essenciais para concentrar e acumular riquezas em um contexto no qual a maioria
da população, proprietária ou não, era tipicamente composta de lavradores, cujo
ritmo de trabalho e produção era determinado pelas necessidades básicas de
consumo da família.
TABELA 4.2 - QUADRO GERAL DE DADOS DA ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
DA RIQUEZA SEGUNDO NÍVEIS DE RIQUEZA – SUL DE GOIÁS 1843-1910
Intervalos de riqueza em
contos de réis
N.
Filhos
Número Médio Cabeças de animais Participação dos
Bens Semoventes na
riqueza
Vacum Cavalar Bois/carro Muar Suín
os
Até 1.000$000 4,6 6,4 1,6 1,3 0,1 0,9 32,9%
De 1.001 a 2.000$000 5,1 16,8 3,3 3,7 0,1 1,4 36,9%
De 2.001 a 4.000$000 5,2 16,4 2,7 3,4 0,3 4,5 35,3%
De 4.001 a 10.000$000 5,7 36,6 5,5 7,2 0,6 5,6 43,3%
De 10.001 a 30.000$000 5,7 76,3 10,7 10,7 1,8 9,0 27,8%
Acima de 30.000$000 6,0 574,9 29,3 15,7 7,5 10,6 10,5%
N. Médio
de
escravos
Participação Bens
Móveis na
riqueza
B.Imóveis na riqueza Dívidas Total
%
Ter. Benf Ter./vila Ativas Passivas
0,2 15% 18,5% 16,7% 2,1% 3,6% 11,2% 100
0,3 11,3% 16,7% 14,8% 1,8% 6,5% 12% 100
2,2 10,8% 13,5% 18,4% 2% 6,0% 14% 100
5,2 9% 11% 16,4% 1,9% 7,1% 11,3% 100
8,5 9% 15% 8,6% 1,5% 12,5% 25,6% 100
8,9 4,9% 14% 3,2% 1,7% 30,4% 6,8% 100
Fonte: Escrivania de Família e Sucessões do Fórum Dr. Guilherme Xavier de Almeida de Morrinhos -
GO. - inventários post-mortem de 1843-1910.
Procurou-se traçar o perfil sócio-econômico dos inventariados da região
sul de Goiás, observando-se os intervalos de riqueza. Desta forma, pela estrutura da
riqueza e pelo número médio de cabeças de animais e de escravos, bem como, a
participação geral na riqueza chegou-se à conclusão que 79,4% dos indivíduos
apresentavam um monte-mór que não excedia a 10.000$000 (dez contos de réis),
possuíam uma unidade produtiva predominantemente voltada para o abastecimento
familiar e local, enquanto que, 20,6% das famílias mais abastadas que possuíam