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Boas práticas no abastecimento de água: procedimentos para a minimização de riscos à saúde
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Secretaria de Vigilância em Saúde
Quadro 2.3 – Exemplos de situações ou práticas indesejáveis na decantação
ITEM SITUAÇÃO OU PRÁTICA
INDESEJÁVEIS
CONSEQÜÊNCIA
SOLUÇÃO/ PREVENÇÃO
DO PROBLEMA
01
Seleção da taxa de aplicação
supercial sem a realização de
ensaios de tratabilidade para a
determinação dos parâmetros
ótimos.
Comprometimento da decanta-
ção, sobrecarga dos ltros, compro-
metimento da qualidade da água
ltrada e da desinfecção.
Falha mais freqüente:
• operação do processo inade-
quada à qualidade da água e
às variações de vazão.
Realização de ensaios de tratabili-
dade e determinação dos parâmetros
ótimos, levando em consideração
variações sazonais da qualidade da
água e das vazões.
02
Falhas de projeto ou constru-
tivas de unidades de decantação
Exs.: tempo de detenção
inadequado; taxas de aplicação
supercial inadequadas.
Comprometimento da decanta-
ção, sobrecarga dos ltros, compro-
metimento da qualidade da água
ltrada e da desinfecção.
Falha mais freqüente:
• operação do processo inade-
quada à qualidade da água e
às variações de vazão.
Determinação criteriosa dos parâ-
metros de projeto e execução cuidado-
sa das unidades de decantação.
Levantamento das dimensões exatas
das unidades executadas e em ope-
ração; levantamento dos parâmetros
reais de operação; comparação com
os parâmetros ótimos e realização dos
ajustes necessários.
03
Falhas de projeto ou cons-
trutivas de unidades de decan-
tação.
Exs.: distribuição desigual da
água oculada para os decanta-
dores, por deciência do canal
de distribuição ou da cortina
distribuidora; estruturas de
entrada inadequadas.
Comprometimento da decanta-
ção, sobrecarga dos ltros, compro-
metimento da qualidade da água
ltrada e da desinfecção.
Falhas mais freqüentes:
• gradientes excessivos na cone-
xão oculador–decantador e
nas estruturas de entrada do
decantador, com possibilidade
de ruptura dos ocos;
• favorecimento de zonas mortas
ou curtos-circuitos.
Levantamento das dimensões e das
características hidráulicas das unida-
des executadas e em operação e reali-
zação dos ajustes necessários.
Ex.: os gradientes na conexão ocu-
lador–decantador e nas estruturas de
entrada do decantador devem ser infe-
riores ao gradiente da última câmara
de oculação.
Otimizar a distribuição de uxo en-
tre decantadores e em cada unidade.
04
Falhas de projeto ou constru-
tivas de unidades de decantação
Ex.: coleta desigual de água
decantada por desnivelamento
dos vertedores ou das bordas
das calhas de coleta de água
decantada.
Comprometimento da decanta-
ção, sobrecarga dos ltros, compro-
metimento da qualidade da água
ltrada e da desinfecção.
Falhas mais freqüentes:
• arraste de ocos;
• favorecimento de zonas mortas
ou curtos-circuitos.
Implantar vertedores ajustáveis
devidamente nivelados ou nivelar os
vertedores existentes.
05
Controle operacional inade-
quado da decantação.
Comprometimento da decanta-
ção, sobrecarga dos ltros, compro-
metimento da qualidade da água
ltrada e da desinfecção.
Falhas mais freqüentes:
• operação do processo inade-
quada às variações de qualida-
de da água e de vazões;
• sobrecarga dos decantadores.
Realização sistemática de teste de
jarros, com base nos parâmetros reais
de operação, abrangendo variações
sazonais da qualidade da água e de
vazões.
Controle e variação de vazões a m
de adequar as taxas de aplicação su-
perciais aos parâmetros ótimos, de
acordo com as variações da qualidade
da água.
Otimização do processo com decan-
tação laminar.
Continua...