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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC – SP
Ítala Clay de Oliveira Freitas
Tramas Comunicativas da Cultura.
A Dança no Jornalismo Impresso em Manaus (1980-2000)
DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA
SÃO PAULO – 2010
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC – SP
Ítala Clay de Oliveira Freitas
Tramas Comunicativas da Cultura.
A Dança no Jornalismo Impresso em Manaus (1980-2000)
DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA
Tese apresentada à Banca Examinadora da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
como exigência parcial para obtenção do título
de Doutora em Comunicação e Semiótica sob
a orientação da Profa. Dra. Christine Greiner
SÃO PAULO – 2010
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BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por todos os dias vividos intensamente.
À minha mãe, Dona Ray, pelo carinho e o cuidado, e à minha irmã, Ilana Kayt,
pelo incansável auxílio na coleta de dados e recuperação de imagens.
Ao meu querido companheiro, Dhian Frantêsco, por todo o amor compartilhado.
À minha orientadora, Profa. Dra. Christine Greiner, pelo olhar atento, e sua
extrema generosidade e afeto.
Às queridas Raquel Marcos e Cleide Martins, vocês são pessoas preciosas e tenho
muito orgulho de nossa amizade.
À Sônia Sobral, pela oportunidade de trabalhar com uma equipe de excelência,
como a do Programa Rumos Dança.
À Juliana Santos, por sua disponibilidade para o tratamento de imagens.
Às professoras Rosa Hércoles e Helena Katz, por suas relevantes argüições na
qualificação da tese.
Aos colegas do Centro de Estudos Orientais, da PUC-SP, pelos momentos de
alegria e aprendizagem.
Aos colegas das aulas de Kung Fu da Peng Lai Brasil, por nossos encontros
repletos de movimento.
À Dna. Glória, Djenyffer e Cátia, por todo o suporte durante as pesquisas na
Biblioteca Pública do Estado do Amazonas.
À todos os professores, alunos, jornalistas, e artistas que colaboraram para a
realização deste trabalho.
Ao CNPQ, pelo financiamento da pesquisa.
5
Mas, o que há, enfim, de tão perigoso no fato de as pessoas falarem e de
seus discursos proliferarem indefinidamente ? Onde, afinal, está o
perigo?
(A ordem do discurso, Michel Foucault)
6
RESUMO
Esta tese tem por objetivo apresentar, a partir de uma perspectiva crítica, as relações entre
a dança e o jornalismo impresso em Manaus, no período entre 1980 e 2000. O corpus de análise
fundamenta-se em uma hemerografia constituída por material proveniente dos jornais: A Crítica,
Jornal do Commércio, A Notícia e Amazonas em Tempo. A definição do recorte temporal
justifica-se pela relevância dos acontecimentos da época, que incluem a consolidação das
academias particulares de balé e jazz, o crescimento das atividades de dança nas escolas e nos
bairros e alterações significativas nas políticas blicas referentes ao setor artístico. A tese
analisa a dança e o jornalismo cultural como elementos constitutivos de uma rede comunicativa
complexa. A hipótese principal é a de que a inexistência de um jornalismo cultural reflexivo,
investigativo e crítico auxiliou na criação de invisibilidades culturais potencializando os modelos
estéticos e epistemológicos hegemônicos através da sua incapacidade de dar visibilidade a novas
propostas sinalizadas pelos grupos em atividade. Este jornalismo ideológico isentou-se de um
diálogo mais próximo com a dança e seus modos especializados de construção de conhecimento.
Para desenvolver a hipótese, a tese trabalha com um conceito de comunicação com ênfase nos
processos de mediação, e na construção sócio-cultural e política. Acredita-se que este seja um
caminho que ative novos olhares para a cultura manauara. Neste sentido, o aporte teórico foi se
construindo durante a leitura de diversos autores, dentre os quais destacam-se Boaventura Santos
(2006,2007), Giorgio Agamben (2002,2009), e Jesús Martín-Barbero (2004), Helena Katz e
Christine Greiner (2005,2010), além de estudiosos de antropologia e geografia humana da região
amazônica, citados pontualmente durante a tese. O resultado esperado é a apresentação da análise
de um círculo vicioso, confinado à invisibilidade dentro e fora de Manaus, devido ao trânsito
ineficiente de mediações entre o jornalismo cultural manauara e a dança local, e que acabou
sendo desdobrado de modo a impedir qualquer transformação social no setor.
Palavras-chave: corpomídia, jornalismo cultural, dança manauara
7
ABSTRACT
This thesis aims to present, from a critical perspective, the relationship between dance and
printed journalism in Manaus, from 1980 to 2000. The corpus of analysis is based on the
following newspapers: A Crítica, Jornal do Commércio, A Notícia and Amazonas em Tempo. The
time lapse has been chosen and defined by the relevance of the events at that time, as they
included the strengthening of private schools of ballet and jazz dance, the increase of dance
activities at schools and neighborhoods and some significant changes on artistic public policies.
The thesis analyses the dance and cultural journalism as constitutive elements of a complex
communicative network. The main hypotheses states that the non existence of a reflective,
researcher and critical cultural journalism helped to create cultural invisibilities, making the
hegemonic aesthetic and epistemological models stronger through its lack of capacity to give
visibility to new propositions showed by the actual dance groups. This ideological journalism
exempted the creation of a more close conversation with dancing and their specialized ways of
constructing knowledge. To develop the hypotheses, the thesis works with the communication
concepts that emphasize the process of mediation and the social, cultural and political
constructions. It is a belief that this might constitute a path that would activate new readings of
manauara culture. In this sense, the contribution of theory has built itself through various
readings such as Boaventura Santos (2006,2007), Giorgio Agamben (2002,2009) and Jesús
Martín-Barbero (2004), Helena Katz and Christine Greiner (2005,2010), as well as thinkers from
the amazonic region on anthropology and human geography, precisely quoted throughout the
thesis. The expected result is to present an analysis of a vicious circle, confined to invisibility in
and outside Manaus, due to an inefficient traffic of mediations between the manauara cultural
journalism and the local dance, that ended up being unfolded, blocking any social transformation
on that sector.
Key words: bodymedia, cultural journalism, manauara dance
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................09
CAPÍTULO 1
Configurando Mosaicos sobre Cultura e Arte no Amazonas
1.1 As memórias e suas narrativas............................................................................................13
1.2 Em todas as madrugadas do mundo ...................................................................................19
CAPÍTULO 2
A Dança em Manaus. Palimpsestos do Jornalismo Impresso.
2.1 Configurações do jornalismo cultural ...............................................................................29
2.2 Palimpsestos 1: quando surgem os grupos ........................................................................48
2.3 Palimpsestos 2: algumas leituras provocativas ........................................................62
CAPITULO 3
Invisibilidades no Jornalismo Cultural Manauara: conexões entre arte e poder.
3.1 Dança e jornalismo: trançados comunicativos.............................................................74
3.2 Visibilidades e invisibilidades no jornalismo cultural..................................................80
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................88
ANEXO A – Documentação de imagens...............................................................................96
ANEXO B – Hemerografia...................................................................................................111
ANEXO C – CD/Hemeroteca digital...................................................................................158
9
INTRODUÇÃO
Nestes primeiros dez anos do século vinte e um vários acontecimentos marcaram a vida
da capital amazonense no que se refere ao setor artístico: a criação de um curso universitário de
artes e turismo, a consolidação de corpos estáveis do Teatro Amazonas e a realização de
seminários de revisão crítica da cultura. No entanto, a despeito dos otimismos, paira no ar uma
sensação de fragilidade cultural, que se corporifica e pode ser compartilhada no exame minucioso
das matérias dos jornais locais e na fruição dos espetáculos de dança. Neste quadro pode-se
constatar que a dança continua a ser negligenciada enquanto atividade de produção de
conhecimento, e o jornalismo cultural continua a ser noticioso, destituindo-se de análises
interpretativas e críticas. Esta situação possui referenciais que a precedem historicamente, e
parece encontrar elementos explicativos de sua lógica interna em uma trilha de tempo tecida nas
tramas comunicativas da cultura manauara, nas últimas décadas do século vinte. O que nos
interessa é exatamente esta trilha.
Portanto, o objetivo desta tese é o acompanhamento e a análise dos registros encontrados
nos jornais de Manaus no decorrer dos anos de 1980 a 2000, período em que se verifica a criação
dos grupos Dançaviva, Nudac, Renascença e Corpo de Dança do Amazonas, a intensa atividade
de danças folclóricas nos colégios e bairros, coexistindo com oficinas, cursos, mostras estudantis,
espetáculos profissionais de dança moderna e contemporânea, e a consolidação das academias
particulares de José Rezende (balé) e Arnaldo Peduto (jazz). Através desses eventos pode-se
acompanhar tanto as mudanças referentes às políticas praticadas pelos órgãos públicos quanto as
propostas estéticas e políticas dos artistas. É relevante enfatizarmos que, neste percurso,
objetiva-se uma proposta diferenciada de abordagem, na qual a dança e o jornalismo impresso
não estejam apenas justapostos em uma relação conteúdo/veículo, mas que sejam vistos enquanto
elementos constituidores de uma rede comunicativa, que por sua vez também constrói cultura.
Nossa hipótese é a de que a dança em Manaus, no decorrer deste período, foi se auto-
engendrando na adoção de modelos estéticos e epistemológicos de efeito paralisante, os quais
foram potencializados na inexistência de um jornalismo cultural reflexivo, investigativo e crítico.
Este jornalismo se isentou de um diálogo mais próximo com a própria dança e seus modos
especializados de construção de conhecimento, propiciando assim o enredamento de um círculo
10
vicioso, de uma armadilha para qualquer transformação social em que se desejasse trazer à tona
as falas silenciadas por ignorância ou argumentação ideológica.
A fim de comprovar esta hipótese, os procedimentos metodológicos consistiram na
coleta, análise e interpretação das matérias veiculadas pelos jornais de maior circulação em
Manaus, no período de 1980 a 2000, bem como na captação de informações por meio de
entrevistas com os diretores, coreógrafos e intérpretes da dança e o acesso a seus arquivos
pessoais, com material de registro e divulgação (fotos, programas, cartazes, etc), buscando assim
a construção de um conjunto documental de apoio. A coleta de dados foi realizada na Biblioteca
Pública do Estado do Amazonas. O rastreamento inicial foi feito no manuseio página a gina
das edições do jornal “A Crítica”, cobrindo o período de 01 de janeiro de 1980 a 31 de dezembro
de 2000 (em todas as editorias). Isto permitiu a construção preliminar de um mapa de
ocorrências, que serviu de guia no exame dos outros jornais, em relação a datas e períodos,
configurando-se mais detalhadamente com o ingresso do material proveniente do acervo pessoal
dos artistas. No que tange às entrevistas, estas foram realizadas e processadas a partir de um
conjunto de instruções que se referenciaram em bibliografia especializada sobre documentação e
história oral
1
.
Neste percurso a fundamentação teórica foi se construindo durante a leitura de diversos
autores, dentre os quais o cientista político Boaventura Santos - em seus estudos sobre as formas
de produção de não-existência; Giorgio Agamben - em suas proposições acerca dos conceitos de
dispositivo e contemporâneo; e Jesús Martín-Barbero - em suas cartografias da comunicação na
cultura. Destacam-se ainda as pesquisadoras brasileiras Christine Greiner e Helena Katz - na
construção da teoria do corpomídia, e Jussara Setenta - em seu diálogo com a teoria da
linguagem do filósofo John Austin, além de estudiosos da região amazônica, e da socióloga Selda
Vale, em suas investigações sobre o cinema e o teatro em Manaus.
Três capítulos constituem a tese. Em todos, optei pela investigação dos fatos mediante um
conceito de comunicação com ênfase nos processos de mediação, na construção sócio-cultural e
na produção de informação qualificada, na esperança de que a leitura das relações entre a dança
teatral e a cidade de Manaus - a partir desse percurso - possa oferecer a visibilidade de novas
paisagens e, posteriormente, o desdobramento de novos olhares para a cultura manauara. Desta
1
Obras consultadas com o intuito de fundamentação técnica referente ao processamento da documentação:
(ALBERTI, 1989); (SILVA, 1999); (MONTENEGRO, 2003).
11
forma, o primeiro capítulo busca oferecer uma revisão crítica e interpretativa acerca da produção
cultural e artística do Amazonas no decorrer do século XX, ao apresentar pensamentos,
sentimentos e movimentos artísticos importantes no exame da cultura manauara. No segundo
tem-se o levantamento e a análise das matérias sobre a dança em Manaus, paralelamente à
construção de uma proto-historiografia, em que se busca identificar paradigmas e procedimentos,
na explicitação da cobertura de espetáculos nacionais e internacionais, nas referências às políticas
públicas de ensino e apoio às artes e, na produção artística de dança dos grupos em atividade na
época. No terceiro capítulo, busca-se um aprofundamento da discussão sobre esta produção em
dança quando o enfoque é a identidade cultural, e o jornalismo impresso abdica de seu papel
crítico, auxiliando desta forma na continuidade dos espaços hegemônicos de poder, e na
construção de invisibilidades da cultura.
Por fim, é importante que o leitor saiba que existe um aspecto testemunhal nesta tese, na
medida em que os questionamentos que motivaram sua feitura procedem de uma convivência
que, embora repleta de alegrias, não deixou de ser conflituosa, gerando incômodos, insatisfações
e dúvidas sobre a efetiva capacidade de transformação das condições sociais e políticas que nos
reduzem muitas vezes a atores passivos da história. As aulas e as conversas nos corredores do
curso de graduação em jornalismo, e de especialização em historiografia da Amazônia, na
Universidade Federal do Amazonas, bem como as experiências vividas nos grupos Nudac e
Renascença e o primeiro emprego na editoria de política no jornal A Crítica (1992), constituíram-
se em forças potentes de orientação, assim como as mais recentes atividades de pesquisa
desenvolvidas no Programa Rumos Dança Itaú Cultural (1999-2010) e a experiência
administrativa da coordenação do curso de dança da Universidade do Estado do Amazonas
(2001-2007).
12
CAPÍTULO 1
.
CONFIGURANDO MOSAICOS
SOBRE CULTURA E ARTE NO AMAZONAS
13
1.1 As memórias e suas narrativas
Neste capítulo pretende-se colocar em evidência os escritos de jornalistas, artistas e
intelectuais acerca da vida cultural em Manaus, no período entre o término do ciclo da borracha e
o final do século XX. Busca-se, desta forma, a configuração de um mosaico de contextos e
problemas a partir dos comentários críticos e discursos relevantes que se constroem em diferentes
momentos econômicos, políticos e sociais. Retomar a fala destes autores, além de permitir a
identificação do tipo de epistemologia adotada, torna-se um empreendimento na busca por um
passado avesso à historiografia oficial. Trata-se de historiografia acostumada a marginalizar,
desqualificar e silenciar o que não lhe convém, construída no âmbito dos meios hegemônicos de
poder e plenamente difundida a partir de veículos institucionais de comunicação, educação e
cultura.
O cientista político Boaventura de Souza Santos (2006: 51-135) propõe que se retire o
passado de sua indisponibilidade, no intuito de reinventá-lo, virando as costas para um futuro
predeterminado. E sugere, ao invés de um mero relato, produzir um recurso, uma alternativa para
o presente. Isto ratifica e fortalece a necessidade de se concretizar uma leitura mais cuidadosa,
buscando o cruzamento de informações, o cotejo de problemas apontados, e o possível impacto
das percepções desses atores sociais, em suas formas de vivenciar e organizar experiências. Um
procedimento eficaz para se pensar o que a cultura nos disponibiliza.
Para começar, a tese empreende a apresentação de diversas falas sobre a cultura
amazônica e manauara, viabilizando, assim, a observação da reincidência dos discursos de versão
infernística - que caracterizavam os relatos dos primeiros viajantes, naturalistas e exploradores
da Amazônia. Relatos nos quais se acentua uma vida penosa, sofrida, sem perspectivas, sem auto-
estima, e que apresentam uma visão derrotista, posto considerarem a região como um lugar
predestinado à mimese dos modelos culturais mais civilizados. Uma sensação de esgotamento e
abandono, um sentimento de conformismo e mediocridade, e a confirmação de impotência frente
à realidade e a configuração de um cenário pouco otimista sobre a experiência do viver no
Amazonas, o qual se reproduz por cadas, através dos lamentos, queixumes e críticas acerca da
elaboração e visibilidade da produção cultural no Estado e sua conseqüente não participação no
circuito intelectual e artístico brasileiro. Um descompasso anunciado entre os processos político
e econômico por um lado, e os anseios e criações culturais e sociais, por outro.
14
Há inúmeros exemplos que atravessam os anos:
Não temos nem podemos ter, por força das condições do meio, uma literatura regional.
(...) O Amazonas, dizia Tavares Bastos, em 1886, é uma esperança; deixando as
vizinhanças do Papenetra-se no deserto. A sensação de profunda melancolia que se
apodera do espírito nos adverte de que estamos dentro das mais densas solidões do
mundo.
(Anísio Jobim, A Intellectualidade no Extremo Norte, 1934)
O amazonense carrega n’alma algo do russo, sob o aspecto do fatalismo. Quando estive
em Manaus e Belém, pela primeira vez, contemplando a nudeza da miséria local, tive
oportunidade de ouvir depoimentos das vítimas desse drama em violenta antítese com
tudo quanto me estalava no peito. Não me podia subtrair à revolta do que observava e
me ralava a sensibilidade. Invectivava, ao passo que o amazonense e o paraense se
quedavam inertes, resignados diante do quadro de abandono em que o poder nacional
os deixara, por tantos anos seguidos.
(Assis Chateaubriand, O Mujik da Steppe, 1943)
Ainda é preciso falar no isolamento em que vivemos. Os livros nos chegam atrasados;
as notícias que não interessam à publicidade escandalosa das agências telegráficas (e
são por assim dizer as principais para os homens de cultura!), vêm sempre
envelhecidas. Isto é: não participamos em realidade do que se faz e do que se pensa no
mundo!
(Djalma Batista, Letras da Amazônia, 1955)
É necessário olhar a condição provinciana, este exercício de massacre da inteligência
que reduz a arte a uma convenção e a informação em crônica social inflacionada.
Virando as páginas de uma história aparentemente sem importância, veremos pular
uma nova espécie de amortecimento: o conformismo dos centros sem importância. E
Manaus é o campo ideal para a investigação Foi sempre uma cidade isolada, com
grandes chances, florescendo numa das regiões mais fantásticas do planeta.
(Márcio Souza, A Expressão Amazonense, 1977)
Essa talvez seja a principal característica da temporalidade e espacialidade amazônicas,
a espera. O espaço-tempo na Amazônia na perspectiva da sociedade nacional e da elite
local é sempre inacabado, é o nunca chegar ao ponto transitório. Aqui se está sempre à
espera das migalhas que se possam vir dos de fora. Isso decorre do espaço-tempo da
Amazônia caracterizar por um processo que não se conclui, ações que não chegam ao
fim . “Não é uma história que se faz. É uma história sempre por se fazer.
(Martins, 1994:11 apud Oliveira, 2003)
15
Para a socióloga Selda Costa a idéia vigente nas décadas posteriores à riqueza do ciclo da
borracha era de que o presente mostrava-se “sempre lastimável, contraposto à ilusão de um
passado e de um futuro gloriosos e luminosos”. Trata-se de uma visão da elite que “acaba sendo
repassada ao imaginário popular e até aos mais argutos defensores de sua historicidade”, citando
o caso de Márcio Souza que, em 1980, ainda fala de paisagens em ruínas, como Euclides da
Cunha o fizera no início do século e, antes dele, outros visitantes. Para ela existe uma
“deformação ideológica dos intérpretes da Amazônia”, na qual as transformações ocorridas na
região parecem terminar sempre em períodos de decadência, derrota e declínio. Uma deformação
que pode ocultar “uma visão particular das elites, ressentidas com as perdas sociais e políticas
ganhas durante o apogeu econômico. No entanto, segundo a autora, para a população em geral, o
período inspira um certo alívio, no qual a agricultura se diversifica com a liberação da mão-de-
obra dos seringais e buscam-se as raízes e a identidade regional que os colonialismos culturais
não permitem aflorar na intensidade dos ciclos econômicos.” (COSTA, 2001: 11-12)
Duas obras podem ser destacadas na literatura da década de 1930: “A intelectualidade no
extremo norte” (1934), de Anísio Jobim, e “Letras da Amazônia” (1938), de Djalma Batista,
ambos pertencentes à Academia Amazonense de Letras, criada em 1918. De modo geral
apresentam uma lista de personalidades e suas contribuições. Enquanto Anísio Jobim
2
restringe
os seus limites ao movimento literário, Djalma Batista
3
aposta em um panorama de maior
amplitude e, no intento de apresentar suas impressões acerca dos intelectuais e dos artistas da
Amazônia, elenca um inventário de intérpretes, desde os relatos dos primeiros cronistas, as
pesquisas dos exploradores e naturalistas, até os interesses específicos dos folcloristas e dos
reveladores da Amazônia, e aqueles que viveram transitoriamente no extremo norte e deixaram
alguma contribuição. Chama a atenção para a situação de bravura destes escritores mediante um
ambiente inapropriado à criação. Os textos apontam as questões sobre o isolamento geográfico e
o abandono da região pelo governo federal e suas conseqüências em termos de desenvolvimento
das ciências, das letras e das artes. Contudo, o desenvolvimento dos problemas identificados
ocorrerá somente em publicações posteriores.
2
Manoel Anisio Jobim. Nasceu em Anadia-Alagoas, em 27/03/1877. Em Manaus foi Procurador Geral do Estado,
Chefe de Polícia, desembargador do Tribunal de Apelação, e tornou-se sócio efetivo da Academia Amazonense de
Letras desde 1932. Seus escritos permeiam a história e a geografia dos municípios amazonenses. Disponível em:
http://portalamazonia.globo.com/pscript/amazoniadeaaz/artigoAZ.php?idAz=397 Acesso em: 29/05/2010.
3
Djalma da Cunha Batista. Nasceu em Tarauacá-Acre, em 20/02/1916. Médico e membro destacado da Academia
Amazonense de Letras. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Djalma_Batista Acesso em: 29/05/2010.
16
Nos jornais dos anos de 1930, apesar da depressão econômica, não faltam as festas nos
salões elegantes da sociedade, tampouco as festas populares; e o cinema que se constitui em
prática cultural intensa na primeira metade do século XX nas metrópoles brasileiras, não é
diferente em Manaus, pois se apresentava enquanto elemento lúdico, empreendimento comercial
e lugar privilegiado do encontro da população manauara, que tinha o intuito não apenas de
assistir os filmes, mas de ouvir as orquestras e trocar gibis (OLIVEIRA, 2003:158). É constante o
anúncio da projeção de filmes nos cinemas locais, inclusive os que possuem referências à dança,
tais como o que foi encontrado no jornal “Diário da Tarde” (11/01/1938), sobre a apresentação
no Cine Manáos dos “soberanos da dança Fred Astaire e Ginger Rogers”, ou o anúncio de
sessão no Cinema Odéon sobre o primeiro filme estrelado pela dupla Robert Cumming e Eleonor
Whitney, “aclamada a melhor sapateadora do mundo, com os mais recentes passos de dança de
Hollywood”. Encontram-se ainda matérias sobre a chegada e a apresentação de profissionais de
fora, como é o caso da bailarina e atriz Maria Caetana, no “Diário da Tarde” (29/07/1938), em
que se relata sua homenagem ao então governador da cidade, Dr. Botelho Maia, com um bailado
inédito ao final da apresentação da peça de Renato Vianna, “Divino Perfume”. O texto, além de
apresentar elogios à artista como intérprete de teatro e dança, expõe como item relevante do seu
currículo os estudos com Chinita Ulmann
4
e Kitty Bodenheim
5
.
A historiografia aponta, de modo geral, os primeiros anos da década de 1930 como um
período de acentuada instabilidade política, mediante a incapacidade de qualquer dos grupos
dominantes em assumir o controle das funções políticas. É o período áureo de crise das
ideologias liberais e da ascensão das idéias e valores autoritários. No entanto, a historiadora
Marialva Barbosa (2007:104-107) chama a atenção para o fato de que não se trata de um
fenômeno eminentemente brasileiro, mas de uma tendência da Europa, crescente desde a década
de 1920, na qual se teve o êxito de movimentos de caráter totalitário de direita, levando à
eliminação do sistema pluripartidário, da competição política, da liberdade de imprensa, ao
mesmo tempo em que se edificava a supremacia do executivo. Para estas idéias, que surgem na
década de 1920 e que tomam corpo na configuração institucional dos anos 1930, é fundamental
traçar um programa que atinja a todos através da educação e da massificação das informações.
4
Nasceu em Porto Alegre e se formou na escola de Mary Wigman, em Dresden, na Alemanha. Após excursionar
pela Europa, Estados Unidos e América Latina, retornou ao Brasil, em 1932, fixando residência em São Paulo.
Chinita Ulmann esteve em Manaus. Sua apresentação, no Teatro Amazonas, foi noticiada pelo jornal “A Tarde”
(19/02/1938).
5
Ex-aluna de Chinita Ulmann., tornou-se responsável pelas aulas de balé na escola implantada em São Paulo.
17
Isto orienta à criação de instituições fortes, porque baseadas nas tradições, nos valores, na
disciplina, na autoridade e na hierarquia, as quais dariam, através de uma política nacional,
direção ao povo brasileiro, agora classificado como massa. Todas essas concepções sintetizarão o
projeto institucional implantado a partir da Revolução de 1930 e com mais intensidade a partir da
instauração do período autoritário, em 1937.
No caso do estado do Amazonas, esta política nacional se posiciona com a intenção de
intervir diretamente a fim de eliminar a crise econômica e retirar a região de seu atraso.
Entretanto, apesar das transformações ocorridas com a Revolução de 30, pouco ou nada foi
realizado com o intuito de reverter a situação. Isto se deve, em parte, ao fato de que a primeira
metade da década foi assinalada por intensa instabilidade política, havendo mudanças constantes
de governadores nomeados pelo poder central, pouco articulados com os problemas locais. Para o
geógrafo José Aldemir de Oliveira (2003: 52-53), do ponto de vista econômico e político,
nenhuma ação realmente significativa ocorreu para amainar a crise que atingia o estado do
Amazonas desde os anos dez, pois, mesmo com o bloqueio dos seringais asiáticos devido à
Segunda Guerra Mundial - trazendo uma certa euforia com a reativação da produção local e a
expectativa de se reviver os tempos fastigiosos do boom da borracha -, a situação foi passageira
e pouco contribuiu para resolver a estagnação econômica.
O Teatro Amazonas, símbolo maior da expressão cultural e artística de Manaus, em seus
tempos de prosperidade econômica e intensa importação de manifestações culturais européias,
sendo até hoje um dos cartões postais da cidade, tornou-se durante este período o depósito de
borracha e gasolina da Rubber Development and Corporation (RDC) e nos anos vindouros
constante vítima de inúmeros saques institucionalizados pelos governos e autoridades. Situação
denunciada em vários momentos e através de diversos veículos de comunicação.
Depois de 1910, a incúria de certos governos facilitou o paulatino
desaparecimento de valiosos objetos pertencentes à grande casa de Arte: -
espelhos de Venêza, divãs, halabardas e espadins, cabeleiras e peças de
vestuário, jarras de porcelana e até estátuas foram levadas sem que se apurasse a
responsabilidade do seus condutores... No comêço da última guerra serviram
suas galerias para escritórios e depósito de poderosa emprêsa estrangeira
compradora de borracha...Uma grande estátua de Apolo pesando duas toneladas
de bronze que deveria ser colocada no zimbório foi presenteada à
municipalidade de Fortaleza. Atualmente os esforços conjugados da prefeitura
municipal e dos componentes do teatro Escola, vêm reanimando o tradicional
prestígio artístico e material do majestoso edifício, justificado o orgulho da terra
amazonense. ( CASTRO, 2
a
edição, sem data: 40-43)
18
Em 1944, uma solicitação do alagoano Gebes Medeiros, ao então governador do estado,
vem possibilitar a criação do Teatro Escola de Amadores, com o objetivo de formação artística
de atores e atrizes, bem como a reativação do Teatro Amazonas em sua função artística de
origem. que se destacar que Medeiros possuía relações de amizade com a elite política da
época e, portanto, o grupo nasce vinculado ao DEIP Departamento Estadual de Imprensa e
Propaganda – DEIP. Paradoxalmente, o órgão de censura e repressão cultural do Estado.
Estas relações com o poder acompanham certas tendências de época em nível nacional.
Segundo Marialva Barbosa (2007: 103-124) ao analisar a imprensa do Rio de Janeiro na década
de 1930, mais proximidades, acordos e relações conjuntas entre os homens de governo e os
homens de imprensa do que divergências.” Neste período o governo se encarregava de, através
da criação de múltiplos aparelhos burocráticos, e com o concurso de intelectuais orgânicos dos
grupos dirigentes, desempenhar funções cada vez mais complexas, inclusive a de dar orientação
ao povo, considerado enquanto massa amorfa, anônima, uniforme e indiferenciada. Apresenta-se
então, a necessidade de difundir conhecimentos e noções elementares, tornando fundamental o
papel dos intelectuais e dos veículos de difusão, isto é, a imprensa.
É bom lembrar que no projeto político estadonovista lugar tanto para a pedagogia
como para o controle, cabendo ao Estado a responsabilidade de tutelar a população, pois a
formação do Estado Nacional se materializaria por meio da homogeneização da cultura, dos
costumes, da língua e da ideologia. A Nação se transformaria em uma entidade moral, política e
econômica que se realizaria via ação do Estado. Nação e Estado construindo a um tempo a
nacionalidade (SCHWARTZMAN, 1984:167 apud BARBOSA, 2007: 117) e a idéia de
identidade com base nas raízes regionais. No Amazonas, esta orientação ideológica irá se
configurar fortemente nos veículos impressos e radiofônicos.
Essa busca de identidade regional nos anos 40-50, é reivindicada através das
emissoras de rádio, a Rádio Baré e Difusora, pela intelectualidade que se utiliza
das colunas de jornais, para eclodir em grito de rebeldia e originalidade na
criação do Clube da Madrugada, em 1954. Nas artes cênicas, o movimento
também ressoa, mas estranhamente, com menos ousadia, com um certo
acanhamento.” (COSTA, 2001: 12)
Na década de 1950, verifica-se a expressão de um pensamento crítico acerca de assuntos
sobre a história e a cultura da cidade. Isto ocorre em diversas perspectivas, seja no ambiente
formalizado da Academia Amazonense de Letras, seja nos espaços públicos (praça Heliodoro
Balbi, cemitério São João Batista, praia da Ponta Negra) utilizados pelo Clube da Madrugada (ver
19
detalhes no subcapítulo 1.2). Um ano após a criação do Clube, Djalma Batista publica pela
Revista da Academia Amazonense de Letras, o artigo “Cultura Amazônica”,
6
no qual aponta uma
deficiência geral dos meios intelectuais em Manaus, ao empreender uma nova tentativa de
escrever sobre a produção intelectual e artística do Amazonas. Faz isso sob uma perspectiva
abrangente de cultura, na qual relaciona juntamente à área das artes outros itens como economia,
comércio, saúde e educação. Diferentemente da lista de figuras proeminentes, no texto de 1938,
apresenta um ensaio analítico e crítico, a partir do ciclo econômico da borracha, externando sua
decepção frente a um alvorecer cultural promissor, anunciado, porém não consolidado. Em seus
escritos expõe, de modo didático, os propulsores deste “borbulhar intelectual e artístico”
durante o surto gomífero, apresentando uma avaliação negativa sobre os reflexos deste para o
desenvolvimento cultural da região, empreendendo análise de suas causas contemporâneas, bem
como oferece o que ele denominará de um programa de reação. Em resumo, Djalma Batista
levanta os mesmos problemas denunciados pelo Clube da Madrugada.
1.2 Em todas as madrugadas do mundo
O Clube da Madrugada consistiu em um movimento artístico, literário e cultural, criado
no dia 22 de novembro de 1954. O Clube estabeleceu como ponto de partida repensar a Semana
de Arte Moderna de 1922 e produziu um manifesto no qual os seus integrantes denunciavam as
condições precárias de vida intelectual na cidade de Manaus. A repercussão foi enorme. O grupo
provocou uma enxurrada de publicações na imprensa diária (assinadas por um número
considerável de poetas e contistas), desenvolveu um intenso intercâmbio cultural com os
Estados do Pará, Maranhão e Rio de Janeiro e, promoveu conferências célebres como a de Saul
Benchimol, sobre “A Economia Financeira no Estado Moderno”, e a de Francisco Batista, sobre a
“Conceituação do Modernismo no Amazonas”, ambas pronunciadas na Escola de Serviço Social.
Para Jorge Tufic
(1984: 23-24),
no princípio de suas atividades os Clubistas buscavam
distanciar-se de qualquer formalismo institucional, a começar pelo nome, pois não queriam ser
6
“Letras da Amazônia”(citado anteriormente,) foi publicado originalmente pela Gráfica César e, “Cultura
amazônica” pela Revista da Academia Amazonense de Letras, n
o
2, maio, n
o
3 setembro, n
o
4 dezembro, de 1955.
Em 2006, estes ensaios foram reunidos e publicados pela Editora Valer sob o título “Amazônia – cultura e
sociedade”.
20
um grêmio, uma associação, ou uma academia. Bastava ser um Clube. As reuniões semanais
eram realizadas ao ar livre no “banco dos patos”
7
ou no cemitério.
Esta fase boêmia do Clube da Madrugada atingiu, efetivamente, o seu auge com
as sessões literárias promovidas no cemitério São João Batista, depois de soar a
meia-noite. Por um ferro quebrado das grades que davam para o Boulevard
Amazonas, entravam os seresteiros levando consigo a garrafa de pinga, o violão
e quase sempre livros que eram lidos e discutidos nos bares. Aproveitando esse
clima favorável, conferiam-se títulos e honrarias a intelectuais de renomes e
sagravam-se os novos de ‘Cavaleiros Iniciados em Todas as Madrugadas do
Universo’.
Mas, após três anos de existência, o Clube da Madrugada é acometido por um certo
desânimo em virtude do abandono por alguns de seus fundadores, deixando esvaziadas as sessões
de sábado à noite. Sentia-se uma espécie de pânico, segundo Jorge Tufic
(1984:24)
, um enorme
receio de se repetir um fracasso. Para ele, coube a Benedito Nunes analisar esse fenômeno, em
seu artigo no jornal “Para Todos”, em 1957, intitulado “Inventário e Planejamento”.
De quando em vez formam-se colônias de intelectuais que irrompem na
tranqüilidade estéril da vida que nos circunda. Aguentam-se por algum tempo,
graças ao poder de coesão do entusiasmo, mas não resistem ao primeiro contra-
golpe. E se desaparecem as circunstâncias felizes e ocasionais que se fizeram
surgir, desagregam-se rapidamente voltando tudo ao marasmo, à sesta constante
e ao fundo melancólico das redes que é, na Amazônia, o abrigo maternal dos
desencantados. As tentativas frustradas, a desesperança, a certeza prévia de que
o esforço, as idéias, o talento e a coragem são sacrificados pela vida vegetativa,
adormecem a sensibilidade e retardam a Inteligência. A desagregação não é aqui
um acidente, mas quase um imperativo.
Lançaram um manifesto em novembro de 1955: a Revista Madrugada, que seria a base
conceitual a servir de orientação para o grupo. Mas, apesar de projetos para novas edições,
devido às dificuldades financeiras a revista não voltou a circular. em 1961 (ano em que foram
publicados os estatutos), o Clube iria restaurar suas atividades jornalísticas mantendo uma página
suplementar no O Jornal” de domingo, que durou mais de dez anos, divulgando contos, poemas,
eventos culturais e promovendo as artes plásticas através das Feiras de 1963 e 1966. Naquele
momento, a tônica era a idéia de vanguarda, o que compreensivelmente ligava-se, antes de tudo,
ao pioneirismo do grupo, em áreas tão diversificadas, contudo integradas na busca de soluções
estéticas, sociais e econômicas.
7
Denominação alusiva aos patos que se encontravam no lago da Praça da Polícia (Heliodoro Balbi), à sombra de um
mulateiro.
21
As feiras de arte nos deram uma prova inequívoca do interesse da grande massa
pelo trabalho dos nossos artistas, atraindo milhares de pessoas que, de repente,
se viam diante de uma ‘coisa estranha, a que de certo não estavam habituadas,
mas capaz de produzir a satisfação de um intercâmbio de valores entre o gosto
popular e a experiência criadora. (TUFIC, 1984: 31)
No mesmo ano da II Feira de Artes Plásticas (1966), realizada no Teatro Amazonas,
ocorre a estréia do Teatro Universitário do Amazonas (TUA), com a peça “Toda Donzela Tem
um Pai que é uma Fera”. A crítica é favorável no Jornal do Comércio, do mês de dezembro, com
o jornalista João Roque reconhecendo o esforço dos jovens universitários como um “trabalho
sério, honesto, responsável e, acima de tudo, participante”. No ano seguinte o TUA montaria “A
Exceção e a Regra”, de Bertolt Brecht e se apresentaria em janeiro de 1968 no V Festival de
Teatro de Estudantes, com a mesma peça, no Teatro Nacional de Comédias. Em seguida
montaram “O Homem da Flor na Boca”, de Pirandello, e “O Diário de um Louco”, de Gogol. A
última montagem foi “O Espião”, de Brecht, com a qual receberam o prêmio de melhor
espetáculo do II Festival de Cultura, de 1968, promovido pela Fundação Cultural do Amazonas.
(AZANCOTH, 2001).
Após o término do TUA, alguns de seus integrantes irão participar de outra história
teatral, a história do Teatro Experimental do Sesc (TESC), que no dia primeiro de maio de 1969
estreava com a peça “Eles não Usam Black-tie”, de Gianfrancesco Guarnieri. A história do TESC
é contada por Márcio Souza, em “O Palco Verde” (1984), no qual descreve sua experiência no
grupo e as opções estéticas e políticas pelo regionalismo e pela crítica social no período de 1968
a 1982; e pelos pesquisadores Ednei Azancoth e Selda Costa (2009) unindo o tom memorialista
do primeiro à experiência com a pesquisa social da segunda.
Eram tempos de integração, de perdas identitárias. A região amazônica e
Manaus entram na marra, com a Zona Franca, na tal de globalização (...) O Tesc
era assim, um espaço sério, que responde com muito humor ao sufoco geral. Que
zomba de uma elite passadista e anuncia, denunciando, com agressiva alegria,
uma nova consciência: somos todos aculturados’, mas ainda é tempo de nos
despirmos e confeccionarmos nova roupagem. Ajuricaba, Jurupari, o canto livre
dos Dessana aí estão para abrir os caminhos. (COSTA, 2009:10)
Além das experiências de Teatro Universitário e do TESC, Manaus te o “Gruta, a
flecha do Teatro Cabocão” que, segundo o diretor Marcos José ( 1993 ), apresentava anseios de
um teatro fortemente popular completamente diferenciado dos princípios ideológicos e estéticos
do TESC, optando por espaços públicos mais condizentes com sua proposta de tornar-se um
diferencial na história da cidade.
22
Deixando de lado a nostalgia do cabaço, eu quero te dizer que os traços que
deram ao GRUTA a sua identidade original que o diferenciaram dos outros
grupos de teatro que existiram antes e depois dele aqui em Manaus, foram
exatamente o método de interpretação, o despojamento da encenação e a relação
estreita da experiência-cênica com o blico. Em outras palavras: o GRUTA foi
o primeiro – por isso a alusão à nostalgia do cabaço – grupo teatral de Manaus, a
criar uma metodologia cênica organizada nas nuances da Comédia dell’Arte que
lhe permitiu um estudo psico-social da gesticulação-natural da cabocada que o
afastou da pretensão estúpida de imitar uma dramaturgia colonizadora. Ao fugir
deste Demiurgo foi possível entender a nascente e o compromisso do Teatro
Cabocão. ( MARCOS JOSÉ, 1993: 22-23 )
Nos anos 60 evidencia-se que a literatura, as artes plásticas, o teatro e o cinema, por meio
de artistas e intelectuais construíam espaços de discussão e produção cultural apesar do olhar
vigilante da ditadura e dos resíduos da política populista. As atividades relacionadas ao cinema,
que haviam sido extintas no ciclo da borracha, retornam a partir dos anos 50 com um programa
de crítica cinematográfica, o ‘Cinemascope no Ar”, da Rádio Rio Mar (1954), e a página de
cinema no jornal “Diário da Tarde”, escrita por Joaquim Marinho. Em 1962, decorrente de um
curso sobre cinema surge o Grupo de Estudos Cinematográficos (GEC). Eram cinéfilos e, em
princípio queriam somente apreciar os filmes, e no processo começaram a estudar, pesquisar e
promover debates. Assistiam tudo: René Clair, Eisenstein, filmes de bang-bang, cinema
fantástico, Hitchcok. O participantes do GEC, tal qual os integrantes do TESC também tiveram
problemas com a censura e foram obrigados em 1967, a explicar um trecho do filme de Buñuel
para os policiais de Manaus. Em 1967 ocorre o I Festival de Cinema Amador do Amazonas,
apoiado pelo Clube da Madrugada e, em 1969 realizou-se o I Festival Norte de Cinema
Brasileiro, promovido pelo Departamento de Propaganda e Turismo do Amazonas DEPRO.
Este Festival de Cinema, parece ter sido um divisor de águas, visto orientar alguns participantes
para a realização cinematográfica local e outros para a pesquisa histórica. Contudo, apesar desse
movimento, verifica-se que em 1974 existia um cinema em Manaus e em 1975 não existia
mais nenhum. (COSTA, 1987; LOBO, 1988; COSTA, 1996).
Para Jorge Tufic (1984), com o advento da Zona Franca de Manaus a noção de progresso
misturava-se com a senha do lucro, e uma outra mentalidade instalava-se no meio provinciano,
empolgado e cego às intenções do capital estrangeiro. Isto se refletiu no espaço cultural, na
medida em que se via saturado pelos gráficos estatísticos de importação e exportação, deixando
passar alguns anos de inércia, sem páginas ou suplementos literários para a imprensa manauara
ou ações inócuas dos órgãos culturais.
23
A partir de 1970, a Fundação Cultural do Amazonas e o Conselho de Cultura
absorviam uma boa parcela de valores do Clube, tendo-se iniciado a execução
dos Planos de Política Cultural do Governo. Instituição de Concursos e apoio
aos artistas plásticos, faziam parecer inócua a iniciativa particular. Pelo menos
até onde a descontinuidade na política cultural do Governo chegara ao clímax de
fechar a questão, tornando igualmente inócuos os órgãos culturais do Estado.
(...) Esta pois, a situação que se enfrenta trinta anos depois, como se ainda
estivéssemos há trinta anos antes. (TUFIC, 1984: 62)
Em relação à dança, embora não tenham sido encontrados estudos específicos, pode-se
arriscar uma dedução preliminar de que a atuação dos artistas e professores realizava-se à parte
dos questionamentos do Clube da Madrugada e do Grupo de Estudos Cinematográficos, ou
mesmo, da movimentação teatral da época. Nas fontes consultadas é inexistente a referência a
qualquer tipo de aproximação. Um exemplo disso pode-se considerar a realização do III Festival
de Cultura do Estado (1969), no qual o único grupo de dança a concorrer foi eliminado pela
comissão examinadora, que afirmou desconhecer a procedência folclórica da proposta, embora o
Tesc tivesse declarado serem danças inspiradas no folclore dos Urais (AZANCOTH, 2009: 33).
Mas, através dos jornais, verifica-se que neste mesmo ano ocorre o II Festival de Danças
Clássicas e Danças Modernas, bem como são realizadas as atividades da Escola de Dança do
Teatro Amazonas, mantida pela Fundação Cultural. Os nomes em voga nas décadas de 1950 e
1960 são de Beatriz d’Agostinho, Glória Velasquez, e Zenira Ferreira da Silva, enquanto
professoras de balé
8
. no início da década de 1970, Adair de Palma
9
abre uma escola de dança
na Associação dos Sargentos da Amazônia (ASA), ministrando balé, danças folclóricas e jazz.
No entanto a escola funcionará somente durante alguns anos. Em 1978, o professor se muda
para a capital do estado de Rondônia e implanta a Escola Municipal de Dança.
Jeanne Chaves
10
, integrante da primeira turma, relembra o período:
8
No Anexo A desta tese reunimos fontes de jornais e da revista Manaus Magazine, em que se tem o registro das
atividades destas professoras e dos eventos realizados neste período.
9
Adair de Castro Palma. Nasceu no Rio de Janeiro. Diplomou-se em música e balé, registrado na Secretaria de
Educação do Estado da Guanabara. Atuou como bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e integrou o corpo
de ballet das TVs Tupi, Excelsior e Globo. Lecionou balé no Conservatório Brasileiro de Música no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, no Conservatório de Ciências e em Vassouras lecionou para as princesas da família real de Orleans e
Bragança. Contratado pelo Governo do estado da Paraíba fundou o Ballet do Centenário e simultaneamente
coreografou para a TV Borborema, das Associadas. Em 1965 a revista “Querida” lhe dedicou uma reportagem que
lhe valeu convite para dançar no Ballet de Lisboa. Fonte: Programação de espetáculo do acervo pessoal de Jeanne
Chaves.
10
Jeanne Chaves de Abreu. Proprietária da Academia Dance Hall, em Manaus. Foi aluna de Adair de Palma e de
Arnaldo Peduto. Graduou-se em Educação Física pela Universidade do Amazonas e exerceu o cargo de coordenação
do Curso de Dança da Escola Superior de Artes e Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no
período de outubro/2007 a janeiro/2009. Entrevista concedida em 18 de abril de 2009.
24
haviam passado outros professores que não se fixaram. tinha passado uma,
no próprio Teatro Amazonas, eu não sei da época... uma portuguesa, se eu não
me engano, outra no Ideal Clube. Mas eles passaram muito rapidamente por
aqui e quem ficou mais tempo na realidade foi ele. E em relação à
receptividade dele, foi muito grande, porque a cidade carecia disso, tanto que a
maioria das alunas dele eram moças da sociedade. (...) Ele vinha do Rio de
Janeiro, do Municipal do Rio de Janeiro. Ele falava que ele tinha sido aluno da
Nina Verchinina e da Dona Eugenia Feodorova. Eu me lembro que ele falava
muito nas duas, na Nina e na Eugenia. Falava bastante e com enorme respeito.
Em 1976, José Rezende implanta uma academia de ballet clássico em Manaus e será o
responsável pela formação de diversos bailarinos. Sua rede de contatos propiciou a apresentação
de espetáculos e cursos ministrados por bailarinos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A
trajetória de Rezende constitui-se em uma história à parte devido à intensa atividade de sua
academia e às fortes influências exercidas na dança local. Um pouco depois, o carioca Arnaldo
Peduto abrirá uma academia de Jazz e será o responsável pela propagação do gênero nesta
cidade. No próximo capítulo estes professores, devido à sua relevância, serão retomados com
mais detalhes.
Contudo, faz-se necessário um esclarecimento. O panorama aqui desenhado, ora entre a
literatura crítica, ora entre os movimentos sociais e as matérias jornalísticas como fontes,
começou a adquirir visibilidade a partir dos anos de 1980 pelo menos no meio universitário -,
pois a falta de informações orientava-se, em termos de publicação, ao quadro esboçado em “A
Expressão Amazonense” (1977), por Márcio Souza. Esta obra, embora tenha exercido papel
fundamental para o contexto histórico da época, imprimiu um teor ácido e pouco otimista à
interpretação das artes, do jornalismo e da vida cotidiana em Manaus. Somente a partir da década
de 80, professores da Universidade do Amazonas, em suas dissertações e teses, e a produção de
escritores-testemunhas-participantes dos grupos sociais citados anteriormente proporcionaram a
possibilidade de uma outra leitura, da construção de um outro olhar para Manaus, no qual
durante determinados períodos históricos, artistas e intelectuais de diversas áreas se reuniram
para discutir a cultura e a arte no Amazonas e o contexto político que lhe permeava.
Para os artistas e intelectuais os anos 80 como expectativa seriam os anos libertadores. E
de fato o foram. Transição política no mundo. Transição política no Brasil. Em Manaus, surgem a
partir desta década (mesmo em número reduzido), publicações relacionadas ao viver cultural e
artístico da cidade: histórias de teatro, cinema, aspectos urbanos, rebeliões, economia e ecologia.
25
Os escritos, em sua maioria, possuem como tema principal a historiografia oficial e os
silenciamentos provenientes do poder e da falta de registros. Acompanham uma tendência à
proliferação de estudos sobre a Amazônia, iniciada na década de 70. Trabalhos que decorrem
tanto de pesquisas acadêmicas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), quanto das
iniciativas de artistas, de diversas áreas, em registrar suas experiências. Apresentam um tom
denuncista de tivemos” e do abandono do poder público com relação ao patrimônio material
e imaterial do Estado e do Município, com políticas de centralização e descontinuidade. E no
final dos anos 80 (1989) paira no ar o discurso do desenvolvimento sustentável em artes, através
de um sistema de fundos e conselhos. O que, segundo Mitoso (2004), é reforçado no II
Seminário de Revisão Crítica da Cultura Amazonense (1992) e se consolida institucionalmente
em audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado, em 2003.
Verifica-se, no início desta década, que o surgimento dos grupos Dançaviva e Núcleo
Universitário de Dança Contemporânea (Nudac) contribuem para uma nova configuração cultural
e artística. As questões da cena, por um lado, seguem o rastro do regionalismo e da crítica social,
e por outro, uma visão de corpo e de cena orientada para procedimentos de improvisação. No
Dançaviva e seus desdobramentos nos grupos Movimento, Grupo Experimental de Dança do
Teatro Amazonas, Origem e Gedam -, as referências conceituais encontram-se, principalmente,
no Ballet Stagium
11
; enquanto o Nudac externa suas relações com o curso de graduação da
Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde a coreógrafa e diretora Lia Sampaio havia feito sua
formação. No Teatro Amazonas a circulação de espetáculos de dança é incipiente, com passagens
ligeiras tanto de companhias de balé clássico, quanto de grupos folclóricos de outros países,
apresentações esporádicas de grupos nacionais e espetáculos de final de ano promovidos pelas
academias.
O balanço histórico e social com as artes continua nos escritos dos anos de 1990. Surgem
novas publicações sobre diversas linguagens - tais como o teatro, cinema, música, arquitetura
em períodos distintos, como a Amazônia colonial, o ciclo da borracha e a posterior depressão
econômica. Na literatura, a publicação de Neide Gondim, em 1994, torna-se obra de referência,
pois sua “A invenção da Amazônia”, será leitura obrigatória no programa de pós-graduação em
Natureza e Cultura da Amazônia, na UFAM. Nela, a autora propõe demonstrar “de que maneira
11
O Ballet Stagium foi criado no início da década de 1970, em São Paulo. Esta companhia de dança causou grande
impacto na região norte do Brasil, principalmente, devido às suas viagens freqüentes e por apresentar temas de
interesse local. No subcapítulo 2.2 serão detalhadas suas relações com os grupos da capital amazonense.
26
e por quais artifícios a Amazônia é inventada pelos europeus”, oferecendo um passeio por
filósofos como Montaigne, Hobbes e Locke, e prosadores como Jules Verne, Conan Doyle e
Vicki Baum. em 1997 surge outra obra de referência, agora no campo da música erudita.
Márcio Páscoa irá publicar “A vida musical em Manaus na época da borracha (1850-1920)”, e
em seguida organizará uma Cronologia Lírica de Manaus, em 2000. Em 2001, o jornalista Adalto
Xavier publicará “Dançando conforme a música”, obra na qual intenta apresentar a trajetória do
movimento artístico de dança no Estado, abrangendo um recorte temporal de três décadas.
Além destes campos artísticos, os pesquisadores buscam investigar a cidade em suas
diversas correlações sociais, econômicas e políticas, seja no estudo desenvolvido pela
historiadora Edinea Dias, em “A ilusão do Fausto. Manaus: 1890-1920”, publicado em 1999, no
qual a autora expõe o urbanismo enquanto modo de organização do espaço e estratégia política,
seja no olhar do geógrafo José Aldemir de Oliveira, em “Manaus de 1920-1967. A cidade doce e
dura em excesso”, publicado em 2003, buscando reescrever a imagem de Manaus no período da
depressão econômica. Soma-se ainda a estes exemplos a pesquisa meticulosa do artista plástico
e historiador, Otoni Mesquita, na escrita de “Manaus: História e Arquitetura 1852-1910”, em
2006, e os movimentos de organização política instituídos por um coletivo artístico, na
perspectiva de José Ribamar Mitoso, em “Os artistas de março. Um movimento artístico na
Amazônia”, publicado em 2004.
Estas obras podem ser consideradas como modos de resistência às forças políticas e
ideológicas, historicamente constituídas, posto que apresentam o exercício da denúncia das
manobras do poder instituído, e a disponibilização de informações antes esquecidas,
marginalizadas ou completamente censuradas. Tais publicações são de extrema relevância na
medida em que seguem na contramão dos discursos de desqualificação da vida cultural local e
que estimulam indagações acerca de outras aventuras epistemológicas, que possam incluir, por
exemplo, as mestiçagens culturais.
Conforme Pinheiro, em Comunicação & cultura: barroco e mestiçagem (2006:10), os
modos de abordagem das mestiçagens desconhecem o dilema entre identidade e oposição, e se
apresentam na condição de tramas conectivas que festejam a tensão relacional nas quais
27
Os componentes não podem ser vistos monadicamente, como dígitos
sucessivos discretos, nem encaminham-se na direção de uma futura unidade
sintética salvadora: persistem bravamente nessa trama de confluências, nesse
vitral ou palimpsesto de séries e linguagens. O prazer do componente está na
festa da composição para a qual contribui, o no narcisismo isolado da sua
especial participação competitiva. Isto vale para os ingredientes de um bom
prato de comida, para uma obra poética e para as grandes catedrais.
O viver amazônico e mais especificamente a vida cultural e artística em Manaus, ainda
ressente-se de abordagens de mestiçagens, as quais possam apresentar outras formas de
articulação cultural, outros nexos de sentido, outras teias de significado. Teias nas quais a
Amazônia colonial possa ser vista a partir de convivências e negociações de poder, o período do
ciclo da borracha não seja apenas sinônimo de opulência e esbanjamento frívolos, e a depressão
econômica não necessariamente tenha impossibilitado a vida cultural da cidade. Procedimentos
que auxiliariam na transformação do passado, na mudança de perspectivas e, na ampliação dos
questionamentos e, permitiriam o restabelecimento da função memória deste sistema,
possibilitando otimizar a elaboração das informações do ambiente e a conseqüente produção de
autonomia. Pode-se começar pelas relações da dança cênica e a circulação das idéias nas folhas
dos jornais...
28
CAPÍTULO 2
A DANÇA EM MANAUS.
PALIMPSESTOS DO JORNALISMO IMPRESSO.
29
2.1 Configurações do Jornalismo Cultural
Em Manaus, na década de 1980 circulavam os jornais “A Crítica”, “Jornal do Comércio”,
“A Notícia”, “Diário do Amazonas” e “Amazonas em Tempo”. Os jornalistas que atuavam
nestes veículos eram formados tanto na prática das redações quanto no ambiente universitário.
Condição de convivência relativamente recente ao consideramos que a primeira turma de
jornalismo da então Universidade do Amazonas (UA) tem início em 1970. Na edição
comemorativa dos 20 anos do curso de comunicação social do Jornal Laboratório Nheengatu
12
,
encontram-se vários testemunhos dos alunos da época - posteriormente professores do curso -,
nas quais se evidenciam tanto a dinâmica e as dificuldades institucionais da criação e
consolidação do curso, bem como as desconfianças e desconfortos sentidos pelos profissionais
atuantes nas redações.
A idéia de criação do curso foi desencadeada por um ofício enviado pelo presidente do
Sindicato dos Jornalistas do Estado do Amazonas ao reitor Jauary Guimarães de Sousa Marinho.
O reitor então solicitou ao Centro de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicas da UA um estudo
quanto à demanda estudantil e do mercado de trabalho. O diretor do Centro, Edson de Aguiar
Rosas, apresentou em resposta um documento que continha a opinião de pessoas e instituições
ligadas ao setor, bem como a relação de entidades que utilizavam em seus quadros os
profissionais de jornalismo, mencionando seis jornais, seis emissoras de rádio, três revistas,
quatro televisões, cinco empresas de publicidade e seis setores do serviço público, além de outras
instituições que editavam boletins ou mantinham elementos credenciados para a coordenação e
redação de notícias.
A situação da imprensa na época era de precariedade e o curso objetivava atender a
demanda de ensino específico e especializado referentes a um saber jornalístico e científico, não
sem desconfianças e desconfortos frente à possibilidade de mudança de perfil das redações e à
própria qualidade do ensino universitário. Nas múltiplas falas percebe-se a existência de pontos
de tensão entre a matriz curricular do curso, suas reais condições de funcionamento, e os anseios
de preparação para o mercado de trabalho. Para alguns alunos as disciplinas tinham um caráter
12
NHEENGATU. Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social da Universidade do Amazonas. Edição
Comemorativa dos 20 anos do curso. Dezembro/1990.7
o
período de jornalismo.
30
geral, de humanidades, que não servia para nada, para outros eram importantes na preparação
cultural do jornalista. Rui Alencar, declara que houve uma tentativa de ridicularizar os novos
profissionais e que o tempo trouxe credibilidade. O que foi ratificado na fala de Antônio José
Costa ao afirmar que a situação começa a mudar somente após a terceira e a quarta turmas, pois o
entusiasmo e a criatividade dos recém graduados, aliada ao fato de que estes começavam a
ocupar cargos de chefia nas redações, começa a operar transformações em termos de produção,
inclusive em outras mídias, como a Televisão Educativa do Amazonas (TVE).
Conforme Walmir de Albuquerque
13
, o Jornal do Comércio” obteve, na década de 70 , a
liderança em termos de bom jornalismo, com uma boa cobertura, diferenciando-se das práticas do
jornalismo anterior, de um tipo bem acintoso. Uma imprensa marrom, de grupos políticos que
defendiam idéias, que eram muito mais opinativas do que informativas. Mas nos anos 1980, em
termos de grande circulação “A Crítica” toma a liderança e ao final da década surge o jornal
“Amazonas em Tempo”, com a proposta de ser o porta-voz do Distrito Industrial, com a
pretensão de ser uma espécie de “Gazeta Mercantil”, que pudesse influenciar a opinião pública
em geral. Para tanto, contrataram novo quadro, em que figuravam o chargista Mário Adolfo e o
poeta e escritor Aldísio Filgueiras. Pessoas que tinham uma visão diferente, ou pessoas
qualificadas pra fazer, por exemplo, um debate econômico, como o próprio Marcílio Junqueira,
que era economista. Lembra ainda que a divisão de assuntos em editorias foi implementada por
Nelson Dimas, no começo dos anos 1970, que se tornou professor do curso. Jornalista,
proveniente do Rio de Janeiro, que veio para implantar o off-set e organizar a redação, ou seja,
fazer a reforma e a modernização do Jornal do Comércio, que pertencia aos Diários Associados.
Essa gente sempre teve um no jornalismo e outro na atividade cultural. Mas o
que eu vejo em termos de desenvolvimento da cultura, é que o jornalismo chega a
fazer o contraponto porque a gente passa a ter uma cobertura do movimento
cultural. Eu não digo que ela chega a ser boa o suficiente, ou qualificada e etc,
mas os jornais passam a ter uma página, que até então o que tinha na época era a
página do Clube da Madrugada Era uma poesia aqui... a divulgação de um
encontro ou palestra... Então os cadernos já vão aparecer. Então essas coisas
começam dentro da redação. Em primeiro lugar começam a dividir as editorias.
Separar da editoria de cidade uma editoria de cultura, de educação. Eu me lembro
que isso o Dimas fez quando chegou e eu cobria as editorias de educação e saúde
13
Aluno da primeira turma do curso de jornalismo da Universidade do Amazonas (1970-1973). Trabalhou no Jornal
do Comércio nas editorias de educação e saúde nos anos 1970. Professor do curso de comunicação social desde
1974, primeiro coordenador e chefe do departamento, em 1975. Nos anos 1990 foi diretor de pós-graduação e reitor
da UFAM (1997-2001). Entrevista concedida no dia 30 de setembro de 2009.
31
no Jornal do Comércio. Ele é que fez essa divisão de Editorias. Então o caderno
de Esporte, esse existia, era até o forte de alguns jornais, como o Diário da
Tarde. Mas os jornais vão ter... acho eu, no final dos anos 80, 90 a aparecer
mesmo a editoria de Cultura, a cobrir o setor.
No entanto, embora com quase dez anos de implantação do sistema de classificação por
editorias, a definição de um lugar específico para as artes ainda era precária, pois, com exceção
dos suplementos culturais de final de semana, as notícias sobre dança disputavam a atenção do
leitor com títulos de áreas de interesses diversos: cidades, esportes, geral, política, variedades,
internacional. Uma espacialidade dilatada graficamente que poderia dificultar a feitura de
conexões, de articulações de sentido, o desenvolver de uma leitura crítica, principalmente se a
matéria não estivesse vinculada diretamente aos interesses do leitor. Esse tipo de espacialidade
pode auxiliar no enfraquecimento da leitura das ocorrências, construindo um tipo de organização
na qual as informações sobre cultura podem ser vistas na condição de meros eventos, soltos,
dispersos, sem poder de coesão, desqualificados, diminuídos em seus ambientes artísticos,
educacionais, sociais e políticos.
Nos anos 1990 o Brasil reaprende os caminhos da democracia e, com a explosão da
internet, surge uma nova ordem nos processos de comunicação mundial. São criados vários
cursos de graduação em jornalismo, no entanto, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
continua a ser a instituição de referência na formação dos profissionais de comunicação social.
Para Walmir de Albuquerque, é necessário ver essas duas décadas (80 e 90) como o reino do
instrumental, no qual todos (comunicação, arte, letras) buscavam a instrumentalização para o
mercado de trabalho, conclamando que a universidade não preparava ou não correspondia aos
anseios desse mercado. Conforme o professor, não se fazia boa teoria e tampouco se concretizava
a parte prática porque não existiam laboratórios, “mas assim mesmo se imaginava - e era a razão
pela qual os alunos não tinham amor pelo curso -, que na universidade tudo era teórico ou
ultrapassado”. Pensamento que relegava à uma condição marginal qualquer iniciativa
diferenciada, como foi o caso das atividades extra-curriculares do Programa Especial de
Treinamento (PET)
14
.
14
Programa institucional financiado pela CAPES/MEC, em convênio com as universidades públicas brasileiras, para
reforçar, através de um sistema de bolsas para alunos de graduação, visando a preparação intelectual e profissional
dos estudantes. As atividades do PET-Comunicação começaram em 1988 e abarcavam seminários, leituras
orientadas, produção de artigos e monografias. Fonte: Encontros de Grupos PET da Universidade do Amazonas (1.:
1993: Manaus)
32
Estes pontos de tensão relacionados à formação do jornalista não eram exclusivos do
meio universitário amazonense, embora se agravassem diante das peculiaridades regionais.
Diversos autores (MEDITSCH,1999; SCHUCH,2002; MACHADO,2006; GOLZIO,2009)
expõem suas opiniões sobre as deficiências estruturais que perpassam o ensino do jornalismo no
Brasil, e as dificuldades de elaboração de um programa pedagógico que propicie o equilíbrio
entre a formação do profissional, como cidadão, agente político e as demandas técnicas e
comerciais do mercado. Para Machado (2006: 104-118) uma avaliação das escolas brasileiras de
formação de jornalistas, conduz à conclusão de que predomina o modelo de ensino atrelado ao
repasse e acúmulo de conteúdos, sendo esta situação a menos recomendável numa sociedade
fundada em relações marcadas pela troca constante de conhecimento. Diferentemente dos que
pensam a reforma deste modelo de ensino, o epicentro das mudanças o ocorre nas alterações
dos currículos dos cursos, mas nas condições de ensino, que devem incorporar a pesquisa
enquanto princípio educativo, servindo como eixo constituinte do ambiente de formação do
aluno. “No horizonte de um mercado competitivo, o futuro profissional necessita refletir sobre a
própria prática, demonstrando habilidade para formular métodos, compreender processos e agir
com autonomia”, afirma.
Foi relevante, neste sentido, a realização do “Encontro de Editores de Jornais”
15
, em
Manaus, no ano de 1997, pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ) com o intuito de apontar
tendências do jornalismo, discutindo os temas “O resgate da reportagem” e “O jornalismo
regional”. Neste evento, as falas se reiteravam entre o fortalecimento das dimensões éticas e de
cidadania, e o aspecto de competitividade empresarial. No discurso de abertura do evento, a vice-
presidente do jornal A Crítica, e membro do Conselho Administrativo da ANJ, Cristina
Calderaro Corrêa, apresentou como objetivo do encontro, entre outros, a inserção da região no
circuito de debates em torno de temas importantes. E no decorrer dos trabalhos, o diretor
executivo do órgão, Deusdeth Aquino, chamou de “excessiva” pelos jornais regionais, a compra
de matérias informativas e colunas de opinião do sul do país. Afirmou a necessidade de que os
jornais regionais se diferenciassem, pois eram a garantia da pluralidade federativa de opiniões, e
que tal número excessivo de colunas de opinião de outros centros era uma forma de
‘colonialismo’ interno.
15
Este evento foi realizado pela ANJ (que reunia à época 108 jornais de todos os estados brasileiros, representando
92% da circulação nacional) e promovido pelo Jornal A Crítica, reunindo cerca de setenta jornalistas de todo o país.
Os dados aqui apresentados possuem como fonte o jornal A Crítica (08/07/1997).
33
É particularmente marcante a fala do diretor executivo da Associação Nacional dos
Jornais, porque durante este período é possível verificar no campo do jornalismo cultural o
surgimento dos cadernos de cultura em Manaus, acompanhando, embora com certo atraso e de
modo peculiar, as tendências do Rio de Janeiro e São Paulo (SILVA, 1997; PIZA, 2003).
Observa-se então o aparecimento de várias matérias de agências de notícias
16
, todas assinadas e
com as mais variadas abordagens, mas que se enfatizar que, neste contexto não se pode
caracterizá-las como excessivas. De modo geral, a cobertura jornalística crescerá em termos de
freqüência de matérias sobre as artes, e as políticas públicas do estado sofrem transformações
permitindo a criação de corpos estáveis no Teatro Amazonas. Nota-se que este é um período não
apenas de denúncias (como na década de 80), mas de cobranças e solicitação de organização e
planejamento, destacando-se o trabalho da jornalista Leila Leong, fundamental na cobertura das
querelas entre políticos e artistas locais, que acionará com certa regularidade a posição do poder
público frente aos artistas. No entanto, percebe-se apenas uma melhoria qualitativa em termos
redacionais, dando continuidade a um baixo teor descritivo, bem como às imprecisões, equívocos
de informação, falta de olhar apurado para a leitura social e política e, consequentemente, para a
criação de pautas relevantes em termos de cobertura da dança.
Diante deste quadro, torna-se imprescindível a reunião e sistematização das matérias, com
o intuito de permitir uma reorganização espacial e temporal na construção de um mapeamento da
malha de circulação de informações referentes à dança, na qual se pode identificar espetáculos
de grupos internacionais, nacionais, e locais; as mostras cênicas estudantis e os cursos
organizados pela Secretaria de Educação e Cultura, coexistindo com as academias particulares
de dança, o surgimento dos grupos independentes e a atuação da Superintendência de Teatro do
Amazonas. Procedimentos que possibilitam uma reorientação de sentido para a interpretação da
cultura da dança e do jornalismo cultural em Manaus, mesmo que seja apenas viabilizando uma
reflexão preliminar.
16
Foram encontradas as seguintes matérias: “Brasil vira tema de bienal da dança”, por Ana Francisca Ponzio /
Agência Folha (A Crítica, 23/02/1995) ; “Márcia Haydée se despede dos palcos com espetáculo”, por Rosângela
Honôr / Agência Estado (A Crítica, 10/05/1995); “Livro revela a dança que revela o Brasil”, por Edmilson Silva /
Agência Estado (A Crítica, 24/08/1995); “Stagium cria rede de referência para a dança”, por Marina Della Valle /
Agência Estado (A Crítica, 25/06/1996); “Bela Adormecida estréia hoje no Rio”, por Beatriz Coelho Silva / Agência
Estado (A Crítica, 10/12/1998); “Ana Botafogo vai viver Cacilda Becker no balé, por Beatriz Coelho Silva / Agência
Estado (A Crítica, 19-20/09/1998); “O corpo como objeto de arte”, por Ana Francisca Ponzio / Agência Folha (A
Crítica, 05/08/1999); e “Petróleo banca a cultura”, por Beatriz Coelho Silva / Agência Estado (A Crítica,
20/01/2000).
34
Malha Informacional nos Impressos: os espetáculos, a formação e as políticas públicas
Nestes dez anos registra-se, em relação aos espetáculos internacionais, a apresentação do
bailarino francês Dominique Petit (1984), bem como dos seguintes grupos: Ballet Nacional do
Senegal (1980), Companhia Balé Clássico (Itália/1981), Jun Kono Dance Company
(Japão/1981), Conjunto Kabardinka de Danças Folclóricas do Cáucaso (URSS/1983), Ballet
Contemporâneo da Venezuela Danzaluz (1987) e Cia. Shigayama (Japão/ 1988). Nos anos de
1982, 1986 e 1989 não foram encontrados registros de que alguma companhia de dança tenha se
apresentado em Manaus.
Em termos redacionais a escrita apresenta-se com problemas de imprecisão, captação e
apuração. Encontram-se erros estruturais de lide
17
, como por exemplo, a matéria sobre a
Companhia Ballet Clássico (Jornal do Comércio, 20/05/1981), que acentua o currículo dos
bailarinos, sem apresentar o programa, ou seja, não se fica sabendo o quê se vai assistir, apenas
os itens quando e onde. O texto cita vários nomes famosos (os parceiros, o parentesco, os
convites), e a interpretação de coreografias renomadas. Cita-se ainda o caso do Ballet Folclórico
de Israel que somente após a apresentação, devido a uma nota do colunista Gil, descobre-se que é
um grupo formado por estudantes paranaenses e que de Israel somente tem uma cantora e um
instrumentista. De modo geral, as informações anteriores induziam ao pensamento de que era um
balé folclórico proveniente de Israel.
Na década de 1980, a cobertura dos eventos é superficial, ancorada na mera reprodução
dos press-releases
18
, na qual o que se destaca é o anúncio do acontecimento. Trata-se de uma
cobertura apenas da ordem do “imediato”, em que se prioriza o tempo real , negligenciando o
seu papel em um contexto mais ampliado. Pode-se apresentar como exemplo ilustrativo a
realização do 1
o
Seminário de Artes Cênicas do Amazonas, cuja pauta de discussão
fundamentava-se nas relações do Estado com a Cultura. Para este evento, apenas uma matéria
(A Crítica, 29/04/1986) foi veiculada, priorizando os itens da programação. Não foram
encontrados registros posteriores que apresentassem os resultados do seminário, o que seria de
17
Termo técnico do jornalismo, que se define como o resumo inicial de qualquer matéria, constituído pelos
elementos fundamentais do relato a ser desenvolvido no texto. Em sua construção, o redator deve responder às
questões básicas da informação: o quê, quem, quando, onde, como e por quê, embora não necessariamente a todas
elas em conjunto. (BARBOSA; RABAÇA, 2010: 426)
18
Comunicados provenientes de assessorias de imprensa, grupos, ou pessoas, com o objetivo de informar, anunciar,
contestar esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que lhe seja de interesse.
35
extrema utilidade pública considerando os seus objetivos de criar um plano de cultura para a
região e esclarecer os projetos criados na área. Bailarinos não são entrevistados, diretores e
coreógrafos também não são entrevistados. Informações complementares sobre o processo
artístico ou os referenciais estéticos do grupo e suas implicações na produção do espetáculo, não
adensam as matérias. Torna-se comum ver a colagem dos releases fornecidos pelos artistas,
grupos, ou agências de informação. Talvez resquícios da prática do “tesoura/gilete press”
19
que se
fazia na década anterior. Pode-se citar como exemplo a Cia. Shigayama ( A Crítica, 28/08/88),
em que se tem no mesmo dia dois registros: um na editoria de Cidade e o outro em Colunismo
Social. São as mesmas informações, organizadas textualmente com pouca diferença. Ou ainda, a
matéria sobre o Conjunto Kabardinka, de Danças Folclóricas do Cáucaso (A Crítica, 01/05/1983),
na qual se reproduz um trecho do texto do Business Day-Filipinas.
Constata-se como resultado dessa cultura do tesoura-press - em que não se busca
acompanhar os desdobramentos -, a freqüência irrisória de comentários dos espetáculos. Estes
aparecem geralmente em matérias não assinadas ou nas notas dos colunistas sociais, que
apresentam suas impressões pessoais, repletas de palavras acostumadas e de efeito. Não existe a
figura do crítico, embora em alguns textos se encontre referências a eles, os quais, por não serem
nominados, acabam por se configurar muito mais como um recurso lingüístico, uma entidade
indeterminada que funciona como legitimadora das impressões de quem escreveu, como ilustrado
na matéria sobre a Jun Kono Dance Company:
A colônia dos japoneses, embora não tenha comparecido maciçamente, no TA,
como era esperado, contribuiu para o exito das exibições, considerada de alto
nível pelos críticos de arte, principalmente ‘ O Guarani’. (Jornal do Commércio,
27/08/81)
O Ballet Nacional do Senegal constitui um outro exemplo, conjugando praticamente todos
as questões relacionadas anteriormente. A matéria encontrada no jornal A Crítica (14/05/1980),
parece ser reprodução de release e, mesmo não sendo assinada, termina com um tom autoral:
“As histórias contadas são da mais pura simplicidade, baseadas em lendas negras dos povos
negros da África e o espetáculo pode ser recomendado a todos os que gostam do balé
coreográfico.” Após a estréia, surge uma nota com a opinião de Eça de Assis, generalizando sua
experiência pessoal: (...) Quem foi à estréia gostou. Até que enfim viu-se um bom espetáculo
19
Recurso de cortar e colar as matérias tal qual vinham da fonte, sem alterar ou acrescentar nada ao texto.
36
no Teatro Amazonas.” (A Crítica, 16/05/1980) E por fim, outra nota, na qual o colunista Gil (A
Crítica, 17/05/1980) afirmou ter gostado justificando o porquê, ao descrever a lotação do teatro
e suas impressões de admiração com “a coreografia, as cores fortes, todo um ritual estranho.”
De modo geral, pode-se dizer que a relação dos espetáculos internacionais com a cidade
parece sempre ser a de espanto. Manaus recebe poucas apresentações e a relação com outras
culturas inscreve-se na ordem do exotismo quando diante dos balés folclóricos ou como
legitimação da cultura clássica européia para os espetáculos do chamado balé acadêmico. Os
colunistas reforçam constantemente este modo de pensar. Postura que não se diferencia na década
seguinte, embora seja possível observar a melhora progressiva dos textos, em termos de técnicas
de redação jornalística, na cobertura das passagens do Conjunto de Cantos e Danças de Etnias
Menores da China (1991), Ballet de Kiev (1994), Balé do Teatro Stanislavsky (1995), Balé
Antonio Gades (1995), o grupo de Kimiko Kawata (1995), Balé de Maly (1998), grupo La
Tarima de Locombia (1999), e Balé Real da Dinamarca (2000). Nos anos de 1990, 1992, 1993,
1996 e 1997 não foram encontrados registros. As matérias assinadas surgem com mais
freqüência: Leila Leong, Mário Freire, Elaíse Farias, Betsy Bell etc. E, mesmo que ainda
insuficiente, verifica-se uma outra atitude perante as fontes, pois agora encontram-se claramente
identificadas as agências, as falas individuais e institucionais.
Entretanto, continua a ausência de críticos e ainda surgem - quando acaba o recurso
descritivo das coreografias -, as palavras de passe e as frases de efeito, prontas para se deslocar de
um fato a outro, de uma matéria a outra.
Apesar da tradição secular da música e dança chinesas, esse é um espetáculo que
não se pode considerar erudito. O motivo para essas manifestações é retirado
diretamente da vida do homem simples, normalmente ligado à terra. (...) A aura
do espetáculo é a junção da beleza e da elegância, aliadas ao charme irresistível
da China mística e misteriosa. (
Conjunto de Cantos e Danças de Etnias
Menores da China
: A Crítica, 03/11/91)
Apesar do pouco público que compareceu à estréia do balé russo, no sábado
passado, a performance dos bailarinos levou os espectadores ao delírio.
Apostando na perfeição do rigor técnico, no domínio dos movimentos e no
figurino luxuoso, os bailarinos demonstraram também extrema alegria ao
dançar, sorrindo o tempo todo. (
Balé de Maly
: A Crítica, 15/04/98)
É possível verificar também um outro aspecto nos textos dos anos de 1990, o qual
merece ser destacado: o recurso da entrevista. Antes negligenciada, e agora efetivamente
37
utilizada, as entrevistas com alguns membros dos grupos, tornam possível compreender as
expectativas e os sentimentos dos profissionais estrangeiros em relação à cultura local.
Viver na Índia é como ser transportado a mil anos atrás, onde se come com as
mãos e uma profunda relação com a terra e a espiritualidade. É um choque,
um contraste com a Manaus moderna, onde agora existe mais cimento que
natureza, apesar de estar em plena Amazônia, fala Moreno. (grupo La Tarima de
Locombia: A Crítica, 30/06/99)
Nessa turnê, temos nos apresentado em teatros modernos, com capacidade para
um público maior. Mas eu sinto que este teatro tem um espírito especial,
estamos ansiosos pelas apresentações aqui, declarou Rose Gad, primeira
bailarina da companhia. Esse teatro tem sido o grande objetivo dessa turnê. O
fato de ele existir aqui no meio da floresta o torna muito especial, concordou
Peter Bendisem, o primeiro bailarino. (Balé Real da Dinamarca: A Crítica,
11/07/2000)
Semelhante à situação dos espetáculos internacionais identificam-se poucos espetáculos
nacionais na década de 1980. Em boa parte das matérias, os acontecimentos são apenas
anunciados. Os textos mais extensos, geralmente, apresentam os mesmos problemas de
tratamento da informação e construção da notícia, os quais foram identificados anteriormente na
análise das matérias sobre espetáculos internacionais, ou seja, a prática de copiar press-releases,
as alusões à uma anônima “crítica especializada”, e os discursos pós-espetáculo na voz dos
colunistas sociais em papel ambivalente, na medida em que incentivam o público a assistir os
grupos locais, mas não conseguem articular outras justificativas para além de suas preferências
pessoais.
Estiveram em Manaus durante este período, o Grupo Corpo (1980), o Ballet Stagium
(1981; 1982; 1985), o Ballet do Teatro Castro Alves (1981), a Cia. de Dança Sílvio Dufrayer
(1986), o Balé Popular do Recife (1986), Ciro Barcellos e Moacir Gomes (1989), Valério Césio e
Rosito de Carmine (1989). Não foram encontrados registros de que alguma companhia nacional
de dança tenha se apresentado em Manaus nos anos de 1983, 1984 e 1987. Conforme se pôde
observar, tais grupos e profissionais apresentaram-se esporadicamente, com exceção do Ballet
Stagium, que apresentou certa regularidade. Torna-se relevante considerar ainda, na visualização
desta malha informacional, o fato de que alguns desses grupos e profissionais, aproveitavam sua
passagem pela cidade e ofereciam cursos, oficinas ou palestras. Foi o caso do curso de dança
Bahkti, por Ciro Barcellos e Moacir Gomes, que apresentaram o espetáculo “Dionísios”; e o
38
Curso de Revisão Técnica de Dança, por Rosito de Carmine e Valério Césio, com os espetáculos
“Rastros” e “Ulisses”.
Já nos anos 1990, Manaus receberá o Balé de Dalal Achcar (1990), os retornos do
espetáculo “Rastros”, de Rosito de Carmine (1991) e do Balé Stagium (1991; 1993; 1996), o
grupo Corpo (1991; 1997), o grupo Levante (1992), a Cia. Mongho (1993), o Ballet Yuba (1994),
a Cia. de Danças Clara Pinto (1994), a Cisne Negro (1994), a Cia. Márcia Milhazes (1997), a Cia.
Goiana (1997), a Cia de Dança Carlota Portela, e o grupo de dança Primeiro Ato (2000). Não
foram encontrados registros de apresentações referentes aos anos de 1995, 1998 e 1999.
Interessante notar que em algumas matérias o leitor é induzido ao equívoco de tomar
apresentações nacionais como se fossem internacionais. Tal fato se deve a um fenômeno cultural
que se iniciara na década de 80 com o Festival Folclórico da Escola Marquês de Santa Cruz, na
qual se fomentava a apresentação de vários grupos de dança representativos dos imigrantes.
Dessa forma, surgiam grupos sírios, libaneses e de danças russas, em sua maioria patrocinados
por empresários locais.
Na década de 1980, sobre os ambientes de ensino-aprendizagem, foram registrados, ainda
dentro desta experiência de troca de informações, cursos e oficinas com professores de fora de
Manaus. Em sua maioria foram cursos práticos de balé clássico, dança moderna, e jazz,
ministrados em alguns dias ou meses, como os de Andreas Paul Basler (STA/1982), Gisele
Santoro (Academia José Rezende /1982), Wilson Real (STA/1985), Omar Cláudio (Academia
Export/19987), Luís Carlos Ventrice (SEDUC/1987) e Maíza Tempesta (SEDUC/1988). As
matérias oferecem geralmente apenas a parte de serviços, com exceção do Curso de Dança
Contemporânea (A Crítica, 07/06/1984), ministrado por Graziela Rodrigues, do Ballet Stagium,
que expõe no último parágrafo o conteúdo a ser desenvolvido, e o Curso de Arte Integrada (A
Crítica, 22/01/1986), ministrado por Edva Barreto, professora do Departamento de Dança da
Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Nos anos 90 os jornais
continuam a noticiar os cursos livres de extensão oferecidos pelo Centro de Artes da
Universidade do Amazonas (CAUA) e pelas academias particulares de balé e jazz, assim como as
atividades nas escolas públicas e no Teatro Américo Alvarez, destacando as mostras estudantis e
a realização da programação de férias com seus cursos preparatórios, através de sua
Coordenadoria de Assuntos Culturais (CAC).
39
Sobre as academias - durante muito tempo as principais provedoras de um contato regular
com treinamentos corporais - , é importante fazermos uma pequena digressão na busca de
recuperar informações sobre as condições de formação referentes ao balé e ao jazz .
Em 1968, o bailarino José Rezende foi convidado pelo Departamento de Música da
Universidade do Amazonas para ministrar um curso rápido de balé clássico e anos depois decide
implantar sua escola de dança em Manaus. Criada em 1976, a Academia de Ballet José
Rezende” promoveu cerca de dois espetáculos anuais marcados pela presença de bailarinos de
fora do estado do Amazonas. Espetáculos que resultavam em periodicidade na mídia, com o
apelo das estrelas do balé, no palco ou fora dele, como no lançamento do “Dicionário de Ballet”,
escrito por Madeleine Rosay, ou a presença de Helba Nogueira, na ocasião presidente do
Conselho Brasileiro de Dança - CBDD
20
, no espetáculo de 1983. Assim, Manaus conheceu Ana
Botafogo, Alice Colino, Eliana Caminada, Nora Esteves, Carlos Louzada, Jair Moraes,
Wandylson Montenegro etc. É relevante citar ainda que na academia predominavam uma
estética e uma pedagogia fundamentadas em um ambiente hierarquizado, que atendia,
principalmente as filhas das famílias tradicionais amazonenses.
José Rezende nasceu em Manaus e começou a dançar aos catorze anos. Aos dezessete
tornou-se integrante da companhia do coreógrafo norte-americano William Dollar. No Teatro
Municipal do Rio de Janeiro foi aluno de Maria Olenewa, Leda Iuqui e Arthur Ferreira, entre
outros, ingressando posteriormente no Corpo de Baile. Participou na inauguração do Teatro
Castro Alves, da Bahia, com a Companhia Nacional de Ballet, em 1967, e do Ballet Brasileiro da
Bahia, com os bailarinos Márcia Haidée e Richard Cragun, sob a direção de Dalal Achcar.
Participou também do Ballet de Nina Verchinina como solista interpretando a “Dança dos
Negros”, de Frutuoso Viana. Estudou na Suiça, com Boris Kniassef, em Paris com Nora Kisse e
Mme. Preobajenska e, em Londres com Rex Reed, com quem fez várias turnês pela Europa.
Participou ainda do Ballet France et Spagne, sob a direção de José Torres e Marianne Ivanoff
21
.
Observa-se que nos espetáculos da década de 1980 os convidados do Teatro Municipal do
Rio de Janeiro, geralmente dançam trechos de balés de repertório, tais como Coppélia, Romeu e
Julieta, Dom Quixote, Quebra-Nozes etc, enquanto as alunas dançam coreografias do próprio
Rezende. Na segunda metade da década, ou, a partir de 1985 percebe-se que uma adoção
20
Órgão vinculado ao Conséil Internationalle de La Danse, da Unesco.
21
Informações compiladas a partir das seguintes fontes: Jornal do Comércio, 22/12/81; A Crítica, 24/09/90; A
Crítica, 25/11/92.
40
temática regional e brasileira, pois Rezende fará os espetáculos “Sinfonia Amazônica” (1985)
uma homenagem aos músicos amazonenses e, “Coisas do Brasil” (1989).
Os espetáculos da Academia são frequentemente noticiados, destacando-se os
comentários dos colunistas sociais Gil e Baby Rizzato, principalmente porque vinculadas às
apresentações encontram-se atividades filantrópicas e coquetéis de comemoração. Nos jornais
quase sempre os textos possuem a mesma estrutura, apresentando uma descrição da
programação, e os resumos do currículo profissional de José Rezende e dos bailarinos
convidados. Contudo as matérias apresentam baixa qualidade, permeadas de frases feitas e
confusões designativas e conceituais, denotando negligência com a informação, como por
exemplo a matéria de A Crítica ( 20/09/86), na qual além de errar a grafia do nome do
coreógrafo, o trabalho é denominado de um “espetáculo de dança moderna”. Outro texto que,
embora em seu início pareça destoar das abordagens comuns, continua na mesma linha de
inconsistências é o encontrado no Jornal do Comércio (24/12/81), no qual se ensaia em alguns
parágrafos uma resumidíssima história da dança, fazendo um salto temporal até o balé moderno,
e a algo que o autor chama de dança expressiva (sem definir bem o seu significado). Mas, ao
fim da leitura, revela-se apenas como um recurso textual para destacar a apresentação das alunas
e dos convidados. Sobre o trabalho de Rezende, em rara matéria (A Crítica, 07/12/86) na qual se
tem a fala de seus convidados, o bailarino Carlos Louzada, do Teatro Guaíra, expõe suas
impressões: “ O importante é que José Rezende conseguiu formar um publico, educar um público
para o ballet, merecendo um voto de louvor por seu trabalho.”
No que se refere ao Jazz, embora ministrado por Adair de Palma no começo dos anos
1970, somente com a chegada do carioca Arnaldo Peduto, em 1978, este gênero de dança tornou-
se um fenômeno de maior consumo. A primeira referência encontrada no jornal A Crítica
(07/04/80), foi uma notinha anunciando a parceria entre Peduto e Alane Braga na aquisição de
um espaço que, entre saunas, massagens e ginástica, oferecia também, aulas de dança.
Posteriormente, Peduto desfaz a sociedade e cria a academia “Arnaldo Peduto Jazz Center”, onde
montará os espetáculos Uma Academia Muito Louca”, “Cabaret”, “Hair”, “Branca de Neve e os
Sete Anões”, e “Os Gatos”, entre outros. No final da década, seguindo a prática de participação
nos festivais de Joinville, a academia obterá o quarto lugar na categoria a caráter, com “O Idílio
de Ajuricaba” (1988) e o terceiro nas categorias dança contemporânea e jazz, com as
coreografias “Memórias” e “Sangue de Pantera” (1989).
41
Contudo, que se dizer que em termos de textos, as referências ao jazz apresentam
qualidade bem inferior se comparadas com os outros gêneros. Isto se deve, provavelmente, à
associação particular do jazz dance com o mero entretenimento comercial, conferindo-lhe uma
reputação alienada das questões sociais e políticas do país. Encontram-se geralmente notinhas de
coluna social, com poucas informações sobre a trajetória profissional de Arnaldo Peduto e uma
descrição ligeira dos espetáculos. A fala dos colunistas é permeada de elogios e agradecimentos,
conforme o exemplo da nota assinada por Baby Rizzatto:
Um espetáculo dos mais bonitos a Academia de Danças ‘Jazz Center’
proporcionou a todos aqueles que freqüentaram o Teatro Amazonas, na sexta, no
sábado e no domingo. Uma coreografia moderna, bem ensaiada e um guarda-
roupa luxuosíssimo foi o que se viu e se aplaudiu durante hora e meia. Arnaldo
Pedutto e Alane, responsáveis pelo Jazz Center entregaram troféus a alguns
jornalistas e daqui eu vou agradecendo a maneira carinhosa com que fui
lembrada. (A Crítica, 22.12.1980)
Pode-se perceber que em Manaus, diferentemente das suas características originárias
22
, o
jazz dance apresenta-se reduzido à plica dos musicais veiculados pela indústria norte-
americana, e às tendências dos programas da televisão brasileira. Portanto, qualquer análise
mais aprofundada parece requerer uma incursão preliminar pelo universo da indústria cultural.
Para Renato Ortiz (1988:149), no Brasil, as discussões sobre a cultura de mercado levam
inicialmente ao problema do processo de integração dos membros da sociedade no capitalismo
avançado e à idéia da despolitização das massas. Na capital do estado do Amazonas, esse
processo de integração está relacionado às profundas alterações do perfil econômico e urbano,
geradas através da implantação do modelo econômico da Zona Franca de Manaus, criado pelo
Decreto-Lei 288, de 28 de fevereiro de 1967.
O primeiro impacto observado com a criação da ZFM foi o aumento do
comércio na região, voltado para a comercialização de produtos importados,
aproveitando as vantagens fiscais, especialmente a isenção do IPI (Imposto
sobre produtos industrializados) e II (Imposto de importação). Durante essa fase,
a primeira de três pelas quais passará a ZFM (SALAZAR, 2006, p. 254),
caracterizou-se, além de pela predominância da atividade comercial, pelo
crescimento do fluxo turístico (movido por consumidores brasileiros
interessados nos produtos importados), também pelo início lento da atividade
industrial. (BRANCO, 2009: 95).
22
No artigo de Éliane Seguin (2000) intitulado “La danse jazz française: l’homme invisible”, a autora explica que
nos EUA o jazz dance refere-se à cultura africana e surge com a dança moderna, diferenciando-se da comédia
musical holywoodiana.
42
Nesse sentido, compreende-se a fala de Jeanne Chaves
23
quando questionada sobre as
escolhas estéticas de Arnaldo Peduto e as críticas que recebiam dos outros grupos de dança da
cidade:
Mas tu sabes o que aconteceu também aqui em Manaus? Por causa do advento
da Zona Franca, tudo era importado. Tudo que tu usava... O chique era ser
importado. Então o chique também era essa coisa hollywoodiana. Essa coisa
Broadway, de copiar mesmo, né? Então se copiou Cats, se copiou Hair. Essas
coisas... Então era assim... muito receptivo pra gente e pra sociedade, porque os
espetáculos lotavam o Teatro Amazonas.
Arnaldo Peduto falece em 1994 e algumas de suas alunas montam academias na mesma
linha. Mas, é importante lembrar que, nas décadas de 1980 e 1990, encontram-se também outras
academias que trabalham com jazz e balé, tais como Academia Alane Braga, Centro de Danças
Colúmbia, Studium Roziman e Academia Mônica Loureiro.
Ainda neste quadro em esboço, dedicado à formação, destaca-se o fato de que, no
chamado tripé universitário (ensino-pesquisa-extensão), a dança ocupou formalmente o ensino,
inserida no curso de Educação Artística, e a extensão, nas atividades do Setor de Artes. Em
1980, a criação do curso de Graduação e Licenciatura em Educação Artística (habilitações em
música e desenho), na Universidade do Amazonas, leva o Conservatório de Música Joaquim
Franco, então único setor artístico da instituição, a abrigar as novas atividades do curso, a fim de
responder a nova demanda discente e solucionar a necessidade de espaço para as aulas
24
. Desta
forma, quando a professora Maria do Céu Sampaio (Lia Sampaio), formada em Dança pela
Universidade Federal da Bahia, chegou em Manaus, em 1981, já existia um ambiente favorável a
novos projetos no espaço institucional universitário. Lia Sampaio, juntamente com o maestro
amazonense Nivaldo Santiago, apresentam então uma proposta de desenvolvimento de artes
integradas para o reitor da Universidade do Amazonas, Octávio Mourão. Segundo a professora
25
,
o estranhamento de se ter disciplinas de dança em um conservatório de música não foi maior
por haver uma proposta de transformar o conservatório em centro de artes.
23
Entrevista concedida em 18 de abril de 2009.
24
Estas informações foram coligidas a partir do documento intitulado “Plano de Ação de 1988/1989”, do Setor de
Artes da Universidade do Amazonas. Fonte: Arquivo do Setor de Artes da UA . É relevante citar que o
Conservatório foi doado pelo Estado à Universidade do Amazonas, em 1967, e no decorrer do tempo assume outras
denominações por abrigar não apenas o setor de música, mas as artes plásticas e a dança, tornando-se posteriormente
o Setor de Artes e depois o Centro de Artes da Universidade do Amazonas (CAUA).
25
Entrevista concedida em 21 de fevereiro de 2002.
43
No Conservatório de Música, a dança se desenvolvia em três níveis: classes de Música e
Movimento, para crianças de sete a nove anos - uma forma de iniciação às artes integradas; classe
de Dança Juventude - desenvolvimento gradativo da arte da dança para adolescentes; classes de
Prática da Dança - disciplina oferecida aos alunos de Educação Artística e, o Núcleo
Universitário de Dança Contemporânea (Nudac). Conforme o ofício número 001/84, do diretor
do Conservatório de Música, maestro Nivaldo de Oliveira Santiago, ao Reitor Octávio Hamilton
Botelho Mourão, cujo assunto era o encaminhamento do Relatório de 1983, o Nudac foi criado
em outubro de 1982, e foi instalado em janeiro de 1983, constituindo-se em um dos grupos
artísticos dedicados aos universitários, com o objetivo de oferecer aos estudantes a oportunidade
de complementar a sua formação mediante a prática das artes.
A partir de 1985, com a criação do Departamento de Difusão Cultural da Sub-Reitoria
para Extensão, iniciou-se um esforço no sentido de dinamizar as atividades culturais na
Universidade. Imediatamente sentiu-se que a implantação do Setor de Artes, órgão suplementar
previsto na estrutura da UA e mencionado em seu Estatuto, poderia ser um caminho alternativo
aos problemas de quadro restrito de professores, falta de instalações e ausência de equipamentos
mínimos, os quais se agravaram com o crescimento da Licenciatura em Educação Artística, e
com o aumento da demanda da comunidade nos cursos e atividades do Conservatório.
Nos jornais encontram-se várias referências às atividades de ensino e extensão. No
entanto, pode-se observar que as abordagens estão sempre vinculadas aos espetáculos de final de
período letivo. Um procedimento semelhante ao tratamento dado às academias, ou seja, a
imprensa não consegue perceber diferença entre estes setores e por isso o apresenta pautas em
que se possam destacar as novas orientações educacionais para o campo da artes, que a
Universidade do Amazonas estava propondo naquele período. Mas, pode-se chamar a atenção
para dois pontos que aparecem constantemente: o caráter sempre integrado entre os gêneros
artísticos (dança, música e artes plásticas), e uma preferência por temáticas regionais.
Paralelamente, encontra-se um número considerável de matérias sobre a promoção das
artes cênicas pela Secretaria de Educação e Cultura do Governo do Estado do Amazonas,
oferecendo cursos preparatórios e mostras estudantis no Teatro dos Artistas e dos Estudantes, e
fomentando o desenvolvimento de atividades dentro das escolas. Isto pode ser explicado a partir
das tendências políticas da época, as quais priorizavam qualquer publicidade em que se pudesse
consolidar a imagem de um governo democrático e eficiente.
44
Aldenice Bezerra (2003), em seus estudos sobre a escola pública e as políticas no
Amazonas, apresenta algumas informações que ajudem a compreender o contexto da época. A
autora explicita as distorções e a prática da gestão referentes ao setor educacional do governo do
estado, ao apontar que, de certa forma, havia uma espécie de afinação com a situação política
nacional, em seu processo de restauração democrática, no sentido de trazer as palavras chaves
democracia e eficiência, para os discursos políticos, mas efetivamente não realizá-los. Esta
atitude encontra-se no governo de Amazonino Mendes (1987-1990) e se repete no quadriênio de
Gilberto Mestrinho (1991-1994), posto que as promessas que se apresentam em documentos
oficiais, não se operacionalizam nas decisões administrativas e nas responsabilidades
institucionais. Para Bezerra, isto se relaciona às práticas conservadoras e autoritárias - de
clientelismo e populismo -, que demarcaram a política amazonense durante este período e um
pouco antes, considerando que no decorrer dos anos houve simplesmente uma alternância de
poder no âmbito estadual, e poucas diferenças na lógica do governo. Estas diferenças ficaram
apenas em alguns elementos de natureza mais idiossincrática.
Tal disparidade entre o discurso e sua efetiva atualização encontra-se no modo do estado
lidar com a educação e a cultura. À primeira vista, pelo número de matérias e a sensação de
muitos eventos acontecendo nas escolas e no Teatro dos Artistas e dos Estudantes (TAE), tem-se
a impressão de que o governo acerta em suas políticas públicas para a arte, vinculando educação
e cultura, nas intensas e regulares promoções da SEDUC/CAC, sob a coordenação de Sérgio
Cardoso. Abundam matérias sobre a programação de Férias, chamada Feriarte, a criação do
Centro de Estudos e Pesquisas Cênicas, em funcionamento no TAE, oferecendo cursos
preparatórios, e as mostras estudantis de teatro e dança. No entanto, um olhar sobre o conteúdo
dos textos permite que se encontre a fala permanente de que este trabalho educacional consegue
se desenvolver somente porque algumas pessoas insistem em realizar os eventos, a despeito dos
escassos recursos e da burocracia institucional.
No que se refere ao Teatro Amazonas, este, por seu porte e história, se constituía à parte
das atividades escolares, visto possuir função específica enquanto casa de espetáculos e uma
Superintendência própria. Isto tornou a deficiente atuação do governo ainda mais explícita
em seu relacionamento com os artistas locais. Neste período os gestores pareceram sempre em
descompasso com os anseios dos artistas, ou indiferentes às suas reivindicações. Os jornais não
oferecem nenhum indicativo de que houvesse uma definição de política cultural, mas tão somente
45
uma programação de atividades e serviços, feitos de modo a incluir para excluir. Este tem sido
um fenômeno reincidente em muitos setores da sociedade. Diante deste quadro, tornam-se
pertinentes as palavras de Agamben (2002: 98) em suas análises sobre a figura jurídica do Estado
de Exceção integrada ao Estado de Direito na modernidade:
Tem sido argutamente observado que o estado não se funda sobre um
liame social, do qual seria expressão, mas sobre sua dissolução
(déliaison), que veta (Badiou, 1988,p.125). Podemos agora dar um
sentido ulterior a esta tese. A déliaison não deve ser entendida como a
dissolução de um vínculo preexistente (que poderia ter a forma de um
pacto ou contrato); sobretudo o vínculo tem ele mesmo originariamente a
forma de uma dissolução ou de uma exceção, na qual o que é capturado é,
ao mesmo tempo, excluído, e a vida humana se politiza somente através
do abandono a um poder incondicionado de morte. Mais originário que o
vínculo da norma positiva ou do pacto social é o vínculo soberano, que é,
porém, na verdade somente uma dissolução; e aquilo que esta dissolução
implica e produz a vida nua, que habita a terra de ninguém entre a casa
e a cidade – é, do ponto de vista da soberania, o elemento político
originário.
No caso dos artistas de Manaus, estes foram estimulados e convidados a constituirem
grupos, mas uma vez institucionalizados, deviam submeter-se às condições precárias de trabalho.
Torna-se evidente, neste período, a ação ambivalente dos políticos - ou de suas assessorias e
cargos em comando -, que acabaram por demonstrar uma aliança com a prática viciada de inércia
e negligência, predominante no funcionalismo público. Este tipo de gestão sem um plano de
governo definido e transparente para a área cultural reincide justificando-se através do apoio aos
poucos eventos com apresentações de fora do estado, bem como nas programações locais
referentes às datas comemorativas.
Em Manaus, a relação entre o poder público e os artistas consistiu em longa esperas,
repletas de expectativas, frustrações e desilusões. Tais expectativas se formalizaram na tentativa
de realização do I Seminário de Artes Cênicas do Amazonas (09 -11/05/1986), no qual os artistas
propõem discutir, com representantes dos órgãos estatais e municipais, a relação do Estado com
a Cultura, visando esclarecer os projetos criados e traçar planos em que a arte local pudesse
encontrar espaço
26
. As frustrações e desilusões podem ser verificadas em uma rápida cartografia
26
Não houve possibilidade de comprovação da realização deste Seminário, tampouco de seus desdobramentos. O
que se tem é somente a matéria (A Crítica, 29/04/1986) anunciando sua realização, tendo como objetivo a proposta
de criar um espaço para debate sobre a questão cultural local e a partir daí criar um plano de cultura.
46
viabilizada pelos textos jornalísticos
27
. Estes permitem a observação de que aconteceram várias
tentativas de se criar corpos oficiais de dança, e com elas vários problemas de estrutura, de gestão
administrativa, de direção e projetos artísticos, de escuta por parte das autoridades, referentes às
propostas e necessidades dos artistas. Um registro significativo desta falta de diálogo encontra-se
na matéria do jornal A Crítica (13/10/1988), em que se noticia as reivindicações enviadas em
nota pelo Grupo Experimental de Dança do Teatro Amazonas ao Superintendente:
O grupo exige condições para o trabalho que executa, tais como alimentação,
através do convênio com a Escola de Mineração, manutenção do figurino,
transporte para apresentações fora do espaço de trabalho e aparelhagem de som
que permita a realização de um trabalho decente e ainda com possibilidades de
reciclagem. (...) O grupo faz questão de ressaltar ser dispensável qualquer
tentativa de elucidação da atual situação econômica do País e acrescenta que a
remuneração recebida não corresponde nem de longe á prestação de serviços,
uma vez que esta só cobre os gastos com o transporte.
Como se pôde observar, as condições de sobrevivência, implementação e consolidação de
ações no campo da dança foram pouco favoráveis ao seu desenvolvimento na Manaus dos anos
1980. No entanto, pode-se exercitar uma potencialização simbólica (Boaventura, 2007) e
acentuar o fato de que, a despeito da circulação rarefeita de espetáculos e trocas de informação
com grupos de fora de Manaus, de uma formação praticamente nucleada em torno do modo de
operar de duas academias de dança, e das atividades de extensão universitária, bem como da
negligência institucional dos governos municipal e estadual, torna-se impossível não visualizar
uma ão de resistência aos jogos de poder, seja em sua denúncia, seja na insistência pura e
simplesmente de existir e incomodar, mesmo que na precariedade das páginas dos jornais.
Diferentemente da década anterior, nos anos 1990, o poder público, na figura do Governo
do Estado, se colocará em maior evidência. Inúmeras matérias destacam o movimento de debate
e ampla difusão das relações entre os governos, as secretarias e os conselhos de cultura, e as
reivindicações dos artistas, não mais como grupos específicos, mas como organização de classe.
É relevante considerarmos que, durante este período, aparecem matérias sobre questões
de identidade cultural, espraiadas em seminários de cultura amazônica e a importância do folclore
na região. Trata-se de algo que se relaciona às perspectivas do Estado para com as possibilidades
27
“Teatro Amazonas apresentará aula inaugural de dança” (Jornal do Comércio, 08/12/81); “Teatro terá um grupo de
dança” (A Crítica,31/12/81); “Teatro fará curso para bailarinos” (A Crítica, 03/01/82); “Corpo de baile” (A Crítica,
12/02/84) “Teatro Amazonas vai formar grupo de balé” (A Crítica, 20/03/84); “Projeto de dança está presente na
comunidade” (A Crítica, 24/09/85); “Bailarino ministra curso no Teatro” (A Crítica, 18/11/86); “Corpo de dança do
TA sem apoio” (A Crítica, 13/10/88).
47
do mercado turístico
28
. Alguns exemplos de título ilustram o cenário da época: Simpósio
Universitário de Cultura (1990); Expressão Cênica Amazônida vai acontecer no TA (1991);
Dificuldades à parte, 1991 foi um ano bom (1991); Cultura sinais de ânimo em ano confuso
(1992); Arte sob o domínio do folclore (1993); Artistas dão salto triplo sem proteção (1994);
Governo destitui conselhos de cultura (1995). Neste período o governador Amazonino Mendes,
em 1994, estampa sua idéia de cultura em Manaus relacionada ao predomínio do folclore e em
raro acontecimento, promovido pela jornalista Leila Leong, há uma resposta dos artistas negando
as declarações do governador.
que se chamar a atenção para o fato de que este é um período em que o mercado
cultural nacional e internacional passa a olhar para o Festival Folclórico de Parintins e torna-se
evidente a ambivalência deste fenômeno, na medida em que ele possui sua legitimidade no
costume popular, seduz e é seduzido pela indústria cultural. Percebe-se o encantamento da
exposição, a conquista de se reconhecer um ritmo genuíno da região, assim declarado nas rádios e
nas televisões, em propagação nacional. Esta forte propagação do folclore amazonense vem
crescendo absurdamente, sempre relacionando-se com os poderes políticos e econômicos. Não se
pode desconsiderar que atualmente no aniversário da cidade, a prefeitura comemora com a
realização de um evento denominado “Boi Manaus”, e a Coca-Cola até mudou de cor, para
garantir a relação com os seus consumidores
29
.
No Festival de Parintins, a patrocinadora oficial do evento, a Coca-cola percebeu
um fato interessante: a torcida do Boi Caprichoso não comprava o refrigerante
pela cor vermelha da latinha, que era associada à agremiação rival (Boi
Garantido) e, optavam pela concorrente Pepsi, da latinha azul. Para ganhar esses
consumidores, a Coca-Cola tomou uma decisão inédita em seus mais de 100
anos de existência: a adoção da cor azul como oficial, junto ao vermelho.
28
Mesmo que em volume o número de turistas no Estado ainda seja incipiente, as avaliações que consideram como
pré-requisito para o turismo ecológico o contato direto com a natureza e as condições para os esportes aquáticos,
favorecem a intensificação dessa indústria no Amazonas. (Izane Barros, entrevista realizada em 19.08.94 apud
FREITAS, 2000: 117)
29
Para informações adicionais, consultar: “Regionalização, a chave”, por Douglas Ribeiro. Disponível em:
http://images.google.com.br . Acesso em: 05/05/2010. “A importância do regionalismo: a lenda da coca-cola azul”,
por República do Marketing. Disponível em: http://republicadomarketing.wordpress.com/2010/01/25/a-importancia-
do-regionalismo-a-lenda-da-coca-cola-azul/ Acesso em: 05/05/2010.
48
2.2 Palimpsestos 1: quando surgem os grupos
Nas décadas de 1980 e 1990 verifica-se o surgimento de vários grupos de dança em
Manaus. O jornalista Adalto Xavier (2002) apresenta uma lista preliminar: Dançaviva, Grupo
Movimento, Grupo Origem, Grupo de Teatro e Dança Jurupari, Ballet da Cidade, Grupo
Experimental de Dança do Teatro Amazonas, Grupo Espaço de Dança do Amazonas, Cia.
Renascença, Cia. Ballet da Barra, Cia. de Dança do Sesc, Gitanos del Fuego, Núcleo
Universitário de Dança Contemporânea, Grupo de Dança Experimental de Dança da Educação
Física, Grupo Dança Juventude, Cia. de Dança Allegro e Balé Habeas Corpus. Alguns existiram
por um período menor que seis meses, outros encontram-se em atividade até os dias atuais. No
entanto, optou-se por uma investigação focada (embora não exclusiva) nas atividades dos grupos
Dançaviva, Nudac, Renascença, e Corpo de Dança do Amazonas. É importante ressaltar que esta
escolha se justifica na detecção de propostas cênicas basilares para a compreensão contextual da
dança que se produz em Manaus e se difunde por meio dos jornais.
O Dançaviva e o Núcleo Universitário de Dança Contemporânea Nudac, enquanto
ambientes de criação, constituem-se em peças fundamentais para a compreensão da dança no
Amazonas. Estes grupos contribuíram para uma nova configuração cultural e artística e o esboço
de outros caminhos para a dança teatral em Manaus. As questões da cena seguem a trilha do
regionalismo e da crítica social, por um lado, e por outro, uma visão de corpo orientada a partir
de procedimentos de improvisação. No Dançaviva as referências conceituais encontram-se no
Ballet Stagium, da cidade de São Paulo, e o Nudac externa suas relações com o curso de
graduação em dança, da Universidade Federal da Bahia - UFBA.
O Dançaviva, criado em 1981, parece ter instaurado um modo de pensar-fazer dança
diferenciado das práticas ofertadas na época
30
. Este novo modo singularizava-se não apenas pela
produção de montagens coreográficas não vinculadas às apresentações de final de ano das
academias de dança, mas no acontecimento de uma prática social diferenciada. Um trabalho de
ação conjunta que, de certa forma, naquele momento, parecia envolver além dos componentes
diretamente implicados no grupo (diretor, coreógrafos, bailarinos, equipe técnica), a Escola de
Dança (professores, alunos), e atores sociais de profissões diferenciadas tais como o escritor
30
Resultados parciais do projeto de iniciação científica “Cidade, memória e processos evolutivos da dança” ,
desenvolvido na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no período de 2003 a 2006. Foram mapeados
registros de jornais nos períodos de 1862 a 1949; 1960 a1969; 1980 a 1989.
49
Márcio Souza, o sociólogo e professor da Universidade do Amazonas, Renan Freitas Pinto, e os
jornalistas Afonso Marcilio e João Américo Peret. Relações de interdependência que
funcionavam como potencializadores de comunicação.
A História do Grupo é muito recente. dois meses quatro bailarinas duas
gaúchas, duas amazonenses reuniram-se e sonharam iniciar um trabalho que
ligasse a dança mais estreitamente a outros meios de expressão artística. Surgiu
daí a idéia de formar, em Manaus, um grupo de dança teatral. Um trabalho que
reunisse à fala do corpo, uma expressão mais abrangente, que sem ser ópera,
utilizasse o canto, sem ser teatro, utilizasse a voz. E contasse uma história. Uma
história nossa, brasileira, latino-americana. Uma história atual. Nossa inspiração
primeira foram os trabalhos do grupo “Corpo” de Belo Horizonte e do Balé
Stagium, de São Paulo. (Diretoria de Assuntos Culturais: Gestão na Terra /
Material de divulgação, 25/04/1981)
Em seu discurso original, no material de divulgação do que provavelmente foi a
primeira apresentação pública, ocorrida no auditório da Faculdade de Administração da
Universidade do Amazonas, o Dançaviva é apresentado como um grupo de balé, preocupado
com a história brasileira e latino-americana. Em consonância com estas referências iniciais, a
imprensa escrita local, nos anos de 1981 e 1982, irá apresentá-lo como um grupo que possuía
uma mensagem: “expressar nossa terra e nosso povo”; uma linguagem própria: a expressão
teatral vinculada a uma sólida formação clássica; e um parâmetro conceitual: a estética proposta
pelo Ballet Stagium na abordagem de temas de interesse nacional.
O trabalho desenvolvido pelo Ballet Stagium espraiou-se amplamente pelo país e pela
América Latina, em virtude das relações desenvolvidas com a mídia impressa e televisiva e sua
recorrente itinerância ( com potencial amplo de propagação ), com roteiros que auxiliavam na
difusão do trabalho em lugares distantes ( e com dificuldades de acesso a informações artísticas
presenciais). Em Manaus, apresentaram em setembro de 1982, as coreografias “Mundo em
Chamas”, “Vida”, “Qualquer maneira de amor vale amar”, “Santa Maria de Inquique”; em
setembro de 1985, “Missa dos Quilombos”, “Crimes”, e “Modinhas”; e em abril de 1988,
“Quadrilhas” e “Que Saudade de Elis”. A receptividade e expectativas quanto à sua chegada
ilustravam-se nos títulos dos jornais: “Bonito, alegre e latino: Stagium está de volta a Manaus”,
“Vem o ballet Stagium. Viva!. E os espaços publicitários somavam-se a outras formas de
repercussão, tais como as palestras, oficinas, conversas e cursos. que se considerar ainda os
vários bailarinos amazonenses que passaram pelo Stagium, fazendo cursos ou sendo integrantes
50
do elenco, tais como Isa Kokay, Jofre Santos, Marcus Veniciu, e Yann Seabra. Isto significava
para a cidade e os leitores de sua dança, prestígio social, legitimação do trabalho e da cultura
pelo já instituído.
No livro As Paixões da Dança, Décio Otero declara que as experiências da Barca da
Cultura e do Alto Xingu, em 1977, provocaram uma reorientação filosófica do grupo. Este
redirecionamento trouxe à baila um tema caro à região amazônica: a questão indígena. E os
espetáculos que se seguem reforçaram uma orientação de empatia, receptividade e
reconhecimento de interesses, bem como todos os outros temas que insistiam na história local, e
que Décio Otero resume (1999: 21):
Nossa militância artística abordou a opressão, o racismo, o genocídio indígena, a
destruição ecológica, o desmatamento, os migrantes nordestinos, a problemática
social e urbana, as gentes pobres, assim como as manipuladoras de poder.
Para uma região considerada atrasada culturalmente, inserida no imaginário social como
um lugar paradisíaco e de preservação, estes eram os temas ideais. Conceição Souza
31
, diretora e
coreógrafa, e Francisco Cardoso
32
, na época integrante do grupo, declaram que entendiam o
Stagium como a dança contemporânea por excelência, na medida em que buscava despertar um
caminho ainda não trilhado para a expressão das idéias, principalmente porque naquele momento
a censura era muito forte e ninguém podia falar sobre os acontecimentos. O Stagium apresentava-
se então como uma alternativa e mostrava a possibilidade de, através da dança, poder teatralizar
a expressão, falando muito mais com o movimento do que os aparelhos repressivos podiam
prever. Estas questões encontraram reflexos e desdobramentos nos dois espetáculos do grupo. O
espetáculo de estréia foi intitulado “Raça”, mas o segundo espetáculo “Inampi, o caboclo que
amou uma bôta”, parece ter definido a orientação estética do grupo em direção ao que
denominavam de uma busca por uma linguagem amazônica:
Preocupados com nossas raízes culturais, o grupo partiu para a pesquisa de
lendas e mitos de nossa gente e optou por um argumento fornecido por nosso
companheiro J.A.Peret, intitulado “Inampi”. A peça é nada mais nada menos que
uma narrativa dramática de um caboclo de origem Mura que vive às margens do
rio Urubu, e que jurou que sua estória houveria sido vivida por ele mesmo. As
soluções cênicas encontradas pelo grupo Dançaviva foram as mais felizes
possíveis. Manejar um drama de maneira graciosa é algo dificílimo, e eles o
conseguiram. Nas cenas em que são mostrados os botos em suas acrobáticas
31
Entrevista concedida em 29 de novembro de 2001.
32
Entrevista concedida em 22 de fevereiro de 2002.
51
práticas aquáticas, o público chegou a se “embalar” nas cadeiras, como se
estivesse no parapeito de um barco recreio, partilhando da alegria dos “peixes
assobiadores. (A Crítica, 26/12/82)
Nos jornais evidencia-se a intenção do grupo de efetivar transposições entre o regional e o
nacional. O que deveria ocorrer como a busca de algo “completamente” amazônico, por um lado,
e o que chamavam de linguagem universal, por outro. Aqui o encontro com um pensamento,
disseminado na época, de que o treinamento no balé clássico garantiria esta linguagem universal,
sendo a base de tudo, ficando as especificidades a cargo de uma dramaturgia teatral (a que eles
tinham acesso). O que fica muito claro na fala de Francisco Cardoso, quando diz
(...) então um caminho alternativo para você expressar com o corpo, porque era
uma dança mais gestualizada, não era a dança da sala de dança, que derivava de
chassés, deboulés e outras, ainda que contemporâneo, mas com base clássica.
É fácil entender o porquê da permanência, continuidade, e proliferação da estética e do
modo de pensamento que se instaura com o Dançaviva. As condições políticas e sociais da
época, a história da cidade, marcada pelo descaso e desânimo de uma cultura esmagada em sua
auto-estima pós-ciclo da borracha, esquecida pelo Brasil e lembrada pela ditadura em seus atos de
censura, possibilitaram a criação de um terreno fértil para a exaltação de imagens do cotidiano
amazônico. Estas imagens ofereciam a possibilidade de concretizar os anseios locais referentes
ao desenvolvimento artístico-cultural, ou seja, a garantia de condições de trabalho e de
reconhecimento do setor.
Em 1983 o Dançaviva se desfez. Contudo, apesar do exíguo período de existência,
exerceu grande influência não apenas na criação de outros grupos, mas na disseminação de um
pensamento de dança relacionado às questões políticas e propostas estéticas da época, com
impactos cênicos percebidos até os dias atuais. No processo de cisão, os integrantes seguiram
caminhos separadamente, embora em constante colaboração. O então bailarino Francisco
Cardoso cria o grupo “Movimento” (1983), dirige o Grupo Experimental de Dança do Teatro
Amazonas (1984), e funda o Grupo de Dança Origem (1984-1985), que posteriormente se tornará
um grupo teatral. Todos exibindo trabalhos coreográficos que apresentavam questionamentos
contundentes sobre as realidades locais e nacionais em termos sociais e políticos, bem como as
escolhas estéticas feitas durante o período Dançaviva. a diretora do Dançaviva, Conceição
52
Souza, passa por uma breve experiência no Grupo Experimental de Dança do Teatro Amazonas
e, posteriormente, cria o Grupo Espaço de Dança do Amazonas – Gedam (1986).
No mesmo ano em que o grupo Movimento foi criado, o país testemunha a primeira
manifestação ampla a favor das eleições diretas e sofre com os altíssimos índices de inflação. O
que provavelmente influenciou a escolha do que seria o seu único espetáculo: “Retratos do
Brazil” . A estréia foi no dia 23 de novembro no Teatro Amazonas e dividia-se em duas partes:
uma na qual apresentava a situação social e política brasileira, e outra, em que abordava a
realidade regional, mais especificamente a dificuldade de sobrevivência do caboclo e sua
migração para a capital em busca de melhores condições de vida, atraído pelos chamados da
Zona Franca de Manaus.
As aulas e os ensaios eram no Centro de Danças Colúmbia e consistiam de aulas técnicas
de balé e processos de criação coreográfica. No palco e no corpo essas idéias se apresentavam a
partir do que Francisco Cardoso
33
considerava uma linguagem “meio cabocla”. Para ele, os
dançarinos não se comportavam com uma postura de dança clássica ou contemporânea, pois
desenvolviam um laboratório quase teatral da dança. Uma dança teatralizada como resultado da
influência do Ballet Stagium, a qual teve no Dançaviva um primeiro balão de ensaio e no
Movimento uma busca mais intensa direcionada para o regional.
Então a gente começou a perceber isso e trabalhar dentro dessa
linguagem, dessa que busca o universo do homem amazônico. A gente
começa a entrar no minimalismo, quer dizer, ser prolixo com o
movimento, porque você com um gesto pode significar muito... Toda uma
composição coreográfica. Então a gente começou a estudar células de
coreografia. Por exemplo, o homem de coca na Amazônia é uma
referência extraordinária e universal porque o homem primitivo sempre
ficou de coca. Mas na Amazônia, o homem até hoje fica de coca, e a
gente usava essa célula para ir transformando o gesto de acocar numa
grande coreografia, numa grande expressão corporal. A outra célula que
a gente trabalhou era a do arpoar peixe no rio. O gesto de você jogar a
lança para dentro do rio, atrás do peixe, esse gesto era de uma magia
corporal tão grande que a partir dele a gente começou a criar, elaborar
outras coisas, e como a gente foi encontrar uma série de outras
referências, a nossa dança foi ficando muito parecida com a de Martha
Graham, entendeu? Porque usava uma gestualidade mais simétrica, mais
em cima do que a gente havia descoberto em cima de desenhos
geométricos na região, do homem primitivo da região.
33
Entrevista concedida no dia 22 de fevereiro de 2002.
53
Além da opção pelo regionalismo o grupo caracteriza-se por uma contundente postura de
crítica política, na qual se propõe à denúncia da falta de apoio dos órgãos de cultura, ao
questionamento do papel das artes cênicas, à denúncia dos preconceitos (deboche e comentários
maldosos) e ao questionamento aberto sobre a desvalorização do artista na cidade de Manaus.
Um exemplo deste posicionamento encontra-se no texto de abertura da programação do
espetáculo.
Ver surgir um STUDIO DE DANÇA’ e sua instalação no Teatro Amazonas, e
pasmar, quando de sua entrega a um bailarino Estrangeiro
34
.
, tendo artistas
nacionais próximos de nossa realidade,ou Maítres de nosso Estado, como o
Professor José Resende, que tem uma vida inteira dedicada a dança e um
currículo fabuloso, ou ainda Conceição Souza que iniciou o bailado
contemporâneo, falando do homem com linguagem universal. E fica a pergunta:
Até quando suportaremos a nossa desvalorização.”
Esta perspectiva de crítica social encontra-se na coluna de Gerson Albano
35
(23/11/1983)
sobre o espetáculo “Retratos do Brazil”, na qual Cardoso reforça o antagonismo às práticas
consideradas elitistas e alienadas, do balé e do jazz, alertando para a possibilidade de um
colonialismo cultural, afinando-se com o discurso político da esquerda, contra o imperialismo
norte-americano. Cardoso reforça o argumento ao dizer:
(...) Logo, não temos disposição nenhuma de dançar ‘New York, New York’
com roupas brilhantes, seria dançar completamente fora de ritimo de realidade,
ou muito menos montar “O LAGO DOS CISNES” quando nosso rio Amazonas
não consegue mais adormecer tão silenciosamente no seu leito e nem despertar
no seu curso natural.”
Em 1984, Francisco Cardoso deixa o Movimento para assumir o Grupo Experimental de
Dança, como grupo oficial da Superintendência do Teatro Amazonas, e caracteriza o trabalho
por uma linha regionalista, embora não pensasse em segui-la exclusivamente. Sobre “Promessas
de Sol”, primeiro e também único espetáculo, encontra-se no jornal A Crítica (22/06/1984) a
seguinte definição:
34
O estrangeiro a que o texto se refere é o bailarino alemão Andréas Paul Basler, formado na Brookling School and
General Education, em Londres, e membro da Imperial Society of Teacher of Dancing. Conforme Basler, em
comunicação pessoal (Facebook,13/08 2009), ele havia sido contratado apenas para ministrar um curso de balé e
encontrou condições precárias para o desenvolvimento do trabalho.
35
Não houve possibilidade de identificação do jornal, pois a matéria foi obtida no arquivo pessoal de Conceição
Souza.
54
(...) é um trabalho voltado para realidade indígena, inspirado no ensaio do
antropólogo Darcy Ribeiro “Uirá vai ao Encontro de Maíra”, retratando e (sic)
cosmogonia dos povos Urubu-Kaapor. Esse trabalho, segundo Frassinetti
Andrade busca os traços de uma cultura que vem se perdendo e apresenta a
importância do levantamento dessas questões que não interessam apenas aos que
sofrem diretamente com elas, mas a toda a população brasileira que
destruídos o único elo de ligação com a sua identidade.
No entanto, com menos de um ano de existência, Francisco Cardoso resolve sair do
grupo oficial do Teatro Amazonas, em decorrência do descaso da instituição com sua estrutura ,
e cria o grupo Origem, que se orientará por outros caminhos cênicos na dança e, mais tarde se
tornará um grupo de teatro. Novamente, apenas um espetáculo: “Metalmadeira”. No jornal A
Crítica (14/12/1984), tem-se informações sobre as coreografias:
Do repertório atual do grupo, “Formas” é a parte inédita e é também a mais
ousada, onde o grupo “tenta estabelecer uma relação emocional com o público
através do puro jogo dramático”, afirma Cardoso. “O trabalho é resultado de
uma pesquisa de formas, captadas no cotidiano, fruto do exercício da observação
diária nas ruas, lanchonetes, bancos etc., que o elenco realizou durante meses.
Conceição Souza assume o Grupo Experimental de Dança do Teatro Amazonas após a
saída de Francisco Cardoso mas, conforme as matérias encontradas
36
, continuam e se agravam as
relações de estranhamento e insatisfação entre o grupo e a direção do Teatro. O jornalista Adalto
Xavier (2002:102), assim resume o período:
Por interferências políticas, após pouco mais de um ano de existência, o Grupo
Experimental de Dança do Teatro Amazonas também encerrou suas atividades
sem ter nenhum espetáculo em seu repertório, exceto as coreografias de curta
duração Sonho e Fantasia, com música de Andreas Vollenweider, e Cambar,
com música de Vangelis, as quais, juntas, não ultrapassavam o tempo de 15
minutos. Boa parte de seus bailarinos se transferiu para o recém criado Grupo
Experimental de Dança do Amazonas (Gedam), transformado em seguida em
Grupo Espaço de Dança (Gedan) e, finalmente, rebatizado de Grupo Espaço de
Dança do Amazonas (Gedam).”
Os registros encontrados nos jornais, em relação aos espetáculos do grupo, não coincidem
com as informações apresentadas por Xavier, pois ao traçarmos a trajetória das obras, constata-se
que apresentaram “Fragmentos” (1987), no Teatro Álvaro Braga, e “Missa Luba” (1988), no
Teatro da Escola de Mineração, bem como a participação do grupo em diversos eventos
promovidos pela Superintendência do Teatro Amazonas, como o projeto “Palco sobre Rodas”,
36
“ Servidora do T.A. agride bailarina” (A Crítica, 01/10/86); “Artistas denunciam direção do teatro” (A Crítica,
06/10/86); “Corpo de Dança do TA sem apoio” (A Crítica, 13/10/88)
55
“Semana da Criança”, “Manhã Cultural” etc. A quebra de vínculo do Gedam com a STA
aparecerá nos jornais no seu primeiro espetáculo, intitulado “Ensaio Cigano” (1989), com as
coreografias “Falando de Amor” e “Cambar”. Segundo Conceição Souza
37
, o grupo continuou na
correlação entre teatro e dança contemporânea, mantendo sempre a base clássica. Sobre a
preparação técnica do grupo, a diretora declara:
No Gedam a gente se revezava, eu dava aula, Ana dava aula. É assim, a gente se
revezava, mas quem dava aula mesmo era eu, dava aula de clássico, de moderno,
de contemporâneo. Eu tenho o meu trabalho. Nunca fui presa à escola. A própria
aula de clássico, eu dou aula com a música que vier na cabeça, era a forma de
botar esse povo em cena rapidinho. A idéia não era formar bailarinos. A nossa
proposta era dançar, de uma forma limpa, de uma forma mais técnica, mas
dançar. Então a gente sempre juntou teatro, a experiência de vida...
Nos anos 1990 os espetáculos do Gedam foram coreografados, além de Conceição Souza,
por vários convidados, todos com alguma proximidade com o histórico do grupo. Registra-se nos
jornais: “Ensaio cigano” (1990); Cambar (1991); Metáforas (1992); Caleidoscópio (1993);
Revoadas (1994); 20 anos antes (1995); e Porto de Lenha (1996). Durante esta cada o grupo
consolida suas diretrizes estéticas tendo como referenciais a dança moderna e o balé. Neste
sentido, a fala de Conceição Souza
38
sobre a produção de dança contemporânea de outros grupos
e as atividades do Gedam, em 2001, é relevante para que se entenda o que fundamenta a direção
artística do grupo:
“ (...) a gente dançava. Tinha umas quedas de dança moderna, mas eram umas
quedas elaboradas, umas quedas... não essa coisa jogada, à toa, eu não vejo
beleza, eu não vejo estética, é feio. Não gosto. Posso estar atrasada, mas, se eu
passei a minha vida inteira sonhando em ser baliza, no máximo pra turista ...
depois de tantos anos de dança, eu vou aceitar uma história dessa? Nunca!”.
De modo geral, pode-se resumir o panorama dos grupos independentes, que
desenvolveram atividades artísticas em Manaus, dentro de uma situação de extrema precariedade,
na qual predomina a falta de infra-estrutura, de investimento em informação especializada a
médio e longo prazo, os encontros e desencontros com o poder público, com sérias dificuldades
para a produção, circulação e difusão de suas obras. A exceção se constituía no Núcleo
Universitário de Dança Contemporânea (Nudac), possuidor de uma estabilidade relativa, na
medida em que, em decorrência de ser um projeto de extensão dentro de uma universidade
37
Entrevista concedida em 29 de novembro de 2001.
38
Entrevista concedida em 29 de novembro de 2001.
56
federal, poderia dispor do aparato institucional para assegurar recursos estruturais, como por
exemplo, um local para aulas, montagens e ensaios.
O Nudac foi instalado em janeiro de 1983, vinculado ao Conservatório de Música da
Universidade do Amazonas, com o objetivo de oferecer ao universitário uma formação
complementar mediante a prática da dança. Foram quase duzentos alunos universitários
inscritos, o que obrigou a uma seleção de sessenta pessoas. E no decorrer do processo natural de
desenvolvimento do grupo chegaram ao primeiro espetáculo com vinte e cinco alunos. Devido ao
fato de que o Conservatório dispunha somente de pequenas salas, estruturadas especificamente
para estudos de música, o Nudac ocupou durante um certo tempo o espaço cedido pelo curso de
Educação Física. Para Lia Sampaio
39
, no início houve um pouco de resistência por parte dos
outros grupos da cidade, visto que aparentemente não daria certo um grupo de pessoas que nunca
tinham feito dança na vida e não tinham base de técnica clássica. Mas a dança proposta abarcava
todas as cnicas que havia vivenciado em seus estudos na Bahia, tais como o clássico, o jazz, o
afro. O que, para a professora, consistia em uma atitude da dança contemporânea, ou seja, reunir
diversas referências técnicas. Declara ainda que o mais importante era que a dança que se
buscava era uma dança libertadora, uma dança aberta para qualquer pessoa que quisesse
vivenciar suas experiências:
Eu não ia trabalhar o dançarino, eu não ia fazer um grupo para dançarinos
espetaculares, para mostrar técnicas virtuosas, eu ia trabalhar o indivíduo com a
dança. Então era a partir da expressão corporal ao encontro com a sua expressão
pessoal, ou chegar à sua expressão pessoal. Então na verdade era uma proposta
diferente. o interessava se ele sabia dançar ou não sabia dançar, importava
que ele queria vivenciar a dança.
Dessa forma o Nudac passa a abrigar não apenas universitários de Educação Física ou
Artística, mas de todos os setores da Universidade do Amazonas, visto que participavam alunos
e/ou professores, de engenharia, agronomia, medicina, etc. Outra característica do Nudac, além
dessa diversidade de componentes e técnicas, era sua atitude social e política, pois durante o
período em que esteve em atividade o grupo participava intensamente de projetos, manifestações
e movimentos de reivindicação da comunidade universitária, apresentando-se em ruas, praças e
espaços alternativos. O grupo se caracteriza pelo objetivo de não formar dançarinos, mas sim
39
Entrevista concedida em 21 de fevereiro de 2002
57
de oferecer instrumentos para uma tomada de consciência do próprio corpo e sua importância no
desenvolvimento pessoal e na relação com o mundo, onde a meta principal não era o palco, mas
o desenvolvimento das potencialidades a partir do auto-conhecimento dos componentes. Tal
postura gerou desconforto para outros grupos locais, pois não reconheciam a seriedade do
trabalho na medida em que o tipo de discurso, vinculado á educação e a um corpo mais
democrático, soavam estranhos à época. Estranhos para a Universidade, para as instituições de
governo (lê-se TA) e para os próprios artistas.
A estréia foi em novembro de 1983, no Teatro Amazonas, com o espetáculo "Corpo e
Movimento", seguido por “Villa Lobos em Cantos do Brasil” (1984), “Horas de Estudos
(1985), “Auto de Natal” (1985), “Casa de Bambas” (1986), “Ensaios I” (1987), “Cantos e
Passos da Paixão” (1988), “Festa de Brasil Mestiço” (1988), e “Vida, Amor e Arte” (1989).
Conforme Lia Sampaio, embora no primeiro espetáculo a finalidade fosse apresentar a idéia da
expressão pessoal, “do corpo dizer no espaço o que queria dançar”, ela ainda se sentia muito
responsável pela coreografia, porque os participantes não tinham “aquela soltura que se adquire
com o tempo, com a experiência, com a vivência”. Situação que foi se modificando no decorrer
do trabalho. A matéria intitulada “Nas Horas de Estudo’ a Transa do Corpo”
40
, exemplifica o
desenvolvimento citado pela professora, ao apresentar a estrutura do espetáculo. Dividido em três
partes, na primeira apresentava o trabalho de dança-educação com as crianças, na segunda, a
temática relacionada à cultura negra, e na terceira, a arte moderna e sua impossibilidade de
revelar as complexidades da realidade atual. Em raro momento da imprensa escrita, encontra-se
uma matéria (A Crítica, 05/07/85) sobre os resultados deste espetáculo:
A coreógrafa Lia Sampaio declarou-se gratificada com o resultado deste
espetáculo, demonstrando que o grupo está crescendo, assim como o nível
de trabalho cresceu tecnicamente por opção deles e resultou numa
resposta de palco. O título 'Horas de Estudo' é a resposta do grupo, à
participação em laboratórios, discussões e experimentações, o que
acredito seja o amadurecimento do grupo.
Lia Sampaio destaca, no decorrer desta década, a montagem do espetáculo “Festa de
Brasil Mestiço” (1988), como um momento de extrema relevância para o grupo:
40
Texto do acervo pessoal de Lia Sampaio. Não foi possível identificar o jornal , somente o ano (1985) e a autoria
do texto, sendo de Idelzuita Araújo.
58
Oh! Tem peso. Brasil Mestiço. De novo a gente traz o Coral, a gente traz o
Dança Juventude, a gente traz a pesquisa do Maracatu, do Brasil, do mestiço, do
negro. (...) Então tivemos os alunos de Educação Artística fazendo as pesquisas
de indumentária. Enfim, essa relação Centro de Artes – Educação Artística – era
fantástica.
Não muito diferente das outras notícias referentes à dança nos jornais manauaras, os
textos sobre o Nudac apresentam dificuldades redacionais, repetições de releases, e reduzem-se à
descrição dos programas dos espetáculos, com algumas pequenas diferenças. Observa-se, no
entanto, que é comum a captação não apenas da fala da diretora e coreógrafa, mas a opinião dos
universitários
41
sobre suas experiências no grupo, enfatizando quase sempre a natureza de auto-
reflexão e o discurso de que neste tipo específico de trabalho, corpo e mente se desenvolvem de
modo simultâneo.
Na década seguinte, o Nudac continua a criar um espetáculo por ano e, comemorando
seus dez anos de existência, passa a dedicar-se a temas regionais. No entanto, dificuldades com o
aparato institucional da Universidade Federal do Amazonas, o fazem encerrar suas atividades em
1994. Para o poeta Elson Farias, a coreógrafa Lia Sampaio, em sua trajetória artística, envolveu
elementos negros e indígenas, baianos e amazônicos nos movimentos da dança, nos ritmos e no
conteúdo da coreografia
42
. Os espetáculos realizados foram: Corpo e Alma” (1990); “Sankofa”
(1991); “Jogos de Dados” (1992), “Planeta Amazonas” (1992); “Incorpora Sons” (1992) e
“Viração” (1993). Com o término do grupo vários de seus integrantes migraram para a recém-
criada Cia. Lia Sampaio que, além de criar espetáculos novos, reapresentou coreografias
montadas pelo Nudac. Este foi o caso de “Planeta Amazonas”, que apresentava como temática
elementos típicos da região, e foi selecionada para a abertura da XXIII Reunião Anual de
Membros da Mastercard Internacional, em 1997. Na época, o enfoque das matérias privilegiaram
a natureza empresarial do evento, e à idéia de dança enquanto um produto artístico-comercial,
“tal qual aconteceu com o movimento musical dos bumbás parintinenses”, (Adalto Xavier,
Amazonas em Tempo, 08/07/1997).
41
Dentre outras matérias é possível citar A Crítica, 05/07/1985; Jornal do Comércio, 11/05/1985; A Crítica,
05/11/1987.
42
FARIAS, Elson. “Nudac rompe o isolamento em exemplo de intercâmbio”. Especial para A Crítica, 08/07/1994.
59
A Cia. de Dança Renascença, criada em 1990, constituiu-se como resultado de uma
oficina de dança e coreografia ministrada no Centro de Artes da Universidade do Amazonas,
pelo coreógrafo Jorge Kennedy Pereira Campos. A proposta inicial do grupo apresentava a
dança-teatro de Pina Bausch como base para a montagem de seus espetáculos. Uma proposta
estética decorrente da formação do coreógrafo Jorge Kennedy, a partir da experiência vivenciada
no curso de especialização em dança da Universidade Federal da Bahia, e das aulas com o
bailarino alemão Heide Tegeder, em curso intensivo promovido pelo Instituto Goethe. Sobre
estas informações adquiridas no curso e o processo de montagem do primeiro espetáculo,
Kennedy
43
declara:
Eu fiquei sabendo na época (que eu desconhecia) que todos os bailarinos
dela, que eram extremamente contemporâneos, tinham de ser bons
bailarinos clássicos, e eu investi na preparação em balé, porque eu tinha
vindo da Escola Maria Olenewa. E a gente trabalhava muito o laboratório
de pesquisa de movimento. Trabalhávamos o tema seguindo o métodos de
Pina Bausch, que é: através de uma imagem, ou tema X, você solicita do
bailarino movimentos e você pega os movimentos que você acha que vai
ficar interessante para a criação de uma cena. Você vai juntando isso, é
uma colagem. E assim montamos o espetáculo, um novo investimento em
criação.
No entanto, a proposta de dança-teatro foi se diluindo no decorrer da trajetória do
Renascença, porque o coreógrafo passou a buscar outro tipo de movimentação, buscando afastar-
se do que segundo ele era
(...) Uma movimentação mais pesada, ansiosa, conflituosa, como eram as
coreografias de Pina Bausch, por estar em um outro contexto, um país
pós-guerra... e isso tinha uma relação com o peso. E nos outros
espetáculos a gente foi buscando uma outra relação, um outro
direcionamento de movimento. A partir de “Boleros” a gente começou a
trabalhar a comicidade, a diversão, a cor, e então as coisas ficaram mais
leves eu fui vendo novos caminhos temáticos para desenvolver. Foi a
partir daí que eu comecei a colocar minha assinatura como coreógrafo.
Posteriormente, o coreógrafo também irá trabalhar com a temática regional no espetáculo
“Amazônia Nau” (2000) e o grupo será premiado pela Funarte.
Foi que eu comecei a trabalhar com o objeto e perceber o que ele
poderia insinuar de movimentação pra criação. Comecei a trabalhar com
43
Entrevista concedida no dia 17 de maio de 2009.
60
bacias, porque me passava a idéia de água, e com umas varas, que passam
muito o gestual indígena, do guerreiro, mas de uma forma completamente
abstrata, então a canoa (...)
Os espetáculos do grupo Renascença, durante este período, foram: Mulheres de Pequim
(1991); Neanderthal (1991); Boleros y otras danzitas más (1992); Suite Renascença (1992);
Transe (1993); Três olhares da dança (1996); Poema tribal II (1997) e Amazônia Nau (2000). A
cobertura da imprensa, em relação ao trabalho do grupo, apresentou-se deficiente no sentido de
não ter detectado uma nova proposta estética em curso que, embora posteriormente tenha se
direcionado a outros caminhos, oferecia traços diferenciais no tratamento de temas culturais,
como por exemplo, o espetáculo “Boleros y otras danzitas más” (1992), em que se explorava as
soluções menos prováveis para situações cênicas das relações humanas de grupo ou casal.
No ano de 1997, no governo de Amazonino Armando Mendes, o Secretário de Estado da
Cultura e Estudos Amazônicos, Robério dos Santos Pereira Braga, divulga nos jornais a intenção
de criar uma companhia de dança oficial para o Teatro Amazonas. O Corpo de Dança do
Amazonas CDA, será criado então no ano seguinte, em 1998, através de um concurso público,
com o objetivo institucional de concretizar o programa de Música Erudita e Artes.
Yara Costa
44
, bailarina desta formação inicial do CDA, relata que no início as atividades
eram intensas, e tinham como objetivo prioritário desenvolver a técnica dos bailarinos:
O formato do grupo era muito voltado para o balé clássico e uma dança
moderna. A música era muito importante. Então, tinhas uns códigos muito
tradicionais na dança que eram muito fortes na direção do Joffre
Santos
45
,
e do
professor de balé Ivo Kargueorguiev
Monique Andrade
46
, após ministrar um curso de férias para a Companhia, foi contratada,
em 2001, pela Secretaria do Estado da Cultura, para trabalhar como maitre e assistente de
44
Yara Santos Costa, após concluir a especialização em coreografia, pela Escola de Dança (UFBA), volta em 1996
para Manaus e monta o grupo CRYA. Participa em seguida do espetáculo 3 Olhares da Dança, com Jorge Kennedy
e Cristina Moraes. Mas, após o concurso para o CDA, dedica-se exclusivamente à Companhia. Entrevista concedida
em 12 de maio de 2009.
45
Coreógrafo amazonense, com formação clássica e experiência em balé moderno e contemporâneo. Atuou como
bailarino do Ballet Stagium, na Ópera Paulista e no Ballet Teatro Castro /Alves. Fonte: Secretaria de Estado da
Cultura, Turismo e Desporto. Programação comemorativa de três anos de existência da Companhia, 2000.
46
Amazonense, participou da formação inicial do grupo Renascença . Em 1991, muda-se para Curitiba, onde inicia
o curso de graduação em dança, na PUC-PR, que será interrompido em 1993. Após seu retorno à Manaus, entra em
61
coreografia. Em sua opinião, a criação do CDA gerou mudanças significativas para a dança em
Manaus:
um crescimento muito grande do CDA, não tecnicamente falando, mas
artisticamente, como os intérpretes começavam a encarar essa vida profissional,
o crescimento da Companhia em relação à formatação de novas platéias, a busca
incessante da Secretaria de Cultura de estar mostrando ao blico toda a
formatação destes corpos artísticos. O balé sempre estava na rua, aos domingos,
dançando, então, isso fazia com que a dança tomasse nova forma na cidade.
A proposta do Governo do Estado para a Companhia, pode ser sintetizada nas palavras do
então diretor artístico, Joffre Santos
47
, ao declarar, em 2000, que a CDA possuía como objetivo
“traduzir os valores e o imaginário do homem amazônico, seu jeito de ser, suas raízes e suas
influências culturais, sempre buscando oferecer ao público amazonense a magia de sonhar e
questionar”. Neste sentido, observa-se que a Companhia nasce com a orientação para uma
estética regionalista, embora tenha construído, a os dias atuais, um repertório contemplando
outras temáticas. As coreografias levadas para a cena até o ano de 2000, foram: “Sagração da
Primavera” e “Xamã” (1998); “Puracy” (1999); “Desejo” (1999); “Another time to breathe”
(2000) e “Da cor azul” (2000).
O CDA criará enormes expectativas na cidade em relação a abertura de um mercado de
trabalho (formal, remunerado e com infra-estrutura para a realização de suas atividades) e será
pauta constante dos jornais, embora sempre com abordagens descritivas. Em breve resumo da
hemerografia levantada, pode-se destacar do período as seguintes matérias: “Audição define
elenco do Corpo de Dança do Amazonas” (A Crítica, 28/03/1998), “Sagração da Primavera” e
Xamã” (A Crítica, 25/06/1998), “Corpo de dança recebe técnica americana” (08/07/1998),
“Corpo de Dança entra em cena” (15/11/1998), “Puracy é exaltação da dança” (27/08/1999),
“Harmonia da plástica e da coreografia” (16/11/1999), “Corpo de Dança do Amazonas. A força
do corpo em movimento” (A Crítica, 08/06/2000)”.
contato com a direção da Companhia para fazer aulas. Posteriormente, é contratada para ministrar balé clássico.
Atualmente, é diretora artística do CDA. Entrevista concedida em 08 de maio de 2009.
47
Fonte: Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Desporto. Programação comemorativa de três anos de
existência da Companhia, 2000.
62
2.3 Palimpsestos 2: algumas leituras provocativas
No Amazonas o balé moderno, a dança moderna e o jazz, fundamentam a cultura da
dança cênica que se constrói em sua capital no período de 1980 a 2000. Os temas com resíduos
nacionalistas e regionalistas, embora o exclusivamente, encontram-se na trajetória destes vinte
e um anos em estudo, como se pode observar no rol de espetáculos. Percebe-se que, em meio a
diversos assuntos, a cultura brasileira e o autenticamente amazônico aparecem na produção local
pelo menos uma vez como opção temática. E, mesmo que alguns artistas não se assumam
comprometidos com o regionalismo - e se sintam reticentes quanto ao seu uso- , em algum
momento optam por trazer para a cena estas referências. É óbvio que apenas a listagem de títulos
não pode ser conclusiva, pois há que se pensar o modo de levar estes temas para a cena em seu
contexto social, cultural e político. Precisamos então migrar do assunto expresso para a
linguagem que o expressa. O que demanda um estudo específico de algumas produções,
constituindo-se em primeiras leituras porque se constroem fundamentalmente, embora não
exclusivamente, a partir dos vestígios encontrados nos jornais. Uma costura, um alinhavo de
situações. Não se constituem em estudos de casos.
As coreografias escolhidas para observação se apresentam explicitamente como obras que
expressam a identidade amazônica. São elas: Inampi (1982), Planeta Amazonas (1992), Porto de
Lenha (1994) e Sagração da Primavera (1998). Foram elaboradas em momentos históricos e
políticos bem distintos, no entanto, apresentam características similares de percepção de mundo e
lógica de construção artística. Se pensarmos estas coreografias, não como eventos soltos, mas
como elementos de um sistema, aparece-nos um efeito de esmagamento do presente, através da
operação de uma expansão/eternização do passado. Explicando melhor: o tempo presente se
configura neste conjunto de coreografias apenas como elemento para acertar as contas com o
passado. Identifica-se um luto infindável, nostálgico pelo que considera sua origem e essência (os
mitos e lendas, uma vida tribal paradisíaca); melancólico por suas perdas (o massacre indígena, o
fausto da borracha, a colonização cultural com o advento da Zona Franca). uma ausência que
se torna presença constante. Ou seja, aliada à idéia de identidade encontra-se uma referência
contrativa do presente, na medida em que ele está comprometido apenas com o passado, e
portanto não lhe cabem outros assuntos, outros corpos, outras cenas.
63
Inampi, um caboclo que amou uma bota (Dançaviva, 1982)
Inampi tratava do universo fantasioso do caboclo e sua tradução para um corpo de balé.
Este trabalho tinha como ponto de partida um conto escrito pelo jornalista e sociólogo João
Américo Peret
48
. Um conto distinto da tradição local de associar o boto a uma figura masculina
49
.
Nele, tem-se uma figura feminina saindo do mundo das águas para seduzir um caboclo. A
narrativa, embora com as variantes dos papéis, lembra a estrutura dos balés românticos, em sua
predileção pelo mundo dos seres mágicos da natureza e a idéia de possuir um desejo inatingível.
A obra incorporou na época um sentido político de partilha de um imaginário, de uma memória
coletiva, no ato mesmo de representar - e por conseqüência difundir, tornar público -, desta forma
potencializando e valorizando esse universo, conferindo-lhe relevância. Isso fez a diferença
porque legitimou uma parte da fala, que era do cotidiano - mas não era um tema explorado até
então para a dança em Manaus – referenciando a figura do caboclo, tão estigmatizada quanto a do
indígena.
A coreografia obteve excelente recepção do público. Era uma narrativa familiar tanto para
quem morava em Manaus quanto para o interiorano, posto que trazia as sensações do
relacionamento com imagens próximas do amazonense (o balanço das águas, uma série de botos
brincando). Algo que surgia como novo. E que se diferenciava de uma prática de encenação
teatral muito forte na época, que eram as experimentações do Tesc, cujo mote era a denúncia
social - por meio da sátira e do sarcasmo -, referente ao processo histórico de colonização dos
indígenas, às mazelas sociais trazidas com a implantação da Zona Franca e ao populismo que
marcou durante muito tempo a política pública amazonense. Tudo indica, a partir do cruzamento
do material documental dos jornais e das entrevistas com os artistas da época, que a opção foi
contar a história de modo linear utilizando a gramática do balé, o seu vocabulário de passos e
posições, para a organização cênica. Peret chega a publicar um livro pequeno
50
, similar ao
formato de uma fotonovela, com fotos do espetáculo ilustrando as passagens do conto.
48
Publicado em A Crítica (17/05/1981), no suplemento Vida (curiosidade), página 04.
49
Therezinha J. P. Fraxe (2004:326), em estudo sobre a produção cultural dos caboclos-ribeirinhos, no município
Careiro da Várzea, no Estado do Amazonas, assim define: “O boto é um encantado da metamorfose, por excelência,
expansão de uma espécie de êxtase dionisíaco, que deixa as mulheres fora de si mesmas, fazendo-as esquecerem
todas as normas para seguirem somente o impulso desse ser de puro gozo, de amor, sem ontem nem amanhã”
50
PERET, João Américo. Inampi, o caboclo que amou uma Bôta. Manaus: edição independente, 1982.
64
Desta forma, as características locais, por meio do balé, incorporam-se a uma língua
culta, universal, confiável, digna de crença, assegurando sua legitimação e graduação em status.
As cores, os sabores, os trejeitos locais podem ser representados estilizadamente por meio de
arabesques, attitudes e grand-jetés, garantindo o seu relacionamento com uma língua culta,
universal, confiável, digna de crença. A cultura dos europeus, nos chega então como modo de
representar os contos, as lendas, a exuberância de suas matas e rios, em relação com o homem.
Um corpo estrangeiro na organização da coreografia e construção do espetáculo legitimando sua
existência: o procedimento coreográfico de ordenação de passos e posições, provenientes do balé,
levados como construção cênica.
Inegavelmente, a representação de um conteúdo local foi significativa. Mas não se pode
deixar de perceber a armadilha que se constrói, no perigo de se recair em uma visão inaugural da
Amazônia fabricada pelos relatos dos europeus, descrevendo suas primeiras incursões ao Novo
Mundo. Um tema delicado, porque soma-se a adoção de um olhar estrangeiro (medieval) em sua
perspectiva dualista de paraíso ou inferno, à realidade vivida do habitante amazônico ( no século
XX), com o seu entorno, e as sensações e sentimentos, experiências corpóreas e experimentos
intelectuais daí derivados. Esta relação torna difícil a leitura (fora do tempo real) da obra porque
se por um lado, internamente um processo de reconhecimento e revalorização simbólica dos
elementos da vida cotidiana (o caboclo, sua relação com a natureza, sua produção de linguagem e
conhecimento), por outro lado, tal imagem parece inaugurar para a dança teatral - a partir da
década de 1980 em Manaus -, um modo de construir representações especificamente reafirmando
algumas narrativas de “Invenção da Amazônia”.
A utilização do termo ‘Invenção’ refere-se aqui diretamente ao estudo publicado por
Neide Gondim (1994: 09-10), para quem a Amazônia não foi descoberta ou sequer construída,
mas foi inventada a partir da construção da Índia, fabricada pela historiografia greco-romana,
pelo relato dos peregrinos, missionários, viajantes e comerciantes, os quais, pressionados por
adversidades comuns à época, sonhavam encontrar o paraíso e a fonte da eterna juventude
pertencentes a uma tradição religiosa que dizia que um grande rio nascia naquele local aprazível,
cujas águas encobriam riquezas, e não muito longe, uma fonte convidava para a total supressão
dos males sociais.
65
Acontece que a Amazônia é uma metáfora do Novo Mundo, do outro mundo, do
lugar dos deslumbramentos, exotismos, maravilhas. Mesmo quando a realidade é
muito outra, quando se verifica que os fatos contradizem a imaginação, mesmo
nesses casos, parece reiterar-se a busca do paraíso. Ocorre que a Amazônia
tornou-se o emblema de algum lugar, onde se esconde uma utopia do Planeta
Terra ( Ianni apud Gondim: prefácio)
Planeta Amazonas (Nudac, 1992)
No espetáculo Planeta Amazonas novamente em foco a temática dos contos e lendas da
região amazônica, exemplificados na lenda do rio Amazonas, no encontro das águas e nos
elementos da floresta. O espetáculo teve sua estréia em 1992 como parte da comemoração de dez
anos do Núcleo Universitário de Dança Contemporânea (Nudac). Em cena, conforme a matéria
da jornalista Andréa Arruda ( Amazonas em Tempo, 12/06/1992), os dezessete dançarinos -
utilizando a técnica de dança contemporânea -, assumem a forma de animais e árvores, entrando
e saindo da cena como se estivessem se deslocando na mata, sugerindo um relacionamento
harmônico. Interessante notar que nos elementos textuais o espetáculo aparece vinculado à idéia
de TRANSPORTE: “... transportar para o requinte do ambiente (Teatro Amazonas) o espaço das
águas e das terras”, e de TRADUÇÃO: “Um Planeta Amazonas”, traduzido em música e
movimentos contemporâneos...” .
A matéria é finalizada com os auspícios ou votos de que o público assistirá um “Planeta
colorido, curioso e navegado por espécies consideradas ‘mágicas’ – em forma e essência”. O que
justifica o próprio título: “Nudac apresenta o Misticismo da Floresta”. Reforçam-se as idéias de
uma natureza mística, misteriosa, sob o mesmo prisma de deslumbramento dos cronistas do
século XIX, onde tudo converge para a harmonia em uma grande festa. Harmonia, magia e festa
reaparecem. Aliás, a idéia de Brasil como uma grande festa de raças, havia sido apontada em
outro trabalho do grupo, datado de 1988, sob o título de “Festa de Brasil Mestiço”.
Em 1997 Planeta Amazonas foi selecionado para participação na XXII Reunião anual do
grupo Credicard-Mastercard, ocasião em que, desvinculado da universidade, o grupo tornara-se
independente, agora sob o nome de Cia. Lia Sampaio. Na matéria de Achilles Barros (Jornal do
Commércio, 09/07/1997) , tem-se a informação de que a Companhia abrirá o evento com a
performance “Lenda do Amazonas”: um trabalho inspirado na árvore Baobab, venerada pelas
tribos das selvas africanas; e encerrará com “Viração das tartarugas”, inspirada no livro
66
“Fundação de Manaus”, do historiador Mário Ypiranga Monteiro, sobre a exportação da banha
das tartarugas. Eis como finaliza a matéria de Barros: “Mas no ritual da Viração das tartarugas,
homens brancos e nativos digladiam-se. Vence a força das armas... Nesta performance a lenda é
vivida pelos movimentos sinuosos dos bailarinos em uma coreografia das mais sublimes”.
Embora o Nudac/ a Cia Lia Sampaio ofereçam diferenciações no treinamento corporal e
na concepção cênica - na prática da utilização da improvisação e da criação em grupo para a
montagem dos espetáculos -, nota-se o reaparecimento de referências a utopias e distopias
amazônicas, reforçando a impressão de que subsiste na cultura da dança e do jornalismo cultural
que se produziu em Manaus durante o período em estudo, um pensamento antinômico e
essencialista sobre natureza e cultura, bem como sobre as relações de alteridade forjadas sempre
no exotismo e no antagonismo. Ou seja, uma lógica de percepção de mundo que,
inconscientemente, parece trair as intenções de desenvolvimento de um trabalho fora das esferas
do folclore e dos estereótipos sobre a região, mesmo que o depoimento dos coreógrafos negue
tais apropriações.
O grande problema é que esses lugares-comuns europeus sobre a América
Latina são em parte verdadeiros. Apesar de todas as misérias os países latino-
americanos têm, de fato, uma natureza exuberante, e seus habitantes, uma
vitalidade, uma imaginação e um gosto pela festa que se devem a certos
arcaísmos preservados, ao simples desejo de sobreviver ou a uma venturosa
inconsciência. A questão não é nos desfazermos dessas características, que
agradam aos outros, mas vivê-las com lucidez, e não como uma compensação do
que falta ao outro. (Perrone-Moisés, 2007: 42)
A constância, a insistência neste assunto durante mais de 20 anos quer dizer alguma coisa,
algo não resolvido, mal articulado, alguma falta. Pensar sobre a identidade cultural constitui-se,
desta forma, em um ato legítimo histórico, social e principalmente político. No entanto, citar os
elementos negros, indígenas e caboclos somente a partir deste ponto de vista podem ser
armadilhas para o artista (principalmente se ele não estiver preparado, municiado de
informações). Mesmo porque existe uma vasta bibliografia a esse respeito. A questão crucial
apresenta-se então como o fixar-se em abordagens de superfície, em carimbos de identidade
estável. É preciso concebê-la plural, sempre em trânsito, em estado de metamorfose. Percebe-se
que, neste tipo de convivência, a relação com o outro cultural não consegue se estabelecer se não
for por oposição, rememorada historicamente, desconfiada sempre, e ressabiada nas relações
mais atuais. É o que nos orienta à observação da coreografia Porto de Lenha.
67
Porto de Lenha (Gedam, 1994)
Porto de lenha
Tu nunca serás Liverpool
Com uma cara sardenta e olhos azuis
Um quarto de flauta
Do alto Rio Negro
Pra cada sambista-paraquedista
Que sonha o sucesso
Sucesso sulista
Em cada navio, em cada cruzeiro
Em cada cruzeiro
Das quadrilhas de turistas
51
O mote do espetáculo foi a apresentação das questões expostas na canção “Porto de
Lenha” (em epígrafe), composta em 1978, por Aldísio Filgueiras
52
e Torrinho
53
, para a cena final
da peça “Tem Piranha no Pirarucu”
54
. Filgueiras tinha vivido intensamente o período da censura
com a interdição de seu livro de poemas denominado “Estado de Sítio” (1968), bem como o
engajamento político e as experimentações cênicas com o Grupo Decisão, o grupo musical “A
Gente”, e o Teatro Experimental do Sesc (Tesc). É relevante lembrar os objetivos do Tesc,
expostos na forma de um manifesto teatral, no texto do cartaz-programa da peça “O Elogio da
Preguiça” (1980), os quais, de modo sintético, eram a defesa da liberdade de expressão no Brasil,
a defesa da autêntica cultura amazonense, e a criação de uma linguagem teatral compatível com
os objetivos anteriores (Azancoth, 2009: 281). O termo “defesa” torna-se fundamental como
princípio de referenciação na relação de um Eu com o Outro e na criação de uma imagem de
51
PORTO DE LENHA LETRAS. Disponível em: http://torrinho.musicas.mus.br/letras/345629/ Acesso em:
05/05/2010.
52
Compositor, poeta e jornalista. Nasceu em Manaus em 1947. Sua estréia literária aconteceu em 1968, com o livro
de poemas Estado de Sítio, que teve circulação proibida pela censura. Membro da Academia Amazonense de Letras,
compõem sua obra poética os livros Malária e outras canções malignas (1976); A República muda (1989); Manaus –
as muitas cidades: 1987-1993 (1994); A dança dos fantasmas (2001) e Nova subúrbios (2004). Disponível em:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/amazonas/aldisio_figueira.html Acesso em: 05/05/2010.
53
José Evangelista Torres, nasceu em Belo Horizonte, e viveu sua infância no bairro da Tijuca (RJ), de onde trouxe
as influências musicais da Bossa Nova, do movimento Tropicalista e dos antigos festivais de música da década de
60. Mudou-se para Manaus no ano de 1968 e começou a compor no início dos anos 70, quando participou de vários
festivais. Torrinho, em suas obras individuais ou com parcerias, procura mesclar temas de cunho amazônico com a
linguagem universal, sem se preocupar em ser aquilo que se convencionou chamar artista regional. Disponível em:
http://www.mpbnet.com.br/musicos/torrinho/ Acesso em: 05/05/2010.
54
Peça escrita por Márcio Souza, em 1968, com o título original de “Zona Franca, Meu Amor”. Somente obteve
liberação da censura em 1978 quando foi encenada pelo Tesc sob o nome de “Tem Piranha no Pirarucu”.
68
auto-referenciação e de alo-referenciação. Entende-se, dessa forma, o fato de que nas três
matérias referentes ao espetáculo, encontradas no jornal A Crítica, a música “Porto de Lenha”
seja definida como uma versão não-oficial do hino de Manaus. A idéia de versão não-oficial se
articula muito bem com a posição política dos compositores e o modo necessário de se colocar
perante a repressão que ocorrera no período da ditadura. Mas isto serviria para a realidade de
1994? Como um espetáculo de dança faria estas atualizações?
A matéria de estréia, escrita pela jornalista Betsy Bell (A Crítica, 04/12/94) busca resumir
“Porto de Lenha” dizendo que ele “dissecou o hino não-oficial do Amazonas” para montar um
espetáculo em três meses - de uma hora de dança contemporânea. Talvez o verbo dissecar
esteja neste contexto se referindo ao fato de que a canção foi estudada em minúcias, mas também
remete ao procedimento da medicina de dissecação de cadáveres, ou seja, a análise de um corpo
morto. No parágrafo seguinte ela voz à diretora, Conceição Souza, que o define como “uma
aula de história da colonização universal que parte da origem mitológica da criação do mundo
indígena e se desenvolve pelo ciclo extrativista até o processo de automatização atual do homem
amazônico”.
O texto de Leila Leong (A Crítica, 16/03/95) é muito mais apurado, no entanto, ela
explora somente a voz do roteirista do espetáculo. Então, são apresentadas as intenções de
Filgueiras e a referência de seu contato com o grupo no processo de montagem. Conforme o
poeta, cada verso da música-tema foi analisado, e suas intenções enquanto compositor foram
explicitadas, restando aos bailarinos tentar “responder ou levantar com o gestual e o ritmo aos
questionamentos propostos pelo autor”. O espetáculo é dividido didaticamente em nove quadros:
o parto, o homem, o ruído, a pólvora, o outro, a miscigenação, a usura, a náusea e o gato Félix. E
o texto prossegue com as observações do poeta, resumindo-o como um espetáculo que pretende
captar uma ão de conflitos entre o eu e outro em uma crítica sobre o processo civilizatório
desde o primeiro contato da Europa com o Novo Mundo. Para o compositor, esta era uma
denúncia artística feita com música e movimento. Filgueiras enfatiza que o espetáculo tenta
resgatar a identidade do amazonense sem retroceder ao saudosismo, ou ceder a uma exaltação
nostálgica de um passado perdido que o volta mais. Ressalte-se que ele havia feito
declaração semelhante em texto de temporada anterior (A Crítica, 17/05/95), no qual expõe sua
preocupação em “evitar qualquer tipo de folclorização, pretendendo-se sim, uma concepção a
69
partir do universo da criação do mundo indígena e a absorção do homem pelo mesmo nos
diversos níveis sociais”.
Contudo, lembremos que estas são as intenções de Filgueiras. Não foram encontrados
detalhes sobre a construção cênica da obra. Não foram encontradas críticas, comentários
posteriores. O que se pode tentar deduzir, pelo que foi oferecido das matérias é que a dança é
proposta com o intuito de ilustrar o tema, assumindo um aspecto teatral e didático, remanescente
dos ideais primeiros declarados pelo Dançaviva e o tipo de encenação feita pelo Tesc. Embora,
apareça, por meio da fala de Filgueiras, que houve um período intenso de estudos, não se tem a
voz dos bailarinos ou a voz do coreógrafo Francisco Cardoso; nem do colunismo social, tão
presente nos anos 80. Portanto, não como dizer que tipos de organização cênica e corporal
foram trabalhadas para a cena e para a relação com um tema que perpassava condições históricas
e contaminações psicológicas de assimilação e rejeição. O que se pode arriscar - e aqui estamos
novamente no campo das ilações é que, em coerência com as práticas estéticas do Gedam, o
trabalho apresentava as mesmas características de um bamoderno, no qual a “técnica universal
do clássico” juntava-se aos anseios temáticos e composições autorais da dança moderna.
Sagração da Primavera (CDA, 1998)
Nestas articulações de sentido definidas por uma gica de oposição entre natureza e
cultura (identificada em Inampi e Planeta Amazonas), e das relações entre o Eu e o Outro (em
Porto de Lenha), encontra-se como exemplo síntese e amálgama aglutinador de várias questões, a
coreografia “Sagração da Primavera”, de estréia do Corpo de Dança do Amazonas (CDA).
Diferentemente das obras citadas anteriormente
55
, esta foi elaborada em um clima de entusiasmo
frente às políticas públicas para a arte no Amazonas. Afinal, após anos de expectativa e
decepções, um corpo estável do Teatro Amazonas fora criado e teria sua estréia com as
coreografias “Sagração da Primavera” e “Xamã”. Tal euforia orientou as pautas do jornalismo
impresso para uma cobertura de evento, e o despreparo de alguns jornalistas propiciou o trivial de
informações.
55
Como vimos no segundo capítulo, as relações do Estado com os artistas sempre foi muito tensa.
70
A ação dramática da Sagração surgiu em sonhos para Stravinski. O balé é um
ritual de fertilidade. Todos os anos, na primavera, uma tribo pagã escolhe uma
virgem para ser sacrificada aos deuses para que a próxima colheita seja boa. A
primeira apresentação da Sagração, em 1913, desagradou o público tanto pela
música pouco convencional, de uma vanguarda agressiva e marcante, quanto
pela coreografia de Nijinski para os Ballets Russes, que acabou quebrando os
conceitos tradicionais do balé clássico, dando vez a uma nova estética para a
dança. (Leyla Leong, A Crítica: 15/11/1998)
A “Sagração da primavera” foi escolhida pelo búlgaro Ivo Karagueorguiev
56
. que se
considerar que Karagueorguiev era recém chegado da europa, mal falava o português e o motivo
de sua ida a Manaus era o de acompanhar a esposa, que havia sido contratada pela Amazonas
Filarmônica. Provavelmente, sua experiência com a cultura local estava marcada por uma série
de equívocos e de uma visão eurocêntrica de uma cultura privilegiada, de uma pedagogia
soberana, reguladora e disciplinadora. Este olhar o fez associar a imagem da Amazônia indígena
com as referências a tribos e aos rituais de fertilidade, escolhidos por Nijinsky
57
para a
montagem original de “Sagração da Primavera”, no início do século XX.
A coreografia foi pauta de várias matérias e definida como uma montagem que
transportava o ritual primitivo do balé original para a floresta amazônica (A Crítica, 21/11/1998),
e a recriação da dramaticidade da obra original em transposição para a Amazônia (Leyla Leong,
A Crítica, 15/11/1998). A palavra mais usada: TRANSPOSIÇÃO, acaba por definir de modo
acurado o que foi realizado no palco: nada além de correlações primárias, tanto com a obra de
Ninjinski, quanto com a cultura indígena do Amazonas, reforçada pelas tangas e cocares
estilizados. O índio genérico em cena. Certamente o olhar estrangeiro, com o aval da Secretaria
de Cultura e Estudos Amazônicos.
Por um longo tempo a questão indígena se manteve presa de um pensamento
populista e romântico que identificou o índio com o mesmo, e este, por sua vez,
com o primitivo. E convertido em pedra de toque da identidade, o índio passou a
ser o único traço que nos resta de autenticidade: esse lugar secreto onde subsiste
e se conserva a pureza de nossas raízes culturais. Todo o restante não passa de
contaminação e perda de identidade. O índio foi assim convertido no que de
irreconciliável com a modernidade e hoje privado de existência positiva.”
Martín-Barbero (2006: 263)
56
Bailarino de várias companhias européias, professor consultor de dança em Sófia e solista da Opera de Sófia e da
Komische Òpera de Berlin.
57
Coreografada por Nijinsky (1899-1950), a obra foi inicialmente montada para os “Ballets Russes”, companhia
dirigida por Sergei Diaghilev (1872-1929). Conforme Rosana Langendonck (1998:23), “Nijinsky separou do
movimento qualquer insinuação ou vislumbre de intenção narrativa, substituiu no movimentos os códigos que
vinham sendo utilizados habitualmente, por metáforas físicas.”
71
Encontra-se nesta obra o mesmo modo de expressar a idéia de identidade cultural,
adotada anteriormente pelo Dançaviva, e mais tarde pelo Gedam, através do recurso da
estilização, legitimando-se pela tradição européia do balé e seu repertório artístico. Resultado:
culturas tribais universalizadas e o reforço ao pensamento de uma “natureza natural
(PERRONE-MOISÉS, 2007), na região em que se tem o maior mero de etnias e línguas
indígenas com uma visão completamente diferenciada dos modelos hegemônicos de se pensar o
mundo. Este modo de pensamento peculiar tem sido objeto de estudo do antropólogo Viveiros de
Castro (2002:480-481), que o define como um perspectivismo ameríndio uma concepção na
qual o mundo é povoado de outros sujeitos ou pessoas, além dos seres humanos, e que percebem
a realidade de um modo diferente dos seres humanos.
Era possível perceber também que o tema mitológico da separação entre
humanos e não humanos, isto é, cultura e natureza, não significava a mesma
coisa que em nossa mitologia evolucionista. A proposição presente nos mitos é:
os animais eram humanos e deixaram de sê-lo, a humanidade é o fundo comum
da humanidade e da animalidade. Em nossa mitologia é o contrário: nós
humanos éramos animais e ‘deixamos’ de sê-lo, com a emergência da cultura
etc. Para nós, a condição genérica é a animalidade: ‘todo mundo’ é animal,
que uns são mais animais que os outros, e nós somos os menos. Nas mitologias
indígenas, todo mundo é humano, apenas uns são menos humanos que os outros.
Vários animais são muito distantes dos humanos, mas são todos ou quase todos,
na origem, humanos, o que vai ao encontro da idéia do animismo, a de que o
fundo universal da realidade é o espírito.
que se considerar também na análise desta obra, ainda que não seja feito de forma
direta, uma espécie de reforço no silenciamento sobre a convivência dos amazônidas com
diversos imigrantes, os quais se encontram em desenvolvimento constante do exercício de
mestiçagens culturais. Isto evidencia uma total falta de familiaridade com o corpo de uma
cidadefloresta, com temporalidades e espacialidades distintas. Idéias de um corpo e uma cultura
que não são afetados pelo tempo, que não se configuram em trânsito, como se isso fosse possível
em qualquer campo de conhecimento. Neste sentido, torna-se pertinente citarmos a experiência
de Stephen Nugent
58
e Renato Athias
59
, em 2000, na realização de um etnodocumentário sobre
as comunidades judaicas na Região do Baixo Amazonas:
58
Professor de antropologia em Goldsmiths, Universidade de Londres.
59
Professor da Universidade Federal de Pernambuco.
72
Ao ser exibido a europeus em um ambiente antropológico/acadêmico, no
entanto, ficou evidente que o filme foi percebido como uma obra sobre judeus, e
não sobre a Amazônia. De fato, era um filme sobre judeus, mas judeus da e na
Amazônia (com exceção de duas pessoas entre as dúzias, todas foram criadas na
região, sendo de terceira ou quarta geração). Para a platéia, isso contrariou as
expectativas, pois todos sabem que a Amazônia é uma terra de índios,
colonizadores predatórios, desmatadores, fazendas de pecuárias e degradação
ambiental. O fato da Amazônia incluir judeus, japoneses, libaneses, holandeses,
franceses, ingleses, ucranianos, etc., surpreendeu de maneira incômoda,
destruindo certezas sobre os clichês que muitos prezavam.” (NUGENT,
2006:34)
Verifca-se então a configuração de um modo de operação comum à boa parte dos
espetáculos de dança realizados em Manaus durante estas duas cadas. Esta forma de
organização cênica, no intuito de ser representativa da cultura amazônica, ao falar da natureza
e cultura, acabam por reduzi-la à ilustração dos ambientes das águas, das matas, dos animais e
das tribos indígenas. Procedimentos refugiados sob o status de dança teatral em oposição às
danças folclóricas e populares, mas arraigados em suas lógicas de representação do mundo,
suavizados pelo status de uma dança para o palco. Na trajetória destes grupos, em suas
abordagens temáticas de identidade cultural fica a impressão de que faltou o procedimento
antropofágico oswaldiano e há a necessidade de se construir o Terceiro Espaço, citado por Homi
Bhabha (2005: 69), o qual é capaz de abrir o caminho à uma conceitualização de uma cultura
internacional, baseada não no exotismo do multiculturalismo ou na diversidade de culturas, mas
na inscrição e articulação do hibridismo da cultura”.
73
CAPÍTULO 3
INVISIBILIDADES NO JORNALISMO CULTURAL MANAURA:
CONEXÕES ENTRE ARTE E PODER
74
3.1 Dança e Jornalismo: Trançados Comunicativos
Observa-se em primeiro lugar que as representações cênicas referentes à dança teatral em
Manaus não são uniformes em suas proposições estéticas e políticas. É possível notar o
Dançaviva e sua linhagem elegerem diversos assuntos, priorizando o balé e a dança moderna em
sua organização cênica, ou o Nudac, trazendo a improvisação como princípio de construção das
coreografias, ou ainda o Renascença, em seu período inicial, apontando para a dança-teatro. No
entanto, é verificável neste quadro de diferentes caminhos percorridos que, em algum momento
de suas trajetórias, em diferenciadas situações históricas e políticas, os grupos contemplados
buscaram a apresentação de temáticas amazônicas e suas referências à afirmação da identidade
cultural da região e do país. Proponho, neste sentido, o exercício de alguns desdobramentos.
Na América Latina, as discussões sobre identidade cultural foram constantes desde o
século XIX. Para Irlemar Chiampi (apud LIMA, 1988: 17-18), o posicionamento crítico sobre a
América, indagando acerca de sua diferença diante dos modelos constituídos de cultura, marcou
a escrita dos mais diversos e destacados escritores hispano-americanos. As respostas a essas
indagações variaram conforme as crises históricas, as pressões políticas ou as influências
ideológicas, produzindo inúmeras interpretações em torno do problema da identidade cultural. No
Brasil, de modo mais específico, historicamente toda uma ensaística acerca da construção de
uma identidade cultural nacional, cujo itinerário se desenvolve em pensamentos fundamentados
nas assertivas de miscigenação de negros e índios com o branco (para melhoramento racial), na
posterior mescla de práticas culturais diversas e, nas alterações operadas na idéia de identidade
brasileira através do surgimento da indústria cultural no Brasil dos anos 80. (ORTIZ, 2006;
2001)
Torna-se pertinente retomar este quadro para se pensar a prática cênica da dança no
Brasil, a partir do que Paulo Paixão (2009:12;58-60) denomina “poética da brasilidade”: uma
operação de articular no corpo o pensamento do nacional, cuja maioria das questões se orienta em
traduzir e ser traduzida como um jeito de ser particular aos brasileiros, e que se manifesta desde o
início da profissionalização da atividade artística da dança no Brasil até os dias atuais. É
relevante evidenciar neste tipo de operação a atualização do recurso da estilização. Este é um
procedimento que pode ser aplicado para valorizar ou escamotear uma ligação com o passado,
auxiliando no reforço a práticas de poder. Utilizado pelo romantismo europeu no século XIX, foi
75
incorporado pela prática dos estrangeiros que foram pioneiros da dança no Brasil e absorvido na
prática de professores e artistas locais, como no caso de Eros Volúsia
60
, que propunha uma
estilização do popular, fundamentada em aporte etnográfico, com as referências do balé, ainda
que minimizadas.
Esta poética da brasilidade apresenta-se como uma chave importante para o entendimento
de determinada tendência da dança na região norte, na medida em que é possível observar que
uma parte considerável da produção está comprometida com as temáticas amazônicas, no intuito
de evidenciar a identidade cultural a partir de elementos autenticamente regionais, não apenas no
âmbito das manifestações folclóricas e populares da região ( materializadas principalmente em
seus festivais juninos), mas também nas pretensões de profissionalização local da dança.
Observa-se que alguns artistas apresentam como objetivo de suas obras o resgate (apresentação e
valorização) da identidade regional, realizando-o por meio da representação dos contos e das
lendas locais, da ênfase nos qualificativos de exuberância das matas e dos rios, da apresentação
das cores e dos trejeitos da figura do caboclo, e da referência às culturas indígenas e aos discursos
ecológicos.
Este parece ter sido o modo de operação corrente em boa parte dos espetáculos de dança,
realizados com o objetivo de serem representativos da cultura local e do homem amazônico. No
entanto, cabe aqui a ênfase na armadilha em que tal procedimento se constitui, ou seja, no perigo
de se reduzi-los (a cultura e o homem) à ilustração dos ambientes de fauna e flora, e à inserção
de gestualidades estereotipadas copiando as faceirices caboclas ou a dança indígena em círculos.
Este é um discurso arriscado, no sentido de que ao agregar pacotes de informação ( e com eles
os estereótipos e o lugar comum) promove a ilusão de se colocar na cena uma identidade
amazônica homogênea e universal, criando figuras de tal generalidade e vagueza que acabam
esvaindo-se e esvaziando-se em esquematismos ornamentais.
Não se trata de um imperativo supressor de temas regionais. Inegavelmente, a
representação de um conteúdo local constitui-se em algo significativo, principalmente quando é
possível observar um processo de reconhecimento e revalorização simbólica dos elementos da
60
Heros Volúsia Machado (1914-2004). Filha do poeta Rodolfo Machado e da poetisa Gilka Machado. Em palestra
proferida no Rio de Janeiro no dia 20 de julho, no Teatro Ginástico, apresenta o frevo, o maracatu, os caboclinhos, a
congada, o lundu, os bailados pastoris, o bumba meu boi, o samba, a capoeira e o maxixe, como objetos de sua
pesquisa sobre danças brasileiras. Informações adicionais, consultar “Eros Volúsia” , por Roberto Pereira (2004) e
Poemadançando: Gilka Machado e Eros Volúsia, por Soraia Maria Silva (2007).
76
vida cotidiana. No entanto, se a exposição de assuntos locais, neste corpo que dança, não
consegue promover questionamentos e provocar deslocamentos de idéias, em tal exposição ele
se comporta apenas enquanto um veículo replicador de pensamentos hegemônicos, distante do
que se caracterizaria epistemologicamente como um corpomídia
61
(solícito às impermanências e
poroso às transitoriedades). Sobre este específico fazer-dizer, convém citar as palavras de Jussara
Setenta (2008:48):
(...) No corpo que age sem interessar-se em inventar, é como se ele se entendesse
como uma folha em branco onde fosse possível rabiscar e exibir contornos e
formas. São processadas falas onde o dizer enuncia algo que, mesmo quando é
inédito, não produz modos de dizer também inéditos, mas organiza materiais
existentes de modo especifico ao seu objetivo. É um dizer que não se inventa.
Expõe-se um fazer-dizer que tende a apresentar movimentos já autenticados.
Percebe-se que o agir permite a expressão de movimentos produzidos pelo
treino-modelo, pelo uso dos materiais da aprendizagem das técnicas de dança, e
é isso que fica exposto em primeiro plano na representação.
O fazer artístico da dança em Manaus tem seguido modelos que alternam entre categorias
bem conhecidas da modernidade: o clássico e o popular, embora nas falas de coreógrafos e
diretores este não seja o objetivo declarado. Observa-se que a produção local fica restrita a estas
duas formas de se pensar a cultura (mesmo quando usam o adjetivo “contemporâneo”
62
constantemente em suas declarações). A dança durante este período carrega consigo uma razão
dualista em sua lógica interna de pensamento, fixando-se na maioria das vezes na composição
dos pares natureza/cultura, indígenas/não-indígenas, rural/urbano, como categorias fixas,
destituídas de ambivalências, buscando prioritariamente legitimar-se no resgate da identidade
cultural ao tratar de questões regionais. A insistência na apresentação de uma noção vaga de um
Homem Amazônico
63
, (representado por imagens genéricas das figuras do caboclo e do
indígena), ora estilizado no corpo do dançarino clássico ( em seus arabesques e jetés) ora no
61
“A mídia a qual o corpomídia se refere diz respeito ao processo evolutivo de selecionar informações que vão
constituindo o corpo. A informação se transmite em processo de contaminação.” (GREINER e KATZ,2005:131)
62
Referindo-se claramente a uma definição cronológica: a dança que se faz no agora. Posição semelhante
encontrada anos mais tarde (2006) no relato daquilo que se encontra sob o nome de dança contemporânea nos
festivais competitivos como um território de vale-tudo: “Passos de jazz com música experimental. Neoclássico ao
som do diálogo com os bailarinos. Dança de rua com um toque de vanguarda”, por Airton Tomazzoni. “Esta tal de
dança contemporânea” (17/04/2006). Disponível em: http://idanca.net/lang/pt-br/2006/04/17/esta-tal-de-danca-
contemporanea/2992. Acesso em: 14/08/2010.
63
Nos estudos de geografia humana o questionamento sobre a vagueza e indeterminação do conceito de Homem
Amazônico pode ser ilustrado na fala do professor Saint Clair Cordeiro: “Trata-se de um homem genérico, abstrato,
homogêneo. É um homem objeto que ocupa espaços vazios, sendo apenas um habitante e não um criador de
espaços.” Disponível em: http://nonatobouth.blogspot.com/2009/10/amazonia-e-dimensao-humana-de sua.html.
Acesso em: 10/08/2010.
77
moderno ( em suas contrações e pés flexionados), ora no jazz (com suas roupas brilhantes),
demonstrando a falta de diálogo com outras áreas de conhecimento, enfraquece sua força, seu
pertencimento na discussão sobre o lugar da Amazônia no Brasil, e o lugar de Manaus nessa
Amazônia.
vem sendo questionada algum tempo a imagem de uma região amazônica que se
ressente da condição de uma urbanidade atrasada em relação aos modelos de desenvolvimento da
Europa e dos Estados Unidos, ou mesmo na versão de um Brasil analisado sempre a partir dos
grandes centros da região Sudeste. Retransmiti-lo é incorrer em anacronismo e na negação das
cidadesflorestas
64
e dos exercícios constantes de mestiçagens culturais, o que leva a pensar sobre
as características peculiares desta poética ao se configurar na Amazônia. Isso porque há variantes
de pensamento a serem consideradas, que abalam ou desconfortam qualquer idéia de
homogeneidade e apontam para a necessidade de outros caminhos de reflexão, como por
exemplo, suas características transnacionais em sua relação ambiental com outros países, na qual
os elementos que compõem o seu bioma encontram-se em livre trânsito, conforme explicitado na
fala do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Alberto Luís Val (apud
TRABBOLD, 2009):
As águas do Rio Amazonas vêm dos Andes, passam por vários países e
desembocam no Oceano Atlântico, não raro carregando algum material
biológico de grande porte, como uma árvore, por exemplo. E, em determinados
períodos do ano, andorinhas do Canadá migram para a Amazônia brasileira, se
alimentam aqui e voltam para seus países de origem carregando informações
biológicas dela em seus estômagos.
Pode-se acrescentar a estas variantes de perspectiva as propostas de reconfiguração
geopolítica elaboradas pela pesquisadora Bertha Becker:
O que tem passado despercebido, no meu entender, em todos os projetos e em
todas as escalas, é justamente o fato de a Amazônia hoje ser uma região que
possui uma dinâmica própria: tem vinte milhões de habitantes, demandas
específicas e resistências organizadas e uma estrutura produtiva própria, o que
comprova a sua mudança de caráter, inclusive com uma nova geografia. Nela
reconheço três macroregiões: a primeira é essa que chamam de "arco do fogo" e
que denomino de arco do povoamento consolidado, porque é onde estão as
64
No artigo ”A cultura, a cidade e os rios na Amazônia”, o professor do Depto de Geografia da Universidade
Federal do Amazonas, José Aldemir de Oliveira, enfatiza a importância de se considerar as relações sociais
provenientes das cidades que se localizam no meio da floresta e às margens dos rios. Disponível em:
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v58n3/a13v58n3.pdf Acesso em: 09/08/2010. Bertha Becker (2004), professora
titular do Depto. de Geografia da Universidade do Brasil/UFRJ, também chama a atenção, desde a década de 1980,
para o que ela denomina de “floresta urbanizada”.
78
cidades, as densidades demográficas maiores, as estradas e o cerne da economia;
a outra macroregião, da Amazônia central, corresponde ao restante do estado do
Pará, que é a porção mais vulnerável da Amazônia, porque cortada pelos eixos,
pelas estradas e onde estão duas das frentes localizadas; a última é a Amazônia
ocidental, que tem a maior área de fronteira política e é a mais preservada
(porque não foi cortada por estradas e seu povoamento foi pontual, na Zona
Franca de Manaus, enquanto o resto do estado ficou abandonado)
65
.
Infelizmente, a memória e os espaços de encontro e consolidação dessas idéias, que
seguem na contramão dos interesses econômicos e políticos sobre a região, foram abolidos ou
não tem sido estimulados. Este fenômeno se reforça em ambientes específicos. Em Manaus, é
possível verificá-lo na tessitura composta pela produção co-participativa entre a dança e o
jornalismo, na qual se tem a predominância dos discursos próximos à enunciação do lugar-
comum e dos estereótipos. A vigência de tais discursos excluiu das páginas impressas muita
experiência artística elaborada pelos grupos de dança do período, auxiliando para que suas
atividades fossem mal compreendidas, atrofiadas ou não reconhecidas. Ou seja, não se conseguiu
potencializar o crescimento de novas idéias, mas apenas corroborar as antigas e aumentar seu
poder de disseminação. Neste sentido, o jornalismo cultural praticado na capital do Amazonas
auxiliou na construção de invisibilidades, na medida em que apenas reproduziu o que já estava
em exposição, ou se tornou indiferente e cego ao potencial de formas criativas embrionárias,
restringindo assim as possibilidades de ampliação e enriquecimento do debate cultural.
Historicamente, o jornalismo cultural encontra suas primeiras referências na atitude de
promover o debate público. Na Inglaterra, Joseph Addison e Richard Steele publicam, em 1711,
o periódico The Spectator”
66
, cuja finalidade declarada era ampliar os espaços de discussão de
temas filosóficos, retirando-os de armários e bibliotecas, escolas e faculdades, e levando-os para
as pessoas comuns que participavam de clubes, assembléias, mesas de ce cafés. Tal atitude
trouxe à tona uma questão importante: a participação social. Esta participação promoveu a
visibilidade do que se apresentava obscuro ou oblíquo no entrelaçamento dos campos social,
político e artístico. O título “O observador” buscava enfatizar sua liberdade em relação a partidos
65
Artigo “Geopolitica da Amazônia”, por Bertha K. Becker. Estudos Avançados. Vol 19. n
o
53 São Paulo jan/abr
2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142005000100005 Acesso
em: 04/08/2010.
66
Informações adicionais, consultar: “The Spectator, volumes 1, 2 e 3, por Joseph Addison e Richard Steele”.
Disponível em: http://www.fullbooks.com/The-Spectatior-Volumes-1-2-and346.html. Acesso em: 13/08/2010 ;
“The Spectator: birth of the periodical press”, por Karen Purnell. Disponível em:
http://journalism.winchester.ac.uk/?page=349 Acesso em: 13/08/2010.
79
políticos e os editores incentivavam a participação dos leitores solicitando que enviassem cartas.
O jornal obteve muito sucesso e se tornou um modelo para seus sucessores, embora no início
tenha sido acusado de trazer à luz o que deveria ser mantido em segredo, ao tratar de questões
de cunho moral e religioso, ou simplesmente por abordar trivialidades, na cobertura da última
moda em luvas.
Para o historiador Peter Burke (2004:79-81) estes periódicos do século XVIII
contribuiram para o aparecimento da noção de “opinião pública”. Termo que será posteriormente
aborvido pelo conceito mais amplo de “esfera pública”, proposto pelo filósofo Jürgen Habermas
no lançamento do livro “Mudança estrutural da esfera pública” (1962).
O estudo de Habermas é especialmente importante pela visão da mídia como
um sistema (incluindo jornais, café, clubes e salões) no qual os elementos
distintos trabalhavam em conjunto. O livro enfatiza a transformação estrutural
dessa esfera, no final do século XVIII na Inglaterra e na França, sua não-
instrumentabilidade (em outras palavras, a liberdade quanto a manipulações) e
sua contribuição para o surgimento de atitudes racionais e críticas do que seria
conhecido – depois da Revolução Francesa – como o “Velho Regime”.
Esta pequena retomada histórica sobre a democratização de conteúdos de âmbito cultural
conduz à reflexão acerca do próprio conceito de comunicação. Para o pesquisador Muniz Sodré
(2002:221-225 ) este termo abrange diversos campos semânticos. Não se trata apenas de uma
distribuição de informações (como coisas), mas de um processo que envolve a criação de
vínculos e o desenvolvimento de cognições. Neste contexto a vinculação significa algo mais do
que um simples processo interativo, porque pressupõe desde a dimensão imaginária até as
práticas de conduta e os valores. Quanto à cognição, inclui as tensões constitutivas do ser-em-
comum, nas quais o “eu” e o “outro” não se apresentam enquanto entidades prontas, acabadas,
à espera de uma conexão por um nexo atrativo.
O conceito de comunicação aponta para a movimentação concreta de toda
comunidade. Evidencia que se trata de pôr em comum as diferenças práticas na
dinâmica de realização do real. Isto está implícito desde a origem, na palavra
communicatio (do latim clássico, ciceroniano), que inclui os mesmos cum e
munus de communitas e significava propriamente societas ou sociedade
abordada pelo ângulo comunitário da atração, comércio, ou vinculação entre
humanos, deuses e humanos, vivos e mortos. A expressão dies communicarius
prescrevia em Roma a ritualização desse laço. (SODRÉ, op.cit: 225)
80
3.2 Visibilidades e Invisibilidades no Jornalismo Cultural
Nas últimas décadas do século XX os profissionais atuantes nas redações dos jornais de
Manaus, com raras exceções, praticaram um jornalismo cultural anêmico e de restrita utilidade
sociopolítica, seja por motivos de formação inadequada, seja pela falta de visão ou compromisso
social da empresa de comunicação a qual estavam filiados. Neste período observa-se que os
cursos universitários não oferecem condições apropriadas para a formação de um jornalista
cultural, no sentido de capacitar o estudante “a colocar um fato cultural numa perspectiva
histórica (e crítica) do campo que está sendo tratado” (COELHO, 2007: 25). Verifica-se também
uma atitude passiva dos jornalistas posto que raramente buscam promover um diálogo mais
íntimo com os processos artísticos relacionados à dança que se produz na cidade, e menos ainda
com os modos especializados de compreendê-la. Esta falta de familiaridade com a área da dança
profissional, resulta em abordagens com soluções meramente retóricas, ineficientes para a
produção de um discurso reflexivo sobre a realidade vivida, criando um contexto absolutamente
empobrecido com sérias conseqüências sociais e políticas. Adiciona-se a este quadro a tendência
do jornalismo cultural brasileiro em priorizar os roteiros de programação.
Embora na atualidade demandem estudos específicos sobre a história do jornalismo
cultural, diversos autores (SILVA, 1997; MARTÍN-BARBERO,2004; COELHO, 2007; PIRES,
2007; MEDINA, 2007; PIZA, 2003 ) em suas análises sobre os jornais latino-americanos e
brasileiros declaram que é possível detectar neste período uma perda de vitalidade dos assuntos
artísticos-culturais. Afirmam que, em função do mercado, foi adotada uma pragmática
difusionista de agendas e guias de consumo, em detrimento do caráter analítico e crítico. Tal
afirmação ilustra-se nas falas de Daniel Piza e Teixeira Coelho. Piza (2003:07), na introdução
do livro que se tornou referência sobre jornalismo cultural nos cursos de graduação do ensino
superior, declara que o jornalismo cultural vem sendo tratado pela grande imprensa brasileira, de
modo a desempenhar papel secundário (quase decorativo), desconsiderando que “os segundos
cadernos tem uma importância para a relação do jornal com o leitor ou mais ainda, do leitor
com o jornal - muito maior do que se supõe”. No que tange à crítica jornalística, para Teixeira
Coelho (2007:27-28), é visível a diminuição do espaço para a reflexão sobre a cultura nos jornais
brasileiros, demonstrando que “o processo de embrutecimento cultural no Brasil tem sido muito
claro nos últimos vinte anos”.
81
Para Martín-Barbero (2006: 280-284 ) nestas práticas de difusão, em que a comunicação
é tomada como veículo de conteúdos culturais ou como movimento de propagação e acercamento
dos públicos às obras, apresenta-se também (em conseqüência lógica ) uma redução dos
receptores a meros consumidores da atividade e da criatividade desenvolvidas na obra. Desta
forma, instaura-se um modelo de comunicação questionável, na medida em que se promove uma
dissolução tecnocrática da esfera política, e com isso o asfixiamento do processo de
incrementação da rede de mediações que constituem a luta pela construção do sentido da
convivência social. Logo o político, em que se abriga a opacidade dos conflitos, as irresoluções e
os incômodos sociais. Para o pesquisador, é de extrema relevância que a cultura se coloque no
centro do cenário político e social, pois
Abre-se assim ao debate um novo horizonte de problemas, no qual estão
redefinidos os sentidos tanto da cultura quanto da política, e do qual a
problemática da comunicação não participa apenas a título temático e
quantitativo os enormes interesses econômicos que movem as empresas de
comunicação mas também qualitativo: na redefinição da cultura, é
fundamental a compreensão de sua natureza comunicativa. Isto é, seu caráter
produtor de significações e não de mera circulação de informações, no qual o
receptor, portanto, não é um simples decodificador daquilo que o emissor
depositou na mensagem, mas também um produtor. (MARTÍN-
BARBERO,2006: 289 )
Na capital do estado do Amazonas a fragilidade desta rede de mediações - em sua
ocorrência interna aos jornais impressos - é perceptível na medida em que se pode verificar
(dentre outros pontos) a ausência de regularidade de gêneros da escrita jornalística, que sejam
marcados por uma tipicidade de natureza interpretativa. Na fala de Adalto Xavier
67
, acerca de
sua trajetória profissional escrevendo sobre cultura em Manaus, o jornalista expõe duas diferentes
experiências, uma no Jornal do Norte, cuja linha editorial privilegiava os textos noticiosos, e
outra, no Amazonas em Tempo, que devido ao editor Aldísio Filgueiras, orientava-se para textos
críticos:
O Norte não trouxe textualmente, mas de linha editorial, mudanças
fortes (...) O setor de artes é muito fraco, empresários não investem, não
tem lei nenhuma que ampare, embora tenha fundo disso, daquilo (até hoje
o fundo municipal, criado em 2006, não tem um centavo). Ou seja criam-
se coisas em papel, mas de fato mesmo, não tem. Por exemplo, o Minc
tem aquela carta que você pode captar recurso, mas aqui a Suframa isenta
as empresas então eles não tem porquê investir. Pensando nessas coisas
67
Entrevista concedida em 09 de maio de 2009.
82
todas, a gente evitava o máximo possível as críticas (...) porque a arte é
muito frágil aqui. Então, a gente levava em conta toda essa falta de infra,
que esses grandes eixos tem e a gente não tem (...) e evitava opinar. Era
uma coisa mais dando o fato mesmo. Depois eu retornei para o
Amazonas em Tempo. Lá, não! Porque o Aldísio Filgueiras, como é meio
pôrra loca, poeta, ele queria uma coisa meio Folha Ilustrada. O que é
muito difícil de ser feito aqui, porque você esbarra em várias coisas.
Portanto, são raros os momentos na imprensa amazonense em que houve um equilíbrio
entre a notícia e a informação jornalística
68
, nos quais foi possível viabilizar o testemunho de
uma prestação de serviços que estivesse ladeada por artigos, resenhas, reportagens e críticas,
corporificando-se em arena política, ou seja, em espaço e tempo criados para a negociação,
disputa e construção de poderes, constituindo-se em partilha e fortalecimento de resistências na
criação de outros dispositivos de orientação. Este fato nos remete às palavras de Giorgio
Agamben (2009:40), em sua reelaboração do conceito de dispositivo.
Generalizando posteriormente a bastante ampla classe dos dispositivos
foucaultianos, chamarei literalmente de dispositivo qualquer coisa que tenha
de algum modo a capacidade de capturar, orientar, determinar,
interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as
opiniões e os discursos dos seres viventes.
69
Não somente, portanto, a prisões,
os manicômios, o Panóptico, as escolas, a confissão, as fábricas, as disciplinas,
as medidas jurídicas etc., cuja conexão com o poder é num certo sentido
evidente, mas também a caneta, a escritura, a literatura, a filosofia, a
agricultura, o cigarro, a navegação, os computadores, os telefones celulares e
por que não a própria linguagem, que talvez é o mais antigo dos dispositivos,
em que há milhares e milhares de anos um primata provavelmente sem se dar
conta das conseqüências que se seguiriam teve a inconsciência de se deixar
capturar.
A aplicação deste conceito se faz pertinente em nosso quadro de estudo na medida em
que, a inexistência de uma crítica especializada em Manaus propicia a alimentação de discursos
68
Para Lage (2003:114), notícia e informação jornalística se diferenciam. A notícia trata de um fato que contém
elementos de ineditismo, intensidade, atualidade, proximidade e identificação correspondendo geralmente a uma
disfunção do sistema, sendo independente das intenções dos jornalistas, sendo mais breve, sumária, pouco durável,
presa à emergência do evento que a gerou, cuja tipicidade é de um fato novo, de sua descoberta ou revelação. a
informação trata de um assunto determinado ou não por fato gerador de interesse, é decorrente de intenção, de uma
“visão jornalística” dos fatos, é mais extensa, mais completa, mais rica na trama de relações entre os universos de
dados, e sua tipicidade conta de um estado-de-arte, isto é, da situação momentânea em determinado campo de
conhecimento.
69
Grifo nosso
83
equivocados, nos quais a própria idéia de arte encontra-se vinculada, de modo estreito, a uma
natureza emocional de expressão dos sentimentos, ou a uma visão elitista e colonizada de se ter
que aprender a fazer arte com os locais mais desenvolvidos, em detrimento de uma postura
colaborativa de intercâmbio de vivências. Uma crítica especializada possibilitaria
questionamentos avessos aos enrijecidos hábitos culturais, que se legitimam em hierarquias
sociais, poder econômico e político, bem como auxiliaria a promover a circulação de
informações com real importância para a leitura de contextos históricos, sociais e políticos da
cidade. A existência de uma crítica especializada possibilitaria, enfim, que vozes divergentes
pudessem dialogar com o universo de embate artístico relacionados às políticas públicas da
época, na solicitação de condições mínimas de sobrevivência, na necessidade de formação
qualificada, no desejo de visibilidade e participação ativa no contexto artístico brasileiro, ou
ainda, na própria revisão crítica das estéticas, dramaturgias e posições políticas dos grupos
artísticos.
Torna-se claro na configuração do percurso apresentado que os ambientes da dança e do
jornal alimentaram-se mutuamente de impropriedades criadas e difundiram essas confusões ou
contribuiram para a regência de tempos, conceitos, hábitos, modos de viver a arte e a cultura.
Não se trata apenas do que não apareceu nos jornais enquanto “notícia”, porque de fato
encontram-se nas páginas impressas várias matérias sobre os grupos em atividade artística no
período. Trata-se de uma certa debilidade de organização de sentidos, atrofiante do
reconhecimento das possibilidades de diálogo com as obras artísticas e da ampliação da
visibilidade das novas propostas que surgiam na época
70
, como por exemplo o corpo não-
virtuoso, de contornos cotidianos, e a improvisação enquanto recurso para a montagem
coreográfica, proposto pelo Nudac, ou ainda as configurações cênicas referenciadas na dança-
teatro de Pina Bausch, elaboradas no período inicial de composição do Renascença, na contramão
de procedimentos dominantes. Enfim, questões que existiram, mas tornaram-se invisíveis desde
70
Estas “novidades” referem-se a Manaus, posto que na história da dança européia e norte-americana (o corpo não-
virtuoso, a improvisação e a dança-teatro ) datam de tempos anteriores às décadas de 1980 e 1990. Contudo, é
preciso tomar cuidado para não se reproduzir uma perspectiva colonizada (temporal linear) de se ter que chegar a
estas propostas de treinamento corporal, modelos de corpo, ou estilos autorais, por pressuposto de um atraso de
desenvolvimento cultural. Considera-se aqui o fato de que estar desconectado deste fluxo informativo (conhecimento
histórico, práticas de debate e treinos corporais diferenciados), ou dele ter apenas estilhaços, além de provocar
equívocos, cria um ambiente predisposto à repetição por costume (para ficar em um lugar, ou chegar à sua
excelência) e não à repetição para um movimento adiante.
84
as etapas de elaboração de pauta e determinação do enfoque das matérias até uma escrita repleta
de palavras prontas.
Estas palavras se expõem no texto jornalístico com o vício da repetição de imagens
desgastadas, como “um atalho para quem quer chegar logo ao que interessa sem torrar tempo
demasiado na construção de modos mais elaborados e novos de dizer” (LCPJ, 2010:48). Sua
utilização excessiva não pode ser explicada apenas pela falta de repertório vocabular, pois estas
palavras-de-passe
71
devem ser interpretadas como significantes de algo mais profundo e perigoso
no estabelecimento das relações sociais de poder, na medida em que os clichês, as frases feitas, as
condutas convencionais, incorporam a função social de nos proteger da realidade e da obrigação
de se ter um pensamento atento a todos os fatos e acontecimentos (ARENDT, 2009: 18-19).
Neste itinerário de pensamento coletivo - por meio da rede comunicativa que se
estabelece entre a dança e o jornalismo cultural - algumas idéias se fortificaram e outras foram
enfraquecidas, criando zonas de visibilidades e invisibilidades. Estas zonas serviram como
dispositivo de controle, orientação e imposição da permanência/continuidade de determinada
configuração político-cultural nas práticas artísticas da cidade de Manaus nos anos de 1980-2000.
Elas trouxeram, como resultado, a redução da complexidade e do potencial da dança, ao tornar
partilhável somente as falas institucionais (sujeitas ao rígido controle de quem diz e do que é
dito) ou os seus aspectos de entretenimento e a sua utilização nos discursos de inclusão social.
Desta forma, o discurso construído inviabilizou para a o campo artístico da dança, não apenas o
olhar sobre seus processos e a consideração da necessidade de uma historiografia (por
descredibilizá-la), mas principalmente ( e o que é mais sério) provocou uma espécie de anestesia
da sua capacidade de promover deslocamentos na cultura.
.
71
Este termo é utilizado por Cláudio Tognolli (2001:19) e se refere ao que o autor chama de “terminus ad quem:
palavras-peça que dão respostas imediatas a cada jogo, a cada interação, sem que a palavra passe, necessariamente,
pelo processo do pensamento, isto é, a simbolização”.
85
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Mudar o estilo de pensar é a única coisa que conta naquilo que fazermos”.
Ludwig Wittgenstein
O cientista político Boaventura de Sousa Santos (2006: 51-135), propõe a construção de
uma Epistemologia do Sul que se baseia na idéia central de que “não há justiça social global sem
justiça cognitiva global, ou seja, sem justiça entre os conhecimentos”. Transformar o passado,
ampliando os seus questionamentos e alterando suas perspectivas é retirá-lo de sua
indisponibilidade. A idéia é recuperar experiência sociais desperdiçadas. O passado, neste
sentido, ao invés de um mero relato, deve apresentar-se como um recurso, uma alternativa para o
presente. Trata-se de um conhecimento novo, ou melhor, um novo modo de produzir
conhecimento. Algo que se fundamenta a partir de uma sociologia das ausências e de uma
sociologia das emergências, nas quais se objetiva, tanto a identificação de experiências sociais
ausentes -erigidas por monoculturas que precisam ser substituídas por uma ecologia dos saberes-,
quanto a busca de uma ampliação simbólica e da credibilização destas novas realidades
encontradas.
No Brasil, em sua vasta extensão territorial, parece pertinente abrigarmos tais sociologias,
visto que se pode testemunhar, de modo constante, a existência de inúmeros processos e objetos
culturais que, exatamente por serem julgados e sentenciados, por sistemas dominantes, à
condição de selvagens, atrasados, rurais, tribais etc. não são disponibilizados com freqüência,
apuro de informação e potencial de articulação de sentidos. Tais vivências sociais cotidianas não
se configuram nas narrativas dos meios oficiais de comunicação, de autoridades políticas e/ou do
saber acadêmico mais tradicional. Nos anos de 1980 e 1990, por exemplo, era quase um milagre
que a região amazônica aparecesse na mídia nacional (televisiva e impressa), com alguma notícia
que não fossem as tragédias, os desastres da navegação e a devastação da floresta. Os grandes
encontros de ciência e tecnologia passavam léguas de distância das capitais amazônicas,
organizando agendas somente a partir de uma perspectiva externa e era comum a fala de que se
iria encontrar o trânsito livre de onças e cobras pelas ruas de suas capitais. Fato que a população
86
respondia, ora com veemente indignação, ora com o bom humor das anedotas desconcertantes e
carregadas de superlativos.
A arte, padecia do mesmo mal. Não tinha importância para os grandes centros urbanos
brasileiros, interessados em panoramas com características mais modernas. Os artistas locais
eram pouco ou nada reconhecidos, afinal não tinham projeção nacional e provavelmente, para o
resto do país, sua capacidade de desenvolver processos artísticos vinculava-se somente às
peculiaridades de seu regionalismo.
Sendo assim, pensar Manaus e sua cultura, seu jornalismo e sua dança, pode configurar-
se em exercício destas sociologias transgressoras propostas por Boaventura, no sentido de
propiciar a construção de uma realidade mais rica, não subsumida apenas às narrativas
existentes, moldadas por determinação ideológica de hegemonias. Narrativas com bases
epistemológicas dualistas, operacionalizadas por uma razão metonímica, na qual se constroem a
imagem do ignorante, do residual, do inferior e improdutivo. Narrativas que propiciaram uma
série de conseqüências para o contexto local, tais como as práticas de exclusão e equívocos de
informações (seja em revistas acadêmicas, livros de história da dança, ou matérias de jornais), a
inexistência de acervos e espaços institucionais que possibilitassem o exercício da investigação
e da pesquisa artística, e a revitalização de propostas estético-políticas dos grupos e artistas
independentes ou subsidiados.
A substituição destas narrativas-discursos-pensamentos, certamente poderia ter gerado
outros desdobramentos socioculturais ativando pontos intocados nos campos dos saberes, das
temporalidades, dos reconhecimentos, das trans-escalas, e das produtividades. Tal procedimento
tornaria realizável então não apenas a divulgação dos lugares silenciados ou a liberação de uso
dos temas menos nobres, mas a possibilidade da construção de leituras alternativas as já
existentes, abrindo caminho para o exercício de auto-reflexão e das transformações sociais.
É preciso pensar o passado senão com o intuito de pensar o presente. Talvez este seja o
real motivo da feitura desta tese diante de um sentimento de impotência frente a uma realidade
cultural desejada e não concretizada, posto se verificar que mesmo em 2010, apesar dos recursos
tecnológicos ampliarem a circulação da informação (conectando Manaus ao mundo), assim como
da criação de um curso superior em dança e do investimento do Estado em uma agenda cultural
repleta de festivais (ópera, cinema, jazz, teatro, dança), poucas mudanças parecem ter ocorrido.
Manaus, portanto, ainda hoje, precisa de novas práticas comunicativas para a dança e para o
87
jornalismo a fim de que se possa promover um novo modo de pensar a cultura, que se diferencie
de um enfoque centrado na dinâmica da cultura-mercado, e da cultura-turismo.
No entanto, isso poderá ser feito se assumirmos o fato de que o pensamento que se tem
construído nestes dois ambientes tem controlado redutoramente o tipo de perguntas formuláveis,
restringindo o universo de acesso aos problemas e o leque do que pode vir a ser investigado. É
preciso um reconhecimento duplo, no qual a dança e jornalismo reconheçam-se como espaços
comunicativos estratégicos, de criação e apropriação cultural, e de ativação de experiências
criativas e instigadoras, promovendo recolocações culturais e políticas, como alternativas às
realidades hegemônicas.
Discutir-inventar a dança e o jornalismo a partir de outras bases, pode constituir-se no
diferencial em relação às posições habituais (queixosas e cansadas). Nestes termos, serve para
o presente o que serve também para o passado, pois qualquer intuito de gerar mudanças
promovendo o engendramento de autonomia e de emancipação somente obterá êxito a partir de
uma elaboração refinada desta rede de mediações em que ambos se constituem. É preciso
fortalecer as falas, refinar as argumentações. É necessário considerar o pensamento (em sua
expressão verbal e artística) como um tipo de ação que, ao trazer à tona o que ainda não foi
examinado (destruindo valores, doutrinas, teorias e até mesmo convicções), provoca um efeito
liberador sobre a faculdade do juízo, que nas palavras da filósofa Hannah Arendt (2010: 215)
“podemos chamar com alguma propriedade de a mais política das capacidades espirituais
humanas”.
88
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ENTREVISTAS
Conceição Souza – 29 de novembro de 2001; 10 de março de 2002
Francisco Cardoso – 22 de fevereiro de 2002
Lia Sampaio – 21 de fevereiro de 2002
Francisco Rider – 16 de abril de 2009
Jeanne Chaves – 18 de abril de 2009
Monique Andrade – 08 de maio de 2009
Adalto Xavier – 09 de maio de 2009
Yara Costa – 12 de maio de 2009
Isa Koaky – 22 de agosto de 2009
Marta Marti – 31 de agosto de 2009
Walmir de Albuquerque – 30 de setembro de 2009
96
ANEXO A – Documentação de Imagens
97
Jornal “A Tarde”, 19 de fevereiro de 1938
“Bailarina CHINITA ULLMANN, que recebeu os applausos da platéa amazonense, em sua exhibição no
Theatro Amazonas. Veiu até nôs em missão da Instrucção Artistica Brasileira.”
98
O Jornal, 24 de dezembro de 1969
O Jornal, 21 de dezembro de 1969
99
Junho - Julho - Agosto, 1961 p.42
Revista Manaus Magazine
100
Junho - Julho - Agosto, 1961 p.30
Revista Manaus Magazine
101
Adair de Palma e Jeanne Chaves
Acervo pessoal de Jeanne Chaves
Arnaldo Peduto e Jeanne Chaves
Acervo pessoal de Jeanne Chaves
102
Acervo pessoal de Conceição Souza
103
Fotografias do Espetáculo Inampi (1982)
Acervo pessoal de Conceição Souza
104
A Crítica, 18 de março de 1985
105
Acervo pessoal Lia Sampaio Amazonas em Tempo, 08/07/1997
Amazonas em Tempo, 08/07/1997
106
“Porto de Lenha retorna em cartaz no TAA”
A Critica, 16/03/1995
“Porto de Lenha volta ao palco do teatro hoje e amanhã
A Crítica, 17/05/1995
107
“Corpo de Dança entra em cena”
A Crítica,, 15/11/1998
“Corpo de Dança volta hoje e amanhã ao TA”
A Crítica, 21/11/1998
108
A Crítica, 10 de agosto de 1993
109
A Crítica, 02 de Janeiro de 1999
110
A Crítica, 03 de Janeiro de 1999
111
ANEXO B – Hemerografia
112
1980
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0001
Aniversário de José
Resende
A Crítica
Colunismo Social:
Eles e Elas (Marina
Nunes)
10
18 /03/1980
0002 Arnaldo Peduto e nova
Academia
A Crítica Colunismo Social
(Baby)
07 07/04/1980
0003 Bailarinos do
Municipal no TA
A Crítica Caderno II 01 18/04/1980
0004 Arnaldo Peduto e nova
Academia
A Crítica Colunismo Social:
Gente Gil
07 27/04/1980
0005 Arnaldo Peduto e nova
Academia
A Crítica Colunismo Social
Gente Gil
11 04/05/1980
0006 Ballet do Senegal A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 13/05/1980
0007
Ballet do Senegal vai
estrear amanhã no TA
A Crítica Cidade 03 14/05/1980
0008 Ballet do Senegal A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 15/05/1980
0009 Balé senegalês estréia
com ótimos
espetáculos
A Crítica Cidade 03 15/05/1980
0010 Ballet do Senegal A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 15/05/1980
0011 Arte Negra A Crítica Caderno II: Críticas na
A Crítica (Eça de
Assis)
01 16/05/1980
0012 Ballet Nacional do
Senegal
A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 17/05/1980
0013 Manaus conhecerá
danças de Israel
A Crítica Cidade 05 17/05/1980
0014 Ballet Folclórico de
Israel
A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 22 /05/1980
0015 Grupo de Ballet
Kiweret no TA
A Crítica Colunismo Social 10 27/05/1980
0016 Grupo de Ballet
Kiweret no TA
A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 28/05/1980
0017 Grupo Corpo chega
com “Último Trem” a
Manaus
A Crítica Cidade 03 04/06/1980
0018 “Corpo” se queixa das
dificuldades
A Crítica Cidade 05 05/06/1980
0019 Grupo Corpo A Crítica Caderno II: Gente Gil 01 05/06/1980
113
0020 “Último Trem” estréia
hoje no T. Amazonas
A Crítica Cidade 03 06/06/1980
0021 Festival Marquesiano
valoriza o que é nosso
A Crítica Cidade 03 06/06/1980
0022 Maria, Maria estréia
hoje no Teatro
A Crítica Cidade 03 11/06/1980
0023 Grupo Corpo A Crítica Caderno II: Gente Gil 03 11/06/1980
0024 “Corpo” vai encerrar a
temporada
A Crítica Cidade 03 13/06/1980
0025 Balé/Rezende A Crítica Gente Gil 01 11/12/1980
0026 Rezende e Peduto A Crítica Colunismo: Coisas do
circuito (Baby)
07 15/12/1980
0027 Peduto A Crítica Gente Gil 01 20/12/1980
0028 Peduto A Crítica Colunismo: Coisas do
circuito (Baby)
03 22/12/1980
1981
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0029
Dançaviva inaugura
novo ballet
A Crítica
Cidade
05
12/02/1981
0030 Cidade ganhou a
escola de dança
A Crítica Cidade
03 12/03/1981
0031 Inampi, o caboclo que
amou uma bôta
A Crítica Suplemento Vida
(Curiosidade)
04 17/05/1981
0032 Ballet clássico da Itália
vem para o TA
Jornal do
Comércio
Geral
04 20/05/1981
0033 Ballete Stagium faz 4
exibições no T.
Amazonas
Jornal do
Comércio
Cidade
03 17/06/1981
0034 Público aplaude de pé
o ballet do Japão no
TA
Jornal do
Comércio
Caderno 2 Geral
03 27/08/1981
0035 Ballet “Stagium”
estréia dia três no T.
Amazonas
Jornal do
Comércio
Caderno 1 Cidade
03 28/08/1981
0036 Grupos de dança da
Bahia, dia 11 no T.
Amazonas
Jornal do
Comércio
Geral
17 09/10/1981
0037 Balé baiano hoje no
TA
Jornal do
Comércio
Capa 01 10/10/1981
114
0038 Sapateado revive os
musicais de
Hollywood
A Crítica Esporte
NI 27/11/1981
0039
Espetáculo de Arnaldo
Peduto no TA
A Crítica Suplemento Vida
(Colunismo)
NI 29/11/1981
0040 Dançaviva no TA A Notícia Caderno 2 Colunismo
Social (Carlos Aguiar)
06
04/12/1981
0041 TA realiza um curso
de dança
A Crítica Cidade
03 07/12/1981
0042 TA apresentará aula
inaugural de dança
Jornal do
Comércio
NI
20 08/12/1981
0043 Corpo de ballet Jornal do
Comércio
Opinião Colunismo
Social: De frente De
perfil
04 10/12/1981
0044 “TA” receberá
DANÇAVIVA no fim
de semana
Jornal do
Comércio
Geral
13 11/12/1981
0045 “Dança Viva”
apresentará espetáculo
A Crítica Cidade
05 11/12/1981
0046 Inteligência e beleza
de Patrícia nas belas-
artes
Jornal do
Comércio
NI
16 13/12/1981
0047 Andreas Paul Basler A Notícia 2o Caderno Colunismo
Social (Carlos Aguiar)
07 13/12/1981
0048 Reapresentação do
Dançaviva
A Notícia 2o Caderno Colunismo
Social (Carlos Aguiar)
06 15/12/1981
0049 Dança Viva repete o
“Raça”
A Crítica Cidade
03 15/12/1981
0050 Ana Botafogo dança
no Teatro Amazonas
A Notícia 2o Caderno Colunismo
Social (Carlos Aguiar)
06 16/12/1981
0051 Ana Botafogo vem
dançar no Teatro
Amazonas
Jornal do
Comércio
Caderno Política
03 18/12/1981
0052 Elogio à iluminação do
Dançaviva
A Notícia 2o Caderno Colunismo
Social (Carlos Aguiar)
06 18/12/1981
0053 Ana Botafogo estréia
amanhã no T.
Amazonas
Jornal do
Comércio
Cidade
03 19/12/1981
0054 Nesta noite, no Teatro
Amazonas, ballet
A Crítica Colunismo Social
Gente Gil
07 19/12/1981
115
0055 Três noites de balé Jornal do
Comércio
Aqui Arte Colunismo
Social
21 19/12/1981
0056 Dançaviva: gestos de
esperança
A Crítica Caderno Vida Arte
04 20/12/1981
0057 Ana Botafogo se
apresenta no Teatro
Amazonas
A Crítica Caderno Vida Arte
04 20/12/1981
0058 Ballet José Rezende
aplaudido no Teatro
Jornal do
Comércio
Opinião
02 22/12/1981
0059 Espetáculo do
Rezende
Jornal do
Comércio
Aqui Arte
15 24/12/1981
0060 Rezende e Madeleine
Rosay
Jornal do
Comércio
Notas Soltas
15 24/12/1981
0059 Teatro terá um grupo
de danças
A Crítica Cidade
03 31/12/1981
1982
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0060
Teatro fará curso para
bailarinos
A Crítica
Cidade
03
03/01/1982
0061 Noite de artes no T.
Amazonas
A Crítica Cidade 03 07/03/1982
0062 Conjunto de danças foi
maltratado
A Crítica Cidade 03 19/04/1982
0063 Manaus terá um
estúdio de arte
A Crítica Cidade 05 01/07/1982
0064 “Xopingue Senter”
estréia no dia 27
A Crítica Cidade 05 10/07/1982
0065 Um marco na história
da arte manaú:
“Xopingue Senter ou
Amor Amazonense”
A Crítica Revista Nacional 05 24/07/1982
0066 Bailarinos passam
baixo no hotel
A Crítica Cidade 03 12/08/1982
0067 Tropical dá
explicações sobre
show
A Crítica Cidade 03 13/08/1982
0068 Rezende: Gisele
Santoro e Laura
Proença
A Crítica Colunismo Social
Gente Gil
NI 09/09/1982
116
0068 Ballet Stagium volta à
ZFM para quatro
apresentações
A Crítica Cidade 03 19/09/1982
0069 Bonito, alegre e latino:
Stagium está de volta a
Manaus
A Crítica Revista Nacional 03 19/09/1982
0070 Bailarina do Municipal
vem se apresentar no
Amazonas
A Crítica Cidade 03 03/12/1982
0071 Centro de Dança
Colúmbia deu show e
público vibrou
A Crítica Esporte 02 07/12/1982
0072 Nesta noite, balé no
Teatro Amazonas
A Crítica Colunismo Social 05 10/12/1982
0073 Dançaviva
Na oficina de arte
A Crítica Revista Nacional 07 12 a
19/12/1982
0074 Dançaviva
Dos altos do Rio ao
fundo do chão
A Crítica Revista Nacional 07 12 a
19/12/1982
0075 Dança viva estréia
sexta o seu programa
para 1983
A Crítica Cidade 03 14/12/1982
0076 Dança viva estréia
hoje espetáculo
Jornal do
Comércio
Cidade 03 17/12/1982
0077 “Dançaviva” deu
exemplos da grande
arte amazonense
A Crítica Cidade 03 19/12/1982
0078 Centro de Dança
Colúmbia com nova
estrutura em 83
A Crítica Esporte 02 22/12/1982
0079 Inampi e Cortejo da
Morte voltarão ao
teatro amanhã
A Crítica Cidade 03 26/12/1982
0080 Dançaviva encerra a
pauta de 82 no Teatro
Amazonas
A Crítica Cidade 03 28/12/1982
1983
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0081
Dançaviva na semana
do Amazonas/RJ
A Crítica
Colunismo Social
07
16/01/1983
0082 Dançaviva na semana
do Amazonas/RJ
A Crítica Colunismo Social
05 24/01/1983
117
0083 Retorno Dançaviva/RJ A Crítica Revista Nacional.
Fragmentos.
07 06/02/1983
0084 “Dançaviva não obtém
passagens para o
Anhembi”
A Crítica Cidade 03 14/02/1983
0085 Aulas no Centro de
Danças Colúmbia por
integrante do
Dançaviva
A Crítica Revista Nacional.
Fragmentos.
07 06/03/1983
0086 Centro de Dança
Colúmbia promoverá
curso de dança
A Crítica Cidade 06 13/03/1983
0087 Centro de Danças
Colúmbia treina grupo
permanente
A Crítica Cidade 03 10/04/1983
0088
Balé soviético faz
apresentação na ZF
A Crítica Cidade 05 01/05/1983
0089
Rezende: apresentação
de Eliana Caminada e
Jair Moraes
Jornal do
Comércio
Geral Convivência
Social (Nogar)
12 01/06/1983
0090
Rezende
Eliana Caminada
Jornal do
Comércio
Geral
Colunismo Social
Roda Viva
10 02/06/1983
0091
Ballet terá exibição no
T. Amazonas
A Crítica Cidade 03 03/06/1983
0092
Uma craque das
sapatilhas
(Eliana Caminada)
Jornal do
Comércio
Variedades
Colunismo Social
(Carlos ?)
12 14/08/1983
0093
Movimento apresenta
espetáculos no TA
A Crítica Cidade 05 08/10/1983
0094
Alane Braga A Crítica Revista Nacional 10 30/10/1983
0095
Mônica Bomfim e
Wandilson
Montenegro dançam o
pas de deux de “Iara”
de Villa-Lobos
A Crítica Variedades
Gente Gil
07 05/11/1983
0096
Núcleo Universitário
de Dança
Contemporânea no
“Corpo e Movimento”
A Crítica Variedades
Gente Gil
07 07/11/1983
0097 Grupo Movimento no A Crítica Cidade 08 12/11/1983
118
Teatro Amazonas
0098 Noites de ballet no
Teatro Amazonas
A Crítica Variedades
Gente Gil
07 18/11/1983
0099 Retrato do Brasil na
estréia de grupo
A Crítica Cidade 05 20/11/1983
0100 Movimento estréia
dois espetáculos
A Crítica Cidade 05 23/11/1983
0101 Rezende
A Crítica Cidade 05 26/11/1983
0102 Balé, Jazz, e o
comportamento do
público
A Crítica Variedades
Baby
07 12/12/1983
0103 Rezende A Crítica Revista Nacional
Badalações
10 27/12/1983
0104 Grupo Movimento NI Cena Aberta
(Gerson Albano)
20 23/10/1983
1984
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0105
Alane Braga e seu
grupo de Jazz
A Crítica
Revista Nacional
Coluna Stars Only
Stars
10
08/01/1984
0106 Corpo de baile A Crítica Revista Nacional
Calidoscópio Leyla
Leong
02 12/02/1984
0107 Teatro Amazonas vai
formar grupo de balé
A Crítica Cidade 05 20/03/1984
0108 Seleção de dança
transfere prazos
A Crítica Cidade 05 04/04/1984
0109 Temporada de Ballet
no Teatro Amazonas
A Crítica Variedades
Gente Gil
07 15/05/1984
0110 Grande noite de bailet
no Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 06 18/05/1984
0111 “Promessas de Sol”
recebeu aplausos
A Crítica Cidade 03 02/06/1984
0112 Promessa de Sol volta
hoje ao TA
A Crítica Cidade 03 04/06/1984
0113 “Promessas de Sol”
chega terça ao TA
A Crítica Cidade 03 05/06/1984
119
0114 Graziela Rodrigues
dará curso de dança
A Crítica Cidade 03 07/06/1984
0115 Grupo Experimental
com 2 espetáculos
A Crítica Cidade 05 22/06/1984
0116 Curso de dança
contemporânea
A Crítica Cidade 05 30/06/1984
0117 Petit mostra “Igor
Ustark” no teatro
A Crítica Cidade 03 02/08/1984
0118 Alane Braga A Crítica Variedades
Gente Gil
06 10/08/1984
0119 Nudac A Crítica Primeira página 01 19/10/1984
0120 Festival de música
reúne 4 mil pessoas
A Crítica Últimas 02 19/10/1984
0121 Apresentação da
Academia do Rezende
A Crítica Variedades
Gente Gil
06 07/11/1984
0122 Do clássico ao
moderno: beleza com
certeza
(Rezende e Peduto)
A Crítica Variedades
Baby
07 12/11/1984
0123 Villa-Lobos recebe
homenagem da FUA
A Crítica Cidade 03 17/11/1984
0124 Centro de dança vai
apresentar duas peças
A Crítica Cidade 06 18/11/1984
0125 Espetáculo “Manaus
Jazz Show”, do
Arnaldo Peduto
A Crítica Revista Nacional
Stars Only Stars
05 02/12/1984
0126 Grupo de dança estréia
hoje
A Crítica Cidade
Hoje no Teatro
Amazonas
06 14/12/1984
0127 “Teatro Amazonas
apresentou toda a arte
de Villa-Lobos”
NI NI NI 1984
1985
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0128
A arte no Amazonas
como resistência
A Crítica
Caderno C
C3
18/03/1985
0129 Salão cidade de
Manaus: um espaço
que veio para ficar
A Crítica Caderno C 04 31/03/1985
120
0130 Sem palco os
movimentos ficam no
azul do ar
Jornal do
Comércio
Caderno 3 21/04/1985
0131 Sttutgart estréia em
São Paulo
Jornal do
Comércio
Artes 04 28/04/1985
0132 Nudac e a dança
libertadora
Jornal do
Comércio
Caderno 3 (Eleonora
de Paula Dias)
11 11/05/1985
0133 Rezende A Crítica Esporte (publicidade) 16/05/1985
0134 Teatro apresentará
Ana Maria Botafogo
A Crítica Cidade 06 17/05/1985
0135 Amazonense aprende
ginástica nos EUA
A Crítica Caderno C5 NI 20/05/1985
0136 Espetáculo de dança
no Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 13 23/06/1985
0137 Isa Kokay
Uma energia rara nas
pessoas
A Crítica Caderno C3 NI 24/06/1985
0138 Cultura dos pés
descalços
A Crítica Caderno C3 NI 24/06/1985
0139 Espetáculo de dança
continua no Teatro
A Crítica Cidade 06 04/07/1985
0140 Núcleo de dança brilha
com “Horas de estudo”
A Crítica Cidade 07 05/07/1985
0141 Nas “Horas de
estudo”, a transa do
corpo”
A Notícia NI 23 07/07/1985
0142 Balé faz a festa dos
pais a ACUCA
A Crítica Cidade 06 10/08/1985
0143 Teatro Amazonas vai
estrear peça infantil
A Crítica Cidade 07 17/08/1985
0144 Ballet Stagium volta
ao Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 08 06/09/1985
0145 Vem aí o ballet
Stagium. Viva!
A Crítica Caderno C 05 09/09/1985
0146 Ballet Stagium começa
apresentações amanhã
A Crítica Cidade 06 12/09/1985
0147 Stagium / espetáculo A Crítica Internacional 06 13/09/1985
0148 Estreou com aplausos
o “Ballet Stagium
A Crítica Cidade 08 14/09/1985
0149 Stagium/encontros
com a cultura
A Crítica Internacional
(publicidade)
13 15/09/1985
0150 Projeto de dança está
presente na
comunidade
A Crítica Cidade 07 24/09/1985
0151 Grupo simetria no
Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 11 29/09/1985
121
0152 Escola de dança mostra
“Fantasy
A Crítica Cidade 08 18/10/1985
0153 Teatro vai lançar
projeto vem dançar
A Crítica Cidade 06 24/10/1985
0154 Teatro Amazonas vai
apresentar “Fantasy
A Crítica Cidade 09 27/10/1985
0155 Oficina encerra
inscrições
A Crítica Cidade 07 31/10/1985
0156 Balé homenageia
nossos músicos no T.
Amazonas
A Crítica Cidade 06 13/12/1985
0157 ‘Sinfonia Amazônica’
no T. Amazonas
A Crítica Variedades 06 13/12/1985
0158 Grupo de dança estréia
hoje
A Crítica Cidade 06 14/12/1985
0159 Dança e maquilagem
no “Álvaro Braga”
A Crítica Cidade 11 15/12/1985
1986
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0160
Começa Feriart no
Benjamin Constant
A Crítica
Cidade
10
12/01/1986
0161 Márika, do Stagium
inspira a Feriarte
A Crítica Cidade 10 18/01/1986
0162 UA dá curso prático
sobre Arte Integrada
A Crítica Cidade 11 22/01/1986
0163 Show a homenagem da
U.A. à imprensa
A Crítica Cidade 07 31/01/1986
0164 Artistas da dança e
teatro debatem
A Crítica Cidade 10 29/04/1986
0165 Um clássico momento
de ballet
A Crítica Colunismo Social
(Baby)
04 26/05/1986
0166 Ballet de Dufrayer
estréia nesta sexta
A Crítica Cidade 11 13/06/1986
0167 Teatro Amazonas
apresenta Dufrayer
A Crítica Cidade 12 14/06/1986
0168 Dançar estudantil no
Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 03 20/07/1986
0169 Circuito de Arte está
chegando nas escolas
A Crítica Cidade 05 15/08/1986
122
0170 Academia de Balé vai
fazer dois espetáculos
A Crítica Cidade 08 14/09/1986
0171 Academia de balé faz
espetáculos no Teatro
A Crítica Internacional 12 16/09/1986
0172 Ballet clássico no
Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 03 20/09/1986
0173 Servidora do T.A
agride bailarina
A Crítica Nacional 12 01/10/1986
0174 Artistas denunciam
direção do teatro
A Crítica Cidade 05 06/10/1986
0175 Manaus começa a
viver hoje as emoções
do Festival
Universitário
A Crítica FUM 06 23/10/1986
0176 Balé Popular do Recife
apresenta-se no Teatro
A Crítica Nacional 12 31/10/1986
0177 Cidade tem nova
opção com teatro do
artista
A Crítica Cidade 08 02/11/1986
0178 Principiante aprende
da dançar música
moderna
A Crítica Cidade 03 12/11/1986
0179 Bailarino ministra
curso no Teatro
A Crítica Cidade 12 18/11/1986
0180 Tupinambá de dança
no T. dos Artistas
A Crítica Cidade 12 29/11/1986
0181 Cinema no Palco n
o
2
será espetáculo no TA
A Crítica NI 08 06/12/1986
0182 Consolidado
movimento de arte da
juventude
A Crítica Cidade 06 07/12/1986
0183 T.A. recebe balé da
Escola Rezende
A Crítica Cidade 06 07/12/1986
0184 Teatro dos Artistas
apresenta Comédia
A Crítica Cidade 03 20/12/1986
1987
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0185
“Férias de arte” opção
livre e inteligente
A Crítica
Variedades
05
05/01/1987
0186 Abertura da mostra foi
deprimente
A Crítica Cidade 10 10/01/1987
123
0187 Arte e memória no
museu Tiradentes
A Crítica Cidade 12 15/02/1987
0188 Teatro dos Artistas está
de palco novo
NI NI 20/04/1987
0189 Trajetória de um artista Jornal do
Comércio
Suplemento 04-05 10/05/1987
0190 Curso de Jazz será em
Manaus
A Crítica Cidade 06 16/05/1987
0191 Apresentações de dança
no interior
A Crítica Cidade 05 06/06/1987
0192 Núcleo de Dança faz
apresentação no ICHL
A Crítica Cidade 10 11/06/1987
0193 Danças regionais no
Teatro dos Artistas
A Crítica Cidade 03 29/06/1987
0194 “Fragmentos será
atração no A. Braga
A Crítica Cidade 05 17/07/1987
0195 “Danzaluz” a arte
Venezuela
A Crítica Variedades 05 27/08/1987
0196 Festivais culturais na
“Semana da Pátria”
A Crítica Cidade 05 27/08/1987
0197 Ballet da Venezuela em
benefício da APAE
A Crítica Cidade 05 29/08/1987
0198 Mostra de Dança no
Teatro dos Artistas
A Crítica Variedades (Gente) 05 17/09/1987
0199 Arte em educação para
aprimorar nossa música
A Crítica Seduc presente Última
página
04/10/1987
0200 Grupo de dança da UA
faz nova apresentação
A Crítica Cidade 05 05/11/1987
0201 Curso da UA para “arte
de lazer”
A Crítica Cidade 05 16/11/1987
0201 Ballet e Jazz A Crítica Colunismo Social 08 21/11/1987
0203 Show de dança A Crítica Variedades
Colunismo Social
09 22/11/1987
0204 Um grupo de dança
contemporânea em
ritmo diferente
A Crítica Cidade 07 28/11/1987
0205 Grupos estudantis farão
amostra de arte cênica
dia 5
A Crítica Cidade 06 01/12/1987
0206 Arnaldo Peduto A Crítica Colunismo Social NI 04/12/1987
0207 Arnaldo Peduto faz a
festa
A Crítica Variedades
Colunismo Social
07 04/12/1987
0208 Mostra estudantil de
arte cênica segue no
Teatro do Estudante
A Crítica Cidade 05 13/12/1987
0209 Grupos de danças
mostrarão a MPB
A Crítica Cidade 05 15/12/1987
124
0210 Grupo Massa leva peça
para o TAE
A Crítica Cidade 06 18/12/1987
1988
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0211
Feriarte faz sucesso no
Teatro dos Artistas
A Crítica
Cidade
03
17/01/1988
0212 Setor de Artes da UA
inscreve para cursos
A Crítica Cidade 03 17/01/1988
0213 Seduc promoverá
curso e dança
A Crítica Cidade 03 10/02/1988
0214 Dança A Crítica Variedades
Colunismo Social
07 24/02/1988
0215 Cursos preparatórios
do TAE
A Crítica Colunismo Social
(Gente)
07 04/03/1988
0216 Apresentação no
Teatro de Mineração
A Crítica Colunismo Social
(Gil)
03 17/03/1988
0217 Campeonato
amazonense de dança
moderna
A Crítica Variedades 06 17/03/1988
0218 Teatro da Escola de
Mineração inaugurado
A Crítica Cidade 03 18/03/1988
0219 Madrigal Santiago
apresenta “Cantos e
passos da paixão”
A Notícia Cidade 06 20/03/1988
0220 Secretaria da Cultura
agendo Dia do Teatro
A Crítica Cidade 03 25/03/1988
0221 Dança é alternativa
contra tóxicos e tem
apoio da Seduc
A Crítica Cidade 05 04/04/1988
0222 Ballet Stagium A Crítica Colunismo Social
(Gil)
09 07/04/1988
0223 Stagium A Crítica Variedades
Colunismo Social
07 09/04/1988
0224 Arte em Maiúsculas
(Stagium)
A Crítica Colunismo Social
(Baby)
07 11/04/1988
0225 Escola de mineração
apresenta o Stagium
A Crítica Cidade 05 11/04/1988
0226 Grupo Carbono estréia
no Projeto Expressão
A Crítica Cidade 06 22/04/1988
125
0227 Dança Amazonense
faz 8 anos de fundação
A Crítica Cidade 06 26/04/1988
0228 Palco sobre rodas no
Compensa
Jornal do
Comércio
Momento 19 06/05/1988
0229 Grupo de Dança Steel
Band
A Crítica Colunismo Social 08/05/1988
0230 Prêmio de coreografia
de Lausane (Suiça)
A Crítica Colunismo Social 05 10/05/1988
0231 Espaço Cultural
promove cursos
A Crítica Cidade 05 10/05/1988
0232 “Missa Luba” será
apresentado hoje
Jornal do
Comércio
Momento 17 12/05/1988
0233 “Missa Luba” é arte Amazonas
em Tempo
Caderno 2
Cidade
03 12/05/1988
0234 Encenação de “Missa
Luba”
A Notícia Cidade 06 12/05/1988
0235 “Missa Luba” A Notícia Sociedade
(Carlos Aguiar)
08 12/05/1988
0236 “Missa Luba” lembra
100 anos da abolição
A Crítica Cidade 06 12/05/1988
0237 Projeto Palco sobre
Rodas
Jornal do
Comércio
Momento
Acontece
19 18/05/1988
0238 Música popular no
Teatro Oficina
A Crítica Cidade 05 18/05/1988
0239 Zaratustra volta ao
palco (grupo origem)
Jornal do
Comércio
Momento
17 20/05/1988
0240 Coral Madrigal encerra
musical hoje e amanhã
A Crítica Cidade 06 27/05/1988
0241 Curso de Arte Cênica
no Espaço Cultural
A Crítica Cultura 09 30/05/1988
0242 No palco a irreverência
de Wagner Mello
A Crítica Cultura 09 27/06/1988
0243 Praça Movimentada
com 1
a
Feirafro
A Crítica Cidade 03 09/07/1988
0244 Dança: Informações e
reciclagem
A Crítica Colunismo Social 07 22/07/1988
0245 Manhã cultural na
Praça da Polícia
A Crítica Cidade 03 30/07/1988
0246 Fause Saliba A Crítica Colunismo Social 09 31/07/1988
0247
Espetáculo de dança:
Shigayama
A Crítica
Colunismo Social
(Gil)
09
28/08/1988
0248 Teatro de Mineração
apresenta a dança
japonesa Shigayma
A Crítica Cidade 05 28/08/1988
0249 Cultura artística na
programação do Teatro
A Crítica Cidade 03 09/10/1988
126
0250 Circo, música e dança
na praça
A Crítica Cidade 03 09/10/1988
0251 Corpo de dança do TA
sem apoio
A Crítica Cidade 03 13/10/1988
0252 Fause Saliba A Crítica 04 17/10/1988
0253 Grupo de Parintins é
atração para Manaus
A Crítica Cidade 05 12/11/1988
0254 Mostra de arte encerra
o curso
A Crítica Cidade 03 03/12/1988
0255 Mostra de artes cênicas
continua
A Crítica Cidade 11 13/12/1988
0256 Coral da UA com
“Festa do Brasil”
A Crítica Cidade 03 14/12/1988
0257 Nudac A Crítica Colunismo Social 05 14/12/1988
0258 Encerramento da Sexta
Mostra Estudantil
Cidade Cidade 03 19/12/1988
1989
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0259
Seduc realiza no TAE
cursos de teatro e dança
A Crítica
Cidade
05
01/02/1989
0260 Cursos no TAE A Crítica Colunismo Social 07 02/03/1989
0261 A Amazônia na ponta
dos pés
A Crítica Colunismo Social 07 22/03/1989
0262 Grupos de danças no
Teatro dos Artistas
A Crítica Cidade 06 07/05/1989
0263 Dança Bahkti: Ciro
Barcellos e Moacir
Gomes
A Crítica Colunismo Social 05 20/05/1989
0264 Jornada de arte e
cultura na escola
A Crítica Especial 07 22/05/1989
0265 Para Ciro, “Bhaktié
um serviço devocional
A Crítica Cidade 06 23/05/1989
0266 Espetáculo “Repiquete”
volta à cena em junho
A Crítica Cidade 06 23/05/1989
0267 Seduc promove jornada
de cultura na escola
A Crítica Cidade 05 25/05/1989
0268 Bandas e dança no
festival
A Crítica Cidade 06 06/06/1989
0269 Mostra de vídeos no
programa do festival
A Crítica Cidade 05 07/06/1989
127
0270 Cursos no TAE A Crítica Colunismo Social 07 13/06/1989
0271 Festa cigana no TAE A Crítica Colunismo Social 07 17/06/1989
0272 Grupo de dança da UA
em Letícia
A Crítica Cidade 03 30/07/1989
0273 Mais um dia de cultura
na pracinha
A Crítica Cidade 06 02/08/1989
0274 Vamos todos dançar
(cursos no TAE)
A Crítica Variedades 10 10/08/1989
0275 Reapresentação do
Núcleo de Dança
A Crítica Cidade 05 17/08/1989
0276 Destaques (Nudac) A Crítica Colunismo Social 07 18/08/1989
0277 “Grupo Massa” no
Teatro dos Artistas
A Crítica Cidade 05 15/09/1989
0278 Rezende (14
o
ano da
academia)
A Crítica Colunismo Social 07 27/09/1989
0279 “Rastros” e “Ulisses”
no teatro de mineração
A Crítica Colunismo Social 05 10/10/1989
0280 Curso Valério Césio A Crítica Colunismo Social 07 11/10/1989
0281 Mineração apresenta
“Rastros” e “Ulisses”
A Crítica Cidade 05 12/10/1989
0282 Coral da UA faz a Feira
Cultural
A Crítica Cidade 03 05/11/1989
0283 Dança (Rezende) A Crítica Colunismo Social 07 22/11/1989
0284 No palco (Rezende) A Crítica Colunismo Social 07 24/11/1989
0285 Medicina promove
noite cultural
A Crítica Cidade 03 11/12/1989
0286 Mostra de Arte Cênica
é sucesso na abertura
A Crítica Cidade 03 11/12/1989
0287 O show continua no
Cine Guarany
A Crítica Cidade 06 12/12/1989
0288 Arnaldo Peduto A Crítica Colunismo Social
(Gil)
05 13/12/1989
0289 Arnaldo Peduto A Crítica Colunismo Social
(Gil)
05 13/12/1989
0290 Coisa do Céu na
Mostra Estudantil
A Crítica Cidade 03 15/12/1989
0291 Domingo cultural
envolve desde a criança
ao adulto
A Crítica Cidade 05 17/12/1989
0292 Coisa do Céu da 7
a
Mostra Estudantil
Amazonas
em Tempo
Cultura
3
o
Caderno
04 19/12/1989
0293 Mostra Estudantil é
sucesso garantido
A Crítica Cidade 05 20/12/1989
0294 “Jazz Dance” abre série
de espetáculo de
estudantes
Amazonas
em Tempo
Cidade
2
o
Caderno
03 20/12/1989
128
0295 Manhã cultural ficou
para o próximo sábado
A Crítica Cidade 03 21/12/1989
0296 Nudac faz
encerramento
apoteótico
A Notícia Cidade 06 21/12/1989
0297 Mostra de Artes
Cênicas vai encerrar
A Notícia Cidade 06 21/12/1989
0298 Manhã Cultural encerra
A Notícia Geral 08 21/12/1989
0299 Amostra de Arte
encerra programação
A Crítica Cidade 06 22/12/1989
0300 Espetáculos grátis para
a população
A Notícia Cidade 07 22/12/1989
0301 Penúltimo dia da
Mostra Estudantil
A Crítica Cidade 11 22/12/1989
0302 Penúltimo dia da
mostra estudantil
A Notícia Cultura
Teatro
02 22/12/1989
0302 7
a
Mostra Estudantil Amazonas
em Tempo
Cultura em dia
3
o
Caderno
(George Cúrcio)
01
0304 7
a
Amostra de Artes no
Teatro dos Artistas
A Crítica Cidade 06 23/12/1989
0305 Mostra Estudantil
chega ao final hoje com
danças
Amazonas
em Tempo
Cidade 02 23/12/1989
0306 Apagar das Luzes Amazonas
em Tempo
Cultura
3
o
Caderno
04 23/12/1989
0307 Encerrada a 7
a
Mostra
Estudantil de Artes
Cênicas
A Notícia Cultura 02 27/12/1989
1990
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0308 A arte de Jofre Santos
A Crítica Variedade 07 07/01/1990
0309 Bailarino (Stagium)
ensina a dançar
A Crítica Cidade 06 07/01/1990
0310 Curso de dança no
TAE
A Crítica Cidade 05 08/01/1990
0311 Seduc faz inscrição no
Feriarte
A Crítica Cidade 05 24/01/1990
0312 Sensibilização em
dança na Feriarte
A Crítica Cidade 06 26/01/1990
129
0313 Ópera de Carlos
Gomes na Reabertura
do TA
A Crítica Cidade 06 08/03/1990
0314 Curso de dança vai ao
interior
A Crítica Cidade 06 14/03/1990
0315 A Floresta Amazônica A Crítica Cidade 06 16/03/1990
0316 Doe um livro e assista
A Floresta Amazônica
A Crítica Cidade 05 22/03/1990
0317 Caravana cultural via
amanhã à Vila da Prata
A Crítica Cidade 05 23/03/1990
0318 Oficinas de abril
começam com teatro,
canto e dança
A Crítica Cidade 06 19/04/1990
0319 Oficinas de abril com
com teatro, canto e
dança
A Crítica Cidade 06 21/04/1990
0320 “Musicamazonas” no
camuflagem
A Crítica Cidade 05 21/04/1990
0321 Dessana, Dessana”
em sessão especial no
Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 06 28/04/1990
0322 Simpósio universitário
de cultura abre dia 9
A Crítica Cidade 03 07/05/1990
0323 Curso de leitura de
corpo abre inscrições
A Crítica Cidade 05 22/05/1990
0324 Casa da luz faz
oficinas para ensinar
A Crítica Cidade 08 01/07/1990
0325 Bausch inspira grupo
de dança
“Renascença”
A Crítica Cidade 06 01/07/1990
0326 Oficinas de julho
abrem inscrições: Casa
de Luz
A Crítica Cidade 09 01/07/1990
0327 Raízes caboclas abrirá
concerto
A Crítica Cidade 03 02/07/1990
0328 Feriarte oferece curso
de teatro
A Crítica Cidade 03 04/07/1990
0329 “Tarde alegre” volta
ao teatro
A Crítica Cidade 05 07/07/1990
0330 Uakti, “Shows” de
qualidade
A Crítica Cidade 06 08/07/1990
0331 Renascença encenará
Mulheres de Pequim
A Crítica Cidade 03 09/07/1990
0332 Feriarte mobiliza
juventude ao Teatro
A Crítica Cidade 05 14/07/1990
0333 Grupo de dança:
Mulheres de Pequim
A Crítica Cidade 04 18/07/1990
130
0334 Grupo Renascença e as
“Mulheres de Pequim”
A Crítica Variedades 07 19/07/1990
0335 Nudac representa
Brasil em Letícia
A Crítica Cidade 05 20/07/1990
0336 Mulheres de Pequim
pelo Renascença
A Crítica Cidade 06 21/07/1990
0337 Uakti – grande espaço
do artista amazonense
A Crítica Cidade 06 22/07/1990
0338 Mulheres de Pequim no
TA
A Crítica Variedades 07 27/07/1990
0339 Sexta ecológica hoje na
Assinpa
A Crítica Variedades 07 27/07/1990
0340 Teatro Amazonas cria o
seu Corpo de Baile
A Crítica Cidade 06 29/07/1990
0341 Rock and Roll, dança e
arte plástica no Uakti
A Crítica Cidade 05 07/08/1990
0342 “Mulheres de Pequim”
do Renascença no TAE
A Crítica Cidade 06 08/08/1990
0343 As Mulheres no TAE A Crítica Variedades 07 09/08/1990
0344 Final do Karaokê no
TAE
A Crítica Cidade 06 11/08/1990
0345 Renascença mostra
Mulheres de Pequim
A Crítica Cidade 03 12/08/1990
0346 Meu Querido
Mentiroso abre
temporada no TAE
A Crítica Cidade 05 14/08/1990
0347 Teatro faz teste com
bailarinos
A Crítica Variedades 07 20/08/1990
0348 Emancipação, festa vai
começar no TAE
A Crítica Cidade 05 22/08/1990
0349 Academia José
Rezende comemora
seus 15 anos
A Crítica Cidade 05 24/09/1990
0350 Festival Universitário
inicia hoje no Cecomiz
A Crítica Cidade 05 16/10/1990
0351 Núcleo de Dança da
UA dá um show no 3
o
FUC
A Crítica Cidade 05 18/10/1990
0352 Coral e balé amanhã no
Teatro Amazonas
A Crítica Cidade 05 02/11/1990
0353 TA mostra “coisas” do
Jazz Center de Peduto
A Crítica Cidade 06 15/11/1990
0354 Mostra Estudantil de
Artes Cênicas no TAE
A Crítica Cidade 05 27/11/1990
0355 Curso de dança tem
inscrições abertas
A Crítica Cidade 06 27/11/1990
131
0356 Renascença faz ‘show’
para ajudar produção
A Crítica Cidade 06 30/11/1990
0357 Amazonense é primeira
bailarina do Municipal
A Crítica Cidade NI 06/12/1990
0358 A Cabanagem fica no
TA até domingo
A Crítica Cidade 07/12/1990
0359 8
a
Mostra estudantil de
teatro e dança
A Crítica Últimas Notícias 10 16/12/1990
0360 Foto-legenda de Corpo
e Alma
A Crítica Cidade 17/12/1990
0361 “Corpo e Alma” A Crítica Cidade 17/12/1990
0362 Dança Contemporânea
na Mostra de Artes
A Crítica Cidade 21/12/1990
0363 Grupo de Dança
Contemporânea do
Teatro dos Artistas
A Crítica Cidade 30/12/1990
1991
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0364
Argentino dirigirá
oficinas de dança
A Crítica
Cidade
06
09/03/1991
0365 Oficinas de dança A Crítica Colunismo Social NI 10/03/1991
0366 O Teatro André
Araújo
A Crítica Colunismo Social NI 10/03/1991
0367 Teatro André Araújo
inicia seus espetáculos
A Crítica Cidade 06 10/03/1991
0368 André Araújo, o mais
novo teatro da cidade
A Crítica Cidade 03 11/03/1991
0369 Rastros no teatro A Crítica Colunismo Social NI 17/03/1991
0370 Ballet no teatro A Crítica Colunismo Social NI 21/03/1991
0371 Corpo e Movimento
no Studio de Artes
A Crítica Cidade 06 27/03/1991
0372 Escola do SESC é
mais um espaço de
cultura
A Crítica Cidade 06 10/04/1991
0373 Teatro & Cia A Crítica Variedades 07 19/04/1991
0374 Studio de Artes Corpo
e Movimento
A Crítica Variedades 07 05/05/1991
0375 Centro Nheengatu de
Artes no Sesc
A Crítica Cidade 06 14/05/1991
0376 Sesc abre inscrições
para o Mundo Verde
A Crítica Variedades 07 14/05/1991
132
0377 Inicia hoje semana de
esporte em movimento
A Crítica Esporte 20/05/1991
0378 Escola de Arte do Sesc
promove curso de
dança
A Crítica Variedades 07 29/05/1991
0379 Expressão Cênica
Amazônida vai
acontecer no TA
A Crítica NI 03 29/06/1991
0380 Teatro mostra prata da
casa na Semana
Cênica
A Crítica Variedades 07 04/07/1991
0381 Ajuri cultural e Teatro A Crítica Variedades 07 05/07/1991
0382 “Revoada” marca
presença hoje no
Teatro Amazonas
A Crítica Variedades 07 12/07/1991
0383 Gen Festa no Teatro
Amazonas
A Crítica Variedades 07 07/07/1991
0384 Stagium no Teatro
Amazonas
A Crítica Variedades 11 11/07/1991
0385 Bailarinos e atores A Crítica Variedades 07 19/07/1991
0386 “A Cabanagem” o
palco do TA
Variedades 07 20/07/1991
0387 Ballet A Crítica Variedades 11 21/07/1991
0388 Gen Festa no Teatro
Amazonas
A Crítica Variedades 07 24/07/1991
0389 Marcelo Misailidis e
Eliana Caminada
A Crítica Variedades NI 31/07/1991
0390 A Morte do Cisne no
Teatro
A Crítica Variedades NI 12/08/1991
0391 Renascença A Crítica Variedades 07 16/08/1991
0392 No ritmo do mês de
agosto bons
espetáculos de dança
A Crítica Variedades 11 18/08/1991
0393 Ballet Stagium
apresenta no TA “A
Floresta do
Amazonas”
A Crítica Variedades 07 20/08/1991
0394 Stagium reencontra
Manaus
A Crítica Colunismo Social 08 21/08/1991
0395 Renascença apresenta
espetáculo no Teatro
A Crítica Variedades 07 22/08/1991
0396 Dançando o Brasil
(Stagium)
A Crítica Variedades 07 23/08/1991
0397 Ballet Stagium A Crítica Variedades 07 23/08/1991
0398 “Renascença” exibe
um belo espetáculo no
TA
A Crítica Variedades 08 26/08/1991
133
0399 Ballet Stagium dança
para valer no Teatro
A Crítica Variedades 04 29/08/1991
0400 Stagium e a
contemporaneidade
eterna
A Crítica Variedades 06 30/08/1991
0401 Ballet Stagium realiza
espetáculo em Manaus
A Crítica Cidade 03 01/09/1991
0402 Renascença apresenta
“otras danzitas” no
Teatro Amazonas
A Crítica Variedades 11 22/09/1991
0403 Massa faz da vida uma
arte
A Crítica Variedades 06 11
0404 Gedan faz 20 anos
antes no TA
A Crítica Caderno Criação 04 13/10/1991
0405 Leve e solto Corpo
dança em Manaus
A Crítica A Crítica 04 15/10/1991
0406 Arte no Amazonas é
catequese
A Crítica Caderno Criação 01 16/10/1991
0407 Festival promete agitar
público hoje, no
Campus
A Crítica Caderno Criação 04 17/10/1991
0408 Grupo Corpo A Crítica Caderno Criação 05 22/10/1991
0409 Evoluções do Corpo
brilham em Manaus
A Crítica Caderno Criação 01 25/10/1991
0410 Grupo Corpo A Crítica Caderno Criação 01 25/10/1991
0411 Grupo Corpo A Crítica Caderno Criação 05 26/10/1991
0412 Variações do Corpo no
Teatro
A Crítica Caderno Criação 05 27/10/1991
0413 Grupo Corpo A Crítica Caderno Criação 05 27/10/1991
0414 A Magia da China no
TA
A Crítica Caderno Criação 01 07/11/1991
0415 Sesc promove X
Zonarte
A Crítica Caderno Criação 02 10/11/1991
0416 Academia de Ballet
encerra o ano com
trecho de “Giselle”
A Crítica Caderno Criação 04 20/11/1991
0417 Oficinas em
Itacoatiara
A Crítica Caderno Criação 05 03/12/1991
0418 Televisão inspira
espetáculo de dança no
Teatro
A Crítica Caderno Criação 05 05/12/1991
0419 Alunos de dança do
Sesc
A Crítica Caderno Criação 06 10/12/1991
0420 Suíte traz Renascença
de volta
A Crítica Caderno Criação 01 27/12/1991
0421 Suíte Renascença hoje
e amanhã no TA
A Crítica Caderno Criação 05 28/12/1991
134
0422 Propaganda de Suíte
Renascença
A Crítica Caderno Criação 04 28/12/1991
0423 Dificuldades à parte,
1991 foi um ano bom
A Crítica Caderno Criação 01 31/12/1991
0424 Bailarino norte-
americano revê a
dança afro no Brasil
Amazonas
em Tempo
Cultura em Dia NI 30/08/1991
1992
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0425
Apenas boas intenções
motivam balanço
cultural
A Crítica
Caderno Criação
02
05/01/1992
0426 Nova lei implementa
incentivos culturais
A Crítica Caderno Criação 01 09/01/1992
0427 UA retoma Campus de
Arte
A Crítica Caderno Criação D5 30/01/1992
0428
0429 Fundação diz que não
discrimina artistas
A Crítica Caderno Criação NI Jan/1992
0430 A lei e a cultura A Crítica Caderno Criação NI Jan/1992
0431 Duas visões sobre a
Amazônia
A Crítica Caderno Criação 01 14/02/1992
0432 Ritual poético na
Ponta Negra
A Crítica Caderno Criação 04 19/02/1992
0433 Nika Uiicana, da
mesma casa, da
mesma cara
A Crítica Caderno Criação 01 22/02/1992
0434 O pé do Peduto A Crítica Caderno Criação 02 25/02/1992
0435 Cultura em revisão A Crítica Caderno Criação 01 09/04/1992
0436 Tudo pronto para a
revisão cultural
A Crítica Caderno Criação 01 11/04/1992
0437 Os passos de uma
Paixão
Amazonas
em Tempo
Domingo livre NI 12/04/1992
0438 Plano de cultura entra
em discussão
A Crítica Caderno Criação NI 14/04/1992
0439 Seminário define
calendário prévio
A Crítica Caderno Criação NI 15/04/1992
0440 Nudac volta ao teatro
com Jogo de Dados
Amazonas
em Tempo
NI 04 24/04/1992
0441 Renascença dança no
TA
A Crítica Caderno Criação 03 25/04/1992
135
0442 Seminário de revisão
da cultura começa
amanhã
A Crítica Caderno Criação NI 26/04/1992
0443 Seminário encerra com
reflexão
A Crítica Caderno Criação NI 06/05/1992
0444 Fórum vai discutir
resistência cultural
A Crítica Caderno Criação NI 02/06/1992
0445 Nudac apresenta
Misticismo da Floresta
(Andréa Arruda)
Amazonas
em Tempo
Cultura em Dia 05 12/06/1992
0446 Planeta Amazonas em
festa com Nudas
A Crítica Caderno Criação 04 13/06/1992
0447 Sangue novo não tira
Conselho do lugar-
comum
A Crítica Caderno Criação 01 16/06/1992
0448 Os caminhos da arte
em evento cultural
A Crítica Caderno Criação NI 24/06/1992
0449 Arte sem fronteiras Amazonas
em Tempo
Cultura em Dia NI 28/07/1992
0450 Expressão Cênica em
dois palcos
A Crítica Caderno Criação NI 16/08/1992
0451 Semana Cênica tem
abertura a caráter
A Crítica Caderno Criação 01 18/08/1992
0452 Artes Cênicas ainda
pulsam e têm cura
A Crítica Caderno Criação 01 19/08/1992
0453 Massa faz público cair
na real
A Crítica Caderno Criação 01 19/08/1992
0454 Gedan faz O Eterno
Feminino no TA
A Crítica Caderno Criação 01 21/08/1992
0455 Lei da Cultura sem
previsão
A Crítica Caderno Criação 01 21/08/1992
0456 Coligir em cartaz hoje
no Américo Alvarez
A Crítica Caderno Criação 02 22/08/1992
0457 Índios e estrelas no
palco do TA
A Crítica Caderno Criação 04 05/09/1992
0458 Renan traz novo alento
para o Setor de Artes
A Crítica Caderno Criação 01 15/09/1992
0459 Congresso terá abertura
festiva para atrair
professores
A Crítica Caderno Criação 04 20/09/1992
0460 Lindoso assume Fórum
de Cultura
A Crítica Caderno Criação 01 23/09/1992
0461 A vibração da dança
flamenca no palco do
TA
A Crítica Caderno Criação 04 11/10/1992
0462 Começa ensaio geral do
10
o
FUM
A Crítica Caderno Criação 04 18/10/1992
136
0463 Olodum do massa vai
abrir o 10
0
FUM
A Crítica Caderno Criação 03 20/10/1992
0464 Veia Cigana dá o tom
ao flamenco
A Crítica Caderno Criação 01 18/10/1992
0465 O feminino dançante
no palco do TA
A Crítica Caderno Criação 04 18/10/1992
0466 Sesc dá a largada para
a XI Zonarte
A Crítica Caderno Criação 01 12/11/1992
0467 TA: Como nos velhos
tempos?
A Crítica Caderno Criação 03 21/11/1992
0468 Mérito artístico para
um homem de dança
(Rezende )
A Crítica Caderno Criação 01 25/11/1992
0469 Academia de Peduto
faz espetáculo 2 em 1
no TA
A Crítica Caderno Criação 04 05/12/1992
0470 Gedan encerra mostra
de dança no Sesc
A Crítica Caderno Criação 04 10/12/1992
0471 Sesc abre exposição
hoje no shopping
(Renascença)
A Crítica Caderno Criação 04 13/12/1992
0472 Nudac dança a cultura
negra
A Crítica Caderno Criação 04 19/12/1992
0473 Incorporações do
ritmo e da cultura
negra
Amazonas
em Tempo
Domingo livre NI 20/12/1992
0474 Cultura dá sinais de
ânimo em ano confuso
A Crítica Caderno Criação 01 31/12/1992
1993
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0475 Delegado assume a
Cultura
A Crítica Caderno Criação 01 07/01/1993
0476 Novos aprendizes de
Ginger e Fred
A Crítica Caderno Criação 01 16/01/1993
0477 Um berimbau no Mar
Azul para os destaques
de 92
A Crítica Caderno Criação 01 21/01/1993
0478 Reforma do Teatro
pode deixar inativo
balé Bolshoi
A Crítica Caderno Criação 02 06/02/1993
137
0479 Um ano sob o ritmo do
Kalisso
A Crítica Caderno Criação 01 06/02/1993
0480 A Guerra de Tróia
para crianças
A Crítica Caderno Criação 01 13/02/1993
0481 Conselho de Cultura
faz homenagem ao
Sesc
A Crítica Caderno Criação 04 14/02/1993
0482 Houaiss passa por
Manaus sem ver os
artistas. Recado dos
artistas para o ministro
A Crítica Caderno Criação 01 06/03/1993
0483 Artistas fazem o
Encontrão
A Crítica Caderno Criação 04 23/03/1993
0484 Dia do teatro é
festejado com mostra
fotográfica
A Crítica Caderno Criação 01 27/03/1993
0485 Nudac une o erudito e
o contemporâneo,
revivendo a Paixão de
Cristo
Amazonas
em Tempo
Cultura em Dia NI 08/04/1993
0486 Exposição dá ênfase à
ineditismo
A Crítica Caderno Criação 04 10/04/1993
0487 Artistas mostram obra
em Universidade
Texana
A Crítica Caderno Criação 01 04/05/1993
0488 Ballet José Rezende A Crítica Caderno Criação 03 06/05/1993
0489 Academia de Ballet
homenageia as mães
A Crítica Caderno Criação 04 12/05/1993
0490 Viagem de Lagnsdorff
em coreografia
futurista
A Crítica Caderno Criação 01 18/06/1993
0491 Coletâneas traz
história dos 7 anos do
Gedam
A Crítica Caderno Criação 01 30/06/1993
0492 Stagium traz seus
cristais em agosto
A Crítica Caderno Criação 04 16/07/1993
0493 TAA inicia hoje
oficina de dança
A Crítica Caderno Criação 01 21/07/1993
0494 Semana Cênica abre
inscrições
A Crítica Caderno Criação 01 04/08/1993
0495 Arte sob o domínio do
folclore
A Crítica Caderno Criação 01 10/08/1993
0496 Noite cabocla
apresenta encontro de
arte no Sesc
A Crítica Caderno Criação 04 25/08/1993
0497 Artistas definem hoje
realização da Semana
de Expressão Cênica
A Crítica Caderno Criação 04 21/09/1993
138
0498 Lindoso é reeleito no
Fórum de Cultura
A Crítica Caderno Criação 01 25/09/1993
0499 Dois mestres em
concerto (Jerusa e
Rezende)
A Crítica Caderno Criação 01 26/09/1993
0500 Sala tem espaço
exclusivo para todas as
danças
A Crítica Caderno Criação 01 30/09/1993
0501 Espaço de dança
inaugura cursos de
especialização
A Crítica Caderno Criação 04 10/10/1993
0502 Grupos de dança
fazem reabertura da III
Semana Cênica
A Crítica Caderno Criação 04 20/10/1993
0503 O clássico do Rezende
volta ao TA
A Crítica Caderno Criação 01 19/11/1993
0504 Academia faz dança
em fim de tarde hoje
no TA
A Crítica Caderno Criação 01 21/11/1993
0505 Festival do La Salle
põe alunas na dança
A Crítica Caderno Criação 04 22/11/1993
0506 Dança no natal reúne
sete grupos
A Crítica Caderno Criação
01
04/12/1993
0507 Diretor do TA nega
desmandos, em carta
A Crítica Caderno Criação
04
11/12/1993
0508 Artlivre exibe hoje
balé Quebra Nozes
A Crítica Caderno Criação
04
11/12/1993
0509
Dança do Sesc faz dois
espetáculos
A Crítica Caderno Criação 04 17/12/1993
0510 UA não sabe o que
quer do Nudac, diz Lia
A Crítica Caderno Criação 01 18/12/1993
0511 Curso dá novo ânimo à
dança na cidade
A Crítica Caderno Criação 01 26/12/1993
0512 Grupos tentam mudar
astral da dança
A Crítica Caderno Criação 04 29/12/1993
0513 Feriarte abre inscrição
no TAA
A Crítica Caderno Criação 04 30/12/1993
0514 Teatro passa por
poucas e boas
A Crítica Caderno Criação 01 30/12/1993
0515 Cultura fecha o ano
com saldo positivo,
atesta Lindoso
A Crítica Caderno Criação 01 30/12/1993
139
1994
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0516
Reciclagem na dança
conta com 3 cursos
A Crítica
Caderno Criação
01
09/01/1994
0517 UA realiza oficina de
dança moderna
A Crítica Caderno Criação 01 13/01/1994
0518 Cultura perde espaço
no shopping
A Crítica Caderno Criação 04 16/01/1994
0519 Bailarino dá curso de
aprimoramento no
TAA
A Crítica Caderno Criação 01 25/01/1994
0520 Ministro dá apoio a
novo centro cultural
A Crítica Caderno Criação 04 25/01/1994
0521 TA abre portas com
programa morno
A Crítica Caderno Criação D1 01/02/1994
0522 Autocrítica do Estado A Crítica Caderno Criação D1 02/02/1994
0523 Bailarinos fazem
recital com pequenos
retalhos
A Crítica Caderno Criação D1 03/02/1994
0524 Ballet Yuba faz
espetáculo no TA
A Crítica Caderno Criação D4 05/02/1994
0525 Ballet de Kiev traz
solistas a Manaus
A Crítica Caderno Criação D4 05/02/1994
0526 Ballet de Kiev traz
clássico ao TA
A Crítica Caderno Criação D1 06/02/1994
0527 Artes tem programa
especial na ETFAM
A Crítica Caderno Criação D4 15/02/1994
0528 Sesc abre inscrições
para oficina de artes
A Crítica Caderno Criação D4 17/02/1994
0529 Sesc mostra dança no
bar do Chaminé
A Crítica
Caderno Criação
D1
03/03/1994
0530 Conselho de Cultura
traz nova leva de
notáveis
A Crítica Caderno Criação D1 03/03/1994
0531 TAA vive seus dias
como auditório de luxo
A Crítica Caderno Criação D1 13/03/1994
0532 Sesc define
programação até abril
A Crítica Caderno Criação D4 15/03/1994
0533 Secretário diz que lei
cultural é draconiana
A Crítica Caderno Criação D1 16/03/1994
140
0534 Missa-corpo encerra
curso de férias TAA
A Crítica Caderno Criação D4 17/03/1994
0535 A paixão de Cristo por
Evangelista
A Crítica Caderno Criação D1 20/03/1994
0536 Passos da Paixão Amazonas
em Tempo
Arte Final 04 30/03/1994
0537 Gedam vai a Iranduba A Crítica Caderno Criação D4 09/04/1994
0538 Gedam apresenta O
Eterno Feminino, no
Campus da UA
A Crítica Caderno Criação D4 12/04/1994
0539 Chaminé comemora
dia do índio com
dança e vídeo
A Crítica Caderno Criação D1 19/04/1994
0540 Projeto de Cultura é
aberto à sociedade
A Crítica Caderno Criação D4 01/05/1994
0541 Dança entra em transe
hoje no Sesc
(Kennedy)
A Crítica Caderno Criação D4 07/05/1994
0542 Academia dedica balé
às mães no TA
A Crítica Caderno Criação D4 08/05/1994
0543 Artistas mobilizam
para plano cultural
A Crítica Caderno Criação D1 22/05/1994
0544 Sesc abre hoje festival
de música na Ponta
Negra
A Crítica Caderno Criação D4 26/05/1994
0545 Vivenciando a dança
faz mistura de ritmos
no TA
A Crítica Caderno Criação D1 02/06/1994
0546 Artistas de teatro se
reúnem
A Crítica Caderno Criação D1 03/06/1994
0547 O trabalho de Leyla A Crítica Caderno Criação D1 03/06/1994
0548 TA tem espetáculo
com danças folclóricas
russas
A Crítica Caderno Criação D4 05/06/1994
0549 Chaminé da Cultura A Crítica Caderno Criação D4 05/06/1994
0550 Les ballet faz sua
despedida hoje
A Crítica Caderno Criação D1 07/06/1994
0551 Projetos culturais
ficam mais viáveis
A Crítica Caderno Criação D1 19/06/1994
0552
Tango e sapateado
ganham curso de férias
na Ifilt
A Crítica
Caderno Criação
D4
28/06/1994
0553 Eterno Feminino hoje
no Chaminé
A Crítica Caderno Criação D4 29/06/1994
0554 Conselho revela o
espírito da coisa
A Crítica Caderno Criação D1 02/07/1994
141
0555 Nudac dança em
quermesse para custear
viagem
A Crítica Caderno Criação D3 03/07/1994
0556 Nudac rompe o
isolamento em
exemplo de
intercâmbio
A Crítica Caderno Criação D1 08/07/1994
0557 Artistas dão salto
triplo sem proteção
A Crítica Caderno Criação D1 23/07/1994
0558 Cisne Negro vem a
Manaus com futebol e
videogame
A Crítica Caderno Criação D1 24/07/1994
0559 Peduto morre, aos 48,
no Rio
A Crítica Caderno Criação D1 27/07/1994
0560 A cultura institucional
mostra a cara em novo
jornal
A Crítica Caderno Criação D1 04/08/1994
0561 Cisne Negro A Crítica Caderno Criação D1 05/08/1994
0562 E a dança, como vai? A Crítica Caderno Criação D2 07/08/1994
0563 O artista e seu duplo
papel na vida
A Crítica Caderno Criação D1 07/08/1994
0564 Visita Cultura
(bailarina Jânia
Batista)
A Crítica Caderno Criação D1 17/08/1994
0565 O movimento teatral
está fora de órbita
A Crítica Caderno Criação D1 17/08/1994
0567 Para Çai por aí traz
teatro e dança de
Belém
A Crítica Caderno Criação D1 26/08/1994
0568 18 anos da Academia
de dança do prof.
Rezende
A Crítica Caderno Criação D2 10/09/1994
0569 ICHL 10 anos Nudac A Crítica Caderno Criação D3 22/09/2994
0570 Bailarina abre oficina
no Chaminé
A Crítica Caderno Criação D1 27/09/1994
0571 Cisne Negro estréia
Dom Quixote
A Crítica Caderno Criação D1 05/10/1994
0572 Cultura olha para o
próprio umbigo
A Crítica Caderno Criação D1 06/10/1994
0573 Syntesis quer reunir
talentos
A Crítica Caderno Criação D1 19/10/1994
0574 Centro de Artes abre
duas oficinas
A Crítica Caderno Criação D1 23/10/1994
0575 Seminário tem
próximo governo
como meta
A Crítica Caderno Criação D1 25/10/1994
142
0576 Oficinas preenchem
vazio
A Crítica Caderno Criação D1 03/11/1994
0577 Fuarte agita semana no
ICHL
A Crítica Caderno Criação D4 06/11/1994
0578 Setor cultural ferve
com a sucessão
A Crítica Caderno Criação D1 06/11/1994
0579 Workshop faz todo
mundo dançar
A Crítica Caderno Criação D1 12/11/1994
0580 Carta de Manaus traz
propostas
A Crítica Caderno Criação D1 13/11/1994
0581 Dança Festival A Crítica Caderno Criação D4 16/11/1994
0582 I Festival Sesc de
Dança
A Crítica Caderno Criação D2 17/11/1994
0583 Conselho de Cultura
ganha novos membros
A Crítica Caderno Criação D4 18/11/1994
0584 Gedam encerra evento
com Missa-Corpo
A Crítica Caderno Criação D4 19/11/1994
0585 Dança rompe com
tradição cênica no
Chaminé (Nudac)
A Crítica Caderno Criação D1 24/11/1994
0586 A dança no masculino
sem preconceito
A Crítica Caderno Criação D1 26/11/1994
0587 Cultura Nacional vai
se reunir
A Crítica Caderno Criação D4 02/12/1994
0588 Cagin faz mostra de
dança no TA
A Crítica Caderno Criação D4 03/12/1994
0589 Porto de Lenha dá aula
de história
(Betsy Bell)
A Crítica Caderno Criação D4 04/12/1994
0590 Dança juventude faz
Coletâneas
A Crítica Caderno Criação D4 18/12/1994
0591 Clássico e Moderno no
palco
A Crítica Caderno Criação D4 21/12/1994
0592 Feirarte abre para
oficinas de dança
A Crítica Caderno Criação D1 22/12/1994
0593 Ministro assina
convênios
A Crítica Caderno Criação D4 28/12/1994
0594 Cultura gastou R$ 10
milhões em 94
A Crítica Caderno Criação D1 30/12/1994
0595 Nudac – o ano de 94 A Crítica Caderno Criação D1 31/12/1994
143
1995
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0596
Governo ainda não
definiu destinos da
área cultural
A Crítica
Caderno Criação
D1
01/01/1995
0597 Oficina de dança terão
um toque
cinematográfico
A Crítica Caderno Criação D4 05/01/1995
0598 Feriarte inscreve até
dia 13 para oficina de
dança (Joffre)
A Crítica Caderno Criação D4 10/01/1995
0599 Artistas puxam brasa A Crítica Caderno Criação D1 15/01/1995
0600 Dança nas férias
oferece mais vagas
A Crítica Caderno Criação D4 18/01/1995
0601 Sonhos reúne dança e
canto lírico no TAA
A Crítica Caderno Criação D4 20/01/1995
0602 Governo destituí
Conselheiros de
Cultura
A Crítica Caderno Criação D1 25/01/1995
0603 TA recebe com
programação
A Crítica Caderno Criação D4 07/02/1995
0604 Bailarino faz oficina
com técnica orgânica
A Crítica Caderno Criação D4 09/02/1995
0605 Balé Russo faz
temporada de 3 dias no
TA
A Crítica Caderno Criação D4 14/02/1995
0606 Cartaz Balé
Stanislavsky
A Crítica Geral A2 17/02/1995
0607 Balé Russo A Crítica Caderno Criação D1 17/02/1995
0608 Balé Russo inicia
temporada casual no
TA
A Crítica Caderno Criação D4 17/02/1995
0609 Nova política cultural
se volta aos 70
A Crítica Caderno Criação D1 22/02/1995
0610 Brasil vira tema de
Bienal de Dança
A Crítica Caderno Criação D1 23/02/1995
0611 Américo Alvarez abre
vagas para cursos
permanentes
A Crítica Caderno Criação D4 07/03/1994
0612 Academia abre vagas
para tango, sapateado
e rock
A Crítica Caderno Criação D4 08/03/1994
144
0613 Livro conta trajetória
do Ballet Stagium
A Crítica Caderno Criação D1 12/03/1995
0614 Curso e encerramento
da carreira (Roziman)
A Crítica Caderno Criação
D4 14/03/1995
0615 Porto de Lenha retorna
em cartaz no TAA
(Leila Leong)
A Crítica Caderno Criação D1 16/03/1995
0616 Sampaio vive dilema
entre deixar ou
permanecer no Nudac
A Crítica Caderno Criação D1 22/03/1995
0617 Cursos do Sesc vão
formar profissionais de
dança
A Crítica Caderno Criação D1 23/03/1995
0618 Levante apresenta os
ritmos vibrantes da
dança flamenca
A Crítica Caderno Criação D1 01/04/1995
0619 Nudac faz versão
moderna da Paixão
A Crítica Caderno Criação D4 15/04/1995
0620 Cultura local só se for
a da banana
A Crítica Caderno Criação D2 20/04/1995
0621 Produção esbarra no
descaso cultural
A Crítica Caderno Criação D1 07/05/1995
0622 Márcia Haydée se
despede dos palcos
A Crítica Caderno Criação D1 10/05/1995
0623 Porto de Lenha volta
ao palco do TA hoje e
amanhã (Gedam)
A Crítica Caderno Criação D1 17/05/1995
0624 Cisne Negro renova
elenco em nova
temporada
A Crítica Caderno Criação D1 17/05/1995
0625 Cristina Hoyos dança
no Brasil
A Crítica Caderno Criação D1 17/05/1995
0626 Reforma prevê novo
quadro na área cultural
A Crítica Caderno Criação D1 24/05/1995
0627 Bailarina faz oficina
sobre técnica de solo
A Crítica Caderno Criação D4 14/06/1995
0628 Marinho assume a
Cultura do Estado
A Crítica Caderno Criação D1 27/06/1995
0629 rcio garante
parceria entre Funarte
e Estado
A Crítica Caderno Criação D1 29/06/1995
0630 Bento em dança tem
inscrições abertas
A Crítica Caderno Criação D4 02/07/1995
0631 Lia dança A Crítica Caderno Criação D4 05/07/1995
0632 Inês assume TA
disposta a mudar a
imagem da Casa
A Crítica Caderno Criação D1 06/07/1995
145
0633 Lia Sampaio monta
quermesse
A Crítica Caderno Criação D1 08/07/1995
0634 Conceição Souza
deixa direção do TAA
A Crítica Caderno Criação D1 20/07/1995
0635 Dança encerra cursos
de férias
A Crítica Caderno Criação D1 20/07/1995
0636 Governo cria grupo
seleto de Conselheiros
A Crítica Caderno Criação D1 04/08/1995
0637 Jetons criam ciúmes
no meio cultural
A Crítica Caderno Criação D1 20/08/1995
0638 Livro revela a dança
que revela o Brasil
A Crítica Caderno Criação D1 24/08/1995
0639 Festival A Crítica Caderno Criação D4 05/09/1995
0640 Fecani tem o Massa e
primeira eliminatória
A Crítica Caderno Criação D4 06/09/1995
0641 Conselho quer deixar
de ser ornamental
A Crítica Caderno Criação D1 10/09/1995
0642 Sesc Zonarte A Crítica Caderno Criação D1 13/09/1995
0643 Sem patrocínio A Crítica Caderno Criação D1 23/09/1995
0644 Dança do Sesc A Crítica Caderno Criação D1 23/09/1995
0645 XII Zonarte A Crítica Caderno Criação D1 24/09/1995
0646 Transe encerra A Crítica Caderno Criação D1 01/10/1995
0647 Parcerias garantem
projeto cultural
A Crítica Caderno Criação D1 05/10/1995
0648 Começa corrida para
ver Carmem no TA
A Crítica Caderno Criação D1 08/10/1995
0649 Oficina parte do
improviso
A Crítica Caderno Criação D4 17/10/1995
0650 Folia no Chaminé A Crítica Caderno Criação D3 20/10/1995
0651 Falta projeto cultural
para os palcos
A Crítica Caderno Criação D1 22/10/1995
0652 Lia Sampaio A Crítica Caderno Criação D4 25/10/1995
0653 Brasil dança Brasil
estréia na quinta
Amazonas
em Tempo
Arte Final 05 25/10/1995
0654 Gedan é classificado A Crítica Caderno Criação D1 02/11/1995
0655 O mundo do tambor A Crítica Caderno Criação D1 12/11/1995
0656 Dança ao som dos
tambores no TA
A Crítica Caderno Criação D4 16/11/1995
0657 Gedam – Noite
cabocla agita Usina
Cultural
A Crítica Caderno Criação D4 23/11/1995
0658 Dança: Transe A Crítica Caderno Criação D4 24/11/1995
0659 Bailarino de Curitiba
dividem palco do TA
com alunas do
Rezende
A Crítica Caderno Criação D1 25/11/1995
146
0660 Txequerawara A Crítica Caderno Criação D4 30/11/1995
0661 Usina Cultural A Crítica Caderno Criação D4 13/12/1995
0662 Mostra – Espetáculo
vai do clássico ao jazz
A Crítica Caderno Criação D1 15/12/1995
0663 Dança em ritmo de
despedida (Lia
Sampaio)
A Crítica Caderno Criação D1 17/12/1995
0664 Espaço Versátil inicia
cursos
A Crítica Caderno Criação D1 23/12/1995
0665 Artes
Ceênicas/Oficinas
A Crítica Caderno Criação D4 27/12/1995
0666 Centenário do TA vai
reunir estrelas
A Crítica Caderno Criação D1 29/12/1995
0667 Saldo Cultural é
negativo
A Crítica Caderno Criação D1 31/12/1995
1996
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0668
Janeiro é mês de
cursos e oficinas
A Crítica
Caderno Criação
D4
02/01/1996
0669 Oficinas funcionam
como tiros no escuro
A Crítica Caderno Criação D1 18/01/1996
0670 Oficina encerra
atividades com Mostra
no Chaminé
A Crítica Caderno Criação D4 19/01/1996
0671 Dançarinos ensinam A Crítica Caderno Criação D4 05/02/1996
0672 O clássico de José
Rezende
A Crítica Caderno Criação D1 11/02/1996
0673 Isa Kokay A Crítica Caderno Criação D3 14/02/1996
0674 TA 100 anos A Crítica Caderno Criação D3 27/02/1996
0675 Conselho sente
descaso com a Cultura
A Crítica Caderno Criação D1 08/08/1996
0676 TAA ainda tem vagas A Crítica Caderno Criação D4 19/08/1996
0677 Festival A Crítica Caderno Criação D4 25/08/1996
0678 Stagium A Crítica Caderno Criação D4 03/04/1996
0679 Stagium A Crítica Caderno Criação D1 07/04/1996
0680 Stagium A Crítica Caderno Criação D1 10/04/1996
0681 A maratona do
Stagium em Manaus
A Crítica Caderno Criação D1 13/04/1996
0682 Stagium desafia A Crítica Caderno Criação D1 15/04/1996
147
0683 Bailarino encerra
curso no Chaminé
A Crítica Caderno Criação D4 19/04/1996
0684 Mostra de dança tem
inscrições
A Crítica Caderno Criação D1 20/04/1996
0685 Dança/Manaus A Crítica Caderno Criação D4 12/05/1996
0686 Allegria Cigana volta
ao TA
A Crítica Caderno Criação D4 19/05/1996
0687 Cia. Lia Sampaio A Crítica Caderno Criação D1 24/05/1996
0688 Semana vira vitrine
das artes cênicas de
Manaus
A Crítica Caderno Criação D1 25/05/1996
0689 Allegria Cigana em
sessão única
NI NI NI 26/05/1996
0690 Allegria Cigana no
Teatro Amazonas
Amazonas
em Tempo
NI D8 26/05/1996
0691 Na levada mágica dos
rituais ciganos
Amazonas
em Tempo
NI E8 28/05/1996
0692 Artistas superam a
vocação regional
A Crítica Caderno Criação D1 02/06/1996
0693 CEF chama para ver
Fragmentos da Ópera
hoje
A Crítica Caderno Criação D4 14/06/1996
0697 A cultura se enrique
pelo confronto
A Crítica Caderno Criação D1 17/06/1996
0698 Lia realiza quermesse
cultural
A Crítica Caderno Criação D4 19/06/1996
0699 Quermesse cigana no
Chaminé
Amazonas
em Tempo
Arte Final D1 19/06/1996
0700 Linguagens da dança
ganham mostra no
TAA
A Crítica Caderno Criação D4 22/06/1996
0701 Stagium cria rede de
referência para a dança
A Crítica Caderno Criação D1 25/06/1996
0702 Academia do Bosque
tem férias com arte
A Crítica Caderno Criação D4 29/06/1996
0703 Movimento Hip Hop
procura bambas de
Street Dance
A Crítica Caderno Criação D1 05/07/1996
0704
Artistas discutem
política cultural para o
município
A Crítica Caderno Criação D1 11/07/1996
0705 Educação Artística
discute artes cênicas
em mesa retangular
A Crítica Caderno Criação D1 11/07/1996
0706 Centro de Artes vai
discutir a volta do
Projeto UARTE
A Crítica Caderno Criação D4 14/07/1996
148
0707 Artistas tem plano
cultural
A Crítica Caderno Criação D4 14/07/1996
0708 Grupos brilham em
Joinville
A Crítica Caderno Criação D1 16/07/1996
0709 Programação do
centenário do TA sai
no improviso
A Crítica Caderno Criação D1 30/07/1996
0710 Balé Clássico – Kirov
dança
A Crítica Caderno Criação D1 05/08/1996
0711 Companhia mostra
dança dos fabulosos
ucranianos
A Crítica Caderno Criação D4 08/08/1996
0712 Artistas discutem
política cultural
A Crítica Caderno Criação D1 28/08/1996
0713 Parque do Mindu abre
para feira cultural do
Sesi
A Crítica Caderno Criação D4 04/09/1996
0714 Índigenas lutam para
manter sua cultura
A Crítica Caderno Criação D1 06/09/1996
0715 Allegria Cigana está
de volta no TA
(Nudac)
A Crítica Caderno Criação D4 08/09/1996
0716 Allegria Cigana A Crítica Caderno Criação D2 10/09/1996
0717 Fotografia e Dança
estão em projeto da
UA
A Crítica Caderno Criação D4 26/09/1996
0718 Sesi reinaugura seu
projeto cultural
A Crítica Caderno Criação D1 09/10/1996
0719 Dança Bento
Gonçalves
A Crítica Caderno Criação D1 09/10/1996
0720 Suíte narra saga da
humanidade
A Crítica Caderno Criação D4 19/10/1996
0721 Lei Cultural A Crítica Caderno Criação D1 01/12/1996
0722 Encontro de estilos no
palco do TA
A Crítica Caderno Criação D4 03/12/1996
0723 Conselho de Cultura
perde o seu poder de
ação
A Crítica Caderno Criação D1 07/12/1996
0724 Suíte Amazônica volta
no TA
A Crítica Caderno Criação D4 08/12/1996
0725 Coisas do coração ao
som do jazz no TA
A Crítica Caderno Criação D4 14/12/1996
0726 Quebra Nozes A Crítica Caderno Criação D2 15/12/1996
0727 Chaminé oferece curso
sobre pas de deux
A Crítica Caderno Criação D4 11/12/1996
0728 Espetáculo de dança
reúne 100 no TA
A Crítica Caderno Criação D1 19/12/1996
149
1997
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0729
Intensivos de clássico
e moderno
A Crítica
Caderno Criação
D1
03/01/1997
0730 Espetáculo une
clássico e moderno
A Crítica Caderno Criação D1 25/01/1997
0731 Robério faz esboço do
seu plano cultural
A Crítica Caderno Criação D1 26/01/1997
0732 Oficinas: Cepaca
desenvolve cursos
permanentes
A Crítica Caderno Criação D1 01/02/1997
0733 O reinado dos técnicos
na área cultural
A Crítica Caderno Criação D1 20/02/1997
0734 Chaminé vai ter dança
o ano inteiro
A Crítica Caderno Criação D1 22/02/1997
0735 Rezende mantém
curso
A Crítica Caderno Criação D1 22/02/1997
0736 Programação cultural
sai do jejum a partir de
março
A Crítica Caderno Criação D1 25/02/1997
0737 Conselho vai ter
função redefinida
A Crítica Caderno Criação D1 08/03/1997
0738 Corpo de baile A Crítica Caderno Criação D1 09/03/1997
0739 Américo Alvarez A Crítica Caderno Criação D4 14/03/1997
0740 Renascença busca
identidade pelos
movimentos
A Crítica Caderno Criação D4 21/03/1997
0741 A Crítica A Crítica Caderno Criação D4 23/03/1997
0742 Versátil de dança tem
novas turmas
A Crítica Caderno Criação D2 30/03/1997
0743 Calendário
transparência
A Crítica Caderno Criação D1 08/05/1997
0744 Segunda edição do
Modama encerra hoje
A Crítica Caderno Criação D1 10/05/1997
0745 Corpo mostra Bach e
21
A Crítica Caderno Criação D1 11/05/1997
0746 Ritual Sateré abre
programa de danças
A Crítica Caderno Criação D4 13/05/1997
0747 Modama põe 27
grupos na praça
A Crítica Caderno Criação D4 16/05/1997
0748 Grupo Corpo A Crítica Caderno Criação D1 17/05/1997
150
0749 Dança étnica encerra
Modama
A Crítica Caderno Criação D2 18/05/1997
0750 Série apresenta dança
e teatro
A Crítica Caderno Criação D4 20/05/1997
0751 Grupo livre de dança
encena expressões e
folguedos
A Crítica Caderno Criação D4 23/05/1997
0752 Núcleo de Dança A Crítica Caderno Criação D4 31/05/1997
0753 Professora Goiana dá
aulas na UA
A Crítica Caderno Criação D4 03/06/1997
0754 Gedan volta com
Passagem das Horas
A Crítica Caderno Criação D1 07/06/1997
0755 Oficina: Teatro-Físico
é usado para sustentar
a dança
A Crítica Caderno Criação D1 08/06/1997
0756 Dança A Crítica Caderno Criação D1 14/06/1997
0757 TA prepara formação
do Corpo de Baile
A Crítica Caderno Criação D1 26/06/1997
0758 Palácio A Crítica Caderno Criação D1 29/06/1997
0759 Encontro aponta
tendências do
jornalismo
A Crítica Caderno Criação A5 08/07/1997
0760 Um mergulho nas
raízes amazônicas
Cia. de Dança Lia
Sampaio
Amazonas
em Tempo
Arte Final D1 08/07/1997
0761 Performance artística
no encontro da
Mastercard
Jornal do
Commércio
Sociedade NI 09/07/1997
0762 Cia. Lia Sampaio A Crítica Caderno Criação D4 11/06/1997
0763 Dança “Habeas
Corpus”
A Crítica Caderno Criação D4 24/06/1997
0764 José Rezende faz
despedida
A Crítica Caderno Criação D4 31/07/1997
0765 Secretaria lança
calendário
A Crítica Caderno Criação D4 01/08/1997
0766 Rezende se despede A Crítica Caderno Criação D1 09/08/1997
0767 Cia. Goiana mostra
Versus no TA
A Crítica Caderno Criação D1 03/09/1997
0768 Comunicação e Arte A Crítica Caderno Criação D1 04/09/1997
0769 Festival chega ao seu
ponto alto
A Crítica Caderno Criação D1 06/09/1997
0770 Teatro Amazonas abre A Crítica Caderno Criação D4 07/09/1997
0771 Bailarino dança o
Bolero
A Crítica Caderno Criação D1 13/09/1997
0772 Balé da Barra A Crítica Caderno Criação D1 13/09/1997
Academia faz curso A Crítica Caderno Criação D2 28/09/1997
151
0773 Teatro e Dança A Crítica Caderno Criação D4 03/10/1997
0774 Gedam volta com
prêmios
A Crítica Caderno Criação D1 25/10/1997
0775 Escola de Artes abre
cursos
A Crítica Caderno Criação D2 26/10/1997
0776 Aldeia inaugura com
dança, teatro e música
A Crítica Caderno Criação D4 26/10/1997
0777 Balé (Marcelo Gomes)
A Crítica Caderno Criação D1 09/11/1997
0778 Secretaria muda
administração
A Crítica Caderno Criação D1 19/11/1997
0779 Ingressos para ver
Marcelo
A Crítica Caderno Criação D4 19/11/1997
0780 Marcelo Gomes A Crítica Caderno Criação D1 20/11/1997
0781 Política cultural A Crítica Caderno Criação D4 05/12/1997
0782 Política cultural A Crítica Caderno Criação D1 07/12/1997
0783 Fuarte/97 A Crítica Caderno Criação D4 07/12/1997
0784 Semana de Arte
Cênica
A Crítica Caderno Criação D1 14/12/1997
0785 Aldeia SOS tem curso
de dança
A Crítica Caderno Criação D1 14/12/1997
0786 Meio cultural também
viveu de promessas
A Crítica Caderno Criação D1 31/12/1997
1998
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0787
Projetos
A Crítica
Caderno Criação
D1
02/01/1998
0788 Artistas fazem seus
planos
A Crítica Caderno Criação D1 04/01/1998
0789 Dança - Workshops A Crítica Caderno Criação D4 04/01/1998
0790 Cursos “alongamento
e ponta clássica”
A Crítica Caderno Criação D4 23/01/1998
0791 Bailarino búlgaro dá
aulas no Sesc
A Crítica Caderno Criação D4 28/01/1998
0792 Secretaria inicia fase
de seleção
A Crítica Caderno Criação D4 04/02/1998
0793 Secretaria de Cultura A Crítica Caderno Criação D1 06/02/1998
0794 Renascença A Crítica Caderno Criação D1 08/02/1998
0795 Secretaria reforçará
projetos locais
A Crítica Caderno Criação D1 13/02/1998
152
0796 Edital oficializa Corpo
de Dança
A Crítica Caderno Criação D1 17/02/1998
0797 Quasar obtém
reconhecimento
A Crítica Caderno Criação D1 19/02/1998
0798 O que certos cachês
escondem
A Crítica Caderno Criação D1 20/02/1998
0799 CCPRN oferece 10
oficinas de arte
A Crítica Caderno Criação D4 26/02/1998
0780 Rezende inicia ano
letivo
A Crítica Caderno Criação D2 01/03/1998
0781 Quasar é vencedor A Crítica Caderno Criação D1 12/03/1998
0782 Dança/Bailarinos A Crítica Caderno Criação D1 14/03/1998
0783 Festival de Óperas
abre Programação
Cultural do ano
A Crítica Caderno Criação D4 22/03/1998
0784 Diretora diz que edital
é praxe nos grandes
teatros
A Crítica Caderno Criação D4 26/03/1998
0785 Audição define elenco
do Corpo de Dança do
Amazonas
A Crítica Caderno Criação D1 28/03/1998
0786 Governo cria
programa
A Crítica Caderno Criação D1 01/04/1998
0787 Balé de Maly A Crítica Caderno Criação D1 11/04/1998
0788 Hoje a Viúva Alegre A Crítica Caderno Criação D1 12/04/1998
0789 Feira Cultural A Crítica Caderno Criação D1 16/04/1998
0790 Política Cultural A Crítica Caderno Criação D1 30/04/1998
0791 Modama A Crítica Caderno Criação D4 30/04/1998
0792 Renascença A Crítica Caderno Criação D2 01/05/1998
0793 Renascença A Crítica Caderno Criação D2 02/05/1998
0794 Modama reunirá
grupos de dança
A Crítica Caderno Criação D2 03/05/1998
0795 Sagração da Primavera
com Xamã
A Crítica Caderno Criação D1 25/06/1998
0796 Cursos de férias: dança
A Crítica Caderno Criação D4 02/07/1998
0797 Corpo de Dança
recebe técnica
americana
A Crítica Caderno Criação D1 08/07/1998
0798 Nova edição de
seminário
A Crítica Caderno Criação D1 09/07/1998
0799 Seminário Unesco A Crítica Caderno Criação D1 10/07/1998
0800 Festival A Crítica Caderno Criação D1 15/07/1998
0801 Política Cultural A Crítica Caderno Criação D1 02/08/1998
0802 Bento em Dança A Crítica Caderno Criação D1 06/08/1998
0803 Grupo Uapés mostra o
Dabacuri
A Crítica Caderno Criação D4 20/08/1998
153
0804 Gedam forma mão-de-
obra para a dança
A Crítica Caderno Criação D1 30/08/1998
0805 Corpo de Dança
mostra Sagração
A Crítica Caderno Criação D1 30/08/1998
0806 Fecani (Gedam) A Crítica Caderno Criação D1 18/09/1998
0807 Cidade gaúcha abre
inscrições para
encontro
A Crítica Caderno Criação D4 07/10/1998
0808 Escola cria turmas em
dança e ginástica
A Crítica Caderno Criação D4 15/10/1998
0809 Balé Habeas Corpus A Crítica Caderno Criação D1 17/08/1998
0810 Em busca de parceiros
culturais
A Crítica Caderno Criação D1 18/08/1998
0811 Dança - Curso A Crítica Caderno Criação D4 28/08/1998
0812 A um passo da
Sagração
A Crítica Caderno Criação D1 06/11/1998
0813 Corpo de Dança entra
em cena
A Crítica Caderno Criação D1 15/11/1998
0814 Corpo de Dança volta
hoje e amanhã ao TA
A Crítica Caderno Criação D1 21/11/1998
0815 Gedam A Crítica Caderno Criação D1 22/11/1998
0816 Pane elétrica / TA
suspende a
programação
A Crítica Caderno Criação D1 02/12/1998
0817 Lia escreve música e
movimento
A Crítica Caderno Criação D1 10/12/1998
0818 Ballet Bela
Adormecida
A Crítica Caderno Criação D3 10/12/1998
0819 Dança - Curso A Crítica Caderno Criação D4 10/12/1998
0820 Márika Gidáli A Crítica Caderno Criação D4 12/12/1998
0821 Reminiscência tem
nova data
A Crítica Caderno Criação D2 13/12/1998
0822 Reminiscências A Crítica Caderno Criação D1 16/12/1998
0823 Verba Grupos de
Teatro e Dança
dividem R$ 50 mil
A Crítica Caderno Criação D4 18/12/1998
0824 Grupo Allegro mostra
Suíte dos Brinquedos
A Crítica Caderno Criação D4 19/12/1998
0825 Arte nas Férias A Crítica Caderno Criação D1 27/12/1998
0826 98 deu salto positivo A Crítica Caderno Criação D1 31/12/1998
154
1999
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0827
Artistas apostam no
crescimento
A Crítica
Caderno Criação
D1
02/01/1999
0828 Cultura e Turismo em
crescimento
A Crítica Caderno Criação D1 03/01/1999
0829 Bailarino dá aula de
clássico
A Crítica Caderno Criação D4 06/01/1999
0830 Organização vira lema
das artes este ano
A Crítica Caderno Criação D1 13/01/1999
0831 Cultura exibe
Baryshnikov, uma vida
na dança
A Crítica Caderno Criação D4 14/01/1999
0832 Educação Artística
busca novas saídas
A Crítica Caderno Criação D1 03/02/1999
0833 Projeto A Crítica Caderno Criação D4 07/02/1999
0834 Sesc/Balé Clássico A Crítica Caderno Criação D4 09/02/1999
0835 Funarte A Crítica Caderno Criação D1 09/02/1999
0836 Funarte/Polêmica A Crítica Caderno Criação D1 18/02/1999
0837 Márcio conclui A Crítica Caderno Criação D1 21/02/1999
0838 Mais espaço facilita
vida do artista
A Crítica Caderno Criação D1 02/03/1999
0839 Academia Rezende
oferece vários cursos
de dança
A Crítica Caderno Criação D4 03/03/1999
0840 Clássicos
(CDA na Ópera)
A Crítica Caderno Criação D3 21/03/1999
0841 Marcelo Gomes volta
ao coração da
Amazônia
A Crítica Caderno Bem Viver B5 28/03/1999
0842 Lei da cultura entra em
discussão
A Crítica Caderno Bem Viver B7 01/04/1999
0843 Cursos no Sesc A Crítica Caderno Bem Viver B3 08/04/1999
0844 Centro cultural oferece
cursos gratuitos
A Crítica Caderno Bem Viver B7 08/04/1999
0845 Balé Clássico
(Marcelo Gomes)
A Crítica Caderno Bem Viver B6 17/05/1999
0846 Modama A Crítica Caderno Bem Viver B2 27/05/1999
0847 TA oferece programa
cultural
A Crítica Caderno Bem Viver B4 01/06/1999
0848 Dança Clássica da
Índia em Manaus
A Crítica Caderno Bem Viver B2 30/06/1999
155
0849 Dança Clássica
Indiana é atração no
teatro do Sesc
A Crítica Caderno Bem Viver B12 02/07/1999
0850 O filho pródigo retorna
(Marcelo Mourão)
A Crítica Caderno Bem Viver B1 04/07/1999
0851 Dança no Palácio Rio
Negro
A Crítica Caderno Bem Viver B2 18/07/1999
0852 Dança-espetáculo no
CCPRN
A Crítica Caderno Bem Viver B4 25/07/1999
0853 CAUA discute
caminhos das artes
A Crítica Caderno Bem Viver B4 27/07/1999
0854 Festival para ballet e
folclore
A Crítica Caderno Bem Viver B4 28/07/1999
0855 Solo comove platéia A Crítica Caderno Bem Viver B2 03/08/1999
0856 A necessidade da
dança
A Crítica Caderno Bem Viver B8 20/08/1999
0857 Puracy é exaltação da
dança
A Crítica Caderno Bem Viver B7 27/08/1999
0858 Sesc alarga o corredor A Crítica Caderno Bem Viver B1 31/08/1999
0859 As artes de um povo
chamado Brasil
A Crítica Caderno Bem Viver B1 12/09/1999
0860 Botafogo vai viver
Cacilda Becker no
Balé
A Crítica Caderno Bem Viver B3 19/09/1999
0861 Ballet Stagium A Crítica Caderno Bem Viver B1 02/10/1999
0862 Funarte na Cidade A Crítica Caderno Bem Viver B3 16/10/1999
0863 Cultura pode ganhar
mais apoio
A Crítica Caderno Bem Viver B3 06/11/1999
0864 O contemporâneo
Puracy
A Crítica Caderno Bem Viver B5 11/11/1999
0865 Crítica - Harmonia da
plástica e da
coreografia
A Crítica Caderno Bem Viver B1 16/11/1999
0866 Nosso dançante A Crítica Caderno Bem Viver B14 26/11/1999
0867 Biodança por Lia
Sampaio
A Crítica Caderno Bem Viver B4 01/12/1999
0868 Sons e danças da
Amazônia (CDA)
A Crítica Caderno Bem Viver B5 01/12/1999
0869 Um balé além do
verde (Rezende)
A Crítica Caderno Bem Viver B1 02/12/1999
0870 Dança faz sua estréia
no CCPRN
A Crítica Caderno Bem Viver B1 05/12/1999
0871 Secretários clamam
por nova cultura
A Crítica Caderno Bem Viver B3 19/12/1999
0872 CAUA abre inscrições
A Crítica Caderno Bem Viver B2 19/12/1999
0873 Secretaria faz planos
para 2000
A Crítica Caderno Bem Viver B3 26/12/1999
156
2000
ID
CONTEÚDO
OU
TÍTULO
JORNAL
EDITORIA
PÁGINA
DATA
0874
Política Cultural 2000
A Crítica
Caderno Bem Viver
B1
02/01/2000
0875 Cursos de dança em
janeiro
A Crítica Caderno Bem Viver B5 04/01/2000
0876 Sesi oferece oficinas A Crítica Caderno Bem Viver B4 09/01/2000
0877 Solte o corpo nestas
férias
A Crítica Caderno Bem Viver B4 19/01/2000
0878 Aberta a temporada
cultural
A Crítica Caderno Bem Viver B1 08/02/2000
0879 Programação cultural
2000
A Crítica Caderno Bem Viver B1 22/02/2000
0880 Cursos Cláudio
Santoro
A Crítica Caderno Bem Viver B5 29/02/2000
0881 Ballet Bolshoi A Crítica Caderno Bem Viver B4 16/03/2000
0882 Cursos do CAUA A Crítica Caderno Bem Viver B5 19/03/2000
0883 A língua e a dança A Crítica Caderno Bem Viver B4 24/03/2000
0884 Ritmos de dança /
dança livre
A Crítica Caderno Bem Viver B5 30/03/2000
0885 Dançando no Mindu A Crítica Caderno Bem Viver B4 16/04/2000
0886 A dança dos véus A Crítica Caderno Bem Viver B7 21/04/2000
0887 Festival de Ópera A Crítica Caderno Bem Viver B1 23/04/2000
0888 Detalhes de uma
grande arte
A Crítica Caderno Bem Viver B1 03/05/2000
0889 Ballet da Dinamarca A Crítica Caderno Bem Viver B1 13/05/2000
0890 Cia 1
o
Ato A Crítica Caderno Bem Viver B1 03/06/2000
0891 CDA
A Crítica Caderno Bem Viver B4 04/06/2000
0892 Corpo de Dança do
Amazonas, a força do
corpo em movimento
A Crítica Caderno Bem Viver B1 08/06/2000
0893 Marcelo Mourão A Crítica Caderno Bem Viver B1 27/06/2000
0894 Cursos do CAUA A Crítica Caderno Bem Viver B3 28/06/2000
0895 Balé da Dinamarca A Crítica Caderno Bem Viver B1 11/07/2000
0896 Dança egípcia e árabe A Crítica Caderno Bem Viver B7 21/07/2000
0897 Solos, duos e trios do
Gedam
A Crítica Caderno Bem Viver B2 22/07/2000
0898 Cursos Cláudio
Santoro
A Crítica Caderno Bem Viver B4 23/07/2000
0899 CAUA convida para
dançar
A Crítica Caderno Bem Viver B4 05/08/2000
157
0890 Produção e marketing
cultural no CAUA
A Crítica Caderno Bem Viver B4 16/08/2000
0891 Cenacidade CDA A Crítica Caderno Bem Viver B3 03/09/2000
0892 Fecani A Crítica Caderno Bem Viver B1 07/09/2000
0893 Espaço para novos
bailarinos
A Crítica Caderno Bem Viver B5 14/09/2000
0894 Projeto Cenacidade A Crítica Caderno Bem Viver B11 20/10/2000
0895 Festival Folclórico A Crítica Caderno Bem Viver B12 20/10/2000
0896 Ballet da Barra A Crítica Caderno Bem Viver B7 27/10/2000
0897 Para Cultura e
Turismo
A Crítica Caderno Bem Viver B1 07/11/2000
0898 O embalo de um amor
(folclore)
A Crítica Caderno Bem Viver B2 14/11/2000
0899 Mostra Nilton Lins A Crítica Caderno Bem Viver B2 12/11/2000
0900 Cenacidade A Crítica Caderno Bem Viver
0901 Prefeito quer a cultura
popular
A Crítica Caderno Bem Viver B3 26/11/2000
0902 O Secretário antenado A Crítica Caderno Bem Viver B1 03/12/2000
0903 Viva Chiquinha!
(Rezende)
A Crítica Caderno Bem Viver B3 03/12/2000
0904 Raça: o fruto do
trabalho de Arnaldo
Peduto
A Crítica Caderno Bem Viver B2 09/12/2000
0905 Projetos Culturais A Crítica Caderno Bem Viver B3 10/12/2000
0906 Mistura de artes no
CAUA
A Crítica Caderno Bem Viver B2 14/12/2000
0907 V Festival Amazonas
de Ópera
A Crítica Caderno Bem Viver B2 19/12/2000
158
ANEXO C – CD/Hemeroteca digital
1980
Anexo A – ID 0001
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 18/03/1980
Página: 10
Caderno/Seção: Colunismo Social: Eles e Elas (Marina Nunes)
Anexo A – ID 0002
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 07/04/1980
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo: Baby
Anexo A – ID 0003
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 18/04/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II
Anexo A – ID 0004
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 27/04/1980
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0005
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 04/05/1980
Página: 11
Caderno/Seção: Colunismo: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0006
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 13/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0007
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 14/05/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0008
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 15/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0009
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 15/05/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0010
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 15/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0011
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 16/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II – Críticas na A Crítica (Eça de Assis)
Anexo A – ID 0012
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 17/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0013
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 17/05/1980
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0014
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 22/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0015
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 27/05/1980
Página: 10
Caderno/Seção: Eles e Elas (Marina Nunes)
Anexo A – ID 0016
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 28/05/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0017
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 04/06/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0018
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 05/06/1980
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0019
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 05/06/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0020
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 06/06/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0021
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 06/06/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0022
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 11/06/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0023
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 11/06/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Caderno II: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0024
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 13/06/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0025
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 11/12/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0026
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 15/12/1980
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo: Coisas do circuito (Baby)
Anexo A – ID 0027
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 20/12/1980
Página: 01
Caderno/Seção: Gente (Gil)
Anexo A – ID 0028
Veículo: Jornal “A Crítica”
Data: 22/12/1980
Página: 03
Caderno/Seção: Colunismo: Coisas do circuito (Baby)
1981
Anexo A – ID 0029
Veículo: A Crítica
Data: 12/02/1981
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0030
Veículo: A Crítica
Data: 12/03/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0031
Veículo: A Crítica
Data: 17/05/1981
Página: 04
Caderno/Seção: Suplemento Vida (Curiosidade)
Anexo A – ID 0032
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 20/05/1981
Página: 04
Caderno/Seção: Geral
Anexo A – ID 0033
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 17/061981
Página: 03
Caderno/Seção: Cad. 1 Cidade
Anexo A – ID 0034
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 27/08/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Cad. 2 Geral
Anexo A – ID 0035
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 28/08/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Caderno 1 Cidade
Anexo A – ID 0036
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 09/10/1981
Página: 17
Caderno/Seção: Geral
Anexo A – ID 0037
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 10/10/1981
Página: 01
Caderno/Seção: Capa
Anexo A – ID 0038
Veículo: A Crítica
Data: 27/11/1981
Página:
Caderno/Seção: Esporte
Anexo A – ID 0039
Veículo: A Crítica
Data: 29/11/1981
Página:
Caderno/Seção: Suplemento Vida (Colunismo)
Anexo A – ID 0040
Veículo: A Notícia
Data: 04/12/1981
Página: 06
Caderno/Seção: Caderno 2. Colunismo Social (Carlos Aguiar)
Anexo A – ID 0041
Veículo: A Crítica
Data: 07/12/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0042
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 08/12/1981
Página: 20
Caderno/Seção:
Anexo A – ID 0043
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 10/12/1981
Página: 04
Caderno/Seção: Opinião Colunismo Social: De frente De perfil
Anexo A – ID 0044
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 11/12/1981
Página: 13
Caderno/Seção: Geral
Anexo A – ID 0045
Veículo: A Crítica
Data: 11/12/1981
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0046
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 13/12/1981
Página: 16
Caderno/Seção: Édson Almeida (assinada)
Anexo A – ID 0047
Veículo: A Notícia
Data: 13/12/1981
Página: 07
Caderno/Seção: 2
o
Caderno Colunismo Social (Carlos Aguiar)
Anexo A – ID 0048
Veículo: A Notícia
Data: 15/12/1981
Página: 06
Caderno/Seção: 2
o
Caderno Colunismo Social (Carlos Aguiar)
Anexo A – ID 0049
Veículo: A Crítica
Data: 15/12/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0050
Veículo: A Notícia
Data: 16/12/1981
Página: 06
Caderno/Seção: 2
o
Caderno Colunismo Social (Carlos Aguiar)
Anexo A – ID 0051
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 18/12/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Caderno Política
Anexo A – ID 0052
Veículo: A Notícia
Data: 18/12/1981
Página: 06
Caderno/Seção: 2
o
Caderno Colunismo Social (Carlos Aguiar)
Anexo A – ID 0053
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 19/12/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0054
Veículo: A Crítica
Data: 19/12/1981
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social Gente Gil
Anexo A – ID 0055
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 19/12/1981
Página: 21
Caderno/Seção: Aqui Arte
Anexo A – ID 0056
Veículo: A Crítica
Data: 20/12/1981
Página: 04
Caderno/Seção: Caderno Vida Arte
Anexo A – ID 0057
Veículo: A Crítica
Data: 20/12/1981
Página: 04
Caderno/Seção: Caderno Vida Arte
Anexo A – ID 0058
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 22/12/1981
Página: 02
Caderno/Seção: Opinião
Anexo A – ID 0059
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 24/12/1981
Página: 15
Caderno/Seção: Aqui Arte
Anexo A – ID 0060
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 24/12/1981
Página: 15
Caderno/Seção: Notas Soltas
Anexo A – ID 0059
Veículo: A Crítica
Data: 31/12/1981
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
1982
Anexo A – ID 0060
Veículo: A Crítica
Data: 03/01/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0061
Veículo: A Crítica
Data: 07/03/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0062
Veículo: A Crítica
Data: 19/04/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0063
Veículo: A Crítica
Data: 01/07/1982
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0064
Veículo: A Crítica
Data: 10/07/1982
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0065
Veículo: A Crítica
Data: 24/07/1982
Página: 05
Caderno/Seção: Revista Nacional
Anexo A – ID 0066
Veículo: A Crítica
Data: 12/08/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0067
Veículo: A Crítica
Data: 13/08/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0068
Veículo: A Crítica
Data: 09/09/1982
Página: Não identificada
Caderno/Seção: Colunismo Social Gente Gil
Anexo A – ID 0068
Veículo: A Crítica
Data: 19/09/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0069
Veículo: A Crítica
Data: 19/09/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Revista Nacional
Anexo A – ID 0070
Veículo: A Crítica
Data: 03/12/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Revista Nacional
Anexo A – ID 0071
Veículo: A Crítica
Data: 07/12/1982
Página: 02
Caderno/Seção: Esporte
Anexo A – ID 0072
Veículo: A Crítica
Data: 10/12/1982
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social
Anexo A – ID 00723
Veículo: A Crítica
Data: 12 a 19/12/1982
Página: 07
Caderno/Seção: Revista Nacional
Anexo A – ID 0074
Veículo: A Crítica
Data: 12 a 19/12/1982
Página: 07
Caderno/Seção: Revista Nacional
Anexo A – ID 0074
Veículo: A Crítica
Data: 14/12/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0076
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 17/12/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0077
Veículo: A Crítica
Data: 19/12/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0078
Veículo: A Crítica
Data: 22/12/1982
Página: 02
Caderno/Seção: Esporte
Anexo A – ID 0079
Veículo: A Crítica
Data: 26/12/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0080
Veículo: A Crítica
Data: 28/12/1982
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
1983
Anexo A – ID 0081
Veículo: A Crítica
Data: 16/01/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Fragmentos
Anexo A – ID 0082
Veículo: A Crítica
Data: 24/01/1983
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social. Coisa dos circuitos. (Baby)
Anexo A – ID 0083
Veículo: A Crítica
Data: 06/02/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Revista Nacional. Fragmentos
Anexo A – ID 0084
Veículo: A Crítica
Data: 14/02/1983
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0085
Veículo: A Crítica
Data: 06/03/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Revista Nacional. Fragmentos
Anexo A – ID 0086
Veículo: A Crítica
Data: 13/03/1983
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0087
Veículo: A Crítica
Data: 10/04/1983
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0088
Veículo: A Crítica
Data: 01/05/1983
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0089
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 01/06/1983
Página: 12
Caderno/Seção: Geral
Anexo A – ID 0090
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 02/06/1983
Página: 10
Caderno/Seção: Geral
Anexo A – ID 0091
Veículo: A Crítica
Data: 03/06/1983
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0092
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 14/08/1983
Página: 12
Caderno/Seção: Variedades
Anexo A – ID 0093
Veículo: A Crítica
Data: 08/10/1983
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0094
Veículo: A Crítica
Data: 30/10/1983
Página: 10
Caderno/Seção: Revista Nacional
Anexo A – ID 0095
Veículo: A Crítica
Data: 05/11/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Gente Gil
Anexo A – ID 0096
Veículo: A Crítica
Data: 07/11/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Gente Gil
Anexo A – ID 0097
Veículo: A Crítica
Data: 12/11/1983
Página: 08
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0098
Veículo: A Crítica
Data: 18/11/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades Gente Gil
Anexo A – ID 009
Veículo: A Crítica
Data: 20/11/1983
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0100
Veículo: A Crítica
Data: 23/11/1983
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0101
Veículo: A Crítica
Data: 26/11/1983
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0102
Veículo: A Crítica
Data: 12/12/1983
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades Baby
Anexo A – ID 0103
Veículo: A Crítica
Data: 27/12/1983
Página: 10
Caderno/Seção: Revista Nacional. Badalações
Anexo A – ID 0104
Veículo: NI
Data: 23/10/1983
Página: 20
Caderno/Seção: Cena Aberta (Gerson Albano)
1984
Anexo A – ID 0105
Veículo: A Crítica
Data: 08/01/1984
Página: 10
Caderno/Seção: Revista Nacional. Coluna Stars Only Stars.
Anexo A – ID 0106
Veículo: A Crítica
Data: 12/02/1984
Página: 02
Caderno/Seção: Revista Nacional. Calidoscópio. Corpo de baile. (Leyla Leong)
Anexo A – ID 0107
Veículo: A Crítica
Data: 20/03/1984
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0108
Veículo: A Crítica
Data: 04/04/1984
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0109
Veículo: A Crítica
Data: 15/05/1984
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Gente Gil.
Anexo A – ID 0110
Veículo: A Crítica
Data: 18/05/1984
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0111
Veículo: A Crítica
Data: 02/06/1984
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0112
Veículo: A Crítica
Data: 04/06/1984
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0113
Veículo: A Crítica
Data: 05/06/1984
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0114
Veículo: A Crítica
Data: 07/06/1984
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0115
Veículo: A Crítica
Data: 22/06/1984
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0116
Veículo: A Crítica
Data: 30/06/1984
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0117
Veículo: A Crítica
Data: 02/08/1984
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0118
Veículo: A Crítica
Data: 10/08/1984
Página: 06
Caderno/Seção: Variedades. Gente Gil.
Anexo A – ID 0119
Veículo: A Crítica
Data: 19/10/1984
Página: 01
Caderno/Seção: Primeira página
Anexo A – ID 0120
Veículo: A Crítica
Data: 19/10/1984
Página: 02
Caderno/Seção: Últimas
Anexo A – ID 0121
Veículo: A Crítica
Data: 07/11/1984
Página: 06
Caderno/Seção: Variedades. Gente Gil.
* Só a referência. Apresentação da Academia do Rezende
Anexo A – ID 0122
Veículo: A Crítica
Data: 12/11/1984
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Baby
Anexo A – ID 0123
Veículo: A Crítica
Data: 17/11/1984
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0124
Veículo: A Crítica
Data: 18/11/1984
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0125
Veículo: A Crítica
Data: 02/12/1984
Página: 05
Caderno/Seção: Revista Nacional. Stars Only Stars
Anexo A – ID 0126
Veículo: A Crítica
Data: 14/12/1984
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0127
Veículo:
Data: 1984
Página:
Caderno/Seção:
1985
Anexo A – ID 0128
Veículo:
A Crítica
Data: 18/03/1985
Página: C3
Caderno/Seção: Caderno C
Anexo A – ID 0129
Veículo:
A Crítica
Data: 31/03/1985
Página: 04
Caderno/Seção: Caderno C
Anexo A – ID 0130
Veículo:
Jornal do Comércio
Data: 21/04/1985
Página: NI
Caderno/Seção: Caderno 3
Anexo A – ID 0131
Veículo:
Jornal do Comércio
Data: 28/04/1985
Página: 04
Caderno/Seção: Artes
Anexo A – ID 00132
Veículo:
Jornal do Comércio
Data: 11/05/1985
Página: NI
Caderno/Seção: Caderno 3 (Eleonora de Paula Dias)
Anexo A – ID 00133
Veículo:
A Crítica
Data: 16/05/1985
Página: 11
Caderno/Seção: Esporte
Anexo A – ID 0134
Veículo:
A Crítica
Data: 17/05/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0135
Veículo:
A Crítica
Data: 20/05/1985
Página: C5
Caderno/Seção: Caderno C5
Anexo A – ID 00136
Veículo:
A Crítica
Data: 23/06/1985
Página: 13
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0137
Veículo:
A Crítica
Data: 24/06/1985
Página:
Caderno/Seção: Caderno C 3
Anexo A – ID 0138
Veículo:
A Crítica
Data: 24/06/1985
Página:
Caderno/Seção: Caderno C 3
Anexo A – ID 0139
Veículo:
A Crítica
Data: 04/07/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0140
Veículo:
A Crítica
Data: 05/07/1985
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0141
Veículo:
Data:
Página:
Caderno/Seção:
* Somente a referência. Nas “Horas de Estudo”, a transa do corpo
Anexo A – ID 0142
Veículo:
A Crítica
Data: 10/08/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0143
Veículo:
A Crítica
Data: 17/08/1985
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0144
Veículo:
A Crítica
Data: 06/09/1985
Página: 08
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0145
Veículo:
A Crítica
Data: 09/09/1985
Página: 05
Caderno/Seção: Caderno C
Anexo A – ID 0146
Veículo:
A Crítica
Data: 12/09/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0147
Veículo:
A Crítica
Data: 13/09/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Internacional
Anexo A – ID 0148
Veículo:
A Crítica
Data: 14/09/1985
Página: 08
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0149
Veículo:
A Crítica
Data: 15/09/1985
Página: 13
Caderno/Seção: Internacional
Anexo A – ID 0150
Veículo:
A Crítica
Data: 24/09/1985
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0151
Veículo:
A Crítica
Data: 29/09/1985
Página: 11
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0152
Veículo:
A Crítica
Data: 18/10/1985
Página: 08
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0153
Veículo:
A Crítica
Data: 24/10/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0154
Veículo:
A Crítica
Data: 27/10/1985
Página: 09
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0155
Veículo:
A Crítica
Data: 31/10/1985
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0156
Veículo:
A Crítica
Data: 13/12/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0157
Veículo:
A Crítica
Data: 13/12/1985
Página: 06
Caderno/Seção: Variedades
Anexo A – ID 0159
Veículo:
A Crítica
Data: 15/12/1985
Página: 11
Caderno/Seção: Cidade
1986
Anexo A – ID 0160
Veículo: A Crítica
Data: 12/01/1986
Página: 10
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0161
Veículo: A Crítica
Data: 18/01/1986
Página: 10
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0162
Veículo: A Crítica
Data: 22/01/1986
Página: 11
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0163
Veículo: A Crítica
Data: 31/01/1986
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0164
Veículo: A Crítica
Data: 29/04/1986
Página: 10
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0165
Veículo: A Crítica
Data: 26/05/1986
Página: 04
Caderno/Seção: Colunismo Social (Baby)
Anexo A – ID 0166
Veículo: A Crítica
Data: 13/06/1986
Página: 11
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0167
Veículo: A Crítica
Data: 14/06/1986
Página: 12
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0168
Veículo: A Crítica
Data: 20/07/1986
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0169
Veículo: A Crítica
Data: 15/08/1986
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0170
Veículo: A Crítica
Data: 14/09/1986
Página: 08
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0171
Veículo: A Crítica
Data: 16/09/1986
Página: 12
Caderno/Seção: Internacional
Anexo A – ID 0172
Veículo: A Crítica
Data: 20/09/1986
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0173
Veículo: A Crítica
Data: 01/10/1986
Página: 12
Caderno/Seção: Nacional
Anexo A – ID 0174
Veículo: A Crítica
Data: 06/10/1986
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0175
Veículo: A Crítica
Data: 23/10/1986
Página: 06
Caderno/Seção: FUM
Anexo A – ID 0176
Veículo: A Crítica
Data: 31/10/1986
Página: 12
Caderno/Seção: Nacional
Anexo A – ID 0177
Veículo: A Crítica
Data: 02/11/1986
Página: 08
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0178
Veículo: A Crítica
Data: 12/11/1986
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0179
Veículo: A Crítica
Data: 18/11/1986
Página: 12
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0180
Veículo: A Crítica
Data: 29/11/1986
Página: 12
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0181
Veículo: A Crítica
Data: 06/12/1986
Página: 08
Caderno/Seção: NI
Anexo A – ID 0182
Veículo: A Crítica
Data: 07/12/1986
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade. Mostra Estudantil.
Anexo A – ID 0183
Veículo: A Crítica
Data: 07/12/1986
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0184
Veículo: A Crítica
Data: 20/12/1986
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
1987
Anexo A – ID 0185
Veículo: A Crítica
Data: 05/01/1987
Página: 11
Caderno/Seção: Variedades
Anexo A – ID 0186
Veículo: A Crítica
Data: 10/01/1987
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0187
Veículo: A Crítica
Data: 15/02/1987
Página: 12
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0188
Veículo: NI (acho que é A Crítica)
Data: 20/04/1987
Página: NI
Caderno/Seção: NI (acervo Marta/ matéria incompleta)
Anexo A – ID 0189
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 10/05/1987
Página: 04-05
Caderno/Seção: Suplemento JC
Anexo A – ID 0190
Veículo: A Crítica
Data: 16/05/1987
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0191
Veículo: A Crítica
Data: 06/06/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0192
Veículo: A Crítica
Data: 11/06/1987
Página: 10
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0193
Veículo: A Crítica
Data: 29/06/1987
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0194
Veículo: A Crítica
Data: 17/07/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0195
Veículo: A Crítica
Data: 27/08/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Variedades
Anexo A – ID 0196
Veículo: A Crítica
Data: 27/08/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0197
Veículo: A Crítica
Data: 29/08/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0198
Veículo: A Crítica
Data: 17/09/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Variedades. Gente.
Anexo A – ID 0199
Veículo: A Crítica
Data: 04/10/1987
Página: NI
Caderno/Seção: Última Página. Seduc presente.
Anexo A – ID 0200
Veículo: A Crítica
Data: 05/11/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0201
Veículo: A Crítica
Data: 16/11/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0202
Veículo: A Crítica
Data: 21/11/1987
Página: 08
Caderno/Seção: Colunismo Social. Am Ram!
Anexo A – ID 0203
Veículo: A Crítica
Data: 22/11/1987
Página: 09
Caderno/Seção: Variedades. Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0204
Veículo: A Crítica
Data: 28/11/1987
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0205
Veículo: A Crítica
Data: 01/12/1987
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0206
Veículo: A Crítica
Data: 04/12/1987
Página: NI
Caderno/Seção: Am Ram!
Anexo A – ID 0207
Veículo: A Crítica
Data: 04/12/1987
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0208
Veículo: A Crítica
Data: 13/12/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0209
Veículo: A Crítica
Data: 15/12/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0210
Veículo: A Crítica
Data: 18/12/1987
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
1988
Anexo A – ID 0211
Veículo: A Crítica
Data: 17/01/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0212
Veículo: A Crítica
Data: 17/01/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0213
Veículo: A Crítica
Data: 10/02/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0214
Veículo: A Crítica
Data: 24/02/1988
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0215
Veículo: A Crítica
Data: 04/03/1988
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente. Novos Cursos.
Anexo A – ID 0216
Veículo: A Crítica
Data: 16/03/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil. Surge novo palco.
Anexo A – ID 0217
Veículo: A Crítica
Data: 07 ou 17 /03/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Variedades
Anexo A – ID 0218
Veículo: A Crítica
Data: 18 /03/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0219
Veículo: A Notícia
Data: 20 /03/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0220
Veículo: A Crítica
Data: 25 /03/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0221
Veículo: A Crítica
Data: 04 /04/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0222
Veículo: A Crítica
Data: 07/04/1988
Página: 09
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil.
Anexo A – ID 0223
Veículo: A Crítica
Data: 09/04/1988
Página: 07
Caderno/Seção: Variedades. Gente.
Anexo A – ID 0224
Veículo: A Crítica
Data: 11/04/1988
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Baby.
Anexo A – ID 0225
Veículo: A Crítica
Data: 11/04/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0226
Veículo: A Crítica
Data: 22/04/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0227
Veículo: A Crítica
Data: 26/04/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0228
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 06/05/1988
Página: 19
Caderno/Seção: Momento
Anexo A – ID 0229
Veículo: A Crítica
Data: 08/05/1988
Página: NI
Caderno/Seção: Colunismo Social
Anexo A – ID 0230
Veículo: A Crítica
Data: 10/05/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social
Anexo A – ID 0231
Veículo: A Crítica
Data: 10/05/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0232
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 12/05/1988
Página: 17
Caderno/Seção: Momento
Anexo A – ID 0233
Veículo: Amazonas em Tempo
Data: 12/05/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0234
Veículo: A Notícia
Data: 12/05/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0235
Veículo: A Notícia
Data: 12/05/1988
Página: 08
Caderno/Seção: Sociedade. Carlos Aguiar.
Anexo A – ID 0236
Veículo: A Crítica
Data: 12/05/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0237
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 18/05/1988
Página: 19
Caderno/Seção: Momento. Acontece.
Anexo A – ID 0238
Veículo: A Crítica
Data: 18/05/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0239
Veículo: Jornal do Comércio
Data: 20/05/1988
Página: 17
Caderno/Seção: Momento.
Anexo A – ID 0240
Veículo: A Crítica
Data: 27/05/1988
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0241
Veículo: A Crítica
Data: 30/05/1988
Página: 09
Caderno/Seção: Cultura
Anexo A – ID 0242
Veículo: A Crítica
Data: 27/06/1988
Página: 09
Caderno/Seção: Cultura
Anexo A – ID 0243
Veículo: A Crítica
Data: 09/071988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0244
Veículo: A Crítica
Data: 22/071988
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0245
Veículo: A Crítica
Data: 30/071988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0246
Veículo: A Crítica
Data: 31/071988
Página: 09
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente. Destaques.
Anexo A – ID 0247
Veículo: A Crítica
Data: 28/081988
Página: 09
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil.
Anexo A – ID 0248
Veículo: A Crítica
Data: 28/081988
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0249
Veículo: A Crítica
Data: 09/10/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0250
Veículo: A Crítica
Data: 09/10/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0251
Veículo: A Crítica
Data: 13/10/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0252
Veículo: A Crítica
Data: 17/10/1988
Página: 04
Caderno/Seção: Colunismo Social. Coisas dos Circuitos.
Anexo A – ID 0253
Veículo: A Crítica
Data: 12/11/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0254
Veículo: A Crítica
Data: 03/12/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0255
Veículo: A Crítica
Data: 13/12/1988
Página: 11
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0256
Veículo: A Crítica
Data: 14/12/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0257
Veículo: A Crítica
Data: 14/12/1988
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social
Anexo A – ID 0258
Veículo: A Crítica
Data: 19/12/1988
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
1989
Anexo A – ID 0259
Veículo: A Crítica
Data: 01/02/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0260
Veículo: A Crítica
Data: 02/03/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0261
Veículo: A Crítica
Data: 22/03/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0262
Veículo: A Crítica
Data: 07/05/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0263
Veículo: A Crítica
Data: 20/05/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil.
Anexo A – ID 0264
Veículo: A Crítica
Data: 22/05/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Especial. Sérgio Lopes.
Anexo A – ID 0265
Veículo: A Crítica
Data: 23/05/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade. Dança do Prazer.
Anexo A – ID 0266
Veículo: A Crítica
Data: 23/05/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade.
Anexo A – ID 0267
Veículo: A Crítica
Data: 25/05/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade.
Anexo A – ID 0268
Veículo: A Crítica
Data: 06/06/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0269
Veículo: A Crítica
Data: 07/06/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0270
Veículo: A Crítica
Data: 13/06/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0271
Veículo: A Crítica
Data: 17/06/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0272
Veículo: A Crítica
Data: 30/07/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0273
Veículo: A Crítica
Data: 02/08/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0274
Veículo: A Crítica
Data: 10/08/1989
Página: 10
Caderno/Seção: Variedades. Clube do Cricri. Luciete Batista
Anexo A – ID 0275
Veículo: A Crítica
Data: 17/08/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0276
Veículo: A Crítica
Data: 18/08/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0277
Veículo: A Crítica
Data: 15/09/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 00278
Veículo: A Crítica
Data: 27/09/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente. Destaques.
Anexo A – ID 0279
Veículo: A Crítica
Data: 10/10/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social.
Anexo A – ID 0280
Veículo: A Crítica
Data: 11/10/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil.
Anexo A – ID 0281
Veículo: A Crítica
Data: 12/10/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0282
Veículo: A Crítica
Data: 05/11/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0283
Veículo: A Crítica
Data: 22/11/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente.
Anexo A – ID 0284
Veículo: A Crítica
Data: 24/11/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gente. No Palco
Anexo A – ID 0285
Veículo: A Crítica
Data: 11/12/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0286
Veículo: A Crítica
Data: 11/12/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0287
Veículo: A Crítica
Data: 12/12/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0288
Veículo: A Crítica
Data: 13/12/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil.
Anexo A – ID 0289
Veículo: A Crítica
Data: 13/12/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Colunismo Social. Gil.
Anexo A – ID 0290
Veículo: A Crítica
Data: 15/12/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0291
Veículo: A Crítica
Data: 17/12/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0292
Veículo: Amazonas em Tempo
Data: 19/12/1989
Página: 04
Caderno/Seção: Cultura. 3
o
Caderno.
Anexo A – ID 0293
Veículo: A Crítica
Data: 20/12/1989
Página: 05
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 00294
Veículo: Amazonas em Tempo
Data: 20/12/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade. 2
o
Caderno.
Anexo A – ID 0295
Veículo: A Crítica
Data: 21/12/1989
Página: 03
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0296
Veículo: A Notícia
Data: 21/12/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0297
Veículo: A Notícia
Data: 21/12/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0298
Veículo: A Notícia
Data: 21/12/1989
Página: 08
Caderno/Seção: Geral
Anexo A – ID 0299
Veículo: A Crítica
Data: 22/12/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0300
Veículo: A Notícia
Data: 22/12/1989
Página: 07
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0301
Veículo: A Crítica
Data: 22/12/1989
Página: 11
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0302
Veículo: A Notícia
Data: 22/12/1989
Página: 02
Caderno/Seção: Cultura. Teatro.
Anexo A – ID 0303
Veículo: Amazonas em Tempo
Data: 22/12/1989
Página: 01
Caderno/Seção: Cultura em dia. 3
o
Caderno. George Cúrcio.
Anexo A – ID 0304
Veículo: A Crítica
Data: 23/12/1989
Página: 06
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0305
Veículo: Amazonas em Tempo
Data: 23/12/1989
Página: 02
Caderno/Seção: Cidade
Anexo A – ID 0306
Veículo: Amazonas em Tempo
Data: 23/12/1989
Página: 04
Caderno/Seção: Cultura. 3
o
Caderno. Sétima Mostra.
Anexo A – ID 0307
Veículo: A Notícia
Data: 27/12/1989
Página: 02
Caderno/Seção: Cultura
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