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esquema (Cerutti, 1989; Hayes, Brownstein, Zettle, Rosenfarb, & Korn, 1986; Shimoff,
Matthews, & Catania, 1986), o que difere do responder infrahumano submetido aos
mesmos esquemas de reforçamento (Baron & Galizio, 1983; Shimoff, Matthews, &
Catania, 1986). O termo cunhado e sua definição parecem encontrar respaldo nas palavras
de Skinner (1969/1975), que alerta: “quando as contingências mudam e não as regras, estas
poderão mais atrapalhar do que ajudar” (p. 34).
A mudança das contingências do esquema e a manutenção dos estímulos
antecedentes verbais tem sido uma das estratégicas metodológicas para a avaliação e
identificação desse fenômeno – insensibilidade. Outra possibilidade se refere à manutenção
do esquema em contrapartida à modificação da “regra”. Ambas as estratégias têm sido
utilizadas com esquemas simples e múltiplos, permitindo uma avaliação, posterior, ou
contínua e imediata, respectivamente, da sensibilidade do responder a esquemas de
reforçamento (Baron & Galizio, 1983; Catania, Matthews, & Shimoff, 1982; Cerutti, 1989;
Galizio, 1979; Hayes, Brownstein, Zettle, Rosenfarb, & Korn, 1986; Hayes, Brownstein,
Haas, & Greenway, 1986; Matthews, Catania, & Shimoff, 1985; Shimoff, Matthews, &
Catania, 1986).
Inúmeros estudos têm documentado o fenômeno da insensibilidade e diferentes
variáveis têm sido sugeridas como responsáveis pelo seu aparecimento: (a) história de
reforçamento contingente ao seguir instruções (Amorim, 1995; Assis, 1995; Cerutti, 1991;
Hayes, Brownstein, Zettle, Rosenfarb, & Korn, 1986; Weiner, 1964, 1969a, 1969b); (b)
tipos de instrução e seu processo de instalação, se modelada ou diretamente instruída
(Catania e cols., 1982; Matthews e cols., 1985; Shimoff, Matthews, & Catania, 1986); (c)
variabilidade do comportamento (Joyce & Chase, 1990; LeFrancois, Chase, & Joyce, 1989);
(d) a presença do experimentador (Albuquerque, Paracampo, & Albuquerque, 2004;
Cerutti, 1989; Cerutti, 1994; Barret, Deitz, Gaydos, & Quinn, 1987); (e) o não contato com
as contingências de reforçamento em operação (Galizio, 1979); e (f) os tipos de esquemas e
instruções utilizados (Torgrud & Holborn, 1990; Amorim, 2001).
No presente estudo, algumas destas pesquisas ou, pelo menos, parte delas serão
descritas, por serem relevantes a proposição do problema de pesquisa
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A distribuição dos estudos mencionados nos diferentes subtítulos indica apenas o destaque feito aqui aos
mesmos.