34
alternativas, a tecnologia dos “Telhados Verdes” é excelente, pois influi na retenção
das águas pluviais, na insolação, no clima urbano, na biodiversidade e diminui a
poluição do ar, conforme observado por Brenneisen (2004), na cidade de Basel,
Suiça.
Em países como Alemanha, Áustria e Noruega, o conceito de telhado verde já
é amplamente difundido, havendo, inclusive, empresas especializadas no assunto,
sobretudo, devido ao antigo interesse desses países em combater a degradação
ambiental e a rápida devastação dos espaços verdes em áreas de desenvolvimento
urbano acelerado (ARAÚJO, 2007).
Em 1300 a.C na Mesopotâmia - clima essencialmente desértico com invernos
suaves a frios e verões quentes, secos e sem nuvens - região correspondente ao
Iraque e Kuwait, os sumérios, babilônicos e os assírios utilizaram-se de diferentes
gramíneas, crucíferas, leguminosas e outras espécies vegetais para revestimento
dos muitos terraços de seus templos religiosos, os chamados Zigurates ou pirâmides
com degraus e rampas laterais em forma de torre (OSMUNDSON, 1999). Na Europa
e na Índia, durante o Império Romano e Renascença e nos séculos XVI, XVII e XVIII
respectivamente, foi comum o uso de trepadeiras e árvores em coberturas de
varandas e mausoléus na Itália, França e Espanha. Na Escandinávia, os Vikings
usavam nas paredes e coberturas de suas casas, camadas de grama para se
protegerem das chuvas e ventos (OSMUNDSON, 1999).
Atualmente na Alemanha existem dez milhões de metros quadrados de
telhados verdes, segundo informações de Peck (2002). Trata-se do resultado
proveniente da pesquisa de desenvolvimento de tecnologia que selecionou espécies
vegetais e diferentes tipos de substratos e ainda estímulos provenientes de leis
municipais, estaduais e federais, através de subsídios governamentais (40
marcos/m
2
) para financiar e incentivar a construção de novos telhados verdes. Na
Áustria, segundo Johnston (1996), o subsídio divide-se em três fases, sendo na
preimplantação, na implantação e após três anos, a fim de garantir a manutenção do
sistema e garantir seu pleno funcionamento, pois o maior interesse destes governos
está no benefício qualitativo e quantitativo do gerenciamento das águas pluviais
urbanas.
Segundo Correa & Gonzalez (2002), recuperar o meio consiste em reabilitar
edifícios e espaços para as novas funções urbanas e ambientais. De acordo com
Rivero (1998), a vegetação é um elemento rico em possibilidades, capaz de