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Considere-se inicialmente o padrão da trajetória em AT. Na velocidade escolhida
pelos indivíduos, a trajetória do CM apresentou as mesmas características já observadas na
literatura.
A trajetória do CM durante a marcha em AT neste estudo, apresentou uma curva
aproximadamente sinusoidal com excursão vertical média de 3,5 cm. Valores semelhantes são
encontrados na literatura clássica, como por exemplo Inman, Ralston e Todd (1998), que
apresentam uma excursão vertical de 5cm na velocidade usual da marcha, Perry (2005) aponta
uma excursão vertical de 2,3 cm. Em particular, podemos ressaltar a concordância entre o
valor da excursão vertical encontrado neste estudo e o obtido por Gard, Miff e Kuo (2004).
Estes autores estudaram o comportamento do CM durante a marcha em diferentes
velocidades. Na velocidade de 1,2 m/s, que é a mais próxima do valor observado neste estudo,
obtiveram uma excursão vertical média de 3,5 cm.
O CM em AT atingiu altura máxima a 32% do ciclo da marcha, que corresponde a
64% do passo. Segundo a literatura clássica, o ponto mais alto da curva do CM acontece na
metade da fase de apoio, referente ao apoio médio, isto corresponde aproximadamente a 31%
do ciclo da marcha (PERRY, 2005; INMAN; RALSTON; TODD ,1998). Além disso no
estudo de Gard, Miff e Kuo (2004) o máximo da curva da posição vertical do CM a uma
velocidade de 1,2m/s, acontece a aproximadamente 60% do passo, ou seja 30% da passada.
Observando as variáveis D
x1
e D
x2
(Figura 32 e 33), e considerando que o quinto
metatarso e/ou maléolo respectivamente representam o ponto de apoio, seu comportamento
mostra que no início do passo, o CM está atrás do ponto de apoio e no final está a frente deste
ponto. O CM passa por sobre o maléolo a 32% do ciclo da marcha e sobre o quinto metatarso
a 34% do ciclo da marcha. Diante disso, observa-se que o CM atinge a altura máxima no
momento em que está passando sobre o maléolo e alguns instantes depois passa pelo quinto
metatarso. Estes comportamentos estão de acordo com o esperado, considerando o padrão
normal da marcha.
A curva do deslocamento vertical do CM em AT (Figuras 26a e 27) apresentou a
forma sinusoidal como descrita na literatura clássica (PERRY, 2005; INMAN; RALSTON;
TODD ,1998, WINTER, 2005). A forma sinusoidal assimétrica obtida neste estudo é muito
semelhante à do estudo de Gard, Miff e Kuo (2004) a uma velocidade de 1,2m/s (Figura 11).
Em resumo para AT, o padrão da trajetória do CM que foi identificado neste trabalho
é praticamente o mesmo ao descrito na literatura.
Em ambiente aquático, a excursão média vertical do CM apresentou 3,3 cm, que
apesar de ser menor que o valor médio encontrado em solo, esta diferença entre as excursões