tradição oral
Eloí Elisabete Bocheco
A seleção de poemas Batata co-
zida, mingau de cará está vinculada
ao repertório folclórico nacional.
São textos criados a partir da tradi-
ção oral em suas variadas formas:
contos, mitos, lendas, causos, pro-
vérbios, parlendas, quadrinhas, tra-
va-línguas, cantigas e brincadeiras
de roda e cantos de trabalho, entre
outros representantes desse rico
ma nancial criado pelo povo. O livro
é resultado da experiência da auto-
ra com o repertório oral, iniciada na
infância, passada ao lado de gran-
des contadores de histórias e decla-
madores, entre eles seus pais.
O processo de pesquisa e criação
é resultado da escavação da memória
da escritora, que puxando fi o por fi o,
invocando ritmos e toando emoções
construiu textos a partir da herança
popular adquirida durante toda a
vida. Auxiliaram-na nesse trabalho
os livros de Câmara Cascudo e as
pesquisas de Saul Martins, Guilher-
me Santos Neves, Noé Mendes de
Oliveira e Leda Tâmega Ribeiro.
A farinha tá no fogo
mas não é para tostar
O botão parou na porta
mas não é para entrar.
O martelo dá cabeçadas
mas não é por querer
O monjolo sobe e desce
mas não é para te ver.
Batata cozida, mingau de cará Eloí Elisabete Bocheco
COLEÇÃO LITERATURA PARA TODOS
tradição oral
Eloí Elisabete Bocheco nasceu
em 1955 em Campos Novos – SC.
Formada em Le tras e com pós-gra-
duação em Alfabetização, é profes-
sora de língua e literatura. Iniciou na
literatura em 1998, com o livro Uni...
Duni... Téia, vencedor do Prêmio
Boi-de-mamão, da Câmara Catari-
nense do Livro.
Tem oito obras publicadas, vol-
tadas para o público infanto-juvenil,
como Beatriz em trânsito, vencedo-
ra do Prêmio Mário Quintana e sele-
cionada para o catálogo ofi cial da
Biblioteca Internacional da Juventu-
de de Munique, Alemanha, e para o
Catálogo de Bolonha – Feira del Li-
bro per Ragazzi, na Itália.
Batata cozida,
mingau
de cará
Foto: Odair Souza