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INSTITUTO AGRONÔMICO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA
TROPICAL E SUBTROPICAL
TOLERÂNCIA DE Saccharum spp., Ricinus communis E
Luffa aegyptiaca A HERBICIDAS UTILIZADOS NA
CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR
FABRÍCIO SIMONE ZERA
Orientador: Carlos Alberto Mathias Azania
Dissertação submetida como requisito
parcial para obtenção do grau de Mestre
em Agricultura Tropical e Subtropical,
Área de concentração em Tecnologia da
Produção Agrícola
Campinas, SP
2010
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Ficha elaborada pela bibliotecária do Núcleo de Informação e Documentação
do Instituto Agronômico
Z58t Zera, Fabrício Simone
Tolerância de Saccharum spp., Ricinus communis e Luffa aegyptiaca a
herbicidas utilizados na cultura da cana-de-açúcar / Fabrício Simone
Zera. Campinas, 2010. 54 fls.
Orientador: Carlos Alberto Mathias Azania
Dissertação (Mestrado em Agricultura Tropical e Subtropical) - Instituto
Agronômico
1. Cana-de-açúcar. 2. Cana-de-açúcar - herbicidas. 3. Mamona
I. Azania, Carlos Alberto Mathias II. Título
CDD. 633.61
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ii
iii
A minha querida família,
pelo apoio e companheirismo durante todas as
etapas de meu trabalho, contribuindo assim
para meu sucesso profissional
DEDICO
A minha irmã Soraia, que juntos
conseguimos ir mais longe... pelo seu
apoio, compreensão, amor, que foram
fundamentais para chegar até aqui.
OFEREÇO
iv
AGRADECIMENTO
- Agradeço a Deus por iluminar e guiar meu caminho.
- A minha família pelo amor, estímulo e permanente companhia, em especial ao meu
pai João Carlos, tia Tereza e irmã Soraia.
- A minha mãe Ermelinda e avó Mercília (in memória) que de apesar de não estarem
por aqui, estão sempre presentes no meu coração.
- Ao pesquisador, professor, amigo e orientador Dr. Carlos Alberto Mathias Azania,
pelo incentivo, confiança, amizade, dedicação e ensinamentos que levarei para toda
minha vida profissional e pessoal e que sem dúvida nenhuma foram fundamentais para
minha carreira profissional.
- Ao Centro de Cana, em especial ao Dr. Marcos Guimarães de Andrade Landell pelo
apoio ao trabalho.
- A Fundag, pela bolsa de estudo fornecida pela realização deste trabalho.
- Aos pesquisadores e professores do Instituto Agronômico, que contribuíram para
realização do Curso de Pós-Graduação, em especial ao Dr. Eduardo Caruso Machado,
Dr. Rafael Vasconcelos Ribeiro e Dr. Maurílio Monteiro Terra
- Aos funcionários da Pós-Graduação do Instituto Agronômico pela dedicação e
profissionalismo na realização de seus trabalhos, em especial a Adilza, Célia e Beth.
- Aos meus amigos pós-graduandos do Instituto Agronômico pelo companheirismo,
em especial ao Eduardo (Cajuru), Zeca e Paulo (Ponteiro).
- A todos os meus amigos, que passaram por minha vida e que de alguma forma
contribuíram para a realização deste trabalho.
- A Dra. Maria do Carmo de Salvo Soares Novo (pesquisadora do IAC) e ao Professor
José Carlos Rolim (UFSCAR), integrantes da banca examinadora, pelas sugestões e
pelo tempo dedicado a assessoria do trabalho.
- Ao professor Dr. Pedro Luis da Costa Aguiar Alves da Universidade Estadual Dr.
Julio Mesquita, UNESP Jaboticabal, pelo empréstimo dos equipamentos para
avaliações do experimento.
- Aos técnicos da Centro de Cana do Instituto Agronômico, pela colaboração na
condução do meu trabalho e amizade, em especial ao Dorival Rodrigues e José
Roberto Cassoneli Junior.
- Aos meus amigos e estagiários do Centro de Cana do Instituto Agronômico, em
especial a Ana, Igor, Vitor, Cássia, Gilberto, Joseane, Ricardo.
v
- A minha prima Ana Maria pelo apoio e caronas oferecidas a Campinas.
- Ao Centro de Grão e Fibras do Instituto Agronômico pela doação das sementes de
mamona utilizadas no trabalho, em especial à pesquisadora Dr. Tammy Aparecida
Manabe Kiihl e ao pesquisador Dr. Amadeu Regitano Neto.
Muito Obrigado !
vi
BIOGRAFIA
FABRÍCIO SIMONE ZERA - nascido em 18 de Setembro de 1976 na cidade de
Batatais, São Paulo. Em 1997, ingressou na Universidade Federal de Viçosa UFV
Viçosa, no Curso de Agronomia, graduando-se como Engenheiro Agrônomo em
Março de 2003. Em Março de 2008, ingressou no programa de Pós-Graduação em
Agricultura Tropical e Subtropical (Tecnologia da Produção Agrícola), do Instituto
Agronômico de Campinas, onde concluiu o mestrado em 19 de março de 2010.
vii
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS............................................................................................
viii
ÍNDICE DE FIGURAS.............................................................................................
x
RESUMO..................................................................................................................
xi
ABSTRACT....................................................................................................................
xii
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................
1
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................
2
2.1 O Histórico da Cana-de-Açúcar.................................................................................
2
2.2 As Principais Características da Planta de Cana-de-Açúcar......................................
3
2.3 Seletividade e Mecanismo de Ação dos Herbicidas..................................................
4
2.4 Manejo de Plantas Daninhas em Cana-de-Açúcar...................................................
7
3 MATERIAL E MÉTODOS .........................................................................................
10
3.1 Experimento I –
Tolerância de Cultivares de Cana-de-Açúcar a Herbicidas
....................
10
3.1.1 Caracterização da Área Experimental....................................................................
10
3.1.2 Cultivares Utilizadas..............................................................................................
11
3.1.3 Herbicidas Utilizados.............................................................................................
12
3.1.4 Delineamento Experimental e Tratamentos...........................................................
14
3.1.5 Aplicação dos Herbicidas.......................................................................................
14
3.1.6 Variáveis Avaliadas................................................................................................
15
3.1.7 Análise Estatística...................................................................................................
16
3.2 Experimento II – Tolerância de Ricinus comunis e Luffa aegyptiaca a Herbicidas..
17
3.2.1 Espécies testadas.....................................................................................................
18
3.2.2 Caracterização dos Lotes de Sementes...................................................................
18
3.2.3 Delineamento Estatístico e Tratamentos.................................................................
19
3.2.4 Herbicidas Utilizados..............................................................................................
19
3.2.5 Aplicação dos Herbicidas.......................................................................................
20
3.2.6 Variáveis Avaliadas................................................................................................
20
3.2.6 Análise estatística....................................................................................................
20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................
21
4.1 Tolerância de Cultivares de Cana-de-Açúcar à Herbicidas.......................................
22
4.2 Tolerância de Cultivares de Ricinus communis e Luffa aegyptiaca à Herbicidas.....
34
4.2.1 Ricinus communis...................................................................................................
34
4.2.2 Luffa aegyptiaca......................................................................................................
43
5 CONCLUSÃO..............................................................................................................
46
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................
46
viii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Resultado da análise de fertilidade do solo da área
experimental, na profundidade de 0-20 cm. IAC, 2010...............
11
Tabela 2 - Tratamentos efetuados, nome comercial, concentração e
formulação, e doses (i.a. e p.c.) dos herbicidas utilizados no
experimento. IAC, 2010...............................................................
14
Tabela 3 - Escala percentual para avaliação dos sintomas visuais de
intoxicação nas plantas. IAC, 2010..............................................
15
Tabela 4 - Esquema utilizado para análise de variância e comparação de
médias das variáveis avaliadas. IAC, 2010..................................
17
Tabela 5 - Resultado da análise de fertilidade do solo da área
experimental, na profundidade de 0-20 cm. IAC, 2010...............
17
Tabela 6 - Esquema utilizado para análise de variância e comparação de
médias das variáveis avaliadas para R. communis. IAC, 2010....
21
Tabela 7 - Esquema utilizado para análise de variância e comparação de
médias das variáveis avaliadas para L. aegyptiaca. IAC, 2010...
21
Tabela 8 - Temperatura média e precipitação mensal histórica dos últimos
19 anos e observadas durante o período experimental. IAC,
2010..............................................................................................
22
Tabela 9 - Teor de clorofila total e índice de fluorescência das folhas de
diferentes cultivares de cana-de-açúcar influenciadas pela
aplicação de herbicidas em pós-emergência inicial da soqueira,
nas diferentes épocas de avaliação. IAC, 2010............................
27
Tabela 10 -
Desdobramento da análise de variância do teor de clorofila
total (UR) de diferentes cultivares de cana-de-açúcar
influenciadas pela aplicação de herbicidas em s-emergência
inicial das soqueiras aos 30 DAA. IAC, 2010.............................
28
Tabela 11 - Altura das plantas de diferentes cultivares de cana-de-açúcar
aferida aos 30, 90, 180 e 270 dias após aplicação (DAA) de
herbicidas em pós-emergência inicial da cultura. Instituto
Agronômico, 2010.......................................................................
31
Tabela 12 -
Estande e diâmetro médio dos colmos das plantas de diferentes
cultivares de cana-de-açúcar contabilizados após aplicação de
herbicidas em pós-emergência inicial da soqueira. IAC,
2010..............................................................................................
32
ix
Tabela 13 - Produtividade agrícola e variáveis tecnológicas de diferentes
cultivares de cana-de-açúcar aferidas aos 270 dias após
aplicação em pós-emergência inicial da soqueiras. IAC,
2010..............................................................................................
33
Tabela 14 - Germinação, índice de velocidade de emergência (IVE),
velocidade de emergência (VE), viabilidade e peso das
sementes de cada lote utilizado no experimento. IAC,
2010..............................................................................................
34
Tabela 15 - Desdobramento da análise de variância sobre o número de
plantas de R. communis, influenciadas pela aplicação de
herbicidas em pré-emergência aos 30 dias após aplicação. IAC,
2010..............................................................................................
42
Tabela 16 -
Altura e Massa seca das plantas de R. communis aos 30 dias
após aplicação de herbicidas em pré-emergência, IAC, 2010.....
43
Tabela 17 -
Número, Altura e Massa seca das plantas de L. aegyptiaca aos
30 dias após aplicação de herbicidas em pré-emergência. IAC,
2010..............................................................................................
46
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Fitotoxicidade dos herbicidas sulfentrazone, imazapic,
isoxaflutole, clomazone e ametryn + trifloxysulfuron-sodium,
aplicados em pós-emergência nas diferentes cultivares de cana-
de-açúcar aos 15, 30 e 60 dias após aplicação, médias de quatro
repetições. IAC, 2010..................................................................
24
Figura 2 - Branqueamento nas folhas jovens da cultivar IACSP 94-2101
de cana-de-açúcar tratada com clomazone em s-emergência
aos 15 dias após aplicação. IAC, 2010........................................
25
Figura 3 - Fitotoxicidade dos herbicidas sulfentrazone, imazapic,
isoxaflutole, clomazone e ametryn + trifloxysulfuron-sodium,
aplicados em pós-emergência nas diferentes genótipos de R.
communis aos 15 e 30 dias após aplicação, dias de quatro
repetições. IAC, 2010..................................................................
37
Figura 4 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em
pré-emergência sobre as plantas silvestres de Ricinus
communis aos 15 dias após aplicação. IAC, 2010.......................
38
Figura 5 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em
pré-emergência sobre as plantas de Ricinus communis IAC
Guarani aos 15 dias após aplicação. IAC, 2010...........................
39
Figura 6 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em
pré-emergência sobre as plantas de Ricinus communis IAC
80 aos 15 dias após aplicação. IAC, 2010...................................
40
Figura 7 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em
pré-emergência sobre as plantas de Ricinus communis IAC
2028 aos 15 dias após aplicação. IAC, 2010...............................
41
Figura 8 - Fitotoxicidade dos herbicidas sulfentrazone, imazapic,
isoxaflutole, clomazone e ametryn + trifloxysulfuron-sodium,
aplicados em pós-emergência nas diferentes genótipos de R.
communis aos 15 e 30 dias após aplicação, dias de quatro
repetições. IAC, 2010..................................................................
44
Figura 8 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em
pré-emergência sobre as plantas asselvajadas de Luffa
aegyptiaca aos 15 dias após aplicação. IAC, 2010......................
45
xi
ZERA, Fabrício Simone Tolerância de Saccharum spp.; Ricinus communis e Luffa
aegyptiaca a herbicidas utilizados na cultura da cana-de-açúcar. 2010. 54 f.
Dissertação (Mestrado em Tecnologia da Produção Agrícola) – Pós-Graduação – IAC.
RESUMO
A camada de palha sobre o solo, oriunda da colheita da cana-de-açúcar, é uma barreira
a germinação de plantas daninhas, proporcionando o aparecimento de espécies não
comuns, como Ricinus communis (mamona) e Luffa aegyptiaca (bucha). Nesse
contexto, objetivou-se avaliar a tolerância de cultivares de cana-de-açúcar, Ricinus
communis e Luffa aegyptiaca aos herbicidas sulfentrazone, imazapic, isoxaflutole,
clomazone e ametryn+trifloxysulfuron-sodiun. No primeiro experimento utilizou-se a
testemunha e os herbicidas sulfentrazone (800 g ha
-1
), imazapic (147 g ha
-1
),
isoxaflutole (112 g ha
-1
), clomazone (1100 g ha
-1
) e ametryn (1460 g ha
-1
) +
trifloxysulfuron-sodium (37 g ha
-1
) sobre as soqueiras do terceiro corte das cultivares
IACSP94-2094, IACSP94-2101, IACSP93-3046, IACSP94-4004, IAC86-2480 e
RB72454 de cana-de-açúcar em pós-emergência. O delineamento foi em blocos ao
acaso e em esquema de parcelas subdivididas. As cultivares foram alocadas nas
parcelas e os herbicidas nas sub-parcelas, constituídas por cinco linhas de 8 m
espaçadas de 1,5 m. Avaliou-se nas três linhas centrais de cada sub-parcela, os
sintomas visuais de fitointoxicação nas folhas; teor de clorofila total e a eficiência
fotoquímica (Fv/Fm) aos 15, 30 e 60 dias após aplicação (DAA); altura (cm) e estande
de plantas (colmos m
-1
) aos 30, 90 e 180 DAA; aos, 270 DAA avaliou-se o diâmetro
(cm), a estimativa de produtividade (t ha
-1
) e as análises tecnológicas, para obtenção de
Brix%caldo, Pol%caldo e estimativas para AR%caldo, Pureza%caldo, Fibra%cana e
ATR (t cana
-1
). No segundo experimento foram utilizados os mesmos herbicidas e
doses sobre as cultivares IAC 80, IAC 2028, Guarani e silvestre de Ricinus communis.
O delineamento foi em blocos ao acaso e em esquema de parcelas subdivididas com
alocação dos herbicidas e testemunha nas parcelas e as espécies nas sub-parcelas, estas
constituídas por 6 linhas de 3 m e espaçadas de 0,5 cm. Os herbicidas foram aplicados
em pré-emergência das espécies, logo após semeadura nas sub-parcelas. Avaliou-se os
sintomas visuais de fitointoxicação na parte aérea das plantas aos 15 e 30 DAA,
utilizando-se da mesma escala do primeiro experimento; altura (cm), número e massa
seca das plantas aos 30 DAA, realizadas nas três linhas centrais de cada sub-parcela.
No terceiro experimento utilizou-se os mesmos herbicidas e doses sobre a espécie de
Luffa aegyptiaca. O delineamento foi em blocos ao acaso com 06 tratamentos e quatro
repetições, aplicados em pré-emergência. As parcelas foram também constituídas por 6
linhas de 3 m e espaçadas de 0,5 cm e as avaliações foram as mesmas utilizadas no
experimento com Ricinus communis. As cultivares de cana-de-açúcar IACSP94-2094,
IACSP93-3046, IACSP94-4004, IAC86-2480 e RB72454, especialmente a IACSP 94-
2101, foram susceptíveis ao herbicida clomazone até aos 30 dias após aplicação,
devido apresentarem manchas cloróticas nas folhas e menor teor de clorofila, porém,
com posterior recuperação e sem comprometimento da produtividade e características
tecnológicas. As cultivares de Ricinus communis foram susceptíveis aos herbicidas
sulfentrazone, imazapic e isoxaflutole; Luffa aegyptiaca foi susceptível ao isoxaflutole
e imazapic.
Palavras-chave: seletividade, controle químico, mamona, bucha
xii
ZERA, Fabrício Simone Saccharum spp.; Ricinus communis and Luffa aegyptiaca
Tolerance to herbicide used in sugarcane crop. 2010. 54 f. Dissertação (Mestrado
em Tecnologia da Produção Agrícola) – Pós-Graduação – IAC.
ABSTRACT
The straw layer on the soil, originated from sugarcane harvest, is an obstacle to weeds
germination, promoting the uncommon species emergence such as Ricinus communis
and Luffa aegyptiaca. The present research aimed to evaluate the tolerance of
sugarcane cultivars, Ricinus communis and Luffa aegyptiaca to sulfentrazone,
imazapic, isoxaflutole, clomazone and ametryn + trifloxysulfuron-sodium. In the first
experiment the herbicides sulfentrazone (800 g ha
-1
), imazapic (147 g ha
-1
),
isoxaflutole (112 g ha
-1
), clomazone (1100 g ha
-1
), ametryn (1460 g ha
-1
) +
trifloxysulfuron sodium (37 g ha
-1
) and control were evaluated on the 3-yr-old ratoon
of the cultivars IACSP94-2094, IACSP94-2101, IACSP93-3046, IACSP94-4004,
IAC86-2480 and RB72454 in post emergence. The second experiment used the same
herbicides and rate on Ricinus communis IAC 80, IAC 2028, Guarani and wild
cultivars. The experimental design was a randomized blocks with split plot scheme.
The cultivars were allocated in the plots and the herbicides at the sub-plots (5 rows
with length 8.0 m and 1.5 m spacing). The traits evaluated were: fitointoxication
symptoms in the plants leaves; chlorophyll total content and photochemical efficiency
(Fv/Fm) at 15, 30 and 60 days after application (DAA); height (cm) and plant stand
(stalk m
-1
) at 30, 90 and 180 DAA. The diameter (cm), productivity estimated (t ha
-1
)
and quality analysis (Brix%juice, Pol%juice, RS%juice, Purity%juice, Fiber%cane) as
also as recoverable sugar (kg t cane) were evaluated at 270 DAA . The second
experiment used the same herbcides and rate on Ricinus communis IAC 80, IAC 2028,
Guarani and wild cultivars. The experimental design was a randomized blocks with
split plot scheme. The herbicides were allocated in the plots and plants at the sub-plots
(6 row with length 3.0 m and 0.5 m spacing). The herbicides were applied in pre
emergence, after sowing in the sub plots. In the sub-plots were evaluated the
fitointoxication visual symptoms at 15 and 30 DAA; height (cm), plants number and
dry weight at 30 DAA. The third experiment used the same herbicides and rate on
Luffa aegyptiaca wild type. The experimental design was a randomized blocks with 06
treatments and 04 replications, in pre emergence. The plots had 6 row with length 3.0
m and 0.5 m spacing and the evaluations were the same used in the experiment with
Ricinus communis. The sugarcane cultivars IACSP94-2094, IACSP93-3046,
IACSP94-4004, IAC86-2480, RB72454 and especially the IACSP94-2101 were
susceptible to clomazone until 30 DAA, due to the leaves chlorosis and lower
chlorophyll content, but without effect on the quality characteristics and productivity.
The Ricinus communis cultivars were susceptible to sulfentrazone, imazapic and
isoxaflutole; Luffa aegyptiaca was susceptible to isoxaflutole and imazapic.
Key words: selectivity, control chemical, castor bean, sponge gourd
1
1 INTRODUÇÃO
O expressivo crescimento da produção de cana-de-açúcar no Brasil nas últimas
décadas pode ser reflexo do incentivo governamental ao consumo de álcool, seja pela
tecnologia flex nos automóveis ou pela adição à gasolina, pelas exportações de açúcar
e mais recentemente pelo incentivo ao cenário bioenergético. Entretanto, para o setor
sucroalcooleiro atender a demanda da fabricação do álcool e extração do açúcar é
necessário que, além de ser produtivo, respeite a legislação ambiental em vigor,
adaptando-se ao término da prévia queima do canavial antes da colheita. Essa prática
implica na formação de camada de palha sobre o solo e, nas áreas inseridas nesse
sistema a maior tempo, observa-se a mudança na flora daninha e infestação com
espécies anteriormente empregadas como cultura, a exemplo das espécies de Ricinus
communis (mamona) e Luffa aegyptiaca (bucha).
O manejo correto do canavial associado, principalmente, com os tratos culturais
garante a longevidade do canavial. Nesse contexto, as plantas daninhas que causam
prejuízos diretos e indiretos aos canaviais, também podem ser responsáveis pela
diminuição da produção devido à competição com a cultura. Entretanto, quando
manejadas com herbicidas inadequados as cultivares de cana-de-açúcar podem se
intoxicar e com consequente prejuízo no desenvolvimento e produção. Para o correto
manuseio dos herbicidas é necessário o conhecimento de suas indicações técnicas
como espectro de plantas abrangidas e passíveis de controle e a seletividade à cana-de-
açúcar.
A mamona e a bucha se destacam como infestantes, pois suas plântulas
ultrapassam com facilidade a camada de palha depositada sobre o solo nos canaviais, e
por apresentarem dormência e emergência desuniformes originam o que popularmente
se conhece por “reboleiras”. As plantas de mamona competem com a cultura em
diversos estádios de crescimento; no estádio inicial por sombrear e absorver com mais
eficiência os nutrientes e água do solo, e quando adultas, dispersam as sementes a
longas distâncias e os caules fibrosos prejudicam a colheita mecânica.
As plantas de bucha prejudicam a cultura pelo hábito trepador que confere a
capacidade de envolverem-se nos colmos da cana-de-açúcar. O posterior
desenvolvimento das folhas sobre o ápice do canavial, prejudica a absorção de luz e
conseqüentemente o processo de fotossíntese da cultura. Essas espécies possivelmente,
por apresentarem reservas em quantidade apreciável na semente, são capazes de
2
superar a camada de palha oriunda da colheita no processo de emergência das
plântulas.
O conhecimento das características dos herbicidas que controlam plantas não
comuns à flora dos canaviais, a exemplo da mamona e bucha, é de grande importância
para o correto manejo. A seletividade sobre a cultura e a eficácia de controle sobre as
plantas daninhas destacam-se entre as principais características. As cultivares de cana-
de-açúcar possuem tolerância diferenciada a um mesmo herbicida, podendo ser
atribuído principalmente ao genótipo de cada material.
O objetivo do trabalho foi avaliar a tolerância de cultivares de cana-de-açúcar, e
de Ricinus communis, além de Luffa aegyptiaca aos herbicidas sulfentrazone,
imazapic, isoxaflutole, clomazone e ametryn+trifloxysulfuron-sodium,
tradicionalmente utilizados em canaviais.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O histórico da cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar possivelmente tem sua origem no sudeste da Ásia. Embora
seja incerto seu centro de origem devido a controvérsias encontradas em literatura
(FIGUEIREDO, 2008), as ilhas do Arquipélago da Polinésia, a Nova Guiné e a Índia
são as regiões mais citadas em literatura. Segundo ROACH & DANIELS (1987), as
espécies Saccharum officinarum e Saccharum robustum provavelmente são oriundas
da Nova Guiné, enquanto que Saccharum sinense, da China e Saccharum barberi, do
norte da Índia. As cultivares atualmente cultivadas no Brasil e no mundo são híbridos
derivados dessas espécies (SCARPARI & BEAUCLAIR, 2008).
No Brasil, a cana-de-açúcar foi trazida pelos portugueses no início da
colonização, mais precisamente em 1532 para a capitania de São Vicente. A partir
dessa ocasião até 1630, conhecido como período áureo da cultura no Brasil, as
capitanias que cultivavam cana-de-açúcar destacavam-se diante das demais, pois a
cana contribuía no desenvolvimento econômico através da produção de açúcar,
melado, rapadura, cachaça e de outros produtos (FIGUEIREDO, 2008).
A partir desse momento a história da cana-de-açúcar no Brasil é de apogeu e
declínio, que ocorreram de forma marcante, a exemplo da intensificação da produção
3
do açúcar de beterraba nos países europeus; o aparecimento de gomose nos canaviais
brasileiros; e o florescimento da cultura do café (ANDRADE, 1974; MELONI, 2004).
Segundo a CONAB (2009), a área plantada de cana-de-açúcar no Brasil, na
safra 2008/2009, é de 7.741 mil ha, um aumento de 9,50% em relação à safra de
2007/2008 (7.070,8 mil ha). A produção estimada para safra 2008/2009 é de 629.024,1
mil toneladas de cana-de-açúcar, um acréscimo de 10% em relação à safra anterior de
571.370,7 mil toneladas.
2.2 As principais características da planta de cana-de-açúcar
De acordo com a classificação taxonômica, a cana-de-açúcar pertence à família
Poaceae e ao gênero Saccharum. A planta é perene, própria de climas tropicais e
subtropicais, com perfilhamento intenso desde a fase inicial do desenvolvimento
podendo ser cultivada entre as latitudes 35°N e 30°S (SCARPARI & BEAUCLAIR,
2008). Segundo ALEXANDER (1973) o perfilhamento influência o sistema de
manejo, pois cada perfilho comporta-se como uma planta independente com órgãos
próprios como raízes, folhas e frutos
.
A planta da cana-de-açúcar é dividida em parte rea (colmos, folhas e
inflorescência) e radicular (raízes e rizomas). Os colmos apresentam formato cilíndrico
e são compostos por nós e entrenós (ou internódios), sendo definidos como a porção
acima do solo que sustenta as folhas e as inflorescências (SCARPARI &
BEAUCLAIR, 2008). Para CASAGRANDE (1991) cada tem uma gema disposta
alternadamente e uma zona radicular. A inflorescência é uma panícula com flor
hermafrodita com um óvulo; os pistilos têm a terminação com estigmas roxos ou
avermelhados, caracterizando o aspecto plumoso da panícula (SCARPARI &
BEAUCLAIR, 2008). O sistema radicular é do tipo fasciculado, e tem a função de
sustentação, absorção e transporte de água e nutrientes (VASCONCELOS &
CASAGRANDE, 2008).
A cana-de-açúcar apresenta metabolismo fotossintético C
4
, sendo considerada
altamente eficiente na conversão de energia radiante em energia química (CASTRO,
2003). O fotoperíodo ideal entre 10 a 14 horas, a faixa ótima de temperatura entre 25 a
35°C (RODRIGUES, 1995), regime pluviométrico entre 1.000 e 1.600 mm anual,
preferencialmente com chuvas abundantes no período vegetativo e com período seco
4
na ocasião da maturação favorece o maior acúmulo de sacarose (AGRIANUAL,
2007).
A cultura nas condições climáticas da região sudeste possui basicamente dois
ciclos distintos, diferenciados pela época de plantio. A cana de ciclo de doze meses
(cana de ano) é plantada em setembro-outubro e atinge o maior desenvolvimento em
meados de abril, tendo sua colheita a partir de setembro até outubro. Na cana de ciclo
de dezoito meses (cana de ano e meio), o plantio ocorre entre janeiro-abril, intensifica
o crescimento durante a primavera e verão (outubro a abril) e a colheita ocorre a partir
de junho do ano seguinte ao plantio (RODRIGUES, 1995).
2.3 Seletividade e mecanismo de ação dos herbicidas
A palavra herbicida, de acordo com a etimologia da palavra, origina-se do latim
e significa “matar planta”, sendo que “herbi” corresponde a herba” e significa planta
e “cida” corresponde a caedere” e significa matar
.
Os herbicidas, são substâncias
químicas que interferem no desenvolvimento das plantas prejudicando as reações
bioquímicas do metabolismo, podendo ser degradadas e posteriormente incorporadas
em outras substâncias formadas naturalmente pelas plantas (CASTRO, 1997).
Atualmente, para controlar as plantas daninhas e evitar os possíveis prejuízos à
cultura da cana-de-açúcar existem muitos herbicidas com diferentes ingredientes ativos
e formulações registrados para uso no Brasil (MAPA, 2008). Os herbicidas podem ser
agrupados de diversas maneiras, podendo ser classificados quanto à seletividade
(seletivos ou não seletivos), à translocação (ação de contato ou ação sistêmica), à
época de aplicação (pré-plantio incorporado, pré-emergência ou pós-emergência) ou
ainda pelo mecanismo de ação (OLIVEIRA JR & CONSTANTIN, 2001).
Segundo CARVALHO (2004), a classificação atual mais utilizada é aquela que
considera o mecanismo de ação dos herbicidas. Os herbicidas registrados para cana-
de-açúcar são classificados em dez grupos, sendo inibidores de: ACCase (acetil CoA
carboxilase); acetolactato sintase ALS (acetohidroxiácido sintase); fotossíntese no
fotossistema I; fotossíntese no fotossistema II; Protox (protoporfirinogênio oxidase);
biossíntese de caroteno; EPSPs (enolpiruvil-shikimato-fosfato sintetase); formação dos
microtúbulos; divisão celular e auxinas sintéticas; e de ações desconhecidas.
O modo de ação de um produto refere-se à seqüência completa de todas as
reações que ocorrem desde o contato com a planta até a morte desta ou ação final do
5
produto; já o mecanismo de ação é definido como primeira lesão bioquímica ou
biofísica que resulta na morte ou ação final do produto (SILVA et al., 2001).
Os herbicidas, exceto aqueles que inibem a EPSPs (glifosato), o fotossistema I
(paraquat) e de mecanismo desconhecido (MSMA), são sistêmicos e seletivos à cana-
de-açúcar. A seletividade refere-se à capacidade do herbicida em eliminar as plantas
daninhas sem afetar a produção e qualidade da cultura ou do produto final
(NEGRISOLI et al., 2004). A seletividade está ainda associada à tolerância diferencial
dada pela relação entre herbicida, planta daninha, cultura e condições edafoclimáticas
(OLIVEIRA JR & CONSTANTIN, 2001). Características da planta como a absorção,
idade, cultivar, translocação, metabolismo diferencial; antídotos e “safeners” são
fatores que influenciam na seletividade dos herbicidas (OLIVEIRA JR &
CONSTANTIN, 2001). Para MOSIER et al. (2009), a seletividade de um herbicida
depende também da dose, da época e da tecnologia da aplicação. A seletividade não
pode ser determinada apenas pela presença ou o de sintomas de intoxicação, pois
foram descritos na literatura que alguns herbicidas reduzem a produtividade das
culturas sem causar efeitos visuais e outros provocam injúrias acentuadas, mas
permitem a recuperação plena da cultura (PROCÓPIO et al., 2003).
Para que um herbicida seja eficiente, a molécula deve ser absorvida pela planta
e translocada até o local de ocorrência de sua ação. Entretanto, deve ser considerado,
que a deposição do herbicida sobre as folhas das plantas ou sobre o solo nem sempre é
suficiente para que haja o controle, pois dependem também da absorção, translocação
e da sensibilidade do metabolismo da planta à molécula ou a seus metabolitos
(FERREIRA et al., 2005a). Após a absorção do herbicida pela planta a molécula pode
ser metabolizada em compostos secundários e perder, reduzir ou aumentar a atividade
biológica do herbicida (VARGAS et al., 1999; ROMAN et al., 2007).
A metabolização do herbicida é um processo natural de desintoxicação da
planta, geralmente realizado em quatro fases (YUAN et al., 2007). A primeira fase da
metabolização é conhecida como conversão; seguida por processos de conjugação;
conversão secundária e finalmente o transporte para o vacúolo e a deposição do
metabólito final (DEVINE et al., 1993). A fase de conversão das moléculas pode
ocorrer por oxidação, redução, hidrólise, oxigenação ou hidroxilação, podendo na
sequencia serem conjugadas com açúcares, aminoácidos ou principalmente com
glutationa, transportados ativamente para o vacúolo celular, local que constitui a
6
última fase da metabolização onde os metabólitos são associados aos componentes da
parede celular desta estrutura (CARVALHO et al., 2009).
Os herbicidas imazapic e trifloxysulfuron-sodium são inibidores da enzima
acetolactato sintase (ALS), primeira enzima da rota de síntese da valina, leucina e
isoleucina (DUKE, 1990). Segundo CHRISTOFFOLETI et al. (1994) quando os
herbicidas inibem a ALS não ocorre a produção dos aminoácidos, o que de acordo com
KISSMANN (2008) resulta na interrupção na divisão celular e conseqüente
paralisação do crescimento da planta. Embora o crescimento seja retardado ou inibido
poucas horas após a aplicação foliar, sintomas como amarelecimento dos meristemas,
redução e encurtamento das raízes secundárias podem levar dias para serem
observadas (VARGAS & ROMAN, 2006). Os herbicidas inibidores de ALS são muito
usados devido à baixa toxicidade para os animais, alta seletividade às culturas, alta
eficiência em baixas doses (HESS, 1994; AHRENS, 1994) e reduzido impacto
ambiental (SAARI et al., 1994). A ampla utilização desses herbicidas e a ausência de
critério técnico contribuíram para o surgimento rápido de resistência de plantas
daninhas a produtos com este mecanismo de ação (PROCÓPIO et al., 2003), a
exemplo de Bidens pilosa.
Para o ametryn, pertencente ao grupo dos herbicidas inibidores da fotossíntese
no fotossistema II, a inibição ocorre na membrana do cloroplasto, mais
especificamente sobre o transporte de elétrons. A molécula do herbicida se acopla ao
sítio de ligação da plastoquinona Q
B
, na proteína D1 do fotossistema II localizada nas
membranas do tilacóide dos cloroplastos, causando o bloqueio do transporte de
elétrons da platoquinona Q
A
para platoquinona Q
B
, assim a produção de ATP e
NADPH
2
são cessadas (ABENDROTH et al., 2006). Ocorre o rompimento de
membranas celulares através da oxidação dos lipídeos e proteínas, que fazem com que
as organelas e células desidratem rapidamente (OLIVEIRA JR & CONSTANTIN,
2001), causando amarelecimento seguido de necrose na parte aérea da planta
(KISSMANN, 2009).
O sulfentrazone é absorvido pelas raízes e pela folha da planta tratada. Atua no
cloroplasto inibindo a enzima protoporfirinogênio oxidase (Protox), presente na rota de
síntese da clorofila e dos citocromos. A inibição da Protox não proporciona a oxidação
de protoporfirinogênio IX à protoporfirina IX, precursor de clorofila, resultando em
acúmulo de protoporfirinogênio IX no cloroplasto (CAMADRO et al., 1991). Esse
acumulo promove difusão para o citoplasma, onde é rapidamente convertido para
7
protoporfirina IX pela enzima peroxidase insensível ao herbicida (JACOBS &
JACOBS, 1993).
Entretanto, segundo LEHNEN et al., (1990) a protoporfirina IX não pode entrar
novamente no cloroplasto, devido sua natureza lipofílica e acumula-se no citoplasma.
Segundo BECERRIL & DUKE (1989), a presença de luz e oxigênio molecular origina
o oxigênio ‘singlet’ (O
-
), radical livre, altamente reativo, que provoca a peroxidação
dos lipídeos das membranas, levando a célula à morte.
Nas plantas, os primeiros sintomas são manchas verdes escuras nas folhas,
dando a impressão de que estão “encharcadas” em razão do rompimento da membrana
celular; posteriormente observa-se a necrose do tecido foliar. Na pré-emergência, o
tecido é danificado pelo contato com o herbicida no momento em que a plântula
emerge; em pós-emergência, o sintoma característico é a necrose do tecido que entrou
em contato com o herbicida (FERREIRA et al., 2005a).
Os herbicidas clomazone e isoxaflutole são inibidores de carotenóides,
pigmentos que protegem a clorofila da degradação pela luz solar (CARVALHO,
2004). Na ausência dos carotenos, a clorofila não dissipa o excesso de energia
absorvido, ocorrendo sua foto-oxidação. O produto causa branqueamento na planta e
estas morrem pouco depois (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005).
2.4 Manejo de plantas daninhas em cana-de-açúcar
O sucesso da cultura da cana-de-açúcar é devido a diversos fatores, entre eles à
adequada alocação das cultivares de acordo com as condições edafoclimáticas
(PRADO et al., 1998), à eficácia das operações dos tratos culturais (HERNADEZ et
al., 2001) e da colheita (SOUZA et al., 2005). As interações dessas técnicas garantem
maior produção e consequente maior quantidade de açúcar extraído e produção do
álcool por tonelada de colmos colhidos (EID, 1996).
Entre as operações dos tratos culturais mais importantes, o controle das plantas
daninhas destaca-se entre os principais fatores no agroecossistema da cana-de-açúcar,
pois interfere no desenvolvimento e na produtividade da cultura (KUVA et al., 2003).
As plantas daninhas desenvolvem-se em condições adversas, são tolerantes ao ataque
de pragas e doenças, apresentam dormência de sementes e germinação desuniformes, o
que as torna competitivas no sistema produtivo (SILVA et al., 2001).
8
A FAO (2009) descreve as plantas daninhas como inimigas silenciosas, devido
aos prejuízos serem causados gradativamente durante todo ano, diferindo-se das
pragas, doenças e secas que proporcionam prejuízos mais rápidos e drásticos. Ainda
segundo a FAO (2009), as plantas daninhas causam perdas na ordem de US$95 bilhões
por ano na produção de alimentos, muito superior aos ataques de pragas e doenças.
As plantas daninhas causam ainda redução da qualidade do produto final, a não
certificação de sementes das culturas infestadas e intoxicação de animais. São ainda
hospedeiras alternativas de pragas e doenças, dificultando práticas culturais e de
colheitas, além de causar depreciação no valor da terra (SILVA et al., 2001). COLETI
et al. (1997) estimaram perdas de 23 t ha
-1
na produtividade dos canaviais com alta
infestação de Brachiaria decumbens; ROLIM & CHRISTOFFOLETI (1982) relataram
perdas de 85,5% na produtividade de colmos, quando havia alta infestação de
Brachiaria plantaginea e Digitaria sanguinalis; GRACIANO & RAMALHO (1983)
perdas de 83,1% e KUVA et al. (2001) 82%.
Para evitar ou minimizar os prejuízos que as plantas daninhas podem
proporcionar à cultura é necessário conhecer o período total de prevenção da
interferência (PTPI), período anterior à interferência (PAI) e o período crítico para
prevenção (PC). PITELLI & DURIGAN (1984) definiram PAI como sendo o período
anterior ao PC quando a cultura pode conviver com as plantas daninhas sem causar
prejuízos à produção final; PC como o período em que a cultura deve obrigatoriamente
estar na ausência das plantas daninhas e PTPI o período sugestivo em que a cultura
deve ser mantida na ausência das plantas daninhas. AZANIA et al. (2008) relataram
que, para a condição de cana de dezoito meses, o período crítico ocorre do ao
mês, mas para cana de ano e soqueira o período critico está entre o e o mês após
plantio ou colheita.
O método de controle das plantas daninhas mais utilizado é o químico porque
não exige elevado numero de recursos humanos e possibilita elevado rendimento
operacional, quando comparado a outros métodos de controle (PROCÓPIO et al.,
2003). Segundo dados do SINDAG (2009), foram comercializados R$2.452 milhões
com herbicidas, valor este superior aqueles com os outros defensivos, como fungicidas
(R$1.122 milhões) e inseticidas (R$1.411 milhões). No período de 1998-2008 houve
um crescimento de 59% no consumo com herbicidas, causado pela crescente demanda
por alimentos e pela necessidade de aumento de produtividade das lavouras. A cultura
da cana-de-açúcar registrou a segunda maior demanda de herbicidas (12,84%), sendo
9
inferior à cultura da soja (15,28%) (BOTOLETTO et al., 2009). Na escolha dos
herbicidas, o ideal seria que os produtores escolhessem os herbicidas de acordo com
sua seletividade sobre a cultivar de cana-de-açúcar manejada e ao controle da flora de
plantas daninhas existentes e não simplesmente visando redução de custos.
A colheita da cana-de-açúcar quando realizada sem a prévia queima do
canavial proporciona o acumulo de palha na superfície do solo. Segundo FENER
(1980) a palha depositada altera, no solo, a quantidade e qualidade do comprimento de
ondas luminosas, alem da temperatura com menores oscilações.
Em canaviais sobre essa condição MEDINA MELENDEZ (1990), MARTINS
et al.,(1999) e dentre outros pesquisadores, observaram alteração na comunidade
infestante. Atualmente, as espécies de Ricinus communis (mamona) e Luffa aegyptiaca
(bucha) também tem sido constatadas como infestantes.
Com o emprego crescente da colheita mecânica na cana-de-açúcar, a
comunidade infestante dos canaviais, possivelmente devido à presença da palha sobre
o solo, tem sido observada a ocorrência de novas plantas, espécies que não competiam
com a cultura, como a Ricinus communis (mamona) e Luffa aegyptiaca (bucha).
R. communis (Euphorbiaceae) é uma planta xerófila e heliófila de origem
discutida, pois existem relatos de seu cultivo na Ásia e na África em épocas
longínquas, introduzida no Brasil pela colonização portuguesa. A partir dos frutos da
planta se extraí óleo, que no passado foi utilizado para lubrificar as engrenagens e
mancais dos inúmeros engenhos de cana. No Brasil, a sua adaptação em diferentes
condições climáticas facilitou a propagação da espécie, que pode hoje ser encontrada
ou cultivada nas mais diferentes regiões sendo atualmente explorada para produção de
óleo (BIODIESELBR, 2009).
A espécie vem se caracterizando como planta daninha em diversas culturas
(THEISEN et al., 2005), especialmente nos canaviais devido à sua resistência ao
estresse hídrico; o crescimento rápido, que causa sombreamento na cultura e a
eficiente competição por nutrientes (THEISEN & ANDRES, 2007). No campo, os
frutos da espécie eclodem e lançam as sementes a longas distâncias (até 10 m)
colaborando com sua disseminação (SANTOS et al., 2010). À medida que a planta se
desenvolve, o caule torna-se lignificado e rígido, causando acidentes de trabalho,
especialmente para os operadores de máquinas. Para seu desenvolvimento ótimo, a
espécie exige uma estação quente e úmida durante a fase vegetativa e pouco chuvosa
ou seca na ocasião da maturação e colheita (KISSMANN & GROTH, 1999).
10
A espécie L. aegyptiaca, conhecida popularmente como bucha, originária da
Ásia têm se tornado uma infestante dos canaviais, com sua ocorrência ainda em áreas
isoladas, mas com prejuízos severos à cultura (AZANIA et al, 2009). A causa da
propagação da espécie como infestante nos canaviais possivelmente está associada ao
hábito dos trabalhadores rurais em semear a espécie próxima aos locais onde executam
suas tarefas (AZANIA et al., 2008). Segundo KISSMANN & GROTH (1999) são
plantas herbáceas, possuem hábito trepador, com caule volúvel que pode-se ramificar e
atingir até cinco metros de comprimento. Os frutos da espécie, após secarem, são
comercializados para fins de higiene humana. As plantas se desenvolvem
entrelaçando-se nos colmos e mantendo as folhas no ápice das plantas de cana-de-
açúcar. O sombreamento proporcionado prejudica o aparato fotossintético e,
conseqüentemente, o desenvolvimento da cultura, que também pode ser acamada
devido à massa vegetal que a bucha proporciona. Os frutos secos derrubam suas
sementes sobre o solo, possibilitando a perpetuação da espécie no local.
3. MATERIAL E MÉTODOS
Foram conduzidos dois experimentos, sendo que no primeiro avaliou-se a
tolerância de diferentes cultivares de cana-de-açúcar e no segundo, a tolerância de
Ricinus communis e Luffa aegyptiaca a herbicidas utilizados na cultura da cana-de-
açúcar. Os experimentos foram instalados no Centro de Cana, pertencente ao Instituto
Agronômico, município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, localizado a 621 m de
altura em relação ao vel do mar, 21°12’28.29” de latitude Sul, 47°52’23.30” de
longitude Oeste e clima característico de verões quentes e úmidos e invernos secos e
frios, considerado como tropical de altitude (Cwa), segundo a classificação de Köppen.
3.1 Experimento I – Tolerância de cultivares de cana-de-açúcar a herbicidas
3.1.1 Caracterização da área experimental
O experimento foi conduzido no período de agosto de 2008 a agosto de 2009, em
Latossolo Vermelho Escuro de classe textural muito argilosa com 612 g kg
-1
de argila,
222 g kg
-1
de silte e 166 g kg
-1
de areia na camada arável. Para a análise de fertilidade
11
do solo, foram coletadas amostras na profundidade de 0 a 20 cm e os resultados
encontram-se na tabela 1.
Tabela 1 - Resultado das análises de fertilidade do solo da
área experimental, na profundidade de 0–20 cm. IAC,
2010.
Características analisadas Valores
pH (CaCl
2
) 4,8
M.O. (g.dm
3
) 37
P resina (mg.dm
3
) 28
K (mmol
c
.dm
3
) 1,1
Ca (mmol
c
.dm
3
) 20
Mg (mmol
c
.dm
3
) 8
H+Al (mmol
c
.dm
3
) 38
Al (mmol
c
.dm
3
) 1
SB (mmol
c
.dm
3
) 28
CTC (mmol
c
.dm
3
) 76
V (%) 38
Análise realizada pelo laboratório DMLab. Ribeirão Preto.
01/08/2008.
Sendo que as cultivares estudadas foram plantadas em março de 2005 e o
experimento conduzido quando a cultura encontravam-se na soqueira do quarto corte.
Neste período, observou-se a produtividade (t ha
-1
), respectivamente para o primeiro,
segundo e terceiro corte, das cultivares IACSP94 2094 (136,15; 109,63 e 72,06),
IACSP94 2101 (145,26; 114,67 e 74,47), IACSP93 3046 (155,00; 119,54 e 72,47),
IACSP94 4004 (192,42; 128,96 e 92,83), RB72454 (165,69; 124,54 e 77,30) e IAC86
2480 (118,38; 110,04 e 80,64), antes da aplicação dos herbicidas a soqueira foi
adubada com 500 kg ha
-1
da formulação 20-5-20.
3.1.2 Cultivares utilizadas
As cultivares estudadas foram IACSP94-2094, IACSP94-2101, IACSP93-3046,
IACSP94-4004, IAC86-2480, oriundas do Programa de Melhoramento Genético do
IAC e a RB72454.
Segundo LANDELL et al. (2005), as cultivares IACSP94-2094 e IACSP94-2101
possuem ciclo médio a tardio, podendo ser colhidas a partir da primavera (meio de
12
safra), para as condições do Estado de São Paulo. A cultivar IACSP94-2094 é rústica e
pode ser cultivada em ambientes edafoclimáticos desfavoráveis, apresenta também
elevada produção, capacidade de brotação de soqueiras sob palha e resistência as
principais doenças da cultura.
A IACSP93-3046, apresenta estabilidade de TCH (tonelada de cana por hectare)
nos diversos ambientes edafoclimáticos de produção, devido as excelentes soqueiras
apresentadas ao longo dos anos. Apresenta ainda, a partir de maio, maturação mais
precoce, nas condições de Estado de São Paulo; resistência a doenças como carvão,
escaldadura, ferrugem, mosaíco e amarelinho; boa capacidade de brotação em áreas de
colheitas crua e queimada e ótimo fechamento das entrelinhas de plantio.
A cultivar IACSP94-4004 apresenta elevada produção de colmos, podendo ser
colhida a partir de maio, desde que utilizado maturador químico. Essa cultivar
desenvolve-se em diferentes ambientes edafoclimáticos; não floresce nas condições
das regiões Centro Oeste até Sul do Brasil; apresenta boa resistência ao carvão,
escaldadura e ferrugem, mas é sensível ao mosaico.
A cultivar RB72454 tem ampla adaptabilidade edafoclimática, alta estabilidade e
produção agrícola. Apresenta ainda maturação tardia, média brotação das soqueiras,
médio perfilhamento com raro tombamento e resistência à ferrugem e a escaldadura
(PMGCA, 2008). A cultivar IAC86-2480 é empregada como forrageira para
alimentação animal, com boa produtividade agrícola e ótimas características
tecnológicas (LANDELL et al., 2002).
3.1.3 Herbicidas utilizados
Utilizou-se o herbicida sulfentrazone pertencente ao grupo químico das
triazolinonas e que tem como nome químico 2’4’-dichloro-5-(4-difluoromethyl-4,5-
dihydro-3-methyl-5-oxo-1H-1,2,4-triazol-1yl) methanesulfonanilide. Esse herbicida é
comercializado com o nome comercial de Boral 500 SC em formulação de suspensão
concentrada com 500 g ingrediente ativo (i.a.) por litro, sendo seletivo à cultura da
cana-de-açúcar nas doses de 600 a 800 g i.a. ha
-1
e apresenta melhor eficácia de
controle quando aplicado na pré-emergência das plantas daninhas (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2005).
O herbicida imazapic, pertencente ao grupo químico das imidazolinonas tem
como nome químico ácido 2-[4,5-dihidro-4-metil-(metiletil)-5-oxo-1H-imidazol-2-il]-
13
5metil-3 piridina carboxílico. Esse herbicida é comercializado pelo nome comercial de
Plateau em formulação de granulado dispersível com 700 g i.a. por kg, sendo seletivo à
cultura da cana-de-açúcar nas doses de 245 g i.a. ha
-1
em cana-planta no preparo da
área 30 a 60 dias antes do plantio e em pós-emergência das plantas daninhas; na dose
de 105 a 147 g i.a. ha
-1
é recomendado para aplicação em pré-emergência das
soqueiras e plantas daninhas e cultura (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005).
O herbicida isoxaflutole pertence ao grupo químico isoxazoles e tem como nome
químico 5-ciclopropil-4-(2-metilsulfonil-4-trifluorometilbenzoil)-isoxazole. Esse
herbicida é comercializado pelo nome comercial de Provence 750 WG em formulação
de granulado dispersível com 750 g i.a. por kg, sendo seletivo à cultura da cana-de-
açúcar nas doses de 60 a 67,5 g i.a. ha
-1
em cana-planta; de 150 a 262,5 g i.a. ha
-1
em
soqueira seca e de 75 a 112,5 g i.a. ha
-1
em soqueira úmida, sendo que as menores
doses recomendadas para solo de textura arenosa. Apresenta eficácia de controle
quando aplicado na pré-emergência das plantas daninhas ou na pós-emergência
(RODRIGUES & ALMEIDA, 2005).
O herbicida clomazone, pertence ao grupo químico das isoxazolidinonas de
nome químico 2-(2-chlorobenzyl)-4,4-dimethyl-1,2-oxazolidin-3-one. É um herbicida
comercializado com o nome de Gamit em formulação de concentrado emulsionável
com 500 g i.a. por Litro, sendo seletivo à cultura da cana-de-açúcar nas doses de 900 a
1.100 g i.a. ha
-1
e apresenta melhor eficácia de controle quando aplicado na pré-
emergência das plantas daninhas (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005).
O herbicida ametryn+trifloxysulfuron-sodium é uma formulação pronta com
dois ingredientes ativos; o ametryn pertencente ao grupo químico das triazinas e de
nome químico N2-ethyl-N4-isopropyl-6-methylthio-1,3,5-triazine-2,4-diamine e o
trifloxysulfuron-sodium, do grupo químico das sulfoniluréias, com nome químico de
N-[(4,6-dimetoxi-2-pirimidinil) carbamoyl]-3-(2,2,2-trifluoroetoxi)-piridin-2-
sulfonamida, sal sódico. Essa mistura é comercializado pelo nome comercial de
Krismat em formulação de grânulos dispersíveis em água, com 731,5 g i.a. por quilo
de ametryn e 18,5 g i.a. por quilo de trifloxysulfuron-sodium, sendo seletivo à cultura
da cana-de-açúcar nas doses de 1.280 + 32,4 a 1.463 + 37 g i.a. ha
-1
, recomendado para
o controle das plantas daninhas quando aplicado na pós-emergência das mesmas
(RODRIGUES & ALMEIDA, 2005).
14
3.1.4 Delineamento experimental e Tratamentos
O delineamento experimental foi de blocos casualizados em esquema de parcelas
subdivididas em quatro repetições. As cultivares foram alocadas nas parcelas e os
herbicidas nas sub-parcelas. As parcelas foram constituídas de cinco linhas de cana-de-
açúcar de 60 m x 1,50 m (450 m
2
) e as sub-parcelas por cinco linhas de 8 m x 1,50 m
(60 m
2
). Em cada sub-parcela as três linhas centrais foram consideradas como úteis
(36 m
2
) à avaliação das variáveis avaliadas.
Os tratamentos foram constituídos por um tratamento testemunha e pelos
herbicidas sulfentrazone, imazapic, isoxaflutole, clomazone e
ametryn+trifloxysulfuron-sodiun, cujas doses podem ser observadas na tabela 2.
Tabela 2 Tratamentos efetuados, nome comercial, concentração e formulação, e
doses (i.a. e p.c.) dos herbicidas utilizados no experimento. IAC, 2010.
Doses
Tratamentos
Nome
comercial
Concentração e
formulação
L ou kg
i.a. ha
-1
L ou kg
p.c. ha
-1
testemunha Sem herbicida
sulfentrazone Boral 500 SC 0,8 1,6
imazapic Plateau 700 GRDA 0,147 0,21
isoxaflutole Provence 750 GRDA 0,1125 0,15
clomazone Gamit 500
CE 1,1 2,2
ametryn+trifloxysulfuron-sodium
Krismat 731,5+18,5 GRDA 1,463+0,037
2,0
i.a. – ingrediente ativo; p.c – produto comercial.
3.1.5 Aplicação dos herbicidas
Os herbicidas foram aplicados no dia 10/09/2008, quando as plantas de cana-de-
açúcar estavam com altura média de 10,50 cm (medida do solo até a lígula da primeira
folha completamente desenvolvida), pela aferição de 40 plantas escolhidas ao acaso. A
aplicação foi realizada com pulverizador costal pressurizado, com barra munida com
quatro pontas de jato leque (TT110/02), espaçadas de 0,50 m, com pressão constante
de 2,1 kgf cm
-2
, que proporcionou volume de calda correspondente a 250 L ha
-1
. No
momento da aplicação as condições do ambiente eram de: temperatura de 31,6°C,
umidade relativa de 31,1%, velocidade do vento em rajadas de 3,6 km h
-1
e
15
nebulosidade de 10%. Após a aplicação dos herbicidas, as parcelas foram mantidas
sem plantas daninhas, utilizando-se de capinas.
3.1.6 Variáveis avaliadas
Avaliou-se visualmente, na parte aérea, os sintomas de fitotoxicidade, aos 15, 30,
60 e 90 dias após aplicação (DAA). A atribuição das notas sobre os sintomas visuais
observados foram de acordo com a escala percentual, onde 0% corresponde à ausência
de injúrias e 100% à morte das plantas, conforme a tabela 3.
Avaliou-se o teor de clorofila total (TCT) e a eficiência fotoquímica (Fv/Fm)
aos 15, 30 e 60 DAA (dias após aplicação). O teor de clorofila das folhas, expresso em
unidade relativa (UR), foi medido no terço médio da folha +3, de dez plantas
escolhidas ao acaso, utilizando-se clorofilômetro modelo Spad 502 Minolta. A
eficiência fotoquímica (Fv/Fm), medida da emissão de fluorescência da clorofila que
compreende todas as reações químicas nos tilacóides nos cloroplastos na presença de
luz, também foi medida no terço médio da folha +3, de quatro plantas escolhidas ao
acaso, utilizando-se fluorômetro portátil modelo PEA, Hansatech, sempre realizado no
inicio da manhã ou final da tarde.
Tabela 3 - Escala percentual para avaliação dos sintomas visuais de fitotoxicidade
nas plantas. IAC, 2010.
ESCALA
DESCRIÇÃO INJÚRIA
0 SEM EFEITO Sem injúria
10 Ligeira descoloração e menor porte
20 EFEITOS LEVES Descoloração e menor porte/estande
30 Injúria mais pronunciada, mas não duradoura
40 Injúria moderada, cultura em recuperação
50 EFEITOS MODERADOS Injúria duradoura, recuperação duvidosa
60 Injúria duradoura, sem recuperação
70 Injúria severa com perda de estande
80 EFEITOS SEVEROS Cultura quase totalmente destruída
90 Apenas algumas plantas sobreviventes
100 EFEITOS TOTAIS Destruição total
As avaliações das alturas das plantas, em centímetros, foram realizadas aos 30,
90, 180 e 270 DAA, medindo-se o comprimento do solo até a gula da primeira folha
16
completamente desenvolvida, em dez plantas tomadas na área útil de cada sub-parcela.
A contagem do número de colmos foi realizada aos 30, 90 e 180 DAA, avaliando-se
todos os perfilhos nas três linhas centrais de cada sub-parcela e determinou-se o
número de colmos por metro de sulco.
Na ocasião da colheita (01/07/2009), os teores de sólidos solúveis totais
(Brix%caldo) e sacarose aparente (Pol%caldo) foram obtidos em laboratório e os de
açúcares redutores (AR%caldo), pureza no caldo (PZ%caldo) e fibra na cana
(Fibra%cana) estimados por cálculos matemáticos, segundo metodologia
CONSECANA (2006) e da legislação atual. As amostras foram coletadas na linha
central da sub-parcela e constituídas por dez colmos cortados sequencialmente rente ao
solo e despontados no ponto de inserção da folha 0 no colmo. Esses colmos também
tiveram a altura (cm) e diâmetros (cm) aferidos para posterior estimativa de produção.
A altura foi aferida conforme as avaliações ocorridas anteriormente e o diâmetro dos
colmos foi medido com auxílio de paquímetro, no terço médio dos colmos.
A produtividade agrícola (t ha
-1
) foi obtida pelo método da estimativa proposto
por LANDELL et al. (1995), utilizando-se da formula TCH = d
2
×C×h×(0,007854)/E,
onde “d” é o diâmetro do colmo, em cm, medido no meio do internódio na altura dada
por um terço de comprimento do colmo; “C” representa o número de colmos por metro
(aos 180 DAA); “h” a altura média dos colmos, em cm, medido da base à inserção da
folha +3; “E” é o espaçamento entre os sulcos (1,50 m) e 0,007854 é o fator de
correção apropriado.
Como a ação dos herbicidas e o desenvolvimento das plantas no experimento
são influenciados pelas condições climáticas, obteve-se no CIIAGRO (Centro
Integrado de Informações Agrometeorológicas), dados de temperatura média diária e
de pluviosidade de agosto de 2008 a julho de 2009.
3.1.7 Análise estatística
As variáveis avaliadas foram submetidas à análise de variância pelo teste F
(Tabela 4) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%, utilizando-se o
programa estatístico computacional ESTAT desenvolvido pela FCAV/UNESP.
17
Tabela 4 - Esquema utilizado para análise de variância e comparação de
médias das variáveis avaliadas. IAC, 2010.
Fontes de Variação GL
Blocos 3
Cultivar 5
Resíduo A 15
Total Parcelas 23
Herbicida 5
Cultivar x Herbicida 25
Resíduo B 90
TOTAL 143
3.2 Experimento II Tolerância de Ricinus communis e Luffa aegyptiaca a
herbicidas
Os experimentos onde se testou a tolerância de cultivares e de espécies silvestres
de R. comunnis e de L. aegyptiaca foram desenvolvidos entre os meses de fevereiro a
abril/09 em Latossolo Vermelho Escuro de classe textural argilosa, com 509 g kg
-1
de
argila, 343 g kg
-1
de silte e 148 g kg
-1
de areia na camada arável. A análise de
fertilidade do solo, realizada segundo metodologia do Instituto Agronômico, foi obtido
coletando-se amostras na profundidade de 0 a 20 cm, cujo os resultados encontram-se
na tabela 5.
Tabela 5 - Resultado da análise fertilidade do solo da área
experimental, na profundidade de 0–20 cm. IAC, 2010.
Características analisadas Valores
pH (CaCl
2
) 5,0
M.O. (g.dm
3
) 24
P resina (mg.dm
3
) 57
K (mmol
c
.dm
3
) 2,6
Ca (mmol
c
.dm
3
) 29
Mg (mmol
c
.dm
3
) 8
H+Al (mmol
c
.dm
3
) 40
Al (mmol
c
.dm
3
) 1
SB (mmol
c
.dm
3
) 39,6
CTC (mmol
c
.dm
3
) 79,6
V (%) 49,7
Análise realizada pelo laboratório DMLab. Ribeirão Preto.
01/02/2009.
18
3.2.1 Espécies testadas
A planta de L. aegyptiaca e as R. communis das cultivares IAC 80, IAC Guarani,
IAC 2826 e um material silvestre foram utilizadas no estudo. Segundo informações
obtidas no IAC (2009) a ‘IAC 80’ está adaptada às condições edafoclimáticas do
Estado de São Paulo, região Centro Oeste e algumas localidades da região Nordeste. A
‘IAC Guarani’ tem como característica a rusticidade e a adaptabilidade edafoclimática
às principais regiões do país. A ‘IAC 2826’ adapta-se em diferentes condições
edafoclimáticas; possui porte médio a alto, bom potencial de produção de sementes,
com média de 2.680 kg ha
-1
, podendo produzir até 5070 kg ha
-1
.
As sementes do material silvestre de R. communis e L. aegyptiaca foram
coletadas em terrenos baldios e canaviais no município de Ribeirão Preto, SP. Na
coleta padronizou-se a escolha de frutos maduros próximos a senescência natural,
evitando-se assim a coleta de sementes não maduras. Os frutos coletados foram
trazidos ao laboratório de plantas daninhas do Centro de Cana do Instituto
Agronômico, Ribeirão Preto SP, onde retirou-se as sementes. Essas foram
selecionadas, evitando-se as de cor brancas, quebradas, predadas, deformadas e
chochas. As sementes foram colocadas em recipientes de plástico e armazenadas em
geladeira até o momento da semeadura.
3.2.2 Caracterização dos lotes de sementes
Antes da semeadura, para caracterizar a qualidade dos lotes, as sementes
silvestre (L. aegyptiaca e R. communis) e das cultivares de R. communis foram
submetidas aos testes de germinação e viabilidade.
Para o teste de germinação utilizou-se 400 sementes de cada material,
distribuídas em quatro repetições. As sementes foram dispostas em bandejas de
poliestireno com 13 x 13 x 4 cm preenchidas com areia. Após a semeadura, as
sementes foram cobertas com 1 cm de areia e mantidas em casa de vegetação por 29
dias, com irrigação diária em quantidade suficiente para que as sementes entrassem no
processo germinativo e as plântulas emergissem. Diariamente, contou-se o número de
plântulas emergidas, sendo consideradas aquelas que apresentaram no mínimo 0,5 cm
de altura. Com os dados obtidos calculou-se a porcentagem de germinação, o índice de
19
velocidade de emergência (IVE) e a velocidade de emergência (VE), segundo
EDMOND & DRAPALA (1958).
Para o teste de viabilidade, utilizou-se 200 sementes que foram distribuídas em
quatro repetições de 50 sementes cada. As sementes foram colocadas em água na
temperatura ambiente durante 12 horas para romper o tegumento e posteriormente
cortadas longitudinalmente, acondicionadas em recipientes de vidro âmbar acrescidos
de solução de cloreto de 2,3,5 trifeniltetrazolio a 0,1%. Os recipientes foram
revestidos com papel alumínio e colocados no escuro durante 8 horas e em temperatura
ambiente, posteriormente realizou-se a contagem do número de sementes com
embriões coloridos de rósea e calculada a viabilidade.
Avaliou-se ainda a massa de 100 sementes por espécie ou cultivar, para
completar a caracterização dos lotes de sementes. Para cada cultivar pesou-se 4
conjuntos constituídos de 100 sementes para compor a média da massa.
3.2.3 Delineamento estatístico e tratamentos
Em ambos experimentos utilizou-se do delineamento em blocos casualizados,
sendo que, no experimento com R. communis, os 24 tratamentos, em quatro repetições
foram distribuídos em esquema de parcelas subdivididas com os herbicidas alocados
nas parcelas e as espécies nas sub-parcelas; no experimento com L. aegyptiaca foram
seis tratamentos em quatro repetições.
No experimento com R. communis cada parcela (54m
2
) foi constituída por seis
sub-parcela de seis linhas de 3 m x 0,5 m (9 m
2
), sendo quatro linhas de tratamento e
duas de faixa controle. No experimento com L. aegyptiaca, as parcelas foram
constituídas de forma idêntica as subparcelas de R. communis. Em ambos
experimentos foram semeadas dezesseis sementes por linha, proporcionando
aproximadamente cinco plantas por metro sulco.
3.2.4 Herbicidas utilizados
Os herbicidas e doses utilizadas foram as mesmas do experimento proposto
para avaliar a tolerância das cultivares de cana-de-açúcar (Tabela 2).
20
3.2.5 Aplicação dos herbicidas
Os experimentos foram instalados no dia 07/03/2009 com a aplicação dos
herbicidas logo após a semeadura, na condição de pré-emergência das plantas
daninhas.
A aplicação foi realizada com pulverizador costal pressurizado, com barra
munida com quatro pontas de jato leque (TT110/02), espaçadas de 0,50 m, trabalhando
com pressão constante de 2,1 kgf cm
-2
, correspondente 250 L ha
-1
de calda. No
momento da aplicação registrou-se temperatura de 32°C, umidade relativa de 59%,
velocidade do vento em rajadas de 0,8 km h
-1
e ausência de nebulosidade.
3.2.6 Variáveis avaliadas
Em ambos os experimentos avaliaram-se os sintomas de fitotoxicidade,
observados visualmente na parte aérea das plantas aos 15 e 30 DAA. A atribuição das
notas sobre os sintomas visuais observados foram de acordo com a escala percentual,
onde 0% corresponde à ausência de injúrias e 100% à morte das plantas (Tabela 3).
Na ocasião da última avaliação, aos 30 DAA, avaliou-se também na área útil das
sub-parcelas a altura das plantas, medindo em centímetro cada planta nível do solo até
a última folha; o número de plantas, obtido contando-se todas as plantas e a massa seca
da parte aérea, que foi obtida cortando-se as plantas rente ao solo com posterior
secagem em estufa de circulação forçada de ar a temperatura de 70
o
C até massa
constante.
Também foram analisadas as condições climáticas na época de condução do
experimento, dados de temperatura média diária e de pluviosidade de março a abril de
2009, obtidos no CIIAGRO (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas).
3.2.7 Análise estatística
As variáveis avaliadas foram submetidas à análise de variância pelo teste F,
onde o esquema do experimento com R. communis é apresentado na tabela 6 e do
experimento de L. aegyptiaca na tabela 7. As médias foram comparadas por meio do
teste de Tukey a 5%, utilizando-se o programa estatístico computacional ESTAT
desenvolvido pela FCAV/UNESP.
21
Tabela 6 - Esquema utilizado para análise de variância e comparação de
médias das variáveis avaliadas para R. communis. IAC, 2010.
Fontes de Variação GL
Blocos 3
Herbicidas 5
Resíduo A 15
Total Parcelas 23
Cultivares 3
Herbicida x Cultivar 23
Resíduo B 46
TOTAL 95
Tabela 7 - Esquema utilizado para análise de variância e comparação de
médias das variáveis avaliadas para L. aegyptiaca. IAC, 2010.
Fontes de Variação GL
Blocos 3
Herbicida 5
Resíduo 15
TOTAL 23
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De modo geral, para ambos os experimentos, observou-se temperaturas médias
do ar próxima a média histórica dos último 19 anos, porém, a quantidade de chuva
foram inferiores , especialmente ao observar o primeiro trimestre do período (Tabela
8). No experimento um, onde avaliou-se as cultivares de cana-de-açúcar, a menor
disponibilidade de água nos 30 primeiros dias após aplicação (74,6 mm) pode ter
influenciado a dinâmica dos herbicidas, dificultando a movimentação das moléculas no
solo e na planta.
O estudo com R. communis e L. aegyptiaca foi conduzido entre os meses de
março a abril de 2009, caracterizado pelo final do período das chuvas. A quantidade de
água no período foi também inferior a média histórica (Tabela 8), mas ainda em
quantidades suficientes para permitir o desenvolvimento das plantas, que pôde ser
constatado pelo vigor das plantas no tratamento testemunha. As chuvas e temperaturas
registradas no período não prejudicaram a dinâmica dos herbicidas no solo e na planta,
pois a quantidade de 145,8 mm de chuvas ocorridas nos 30 primeiros dias pode ter
favorecido à dinâmica dos herbicidas.
22
Tabela 8 - Temperatura média e precipitação
mensal históricas dos
últimos 19 anos e observadas durante o período experimental. IAC
,
2010.
Temperatura Média
Precipitação Mensal
(°C)
(mm)
Mês
Experimento
Media
histórica
1
Experimento
Media
histórica
1
Agosto 22,5 21,7
19,0 20,5
Setembro 22,6 23,2
8,0 64,2
Outubro 25,0 24,6
47,6 105,5
Novembro 24,6 24,4
117,6 179,8
2008
Dezembro 24,3 24,6
290,7 251,7
Janeiro 24,1 24,6
231,2 293,7
Fevereiro 25,1 24,8
173,6 233,5
Março 24,9 24,6
89,7 155,6
Abril 22,6 23,3
56,1 72,0
Maio 21,5 20,5
22,8 64,7
Junho 17,8 19,8
62,3 26,1
Julho 20,5 19,8
47,0 17,7
2009
Agosto 21,0 21,7
124,9 205
Fonte: IAC/CIIAGRO (2010a e b),
1
media histórica dos últimos 19 anos.
4.1 Tolerância de cultivares de cana-de-açúcar a herbicidas
Os herbicidas inibidores da biossíntese de carotenóides, clomazone e
isoxaflutole causaram fitotoxicidade em todas as cultivares, sendo observado manchas
brancas nas folhas da cana-de-açúcar, com diferentes intensidades na cor, que variaram
conforme a época de avaliação e a cultivar (Figura 1). Nas folhas jovens, foi observado
amarelecimento e branqueamento nas folhas especialmente nos tratamento com
clomazone (Figura 2), como foi descrito por PROCÓPIO et al. (2003).
Em relação às cultivares avaliadas, verificou-se que, aos 15 DAA, para todos
os genótipos a maior fitotoxicidade foi observada com clomazone, sendo inferior a
40%, que segundo a escala percentual para avaliação de sintomas (Tabela 3),
caracteriza-se como efeitos leves a moderados. Os demais produtos, nas diferentes
épocas de avaliação não causaram danos as cultivares de cana-de-açúcar.
AZANIA et al. (2005) observaram sintomas de fitotoxicidade mais intensos
que os observados no presente experimento causados por isoxaflutole na cultivar
RB835089, mas com recuperação aos 90 DAA. Resultados semelhantes foram também
23
observados para a cultivar RB72454 por DURIGAN et al. (1997) e
CHRISTOFFOLETI et al. (1997).
As injúrias inferiores a 10% observadas nas plantas das cultivares estudadas no
tratamento com ametryn-trifloxysulfuron-sodium (Figura 1) foram também observadas
por FERREIRA et al. (2005b) ao avaliarem a cultivar RB72454. VELINI et al. (2000)
também verificou tolerância da cultivar RB72454 com a aplicação do herbicida
oxyfluorfen + ametryn. Entretanto MACIEL et al. (2008), avaliando a SP80 1842,
observaram sintomas severos de clorose e bronzeamento seguidos de necrose das
pontas e bordas das folhas aos 14 DAA.
Quanto aos sintomas visuais de fitotoxicidade observados na parte aérea, pode-
se constatar que todas as cultivares de cana-de-açúcar foram tolerantes a doses dos
herbicidas utilizados, não sendo verificado valores para fitotoxicidade superiores a
30%. SOUZA et al. (2009) também não observaram sintomas de fitointoxicação
severos nas mesmas cultivares quando avaliaram o efeito do herbicidas diuron +
hexazinone (1170 g kg
-1
+ 330 g kg
-1
); diuron + hexazinone (1865 g kg
-1
+ 234 g kg
-1
);
metribuzin (2400 g L
-1
); tebuthiuron (1200 g kg
-1
) e amicarbazone (1260 g kg
-1
),
demonstrando também tolerância das cultivares.
24
Figura 1 - Fitotoxicidade dos herbicidas sulfentrazone, imazapic, isoxaflutole,
clomazone e ametryn + trifloxysulfuron-sodium, aplicados em pós-emergência nas
diferentes cultivares de cana-de-açúcar aos 15, 30 e 60 dias após aplicação, médias de
quatro repetições. IAC, 2010.
25
Figura 2 - Branqueamento nas folhas jovens da cultivar
IACSP 94-2101 de cana-de-açúcar tratada com
clomazone em pós-emergência, aos 15 dias após a
aplicação. IAC, 2010.
26
Segundo PROCÓPIO et al. (2003) a redução da fitotoxidade em cana-de-
açúcar se deve a capacidade desta em metabolizar o herbicida com o passar do tempo e
retomar seu desenvolvimento normal, sem que não haja prejuízo na produção. O
mesmo foi observado aos 90 DAA neste trabalho quando não se observou mais
sintomas graves de intoxicação nas plantas das cultivares.
O teor de clorofila total foi mais prejudicado que a eficiência fotoquímica
(Tabela 9), possivelmente devido aos mecanismos de ão dos herbicidas. Apenas aos
15 DAA o teor de clorofila total de todas as cultivares foi reduzido pelo herbicida
clomazone (Tabela 9) e este causou manchas brancas nas folhas (Figura 2) não
havendo efeito dos outros produtos.
Aos 15 DAA houve diferença entre cultivares quanto ao teor de clorofila total,
sendo o nível para a IACSP 94 2101 o menor; possivelmente devido ao clomazone,
que foi o herbicida que mais fitotoxicou as cultivares.
Aos 30 DAA houve interação para cultivares de cana-de-açúcar e tratamentos
com herbicidas no teor de clorofila total (Tabela 10). Ao comparar as cultivares dentro
de cada tratamento com herbicida verificou-se que a cultivar IACSP 94-2101
apresentou o menor teor de clorofila total independente do herbicida aplicado. De
modo geral, os maiores teores de clorofila total foram observados na cultivar IACSP
94-2094. As plantas da cultivar RB72454 foram tolerantes ao isoxaflutole e a mistura
ametryn+trifloxysulfuron-sodium e a cultivar IAC 86-2480 a clomazone, na qual
foram observadas no decorrer do experimento causando estrias cloroticas.
Analisando os tratamentos com herbicidas para cada cultivar verificou-se que
aos 30 DAA (Tabela 10)
a cultivar IACSP 93-3046 também apresentou teor de
clorofila total menor no tratamento testemunha (35,74), podendo também associar o
resultado com o ocorrido com a cultivar IACSP 94-2101. A cultivar IACSP 94-2094
apresentou teor de clorofila total para todos os tratamentos inferior ao da testemunha
(42,52), especialmente nos tratamentos com isoxaflutole (37,76), clomazone (38,38) e
imazapic (38,40). AZANIA et al. (2005) também observou redução no teor de clorofila
para a cultivar RB835089, soqueira de terceiro corte, quando tratada com o
isoxaflutole, na mesma época.
Nas plantas da cultivar IACSP 94-4004 destacou-se o tratamento imazapic que
proporcionou menor teor de clorofila total (34,72); para a RB72454 e IAC 86-2480 o
menor teor de clorofila foi também para imazapic (36,46 e 34,94) e sulfentrazone
(36,34 e 35,67), respectivamente.
27
Tabela 9 Teor de clorofila total e índice de fluorescência das folhas de diferentes cultivares de cana-de-açúcar influenciadas
pela aplicação de herbicidas em pós-emergência inicial das soqueiras, nas diferentes épocas de avaliação. IAC, 2010.
Clorofila (UR)
Índice de fluorescência
Causas de variação
15 DAA
60 DAA
15 DAA
30 DAA
60 DAA
Cultivares (A)
IACSP 94-2094 27,89 ab
43,66 ab
0,727 a 0,744 a 0,758 a
IACSP 94-2101 25,70 b
41,02 c
0,706 a 0,711 b 0,749 a
IACSP 93-3046 29,77 a
44,39 a
0,704 a 0,735 ab
0,751 a
IACSP 94-4004 29,41 a
43,25 ab
0,714 a 0,723 ab
0,747 a
RB72454 29,98 a
43,64 ab
0,727 a 0,727 ab
0,757 a
IAC 86-2480 30,52 a
42,29 bc
0,709 a 0,719 ab
0,752 a
F 8,94**
8,41**
0,69
ns
4,00* 0,69
ns
CV (%) 10,17
4,73
8,52 3,97 3,35
dms 2,76
1,19
0,057 0,027 0,024
Herbicidas (B)
testemunha 31,77 a
43,64 a
0,719 a 0,725 a 0,757 a
sulfentrazone (0,8 kg ha
-1
) 29,06 a
43,32 a
0,719 a 0,727 a 0,754 a
imazapic (0,147 kg ha
-1
) 29,69 a
43,00 a
0,710 a 0,726 a 0,749 a
isoxaflutole (0,1125 kg
-1
) 28,79 a
42,72 a
0,714 a 0,725 a 0,750 a
clomazone (1,1 kg ha
-1
) 24,39 b
43,16 a
0,716 a 0,724 a 0,753 a
ametryn+tss (1463+0,037 kg ha
-1
)
29,56 a
42,40 a
0,710 a 0,731 a 0,750 a
F 8,74**
1,43
ns
0,94
ns
0,61
ns
0,94
ns
CV (%) 13,96
4,21
3,00 2,18 2,08
dms 3,39
1,53
0,018 0,013
Interação A x B
0,58
ns
0,93
ns
1,03
ns
1,25
ns
0,72
ns
DAA (dias após aplicação); tss (trifloxysulfuron-sodium); * (significativo a 5% de probabilidade pelo teste F); ** (significativo a 1% de
probabilidade pelo teste F); ns (não significativo); CV (coeficiente de variação); UR (unidade relativa); dms (diferença mínima
significativa).
28
Tabela 10 - Desdobramento da análise de variância do teor de clorofila total (UR) de diferentes cultivares de cana-de-açúcar
influenciadas pela aplicação de herbicidas em pós-emergência inicial da soqueira aos 30 DAA. IAC, 2010.
Herbicidas (B)
Cultivares (A)
testemunha
sulfentrazone
(0,8 kg ha
-1
)
imazapic
(0,147 kg ha
-1
)
isoxaflutole
(0,1125 kg ha
-1
)
clomazone
(1,1 kg ha
-1
)
ametryn+tss
(1463+0,037 kg ha
-1
)
F
IACSP 94-2094
42,52 Aa 41,24 Ba 38,40 Ca 37,76 Cbc 38,38 Cb 40,51 Ba 92,74**
IACSP 94-2101
31,44 Cd 35,46 Ad 34,13 Bc 33,46 Bd 27,25 Dc 31,52 Cd 212,09**
IACSP 93-3046
35,74 Cc 37,21 Bbc 36,50 BCb 37,24 Bc 40,41 Aa 36,88 Bc 66,17**
IACSP 94-4004
41,91 Aa 37,37 CDb 34,72 Ec 38,19 Bbc 37,94 BCb 37,02 Dc 139,79**
RB72454
39,81 ABb 36,34 Dcd 36,46 Db 39,50 Ba 37,66 Cb 40,60 Aa 84,84**
30 DAA
IAC 86-2480
35,82 Cc 35,67 CDd 34,94 Dc 38,55 Bb 40,61 Aa 38,43 Bb 123,86**
F
401,13** 98,07** 54,14** 96,17** 537,37** 244,56**
UR (unidade relativa); DAA (dias após aplicação); tss (trifloxysulfuron-sodium); ns (não significativo); CV (coeficiente de variação); Letras
maiúsculas compara-se na linha e minúsculas na coluna.
29
Nas cultivares IACSP 94-2094 e IACSP 94-4004 o teor de clorofila total foi
inferior ao tratamento testemunha quando se aplicou qualquer um dos herbicidas; a
IACSP 94-2094 foi mais sensível a imazapic, isoxaflutole e clomazone e a IACSP 94-
4004 a imazapic. O teor de clorofila total da IACSP 94-2101 foi reduzido apenas
quando foi aplicado clomazone e a RB72454 com sulfentrazone, imazapic e
clomazone. O aumento na clorofila total da cultivar IACSP 93-3046 em todos os
tratamentos possivelmente não deve-se ao herbicida, mas talvez a precocidade do
material. Para a IAC 86-2480 resultados similares foram observados e também pode-se
atribuir ao desenvolvimento das plantas e não ao efeito dos herbicidas.
Aos 60 DAA (Tabela 9) não observou-se redução no teor de clorofila total ao
considerar o efeito dos herbicidas, porém, a cultivar IACSP 94-2101 e IAC 86-2480
apresentaram menores valores para a variável. SOUZA et al. (2009), ao estudar as
mesmas cultivares, observou diferenças no teor de clorofila total entre as cultivares no
tratamento testemunha, considerando esse fator como atributo genético. Os autores
também não observaram, após 60 DAA, redução no teor de clorofila ao considerar o
efeito dos herbicidas. Nessa ocasião, é possível que os herbicidas haviam sidos
metabolizados a compostos secundários não tóxicos no interior das plantas (GALON
et al., 2009) em função da meia-vida dos produtos.
Não houve efeito quanto ao índice de fluorescência das cultivares quando
tratadas com herbicidas até aos 60 DAA, mas, ao observar os efeitos das cultivares a
IACSP 94-2101 foi a que apresentou menor valor (Tabela 9), possivelmente devido ao
desenvolvimento do material. SOUZA et al. (2009) obteve dados semelhantes quando
estudou as cultivares IACSP 94-2094, IACSP 94-2101, IACSP 94-4004, IACSP 93-
3046, IAC 86-2480 e RB72454 submetidas aos herbicidas diuron+hexazinone,
metribuzin, tebuthiuron e amircabazone.
Os valores de Fv/Fm observados na tabela 9 são inferiores aos observados na
literatura, especialmente até aos 30 DAA (0,711 a 0,744). De acordo com CECHIN
(1996), a eficiência fotoquímica para a maioria das culturas é de 0,800 (80%) e para
RIBEIRO et al. (2004) podem variar de 0,75 (75%) a 0,85 (85%). Essas reações são
avaliadas pelo padrão de emissão de fluorescência, pois em condições de reduzida
irradiância, 95% dos fótons absorvidos são utilizados nas reações fotoquímicas, 4,5%
são transformados em calor e apenas 0,5% dessa energia se transforma em
fluorescência (RIBEIRO, 2008).
30
O efeito dos herbicidas também pôde ser observado na altura das plantas
apenas aos 30 DAA, sendo que no tratamento com imazapic foram aferidos os
menores valores com média de 15,83 cm, mas com recuperação nas avaliações
posteriores. As cultivares IACSP 93-3046, IACSP 94-4004, RB72454 e IAC 86-2480
foram as menos tolerantes aos herbicidas até aos 90 DAA apresentando plantas com
alturas menores, porém com total recuperação aos 180 DAA (Tabela 11).
Em experimentos de tolerância de cultivares a herbicidas é comum ser
encontrado diminuição na altura ou no estande das plantas nas primeiras avaliações
após tratamento e recuperação posterior. MONTÓRIO et al. (2009) ao estudar os
herbicidas diuron+ametryn, 2,4D+ametryn, 2,4D+hexazinona+diuron e ametryn
aplicados em pós-emergência na cultivar RB835089 e AZANIA et al. (2005) ao
estudar isoxaflutole, diuron+hexazinone, azafenidin+hexazinone e metribuzin na
cultivar RB835089 verificaram o mesmo.
O perfilhamento (estande) e diâmetro médio de colmos das cultivares não
foram afetados pelos herbicidas. Apenas foi possível observar diferenças inerentes a
genética de cada material (Tabela 12). Observou-se que a IACSP 94-2094 apresentou
aos 180 DAA maior numero de colmos (m lineares) e a IACSP 94-4004 e a RB72454
os menores valores. Em relação a espessura de colmos verificou-se que a IACSP 94-
4004 apresentou maiores valores e a IACSP 94-2094 os menores.
O perfilhamento e a espessura dos colmos das cultivares podem ser
prejudicados pela aplicação de herbicidas, mas é necessário que haja interação
significativa entre cultivares e herbicidas estudados. FAGLIARI et al. (2001)
avaliando o efeito de clomazone (1,0 kg i.a. ha
-1
) e o isoxaflutole (150 g i.a. ha
-1
)
aplicados na condição de pré-emergência sobre a soqueira de segundo corte da cultivar
RB835089 não observaram diferenças significativas no diâmetro e na altura dos
colmos da cultivar.
A produtividade e atributos tecnológicos das cultivares não foram afetados
pelos herbicidas aplicados, apenas foi possível observar as diferenças inerentes à
genética de cada material (Tabela 13). Verificou-se que a cultivar IACSP 94-2094
apresentou produtividade inferior a da IACSP 93-3046 e IACSP 94-4004,
possivelmente devido ao seu crescimento tardio enquanto as demais apresentaram
ciclo precoce. De modo geral, a IACSP 94-4004, embora tenha apresentado maior
produtividade, o teor de Brix, Pol, pureza, fibra e ATR foram inferiores as demais.
31
Na cultivar RB867515 não foram observados prejuízos a produção, teor de
sólidos solúveis e sacarose aparente no caldo (NICOLAI et al., 2008) quando tratadas
com imazapic; mas as cultivares RB72454, RB835486, RB855113, RB855156,
RB857515, RB925211, RB925345, RB937570, RB947520 e SP80-1816 apresentou
prejuízos nas mesmas variáveis, quando tratadas com ametryn+trifloxysulfuron-
sodium (GALON et al., 2009).
Tabela 11 - Altura das plantas de diferentes cultivares de cana-de-açúcar aferida aos
30, 90, 180 e 270 dias após aplicação (DAA) de herbicidas em pós-emergência inicial
da cultura. IAC, 2010.
altura
(cm)
Causas de variação
30 DAA
90 DAA 180 DAA
270 DAA
Cultivares (A)
IACSP 94-2094 18,75 a 146,71 a 161,88 a 196,75 a
IACSP 94-2101 18,75 a 139,83 ab
159,46 a 205,63 a
IACSP 93-3046 14,84 b 124,67 d 152,88 a 199,13 a
IACSP 94-4004 15,77 b 135,29 bc
156,54 a 214,67 a
RB72454 16,68 b 136,42 bc
161,04 a 216,75 a
IAC 86-2480 15,68 b 127,63 cd
150,92 a 198,21 a
F 17,53**
13,03** 1,09
ns
2,77
ns
CV (%) 11,23 8,08 13,40 12,51
dms 1,75 10,25 19,77 24,11
Herbicidas (B)
testemunha 16,59 ab
137,21 a 159,96 a 200,88 a
sulfentrazone
(0,8 kg ha
-1
)
17,12 a 132,33 a 157,25 a 208,00 a
imazapic
(0,147 kg ha
-1
)
15,83 b 139,38 a 154,92 a 204,50 a
isoxaflutole
(0,1125 kg ha
-1
)
16,78 ab
135,79 a 155,00 a 203,00 a
clomazone
(1,1 kg ha
-1
)
17,10 a 135,08 a 158,13 a 209,04 a
ametryn+tss
(1463+0,037 kg ha
-1
)
16,42 ab
130,75 a 157,46 a 205,71 a
F 2,64* 1,86
ns
0,84
ns
1,26
ns
CV (%) 8,75 8,40 6,55 6,53
Dms 1,22 9,54 8,65 11,26
Interação A x B
1,00
ns
1,07
ns
0,83
ns
0,89
ns
tss (trifloxysulfuron-sodium); * (significativo a 5% de probabilidade pelo teste F); **
(significativo a 1% de probabilidade pelo teste F); ns (não significativo); CV (coeficiente de
variação); dms (diferença mínima significativa).
32
Tabela 12 - Estande e diâmetro médio dos colmos das plantas de diferentes cultivares
de cana-de-açúcar contabilizados após aplicação de herbicidas em pós-emergência
inicial da soqueira. IAC, 2010.
Estande
diâmetro
(colmos m
-1
)
(cm)
Causas de variação
30 DAA
90 DAA
180 DAA
270 DAA
Cultivares (A)
IACSP 94-2094 6,20 ab 15,71 a 17,13 a
2,14 c
IACSP 94-2101 5,70 ab 13,21 bc
15,75 ab
2,44b
IACSP 93-3046 6,54 ab 16,25 a 16,63 ab
2,55 ab
IACSP 94-4004 4,67 b 12,38 bc
15,29 bc
2,61 a
RB72454 5,17 b 12,04 c 13,83 c
2,48 ab
IAC 86-2480 7,58 a 14,46 ab
15,54 ab
2,42 b
F 5,27** 11,79**
9,67**
23,97**
CV (%) 37,07 17,81 11,50
6,73
Dms 2,08 2,34 1,70
0,15
Herbicidas (B)
testemunha 6,13 a 14,08 a 16,08 a
2,43 a
sulfentrazone
(0,8 kg ha
-1
)
6,21 a 14,21 a 15,88 a
2,41 a
imazapic
(0,147 kg ha
-1
)
5,88 a 14,08 a 15,71 a
2,43 a
isoxaflutole
(0,1125 kg ha
-1
)
6,08 a 13,79 a 15,21 a
2,48 a
clomazone
(1,1 kg ha
-1
)
6,04 a 14,25 a 16,00 a
2,48 a
ametryn+tss
(1463+0,037 kg ha
-1
)
5,54 a 13,63 a 15,29 a
2,40 a
F 0,88
ns
0,67
ns
2,44
ns
0,83
ns
CV (%) 21,07 10,55 7,35
7,30
Dms 1,06 1,24 0,97
0,15
Interação A x B
0,70
ns
0,71
ns
0,69
ns
1,02
ns
DAA (dias após aplicação); tss (trifloxysulfuron-sodium); * (significativo a 5% de
probabilidade pelo teste F); ** (significativo a 1% de probabilidade pelo teste F); ns (não
significativo); CV (coeficiente de variação); dms (diferença mínima significativa).
33
Tabela 13 – Produtividade agrícola e variáveis tecnológica de diferentes cultivares de cana-de-açúcar aferidas aos 270
dias após aplicação de herbicidas em pós-emergência inicial da soqueira. IAC, 2010.
variáveis tecnológicos
Produtividade
%caldo Fibra ATR
Causas de variação
(t ha
-1
) Brix Pol PZ AR % cana
(kg t cana)
Cultivares (A)
IACSP 94-2094 81,51 b 18,26 a
15,77 a
86,29 a 0,68 b 11,79 a 132,87 a
IACSP 94-2101 100,91 ab 18,36 a
15,90 a
86,51 a 0,67 b 11,32 ab
135,02 a
IACSP 93-3046 112,17 a 17,92 a
15,22 a
84,91 a 0,73 b 11,15 ab
130,26 a
IACSP 94-4004 116,37 a 16,03 b
12,93 b
79,95 b 0,90 a 9,82 c 115,25 b
RB72454 96,31 ab 17,37 a
14,55 a
83,69 ab
0,77 ab
10,87 b 125,63 ab
IAC 86-2480 94,95 ab 17,44 a
14,55 a
83,36 ab
0,78 ab
10,71 b 126,15 ab
F 6,17** 9,21**
10,54**
8,22** 8,29**
15,06**
8,25**
CV (%) 24,81 7,87 11,10 4,91 18,67 7,69 9,43
Dms 23,39 1,30 1,55 3,88 0,13 0,79 11,29
Herbicidas (B)
Testemunha 99,89 a 17,24 a
14,67 a
83,50 a 0,78 a 10,93 a 124,80 a
sulfentrazone (0,8 kg ha
-1
) 100,69 a 17,57 a
14,82 a
84,10 a 0,76 a 10,81 a 127,82 a
imazapic (0,147 kg ha
-1
) 100,15 a 17,54 a
14,76 a
83,85 a 0,77 a 11,03 a 126,90 a
isoxaflutole (0,1125 kg ha
-1
) 99,64 a 17,62 a
14,87 a
84,19 a 0,75 a 10,91 a 127,99 a
clomazone (1,1 kg ha
-1
) 106,80 a 17,59 a
14,83 a
84,12 a 0,76 a 10,99 a 127,59 a
ametryn+tss (14630,037 kg ha
-1
)
95,03 a 17,81 a
15,17 a
84,95 a 0,73 a 10,98 a 130,08 a
F 0,97
ns
0,96
ns
1,02
ns
1,14
ns
1,10
ns
0,39
ns
1,10
ns
CV (%) 18,67 5,23 7,30 2,62 9,95 5,53 6,27
Dms 15,76 0,77 0,91 1,85 0,06 0,51 6,73
Interação A x B
0,78
ns
0,97
ns
0,99
ns
0,94
ns
0,93
ns
0,92
ns
0,98
ns
tss (trifloxysulfuron-sodium); * (significativo a 5% de probabilidade pelo teste F); ** (significativo a 1% de probabilidade pelo
teste F); ns (não significativo); CV (coeficiente de variação); dms (diferença mínima significativa); Brix (sólidos solúveis totais);
Pol (sacarose aparente); PZ (Pureza do caldo); AR (açúcares redutores); ATR (açúcar total recuperável).
34
4.2 Tolerância de cultivares de R. communis e L. aegyptiaca a herbicidas
4.2.1 Ricinus communis
As sementes das cultivares de mamona apresentaram taxa de germinação
superior a das sementes silvestres, característica apresentada pelas plantas melhoradas
devido à maturação ser uniforme. Segundo a Secretária de Tecnologia Industrial do
Ministério da Indústria e Comercio (MIC/STI, 1985), a adequada seleção de espécies
vegetais destinados a produção de óleo combustível passa fundamentalmente por cinco
critérios, que são a aptidão, a produtividade, o ciclo produtivo, o manejo e a
estabilidade.
Entretanto quanto a viabilidade, não foi observado diferenças entre as
cultivares e as sementes das plantas silvestres, pois todas apresentaram valores
superiores a 98%. Os valores de velocidade de emergência e índice de velocidade de
emergência também não foram distantes entre os genótipos (Tabela 14).
A massa das sementes foi maior para a cultivar Guarani e IAC 2028,
evidenciando sementes maiores e de maior conteúdo e menor para a cultivar IAC 80 e
silvestre.
Tabela 14 - Germinação, índice de velocidade de emergência (IVE), velocidade de
emergência (VE), viabilidade e massa das sementes de cada lote utilizado no
experimento. IAC, 2010.
Massa
Germinação
IVE VE Viabilidade
100 sementes
Espécies
% dias % g
R. communis
(silvestre)
47 3,20 16,78 98 12,4
R. communis
(IAC Guarani)
84 4,63 18,15 100 53,5
R. communis
(IAC 80)
89 6,08 15,38 100 29,2
R. communis
(IAC 2028)
68 3,87 18,45 99 39,4
Para todo material genético de R. communis, aos 15 e 30 DAA, observou-se
sintomas de fitotoxicidade, com efeitos de moderados a severos. Nos tratamentos com
35
sulfentrazone, imazapic e isoxaflutole e nos tratamentos com clomazone e
ametryn+trifloxysulfuron-sodium, os efeitos foram de leves a moderados (Figura 3).
O material silvestre de R. communis foi susceptível ao tratamento com
sulfentrazone desde os 15 DAA, ocasião em que encontrava-se no estádio cotiledonar
apresentando manchas necróticas nas folhas (Figura 4), atribuindo-se nota de 98% aos
sintomas de fitotoxicidade considerados como severos. A 30 DAA ainda pode-se
observar as manchas necróticas, atribuindo-se notas de 96% aos sintomas de
fitotoxicidade, também considerados como severos (Figura 3). Os sintomas de
fitotoxicidade nas folhas da R. communis tratada com sulfentrazone, são devido à
inibição da enzima Protox, com efeitos sobre a síntese de lipídeos e a constituição da
parede celular, causando morte do tecido e manchas necróticas (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2005). As plantas do material silvestre também foram susceptíveis ao
tratamento com imazapic, que teve sintomas de fitotoxicidade avaliados em 63 e 89%
aos 15 e 30 DAA, respectivamente (Figura 3). Não foi observado morte nas plantas
tratadas com imazapic, mas desde o estádio cotiledonar, as folhas apresentaram
necrose e enfezamento das plantas (Figura 4), sendo esses sintomas característicos dos
herbicidas com mecanismos de ação de inibidores de ALS (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2005). As plantas foram moderadamente susceptíveis aos herbicidas
isoxaflutole, clomazone e ametryn+trifloxysulfuron-sodium, que tiveram atribuídas
notas de 57 e 80%; 44 e 46%; 13 e 32% aos 15 e 30 DAA, respectivamente (Figura 3).
Esses herbicidas não proporcionaram a morte das plantas, que apresentaram manchas
amarelas e brancas (Figura 4) devido ao mecanismo de ação das moléculas, que
segundo RODRIGUES & ALMEIDA (2005) inibem fases do processo fotossintético.
Nas plantas das cultivares IAC Guarani, IAC 80 e IAC 2028 de R. communis
foram observados os sintomas de fitotoxicidade entre os herbicidas, podendo
classificá-los na seguinte ordem decrescente de fitotoxicidade: sulfentrazone,
imazapic, isoxaflutole, clomazone e ametryn+trifloxysulfuron-sodium (Figura 3). Os
sintomas observados na parte aérea das plantas também foram similares aqueles
constatados no material silvestre e podem ser verificados pelas figuras 5, 6 e 7.
Em literatura foram encontradas referências sobre sintomas de fitotoxicidade
similares aos observados em campo. THEISEN et al. (2006) ao estudarem R.
communis, cv. AL Guarani, observaram que atrazine não foi seletivo às plantas
causando necrose foliar e redução no crescimento das plantas em estádios superiores a
cinco folhas e que clomazone causaram leves injúrias. MACIEL et al. (2007)
36
observaram injúrias de efeitos leves para as cultivares de mamona Íris e AL Guarany
2002 ao aplicar o herbicida clomazone (1000 g i.a ha
-1
) e BELTRÃO et al. (2004),
constataram injúrias leves às cultivares BRS 149 Nordestina e BRS 188 Paraguaçu ao
aplicar diuron (2,4 kg ha
-1
) e pendimethalin (1,5 kg ha
-1
). Os resultados obtidos para R.
communis foram contrários aos obtidos por THEISEN et al. (2006), que observaram
redução sobre a população de plantas (38%).
O número de plantas aos 30 DAA apresentou interação entre herbicidas e
cultivares de R. communis (Tabela 15). Analisando cada material de mamona dentro
dos tratamentos herbicidas, verificou-se que o sulfentrazone foi o mais prejudicial ao
material silvestre, enquanto que para IAC Guarani, IAC 80 e IAC 2028 foram
sulfentrazone e o imazapic. Na análise das cultivares de R. communis dentro de cada
tratamento herbicida verificou-se que o sulfentrazone causou fitotoxicidade para o
material silvestre, IAC Guarani e IAC 2028; o imazapic para a IAC 2028, IAC
Guarani e material silvestre, e isoxaflutole para o material silvestre. Entretanto o
clomazone e a mistura ametryn+trifloxysulfuron-sodium não afetaram o número de
plantas para os materiais genéticos de R. communis, exceto o clomazone para o
material silvestre.
Aos 30 DAA, altura das plantas e a massa seca da parte aérea da mamona não
foram reduzidas quando foi aplicado imazapic, sulfentrazone e isoxaflutole (Tabela
16). As cultivares desenvolvidas pelo IAC apresentaram altura e massa seca da parte
aérea superiores a do material silvestre. A altura do material silvestre é reduzido em
relação as cultivares, sendo que a IAC 80 foi a que apresentou maior altura, isso
devido as suas característica de porte (Tabela 16).
RAMIA et al. (2009), observaram menor redução na altura e na massa seca das
plantas de R. communis com a aplicação de ametryn+trifloxysulfun-sodium e maior
prejuízo com sulfentrazone e imazapic, aplicados em pré-emergência. Para RAMOS et
al (2006) os herbicidas metolachlor, alachlor, sulfentrazone, imazaquin e flumetsulan
não foram seletivos a espécie.
37
Figura 3 - Fitotoxicidade dos herbicidas sulfentrazone, imazapic, isoxaflutole,
clomazone e ametryn + trifloxysulfuron-sodium, aplicados em pré-emergência nos
diferentes genótipos de R. communis aos 15 e 30 dias após aplicação, médias de quatro
repetições. IAC, 2010.
38
Figura 4 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em pré-
emergência sobre as plantas silvestres de Ricinus communis aos 15 dias após
aplicação. IAC, 2010.
imazapic
isoxaflutole
ametryn+trifloxysulfuron
-
sodium
clomazone
testemunha
sulfentrazone
39
Figura 5 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em pré-
emergência sobre as plantas de Ricinus communis - IAC Guarani aos 15 dias
após aplicação. IAC, 2010.
imazapic
isoxaflutole
ametryn+trifloxysulfuron
-
sodium
clomazone
testemunha
sulfentrazone
40
Figura 6 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em pré-
emergência sobre as plantas de Ricinus communis - IAC 80 aos 15 dias após
aplicação. IAC, 2010.
imaza
pic
isoxaflutole
ametryn+trifloxysulfuron
-
sodium
clomazone
testemunha
sulfentrazone
41
Figura 7 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em pré-
emergência sobre as plantas de Ricinus communis - IAC 2028 aos 15 dias após
aplicação. IAC, 2010.
imazapic
isoxaflutole
ametryn+trifloxysulfuron
-
sodium
clomazone
testemunha
sulfentrazone
42
Tabela 15 - Desdobramento da análise de variância sobre o número de plantas de R. communis, influenciadas pela aplicação de herbicidas
em pré-emergência aos 30 dias após aplicação. IAC, 2010.
Herbicidas (B)
Espécies (A)
Testemunha
sulfentrazone
(0,8 kg ha
-1
)
imazapic
(0,147 kg há
-1
)
isoxaflutole
(0,1125 kg ha
-1
)
clomazone
(1,1 kg ha
-1
)
ametryn+tss
(1463+0,037 kg ha
-1
)
F
Material silvestre
39,75 Aa 3,75 Cb 20,75 BCab 27,00 ABb 40,50 Ab 38,50 Aa 12,04**
IAC Guarani 49,25 Aa 10,25 Bab 20,25 Bab 44,00 Aa 52,00 Aab 43,50 Aa 16,82**
IAC 80 41,25 ABa 19,75 Ca 29,50 BCa 52,75 Aa 44,25 ABab
30,50 BCa 8,20**
IAC 2028 49,25 Aa 12,50 Bab 12,00 Bb 53,00 Aa 56,00 Aa 41,25 Aa 23,14**
F
1,70
ns
2,86* 3,35* 7,76** 3,20* 2,11
ns
tss (trifloxysulfuron-sodium); * (significativo a 5% de probabilidade pelo teste F); ** (significativo a 1% de probabilidade pelo teste F); ns (não
significativo); Letras maiúsculas compara-se na linha e minúsculas na coluna.
43
Tabela 16 – Altura e Massa seca das plantas de R. communis aos 30 dias após
aplicação de herbicidas em pré-emergência. IAC, 2010.
Altura
(cm)
Massa Seca
(g)
Causas de variação
orig.
transf. orig.
transf.
Herbicidas (A)
Testemunha
55,49
7,41 a
37,60
6,03 ab
sulfentrazone
(0,8 kg ha
-1
)
22,20
4,41 b
7,09 2,20 c
Imazapic
(0,147 kg ha
-1
)
18,50
4,17 b
6,51 2,39 c
isoxaflutole
(0,1125 kg
-1
)
30,63
5,31 b
22,36
4,19 bc
clomazone
(1,1 kg ha
-1
)
60,24
7,61 a
53,74
7,04 a
ametryn+tss
(1463+0,037 kg ha
-1
)
48,53
6,91 a
40,94
6,24 ab
F
22,26**
19,67**
CV (%)
21,77
18,38
dms
1,49
2,15
Espécies (B)
Material silvestre
29,06
4,94 b
15,79
3,38 c
IAC Guarani
40,34
6,14 a
27,51
4,69 b
IAC 80
46,13
6,61 a
36,48
5,63 a
IAC 2028
41,52
6,19 a
32,37
5,03 ab
F
24,29**
29,33**
CV (%)
11,93
18,38
dms
0,55
0,65
Interação A x B
1,21
ns
1,16
ns
tss (trifloxysulfuron-sodium); orig. - dados originais; transf. dados transformados x
1/2
; *
(significativo a 5% de probabilidade pelo teste F); ** (significativo a 1% de probabilidade pelo
teste F); ns (não significativo); CV (coeficiente de variação); dms (diferença mínima
significativa).
4.2.2 Luffa aegyptiaca
A espécie de L. aegyptiaca foi mais susceptível ao tratamento com isoxaflutole
que aos demais herbicidas, com notas 94 e 96%, respectivamente aos 15 e 30 DAA,
causando efeitos severos à planta (Figura 8). Aos 15 DAA, as plantas que ainda
estavam no estádio cotiledonar apresentavam intenso amarelecimento nas folhas
(Figura 9), que persistiram até aos 30 DAA quando tratada com isoxaflutole.
Também foi possível observar sintomas de intoxicação de 18 e 77%,
respectivamente aos 15 e 30 DAA, quando as plantas de L. aegyptiaca foram tratadas
com imazapic (Figura 8). Em ambas as épocas de avaliação observou-se a necrose das
folhas e enfezamento das plantas (Figura 9). Os sintomas observados são
característicos do mecanismo de ação dos herbicidas inibidores de ALS, plantas com
44
manchas necróticas e o enfezamento das plantas ao imazapic (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2005).
As plantas de L. aegyptiaca foram tolerantes aos herbicidas sulfentrazone,
clomazone e ametryn+trifloxysulfuron-sodium com notas de sintomas de intoxicação
inferiores a 50% (Figura 8). Esses herbicidas não devem ser recomendados para uso no
controle de áreas infestadas com bucha.
Aos 30 DAA, verificou-se a redução do número de plantas de L. aegyptiaca
com aplicação de isoxaflutole e imazapic (Tabela 17). Esses herbicidas ainda
reduziram a altura e massa seca da L. aegyptiaca. PAVANI JR. (2008) observou baixa
tolerância aos herbicidas amicarbazone (1400 g ha
-1
), metribuzin (1920 g ha
-1
) e
diuron+hexazinone (468+132 g ha
-1
), aplicados em pré e pós emergência da espécie,
observando sintomas de fitotoxicidade e redução na altura e massa seca das plantas.
Figura 8 - Fitotoxicidade dos herbicidas sulfentrazone, imazapic, isoxaflutole,
clomazone e ametryn + trifloxysulfuron-sodium, aplicados em pré-emergência sobre as
plantas de L. aegyptiaca aos 15 e 30 dias após aplicação, médias de quatro repetições.
IAC, 2010.
45
Figura 9 - Sintomas visuais de fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em pré-
emergência sobre as plantas asselvajadas de Luffa aegyptiaca aos 15 dias após
aplicação. IAC, 2010.
imazapic
isoxaflutole
ametryn+trifloxysulfuron
-
sodium
clomazone
testemunha
sulfentrazone
46
Tabela 17 Número, Altura e Massa seca das plantas de L. aegyptiaca aos 30 dias
após aplicação de herbicidas em pré-emergência. IAC, 2010.
Número
Plantas
Altura
(cm)
Massa Seca
(g)
Causas de variação
orig.
transf. orig. transf.
orig.
transf.
testemunha
33,00
5,73 a 91,66 9,52 a
30,94
5,47 a
sulfentrazone
(0,8 kg ha
-1
)
24,50
4,94 ab
99,47 9,75 a
31,48
5,44 a
imazapic
(0,147 kg ha
-1
)
19,00
4,34 b 22,83 4,51 b
5,34 2,18 b
isoxaflutole
(0,1125 kg ha
-1
)
4,50 2,06 c 6,01 2,36 b
3,89 1,38 b
clomazone
(1,1 kg ha
-1
)
32,00
5,66 a 119,04
10,52 a
46,54
6,66 a
ametryn+tss
(1463+0,037 kg
-1
)
28,25
5,29 ab
77,86
8,80 a
25,57
5,04 a
F
37,91**
15,19**
12,00**
CV (%)
9,58 22,51
27,63
dms
1,02 3,92
2,77
tss (trifloxysulfuron-sodium); orig. - dados originais; transf. dados transformados x
1/2
; *
(significativo a 5% de probabilidade pelo teste F); ** (significativo a 1% de probabilidade pelo
teste F); ns (não significativo); CV (coeficiente de variação); dms (diferença mínima
significativa).
5 CONCLUSÃO
As cultivares de cana-de-açúcar IACSP 94-2094, IACSP 94-2101, IACSP 93-
3046, IACSP 94-4004, IACSP 86-2480 e RB 72-454, especialmente a cultivar IACSP
94-2101, foram susceptíveis aos herbicidas sulfentrazone, imazapic, isoxaflutole,
clomazone e ametryn+trifloxysulfuron-sodium até aos 30 dias após aplicação, mas
com posterior recuperação e sem comprometimento da produção e características
tecnológicas. As cultivares de Ricinus communis foram susceptíveis aos herbicidas
sulfentrazone, imazapic e isoxaflutole e Luffa aegyptiaca ao isoxaflutole e imazapic e
tolerantes aos demais herbicidas.
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