Para enfrentar os concorrentes, em níveis de rivalidade, utiliza-se de táticas
como a de competição de preços, golpes de publicidades, lançamento de produtos e/ou
garantias aos clientes, em uma corrida por posição no mercado. Para a maioria das
indústrias, esses movimentos competitivos têm efeitos notáveis em seus concorrentes,
onde “esse padrão de ação e reação pode, ou não, permitir que a empresa iniciante e a
indústria como um todo, se aprimorem” (Porter, 1991, p. 34), o que as tornam
mutuamente dependentes. Para empresas do ramo siderúrgico, a garantia aos clientes
oferecidas por determinada empresa, sendo em termos de qualidade do produto e
tempo de entrega, é o seu diferencial competitivo.
A rivalidade é conseqüência da interação de vários fatores estruturais. Um
desses fatores refere-se ao grande número existente de empresas concorrentes,
nacionais e estrangeiras, sendo estas aproximadamente iguais em porte e poder. O
crescimento lento do setor é outro fator a ser considerado, onde a concorrência por
parcela de mercado pode propiciar lutas com idéias de expansão. As divergências
quanto a estratégias, origens e “personalidades” entre os rivais, é também um fator que
pode dificultar na tentativa de decifrar com exatidão as intenções dos outros
concorrentes.
Todas as empresas em uma indústria estão competindo, em termos amplos, com
indústrias que fabricam produtos substitutos (Porter, 1991), isto é, produtos
diferentes, mas que desempenham funções similares ou equivalentes. O potencial de
um setor pode ser limitado ao se substituir produtos, ou ao se estabelecer um teto para
preços que determinada empresa possa praticar. Porte (1998) lembra que quanto mais
atrativo for o trade-off preço/desempenho oferecido pelo produto substituto, mais
firmemente colocada estará a tampa sobre o potencial de lucros do setor.
Os clientes ou compradores, sendo eles consumidores ou compradores
industriais e comerciais, competem com a indústria - às custas de sua rentabilidade - de
três formas: ao forçar os preços para baixo, barganhando qualidade, e jogando os
concorrentes uns contra os outros, quando os produtos que o cliente compra do setor
forem padronizados e não diferenciados (Porter, 1991).
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