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RESULTADOS
A Figura 1 descreve a casuística analisada nesta série. Dentre as 96
pacientes elegíveis foram estudadas as 57 pacientes cujo cariótipo do casal era
normal e a prova cruzada negativa e que foram tratadas com imunoterapia. A
média de idade das mulheres do grupo estudado foi de 37,0+4,9 anos
(mínimo:25 e máximo:45 anos), sendo 63,2% (n=36) delas com idade superior
a 35 anos de idade.
A maioria das pacientes estudadas era portadora de AER primário
(n=46; 80,7%), havendo 9 (15,8%) pacientes com 1 filho e duas (3,5%) com
dois filhos prévios. O número médio de abortamentos prévios foi de 3,4+0,6
(mínimo:3 e máximo:5).
Investigação de trombofilias foi realizada de forma completa em 50 das
57 pacientes, sendo 40% (20/50) positivas: auto-imune (n=12; 24,0%), genética
(n=5; 10,0%) e associadas genética+auto-imune (n=3; 6,0%). As trombofilias
genéticas diagnosticadas incluíram: mutação de Leiden em heterozigose (n=3;
6,0%), deficiência de proteína S livre (n=2; 4,0%), deficiência de antitrombina III
(n=2; 4,0%) e mutação no gene da protrombina (n=1; 2,0%). Entre os 15 casos
com síndrome antifosfolipídeo, foram evidenciados os seguintes auto-
anticorpos: anticoagulante lúpico (n=1), anti-cardiolipina (n=4), anti-
β2glicoproteína I (n=5), anti-fosfatidilserina (n=2), associação de anti-
cardiolipina+anti-β2glicoproteína I (n=2) e associação de anti-cardiolipina+anti-
fosfatidilserina (n=1). Entre os 7 casos confirmados de anti-cardiolipina, 5 eram
do isotipo IgM e 2 IgM+IgG. Entre os 7 casos positivos para anti-
β2glicoproteína I, 3 eram IgM, 2 IgG e 2 IgM+IgG. As 3 pacientes com anti-
fosfatidilserina tinham, respectivamente, IgM, IgG e IgM+IgG.
A distribuição das células linfóides endometriais na segunda fase do
ciclo foi a seguinte: CD3+ 53,2+
15,5%, CD19+ 8,3+5,5% e NK 36,8+14,5%.
A taxa global de gestação após o tratamento imunológico ao longo do
acompanhamento foi de 68,4% (n=39). Nascimento ocorreu em 30 destes
casos (76,9%). As características clínicas das pacientes estão apresentadas