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importância filogenética e, também, devido ao desenvolvimento tecnológico para a
inseminação artificial em crustáceos (SUBRAMONIAM, 1993; DIAZ et al., 2002).
Microscopicamente, a parede dos ductos estão formadas por um epitélio
glandular (VERDI e DELGADO, 1998; DIAZ et al., 2002; MORIYASU et al., 2002;
WANG et al., 2002; GARCIA e SILVA, 2006). Esse epitélio está revestido por um
tecido conjuntivo (DIAZ et al., 2002; YILONG e QIKUN, 1997). Entretanto, em
algumas espécies, esse epitélio está revestido por células musculares (VERDI e
DELGADO, 1998). Em outras espécies de crustáceos, existe uma camada muscular,
que pode estar localizada entre o epitélio e o tecido conjuntivo ou, ainda, após o tecido
conjuntivo (YILONG e QIKUN, 1997; ADIYODI e ANILKUMAR, 2002; GARCIA e
SILVA, 2006). O epitélio dos ductos deferentes apresentam várias funções tais como, o
transporte e manutenção de um ambiente propício para os gametas, e a produção de uma
capa protetora, formando o espermatóforo (DIAZ et al., 2002; GARCIA e SILVA,
2006).
Os ductos deferentes podem ser diferenciado em várias regiões, dependendo da
espécie estudada (McLAUGHLIN, 1983). Para a espécie Litopenaeus setiferus, foram
diferenciadas quatro regiões denominadas de I, II, III e IV, sendo que a região IV
também é denominada de ampola terminal (KING, 1948). Já para a espécie Penaeus
kerathurus, os ductos deferentes foram divididos em três regiões funcionalmente
distintas, sendo elas média (ascendente e descendente), distal e ampola terminal
(MALEK e BAWAB, 1974a). Em estudos realizados nas espécies Macrobrachium
nipponense (QIU et al., 1997), Metapenaeus ensis (WANG et al., 2002),
Aristaeomorpha foliacea (TUNESI, 1987) e Aristeus foliacea (ORSI-RELINI e
TUNESI, 1987) os ductos deferentes estão constituídos por três regiões distintas, sendo
denominadas de regiões anterior, media e posterior ou ampola. Para a espécie Diogenes
pugilator, foram descritas mais de oito regiões distintas dos ductos deferentes
(MANJON-CABEZA e RASO, 2000).
Nas espécies de crustáceos Goniopsis cruentata (GARCIA e SILVA, 2006) e
Cancer borealis (MORIYASU et al., 2002) os ductos deferentes apresentam-se dividido
em duas regiões distintas. Para a espécie Goniopsis cruentata, os ductos deferentes
apresentam a primeira região, proximal, constituída por epitélio pavimentoso, e epitélios
cilíndricos nas regiões média e distal. Na segunda região o epitélio glandular é cúbico
simples e torna-se cilíndrico ao se aproximar do gonóporo. Nesta espécie o
espermatóforo está totalmente maduro próximo ao gonóporo (GARCIA e SILVA,