![](bg3.jpg)
170
Caracterização dos ecossistemas florestais e de
áreas manejadas com cultivo do dendê
a) a floresta natural ou primária,
circunda quase que completamente o
plantio de dendezeiro e perdura em
duas “Reservas Florestais” iniciadas
pela EMBRAPA e em poucos locais do
platô B que não foram ainda
desmatados, mas que estão previstos
transformar-se em dendezal nos próxi-
mos anos;
b) a “floresta mexida”, situada
entre os dois planos, que cobre uma su-
perfície importante. Foi derrubada par-
cialmente com motoserra e não maneja-
da. O resultado é um mosaico de bos-
ques de floresta natural, com as espéci-
es típicas, e de aberturas que as pionei-
ras invadiram;
c) as capoeiras cujo aspecto ge-
ral varia segundo a data do
desmatamento, isto é a idade, e o tipo
de tratamento. Distiguimos assim capo-
eiras de 12 anos (1986) que receberam
um tratamento mecânico: derrubada,
aleiramento, retirada da camada orgânica e queimada, e uma de 8 anos, em
1990, que foi desmatada com motoserra sem queimada, sendo incorporada ao
solo todo o material vegetal cortado. Essas capoeiras persistem porque não fo-
ram utilizadas até hoje por razões diversas.
3. OBJETO DA PESQUISA
Esse projeto foi fundamentado na necessidade de ampliar o conheci-
mento sobre a floresta e sua dinâmica por meio do estudo das diferentes comu-
nidades florísticas, detecção de espécies resistentes aos impactos ambientais e
caracterização física, química e biológica dos solos para viabilizar o manejo
visando a sustentabilidade ecológica e econômica do dendê na Amazônia. Essa
contribuição visa uma melhor utilização do espaço e diminuição do
desmatamento nas áreas de floresta primária.
O dendezeiro é uma espécie da região tropical sendo a mais produtiva
de todas as plantas oleaginosas (4 a 6 toneladas de óleo/hectare/ano). Seu óleo
apresenta ampla utilização na indústria de alimentos, farmacêutica e química,
além de seu potencial com fonte de energia alternativa, capaz de substituir o
óleo diesel. Ressalta-se ainda, sua condição de planta perene, com longo perío-
do de exploração econômica, aproximadamente 25 anos, e produção distribuí-
da durante todo ano, o que implica em utilização intensiva e contínua de mão-
de-obra, contribuindo, desta forma, para fixação do homem do campo.
Fig. 1 – Estação Experimental do rio
Urubu – (EERU – Embrapa), Rio Preto
da Eva – AM. Fonte: INPE