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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
Biofertilizante bovino e adubação mineral no mamoeiro e
na fertilidade do solo.
Fernanda Aspazia Rodrigues de Araújo
AREIA, PB
MARÇO – 2007
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iii
FERNANDA ASPAZIA RODRIGUES DE ARAUJO
Biofertilizante bovino e adubação mineral no mamoeiro e na
fertilidade do solo.
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FERNANDA ASPAZIA RODRIGUES DE ARAUJO
Biofertilizante bovino e adubação mineral no mamoeiro e na
fertilidade do solo.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Agronomia do Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal da
Paraíba, como requisito parcial para obtenção do
Título de Mestre em Agronomia – Área de
concentração: Agricultura Tropical.
Orientador: Prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante
AREIA, PB
MARÇO, 2007
v
FERNANDA ASPAZIA RODRIGUES DE ARAUJO
Mamoeiro Havaí, biofertilizante bovino e adubação mineral – reflexos
no crescimento, produção, nutrição e fertilidade do solo
Aprovada em: 13 / 03 /2007
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante
CCA/UFPB/AREIA – PB
- Orientador -
Dr. Amilton Gurgel Guerra
EMBRAPA/EMPARN-RN
- 1º Examinador -
Prof. Dr. Roberto Wagner Cavalcanti Raposo
CCA/UFPB/AREIA – PB
- 2º Examinador -
AREIA, PB
MARÇO, 2007
vi
À Deus que é fonte infinita de força, sabedoria e luz
para minhas caminhadas,
Ofereço
Aos meus amados pais Francisco Sales Rodrigues e
Valdelice Alves de Araújo que sempre foram
exemplo de honestidade, dedicação, superação de
dificuldades e, nos meus estudos, a força que sempre
me sustentou em todos os momentos;
A Flavia Rodrigues de Araújo, minha irmã, que por
vezes encorajou-me e ajudou-me das mais diversas
formas;
Ao meu Tio Vormá Pessoa da Silva pela ajuda e pelo
amor por mim demonstrado;
Aos meus avós, tios, primos pela confiança e carinho.
Ao grande mestre Lourival Ferreira Cavalcante que
sempre acreditou no meu potencial e pelo quanto que
contribuiu para que eu subisse mais esse degrau,
Dedico
vii
Ao meu orientador, mestre, professor, amigo e exemplo - LOFECA
”Nas últimas vezes que nos falamos, nos últimos dias e meses, e em todos esses anos
acabei não lembrando de dizer o significado da tua existência
para mim: És, foi e sempre vais ser alguém especial!
Esqueci de dizer que mesmo distante teu papel na minha vida foi demais importante...
És pessoa querida!
Esqueci de dizer no último encontro que não importa se nunca vamos nos ver...
Marcaste minha vida, me fizeste crescer!
Esqueci de dizer...deveria ter falado! Tu me ensinaste a viver mesmo quando cansado.
Esqueci de agradecer pela amizade que você me vota e por meus defeitos que você nem
nota...
Sou grata amigo...
Por meus valores que você aumenta, por minha fé que você alimenta...
Pelo silêncio que diz quase tudo, por este olhar que me reprova mudo...
Pela pureza dos seus sentimentos, pela presença em todos os momentos...
Por ser presente, mesmo quando ausente, por ser feliz quando me vê contente...
Por este olhar que diz: "Amigo, vá em frente!"
Por ficar triste, quando estou tristonho, por rir comigo quando estou risonho...
Por me apontar pra DEUS a todo o instante, por esse amor fraterno tão constante...
Por tudo isso e muito mais eu digo:
DEUS TE ABENÇOE, MEU QUERIDO AMIGO!”
Autor desconhecido
“ Com toda estima e gratidão, por tudo que fizeste por mim, pelo exemplo de ser
humano e profissional que és, agradeço-te!!”
Fernanda
viii
AGRADECIMENTOS
Ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba por mais esta
oportunidade de qualificação profissional.
Aos funcionários do CCA que tanto contribuem para o funcionamento e sucesso
do mesmo.
À CAPES pela concessão de bolsa de pesquisa durante parte do curso de
mestrado.
A EMATER-RN pela inestimável Escola de Agronomia que é e pela oportunidade
de estar junto a este órgão de Extensão Rural trabalhando pela melhoria da qualidade de
vida dos agricultores do Rio Grande do Norte.
Aos professores que contribuíram para minha qualificação profissional e formação
humana.
Aos companheiros de jornada que ingressaram junto comigo no curso de pós-
graduação em 2005 pelas batalhas enfrentadas e por mais uma guerra vencida:
(Agronomia) Eliziete (Lili), Fábio Marques, Juliano, Thelmo, Artenisa, Selma, Antônia,
Marlene, Valdeci, Rodolfo, Jândie, Anne Eveline, Carlos Henrique, Uilma, Lúcia,
Edson, Andréa, Nairan.
Aos amigos da casa de mestrado, onde fui acolhida e passei a maior parte dos
momentos na elaboração deste trabalho.
À amiga de todas as horas Nivânia Pereira da Costa por todos os momentos que
passamos juntas, pelos cafés, pelas horas de conversa jogada fora, pelo apoio nas horas
difíceis e parceria nas horas alegres. (Obrigada por tudo minha amiga!!!)
Aos companheiros de trabalho da equipe Macaquinhos: Tony Andreson, Artenisa,
João Paulo, Vinícius (Aranha), Geocleber, Gibran, Adeilson, Tancredo, Bruno,
Mesquita, além dos funcionários Zé Amaro, Zezinho, Dorinha e Zé Daniel que
estiveram sempre presentes na execução dos trabalhos de campo.
ix
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ................................................................................................... xi
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... xii
RESUMO ........................................................................................................................ xvi
ABSTRACT .................................................................................................................... xvii
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 3
2.1 O cultivo do mamoeiro no Brasil ............................................................................ 3
2.2 Emprego dos biofertilizantes líquidos na agricultura .......................................... 5
2.3 Nutrição mineral ...................................................................................................... 8
3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 10
3.1 Clima e Solo .............................................................................................................. 10
3.2 Delineamento Experimental .................................................................................... 14
3.3 Preparo das covas ..................................................................................................... 14
3.4 Plantio de mudas e condução de experimento ....................................................... 15
3.5 Preparo do Biofertilizante ....................................................................................... 17
3.6 Variáveis estudadas .................................................................................................. 18
3.6.1 Nas plantas ............................................................................................................. 18
3.6.2 Nos frutos ............................................................................................................... 19
3.6.3 No solo .................................................................................................................... 20
3.7 Avaliação Estatística do Experimento .................................................................... 20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 23
4.1 Crescimento e Produção .......................................................................................... 21
4.1.1 Crescimento ........................................................................................................... 21
4.1.2 Floração e alguns componentes da produção ..................................................... 25
4.2 Caracterização Química e Física dos Frutos ......................................................... 30
4.2.1 Atributos externos ................................................................................................. 30
4.2.2 Atributos internos ................................................................................................. 34
4.3 Composição mineral ................................................................................................ 40
4.3.1 Teores de macronutrientes ................................................................................... 40
4.3.2 Teores de micronutrientes .................................................................................... 47
4.4 Fertilidade do Solo ................................................................................................... 53
x
5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 66
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 67
7. ANEXOS...................................................................................................................... 79
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.
Pluviosidades mensais e totais na área experimental nos anos de
2004 e 2005.
11
Tabela 2
Alguns atributos físicos e químicos do solo antes do plantio
12
Tabela 3.
Composição química do solo em micromutrientes antes do plantio
13
Tabela 4.
Composição química, em macro, micronutrientes e sódio na
matéria seca do biofertilizante bovino
14
Tabela 5.
Composição química do esterco bovino incorporado nas covas
antes do plantio.
15
Tabela 6.
Quantidades de NPK aplicados ao solo em cobertura nas
diferentes idades pós plantio do mamoeiro Baixinho de Santa
Amália .
16
Tabela 7.. Composição química e classificação da água quanto à salinidade
para fins de irrigação
17
Tabela 8.
Valores de atributos químicos, do solo antes da instalação do
experimento, da composição mineral do mamoeiro Baixinho de
Santa Amália no início de frutificação das plantas em função da
aplicação de biofertilizante e adubação mineral com NPK
aplicados ao solo.
65
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.
Preparo dos biofertilizantes anaerobicamente
20
Figura 2.
Altura de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália em função da
aplicação de biofertilizante fornecido no solo com (---) e sem (
___
)
adubação mineral com NPK, nas diferentes idades das plantas.
22
Figura 3.
Altura de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália em função da
aplicação de biofertilizante fornecido no solo sem (A) e com (B)
adubação mineral com NPK, nas diferentes idades das plantas.
23
Figura 4.
Diâmetro caulinar de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália,
com (----) e sem (
___
) adubação mineral, em função de doses de
biofertilizante fornecido ao solo na forma líquida e da idade das
plantas.
24
Figura 5.
Diâmetro caulinar de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália,
na presença de adubação mineral, em função de doses de biofertilizante
fornecido ao solo na forma líquida e da idade das plantas.
25
Figura 6.
Número de frutos por planta (A); massa média de frutos (B); produção
por planta (C) e produtividade do mamoeiro Havaí cv. Baixinho de
Santa Amália, em função da aplicação de biofertilizante bovino líquido
no solo, com (----) e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
29
Figura 7.
Valores do diâmetro longitudinal - DL (A) e transversal - DT (B),
firmesa dos frutos com casca – FCC (C), sem casca – FSC (D) e massa
da casca dos frutos do mamoeiro Havaí cv. Baixinho de Santa Amália
cultivado em solo com biofertilizante bovino na ausência e presença de
adubação mineral com NPK em cobertura.
33
Figura 8.
Valores de rendimento em polpa-RP (A), sólidos solúveis-SS (B),
acidez titulável-AT (C), relação SS/AT (D), pH (E) e teores de
vitamina C – VITC (F) da polpa dos frutosem frutos de mamoeiro
Havaí cv. Baixinho de Santa Amália, em função da aplicação de
biofertilizante bovino líquido no solo com e sem adubação mineral com
NPK.
37
Figura 9.
Valores de rendimento de polpa – RP (A), massa de casca – MC (B),
pH (C), sólidos solúveis – SS (D), e relação SS/AT – (E) em frutos de
mamoeiro Havaí cv. Baixinho de Santa Amália referentes aos
39
xiii
contrastes C versus SC ( com – C e sem calcário – SC), B+C versus
B+SC ( biofertilizante com – C e biofertilizante sem calcário – SC).
Figura 10.
Teores de nitrogênio em limbo e pecíolo de mamoeiro Havaí, em função
da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----)
e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
41
Figura 11.
Teores de fósforo no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
42
Figura 12.
Teores de potássio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
43
Figura 13.
Teores de cálcio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
44
Figura 14.
Teores de magnésio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
45
Figura 15.
Teores de enxofre no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
46
Figura 16.
Teores de boro no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
48
Figura 17.
Teores de cobre no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
49
Figura 18.
Teores de ferro no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
49
Figura 19.
Teores de manganês no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí,
em função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com
(----) e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
51
Figura 20.
Teores de zinco no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
52
xiv
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
Figura 21.
Teores de sódio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----)
e sem (
___
) adubação mineral com NPK.
53
Figura 22.
Valores de pH no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e
ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
54
Figura 23.
Teores de matéria orgânica no solo cultivado com mamoeiro Havaí em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na
presença (----) e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
55
Figura 24.
Teores de fósforo no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e
ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
56
Figura 25.
Teores de potássio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função
da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----
) e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
58
Figura 26.
Teores de cálcio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e
ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
59
Figura 27.
Teores de magnésio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função
da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----
) e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
60
Figura 28.
Teores de sódio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e
ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
61
Figura 29.
Valores de hidrogênio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na
presença (----) e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
62
Figura 30.
Soma de Bases (SB) no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função
da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (---)
e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
62
Figura 31.
Capacidade de troca catiônica (CTC) no solo cultivado com mamoeiro
63
xv
Havaí em função da aplicação de biofertilizante bovino líquido via
solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
Figura 32.
Capacidade de troca catiônica (CTC) no solo cultivado com mamoeiro
Havaí em função da aplicação de biofertilizante bovino líquido via
solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
64
xvi
ARAUJO, F. A. R. Biofertilizante bovino e adubação mineral no mamoeiro e na
fertilidade do solo. 89p. Dissertação (Mestrado em Agronomia). Centro de Ciências
Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia – PB.
RESUMO
A cultura do mamoeiro (Carica papaya L.) apresenta elevados gastos com
insumos e defensivos agrícolas evidenciando a necessidade de utilizar produtos
alternativos como os biofertilizantes bovinos visando reduzir custos e prejuízos
ambientais. Neste sentido, um experimento foi conduzido no período de maio de 2004 a
abril de 2006, no município de Remígio, Estado da Paraíba, para avaliar os efeitos do
biofertilizante bovino aplicado via solo na forma líquida e adubação mineral com NPK,
sobre o crescimento, produção, qualidade pós-colheita de frutos, nutrição mineral do
mamoeiro e na fertilidade do solo. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso,
com três repetições e quatro plantas por parcela, empregando arranjo fatorial 5x2+2
referentes às doses 0,0; 0,8; 1,6; 2,4 e 3,2 L planta
-1
do biofertilizante bovino, na
ausência e presença de adubação mineral com NPK e os tratamentos adicionais relativos
ao solo sem biofertilizante, sem calcário e com biofertilizante na dose média e sem
calcário. O biofertilizante foi aplicado 30 dias antes do transplantio e a cada 60 dias até
o final da colheita. Pelos resultados o crescimento em altura e o diâmetro caulinar das
plantas foram adequados, mas com supremacia no solo com biofertilizante e adubação
mineral. A produtividade foi baixa mas significativamente superior nos tratamentos com
o insumo orgânico e NPK. Os frutos dos tratamentos com biofertilizante sem NPK
alcançaram maiores rendimentos em polpa e maiores teores de sólidos solúveis, maior
firmeza e menor massa de casca. As plantas, no início da frutificação, estavam
nutricionalmente equilibradas em nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, boro e zinco,
mas deficientes em cálcio, cobre, ferro e manganês. O biofertilizante, na ausência de
NPK, provocou maiores elevações no pH, matéria orgânica e cálcio, e reduções mais
acentuadas nos teores de alumínio e hidrogênio no solo, quando comparado aos
tratamentos que receberam aplicação de adubação mineral.
xvii
ARAUJO, F. A. R. Liquide bovine manure and mineral fertilization in the Papaya
plants and soil fertility. 2007. 89p. Essay (Master degree). Centro de Ciências
Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia – PB.
ABSTRACT
The culture of papaya (Carica papaya L.) present a high number with agricultural
supports and pesticides showing the necessity of alternative use of the products like
bovine liquid manure trying to reduce costs and environmental damages. Therefore, this
experiment was done during May/2004 and April/2006, in the municipallity of Remígio,
State Paraíba, to evaluate bovine liquid manure effects applied on soil in a liquid form
and mineral fertilization with NPK, in the growth, production, post-harvest fruits’
quality, papaya tree mineral nutrition and soil fertility. The experimental design was
made of randomized blocks, with three repetitions and four plants per parcel, using
factorial arrangement 5x2+2 refering to dosis 0.0; 0.8; 1.6; 2.4 and 3.2 L plant
-1
of
bovine liquid manure, with and without mineral fertilization with NPK and additional
treatments refering to soil without biofertilizer, without calcarium and with bovine
liquid manure on medium average and without calcarium. The bovine liquid manure
was applied 30 days before the trans-planting and each 60 days until the end of
cropping. The growth in height and stem diameter were appropriate, showing
supremacy on soil with bovine liquid manure and mineral fertilization.The productivity
was low, but significantly high on treatments with organic insume and NPK. Fruits
with bovine liquid manure treatment without NPK had great pulp contend and highest
levels of soluble solids, greater firmness and a reduction on the cooper mass. Plants, in
the beginning of frutification were equally in N, P, K, Mg, Br and Zn but had deficiency
in Ca, Cu, Fe and Mn. The bovine liquid manure without NPK, had bigger increase of
pH, organic matter and calcium and accented reducition in the levels of aluminium and
hydrogen on soil, when compared to treatments that received application of mineral
fertilization.
1
1
1. INTRODUÇÃO
Originária da América tropical, o mamoeiro (Carica papaya L.) se disseminou por
todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. Levada pelos navegantes espanhóis e
portugueses tornou-se uma das frutas mais apreciadas e populares do mundo (Medina, 1980,
Souza, 2000).
Da família Caricaceae e gênero Carica, o mamão é conhecido no México como papaia,
fruta boma em Cuba e passarraiva no Nordeste brasileiro. Por ser uma planta de clima
tropical os plantios se localizam em regiões quentes, podendo ser cultivado em regiões de
maior altitude, de temperaturas mais baixas, porém com prejuízo à qualidade dos frutos. A
temperatura ideal para a cultura é, em média, 25°C podendo ser cultivado sob temperaturas
médias anuais de 21°C a 33°C, condições freqüentes na maior parte do território brasileiro
(Oliveira et al., 2004).
A fruticultura brasileira destaca-se como uma das três maiores do mundo, sendo
superada apenas pela China e Índia. Apresenta uma relevante importância sócio-econômica
empregando 5,6 milhões de pessoas, 27% da mão-de-obra agrícola do país, além de estar
fundamentada em pequenas e médias propriedades (Anuário da Fruticultura). Nesse contexto,
o mamoeiro apresenta-se como a terceira frutífera mais cultivada no país, superada pelo
citrus e da banana, produzindo no ano de 2005 cerca de 1650 toneladas, representando 5% da
produção nacional de frutas (Fernandes, 2006).
Dentre as cultivares do mamoeiro Havaí, o Baixinho de Santa Amália possui porte
baixo, comprimento pequeno de folha, início de florescimento próximo dos 70 dias, altura
média de inserção dos primeiros botões florais 54 cm e, por isso desperta grande interesse
dos produtores brasileiros (Kimura, 1997; Oliveira et al., 2002; Anuário da Fruticultura,
2006).
2
2
No âmbito da agricultura moderna são exigidos produtos isentos do uso de insumos
sintéticos e defensivos químicos para garantia de qualidade para os produtores e
consumidores, agredindo menos o meio ambiente e o homem (Cantillano & Castañeda,
2005). Nesse sentido, a utilização de insumos naturais, como os estercos líquidos ou
biofertilizantes, deve ser estimulada tanto na pulverização das plantas com diretamente
aplicados nos solos.
Nas plantas os efeitos do uso de biofertilizantes líquidos são mais efetivos no controle
de pragas e doenças, na aceleração de crescimento e estado nutricional (Santos, 1992; Bettiol
et al., 1998; Medeiros, 2002; Penteado, 2004). Nos solos o uso dos biofertilizantes é menos
freqüente na literatura, mas podem contribuir para melhoria física e promover a produção de
substâncias húmicas que exercem expressiva importância na fertilidade do solo com reflexos
positivos na produção (Galbiatti et al., 1991; Lorgreid et al., 1999; Delgado et al., 2002).
Entretanto, são freqüentes os conflitos de informações a respeito do uso de biofertilizante no
solo sobre a produtividade, nutrição das plantas e fertilidade dos solos cultivados com
olerícolas e frutícolas como melão (Duenhas, 2004), pimentão (Alves, 2006), mamoeiro
(Mesquita, 2005) e maracujazeiro-amarelo (Santos, 2004; Campos, 2006; Rodrigues, 2007).
O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do biofertilizante bovino aplicado via
solo na forma líquida e adubação mineral com NPK, sobre os atributos biológicos
quantitativos, produção, qualidade pós-colheita de frutos, nutrição mineral do mamoeiro e na
fertilidade do solo.
3
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O cultivo do Mamoeiro no Brasil
O Brasil desponta como maior produtor mundial de mamão, sendo responsável por
cerca de 25% da produção mundial, porém exporta apenas 2% do total produzido, ocupando
o 3º lugar nas exportações mundiais, superado apenas pelo México e Malásia (Cantillano &
Castañeda, 2005; Silva, 2004).
O mamoeiro é cultivado em quase todo território nacional, já teve como maiores
produtores os estados de São Paulo e Pará, sendo que, atualmente, destacam-se os estados da
Bahia e Espírito Santo, despontando também o Estado do Rio Grande do Norte que vem
trabalhando com a cultura a cerca de três anos (Martins, 2005; Anuário Brasileiro da
Fruticultura, 2006).
Dentre as cultivares de mamão mais exploradas no Brasil destaca-se o Sunrise Solo que
é procedente da Estação Experimental do Havaí (EUA) e apresenta grande aceitação no
mercado interno e externo (Dantas, 1999). A cultivar denominada Baixinho de Santa Amália
originou-se provavelmente de uma mutação do ‘Sunrise Solo’ originando plantas de baixo
porte, qualidade que lhe confere a possibilidade de ser cultivado em ambiente protegido,
altura de inserção das primeiras flores de 50 a 70 cm, inicio de produção do oitavo ao nono
mês após o plantio, produção em torno de 50 t/ha/ano e frutos pesando em media 550 g, com
polpa vermelho-alaranjada e pouco consistente, dificultando sua comercialização para
mercados distantes devido à baixa resistência ao transporte (Marin et al., 1995).
Apesar da ampla adaptabilidade da cultura para produzir adequadamente, o mamoeiro
Havaí expressa melhor seu potencial produtivo em regiões de grande insolação, com
temperaturas variando de 22 a 26°C, pluviosidade entre 1800 a 2000mm anuais bem
4
4
distribuídos e altitudes de até 200 m acima do nível do mar, umidade relativa entre 60 a 85%,
solo de textura areno-argilosa, com pH variando de 5,5 a 6,7, porém essas condições não têm
limitado a produção em novas áreas agrícolas (Oliveira, 1999).
A importância sócio-econômica do mamoeiro está em ser uma cultura de ciclo mais
curto quando comparada a outras frutíferas como graviola, citros, e goiaba, proporcionando
um rápido retorno do capital investido e um maior rendimento por área, aproveitando a mão-
de-obra familiar, uma vez que a renovação dos pomares se dá a cada dois anos, além de
produzir o ano inteiro, absorvendo mão-de-obra constantemente (Silva, 2004).
O mamão tem grande aceitação no mercado interno e externo, por apresentar sabor
agradável, o teor de açúcar apropriado, baixa acidez, o equilíbrio de nutrientes e a presença
de vitamina A e C, sendo o fruto bastante conhecido por apresentar propriedades nutricionais
e benéficas à saúde humana, tais como sua função de reguladora do sistema gastro-intestinal.
Dentre as vantagens do cultivo do mamoeiro, destacam-se a densidade do plantio, o
rápido desenvolvimento e elevado teor de açúcar (Cavalcante et al., 2006). A densidade de
cultivo foi estudada por Pastor (2002) no cultivo em ambiente protegido e constatou que para
essa cultivar o menor espaçamento (2666 plantas ha
-1
) proporcionou uma maior
produtividade.
Para Dantas & Castro Neto (2000) a qualidade dos frutos do mamoeiro está diretamente
associado às flores. Dessa forma, as plantas com flores hermafroditas e elongatas produzem
frutos comerciais de maior preferência em relação aos frutos originados de flores femininas.
Os atributos mais exigidos pelo mercado interno e externo são: a) peso entre 350 e 550g,
oriundos de plantas hermafroditas; b) formato periforme; c) casca lisa, sem manchas
externas; d) polpa de coloração vermelha-amarelada (mercado externo); e) resistência a
longos períodos de armazenamento; f) altos teores de açúcares; g) ausência de odor
desagradável ou almiscarado.
5
5
O ponto de colheita do mamão é de extrema importância para obtenção de frutos de
qualidade físico-químicas desejáveis, sendo indicada a colheita quando os frutos
apresentarem pelo menos 6% da sua coloração amarelada. A composição química varia em
função da fertilidade do solo, da época do ano, da variedade e do grau de maturação. As
características desejáveis da polpa do mamão variam nos diferentes abributos: sólidos
solúveis (°Brix) de 10 a 12; pH de 3,5 a 3,7; acidez titulável (ácido cítrico - %) de 0,20 a
0,25; relação SS/AT de 40,0 a 60,0; ácido ascórbico (mg 100 g
-1
) de 30,0 a 130,0 para
valores de mínimo e máximo, respectivamente (Folegati & Matsuura, 2002).
2.2. Emprego dos biofertilizantes líquidos na agricultura
A utilização de adubos minerais tem como objetivo fornecer nutrientes às plantas de
forma rápida e eficiente, contudo a aplicação desordenada desses insumos pode limitar a
produção agrícola quando não se leva em conta aspectos inerentes ao manejo e conservação
dos solos agrícolas, não são adequadas acarretando desequilíbrios químicos, físicos e
biológicos, além de reduções drásticas dos níveis de matéria orgânica do solo (Longo, 1987;
Primavesi, 1987; Cunha et al., 2001).
O uso indiscriminado de fertilizantes minerais e de defensivos sintéticos na agricultura
brasileira contribui para o aumento do custo de produção e da contaminação do meio
ambiente, evidenciando a importância do aperfeiçoamento de técnicas de cultivo, com menor
custo de produção e reduzidos impactos ambientais negativos. Ultimamente, a substituição
dos agroquímicos por produtos alternativos, como os biofertilizantes, para o aumento da
produtividade e controle de pragas e doenças das plantas vem crescendo em todo país (Dias
et al., 2003).
6
6
Das fontes de matéria orgânica, o esterco bovino ou de curral, é
considerado um dos
produtos com
maior potencial de uso como fertilizante orgânico. Contudo, ainda se tem uma
deficiência na obtenção de dados no que diz respeito às quantidades que devem ser utilizadas
para se obter rendimentos satisfatórios, seja através de seu uso de forma isolada, ou associada
à adubos minerais (Noronha, 2000).
Existe a necessidade de se desenvolverem estudos locais, visando caracterizar física e
quimicamente o esterco de bovinos nas diversas formas de armazenamento e tratamento
adotados, evitando-se assim a recomendação de dosagens excessivas ou mesmo subdosagens
que implicariam na perda de elementos fertilizantes ou baixas produtividades das culturas,
respectivamente (Barcelos, 1991).
Os compostos orgânicos, dentre eles os biofertilizantes, conferem ao solo aspectos
nutricionais e biológicos que auxiliam sobremaneira no cultivo de plantas. Quase sempre nos
sistemas orgânicos, verificam-se melhorarias dos atributos químicos, físicos e biológicos do
solo que promovem um desenvolvimento vegetativo adequado à obtenção de produtividade
economicamente viável (Souza, 1998).
Os biofertilizantes são efluentes pastosos resultantes da fermentação metanogênica e
anaeróbica da matéria orgânica por um tempo determinado podendo ainda ser defenidos
como sendo compostos biologicamente ativos, produzidos com biodigestores por meio de
compostagem aeróbica e anaeróbica da matéria orgânica. Dentre as vantagens do seu uso
destacam-se o baixo custo, baixo risco de contaminação e aumento na produtividade agrícola
(Santos, 1992; Bettiol et al., 1997).
Na literatura os estudos a respeito da composição dos biofertilizantes ainda são pouco
frequentes, entretanto sabe-se que os biofertilizantes líquidos possuem na sua composição
básica os doze elementos essências e os oligominerais necessários aos vegetais e ainda
7
7
favorecem a estimulação da proteossíntese com conseqüente aumento de sua resistência a
fitomoléstias, inclusive as de causa virótica (Santos & Ákila, 1996).
A atuação dos biofertilizantes na nutrição das plantas e sua atuação como fitoprotetor
vem sendo observada e todas as informações convergem com a teoria de Chaboussou (1985)
quanto aos efeitos desequilibradores dos adubos minerais solúveis no metabolismo das
plantas. É certo que o referido insumo orgânico em contato com a planta, apesar de fornecer
nutrientes e compostos químicos em pequenas quantidades, XXXXXX quantitativos suprem
as demandas fisiológicas e nutricionais da planta, além de estimular as reações metabólicas.
Uma hipótese é que o biofertilizante atue como agente elicitor de defesas naturais da planta,
induzindo à resistência sistêmica (Deffune, 2001). Para Medeiros (2002) é possível que o
biofertilizante funcione com antibiótico, agindo diretamente sobre a praga ou
microorganismo fitopatogênico através de seus compostos tóxicos e imunossupressores.
Pesquisas revelam os efeitos positivos dos biofertilizantes líquidos sobre índices
produtivos de culturas, bem como sobre aspectos relacionados à fertilidade do solo e nutrição
de plantas. Nesse sentido, Kozen & Alvarenga (2005) observaram um aumento na produção
de milho forrageiro e milho grão, sob aplicação isolada ou combinada do insumo com
adubação química e Ceretta et al., (2003) e Queiroz et al., (2004) concluíram que o uso
sistemático de esterco líquido resultou na adição de grandes quantidades de nutrientes ao
solo, refletindo-se no aumento dos teores de fósforo, cálcio e magnésio em áreas sob
pastagem natural, além de melhorar o ambiente para crescimento das plantas, mas
provocando a diminuição da saturação por bases.
Quanto aos efeitos do biofertilizante aplicado via solo Oliveira (1986), constatou
melhoria nas propriedades físicas e químicas como redução da acidez, além de outras
melhorias químicas. Essa ação se deve à capacidade do biofertilizante reter bases, pela
8
8
formação de complexos orgânicos e pelo desenvolvimento de cargas negativas (Galbiatti et
al., 1996).
2.3 Nutrição Mineral
No Brasil, a maior parte da cultura do mamão encontra-se implantada em solos de baixa
fertilidade, principalmente no que se refere aos níveis de fósforo, que leva à utilização de
altas doses de fertilizantes. O mamoeiro se desenvolve bem em solos com baixo teor de
argila, bem drenados e ricos em matéria orgânica, considerando-se adequado para o seu
cultivo solos com textura areno-argilosa, cujo pH varie de 5,5 a 6,7 (Oliveira et al., 2004).
O mamoeiro apresenta um sistema radicular com pouca ramificação de raízes e não
muito profundo o que é naturalmente um fator que pode gerar deficiências nutricionais.
Como a maioria das plantas, o mamoeiro também forma associações simbióticas
mutualísticas com fungos micorrízicos arbusculares do solo, resultando na estrutura
denominada micorriza (Maia, 1999).
A obtenção de boa produtividade e qualidade de frutos está diretamente associada a
uma nutrição balanceada. Da mesma forma, sabe-se que uma planta nutrida adequadamente
apresenta maior resistência às doenças e uma maior capacidade de expressar altos potenciais
produtivos. No Brasil não se conhecem o comportamento e as exigências nutricionais das
principais cultivares de mamoeiro (Oliveira & Caldas, 2004).
As exigências nutricionais no mamoeiro variam entre plantas de diferentes genótipos.
Dentre os macronutrientes o potássio, o nitrogênio e o cálcio são os absorvidos em maiores
proporções. O potássio é o nutriente mais requerido pela cultura, sendo exigido de forma
contínua e crescente durante todo seu ciclo, tendo importância superior a partir do
florescimento (Oliveira et al, 2004). O elemento está presente na planta na forma do cátion
9
9
K
+
, desempenhando um importante papel na regulação do potencial osmótico da célula
vegetal, e exercendo o papel de co-fator em mais de quarenta enzimas.
De acordo com Quaggiotti et al. (2004) um dos nutrientes mais demandados pelo
mamoeiro, ocupando o segundo lugar na escala de exigência da cultura, é o nitrogênio, sendo
exigido de forma constante e crescente durante todo ciclo da planta. O nitrato (NO
3-
) é a
forma nitrogenada mais absorvida pelas plantas do mamoeiro independente da natureza
química que o nitrogênio é aplicado no solo. A deficiência de nitrogênio, conforme
observado por Cruz et al. (2004), provoca redução no crescimento, alteração na partição da
matéria seca e exportação de assimilados na cultura do mamoeiro, além de reduzir a
concentração dos açúcares solúveis totais e açucares não-redutores.
O fósforo é o macronutriente requerido em menores quantidades pelo mamoeiro,
contudo apresenta grande importância na fase inicial de desenvolvimento radicular da cultura
e está relacionado também à fixação dos frutos à planta, evidenciando a importância do
fornecimento do elemento na forma prontamente disponível para as plantas jovens (Oliveira
& Souza, 2004). A deficiência de fósforo pode, segundo Taiz & Zaiger (2006), resultar numa
maturação tardia das plantas, uma vez que o elemento é componente integral de compostos
celulares que estão diretamente ligados à respiração e o processo fotossintético.
Em se tratando da adubação fosfatada, os solos agricultáveis brasileiros, especialmente
os do cerrado são deficientes para as culturas, fazendo com que os fertilizantes fosfatados
tenham um papel importante no sistema de produção agrícola, isso porque o fósforo é um
nutriente essencial para o metabolismo das plantas, principalmente na fase de reprodução e
fertilização (Goedert & Sousa, 1986).
O potássio é o elemento mineral que atua de forma decisiva nos processos osmóticos
das plantas que envolvem absorção e armazenamento de água, uma vez que apresenta alta
mobilidade na planta e transloca-se de uma célula para outra e do xilema para o floema.
10
10
Diferentemente dos demais macronutrientes, o potássio não se une com outros elementos
para formar fitocomponentes como protoplasma e celulose, é bastante móvel no solo e, nas
plantas, sua principal função é catalítica (Eghball & Power, 1999; Cavalcante, 2003.)
3. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido no sítio Macaquinhos situado 8 km ao sul do município de
Remígio, Estado da Paraíba, no período de maio de 2004 a abril de 2006. A área
experimental está geograficamente situada a 6°53’00’’de latitude sul, 36°02’00’’ a oeste do
meridiano de Greenwich e altitude de 470 m acima do nível do mar.
3.1 Clima e solo
O clima do município de Remígio é quente e úmido, com regime pluviométrico
histórico próximo a 1000 mm anuais distribuídos no período de março a julho, temperatura e
umidade relativa do ar oscilando entre VERIFICAR °C, 70 e 80% respectivamente. No local
do experimento, nos anos de 2004 e 2005 registrou-se grande oscilação das pluviosidades,
tanto em termos quantitativos quanto na freqüência de distribuição, conforme indicado a
Tabela 1. Com base num breve histórico das precipitações ocorridas na área experimental
entre os anos de 2001 a 2006, com valores de 775, 919, 820, 1326, 703 e 641 mm anuais
constata-se que, na maioria dos anos, o total precipitado foi inferior a 900 mm.
11
11
Tabela 1. Pluviosidades mensais e totais na área experimental nos anos de 2004 e 2005.
Meses 2004 2005
Janeiro 378 25
Fevereiro 180 38
Março 109 47
Abril 135 21
Maio 142 172
Junho 172 201
Julho 135 30
Agosto 35 127
Setembro 21 13
Outubro 4 00
Novembro 10 00
Dezembro 5 29
Total anual 1326 703
O solo da área experimental é profundo e apresenta textura arenosa nos primeiros 20 cm
de profundidade, características que o torna adequado ao cultivo do mamoeiro. A
caracterização física constou dos teores de areia, silte e argila obtidos pela dispersão química
com NaOH 1N e dispersão física com agitação mecânica empregando o hidrômetro de
Bouyoucos (1961), a densidade do solo pelo método do cilindro, a densidade de partículas
usando a metodologia do balão volumétrico com água fervente Blake (1965). A porosidade
total (Pt) foi estimada pela relação Pt = (1-ds/dp)x100, onde ds e dp são, respectivamente,
densidade do solo e densidade de partículas. A água disponível foi determinada pela
diferença entre os valores da umidade em peso obtidos em câmara de Richards, com placas
de porcelana porosa às tensões de -0,01 e -1,5MPa (Richards, 1965). A microporosidade
corresponde a umidade na tensão de -0,01 MPa que equivale a energia de potencial matricial
da água correspondente a umidade do solo na capacidade de campo e a macroporosidade a
diferença entre a porosidade total e a microporosidade (Tabela 2).
12
12
Tabela 2 . Alguns atributos físicos e químicos do solo antes do plantio
Atributos Físicos Valores Atributos químicos Valores
Areia grossa (g kg
-1
) 557 pH em água (1:25) 4,9
Areia fina (g kg
-1
) 276 Matéria orgânica (g kg
-1
) 5,7 B
Silte (g kg
-1
) 84 Fósforo (mg dm
-3
) 1,1 B
Argila(g kg
-1
) 83 Potássio (mg dm
-3
) 4,7 B
Ada (g kg
-1
) 25 Enxofre (mg dm
-3
) 7,9
GF (%) 69,8 Cálcio (mg dm
-3
) 0,6 B
ID (%) 30,2 Magnésio (cmol
c
dm
-3
) 0,5 B
Ds (g cm
-3
) 1,51 Sódio (cmol
c
dm
-3
) 0,02
Dr (g cm
-3
) 2,69 SB (cmol
c
dm
-3
) 1,22
Pt (m
3
m
-3
) 0,43 H
+
Al
3+
(cmol
c
dm
-3
) 1,97
Ucc (g kg
-1
) 74 Alumínio (cmol
c
dm
-3
) 0,15
Upmp (g kg
-1
) 23 CTC (cmol
c
dm
-3
) 3,19
Ad (g kg
-1
) 51 V (%) 38,24
Ada = argila dispersa em água; GF= grau de floculação; ID=Índice de dispersão; ds e dr = respectivamente,
densidade do solo e das partículas; Pt= porosidade total; Ucc e Upmp= respectivamente, umidades do solo às
pressões de 0,01 e 1,5 MPa; Ad= água disponível no solo; SB= Soma de bases ( Ca+Mg+K); CTC =
capacidade de troca catiônica do solo [SB+(H
+
+Al
3+
)]; V= saturação por bases (100SB/CTC); B= valores
baixos, conforme Ribeiro et al. (1999)
Quanto à fertilidade o solo é de natureza ácida, deficiente em fósforo, cálcio, matéria
orgânica e possui teores médios de potássio, magnésio e enxofre (Tabela 2). Em termos de
micronutrientes os teores são altos em boro, cobre e zinco, teor médio de manganês e baixo
em ferro (Tabela 3).
13
13
Tabela 3. Composição química do solo em micromutrientes antes do plantio
Micronutrientes Valor
mg dm
-3
Boro 0,69 A
Cobre 4,97 A
Ferro 9,72 B
Manganês 4,74 M
Zinco 2,32 A
A, M, B = respectivamente, valor alto, médio e baixo.
Na caracterização química, empregou-se as metodologias sugeridas por EMBRAPA
(1997), foram obtidos os valores de pH em água, em extrato aquoso na proporção de 1:25. Os
teores de fósforo foram obtidos utilizando a solução extratora de Mehlich em 10 cm
-3
TFSA
efetuando a leitura, após 12 horas, em fotocolorímetro acoplado com filtro de comprimento
de onda 600nm, numa alícota de 5 mL da solução. Os valores de sódio e potássio em extrato
aquoso, após passado em filtro isento de cinzas, foram obtidos a partir de leituras em
fotômetro de chama com filtros de comprimentos de onda 589 e 766 nm, respectivamente. O
cálcio foi quantificado após extração com KCl 1M titulação com EDTA 0,0125 M; o
magnésio foi determinado pela diferença entre os valores de Ca
2+
+Mg
2+
e Ca
2+
; a matéria
orgânica foi obtida após oxidação por via úmida com solução de dicromato de potássio a
0,2M (K
2
Cr
2
O
7
) em meio sulfúrico e titulado com solução de sulfato ferroso 0,05M [Fe
(NH
4
)2(SO
4
)2]6H
2
O. Os teores de alumínio mais hidrogênio foram obtidos por titulação com
NaOH 0,025M após extração com solução de acetato de cálcio 0,5M a pH 7. O alumínio Al
3+
foi quantificado com o mesmo NaOH 0,025M.
14
14
3.2 Delineamento Experimental
Os tratamentos foram dispostos em blocos ao acaso, com três repetições e quatro
plantas por parcela adotando o arranjo fatorial 5 x 2 + 2, referente às doses de biofertilizante
comum ou simples cuja composição química está indicada na Tabela 4, na presença e
ausência de adubação mineral com NPK e dois tratamentos adicionais, referentes ao solo sem
biofertilizante, sem calcário e com biofertlizante , sem calcário.
Tabela 4. Composição química, em macro, micronutrientes e sódio na matéria seca do
biofertilizante bovino.
Macronutrientes Valor Micronutrientes Valor
Nitrogênio (g L
-1
) 1,07 Boro (mg L
-1
) 5,17
Fósforo (g L
-1
) 0,26 Cobre (mg L
-1
) 2,02
Potássio (g L
-1
) 0,38 Ferro (mg L
-1
) 28,08
Cálcio (g L
-1
) 0,17 Manganês (mg L
-1
) 51,91
Magnésio (g L
-1
) 0,26 Zinco (mg L
-1
) 7,72
Enxofre (g L
-1
) 1,07 Sódio (mg L
-1
) 32,44
pH 6,40 6,40
CE (dS m
-1
) 2,67 2,67
CE = condutividade elétrica a 25°C
3.3 Preparo das Covas
As covas foram abertas nas dimensões de 40 x 40 x 40 cm, os teores de P
2
O
5
foram
elevados para 100 mg dm
-3
, sob a forma de superfosfato triplo (44% P
2
O
5
), juntamente com
5L de esterco bovino de relação C/N 1:17 ( Tabela 5).
15
15
Tabela 5. Composição química do esterco bovino incorporado nas covas antes do plantio.
N F P Ca Mg M.O. Umidade
--------------------------------------------------g kg
-1
----------------------------------------------------
14,3 3,7 28,1 11,1 12,6 463 12
O calcário dolomítico com PRNT = 64%, CaO = 24,2%, MgO = 17,26% foi aplicado
numa área de 2,01 m
2
referente a um raio de 0,8 m a partir do centro da cova, de modo a
elevar o valor de saturação do solo por base para 70% (Olivera et al., 2004), usando a
expressão:
NC = ( Vd – Vi ) x CTC, em que:
100 x PRNT
NC = Necessidade de calcário (kg ha
-1
);
Vd = Valor de saturação por bases desejado do solo (%);
Vi = Valor de saturação por base inicial do solo (%);
CTC = Capacidade de troca catiônica (cmol
c
dm
-3
)
3.4 Plantio das mudas e condução do experimento
O plantio foi feito 22/03/2004 com 3 mudas de mamoeiro Havaí (Carica papaya L.) cv.
Baixinho de Santa Amália por cova visando, após a sexagem no ínicio da floração, ocorrida
100 dias após o plantio, em agosto de 2004, manter o maior número possível de plantas
hermafroditas no pomar (Marinho, 2000; Mesquita, 2005).
16
16
O biofertilizante comum (água e esterco fresco de bovino) foi diluído em água na
proporção de volume de 1:3, fornecido aos volumes de 0,0; 0,8; 1,6; 2,4 e 3,2 L planta
-1
, no
dia do plantio e a cada 60 dias até o final da colheita, numa microbacia de área 0,4 x 0,4 m =
0,16m
2
. A dose 2,4 L planta
-1
na área de 0,16 m
2
equivale a 15 L m
2
do biofertilizante mais
água na razão de 1:1, como sugeriu inicialmente Santos (1992).
As fertilizações do solo com uréia (44% N), cloreto de potássio (56% K
2
O) e
superfosfato triplo (42% P
2
O
5
) foram feitas na área de projeção da copa das plantas, nos
seguintes níveis e idades após o transplantio: o nitrogênio e o potássio foram aplicados
simultaneamente a cada 60 dias após o plantio e o fósforo juntamente com os dois primeiros
a cada 120 dias como indicado na Tabela 6 (Oliveira et al., 2004).
Tabela 6. Quantidades de NPK aplicados ao solo em cobertura nas diferentes idades pós
plantio do mamoeiro Baixinho de Santa Amália .
Idade pós plantio N P
2
O
5
K
2
O
Mês
Ano
Dias ---------------- g planta
-1
---------------
0 0 0 0 Maio 2004
30 10 0 10 Junho 2004
60 10 0 10 Julho 2004
90 10 20 20 Agosto 2004
120 10 0 30 Setembro 2004
180 20 0 30 Novembro 2004
240 20 20 30 Janeiro 2005
300 20 0 30 Março 2005
360 30 20 30 Maio 2005
420 30 0 30 Julho 2005
480 30 20 30 Setembro 2005
540 30 0 30 Novembro 2005
Total 220 80 280 - -
17
17
A irrigação das plantas foi feita pelo método de aplicação localizada por gotejamento,
utilizando emissores, autocompensantes de carga hidráulica, catife com vazão de 3,75 L h
-1
instaladas duas unidades por planta, na pressão de serviço 14 mca. Diariamente era fornecido
às plantas o volume de água não salina indicada na Tabela 7 (Cavalcante & Cavalcante,
2006) equivalente a evapotranspiração de referência (ET
R
) estimada pelo produto da lâmina
evaporada medida em Tanque Classe A (ETo) pelo produto do coeficiente da cultura do
mamoeiro nos seus respectivos estádios de desenvolvimento: a) nos primeiros 60 dias 0,41;
b) dos 40 aos 100 dias 0,76; c) do início da frutificação até o final da colheita 1,2 e na fase
final da atividade produtiva das plantas 0,7, respectivamente.
Tabela 7. Composição química e classificação da água quanto à salinidade para fins de
irrigação.
CE= Condutividade elétrica
3.5 Preparo do Biofertilizante
O biofertilizante comum, também conhecido como simples, foi produzido por
fermentação anaeróbica, durante 30 dias (Santos 1992), de partes iguais de esterco fresco de
bovino e água, em recipiente hermeticamente fechado, sem estar completamente cheio para
não provocar acidente, uma vez que inicialmente há aumento de volume. Para liberação do
CE Ca
2+
Mg
2+
Na
+
K
+
SC Cl
-
CO
3
2-
HCO
3
-
SO
4
2-
AS RAS pH
mS cm
-1
----------------------------------------------mmol
c
L
-1
------------------------------------------
0,41 0,32 0,83 2,45 0,48 4,08 3,13 - 0,64 0,34 4,11 3,23 6,20
Classificação C
1
S
1
18
18
gás metano uma extremidade de uma mangueira fina é conectada à base final superior do
biodigestor e a outra imersa num recipiente com água (Figura 1).
Figura 1. Armazenagem dos biofertilizantes.
3.6 Variáveis Estudadas
Durante a condução do experimento foram avaliados o crescimento em altura e
diâmetro caulinar, altura de inserção do primeiro fruto e plantas com frutos formados aos seis
meses após o plantio. Foram avaliadas também as variáveis da produção (especificar as
variáveis), qualidade pós-colheita dos frutos, composição mineral das plantas e a fertilidade
do solo.
3.6.1 Nas plantas
A altura e o diâmetro caulinar das plantas foram medidos a cada dois meses, a partir dos
60 dias após o plantio, no intervalo de julho de 2004 a maio de 2005. A altura foi obtida, do
solo à base da gema apical, com trena métrica e o diâmetro foi medido com paquímetro a 20
cm do colo da planta.
19
19
A sexagem foi feita no início da floração das plantas, no período de agosto a setembro
de 2004, mantendo-se a planta hermafrodita mais vigorosa. Nos tratamentos com as três
plantas femininas, manteve-se a mais viável entre elas.
No início da produção, em 10/02/2005, foram coletadas amostras da 5
a
ou 6
a
folha,
aquela que apresentasse uma flor recém aberta (Malavolta et al., 1997), sendo retiradas
amostradas quatro folhas por tratamento (uma por planta), totalizando 144 folhas na área
experiental. Em seguida esse material foi adequadamente lavado, posto a secar em estufa com
circulação de ar a 65°C até massa constante, posteriormente passado em moinho tipo Willi e
determinados na matéria seca de cada órgão os teores de macro, mironutrientes e sódio. O
nitrogênio foi quantificado em extrato preparado por digestão sulfúrica pelo método
Microkjeldahl. Os teores de fósforo foram determinados em solução de extrato preparado por
digestão nitroperclórica em fotocolorímetro munido com filtro de 690 nm de comprimento de
onda. Os valores de potássio, sódio, cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês e zinco foram
obtidos em solução contendo o extrato nitroperclórico; o potássio e o sódio determinados no
fotômetro de chama com filtro de comprimento de onda 766 e 589nm respectivamente a cada
elemento. Os conteúdos de cálcio, magnésio, cobre, ferro e manganês foram obtidos no
mesmo extrato do fósforo usando o espectrofotômetro de absorção atômica (Embrapa, 1997)
O enxofre foi obtido empregando o método da turbidometria e o boro pela incineração do
material vegetal em forno mufla na temperatura entre 550 e 650 °C (Tedesco et al., 1995).
3.6.2 Nos frutos
A colheita compreendeu o período de janeiro a novembro de 2005. Semanalmente os
frutos foram colhidos nos estádios de maturação 2, 3 e 4, quando apresentavam apenas 25%,
de 25 a 50% e de 50 a 75% da superfície amarelada (Medina et al., 2002; Costa & Balbino,
2002), em seguida eram contados e pesados.
20
20
No período em que todas as plantas estavam com frutos maduros foram coletados
aleatoriamente um fruto por planta, mantendo a homogeneidade de maturação, para avaliação
pós-colheita da produção. Externamente foram obtidas a coloração empregando a carta de
cores de Munsel (1997), o comprimento e diâmetro transversal, massa média dos frutos,
casca e sementes e espessura da casca. As características internas analisadas foram:
rendimento em polpa, teores de sólidos solúveis (SS - °Brix) medidos diretamente com
refratômetro, acidez titulável em ácido cítrico e titulação com NaOH 1M empregando a
metodologia sugerida pela AOAC (1995).
3.6.2 No solo
Simultaneamente com a avaliação do estado nutricional das plantas foram coletadas
amostras de solo a 20 cm do caule, em cada quadrante da planta na profundidade de 0-20 cm
para diagnóstico da fertilidade em macro e micronutrientes, sódio e alumínio adotando os
mesmos procedimentos metodológicos para a caracterização química do solo antes de iniciar
o experimento.
3.7 Avaliação Estatística do Experimento
Os resultados foram submetidos à análise de variância para diagnósticos de efeitos
significativos entre as fontes de variação e suas interações pelo teste F por regressão
polinomial entre as doses de biofertilizante na ausência e presença de adubação mineral com
NPK (Ferreira, 2000).
21
21
4. RESULTADOS E DICUSSÃO
4.1 Crescimento e Produção
O comportamento vegetativo e produtivo foi avaliado pela evolução da altura e
diâmetro das plantas, número e massa média de frutos, produção individual por planta e
produtividade.
4.1.1 Crescimento
Pelos resumos das análises de variância (Tabela 1 - Anexo) constata-se que as doses
de biofertilizante bovino, aplicadas ao solo, não exerceram influência significativa no
crescimento em altura e em diâmetro caulinar do mamoeiro Baixinho de Santa Amália, quer
isoladamente ou pelas interações biofertilizante x adubação mineral, biofertilizante x idade e
biofertilizante x adubação mineral x idade das plantas. Por outro lado, contata-se que a
interação adubação mineral x idade do pomar promoveu efeitos significativos sobre as
respectivas variáveis. Quanto às doses do insumo, a análise de variância diverge da
apresentada por Mesquita (2005) ao registrar que o crescimento em altura e o diâmetro das
plantas da mesma idade aumentaram com as doses de biofertilizante comum aplicado ao solo
na forma líquida. Diverge também com relação ao desenvolvimento de outras culturas como
maracujazeiro-amarelo (Icuma et al., 2000) e tomate (Tamisso, 2005). Entretanto a avaliação
estatística está em acordo com Souza (2000) Araújo (2005) e Alves (2006) ao concluírem que
a aplicação de biofertilizante puro não resultou em aumentos estatisticamente significativos
do crescimento das plantas em altura e diâmetro caulinar do pimentão.
O crescimento em altura das plantas aumentou linearmente com a idade pós-plantio.
Pelos resultados da Figura 2 observa-se que no solo com NPK a altura foi significativamente
superior em relação ao solo sem adubação mineral. As plantas aos 300 dias após o plantio
22
22
,estavam com altura de 126 e 118 cm respectivamente nos tratamentos sem e com adubação
mineral.
y = 16,417 + 0,326x + 0,00008x
2
R
2
= 0,99
y = 12,429 + 0,3398x
R
2
= 0,99
0
25
50
75
100
125
60 120 180 240 300
Dias após o plantio
Altura (cm)
Figura 2. Altura de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália em solo com (---) e sem
(
___
) adubação mineral com NPK.
A altura das plantas dos 60 aos 300 dias após de plantio, mesmo sem diferenças
significativas, aumentou linearmente com as doses de biofertilizante fornecidas ao solo. O
mamoeiro no período avaliado cresceu de 33,03 a 116,85 cm e de 33,76 a 121,85 cm nos
tratamentos sem e com adubação mineral – NPK em cobertura. No que se refere à idade o
crescimento em altura do mamoeiro Baixinho de Santa Amália ajustou-se ao modelo
quadrático (Figura 3A e 3B).
23
23
60
120
180
240
300
D
i
a
s
a
p
ó
s
o
p
l
a
n
t
i
o
0,0
0,8
1,6
2,4
3,2
D
o
s
e
s
d
e
b
i
o
f
e
r
t
i
l
i
z
a
n
t
e
(
L
p
l
a
n
t
a
-
1
)
Altura (cm)
33,07
61,00
88,93
116,85
y = 16,1065 + 0,69675*b + 0,271339**i + 0,000190178**i
2
R
2
= 0,99
60
120
180
240
300
0,0
0,8
1,6
2,4
3,2
33,76
63,12
92,49
121,85
D
i
a
s
a
p
ó
s
o
p
l
a
n
t
i
o
D
o
s
e
s
d
e
b
i
o
f
e
r
t
i
l
i
z
a
n
t
e
(
L
p
l
a
n
t
a
-
1
)
Altura (cm)
y = 12,4647 + 2,74827*b - 0,64308**b
2
+ 0,354864**i
R
2
0,99
Figura 3. Altura de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália em função da aplicação
de biofertilizante fornecido no solo sem (A) e com (B) adubação mineral com
NPK, nas diferentes idades das plantas.
A
B
24
24
O crescimento das plantas pelo diâmetro do caule comportou-se estatisticamente de
forma idêntica ao crescimento em altura. Conforme indicado na Figura 4, a adubação mineral
do solo proporcionou maiores valores dos diâmetros das plantas. Verifica-se também na
Figura 5 que o diâmetro das plantas aumentou de forma quadrática ao longo da idade do
pomar e com a adição do biofertilizante. Os valores oscilaram de 21,83 a 76,27 e 26,0 a 82,58
cm em função da idade e das doses de biofertilizante.
y = 9,300 + 0,312x - 0,0002**x
2
R
2
= 0,99
y = 6,511 + 0,2225**x
R
2
= 0,99
0
20
40
60
80
100
60 120 180 240
Dias após o plantio
Diâmetro caulinar (mm)
Figura 4. Diâmetro caulinar de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália, com (----) e
sem (
___
) adubação mineral, em função de doses de biofertilizante fornecido ao solo
na forma líquida e da idade das plantas.
25
25
60
120
180
240
300
0,0
0,8
1,6
2,4
3,2
Diâmetro caulinar (mm)
26,00
44,86
63,72
82,58
D
i
a
s
a
p
ó
s
o
p
l
a
n
t
i
o
D
o
s
e
s
d
e
b
i
o
f
e
r
t
i
l
i
z
a
n
t
e
(
L
p
l
a
n
t
a
-
1
)
y = 8,1031 + 2,3652
NS
b - 0,673734
?
b + 0,312415**i-0,000236786**i
2
R
2
= 0,98
Figura 5. Diâmetro caulinar de plantas de mamoeiro Baixinho de Santa Amália, na presença
de adubação mineral, em função de doses de biofertilizante fornecido ao solo na
forma líquida e da idade das plantas.
Os resultados do crescimento em altura e do diâmetro caulinar, com valores de 125,00
e 82,58cm estão compatíveis com o crescimento em altura de 120 cm e diâmetro do caule de
81,27cm, apresentados por Mesquita (2005) em plantas de mamoeiro Baixinho de Santa
Amália em solo com biofertilizante comum aos 335 dias após o plantio.
4.1.2 Floração e alguns componentes da produção
O início da floração ocorreu aos 100 dias após o plantio e aos 125 dias todas as
plantas tinham emitido os botões florais. Esses períodos estão em acordo com Mesquita
(2005) após registros de que a mesma cultivar de mamoeiro em solo tratado com
biofertilizante comum e supermagro iniciou o florescimento aos 92 dias após o plantio e aos
120 dias 100% do pomar estava florido. Entretanto, na região Sudeste, em ambiente
protegido, Kimura (1997) verificou que o mamoeiro Baixinho de Santa Amália iniciou a
26
26
emissão de botões florais aos 73 dias após o plantio e aos 83 dias todas as plantas
apresentavam-se com botões florais. Essa precocidade na floração pode ser função das
variações climáticas, edáficas e, dentre outros fatores, do manejo da cultura. Neste sentido,
Almeida et al. (2003) constataram que além dos fatores genéticos, a alta umidade e dosagens
excessivas de nitrogênio no solo podem mudar o sexo das flores hermafroditas. Essas
inconveniências resultam na produção de frutos deformados do mamoeiro Improved Sunrise
Solo “72/12” e, com efeito, reflete-se na perda de qualidade dos frutos. Quanto à floração, do
total de flores emitidas, 74% eram hermafroditas e 26% femininas. Esses resultados foram
mais promissores que os 65 e 35% obtidos por Mesquita (2005) e expressam a importância
do maior número de mudas por cova para, após a sexagem, manter-se o maior número
possível de plantas hermafroditas (Oliveira et al., 2002).
Do ponto de vista mercadológico os frutos originados de flores femininas apresentam
formato oblongo (arredondado) de massa bem superior àqueles oriundos de flores
hermafroditas. Frutos desse tipo de flores são alongados e de massa média bem menor que os
oblongos, em geral, inferiores a 500g e, portanto, são mais preferidos para consumo ao
natural (Costa & Balbino, 2002; Cruz et al., 2003; Yamanishi et al., 2006).
Exceto sobre a massa média dos frutos a interação biofertilizante x adubação mineral exerceu
efeitos significativos (p< 0,05) sobre o número de frutos, produção por planta e produtividade
do mamoeiro Baixinho de Santa Amália (Tabela 2 - Anexo). A produção, com base no
número de frutos por planta, foi influenciada significativamente pela interação biofertilizante
x adubação mineral, com superioridade estatística nos tratamentos com NPK em relação à
sua ausência. Entretanto, os resultados em ambos os tratamentos não se ajustaram a nenhum
modelo de regressão polinomial, e estão representados pelo valor médio de 23 e 53,28 frutos
planta
-1
(Figura 6).
27
27
A diferença de 58 para 23 frutos planta
-1
evidencia a necessidade da suplementação
mineral do solo sob aplicação de biofertilizante comum na cultura do mamoeiro. Tendência
de mesma natureza foi registrada também por Dantas et al. (2006) ao verificarem na cultura
do maracujazeiro-amarelo que a adição de NPK juntamente com o biofertilizante favoreceu,
com superioridade estatística, o aumento do número do número de frutos por planta em
relação ao biofertilizante na ausência de adubação mineral.
Ao comparar os resultados da Figura 6A com os de outros genótipos de mamoeiro sob
cultivo tradicional (solos adubados com fertilizantes sintéticos) percebe-se que foram
superiores à variação de 20 a 25 frutos planta
-1
em mamoeiro Sunrise Solo cultivado em solo
com NPK em seis meses de colheita (Oliveira & Caldas, 2004) e aos 25 frutos planta
-1
colhidos por Campostrini et al. (2001) em mamoeiro Sunrise Solo TJ e Sunrise Solo 72/12
em nove meses de colheita.
Com relação ao mesmo componente da produção, o mamoeiro Baixinho de Santa
Amália, sob manejo convencional, apresentou resultados semelhantes aos 48 frutos planta
-1
apresentados por Gaiva et al.(2003), mas marcadamente inferiores aos 160 e 100 frutos
plantas
-1
colhidos por Pastor (2002), em plantio com 2666 plantas ha
-1
, no primeiro e segundo
ano de colheita. Pela comparação dos 58 frutos plantas
-1
colhidos de plantas sob cultivo com
biofertilizante e NPK os resultados foram superiores aos 46 frutos planta
-1
em solo tratado
com o mesmo insumo orgânico apresentados por Mesquita (2005).
Os dados relativos à massa dos frutos não sofreram interferência de nenhuma fonte de
variação adotada e não se adequaram a nenhum modelo de regressão. Verifica-se na Figura
6B, mesmo sem diferença significativa, tendência de superioridade da massa média dos
frutos de 491,7 g o solo com NPK contra 478,3 g nos tratamentos sem adubação mineral.
Esses valores superaram os 400 e 300g fruto
-1
obtidos por Pastor (2002) e Gaiva et al. (2003)
em mamoeiro Baixinho de Santa Amália na forma convencional de cultivo. Quanto ao solo
28
28
com biofertilizante, os resultados foram semelhantes aos 476 g em frutos do mamão Baixinho
de Santa Amália cultivado com biofertilizante bovino (Mesquita, 2005). Frutos com essa
massa média situam-se na faixa de preferência do consumidor brasileiro que oscila entre 460
e 609 g (Fagundes & Yamanishi, 2001). Apesar da produção em termos de massa média se
adequarem ao mercado da fruta fresca, os valores foram aquém dos 845g registrados por
Miranda et al. (2002).
A adição de NPK ao solo com biofertilizante resultou em maior produção individual
por planta comparada aos tratamentos sem adubação mineral. Apesar da supremacia
estatística referente à presença e ausência da adubação com NPK (p <0,05) com as doses do
biofertilizante, os dados não se ajustaram a nenhum modelo de regressão. Os valores médios
de produção foram de 25,62 e 10,61 kg planta
-1
(Figura 6 C) nos referidos tratamentos e
revelam pela diferença significativa, a necessidade de adubação mineral suplementar com
NPK para o cultivo do mamoeiro Baixinho de Santa Amália com biofertilizante bovino
fornecido ao solo. Os 10,61 kg planta
-1
, em dez meses de colheita, no solo com biofertilizante
sem NPK, foram inferiores aos 18 e 21,12 kg planta
-1
em mamoeiro Sunrise Solo 72/12 em
manejo convencional respectivamente com nove e sete meses de colheita (Marinho et al.,
2002; Almeida et al., 2002). Com referência ao Baixinho de Santa Amália no mesmo sistema
de cultivo foram expressivamente abaixo dos 60 kg planta
-1
, durante o primeiro ano de
colheita, apresentados por Pastor (2002). Por outro lado, exceto com relação aos dados
obtidos por Pastor (2002), o resultado médio de 25,62 kg planta
-1
, oriundo de plantas em solo
com biofertilizante mais adubação mineral foram superiores aos 18 e 21,12 kg planta
-1
em
cultivo tradicional (Marinho et al., 2002; Almeida et al., 2002).
Comparativamente com o mesmo genótipo desenvolvido em solo com biofertilizante
comum e nitrogênio, a produção média por planta de 25,62 kg planta
-1
foi superior aos 21,53
kg planta
-1
registrados por Mesquita (2005). A diferença entre plantas de 4,09 kg corresponde
29
29
a uma superioridade de mais de 10 t ha
-1
na distância de plantio 2 x 2 m adotada. Essa
diferença além dos fatores referenciados por Oliveira et al. (2002) pode ser devido também
ao emprego de NPK em relação apenas N utilizado por Mesquita (2005).
A produtividade, devido ser o resultado do produto da produção por planta pelo
número de plantas por área, apresentou o mesmo comportamento estatístico da produção por
planta. Pelos valores, o rendimento médio nos tratamentos com apenas biofertilizante bovino
foi 57,4% inferior ao das plantas tratadas com biofertilizante + NPK (Figura 6 D).
ŷ = 23,047
ŷ = 52,28
0
20
40
60
80
100
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Biofertilizante (L planta
-1
)
Frutos planta
-1
ŷ = 491,53
ŷ = 478,23
420
440
460
480
500
520
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Biofertilizante (planta
-1
)
MMF (g)
ŷ = 25,62
ŷ = 10,91
0
10
20
30
40
50
0,00,81,62,43,2
Biofertilizante (L planta
-1
)
PP (kg planta
-1
)
ŷ = 64,05
ŷ = 27,29
0
20
40
60
80
100
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Biofertilizante (L panta
-1
)
Produtividade (t ha
-1
)
Ausência Presença
Figura 6. Número de frutos por planta (A); massa média de frutos (B); produção por planta
(C) e produtividade do mamoeiro Havaí cv. Baixinho de Santa Amália, em função
da aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
)
adubação mineral com NPK.
C
D
A
B
30
30
A produtividade média de 27,29 t ha
-1
em dez meses de colheita, nos tratamentos com
apenas biofertilizante comum é considerada baixa em relação aos 37.128 kg ha
-1
, 38.000 kg
ha
-1
e 50.000 kg ha
-1
obtidos, respectivamente, de plantas das cultivares Improved Solo 72/12
(Almeida et al., 2002); Baixinho de Santa Amália (Gaiva et al., 2003) e mamão Formosa
(Souza et al., 2003) sob sistema convencional de cultivo. Por outro lado, nos tratamentos com
biofertilizante mais NPK a produtividade média de 64,05 t ha
-1
foi superior em relação aos
dados obtidos sob manejo tradicional do mamoeiro, dos autores supracitados.
4.2. Caracterização Química e Física dos Frutos
As características externas e internas dos frutos constaram do diâmetro longitudinal e
transversal ou equatorial, firmeza dos frutos e massa da casca, rendimento em polpa, acidez
titulável, pH e sólidos solúveis - °Brix, relação sólidos solúveis/acidez titulável e teores de
vitamina C na polpa.
4.2.1 Atributos externos
Exceto sobre a massa da casca, a interação biofertilizante x adubação com NPK não
exerceu efeitos significativos sobre o diâmetro longitudinal , diâmetro transversal e nem
sobre a firmeza dos frutos com e sem casca (Tabela 3 - Anexo).
Mesmo sem diferença significativa verifica-se na Figura 7A e 7B, exceto na dose
máxima (3,2 L planta
-1
), tendência de aumento do comprimento e do diâmetro dos frutos nos
tratamentos com biofertilizante e adubação mineral com NPK. Essa situação evidência como
registrado para o crescimento em altura, diâmetro caulinar das plantas e produtividade, a
necessidade de complementação mineral do solo com adubação mineral para o cultivo do
mamoeiro. Os resultados de 178 a 184 mm e de 88 a 110 mm, em geral, superam os 132 e 97
31
31
mm para comprimento e diâmetro de frutos do mesmo genótipo em solo com biofertilizante
comum apresentado por Mesquita (2005). Comparativamente com Mamoeiro Baixinho de
Santa Amália sob manejo tradicional da cultura foram superiores também ao diâmetro
longitudinal ou comprimento de 156 e 87 mm apresentados por Miranda et al. (2002).
A firmeza dos frutos não variou estatisticamente com as doses do biofertilizante
aplicadas ao solo independentemente da ausência ou presença da adubação mineral. Nos
frutos com casca (Figura 7C) os valores oscilaram de 1,1 a 1,7 N e sem casca (Figura 7D) e
de 0,9 a 1,3 N, respectivamente. Esses dados são superiores aos 0,80 N e 0,48 N apresentados
por Fagundes & Yamanishi (2001) para frutos de mamão do grupo Solo e Miranda et al.
(2002) para o Baixinho de Santa Amália produzidos na forma convencional de cultivo.
Superaram também a variação de 0,50 a 0,52 N em frutos de mamoeiro Baixinho de Santa
Amália em solo tratado com biofertilizante puro e com supermagro, respectivamente
(Mesquita, 2005). As expressivas diferenças entre os resultados devem-se, em maior parte, ao
estádio de maturação ou ponto de colheita dos frutos, uma vez que quanto maior for o grau de
maturação, expresso pela percentagem de casca amarelada, menor será a firmeza dos frutos
(Vieira et al., 2000). Nesse sentido, os frutos do trabalho em apreço foram colhidos com grau
de maturação de 2 a 3 com 25 a 30% do volume da casca amarelada o que justifica a
superioridade aos dos demais autores em que os frutos apresentavam-se com 50 a 70% do
volume da casca com cor amarelada. Dentre as propriedades dessa variável destacam-se os
menores riscos de injúrias para transporte à longa distância e maior vida útil pós-colheita dos
frutos (Oliveira et al., 2002).
A massa da casca dos frutos não sofreu influência da interação biofertilizante x
adubação mineral, mas os dados não se adequaram a nenhum modelo de regressão. As
amplitudes, nas diferentes doses do biofertilizante, variaram de 42 a 85 g e de 72 a 110 g nos
frutos das plantas cultivadas em solo sem e com adubação mineral (Figura 7E). Esses
32
32
resultados, na grande maioria dos casos, foram mais baixos que os 118 g frutos
-1
obtidos por
Mesquita (2005) em frutos do Baixinho de Santa Amália cultivado em solo com
biofertilizante comum e supermagro. Essa variável está diretamente relacionada com o
volume e a espessura da polpa, quanto maior a massa de casca, em geral, maior será a
espessura e, com efeito, os frutos terão menos rendimento em polpa (Costa & Balbino, 2002).
33
33
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
8
10
12
14
16
18
20
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
DL (cm)
Ausência Presença
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
8
10
12
14
16
18
20
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
DT (cm)
Ausência Presença
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
0
4
8
12
16
20
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
FCC (N)
Ausência Presença
aa
a
a
a
a
a
a
a
a
0
4
8
12
16
20
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
FSC (N)
Ausência Presença
b
b
b
a
a
a
a
a
a
a
0
20
40
60
80
100
120
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
MC (g)
Ausência Presença
Figura 7. Valores do diâmetro longitudinal - DL (A) e transversal - DT (B), firmesa
dos frutos com casca – FCC (C), sem casca – FSC (D) e massa da casca
dos frutos do mamoeiro Havaí cv. Baixinho de Santa Amália (E) cultivado
em solo com biofertilizante bovino na ausência e presença de adubação
mineral com NPK em cobertura.
A
B
C
D
E
34
34
4.2.2 Atributos internos
Dentre as variáveis da Tabela 4 dos Anexos, a interação biofertilizante x adubação
mineral exerceu efeitos significativos apenas sobre os sólidos solúveis. Verifica-se tamm
que os contrastes entre os tratamentos T
1
vs T
11
(covas sem calcário, solo sem biofertilizante
e covas sem calcário, solo com biofertilizante) influenciaram a relação SS/AT e o pH, e T
3
vs
T
12
no rendimento em polpa e nos teores de sólidos solúveis da polpa dos frutos.
A adubação do solo com NPK provocou perda do rendimento em polpa dos frutos de
mamão, em relação aos tratamentos sem NPK. Essa situação diverge dos resultados do
crescimento em altura, diâmetro caulinar das plantas (Figura 2 e Figura 4) e dos componentes
da produção (Figura 6), onde registram-se superioridade nas variáveis obtidas das plantas
cultivadas no solo com biofertilizante e adubação mineral.
Os valores em função das doses do biofertilizante bovino diminuíram de 85 para 78%
e de 79 para 73% nos tratamentos sem e com NPK respectivamente (Figura 8A). Constata-se,
mesmo com o declínio em relação ao biofertilizante e à adubação com NPK em cobertura,
superioridade dos valores em relação aos 64,46% determinados por Mesquita (2005) em
frutos do mesmo genótipo sob solo tratado com o mesmo tipo de insumo orgânico. A redução
do rendimento em polpa pode ser devida a algum desvio da fertilidade do solo resultando em
cascas com maior massa e maior espessura.
Os maiores teores de sólidos solúveis, em geral, foram quantificados nos frutos das
plantas desenvolvidas em solo com biofertilizante bovino na ausência de NPK. Os resultados
, em função do emprego do biofertilizante variaram de 8,1 a 10,0 °Brix (%) e de 7,9 a 8,2
°Brix (%) no solo sem e com NPK respectivamente (Figura 8B). Os valores foram baixos em
relação aos 11,5°Brix (Fagundes & Yamanishi, 2001) e 13,5 °Brix (Marinho et al., 2002) sob
manejo convencional da cultura. Em relação ao solo com biofertilizante os dados foram
35
35
notadamente inferiores aos 12,53% registrados por Mesquita (2005). Pelos resultados
constatam-se valores abaixo dos admitidos adequados ao consumo na forma natural do fruto
fresco (Costa & Balbino, 2002).
Com referência à acidez titulável em ácido cítrico, os dados não variaram em função
do biofertilizante e nem pela ação do NPK (Figura 8C). Os resultados, em geral, abaixo de
0,05% estão compatíveis com a variação de 0,037 a 0,041% apresentada por Marinho et
al.(2002) para mamoeiro do grupo solo em solo sob forma tradicional de plantio, isto é,
adubação mineral em cobertura. Foram compatíveis também com a amplitude de 0,043 a
0,056 determinada por Mesquita (2005) em frutos do mamoeiro Baixinho de Santa Amália
em solo tratado com o mesmo insumo orgânico utilizado do trabalho em apreço.
A variável utilizada para avaliação do sabor das frutas é a relação sólidos
solúveis/acidez titulável (SS/AT). Em geral, quanto maior o coeficiente da relação melhor
será o sabor. Os valores, em geral, próximos a 300 (Figura 8D) foram da mesma ordem dos
267 apresentados por Miranda et al. (2002) e 271 por Mesquita (2005) respectivamente em
solo sob cultivo convencional e em solo com biofertilizante.
O pH da polpa não respondeu aos efeitos das fontes de variação adotadas e os valores
não se ajustaram e nenhum tipo de modelo matemático testado. Os frutos apesar de terem
sido colhidos com percentagem de coloração amarelada da casca entre 25 e 30%, pelos
valores de pH da polpa de 6,4 e 6,6 no solo sem e com NPK (Figura 8E) os frutos
apresentavam-se com pH adequado para o consumo (Embrapa, 2002). Ao comparar os
resultados com os 5,44 e 5,37 registrados por Fagundes& Yamanishi (2001) e Miranda et al.
(2002) frutos de mamoeiro do grupo solo sob manejo tradicional da cultura e com os 5,40 por
Mesquita (2005) em Baixinho de Santa Amália , observa-se condições adequadas dos frutos
para o consumo ao natural, como inclusive verificado também para os teores de sólidos
solúveis, acidez titulável e a relação SS/AT que expressa o sabor dos frutos.
36
36
Dentre os valores nutricionais do mamão a vitamina C, teor de ácido ascórbico, é um
dos mais expressivos. Nesse sentido, mesmo sem respostas significativas das doses de
biofertilizante em solo fertilizado ou não com NPK os teores de vitamina C, com variação de
130 a 150g 100g
-1
no solo com NPK e de 139 a 165 g 100 g
-1
nos tratamentos com o insumo
mineral (Figura 8F), situam-se na mesma faixa de 68 a 295 mg 100g
-1
(Folegatti & Matsuura,
2002).
37
a
a
a
a
a
a
a
b
b
b
60
70
80
90
100
0,00,81,62,43,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
RP (%)
Auncia Presença
a
a
b
a
a
a
a
a
b
a
0
2
4
6
8
10
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
SS (%)
Ausência Presença
a
a
a
a
a
aa
aa
a
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
AT(%)
Auncia Presença
6,74a
6,62a
6,60a
5,83b
0
2
4
6
8
10
CSC B+CB+SC
Tratamentos adicionais
pH
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
0
40
80
120
160
200
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
VITC (g 100g
-1
)
Ausência Presença
Figura 8. Valores de rendimento em polpa-RP (A), sólidos solúveis-SS (B), acidez titulável-AT (C),
relação SS/AT (D), pH (E) e teores de vitamina C – VITC (F) da polpa dos frutosem frutos
de mamoeiro Havaí cv. Baixinho de Santa Amália, em função da aplicação de biofertilizante
bovino líquido no solo com e sem adubação mineral com NPK. Colunas com mesmas letras
não diferem por Tukey para p>
0,05.
Com relação aos contrastes, verifica-se na Figura 9 que os frutos oriundos do solo que
recebeu aplicação de calcário e biofertilizante (B + C) tiveram menor massa de casca comparada
ao solo sem calcário e com biofertilizante (B + SC) [Figura 9A (2)] resultando respectivamente
em frutos com maior e menor rendimento em polpa [Figura 9B (2)]. Esse comportamento reflete
D
E
BA
38
perda de rendimento em polpa com o aumento da massa de casca dos frutos. Quanto ao pH
[Figura 9C (1)] apesar de adequado para o consumo do fruto ao natural, a adição de calcário às
covas provocou redução de pH da polpa. Essa situação nos frutos difere da registrada no solo
com calcário (B + C) e sem calcário (B + SC) e constatam-se duas desvantagens e duas
vantagens da aplicação do biofertilizante ao solo. As duas inconveniências foram o aumento da
espessura da casca e perda do rendimento em polpa dos frutos e as vantagens foram o aumento
dos teores de sólidos solúveis e melhoria do sabor da polpa indicada pelo aumento da relação
SS/AT. Esses conflitos entre as variáveis são resultados das interações do calcário com o
biofertilizante no solo contribuindo para o aumento da massa da casca e perda do rendimento da
polpa, mas por outro lado, promove aumento de atributos que garantem o mercado dos frutos no
Brasil e no mundo que são frutos com elevados teores de açúcares – SS (° Brix) e de muito bom
sabor.
39
43,34a
89,07a
46,53b
66,01a
0
20
40
60
80
100
CSC B+CB+SC
Tratamentos adicionais
MC (g)
75,56b
83,25a
80,63a
84,40a
0
20
40
60
80
100
CSC B+CB+SC
Tratamentos adicionais
RP (%)
6,74a
6,62a
6,60a
5,83b
0
2
4
6
8
10
CSC B+CB+SC
Tratamentos adicionais
pH
9,30a
6,83b
8,83a
8,47a
0
2
4
6
8
10
CSC B+CB+SC
Tratamentos adicionais
SS (%)
237,54b
158,16b
194,68a
125,41b
0
50
100
150
200
250
CSC B+CB+SC
Tratamentos adicionais
SS/AT
Figura 9. Valores da massa de casca – MC (A), rendimento de polpa – RP (B), pH (C), sólidos
solúveis – SS (D), e relação SS/AT – (E) em frutos de mamoeiro Havaí cv. Baixinho
de Santa Amália referentes aos contrastes C versus SC ( com – C e sem calcário –
SC), B+C versus B+SC ( biofertilizante com – C e biofertilizante sem calcário –
SC).
Ao considerar os elevados valores de pH, baixa acidez e elevados coeficientes da relação
SS/AT, mesmo admitindo o baixo rendimento em polpa e os teores de sólidos solúveis
A B
C
D
E
40
constatou-se viabilidade do emprego do biofertilizante no sistema de produção do mamoeiro
Baixinho de Santa Amália. Essa afirmativa revela-se mais coerente se a aplicação do insumo
orgânico for associado à adição de adubação mineral com NPK, como evidenciam o crescimento
e os dados de produção da cultura.
4.3 Composição Mineral
O estado nutricional constou dos teores de macro, micronutrientes e sódio na matéria seca
do limbo e pecíolo das folhas do mamoeiro Havaí cultivar Baixinho de Santa Amália.
4.3.1 Teores de macronutrientes
Os teores foliares de nitrogênio não sofreram influência estatisticamente significativa de
nenhum tipo de interação. Entretanto, verifica-se que a interação biofertilizante x adubação
mineral exerceu efeitos significativos (p < 0,01) sobre a acumulação de fósforo, cálcio e
magnésio; biofertilizante x adubação mineral e biofertilizante x parte da folha sobre fósforo,
potássio, cácio e magnésio, a adubação mineral x parte da folha sobre os teores de potássio,
cálcio e enxofre nas diferentes partes das folhas do mamoeiro e biofertilizante + adubação
mineral + parte da folha sobre potássio, cálcio e magnésio (Tabela 5 - Anexo).
Os valores de nitrogênio em função das doses do biofertilizante, independente da parte das
folhas, foram superiores nos tratamentos com NPK (Figura 10), porém com superioridade
significativa no limbo (Figura 10A). A menor acumulação de N no pecíolo (Figura 10B)
expressa como também apresentado por Marinho et al. (2001) e Allan et al. (2002) em genótipos
de mamoeiro Havaí do grupo solo transferência de nutrientes para o limbo e para os frutos. Pelos
41
teores de N no limbo, as plantas no início da frutificação apresentavam valores na matéria seca
foliar, acima de 40 g kg
-1
(Figura 10A). Para Malavolta et al. (1997) mamoeiro adequadamente
suprido em nitrogênio deve conter entre 40 e 50 g kg
-1
do nutriente na matéria seca foliar.
y = 44,14 + 9,02x - 2,43**x
2
R
2
= 0,65
y = 53,11
0
20
40
60
80
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Nitrogênio (g kg
-1
)
Ausência Presença
y = 13,57
y = 12,39
0
5
10
15
20
0 0,8 1,6 2,4
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Nitrogênio (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 10. Teores de nitrogênio em limbo e pecíolo de mamoeiro Havaí, em função da aplicação
de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de
adubação mineral com NPK.
Comparativamente com mamoeiro do grupo Solo, sob manejo convencional, os valores de
N, na amplitude entre 40 e 53,11g kg
-1
(Figura 10A) estão compatíveis com os 45, 44, 94 e 42,
53 g kg
-1
apresentados por Campostrine et al. (2001), Almeida et al. (2003) e Falcão et al.
(2004). Por outro lado, foram inferiores aos 63 g kg
-1
de N contidos no limbo do mamoeiro
baixinho de Santa Amália em solo tratado com biofertilizante bovino e aplicação mensalmente
de 10 g de N na forma de uréia (Mesquita, 2005).
Os teores de fósforo no limbo e no pecíolo tiveram comportamentos distintos em relação
ao biofertilizante e à adubação mineral com NPK. Verifica-se na Figura 11 que a aplicação de
NPK em cobertura reduziu linearmente os valores de P em qualquer das partes das folhas com o
aumento das doses do biofertilizante. Por outro lado, nos respectivos órgãos das folhas, os teores
A B
42
do nutriente aumentaram quadraticamente com as doses do insumo orgânico no solo sem NPK,
atingindo valores máximos de 5,82 (Figura 11A) e 7,93 g kg
-1
(Figura 11B) nas doses estimadas
de 1,8 e 2,0 L planta
-1
de biofertilizante. Constata-se nas respectivas Figuras, ao contrário de
Malavolta et al. (1997) e Marinho et al. (2001) maiores conteúdos foliares de fósforo no pecíolo
(Figura 11B) em relação ao limbo (Figura 11B).
y = 3,05 + 2,78x - 0,76**x
2
R
2
= 0,95
y = 4,63 - 0,46**x
R
2
= 0,97
0
2
4
6
8
10
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Fósforo (g kg
-1
)
Ausência Presença
y = 6,17 - 0,26*x
R
2
= 0,64
y = 3,9214 + 4,23x - 1,12**x
2
R
2
= 0,72
0
2
4
6
8
10
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante ( L planta
-1
)
Fósforo (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 11. Teores de fósforo no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
A redução dos teores de P na matéria seca das folhas com o aumento das doses do
biofertilizante, nos tratamentos com NPK, diverge das informações da literatura. Há evidências
que insumos orgânicos promovam a solubilização dos fosfatos e favorecem maior
disponibilidade do fósforo às plantas, como concluíram Delgado et al. (2002) e Andrade et al.
(2003).
Ao considerar que os 5,82 g kg
-1
inserem-se na faixa admitida como suficiente ao
mamoeiro (Malavolta et al., 1997), verifica-se que no início da frutificação as plantas estavam
nutricionalmente equilibradas em fósforo nos tratamentos sem e deficientes naqueles com
A
B
43
adubação mineral , com valor médio de 3,81 g kg
-1
. Os resultados médios de 5,82 gkg
-1
superaram os 4,32 e 4,93 g kg
-1
de P em folhas de mamoeiro do grupo solo sob cultivo
convencional (Barreto & Araújo Filho, 2002) e sob adubação mineral e pulverização das plantas
com calda bordaleza e biofertilizante bovino (Cruz et al., 2003).
Os valores de potássio apresentaram tendências diferenciadas nas distintas partes das
folhas. No limbo (Figura 12A) os teores de K aumentaram e diminuíram linearmente com as
doses de biofertilizante, respectivamente nos tratamentos sem e com adubação mineral, de forma
semelhante ao fósforo (Figura 10A). No pecíolo o comportamento dos dados foi invertido, onde
percebeu-se que a adubação mineral elevou de forma quadrática a acumulação de K até a dose
estimada de 2,1 L planta
-1
de biofertilizante referente ao maior valor de 39,4 g kg
-1
de potássio
(Figura 12B).
y = 39,73 + 2,35**x
R
2
= 0,58
y = 50,52 - 4,39**x
R
2
= 0,84
0
10
20
30
40
50
60
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Potássio (g kg
-1
)
Ausência Presença
y = 25,73
y = 23,67 + 14,81x - 3,68**x
2
R
2
= 0,82
0
10
20
30
40
50
60
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Potássio (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 12. Teores de potássio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
As variações de 50 a 32 e de 39 a 52 g kg
-1
no limbo (Figura 12A) e de 25,73 a 39,4 g kg
-1
(Figura 12B), apesar da redução dos teores com o aumento das doses de biofertilizante no solo
com NPK, evidenciaram que os teores situam-se nos limites de 25 a 30 g kg
-1
de potássio em
plantas de mamoeiro adequadamente supridas nesse macronutriente (Malavolta et al., 1997). Em
A B
44
comparação com outros autores, em plantio tradicional, os dados foram, em geral, superiores aos
22,0 e 23,6 g kg
-1
de potássio em mamoeiro do grupo solo (Almeida et al., 2002; Santana et al.,
2004). Com relação ao solo com biofertilizante ao solo tratado com biofertilizante os valores
superaram os 27,3 e 23,3 g kg
-1
de potássio no limbo do mamoeiro Baixinho de Santa Amália
aos 120 e 330 dias após o plantio (Mesquita et al., 2006).
Quanto ao cálcio, os teores foram superiores no limbo e em níveis abaixo do limite mínimo
da faixa adotada como suficiente ao mamoeiro que oscila de 20 a 22 g kg
-1
(Malavolta et al.,
1997). Observa-se na Figura 13A decréscimo linear e aumento quadrático de cálcio com o
aumento das doses de biofertilizante nos tratamentos com e sem adubação NPK,
respectivamente. Os teores no pecíolo não se adequaram a nenhum modelo de regressão, foram
menores que no limbo e superiores nos tratamentos com adubação mineral (Figura 13B). Essa
inferioridade referente ao solo com biofertilizante e NPK pode ser resposta de inibição
competitiva entre o potássio e magnésio sobre o cálcio (Malavolta et al., 1997).
y = 12,45 + 3,40x - 1,23**x
2
R
2
= 0,90
y = 10,05 - 1,01**x
R
2
= 0,99
0
5
10
15
20
25
30
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Cálcio (g kg
-1
)
Ausência Presença
y = 10,92
y = 6,88
0
6
12
18
24
30
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante ( L planta
-1
)
Cálcio (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 13. Teores de cálcio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
A
B
45
A acumulação de magnésio, ao contrário de Malavolta et al.(1997) e Marinho et al. (2001)
foi maior no pecíolo e com superioridade estatística no solo sem NPK (Figura 14). Os mais
baixos teores, tanto no limbo quanto no pecíolo das plantas desenvolvidas no solo com NPK,
podem ser devidos aos efeitos de interações antagônicas de reações entre o solo, o biofertilizante
e adubação mineral com NPK, reduzindo a disponibilidade no solo e, com efeito, resultando
numa menor acumulação nas folhas. Os maiores teores no limbo e pecíolo foram 10,1 (Figura
14A) e 14,3 g kg
-1
(Figura 14B) respectivamente, referentes às doses estimadas de 1,7 e 2,6 L
planta
-1
do biofertilizante nos tratamentos sem NPK aplicado ao solo. Ao considerar que o teor
médio suficiente ao mamoeiro é de 10 g kg
-1
(Malavolta et al., 1997), percebe-se que no início
da frutificação as plantas estavam com teores adequados de magnésio nos tratamentos sem
adubação mineral, mas deficientes no solo com biofertilizante e NPK, com teor médio de 7,44 g
kg
-1
.
y = 5,60 + 4,525x - 1,25**x
2
R
2
= 0,99
y = 7,44
0
3
6
9
12
15
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Magnésio (g kg
-1
)
Ausência Presença
y = 5,91 + 7,26x - 1,62x
2
R
2
= 0,91
y = 10,11 + 1,73x - 0,57x
2
R
2
= 0,71
0
3
6
9
12
15
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Magnésio (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 14. Teores de magnésio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
A B
46
Comparativamente, os 10,1 g kg
-1
de magnésio no limbo foram superiores ao valor
máximo de 5 g kg
-1
apresentado por Mesquita (2005) em mamoeiro Baixinho de Santa Amália,
cultivado em solo tratado com biofertilizante bovino líquido, na proporção em água de 1:1 e
nitrogênio oriundo da uréia. Foram superiores também aos 7,0 e 8,0 g kg
-1
obtidos no limbo por
Almeida et al. (2002) e Marinho et al. (2002). Por outro lado, foram notadamente inferiores aos
14,47 g kg
-1
apresentados por Barreto & Araújo Filho (2002) em mamoeiro do grupo solo sob
forma convencional de cultivo.
Os teores de enxofre (Figura 15) assim como os de cálcio foram mais baixos no limbo em
relação ao pecíolo e sem tendência definida quanto à adubação mineral. No limbo o maior valor
foi de 6,9 g kg
-1
na dose estimada de 1,64 L planta
-1
de biofertilizante no solo sem NPK, contra o
valor médio de 5,14 g kg
-1
nos tratamentos com NPK (Figura 15A). No pecíolo verifica-se
superioridade nos tratamentos com NPK de 7,81 em relação a 6,80 g kg
1
de enxofre no solo sem
adubação mineral (Figura 15B). Pelos resultados as plantas, na época de amostragem, estavam
com teores suficientes de enxofre nas folhas que de acordo com Malavolta et al. (1997), oscila
entre 4 e 6 g kg
-1
.
y = 5,16 + 1,81x - 0,58**x
2
R
2
= 0,72
y = 5,14
0
2
4
6
8
10
0,0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Enxofre (g kg
-1
)
Ausência Presença
y = 7,81
y = 6,80
0
2
4
6
8
10
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante ( L planta
-1
)
Enxofre (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 15. Teores de enxofre no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
A
B
47
4.3.2 Teores de micronutrientes
Pelos resumos das análises de variância, exceto manganês e zinco, a acumulação dos
demais micronutrientes e sódio foi influenciada pela interação biofertilizante x adubação mineral
x parte da folha (Tabela 6 - Anexo).
Os teores de boro foram expressivamente inferiores no limbo em relação ao pecíolo que,
em geral, foram maiores nas plantas dos tratamentos com NPK (Figura 16). Independente da
parte da folha, verifica-se que a aplicação de NPK favorece a disponibilidade de boro no solo
estimulando a absorção e a dinâmica na planta. Com base nos valores médios de 28,56 e 26,53
mg kg
-1
no limbo das plantas tratadas com biofertilizante no solo com e sem NPK (Figura 16A),
o mamoeiro encontrava-se com teores de boro suficientes às suas exigências que são da ordem
de 15 mg kg
-1
(Malavolta et al., 1997). Quanto à superioridade no pecíolo (Figura 16B)
possivelmente seja devida a baixa mobilidade do nutriente no tecido celular (Malavolta, 1980;
Epstein & Bloon, 2006). Os valores foram superiores aos 21,77 mg kg
-1
registrados por Mesquita
(2005) em mamoeiro Baixinho de Santa Amália cultivado em solo com biofertilizante, mas
foram marcadamente inferiores aos 37,55 e 41,00 mg kg
-1
apresentados por Marinho et al.
(2001) e Almeida et al. (2002) em mamoeiro do grupo solo sob forma tradicional de cultivo.
48
Figura 16. Teores de boro no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
O aumento das doses de biofertilizante isolado ou simultaneamente com NPK não foi
suficiente para elevar os teores de cobre no limbo para 11 mg kg
-1
admitidos como ideais ao
mamoeiro (Malavolta et al., 1997). Dessa forma o teor máximo de 4,0 mg kg
-1
expressam que as
plantas estavam com carência em cobre (Figura 17A). Os valores no pecíolo (Figura 17B) foram
da mesma ordem dos determinados no limbo. Esses dados foram notadamente inferiores aos
13,56 mg kg
-1
registrados por Mesquita (2005) para a mesma cultura em solo tratado com
biofertilizante na diluição em água de 1:1. Possivelmente, a deficiência verificada seja resposta
da alta diluição do insumo orgânico na proporção de 1:4 em relação a 1:1 ou 50% adotada por
Mesquita ( 2005) Além disso, a deficiência deve estar associada também a baixa composição do
biofertilizante em cobre (Tabela 4) e pode ter ocasionado a baixa disponibilidade no solo e, em
conseqüência, carência nas plantas.
y = 26,53
y = 28,56
0
15
30
45
60
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Boro (mg kg
-1
)
Ausência Presença
y = 57,62 - 11,35x + 1,25*x
2
R
2
= 0,89
y = 32,90 + 16,85x - 4,0625**x
2
R
2
= 0,64
0
20
40
60
80
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Boro (mg kg
-1
)
Ausência Presença
A B
49
y = 4,18 - 1,69x + 0,35**x
2
R
2
= 0,96
y = 2,86 + 0,52x - 0,36**x
2
R
2
= 0,60
0
2
4
6
8
10
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Cobre (mg kg
-1
)
Ausência Presença
y = 3,25 + 0,87x - 0,28*x
2
R
2
= 0,56
y = 3,68
0
2
4
6
8
10
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Cobre (g kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 17. Teores de cobre no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
Os teores de ferro decresceram linearmente no limbo com o aumento das doses do
biofertilizante independente da adição ou não de NPK ao solo (Figura 18A). No pecíolo (Figura
18B) o biofertilizante promoveu aumento e redução de forma quadrática na acumulação de ferro
no solo sem e com adubação mineral.
y = 58,51 - 7,17**x
R
2
= 0,98
y = 59,64 - 4,92**x
R
2
= 0,78
0
20
40
60
80
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Ferro (mg kg
-1
)
Ausência Presença
y = 54,89 + 32,31x - 11,31**x
2
R
2
= 0,69
y = 88,47 - 34,65x + 9,54**x
2
R
2
= 0,90
0
20
40
60
80
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Ferro (mg kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 18. Teores de ferro no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
A B
A B
50
O comportamento dos dados do limbo, que é a parte da folha geralmente aceita para
diagnóstico do estado nutricional do mamoeiro (Marinho, 1999), difere do apresentados por
Mesquita (2005) ao constatar que o biofertilizante elevou a acumulação de ferro no mamoeiro
Baixinho de Santa Amália. Nesse sentido, ao verificar que os maiores valores foram 60 mg kg
-1
(Figura 18A) e que a exigência mínima é de 291 mg kg
-1
(Malavolta et al., 1997) as plantas
estavam deficientes no micronutriente por ocasião da amostragem.
A redução do ferro no limbo com o aumento das doses do biofertilizante
independentemente da adubação mineral com NPK, além da elevada exigência da cultura pelo
micronutriente, o solo (Tabela 3) e o biofertilizante (Tabela 4) possuírem baixos conteúdos de
ferro, pode ser efeito de interação antagônica entre algum componente do complexo existente no
biofertilizante provocando o aumento de sua indisponibilidade com o aumento das doses.
Ao comparar os resultados da Figura 19 observa-se que, a exemplo do boro e do ferro, os
teores de manganês foram menores, no limbo que no pecíolo. No limbo a adubação mineral em
cobertura reduziu linearmente os teores do nutriente com o aumento das doses de biofertilizante
(Figura 19A) e no solo sem NPK os dados não se ajustaram a nenhum tipo de regressão com
valor médio de 10,84 mg kg
-1
. Quanto ao pecíolo os teores diminuíram em função das doses do
insumo orgânico nas plantas do solo com e sem adubação com NPK (Figura 19B). A situação de
declínio no limbo para os tratamentos com NPK pode ser efeito de antagonismo entre alguma
reação provocada pelo biofertilizante e o manganês diminuindo a sua disponibilidade no solo,
refletindo-se em desequilíbrio e carência nas plantas.
51
Figura 19. Teores de manganês no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
Ao admitir que a exigência do mamoeiro em manganês é de 70 mg kg
-1
(Malavolta et al.,
1997) e que os valores no limbo foram inferiores a 16 mg kg
-1
, constata-se que as plantas, no
início da frutificação, estavam com elevada carência do micronutriente. A acumulação de
manganês no limbo foi bem inferior à variação de 27 a 54 mg kg
-1
em plantio desenvolvido com
biofertilizante comum (Mesquita, 2005). Foram inferiores também aos 29,00 e 26,59 mg kg
-1
obtidos por Campostrini et al. (2001) e Barreto & Araújo Filho (2002) em plantas de mamoeiro
do grupo solo sob forma convencional de cultivo.
As plantas no início da frutificação estavam com menos zinco no limbo que no pecíolo
(Figura 20). Como verificado também para cobre (Figura 17A) e ferro (Figura 18A) a
acumulação de zinco no limbo (Figura 20A) foi inibida com o aumento dos níveis de
biofertilizante no solo sem adubação NPK. Quanto ao solo com adubação mineral os teores de
zinco no limbo aumentaram até 45,89 mg kg
-1
na dose máxima estimada de biofertilizante de
1,25 L planta
-1
. Esse valor foi inferior ao teor médio de 62,12 mg kg
-1
no pecíolo das plantas nos
y = 14,60 - 2,78*x
R
2
= 0,61
y = 10,84
0
4
8
12
16
20
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Manganês (mg kg
-1
)
Ausência Presença
y = 66,44 - 3,00*x
R
2
= 0,67
y = 65,02 + 8,59x - 3,34**x
2
R
2
= 0,74
0
20
40
60
80
100
00,81,62,43,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Manganês (mg kg
-1
)
Ausência Presença
A B
52
tratamentos sem NPK e 62,26 mg kg
-1
na dose de máxima eficiência física do insumo orgânico
referente ao solo com adubação mineral (Figura 20B).
y = 48,27 - 5,56**x
R
2
= 0,95
y = 40,96 + 7,92x - 3,18*x
2
R
2
= 0,87
0
20
40
60
80
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Zinco (mg kg
-1
)
Ausência Presença
y = 62,12
y = 56,631 + 8,20x - 2,99*x
2
R
2
= 0,65
0
20
40
60
80
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante ( L planta
-1
)
Zinco (mg kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 20. Teores de zinco no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
Os valores de 45,89 mg kg
-1
foram superiores aos 43 mg kg
-1
admitidos como adequados e
evidenciaram que na época da amostragem as plantas estavam balanceadas em zinco (Malavolta
et al., 1997). Esse valor supera os 29,00 e 24,33 mg kg
-1
em mamoeiro do grupo solo sob manejo
tradicional (Campostrini et al., 2001; Almeida et al., 2002). Foram superiores também aos 38,6 e
aos 44,3 mg kg
-1
de zinco no limbo de mamoeiro Baixinho de Santa Amália em solo com
biofertilizante bovino aplicado na forma líquida (Mesquita, 2005; Menezes Júnior, 2005) e
conforme Malavolta et al. (1997), as plantas estavam balanceadas em zinco no início da
frutificação.
O sódio foi significativamente superior na biomassa do limbo em relação ao pecíolo
(Figura 21). Verifica-se, independentemente da parte da folha, que mesmo não sendo elemento
essencial o sódio foi absorvido numa proporção superior à soma de todos os micronutrientes
pelo mamoeiro Baixinho de Santa Amália, com valores no limbo de 2997 e 2974 mg kg
-1
nos
A B
53
tratamentos com biofertilizante na ausência e presença de NPK fornecido em cobertura. Esse
Comportamento foi também apresentado por Mesquita (2005) e Sousa et al.(2006) para o
mamoeiro Baixinho de Santa Amália. Essa situação tem sido constatada para outras culturas
como gravioleira (Figueiredo, 2003), maracujazeiro-amarelo (Gondim, 2003; Campos, 2006) e
pinheira (Cavalcante et al., 2006).
y = 2550,90 + 748,07x - 312,83
ns
x
2
R
2
= 0,74
y = 2612,40 + 484,32x - 162,05*x
2
R
2
= 0,76
0
800
1600
2400
3200
4000
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Sódio (mg kg
-1
)
Ausência Presença
y = 546,35
y = 646,81
0
200
400
600
800
1000
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Sódio (mg kg
-1
)
Ausência Presença
Figura 21. Teores de sódio no limbo (A) e pecíolo (B) do mamoeiro Havaí, em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido no solo, com (----) e sem (
___
) adubação
mineral com NPK.
Ao considerar que no início da frutificação das plantas, em geral estavam adequadamente
supridas em nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, enxofre, boro e zinco, principalmente no
solo sem NPK, percebe-se uma situação promissora do biofertilizante quanto à nutrição mineral
das plantas, apesar da maior produtividade depender da complementação com adubação mineral.
4.4. Fertilidade do Solo
Os componentes da fertilidade do solo, no início da frutificação das plantas, exceto a
variável saturação por bases trocáveis, responderam estatisticamente aos efeitos da interação
biofertilizante x adubação mineral com NPK (Tabela 7 - Anexo). Esta situação foi também
A B
54
registrada por Santos (2004), Mesquita (2005) e Campos (2006) ao constatarem que os
biofertilizantes comum e supermagro promoveram alteração na fertilidade de solos cultivados
com maracujazeiro-amarelo e mamoeiro Baixinho de Santa Amália.
Os valores de pH por ocasião da amostragem de solo, apesar de estatisticamente superiores
nos tratamentos sem NPK não se ajustaram a nenhum tipo de regressão com o aumento das
doses de biofertilizante aplicadas. As médias de 5,80 e 6,05 no solo com e sem adubação mineral
(Figura 22) foram expressivamente elevadas em relação ao valor inicial de 4,90 antes da
instalação do experimento (Tabela 2). Esse aumento está compatível com Mesquita (2005) ao
verificar que o biofertilizante bovino induziu aumento do pH do solo cultivado com a mesma
cultura, fornecido na proporção em água de 1:1 ou 50%. A elevação do pH comparado ao que o
solo possuía pode ter sido resposta do aumento de cálcio e magnésio promovido pela
solubilização do calcário dolomítico aplicado ao solo na preparação das covas com o aumento
das doses do biofertilizante como verificado nas Figuras 26 e 27, respectivamente.
y = 5,80
y = 6,05
0
2
4
6
8
10
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
pH
Ausência Presença
Figura 22. Valores de pH no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da aplicação de
biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação
mineral com NPK.
A matéria orgânica, no início da frutificação das plantas, teve comportamento invertido.
Percebe-se na Figura 23 que nos tratamentos sem NPK os teores de matéria orgânica do solo
55
aumentaram linearmente, ao nível de 0,51 g kg
-1
, para cada aumento unitário de biofertilizante
fornecido. Por outro lado, a adição de NPK promoveu declínio linear da matéria orgânica de
0,59 g kg
-1
por incremento unitário do mesmo insumo orgânico. No primeiro caso os resultados
estão de acordo com os apresentados por Santos (2004) ao concluir que a matéria orgânica do
solo aumentou linearmente com as doses do biofertilizante comum fornecido aos 30, 60, 90 e
120 dias após o plantio do maracujazeiro-amarelo, no entanto divergem quanto à interação
presença de adubação com NPK x biofertilizante.
y = 9,44 - 0,59*x
R
2
= 0,87
y = 8,41 + 0,51**x
R
2
= 0,70
4
6
8
10
12
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L cova-1)
MO (%)
Ausência Presença
Figura 23. Teores de matéria orgânica no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da
aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de
adubação mineral com NPK.
Ao considerar que foram incorporados apenas 5 L de esterco bovino em cada cova e que
não foram feitas aplicações em cobertura possivelmente o nitrogênio e o potássio adicionados
tenham contribuído para maior população de microorganismos, resultando em decomposição
mais acelerada da matéria orgânica no solo, em relação aos tratamentos sem adubação mineral.
Os teores, mesmo com a redução no solo com NPK nas maiores doses do insumo orgânico,
foram sensivelmente elevados em relação aos teores iniciais do solo (Tabela 2). A redução foi de
9,4 para 7,6 g kg
-1
da dose 0,0 a 3,2 L cova
-1
. Apesar do declínio, o menor teor foi superior aos
5,7 g kg
-1
que o solo possuía antes do início do experimento. Mesmo considerando o aumento de
8,4 para 11,2 g kg
-1
, em função do aumento das doses de 0,0 para 3,2 g kg
-1
, a utilização do
56
biofertilizante não elevou o conteúdo de matéria orgânica do solo de nível baixo (<15 g kg
-1
)
para nível médio (> 15 g kg
-1
) conforme Ribeiro et al. (1999).
O comportamento do fósforo no solo (Figura 24) foi o mesmo constatado na matéria seca
foliar do limbo e pecíolo das plantas (Figura 11). Observa-se tanto no solo quanto nas plantas,
decréscimo e elevação do nutriente em função das doses de biofertilizante comum nos
tratamentos com e sem NPK respectivamente. No solo sem adubação mineral a adição do
biofertilizante aumentou a disponibilidade de fósforo no solo. Essa situação está em acordo com
Haynes (1984); Delgado et al. (2002) e Andrade et al. (2003) após constatarem que substâncias
húmicas interferem positivamente na disponibilidade de fósforo no solo. Conforme os autores
esse fenômeno ocorre devido os solos adsorverem os ácidos orgânicos, que ocupam o sítio de
adsorção de fosfato, aumentando a disponibilidade às plantas. Nessas condições possivelmente o
biofertilizante tenha promovido a produção de ácido húmico e fúlvico que ocuparam os sítios de
troca reduzindo a imobilização do fósforo pela adsorção refletindo-se em efeitos positivos na
disponibilidade do nutriente.
y = 40,10 - 7,76**x
R
2
= 0,95
y = 13,78 + 10,68x - 1,64**x
2
R
2
= 0,91
10
15
20
25
30
35
40
45
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de biofertilizante (L planta
-1
)
Fósforo (mg dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 24. Teores de fósforo no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da aplicação de
biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação
mineral com NPK.
57
Mesmo com o declínio da disponibilidade nos tratamentos com biofertilizante e NPK,
indicado na Figura 24, o valor do elemento no solo, na maior dose do insumo orgânico com
adubação mineral, foi 13,2 mg dm
-3
e, portanto, apresenta-se notadamente elevado em
comparação com o conteúdo inicial observado no solo (1,1 mg dm
-3
) antes de instalar o
experimento. Quanto aos tratamentos sem adubação mineral os valores no solo foram elevados
de 1,1 mg dm
-3
(Tabela 2) antes de iniciar o experimento, para 14,2 e até próximo de 30 mg dm
-3
com o aumento das doses de biofertilizante fornecido. Pelos resultados da Figura 24, o teor de
fósforo no solo com biofertilizante e NPK permaneceu baixo apesar do aumento de 1,1 para 13,2
mg dm
-3
, mas no solo com o mesmo insumo sem NPK foi elevado de baixo para médio
respectivamente. No segundo caso, se a textura do solo fosse média ou argilosa o valor próximo
de 30 mg dm
-3
corresponderia ao nível médio e alto do nutriente. Essa alteração no critério da
disponibilidade conforme Tomé Júnior (1997) e Raij et al. (2001) é que as perdas nos solos
arenosos são maiores.
Os teores de potássio aumentaram de forma quadrática, em função das doses do
biofertilizante adicionadas e foram estatisticamente superiores no solo com adubação mineral.
Nos tratamentos com e sem NPK os valores aumentaram até 252 e 144 mg dm
-3
, nas doses
máximas estimadas de 1,82 e 1,67 L planta
-1
(Figura 25). A partir das respectivas doses
estimadas registram-se diminuições na disponibilidade de potássio com o aumento do
biofertilizante bovino aplicado. Esse declínio a partir das doses estimadas pode ser devido, em
parte, ao aumento de substâncias húmicas pelo aumento do biofertilizante resultando conforme
Sanches-Conde & Ortega (1968) em níveis elevados de ácido fúlvico que provocou perda de
disponibilidade de potássio no solo cultivado com pimenta do reino. Comparativamente com o
valor de 47 mg dm
-3
que o solo possuía antes de iniciar o experimento, os teores foram elevados
para níveis alto e muito alto (Ribeiro et al., 1997) respectivamente no solo sem e com NPK e
biofertilizante. Esses teores superaram os 90 mg dm
-3
apresentados por Mesquita (2005) em solo
58
cultivado com mamoeiro Baixinho de Santa Amália e biofertilizante bovino aplicado no solo na
forma líquida.
y = 103,02 + 163,42x - 44,69**x
2
R
2
= 0,69
y = 74,60 + 83,34x - 24,98**x
2
R
2
= 0,75
0
50
100
150
200
250
300
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
Potássio (mg dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 25. Teores de potássio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da aplicação de
biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação
mineral com NPK.
Os teores de cálcio no solo aumentaram até as doses de maior eficiência física estimada do
biofertilizante de 1,33 e 1,17 L planta
-1
equivalentes a 2,3 e 17 cmol
c
dm
-3
nos tratamentos sem e
com NPK (Figura 26), com redução significativa de 2,3 para 1,7 cmol
c
dm
-3
. Esses resultados
expressam que o biofertilizante isolado foi mais eficiente na solubilização do calcário aplicado
na preparação das covas que associado com a adubação mineral, refletindo em maior conteúdo
do macronutriente e elevando o teor de nível baixo (0,6 cmol
c
dm
-3
) para teor médio de 2,3 cmol
c
dm
-3
(Ribeiro et al., 1997).
59
y
ausência
= 1,96+ 0,48x - 0,18**x
2
R
2
= 0,93
y
presença
= 1,86 + 0,49x - 0,21**x
2
R
2
= 0,77
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta-1)
Cálcio ( mg dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 26. Teores de cálcio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da aplicação de
biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação
mineral com NPK.
Nos tratamentos com biofertilizante e sem NPK os teores de magnésio aumentaram até o
valor de 0,42 cmol
c
dm
-3
na dose máxima estimada de 1,5 L planta
-1
e no solo com os referidos
nutrientes os valores aumentaram linearmente de 0,28 para até 0,55 cmol
c
dm
-3
em função das
doses do biofertilizante fornecido (Figura 27). Ao relacionar esses resultados com o que o solo
possuía inicialmente (Tabela 2) observa-se que nos tratamentos sem NPK os teores foram
reduzidos de 0,5 para 0,42 cmol
c
dm
-3
com o aumento das doses ao insumo aplicado. Por outro
lado, os teores de magnésio no solo com NPK aumentaram com as doses do insumo orgânico.
Essa situação está em conflito com a literatura. Em geral, nos solos ricos em potássio como é o
caso nos tratamentos com NPK indicado na Figura 25, os teores de magnésio deveriam estar em
nível mais baixo nesses tratamentos e, no entanto, superaram os solos sem adubação mineral
com NPK, que foram elevados de nível baixo para médio em relação ao que o solo possuía
inicialmente.
60
y = 0,33 + 0,12x - 0,04x
2
R
2
= 0,77
y
= 0,27 + 0,10**x
R
2
= 0,96
0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
Magnésio (mg dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 27. Teores de magnésio no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da aplicação
de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de
adubação mineral com NPK.
Com relação ao sódio os teores foram baixos, porém com tendência de superioridade no
solo com NPK, até a dose estimada do insumo orgânico de 1 L planta
-1
, mas aumentaram
linearmente com as doses de biofertilizante (Figura 28). Verifica-se que inicialmente o solo
continha 0,02 cmol
c
dm
-3
(Tabela 2) e que no solo sem NPK foi elevado para 0,13 e com NPK
para 0,14 cmol
c
dm
-3
. Conforme Richards (1954), Szabolcs (1971), Awad & Abbott (1976) e
Cavalcante (2000) solos com conteúdo de sódio entre 0,5 e 1,0 cmol
c
dm
-3
não oferecem riscos
potenciais aos solos e às plantas.
61
y presença = 0,13 + 0,02x - 0,01**x
2
R
2
= 0,82
y ausência = 0,129 + 0,0025*x
R
2
= 0,50
0,09
0,12
0,15
0,18
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
Sódio (mg dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 28. Teores de sódio no solo cultivado com mamoeiro Havaí, em função da aplicação de
biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de adubação
mineral com NPK.
Os teores de hidrogênio mais alumínio nos tratamentos sem NPK não se adequaram a
nenhum modelo de regressão, enquanto no solo com NPK os valores cresceram linearmente, e
foram significativamente maiores, com o aumento das doses do insumo orgânico aplicado
(Figura 29). Na ausência de adubação mineral em cobertura o teor médio foi 0,21 e na presença
os valores oscilaram de 0,31 a 0,41 cmol
c
dm
-3
, respectivamente. Comparativamente ao valor
inicial do solo de 1,97 cmol
c
dm
-3
(Tabela 2) constata-se expressiva redução da acidez do solo
em função dos tratamentos. A tendência dos dados diverge da apresentada por Mesquita (2005)
ao verificar que o aumento das doses de biofertilizante comum reduziu os conteúdos de
hidrogênio + alumínio do solo. Apesar dos resultados benéficos da redução H
+
+ Al
3+
nos
tratamentos com NPK em relação ao que o solo possuía os aumentos possivelmente sejam
resposta também da aplicação de calcário dolomítico no preparo das covas, elevação do potássio
(Figura 25) e do magnésio (Figura 27), refletindo-se no aumento da soma de bases (Figura 30) e
na capacidade de troca catiônica do solo (Figura 31).
62
y = 0,31 + 0,03**x
R
2
= 0,75
y = 0,21
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
H
+
+ Al
3+
(cmol
c
dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 29. Valores de hidrogênio+alumínio no solo cultivado com mamoeiro Havaí, em função
da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência
(
___
) de adubação mineral com NPK.
y = + 2,53 + 0,90x - 0,31*x
2
R
2
= 0,99
y = 2,50 + 1,09x - 0,35**x
2
R
2
= 0,72
1
2
3
4
5
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
SB (cmol
c
d
-3
)
Ausência Presença
Figura 30. Soma de Bases (SB) no solo cultivado com mamoeiro Havaí, em função da aplicação
de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de
adubação mineral com NPK.
63
y = 2,82 + 1,09x - 0,34**x
2
R
2
= 0,73
y = 2,79 + 0,86x - 0,31**x
2
R
2
= 0,99
0
1
2
3
4
5
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
CTC (cml
c
dm
-3
)
Ausência Presença
Figura 31. Capacidade de troca catiônica (CTC) no solo cultivado com mamoeiro Havaí, em
função da aplicação de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e
ausência (
___
) de adubação mineral com NPK.
A saturação por bases do solo apresentou comportamento distinto entre os tratamentos sem
e com adubação mineral em função do aumento do biofertilizante fornecido. Nas parcelas sem
NPK a saturação por bases (Valor V) superou os do solo submetido à aplicação de NPK (Figura
32). A redução dos valores no solo com NPK justifica-se pelo aumento dos teores de H
+
+ Al
3+
,
apesar do alumínio ter sido neutralizado, isto é, o solo estava com valor nulo independente do
fornecimento ou não de NPK em cobertura. Nessas condições, mesmo havendo aumento da
soma de bases, com a elevação do teor de hidrogênio mais alumínio há o aumento da CTC, mas
com perda de saturação por bases, uma vez que o valor V é expresso pela relação entre os
valores da soma de bases e da capacidade de troca catiônica.
64
Figura 32. Saturação por bases no solo cultivado com mamoeiro Havaí em função da aplicação
de biofertilizante bovino líquido via solo, na presença (----) e ausência (
___
) de
adubação mineral com NPK.
O solo no início da frutificação das plantas apresentava elevadas percentagens de saturação
por bases com mais de 90 e 92% nos tratamentos com e sem adubação mineral. Esses valores
evidenciaram, em relação aos 38,24% iniciais (Tabela 2), elevação do caráter distrófico para
eutrófico do solo com a aplicação de biofertilizante nos tratamentos com e sem NPK,
respectivamente. Resultados semelhantes foram obtidos por Santos (2004) e Mesquita (2005) ao
concluírem que o biofertilizante bovino promoveu o aumento da percentagem de saturação por
bases em solos cultivados com maracujazeiro-amarelo e mamoeiro Havaí, cultivar Baixinho de
Santa Amália.
Com base na Tabela 8 verifica-se que o biofertilizante, independentemente do emprego ou
não da adubação mineral, reduziu os teores de alumínio e elevou os demais componentes da
fertilidade do solo de caráter distrófico para eutrófico suficiente para o equilíbrio nutricional do
mamoeiro Baixinho de Santa Amália em nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, cálcio, enxofre,
boro e zinco.
y = 92,837
y = 88,46 + 3,36x - 1,36**x
2
R
2
= 0,79
80
85
90
95
100
0 0,8 1,6 2,4 3,2
Doses de Biofertilizante (L planta
-1
)
V (%)
Ausência Presença
65
Tabela 8. Valores de atributos químicos do solo antes da instalação do experimento, da
composição mineral do mamoeiro Baixinho de Santa Amália no início de frutificação
das plantas, em função do biofertilizante e adubação mineral com NPK aplicados ao
solo.
Biofertilizante
No solo No limbo das plantas
Variável AIE sem NPK com NPK sem NPK com NPK
pH (1:2,5) 4,90 6,05 5,80 - -
MO (g dm
-3
) 5,70B 9,70B 8,50B N 52,51ad 53,11ad
P (mg dm
-3
) 1,10B 22,14M 26,86M P 5,82ad 3,81d
K (mg dm
-3
) 47,00M 144,00A 252,00A K 45,50ad 41,00
Ca
2+
(cmol
c
dm
-3
) 0,60B 2,30M 1,70M Ca
2+
14,80d 8,40d
Mg
2+
(cmol
c
dm
-3
) 0,50M 0,42B 0,58M Mg
2+
10,10ad 7,44d
Na
+
(cmol
c
dm
-3
) 0,02 0,13 0,14 Na
+
2997,00 2974,00
SB(cmol
c
dm
-3
) 1,22 3,18 3,34 S 6,91ad 5,14ad
H
+
Al
3+
(cmol
c
dm
-3
) 1,97 0,21 0,34 B 26,53a 28,56a
Al
3+
(cmol
c
dm
-3
) 0,15B 0,00B 0,00B Cu
2+
2,81d 2,52d
CTC(cmol
c
dm
-3
) 3,19 3,39 3,68 Fe
2+
51,60d 53,20d
V (%) 38,24 92,40 90,76 Mn
-
10,84d 9,80d
Classificação Distrófico Eutrófico Eutrófico Zn
+
62,12ad 45,89ad
AIE = antes da instalação do experimento; MO= matéria orgânica; SB= Soma de bases (Ca, Mg, K, Na); CTC=
capacidade de troca catiônica do solo (SB+H+Al); V= valor de saturação por bases (100SB/CTC); A,M,B= teor alto, médio e
baixo no solo; ad e d= teor adequado e suficiente nas plantas
66
5. CONCLUSÕES
1. O crescimento das plantas em altura, diâmetro caulinar e produtividade foram superiores
no solo com biofertilizante e adubação mineral.
2. Os frutos dos tratamentos com aplicação de biofertilizante e ausência de NPK
apresentaram maior firmeza e menor massa de casca.
3. A aplicação de biofertilizante na ausência de adubação mineral estimulou o maior
rendimento em polpa e maior teor de sólidos solúveis em relação ao insumo orgânico
com NPK.
4. As plantas, no início da frutificação, estavam deficientes em cobre, ferro e manganês e
adequadamente equilibradas em nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, enxofre, boro e
zinco, independente da ausência e presença de NPK no solo.
5. A aplicação do biofertilizante na ausência de NPK elevou mais o pH, a matéria orgânica
e o teor de cálcio e reduziu mais o teor de alumínio e hidrogênio da solo que na presença
de adubação mineral com NPK.
67
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79
ANEXOS
80
Tabela 1. Resumo das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à altura de plantas
e diâmetro de caule do mamoeiro Havaí, em função das aplicações de biofertilizante
bovino na presença e ausência de adubação mineral com NPK
Fonte de variação GL Quadrados médios
Altura Diâmetro
Blocos 2 86,782** 61,969
ns
Doses de biofertilizante (B) 4 31,846
ns
15,801
ns
Adubação mineral (A) 1 818,301** 3518,585**
B x A 4 45,488
ns
39,690
ns
T1 vs T11 1 63,569
ns
3,516
ns
T3 vs T12 1 38,647
ns
16,666
ns
Erro (A) 22 50,8592 40,13047
Idade das plantas (I) 4 32613,165** 13736,297**
B x I 16 2,865
ns
9,52373
ns
A x I 4 19,923* 148,112**
B x A x I 16 3,539
ns
7,145
ns
Ausência de adubação
Modelo Linear (B) 1 46,604* 27,735
ns
Modelo Quadrático (B) 1 14,015
ns
20,982
ns
Modelo Linear (I) 1 62351,805** 26738,715**
Modelo Quadrático (I) 1 98,428** 379,976**
Linear (B) x Linear (I) 1 9,288
ns
0,867
ns
Presença de adubação - NPK
Modelo Linear (B) 1 45,210* 4,203
ns
Modelo Quadrático (B) 1 35,985* 39,044
Modelo Linear (I) 1 67980,248** 27867,898**
Modelo Quadrático (I) 1 17,269
ns
152,593**
Linear (B) x Linear (I) 1 2,765
ns
8,626
ns
Resíduo 96 7,4429 13,42627
CV (%) 3,62 7,26
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p< 0,05, p< 0,01, respectivamente.
81
Tabela 2. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes ao número de
frutos por planta (NFP), massa média de frutos (MMF), produção por planta (PP) e
produtividade do mamoeiro Havaí em função da aplicação de biofertilizante bovino
na presença e ausência de adubação mineral com NPK.
Fonte de variação GL
Quadrados médios
NFP MMF PP PROD
Blocos 2 13,720
ns
578,083
ns
6,525
ns
41,033
ns
Bio (B) 4 76,393
ns
1604,467
ns
18,062
ns
112,320
ns
Adubo (A) 1
6436,331*
*
2688,533
ns
1638,363*
*
10242,355**
B x A 4 137,065* 1085,533
ns
28,553* 177,509*
B / A1 (4) - - - -
Efeito linear 1 6,229
ns
1068,033
ns
3,353
ns
20,933
ns
Efeito quadrático 1 25,413
ns
486,881
ns
3,822
ns
23,866
ns
Efeito cúbico 1 53,761
ns
5964,300
ns
2,785
ns
17,374
ns
Desvio da
regressão
1 18,199
ns
349,719
ns
4,077
ns
25,522
ns
B / A2 (4) - - - -
Efeito linear 1 81,675
ns
300,833
ns
25,355
ns
157,506
ns
Efeito quadrático 1 296,006* 905,357
ns
49,335* 306,288*
Efeito cúbico 1 119,002
ns
1203,333
ns
50,674* 314,734*
Desvio da
regressão
1 253,550* 481,543
ns
47,059* 293,089*
T1 vs T11 1 2,042
ns
1908,167
ns
0,094
ns
0,583
ns
T3 vs T12 1 4,594
ns
640,667
ns
1,591
ns
9,959
ns
Resíduo 22 47,878 1651,992 8,655 54,166
CV % 19,62 8,39 17,25 17,26
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p< 0,05 e p< 0,01, respectivamente.
82
Tabela 3. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes ao diâmetro
longitudinal (DL), diâmetro transversal (DT), firmeza do fruto com casca (FCC),
firmeza do fruto sem casca (FSC) e massa de casca (MC) em frutos de mamoeiro
Havaí cv, Baixinho de Santa Amália oriundos de plantio tratado com biofertilizante
bovino na presença e ausência de adubação mineral com NPK.
Fonte de variação GL Quadrados Médios
DL DT FCC FSC MC
Blocos 2 5,6736
ns
0,436
ns
17,215
ns
4,698 1749,393
ns
Biofertilizante (B) 4 0,687
ns
0,243
ns
17,643
ns
8,132
ns
495,310
ns
Adubação (A) 1 0,300
ns
0,507
ns
0,374
ns
1,875
ns
6315,332**
B x A 4 1,154
ns
0,288
ns
3,266
ns
8,34
ns
737,664**
B / A1 (4) -
Modelo linear 1 0,773
ns
0,875
ns
0,944
ns
0,457
ns
646,313
ns
Modelo quadrático 1 0,576
ns
0,935
ns
4,117
ns
2,232
ns
734,008
ns
Modelo cúbico 1 0,533
ns
0,972
ns
4,720
ns
1,976
ns
916,211
ns
Desvio da regressão 1 0,005
ns
0,055
ns
26,288
ns
5,154
ns
467,444**
B / A2 (4)
Modelo linear 1 0,2758
ns
0,159
ns
1,574
ns
0,429
ns
914,999
ns
Modelo quadrático 1 0,0238
ns
0,066
ns
0,003
ns
2,263
ns
679,005
ns
Modelo cúbico 1 0,0333
ns
0,016
ns
0,192
ns
3,888
ns
465,314
ns
Desvio da regressão 1 0,076
ns
0,011
ns
2,284
ns
0,352
ns
121,463
ns
T1 vs T11 1 0,042
ns
0,240
ns
2,282
ns
17,340
ns
772,708
ns
T3 vs T12 1 0,042
ns
0,007
ns
0,602
ns
2,160
ns
2714,477*
Resíduo 22 1,924 0,429 10,339 5,498 147,281
CV % 7,452 7,190 21,391 22,161 26,855
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p< 0,05, p< 0,01, respectivamente; A
0
e A
1
= ausência e
presença de adubação mineral, respectivamemente
83
Tabela 4. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes ao rendimento em polpa (RP), sólidos solúveis – SS (°Brix),
acidez titulável (AT), relação SS/AT, pH e teores de vitamina C (VITC) em frutos de mamoeiro Havaí cv. Baixinho de Santa Amália
oriundos de plantio em solo tratado com biofertilizante bovino na presença e ausência de adubação mineral com NPK.
Fonte de variação GL Quadrados médios
RP SS AT SS/AT pH VITC
Blocos 2 19,24198
ns
1,363
ns
0,00002
ns
2958,460
ns
0,117
ns
1379,794
ns
Bio (B) 4 19,969
ns
1,085
ns
0,00007
ns
3240,866
ns
0,275
ns
1080,992
ns
Adubação (A) 1 345,962** 0,645
ns
0,00002
ns
20,896
ns
0,117
ns
1136,275
ns
B x A 4 3,918
ns
2,080* 0,00002
ns
2828,183
ns
0,211
ns
343,764
ns
B / A1 (4)
Modelo linear 1 17,136
ns
1,583
ns
0,00006
ns
13197,148** 0,948* 96,529
ns
Modelo quadrático 1 16,999
ns
1,375
ns
0,00003
ns
11332,875* 0,531
ns
5,782
ns
Modelo cúbico 1 20,009
ns
1,083
ns
0,00002
ns
10836,674* 0,372
ns
69,647
ns
Desvio da regressão 1 10,129
ns
9,094
ns
0,00002
ns
10614,869* 0,005
ns
2638,508
ns
B / A2 (4)
Modelo linear 1 9,663
ns
0,034
ns
0,000003
ns
244,625
ns
0,047
ns
10,855
ns
Modelo quadrático 1 9,191
ns
0,012
ns
0,000007
ns
415,473
ns
0,090
ns
42,063
ns
Modelo cúbico 1 9,164
ns
0,021
ns
0,000005
ns
377,204
ns
0,124
ns
154,179
ns
Desvio da regressão 1 1,679
ns
0,261
ns
0,000003
ns
287,989
ns
0,076
ns
14,191
ns
T1 vs T11 1 21,362
ns
0,202
ns
0,00002
ns
7198,525* 0,889* 1,316
ns
T3 vs T12 1 88,758** 9,127** 0,00002
ns
9451,329* 0,023
ns
4228,353
ns
Resíduo 22 9,281 0,549 0,00004
1467,854 0,137 770,009
CV % 3,905 8,88 15,24 20,62 5,65 19,33
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p< 0,05, p< 0,01, respectivamente; A
0
e A
1
= respectivamente ausência e presença de adubação mineral
84
Tabela 5. Resumo das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores foliares de
macronutrientes no mamoeiro Havaí em função das aplicações de biofertilizante bovino na
presença e ausência de adubação mineral com NPK.
Fonte de variação
GL
Quadrados médios
N P K Ca Mg S
Bloco 2
7,271 0,063 9,991 0,336 0,312 0,3
Biofertilizante (B) 4
43,409
ns
5,522** 70,324** 162,895** 112,737** 3,247
ns
Adubo (A) 1 106,682* 7,594** 234,375** 2,100
ns
5,967* 0,454
ns
B x A 4
32,209
ns
12,009** 67,3017* 327,502** 72,057** 0,847
ns
Local (L) 1 24307,935** 56,734** 3276,001** 60,484** 176,946** 55,510**
B x L 4
6,446
ns
1,076* 55,694* 159,079** 19,381** 1,076
ns
A x L 1
30,375
ns
0,004
ns
233,127** 321,934** 0,000
ns
11,900**
A x B x L 4
7,418
ns
0,995
ns
155,274** 156,908** 26,986** 0,407
ns
B / PECÌOLO A0 -4 - - - - - -
Efeito linear 1
29,403
ns
8,427** 1,200
ns
4,332
ns
82,336** 0,012
ns
Efeito quadrático
1 102,481* 31,856** 1,663
ns
222,236** 49,758** 0,012
ns
Efeito cúbico
1 56,307
ns
8,748** 0,300
ns
1,323
ns
10,680** 0,048
ns
Desvio da regressão
1
0.336 0.555
B / PECÌOLO A1 -4 - - - - - -
Efeito linear
1 17,030
ns
2,162* 414,092** 7,140
ns
0,049
ns
0,064
ns
Efeito quadrático
1 17,730
ns
0,0192
ns
305,264** 210,491** 6,877* 0,182
ns
Efeito cúbico 1 4,029
ns
0,764
ns
48,023ns 200,592** 1,093
ns
0,619
ns
Desvio da regressão
1
2.040 0.007
B / LIMBO A0 -4 - - - - - -
Efeito linear 1 7,203
ns
2,352* 106,032* 5,292
ns
5,292
ns
0,048
ns
Efeito quadrático
1 26,185
ns
12,019** 53,409
ns
36,557** 33,762** 5,558*
Efeito cúbico 1 8,112
ns
0,588
ns
26,508
ns
1,728
ns
0,363
ns
0,972
ns
Desvio da regressão
1
33.360 11.527
B / LIMBO A1 -4 - - - - - -
Efeito linear 1 2,352
ns
5,929** 421,201** 25,44 2,304
ns
0,225
ns
Efeito quadrático 1 10,991
ns
0,077
ns
65,291
ns
0,071 3,207
ns
0,102
ns
Efeito cúbico
1 0,256
ns
0,040
ns
5,542
ns
0 7,174* 0,029
ns
Desvio da regressão
1
4.907 0.002
T1 vs T11/ Pecíolo 1 22,815
ns
8,64 37,5 0,735 13,5 0,135
T3 vs T12 / Pecíolo
1
4,335
ns
2,94
103,335
50,46 0 0,54
T1 vs T11/ Limbo
1
178,215** 17,34
174,96
937,5 31,74 0,375
T3 vs T12 / Limbo
1
14,415
ns
10,935
281,535
355,74 9,375 2,16
Resíduo 46 15.814.293 0.399438 16.108.641 1.778.351 1.279.450 1.279.450
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p< 0,05, p< 0,01, respectivamente; A
0
e A
1
= respectivamente ausência e presença de
adubação mineral
85
Tabela 6. Resumo das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores foliares de
micronutrientes no mamoeiro Havaí em função das aplicação de biofertilizante bovino
na presença e ausência de adubação mineral com NPK.
Fonte de variação GL
Quadrados médios
B Cu Fe Mn Zn Na
Bloco
2 0,687
ns
0,005
ns
19,922
ns
1,665
ns
2,479
ns
1791,02
ns
Biofertilizante (B)
4 119,982** 2,684** 710,767** 224,346** 300,050** 591350,450**
Adubo (A)
1 17,170
ns
0,570
ns
527,969** 54,904
ns
13,852
ns
423897,840**
B x A
4 483,628** 0,529
ns
619,521** 15,582
ns
246,598** 124785,100*
Local (L)
1 4656,520** 18,904** 4819,500** 47339,284** 6532,900** 70669684,820**
B x L
4 157,374** 2,304** 56,637
ns
13,769
ns
35,393
ns
428183,380**
A x L
1 17,170
ns
1,450** 13,650
ns
103,750* 144,878* 58056,010
ns
A x B x L
4 272,413** 2,350** 800,366** 13,985
ns
54,148
ns
118183,890*
B / PECÌOLO A0
(4) - - - - - -
Efeito linear
1 1037,232** 0,01
ns
290,163** 172,800* 397,488** 1005,723
ns
Efeito quadrático
1 79,757* 1,053* 3409,021** 78,769
ns
330,019** 49169,250
ns
Efeito cúbico
1 9,408
ns
0,243
ns
654,267** 24,300
ns
1,452
ns
111,747
ns
Desvio da regressão
1
B / PECÌOLO A1
(4) - - - - - -
Efeito linear
1 470,596** 0,004
ns
1063,992** 53,130
ns
5,776
ns
39797,172
ns
Efeito quadrático
1 289,456** 0,220
ns
1973,169** 223,682** 210,182* 1531,391
ns
Efeito cúbico
1 54,828
ns
1,010* 146,097** 7,353
ns
108,599
ns
12884,662
ns
Desvio da regressão
1
B / LIMBO A0
(4) - - - - - -
Efeito linear
1 10,092
ns
6,627** 986,133** 27,075
ns
593,185** 1228972,800**
Efeito quadrático
1 135,692** 2,456** 8,454
ns
71,558
ns
31,647
ns
2180792,327**
Efeito cúbico
1 2,523
ns
0,363
ns
0,208
ns
7,500
ns
0,616
ns
1035649,200**
Desvio da regressão
1
B / LIMBO A1
(4) - - - - - -
Efeito linear
1 40,804
ns
5,929** 589,568** 130,682* 54,056
ns
409,6000
ns
Efeito quadrático
1 630,765** 3,440** 33,341
ns
87,401
ns
222,409* 561920,727**
Efeito cúbico
1 541,267** 3,997** 2,516
ns
24,648
ns
20,767
ns
91854,191
ns
Desvio da regressão
1
T1 vs T11/ Pecíolo
1 448,935 2,94 229,402 59,535 24 11094
T3 vs T12 / Pecíolo
1 800,415 0,06 8,64 7,26 11,76 3525133,5
T1 vs T11/ Limbo
1 576,24 1,5 10533,66 2,535 706,335 190745,34
T3 vs T12 / Limbo
1 294 0,735 7589,927 365,04 1837,5 2223,375
Resíduo
46 15.064.927 0.143243 37.608.762 23.695.435 32.908.871 40.276.930.362
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p< 0,05, p< 0,01, respectivamente; A
0
e A
1
= respectivamente ausência e
presença de adubação mineral
86
Tabela 7. Resumo das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos valores de pH, matéria orgânica (MO), fósforo (P), potássio
(K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), sódio (Na), hidrogênio (H), capacidade de troca catiônica (CTC), soma de bases trocáveis (SB),
saturação por bases (V) em função das aplicações de biofertilizante bovino na presença e ausência de adubação mineral com NPK
ns – não significativo; (*) e (**) significativos para p<
0,05, p< 0,01, respectivamente; A
0
e A
1
= respectivamente ausência e presença de adubação mineral
Fonte de variação GL
Quadrados médios
pH MO P K Ca Mg SB H
+
+Al
3+
CTC Na V
Bloco 2 0,016
ns
0,251
ns
6,631
ns
57,485
ns
0,136
ns
0,004** 0,082
ns
0,003* 0,111* 0,001* 1,331
ns
Bio (B) 4 0,124
ns
0,432
ns
88,842** 33904,742** 0,954** 0,043** 2,263** 0,003* 2,218** 0,001** 16,921**
Adubação (A) 1 0,507* 3,072
ns
19,200
ns
25288,033** 0,331* 0,081** 0,016
ns
0,273** 0,434** 0,000
ns
233,523**
B x A 4 0,154** 4,557** 441,600** 2874,198** 0,147* 0,033** 0,122* 0,00* 0,137* 0,001** 3,167
ns
B / A1 -4 - - - - - - - - - - -
Efeito linear 1 0,108
ns
11,907** 557,283** 318,176
ns
0,002
ns
0,000
ns
0,001
ns
0,000
ns
0,002
ns
0,001* 0,243
ns
Efeito quadrático 1 0,309
0,259
ns
183,962** 45810,629** 2,390** 0,077** 5,683* 0,000ns 5,787** 0,001
ns
14,526
**
Efeito cúbico 1 0,012
ns
0,108
ns
60,492000** 1105,347
ns
0,063
ns
0,000
ns
0,128
0,000
ns
0,141* 0,000
ns
0,027
ns
Desvio da regressão 1 0,027
ns
0,062
ns
104,587** 38475,268** 0,062
ns
0,007* 0,716** 0,000
ns
0,732** 0,000
ns
1,115
ns
B / A2 -4 - - - - - - - - - - -
Efeito linear 1 0,003
ns
6,627* 1156,923** 8009,868** 0,675** 0,212** 0,028
ns
0,017** 0,001
ns
0,001* 19,200**
Efeito quadrático 1 0,105
ns
0,362
ns
18,534
ns
34354,320** 0,774** 0,005
2,144** 0,001
ns
2,037** 0,001** 31,894**
Efeito cúbico 1 0,027
ns
0,363
ns
6,627
ns
5093,427** 0,075
ns
0,002
ns
0,003
ns
0,002
ns
0,000
ns
0,000
ns
1,633ns
Desvio da regressão 1 0,525* 0,268
ns
33,360* 13948,725** 0,360** 0,000
ns
0,735** 0,002
0,822** 0,000
ns
11,715**
T1 vs T11 1 0,000
ns
7,260* 0,135
ns
41,607
ns
0,913** 0,060** 1,033** 0,086** 1,782** 0,002** 45,927**
T3 vs T12 1 0,015
ns
2,535
ns
333,015** 81643,335** 1,242** 0,000
ns
3,450** 0,038** 2,761** 0,000
ns
95,202**
Resíduo 22 0,09 1,052 7,114 316,613 0,044 0,002 0,032 0,001 0,035 0 1,493
CV % 5,06 11,58 10,55 12,12 10,8 10,07 5,7 10,1 6,65 9,83 1,35
1
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