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CAMAFEUS
ROMANOS
POR
EUGENIO DE CASTRO
«LUMEN»
EMPREZA INTERNACIONAL EDITORA
LISBOA PORTO —COIMBRA
1921
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D'esta edição fez-se uma tiragem
especial de dez exemplares em papel Kent,
numerados e rubricados pelo auctor.
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A SEPULTURA DE CORNÉLIA EUTÍQUIA
AO VISCONDE DE VILA MOURA,
A SEPULTURA DE CORNÉLIA EUTÍQUIA
No seu último sono aqui descansa
Cornélia': Eutíquia. Os astros no altou
Invejam todos o destino seu:
Fiou; foi esposa e mãe; foi linda e mansa.
As joias, os cosméticos e a dança
Nunca a tentaram; nunca apareceu
No pórtico elegante de Pompeu...
Era, sendo matrona, uma criança.
12 CAMAFEUS ROMANOS
Por isso, o viuvo dela, ao sepultá-la,
No cipo que lhe marca a sepultura,
Sob terna inscrição d'altos louvores,
Mandou lavrar, querendo retratá-la,
Este baixo-relêvo que figura
Uma dócil ovelha a comer flôres,
OS CUIDADOS DE HORÁCIO
Ao DR. ANTÓNIO DB VASCONCELOS.
OS CUIDADOS DE HORÁCIO
Lida a grata missiva em que Mecenas
Com terno empenho a versejar o exorta,
Sob a latada que lhe ensombra a porta,
Horácio escuta as pastorais avenas.
Passam no azul retardatárias penas;
A lua nasce num palor de morta...
E ao escravo o Poeta diz, descendo á horta
Onde a colmeia dorme entre verbenas:
PROPERCIO A CÍNTIA
5
PROPERCIO A CÍNTIA
« P'ra que te enfeitas ? Que tontice a tua!
« P'ra quê esse penteado singular,
« E, de Cós, esses véus tecidos de ar?
« P'ra que íe véstes, se te quero núa?
« Núa, no espaço, é que é formosa a lua;
« Se a cobre alguma nuvem, que pesar!
« Flor's, estrelas do céu, ondas do mar
« Mostram despidas a beleza sua...
20 CAMAFEUS ROMANOS
« Sobrancelhas postiças! Estás tonta!
« Vermelhão e cosméticos! Que afronta
« Para esse lindo e penugento rosto!
« Lança fóra pomadas e pinceis!
« Anda nuzinho o Amor: todo o seu gosto
« É ver, como ele,s os seus fieis! »
PROPERCIO E CÍNTIA
A JOAQUIM COSTA.
PROPERCIO E CÍNTIA
Tulo, procónsul na Asia, ao seu amigo
Propercio vai dizer o extremo adeus:
- « Porque é que ensurdeceste aos rogos meus,
« Porque é, Propercio, queo vens comigo?
« A sábia Atenas de renome antigo,
« E a Ionía doce que nos campos seus
« Vê o Pacíolo reflectindo os céus,
« Mais belas me hão-de parecer comtigo ! »
24 CAMAFEUS ROMANOS .
Mas Propercio responde: « Um nescio eu fôra
« Se ás iras me expusesse do Ariático
« Para ver terras! Não, de nenhum modo
« Te seguirei ! Vai tu, e em boa hora !
« Da minha bela Cíntia no aromático
« Seio de rosas tenho o mundo todo ! »
O ANEL DE CORINA
A ALFBEDO PlMENTA,
0 ANEL DE CORINA
Emquanto espera a hora combinada
De o remeter com flores a Corina,
Ovídio oscúla o anel que lhe destina
E em que uma gema fulge bem gravada.
« Como eu te invejo, ó prenda afortunada !
« Com ela vais dormir, mimosa e fina,
« Com ela has-de banhar-te na piscina
« Donde sairá, qual Venus, orvalhada,
28
CAMAFEUS ROMANOS
« O dorso e o seio lhe verás de rosas,
« E selarás as cartas deliciosas
« Com que em minh'alma alento e esp'rança vérte...
« E temendo (suprema f'icidade!)
« Que a cera adira á pedra, ai! então ha-de
« Com a ponta da língua humedecer-te! »
OVÍDIO FURIOSO
A CARLOS DE SACADURA.
OVÍDIO FURIOSO
Com sanhudo furor Ovídio atira
A tabuinha encerada para a rua;
« Que um carro te esmigalhe e te destrua,
« Odiado objecto da mais justa ira !
« Quem a arvore negra destruíra
« De que provens! Contorcionada e nua,
« Nela alguem se enforcou á luz da lua,
« Amaldiçoando a sprte que o traíra!
32 CAMAFEUS ROMANOS
« A uma abelha da Córsega, nutrida
« Só de flor's de cicuta, é que é devida
« A cêra que te cobre... Vai-te, foge,
« Ó tábua, onde o estilête de Corina
« Traçou, tremendo em suao divina,
« Esta sentença; É impossível, hoje...»
PESCA IMPERIAL
A Carlos REIS.
PESCA IMPERIAL
Pesca no Tibre o Imperador. A cana,
Como tambem o anzol, é d'oiro fino,
E de púrpura a linha. Tigelino,
De Nero aos pés, dos seus aneis se ufana.
Do rio á superfície baça e plana
Nem uma ruga. No ar cristalino,
Demandando os ciprestes do Aventino,
De rôlas foge alada caravana...
É morno o dia. A natureza dorme...
Nisto, entesa-se a linha fugidía,
E co'a fronte apoplética, vermelha,
Vai de certo apar'cer ! Mas... que !
O que o anzol traz é uma sandália velha.
36 CAMAFEUS ROMANOS
PALPEBRAS DE POPÊA
PALPEBRAS DE POPÊA
Focas, o astuto lapidado grego,
Mostra a Nero uma gema nunca vista,
Uma espécie de pálida ametista
Que arde no mais febril desassossêgo.
O Imperador, no fervoroso apêgo
De lisonjear da nova espôsa a vista
Com essa pedra única, imprevista,
De a remirar á fôrça, é quase cego.
40 CAMAFEUS ROMANOS
« Estas pedras queo ? » Em tom sereno :
«o palpebras de Venus », diz o heleno.
« De Venus ? » volve Nero, «não é feia
« A expressão, porém quero-a mais radiante:
« Chamemos a tais pedras d'ora ávante
« Palpebras (não de Venus!) de Popêa...
OS DOIS CORTEJOS
OS DOIS CORTEJOS
Na Via Ficulense enrubescida
Do sol pelos vislumbres derradeiros,
Quatro homens levam, graves e trigueiros,
O sangrento cadáver dum suicída.
Atraz, chamando-o inutilmente á vida,
Ae com uns olhos queo dois braseiros,
Segue, sob os atónitos pinheiros,
Em descomposta e lúgubre alarida.
44 CAMAFEUS ROMANOS
Nisto, ergue-se na estrada ura bulcão loiro
De poeira; e o triste entêrro que sopêa
A marcha emquanto ou se enche d'estrêlas,
Desviando-se, ferradas d'oiro,
As quinhentas burrinhas que Popêa
Mantém, p'ra se banhar no leite delas.
MATRICÍDIO
MATRICÍDIO
Hercúleo centurião parte incumbido
De matar Agripina. Indiferente,
Nero compõe ao espelho lentamente
A c'rôa de verbenas, presumido.
Depois, cantarolando, embevecido
Co'a propria voz, põe-se a mirar contente
Um colar de carbúnculos, presente
Por ele a certa escrava prometido.
48 CAMAFEUS ROMANOS
Assoma ura atriense anunciando
A linda escrava. Nero, que palpita,
Clama, co'as fontes latejantes: « Que entre! »
Longe, Agripina, o centurião fitando,
E adivinhando tudo, assim lhe grita:
« Sei quem te manda; fere-me no ventre!»
O POETA POBRE
O POETA POBRE
« Porque não faço um longo poema? A rua
« Que aqui vês com seus prédios e calçada,
«Foi outrora uma veiga embalsamada,
« Cheia de rouxinois cantando á lua.
« Debalde a pobre terra se extenúa
« Em q 'rer florir de novo: carregada
« De pedras, só produz a erva enfezada
« Que entre as frinchas das pedras se insinúa.
52 CAMAFEUS ROMANOS
«Assim eu sou tambem. Pobre de haveres,
« Conquistando o meu pão com os meus suores,
« Vivo amarrado a ocupações mesquinhas...
« As minhas pedras são os meus deveres,
« E não podendo desatar-tne em flores,
« Contento-me em criar débeis ervinhas... »
PEIXE D'AQUARIO
PEIXE D' AQUARIO
Na agua límpida e fria da redoma
Move-se lento um peixe que parece
Feito de nácar que espelhado houvesse
As labaredas ruivas de Sodoma.
Ao vê-lo, a doce Pirra d'aurea coma,
Dessar uma túnica apetece,
Diz : « Que estupido! » e no cristal revê-se
Da boceta em que traz languido aroma.
56 CAMAFEUS ROMANOS
E eis que Petronio atalha; « Quererias
« Que fosse outro Demóstenes ? Que míngua
« De sizo tens! Elege-o por modêlo,
« Voluptuoso encanto dos meus dias,
« E repara, travando mais a língua,
« Que a sua missão unica é ser belo! »
MUSA DOMESTICA
A ANTONIO CORREIA DE OLIVEIRA.
MUSA DOMESTICA
Cheio d' inspiração, Lucano escreve:
O aureo estilete célere caminha
Como doirado insecto na tabuinha
Que a cera cobre de camada leve.
Por traz do Poeta, surge, alva de neve,
Pola Argentaria, dele se avizinha
E espreita os versos: nunca uma rainha
o jubiloso e nobre orgulho teve!
60 CAMAFEUS ROMANOS
Nisto, a meio dum verso, o poeta hesita;
Mas Pola, em doce voz, logo lhe dita
O hemistíquio fugaz que tanto o rala;
E ao escrevê-lo, febril, como nervosa,
Marco Lucano crê, sem dar p' la esposa,
Que é a própria Calíope quem fala...
NO PORTICO DE LÍVIA
A GUEDES DE OLIVEIRA.
NO PÓRTICO DE LÍVIA
Démo, filha de Atenas, passa airosa
Com um ar de virgemo discreta e pura,
Que mais dum amador sonha a ventura
De a oscular um dia como esposa.
Dir-se-ia pisar estrelas! Luminosa,
Sintíla entre os seuss a poeira escura:
Na sola das sandalias lhe fulgura
Em pregos d'oiro uma inscrição radiosa.
64 CAMAFEUS ROMANOS
E tais pregos no chão deixam impressas
Estas palavras: « Segue-me! » Traída,
Parte a ingénua ilusão pelos céus fóra...
Com o juízo a paz volta ás cabeças...
E quem sonhára um amor de toda a vida
Corre a pagar um amor de meia hora.
CONVITE A FÁBULO
CONVITE A FÁBULO
« Vem, amigo: dar-te-hei mimosa ceia;
« Mas traze vinhos bons, ricos manjares,
« Chalaça fina que sacuda os ares,
« E alguma ninfa queo seja feia,
« Isso tudo trazendo, noite cheia
« Terás aqui para esquecer pesares,
« Que eu, no meu bolso, vítima de azáres
« Encontro apenas, aracnídea teia.
68 CAMAFEUS ROMANOS
« Mas darei os perfumes: sem perfumes
«o pode haver festim! Graças aos Numes,
« Da minha Lesbia o corpo rescendente
« Perfumará com tal doçura a festa,
« Que ter desejarás, doss á testa,
« Cem narizes... ou ser nariz somente! »
TIBÚLO EMPOBRECIDO
A Rui DE BETECOURT DA CAMARA.
TIBÚLO EMPOBRECIDO
« Empobreci a amar! Risonhos prados
« E vinhedos que davam loiros vinhos,
« Tudo vendi para comprar carinhos
« Mentirosos e beijos simulados.
« Os beijos, mesmo quando assim comprados,
« São por vezes tão suaves como arminhos...
« Mas que fazer agora ? P' los caminhos.
« Vou ser ladrão, roubar os descuidados !
72 CAMAFEUS ROMANOS
«De Venus, que comigo não se importa,
« Vou o templo saquear, despir-lhe os muros !
« Antes morrer, sacrílego, a seus pés,
« Do que ser encontrado morto d porta
« Que enchi de flor's e cujos gonzos duros
«o rangeram por mim uma só vez!»
OS BRINCOS DE PÓRCIA
OS BRINCOS DE PÓRCIA
As indianas perolas que vejo
Nessas orelhas, Pórcia,oo elas
As que te deu, alçando-se ás estrelas,
Hortensio, a trôco de fingido beijo ?
Para as. obter, submisso ao teu desejo,
Vendeu quanto possuía; mas ao vê-las
Por ti miradas, que as dizias belas,
Rico o pobre se achava de sobejo.
76 CAMAFEUS ROMANOS
Passados quatro dias bem pungentes,
Ao Tibre se deitou, louco de dor,
E lá morreu... Que miseravel sorte!
Esses brincos esconde aos teus clientes,
Pois supondo exibir troféus d'amor,
Lábaros ergues de perfídia e morte!
A CARESTIA DO AMOR
A CARESTIA DO AMOR
Feliz o tempo em que uma cortesã
O era porque o sangue lho pedia,
E só ligeiras prendas recebia,
Uma ode, um junquilho ou uma romã.
Hoje, d'amor toda a paixão é vã
Se o cantar dos sestercios ao guia;
Qualquer rameira vil ganha num dia
Cem vezes mais do que se fiasse.
CAMAFEUS ROMANOS
Por isso, Claudia que eu, cheia de andrajos,
Ha pouco vi, seguindo, ao sol adusto,
O pai no amanho de arrendadas glebas,
Ontem, no Circo, apareceu com trajos
E joias cujo fabuloso custo
Daría para erguer de novo Tebas!
80
TULIAZINHA
Ao CONDE DE BERTIANDOS.
6
TULIAZINHA
Cicero escreve a Ático na paz
Do seu jardim. Dum colmeal fugida,
Chega a pequena Túlia esbaforida
Que um farto ramo de narcisos traz.
« A quem escreves, a Ático? Dir-lhe-has
« Que me mande a boneca prometida;
« E aperta-o bem, senão... por minha vida !
« Se o falso m'a não der, tu ma darás! »
84
CAMAFEUS ROMANOS
Rindo, o orador lá escreve esse recado
Em castiço latim. Fresco e pausado,
Arfa, no ar, balsâmico favonio...
Abala Túlia. 0 pai segue-a co'a vista...
Mas uma nuvem lúgubre, imprevista
Lhe ensombra o olhar: pensára em Marco-Antonio.
A VINGANÇA DE FULVIA
A VINGANÇA DE FULVIA
De Cícero a cabeça decepada
Sangra num prato, lívida e serena;
Mirando-a, como satisfeita hiena,
Fui via, bela e feliz, sorri vingada,
« Como foi isto ? Bôcao danada
« Com sua baba jáo me envenena?
« Já meo mordes, bôca d'oiro ? É pena
« Que pena eu tenho de te ver calada ! »
88 CAMAFEUS ROMANOS
Ardem-lhe os olhos em rogais delirios,
E crispando os seus dedos, claros lirios,
Enclavinhados por um ódio cégo,
Cospe, entreabrindo-a, na gelada bôca,
Puxa-lhe a língua, e nela crava, louca,
De seus fulvos cabelos o aureo prego.
NA VIA ÁPIA
A ANTONIO CARNEIRO.
NA VIA ÁPIA
Da Ápia Via ao lado, onde o violento
Siroco erguia folhas e poeira,
Num cipo li, ao pé duma aveleira,
Esta inscrição, detendo-me um momento :
De Claudia aos Manes, que Plutão cruento
Prostrou, do leito nupcial á beira,
Albio, seu noivo, como derradeira
Prova d'amor, eleva este moimento.
92 CAMAFEUS ROMANOS
Terminada a leitura, reparei
Que a minha noiva, conturbado o busto,
De flor's enchia o cipo abandonado.
« Conheceste-la acaso ? » perguntei :
« Não /» respondeu Lavínia; « mas é justo
« Que o amor ditoso amime o desgraçado...»
INDICE
Pág.
A sepultura de Cornélia Eutíquia...................................................11
Os cuidados de Horácio...............................................................15
Propereio a Cintia.......................................................................19
Propereio e Cíntia........................................................................23
O anel de Corina..........................................................................27
Ovídio furioso......................................................................................31
Pesca imperial................................................................................35
Palpebras do Popêa........................................................................39
Os dois cortejos.............................................................................................43
Matricídio....................................................................................47
O poeta pobre...............................................................................51
Peixe d'Aquario........................................................................55
Musa domestica............................................................................59
No Pórtico de Lívia......................................................................63
Convite a Fábulo..........................................................................67
Tibúlo empobrecido.....................................................................71
Os brincos de Pórcia.....................................................................75
A carestia do amor........................................................................79
Tuliazinha....................................................................................83
A vingança de fulvia.....................................................................87
Na via ápia....................................................................................91
ACABOU DE SE IMPRIMIR ÊSTE
LIVRO AOS QUATRO DIAS DO
MEZ DE FEVEREIRO DE MIL
NOVECENTOS E VINTE E UM
NA TIPOGRAFIA LUSITANIA,
DE MARIO ANTUNES LEITÃO.
SITA Á RUA DA PICARIA, 73
NA CIDADE DO PORTO.
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