Revisão bibliográfica 6
Os ésteres derivados da celulose foram e são polímeros importantes há
quase dois séculos. Apesar de seu longo histórico, há uma substancial atividade de
pesquisa em torno dos ésteres de celulose, procurando novas maneiras de
aumentar seu desempenho, até maneiras criativas de explorá-los em aplicações
comerciais. (Edgar et al., 2001)
Os ésteres derivados da celulose mais comuns são: acetato de celulose (CA),
acetato butirato de celulose (CAB), acetato propionato de celulose (CAP). As
aplicações destes ésteres requerem propriedades físicas, química e estrutural
diferente, que podem ser controladas através de manipulação da estrutura do
polímero, incluindo o grau de substituição, índice da hidroxila e comprimento da
cadeia. (Edgar et al., 2001)
Dentre os ésteres aqui citados, o acetato de celulose é o mais comercializado
por ser um polímero amorfo, não tóxico e inodoro. Este foi primeiramente sintetizado
por P. Schutzenberger em 1865 pelo aquecimento da celulose com ácido acético
sob pressão. Em 1879, A. P. N. Franchimont adicionou ácido sulfúrico como
catalisador para promover a sua esterificação, sendo este processo utilizado até os
dias atuais. (Oliveira, 2002)
O derivado da celulose acetato propionato de celulose tem sido produzido nos
últimos anos, para numerosas aplicações. As propriedades funcionais deste
polímero diferem da celulose devido ao grau de substituição dos grupos hidroxila por
grupos acetato e propionato na unidade repetitiva da celulose. Em função da
substituição dos grupos hidroxilas o CAP apresenta uma resistência térmica
comparada à celulose. (Yu, 1998; Edgar et al., 2001)
Os ésteres derivados de celulose têm mudado nosso cotidiano por várias
décadas com importantes aplicações na área médica, agricultura e engenharia.
(Lima et al., 2006)
Os derivados de celulose têm se mostrado muito eficaz na indústria
farmacológica visto que são uma classe de polímeros solúveis em diferentes
solventes orgânicos e também em soluções aquosas, o que facilita seu
processamento. (Lima et al., 2006)
Na indústria farmacêutica existe um interesse crescente em sistemas de
liberação controlada de fármacos, visto que estes sistemas superam várias
limitações da administração convencional que, geralmente estão associados à
liberação imediata. Para controlar a liberação destes fármacos utilizam-se tanto