8500
9000
9500
10000
Time-->
A
bundance
TIC: M0701395.D
20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00
234
20.00 40.00 60. 00 80.00 100.00 120.00
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
220000
240000
260000
280000
Time-->
A
bundance
TIC: M0702700.D
235
30.00 35 .00 40. 00 45.00 50.00 55.00 60.00 65.00 70.00 75.0 0 80.00
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
24000
Tim e -->
A
bundance
Ion 253.00 (252.70 to 253 .70): M0702925.D
1
2
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
4
30.00 35 .00 40. 00 45.00 50.00 55.00 60.00 65.00 70.00 75.0 0 80.00
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
24000
Tim e -->
A
bundance
Ion 253.00 (252.70 to 253 .70): M0702925.D
1
2
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
4
30.00 35 .00 40. 00 45.00 50.00 55.00 60.00 65.00 70.00 75.0 0 80.00
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
24000
Tim e -->
A
bundance
Ion 253.00 (252.70 to 253 .70): M0702925.D
30.00 35 .00 40. 00 45.00 50.00 55.00 60.00 65.00 70.00 75.0 0 80.00
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
24000
Tim e -->
A
bundance
Ion 253.00 (252.70 to 253 .70): M0702925.D
236
20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
220000
240000
260000
280000
300000
320000
340000
360000
380000
Time-->
A
bundance
TIC: M0702708.D
237
ANEXO VII: Cromatogramas de massas dos HAPs que brindaram
informação geoquímica. DMN (m/z 156), TeMNs e DBT (m/z 184), PMN e MDBT
(m/z 198) e MF (m/z 19 2)
238
Rio del Medio
33 34 35 36 37 38 39 40
0
10000
2
0000
3
0000
4
0000
5
0000
6
0000
m/z 156
26
27
33
29
30
31
32
34
50 51 5
2
53 54 55 56 5
7
58 59 60
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
239
33 34 3
5
36 37 38 39 40
0
100
2
00
3
00
4
00
5
00
6
00
7
00
8
00
9
00
m/z 156
29
26
27
33
31+
28
30
32
34
Puerto Escondido.2
60 62 64 66 68 70 72
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
240
Brujo 1
34. 00 34. 50 35. 00 35. 50 36. 00 36. 50 37. 00 37. 50 38. 00 38. 50 39. 00 39. 50 40. 00
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
33
32
31
30
29
28
27
26
m/z 156
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
7
000
8
000
9
000
51
50
49
48
46
m/ z
184
84
47
241
Cristales 41
33 34 35 36 37 38 39 40
- 5000
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
4
0000
4
5000
5
0000
5
5000
26
27
33
31+
28
29
30
32
34
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
m/z 184
m/z 198
85
86
87
45
48
49
47
46
56
53
84
44
52
50
51
54
55
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
- 10000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
m/z 192
58
59
60
61
67. 50 68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 00
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
Cristales 41
33 34 35 36 37 38 39 40
- 5000
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
4
0000
4
5000
5
0000
5
5000
26
27
33
31+
28
29
30
32
33 34 35 36 37 38 39 40
- 5000
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
4
0000
4
5000
5
0000
5
5000
26
27
33
31+
28
29
30
32
34
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
m/z 184
m/z 198
85
86
87
45
48
49
47
46
56
53
84
44
52
50
51
54
55
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
- 10000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
m/z 192
58
59
60
61
67. 50 68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 00
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
242
m/z 184
San Marco 2
m/z 156
32 33 34 35 36 37 38 39 40
0
100
2
00
3
00
4
00
5
00
6
00
7
00
8
00
26
27
28
29
3231+
33
30
34
60 61 6
2
63 64 65 66 67 68 69 70 71 7
2
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
m/z 198
85
86
87
56
55
53 54
68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 0
0
0
10000
2
0000
3
0000
4
0000
5
0000
6
0000
7
0000
m/z
192
58
59
61
50
5
1
52
53
5
4
55
56
57
58
59
60
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
45
48
49 51
52
84
44
46
47
50
60
m/z 184
San Marco 2
m/z 156
32 33 34 35 36 37 38 39 40
0
100
2
00
3
00
4
00
5
00
6
00
7
00
8
00
26
27
28
29
3231+
33
30
34
32 33 34 35 36 37 38 39 40
0
100
2
00
3
00
4
00
5
00
6
00
7
00
8
00
26
27
28
29
3231+
33
30
34
60 61 6
2
63 64 65 66 67 68 69 70 71 7
2
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
m/z 198
85
86
87
56
55
53 54
60 61 6
2
63 64 65 66 67 68 69 70 71 7
2
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
m/z 198
85
86
87
56
55
53 54
68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 0
0
0
10000
2
0000
3
0000
4
0000
5
0000
6
0000
7
0000
m/z
192
58
59
61
68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 0
0
0
10000
2
0000
3
0000
4
0000
5
0000
6
0000
7
0000
m/z
192
58
59
61
50
5
1
52
53
5
4
55
56
57
58
59
60
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
45
48
49 51
52
84
44
46
47
50
50
5
1
52
53
5
4
243
Las Lajas
3
4
35
36
3
7
38
39
4
0
40
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
m/z 156
26
27
28
29
32
31
33
30
m/z 198
60
6
1
6
2
63
6
4
65
66
6
7
68
69
7
0
71 7
2
-5000
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
4
0000
4
5000
5
0000
5
5000
85
86
87
53
56
54
55
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
2
0000
m/z 184
84
44
45
48
49
51
50
52
46
47
m/z 192
67. 50 68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 00
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
7
000
8
000
58
59
60
61
Las Lajas
3
4
35
36
3
7
38
39
4
0
40
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
m/z 156
26
27
28
29
32
31
33
30
3
4
35
36
3
7
38
39
4
0
40
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
m/z 156
26
27
28
29
32
31
33
30
m/z 198
60
6
1
6
2
63
6
4
65
66
6
7
68
69
7
0
71 7
2
-5000
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
4
0000
4
5000
5
0000
5
5000
244
Farola Socorro
33 34 35 36 37 38 39 4
0
0
100
2
00
3
00
4
00
5
00
6
00
7
00
8
00
m/z 156
26
27
33
31
28 29
30
32
34
50 51 5
2
53 54 55 56 57 5
8
59 60
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
m/z 184
45
48
49
47
46
84
44
52
50
51
60 61 6
2
63 64 65 66 67 68 6
9
70 71 7
2
0
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140
160
180
2
00
2627
32
33
31
28
30
29
34 35 36 37 38 39 40
40
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2627
32
33
31
28
30
29
59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
150
2
00
2
50
3
00
3
50
4
00
4
50
5
00
5
50
6
00
m/z 198
54
86
56
85
53
55
87
50 51 5
2
53 54 5
5
56 5
7
58 59 60
50
100
150
2
00
2
50
3
00
3
50
4
00
m/z 184
45
48
49
51
52
84
44
50 51 5
2
53 54 5
5
56 5
7
58 59 60
50
100
150
2
00
2
50
3
00
3
50
4
00
m/z 184
45
48
49
51
52
84
44
67. 5 0 68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 0
0
150
2
00
2
50
3
00
3
50
4
00
4
50
m/z 192
58
59
60
61
67. 5 0 68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 0
0
150
2
00
2
50
3
00
3
50
4
00
4
50
m/z 192
58
59
60
61
251
Angelita
m/z 156
34. 50 35. 00 35. 50 36.00 36. 50 37. 00 37. 50 38. 00 38. 50 39. 00 39. 50 40. 00
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
26
27
33
28
29
30
31
32
m/z 184
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
0
10 00
20 00
30 00
40 00
50 00
60 00
70 00
45
48 49
46
84
44
5150
60 61 6
2
63 64 65 66 6
7
68 69 70
0
500
1000
1500
2
000
2
500
3
000
3
500
4
000
4
500
5
000
5
500
m/z 198
53
85
86
55
87
56
67. 50 68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 0 0 71. 5 0 72. 00
100
150
2
00
2
50
3
00
3
50
4
00
4
50
5
00
5
50
6
00
6
50
7
00
m/z 192
58
59
60
61
Angelita
m/z 156
34. 50 35. 00 35. 50 36.00 36. 50 37. 00 37. 50 38. 00 38. 50 39. 00 39. 50 40. 00
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
26
27
33
28
29
30
31
32
34. 50 35. 00 35. 50 36.00 36. 50 37. 00 37. 50 38. 00 38. 50 39. 00 39. 50 40. 00
60
80
100
120
140
160
180
2
00
2
20
2
40
2
60
26
27
33
28
29
30
31
32
m/z 184
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
0
10 00
20 00
30 00
40 00
50 00
60 00
70 00
45
48 49
46
84
44
5150
m/z 184
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
0
10 00
20 00
30 00
40 00
50 00
60 00
70 00
45
48 49
46
84
44
5150
60 61 6
2
63 64 65 66 6
7
68 69 70
0
500
1000
1500
2
000
2
500
3
000
3
500
4
000
4
500
5
000
5
500
m/z 198
53
85
86
55
87
56
60 61 6
2
63 64 65 66 6
7
68 69 70
0
500
1000
1500
2
000
2
500
3
000
3
500
4
000
4
500
5
000
5
500
252
W. Daguilla
m/z 156
34 35 36 37 38 39 4
0
50
60
70
80
90
100
110
120
26
27
29
32
33
31
30
28
34
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
m/z 198
85
86
87
56
55
53
54
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
0
200
400
600
800
100 0
120 0
140 0
160 0
180 0
200 0
m/z 184
45
48
49
51
50
52
47
46
84
44
68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 0
0
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
2
0000
2
2000
m/z 192
58
59
60
61
W. Daguilla
m/z 156
34 35 36 37 38 39 4
0
50
60
70
80
90
100
110
120
26
27
29
32
33
31
30
28
34
m/z 156
34 35 36 37 38 39 4
0
50
60
70
80
90
100
110
120
26
27
29
32
33
31
30
28
34 35 36 37 38 39 4
0
50
60
70
80
90
100
110
120
26
27
29
32
33
31
30
28
34
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
253
Holguín
34 35 36 37 38 39 40
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
m/z 156
26
27
32
33
31
28+29
34
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
254
El Morrillo
33 34 35 36 37 38 39 4
0
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
7
000
m/z 156
26
27
28
29
3231
30
33
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
m/z 198
85
86
87
53
55
54
56
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
m/z 184
84
44
45
48
49
51
50
46
47
52
68. 00 68. 50 69. 00 69. 50 70. 00 70. 50 71. 00 71. 50 72. 00
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
2
0000
2
2000
m/z 192
58
59
60
61
El Morrillo
33 34 35 36 37 38 39 4
0
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
7
000
m/z 156
26
27
28
29
3231
30
33
33 34 35 36 37 38 39 4
0
0
1000
2
000
3
000
4
000
5
000
6
000
7
000
m/z 156
26
27
28
29
3231
30
33
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
m/z 198
85
86
87
53
55
54
56
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
3
5000
m/z 198
85
86
87
53
55
54
56
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
0
5000
10000
15000
2
0000
2
5000
3
0000
255
a)
Equivalência da Roeq, para os diferentes parâmetros geoquímicos dos
biomarcadores saturados e aromáticos. Adaptado de PETERS
et al. (2005)
b)
Equivalência da Roeq, para os diferentes parâmetros geoquímicos dos HPAs
Anexo VIII: Reflectância de vitrinita equivalente, (Roeq) para os diferentes parâmetros
geoquímicos.
Terpanos
Esteranos
Est eroides
Ar om át i cos
0.4
0.5 0.6 0.7 0. 9 1.3 2. 0
Ro%
Quantidad e
Etapas da
gera
ç
ao
do
ó
leo
III
III
IV
V
Legenda
I Im aturo
II Inicio
III Pico de geraç ão
IV Tardio
V Condens ado e Gás
umido
ββ/(ββ+αβ+βα) Hopanos
0
60
22S/(22S +2 2R) C32 Ho pa nos
5
Βα/(βα+αβ)C30 hopanos
10
0
Ts/(Ts+Tm)
100
Tric/ (tric + 17αhopanos )
10 18β/(β+α) Oleanano
55 20S/ (20S +2 0R) C29 Esteran os
25
70
Ββ/(ββ+αα) C29 Esteranos
100
Diast/ (Diast+ Est. Reg)
100
TA28/(TA28+MA29)
10
10
60
60
100
10
0
MA(I)/MA(I+II)
TA(I )/TA(I+I I)
(30) (83)
(100)
TA( C20/(C20+C28, 20R))
Terpanos
Esteranos
Est eroides
Ar om át i cos
0.4
0.5 0.6 0.7 0. 9 1.3 2. 0
Ro%
Quantidad e
Etapas da
gera
ç
ao
do
ó
leo
III
III
IV
V
Legenda
I Im aturo
II Inicio
III Pico de geraç ão
IV Tardio
V Condens ado e Gás
umido
0.4
0.5 0.6 0.7 0. 9 1.3 2. 0
Ro%
Quantidad e
Etapas da
gera
ç
ao
do
ó
leo
III
III
IV
V
Legenda
I Im aturo
II Inicio
III Pico de geraç ão
IV Tardio
V Condens ado e Gás
umido
ββ/(ββ+αβ+βα) Hopanos
0
60
22S/(22S +2 2R) C32 Ho pa nos
5
Βα/(βα+αβ)C30 hopanos
10
0
Ts/(Ts+Tm)
100
Tric/ (tric + 17αhopanos )
10 18β/(β+α) Oleanano
55 20S/ (20S +2 0R) C29 Esteran os
25
70
Ββ/(ββ+αα) C29 Esteranos
100
Diast/ (Diast+ Est. Reg)
100
TA28/(TA28+MA29)
10
10
60
60
100
10
0
MA(I)/MA(I+II)
TA(I )/TA(I+I I)
(30) (83)
(100)
TA( C20/(C20+C28, 20R))
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