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Campanha Nacional de Vacinação de AdultosCampanha Nacional de Vacinação de Adultos
Contra Rubéola e Sarampo - Costa Rica, 2001Contra Rubéola e Sarampo - Costa Rica, 2001
Em 1999, em Costa Rica, ocorreu um extenso surto de rubéola entre pessoas de 15-45
anos de idade. Como resposta, o Ministério da Saúde adotou a meta de eliminação da
rubéola e síndrome da rubéola congênita (SRC). Em 2001. Uma campanha nacional de
vacinação alcançou aproximadamente 1,6 milhões (>95%) de pessoas com idade de
15-39 anos. Este relatório destaca os aspectos de êxito da campanha incluindo o
planejamento efetivo, cooperação entre os ministérios do governo, mobilização social, o
uso de equipes de vacinação casa-a-casa, relatórios diários de cobertura da equipe
local, monitoramento da segurança da vacina, e estratégias par garantir um suprimento
de sangue suficiente para a nação. Esta campanha fortalecerá a erradicação do
sarampo e levará a eliminação da rubéola e SRC na Costa Rica.
Na Costa Rica, a vacina contra o sarampo foi introduzida em 1967, a vacina combinada
sarampo-rubéola (MR em 1972, e a vacina contra sarampo-caxumba-rubéola (MMR) em
1986 como uma dose única para crianças de 12 meses de idade. Desde 1992, uma
segunda dose da vacina MMR tem sido recomendada para crianças de 7 anos de idade,
e campanhas nacionais foram realizadas em 1992 (tendo como alvo crianças de 1-4
anos), 1997 ( tendo como alvo crianças de 1-14 anos), e 1999 (tendo como alvo
crianças de 7-14 anos de idade (Figura 1) (1). Em 1996, um inquérito sorológico
nacional indicou que a imunidade contra rubéola estava mais baixa (46%) entre pessoas
de 15-24 anos (2). Em 1999, um surto de rubéola, no qual 906 (84%) dos 1.083 casos
ocorreram entre pessoas de 15-45 anos de idade, solicitando uma campanha com MMR
entre crianças de 7-14 anos (figura 2).
Com base nos dados específicos a idade sobre a incidência da rubéola, as taxas de
fertilidade idade-específicas, e o risco de SRC durante a gravidez, 30 casos de SRC foram
projetados para ocorrer após o surto de 1999. Em resposta, O ministério da Saúde
implementou um programa nacional de eliminação da rubéola e SRC que incluiu a
vacinação com MMR* para pessoas de 15-39 anos de idade, de acordo com as
recomendações da Organização Mundial de Saúde (3-5). A vacina contendo o
componente sarampo foi usada nesta campanha para manter a eliminação do sarampo
na Costa Rica. O último caso confirmado de sarampo foi notificado em setembro de
1999.
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Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
Em: 01/04/2002
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Figura 1. Percentagem de cobertura vacinal com vacinas contendo oFigura 1. Percentagem de cobertura vacinal com vacinas contendo o
componente sarampo e rubéola entre crianças de 1 ano de idade e taxa decomponente sarampo e rubéola entre crianças de 1 ano de idade e taxa de
casos de sarampo e rubéola notificados*, por ano –Costa Rica, 1975 – 2000.casos de sarampo e rubéola notificados*, por ano –Costa Rica, 1975 – 2000.
Durante o mês de maio de 2001, o Ministério da Saúde e o Sistema de Seguridade
Social colaboraram para vacinar >95% da população adulta. Os ministérios da
educação e trabalho, união dos trabalhadores, líderes religiosos, associações
comunitárias, federação dos estudantes, representantes da universidade, empresários, e
os governos locais assistiram com mobilização social e comunicação. Durante as 2
semanas precedentes à campanha de vacinação, jornais, estações de rádio, e televisão
informaram os adultos alvo sobre a importância da vacinação.
Figura 2. Número e taxa* de casos notificados de rubéola, por grupo etário – Costa Rica,Figura 2. Número e taxa* de casos notificados de rubéola, por grupo etário – Costa Rica,
1999.1999.
Durante a campanha, a vacina foi oferecida a unidades de saúde e locais convenientes
para a população alvo (por exemplo, correios, universidades, e locais de trabalho). Além
disso, equipes móveis foram casa-a-casa de áreas habitadas de forma esparsa para
áreas densamente habitadas. Os relatórios de doses administradas foram enviados
diariamente às unidades de saúde e periodicamente aos programas de vacinação de
local de trabalho selecionado. Esses relatórios foram usados para estimar a cobertura
vacinal nacional e regional por grupo etário, sexo e cantão (semelhante a distrito) de
residência.
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Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
Em: 01/04/2002
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Durante as 4 semanas da campanha, a cobertura de pessoas de 15-45 anos aumentou
de 30% no final da semana 1, para 61%, 80% e 98% nas semanas subsequentes,
respectivamente. Um total de 1.633.445 pessoas foram vacinadas, representando 42%
da população do país (6,7). A cobertura vacinal
por grupo etário foi 111% (idade de
15-19 anos, 92% (20-24 anos), 93% (25-29 anos, 87% (30-34 anos), e 106% (35-39
anos). A cobertura foi >100% nos grupos etários alvo mais jovens e com mais idade
devido a inclusão de pessoas vacinadas tanto mais jovens ou com mais idade que a
idade visada. A cobertura vacinal foi pelo menos 80% em todos 81 cantões e 95% em
60 cantões.
A vigilância da segurança da vacina realizada pelo Sistema de Seguridade Social usando
um sistema passivo de notificação detectou 981 eventos (taxa: 60 por 100.000 pessoas
vacinadas) possivelmente relacionados a vacinação, incluindo exantema (26%),
linfadenopatia (16%), febre (15%), cefaléia (10%, e artralgia ou artrite (10%). De >1,6
milhões de doses administradas os trabalhadores da saúde notificaram cinco acidentes
com agulha no momento da preparação da vacina. As mulheres de 15-40 anos
reconhecidas como gestantes (56.634[7%] no momento da campanha não foram
vacinadas e serão vacinadas após o parto.
As pessoas vacinadas não foram elegíveis para doação de sangue por 1 mês após a
vacinação, e os doadores de sangue diminuíram 52% em maio comparado com os 12
meses anteriores. Para manter o suprimento de sangue, a informação sobre a doação de
sangue foi distribuída para pessoas fora do alvo da vacinação; pessoas 40 anos que
tinham contribuído com aproximadamente 25% das doações de sangue antes da
campanha. Durante e imediatamente após a campanha, este grupo contribuiu com
aproximadamente 95% das doações. As doações de sangue retornaram ao normal em
julho.
A vigilância para o sarampo e rubéola na Costa Rica está integrada com a vigilância das
doenças exantemáticas febris, incluindo febre do dengue e leptospirose. Em conjunção
com a campanha de vacinação com MR, os protocolos de vigilância da rubéola e SRC
foram atualizados, as capacidades laboratoriais para isolamento e identificação do vírus
da rubéola foram atualizadas, e programas de treinamento foram realizados para a
equipe da unidade de vigilância epidemiológica nacional.
Relatado por: Ministério da Saúde; Sistema de Seguridade Social, Costa Rica. Div de
vacinas e Imunização, Organização Pan Americana de Saúde, Washington, DC, Div de
Epidemiologia de Saúde Internacional, Escritório do Programa de Epidemiologia; Div de
Epidemiologia e Vigilância; Departamento Global de Sarampo, Div Global de
Imunizações, Programa Nacional de Imunizações, CDC.
Nota Editorial:Nota Editorial:
Os adultos são de difícil alcance com campanhas de vacinação em massa possivelmente
porque a vacinação usualmente não é considerada como parte do cuidado à saúde do
adulto. Os aspectos do modelo e implementação desta campanha de vacinação pode
servir de modelo para outros países que desejem eliminar a SRC e a rubéola.
Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
Em: 01/04/2002
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A informação demográfica completa sobre a população alvo obtida através de um censo
de atualização ou registro é de utilidade para assegurar a vacina e equipe adequadas,
visando a campanha para áreas apropriadas, e estimativa de cobertura vacinal. As
atividades suplementares extra-muros podem alcançar os imigrantes e pessoas que
residem em áreas remotas.
A coordenação entre as autoridades nacionais e os organizadores locais da campanha
pode evitar a ocorrência de reservas de sangue extremamente perigosas. As estratégias
incluem a realização de uma coleta de sangue antes da campanha de vacinação,
selecionando um lote de doadores a serem vacinados após a campanha, e o
oferecimento de incentivos para doação de sangue entre pessoas de 40-60 anos. Os
dados de segurança devem ser obtidos em tempo adequado para assegurar a segurança
da vacina e para lidar com os conceitos sobre eventos adversos. O baixo número de
acidentes com agulhas reflete o treinamento apropriado de bio-segurança dado aos
vacinadores antes da campanha.
Para manter a meta de eliminação do sarampo, rubéola e SRC, a Costa Rica necessitará
1) alcançar e manter a cobertura vacinal de 95% com vacina contendo o componente
sarampo e rubéola nas oportunidades de vacinação segundo o calendário ou no período
de condução de campanhas de vacinação em massa; 2) continuar a vigilância para o
sarampo, rubéola e SRC; e 3) ajustar suas estratégias de vacinação em resposta à novas
informações da vigilância.
ReferênciasReferências
1. Morice A, Castillo-Solorzano C, Depetris A, et al. Impact evaluation of rubella vaccination on
incidence of rubella and congenital rubella syndrome in Costa Rica [technical report]. San
Jose, Costa Rica: Ministry of Health, August 2000.
2. Sáenz E, González L, Morice A, Castillo-Solorzano C, Depetris A. Rubella seroprevalence in
school age children and women in childbearing age, Costa Rica. San Jose, Costa Rica:
Ministry of Health, 2000.
3. Ministry of Health. Plan to eliminate congenital rubella syndrome and measles eradication.
San Jose, Costa Rica: Ministry of Health, February 2001.
4. Pan American Health Organization. Expanded Program on Immunization, EPI Newsletter.
February 2001;23:1--3.
5. World Health Organization. Control of rubella and congenital rubella syndrome (CRS) in
developing countries. Geneva, Switzerland: World Health Organization, 2000; document no.
WHO/V&B/00.03.
6. Ministry of Health. Final report of the national immunization campaign against measles and
rubella in men and women 15 to 39 years. San Jose, Costa Rica: Ministry of Health, 2001.
7. Pan American Health Organization. Expanded Program on Immunization. EPI Newsletter.
August 2001;23:1.
* Vacina MR fabricada pelo Serum Institute da India.
Medido pelo número de doses da vacina contendo o componente rubéola administrada a pessoas no
grupo erário dividido pelo total de habitantes do grupo etário e multiplicado por 100.
Este documento traduzido trata-se de uma colaboração da Coordenação Geral do
Programa Nacional de Imunizações – CGPNI/CENEPI/FUNASA/MS, a todos que se
dedicam às ações de imunizações.
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