Tabela 4. Período de Pré-oviposição (PPO), de oviposição (PO),
Longevidade (L) de machos e fêmeas de D. speciosa quando alimentados em feijoeiro na
fase adulta e criados em diferentes hospedeiros na fase larval. Temperatura de 25 ± 2° C,
UR 60 ± 10% e fotofase de 14 horas.
Hospedeiro
(fase larval)
PPO
(dias)
PO
(dias)
F
(nº ovos/♀)
L
(dias)
♂ ♀
Feijão 8,8 ± 0,5
1
b 45,2 ± 9,4 a 285,5 ± 97,2 b 53,8 ± 12,3 a 62,0 ± 9,0 a
Soja 15,2 ± 1,7 a 37,6 ± 7,1 a 236,6 ± 73,0 b 62,3 ± 10,2 a 63,3 ± 8,5 a
Nabo 16,0 ± 2,5 a 27,3 ± 8,9 a 36,7 ± 31,9 c 38,7 ± 7,7 ab 39,4 ± 6,9 a
Batata 12,0 ± 1,9 ab 32,5 ± 10,7 a 125,4 ± 49,3 bc 21,6 ± 7,1 b 44,2 ± 9,9 a
Milho 9,7 ± 1,0 b 41,3 ± 6,2 a 746,6 ± 161,8 a 48,4 ± 5,0 a 56,1 ± 7,3 a
Trigo 14,0 ± 2,2 a 29,6 ± 2,94 a 143,4 ± 30,8 bc 46,1 ± 7,7 a 51,0 ± 5,9 a
CV (%) 33,43 66,94 70,83 36,22 27,62
1
Erro-padrão.
Médias seguidas da mesma letra, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Duncan (p < 0,05).
O período de incubação dos ovos foi superior para os insetos criados com batata e
soja, seguido por nabo e feijão, e inferior para aqueles criados em trigo
(Tabela 5). Diferentemente, a viabilidade dos ovos foi significativamente maior para os
insetos criados em trigo quando comparado àqueles criados em feijão. Essa diferença nos
resultados do período de incubação e viabilidade de ovos de D. speciosa pode ocorrer
devido ao tipo de alimento consumido na fase larval. Segundo Delisle & Bouchard (1995),
as fêmeas que consomem hospedeiros inadequados durante o desenvolvimento larval,
geralmente adquirem uma quantidade limitada de componentes nutritivos essenciais para
a maturação dos ovos.
Com relação ao ritmo de postura de D. speciosa, verificou-se dois picos de
oviposição (2ª e 8ª avaliação) nos insetos criados com trigo na fase larval (Fig. 8). Já com
relação aos insetos criados com nabo e batata foi constatado apenas 1 pico de postura. Nos
demais hospedeiros não foram verificados picos característicos de oviposição. Resultados
semelhantes de ausência desses picos também foram relatados por Ávila (1999), quando
fêmeas de D. speciosa foram criadas em milho e alimentadas com folhas de feijoeiro na
fase adulta.