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distribuição cosmopolita são M. anisopliae e M. flavoviridae, de comprovado sucesso no controle
de insetos-praga, notadamente as cigarrinhas da cana-de-açúcar (LUNA, 1985) e gafanhotos
(MOREIRA et al., 1996), sendo M. anisopliae, recentemente usado no controle biológico de
cepas de carrapatos originárias do Nordeste (ATHAYDE et al., 2001). Ambos estão entre os mais
importantes patógenos microbianos, com grande potencial para o desenvolvimento como agentes
de controle biológico, possuindo um alto grau de infectividade e patogenicidade contra insetos-
praga (GOETTEL et al., 1995).
Kaaya e Hassan (2000), registraram a importância dos fungos entomopatogênicos, como
biopesticidas promissores para o controle biológico de carrapatos. No entanto, os fungos são os
patógenos mais freqüentemente encontrados em população de ácaros, por isso, o controle
biológico por fungos entomopatogênicos tem-se apresentado como uma alternativa para o
problema da utilização dos acaricidas (BITTENCOURT et al., 1995a; FRAZZON et al., 2000).
A ocorrência natural desses fungos é um fator importante no equilíbrio de populações de
insetos e no emprego desses agentes como biocontroladores, pois uma vez disponíveis na
natureza, se tornam mais eficazes seguros e específicos (CORDOVÉS, 1997; LACEY et al.,
2001). No caso de carrapatos, vários predadores naturais já foram descritos na literatura, entre
eles pode-se citar: formigas, aranhas, vespas, ácaros, crustáceos, insetos forficulídeos, anu,
lagartos, gaviões, chimango, galinhas, perdiz, galinhas de angola, ratos, camundongos e até ursos
(BRANCO & PINHEIRO, 1987; MATTHEWSON, 1984; ROCHA, 1984). Os entomopatógenos
de carrapatos citados, na literatura, são as bactérias: Bacillus cereus, Pasteurella tularensis,
Salmonella enteritides e Serratia marcescens Proteus sp., Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas
sp., Staphylococcus sp. e Cedecea lapagei (BRUM, 1989; JENKINS, 1964). Com relação aos
fungos destacam-se Beauveria bassiana Aspergillus fumigatus, Penicillium insectivorum, Botritis
cinerea, A. niger, e Metarhizium. anisopliae (BITTENCOURT et al., 1992, 1994a, b, 1995a, b, c;
CORREIA et al., 1994).
O ciclo biológico, destes fungos, em condições favoráveis, em que envolve vários
mecanismos na patogenicidade de fungos sobre artrópodes, as quais dependem das condições
ambientais, como temperatura, umidade, luz, radiação ultravioleta, assim como das condições
nutricionais e suscetibilidade do hospedeiro (ALVES,1998). Inicia-se com a germinação dos
conídios, que podem emitir um ou mais tubos germinativos formando o micélio posteriormente à
diferenciação hifal (FERREIRA, 2000). Conídios são produzidos reiniciando o ciclo. Os
Deuteromycotina apresentam apenas o ciclo assexuado, entretanto, na década de 80 a