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Universidade FUMEC
Faculdade de Ciências Econômicas
Breno Giovanni Adaid Castro
Segmentação psicográfica de consumidores: um estudo de cortes nas gerações
nascidas na geração X e posteriores
Belo Horizonte
2008
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Breno Giovanni Adaid Castro
Segmentação psicográfica de consumidores: um estudo de cortes nas gerações
nascidas na geração X e posteriores
Dissertação
ao
Programa
de
Pós
Graduaçã
o da Faculdade de Ciências Econômicas -
FACE da Universidade FUMEC como parte dos
requisitos para a obtenção do título de Mestre em
Administração.
Área de concentração
: Administração Estratégica
Orientador
: Prof. Dr. Cid Gonçalves Filho
Belo Horizonte
2008
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Universidade FUMEC
Faculdade de Ciências Econômicas
Segmentação psicográfica de consumidores: um estudo de cortes nas gerações
nascidas na geração X e posteriores
Dissertação de Mestrado apresentada por Breno Giovanni Adaid Castro, em 15 de abril de
2008, ao Mestrado da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade FUMEC, aprovada
pela Banca Examinadora constituída pelo Professores:
Prof. Dr. Cid
Gonçalves Filho (Orientador)
Universidade FUMEC
Prof. Dr. Carlos Alberto
Universidade FUMEC
Prof. Dra. Ester Junot
Universidade Novos Horizontes
Belo Horizonte, 15 de abril de 2008.
Prof. Dr. Daniel Jardim Pardini
Coordenador do Curso de Mestrado em Administração
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha mãe, Lúcia, por ter sido sempre como mãe e pai, me apoiado
incondicionalmente, oferecendo carinho e aux
ílio. Aos meus irmãos, Rodrigo, Francisco e
Cláudia, todos uns exemplos de vida importantíssimos, cada um à sua maneira.
Ao Paulo, pelo exemplo de inteligência e objetividade, Chambella pela genialidade,
humor e conselhos e por ambos inicial
mente, sem saber, serem estes os responsáveis pelo
empenho que dediquei ao decidir trilhar esse caminho.
Aos amigos Francisco e Bernardo, por sempre estarem ao meu lado, em todos os
momentos de fraqueza e forç
a, oferecendo apoio incondicional, sou grato por possuir amigos
como vocês.
À Tatiana, por ser o símbolo máximo de caráter e alegria que uma pessoa pode
possuir, sua inteligência, carinho e exemplo são a inspiração que me movem no sentido
de ser
uma pessoa melhor para crescermos juntos.
À Sabrina, por ser um exemplo de como um sonho deve ser perseguido, por ter sido
um dos poucos ou mesmo único exemplo de onde a expectativa ficou aquém da realidade;
você é única.
Aos amigos Fred, pelo exemplo de caráter; Pedro, pelos conselhos e ajuda
inestimável; Fernando pelo companheirismo e auxílio; e Guilherme e Daniel pela alegria
transmitida.
Aos amigos Nicoli, pelos conselhos, apoio e exemplo de caráter; Péricles, pela
alegria e inteligência compartilhadas; André, pelas conversas e discussões sempre iluminadas.
Aos colegas de mestrado Eduardo, Antônio, Oscar, Thiago e Geraldo, por terem sido
exemplos de dedicação, luta e conhecimento.
5
À Alinne, por ter sido a luz da minha vida um dia, obrigado por tudo, seus sonhos
me estimularam a sonhar.
Aos amigos Marcelo, Tiago, Alessandro, Rogério, João Vítor, Helinton e Fernando
pelas várias horas compartilhadas de alegria e descontração, engrandecendo momentos
simples.
Ao Leonardo e Cristiano por serem exemplos de dedicação e disciplina, mestres no
Krav Magá e na vida, obrigado por todos os prestimosos conselhos.
Aos professores de graduação Newton, David e Adriano, por terem sido os primeiros
tanto a me estimular quanto a servirem de exemplo de profissionalismo, genialidade e
carisma.
Ao meu orientador, Professor Doutor Cid Gonçalves Filho, pelo tempo dispensado,
pelo exemplo de inteligência e sabedoria, pelas idéias fant
ásticas e por ser o responsável
direto pela conquista tão significativa e inesquecível em minha vida.
RESUMO
O comportamento do consumidor e suas características psicográficas, de acordo com
diferentes gerações (X e Y), são assuntos amplamente estudados por Washburn (2000),
Tulgan & Martin (2006), Shimp (2007), Kotler (1999) e Engel (2000). Este estudo propõe
uma avaliação das características psicográficas
dessas gerações, sendo indivíduos
pertencentes à geração X nascidos aproximadamente entre 1965 e 1981 e da geração Y
aproximadamente de 1982 em diante, dividindo
-se a última em duas: Y(1) e Y(2) a fim de
observar se os coortes de idade propostos pelos autores possuem aderência na atualidade. Para
tal análise foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva, utilizando
-se de um questionário
pré
-definido e padronizado, com intuito de descrever o fenômeno a ser estudado e as
atividades dos indivíduos pesquisados. A análise por estatística multivariada foi empregada
com intenção de mostrar e mapear com mais precisão os perfis dos consumidores
investigados.
Assim, 319 questionários foram aplicados, sendo posteriormente divididos e
mensurados por coortes de idade de seguinte forma: Geração Y(2)
- 14 a 19 anos; Geração
Y(1)
- 20 a 25 anos e Geração X - 26 a 41 anos. A partir dos coortes de idade foram
observadas poucas diferenças estatisticamente significativas, entre os segmentos X, Y(1) e
Y(2). A maior parte destas se encontra entre a geração X e a Y, estando estes resultados de
acordo com a li
teratura atual. No entanto, analisando-se separadamente a parte de opiniões
pessoais do questionário, observaram
-se diferenças psicográficas marcantes, criando-se três
novos segmentos denominados: "Desfrutadores" (até 21,9 anos), "Vaidos
os" (entre 21,9 anos
e 22,7) e "Conservadores" (entre 22,7 e 25,5 anos). Ao mesmo tempo, observou
-se que
características psicográficas variam somente em função da idade, não havendo nenhuma
variação em relação a variáveis demográf
icas.
Palavras
-Chave: Comportamento do consumidor, Psicografia, Gerações X e Y.
7
Abstract
The consumer behavior and psychographic characteristics concerning different
generations (X and Y), are widely studied subjects by Washburn (2000), Tulgan & Martin
(2006), Shimp (2007), Kotler (1999), and Engel (2000). The purpose of this study is to
evaluate these generations psychographic char
acteristics, considering that X generation
individuals were born between 1965 and 1981 and Y ones were born from approximately
1982 and beyond, being Y generation divided in two different segments: Y(1) and Y(2), with
the intent to
find and observe if the age divisions presented by the authors are still valid in
our age and time. For this analysis a quantitative descriptive research has been made, using a
predefined and padronized questionnaire, with the intent
of describing the studied
phenomenon and the researched individuals activities. The multivariate statistical analysis has
been applied with the intention to show and map studied consumer's characteristics with
major precision. Thus,
319 questionnaires were responded by selected individuals, being
those later on divided and selected by the following age groups: Generation Y(2)
- 14 to 19
years; Generation Y(1)
- 20 to 25 years and Generation X - 26 to 41 years. Considering the
age divisions, few statistically significant differences were found between these three
generations. The major part of these differences were found between X and Y generations,
accor
ding to the literature. However, concerning the separate analysis of questionnaires
"personal opinions" part, important psychographic characteristics differences can be
observed, creating three new segments called: D
esirous (up to 21,9 years), Conceited
(between 21,9 and 22,7 years) and Conservatives (between 22,7 and 25,5 years). At the same
time, it could be observed that psychographic characteristics vary only according to the age,
not having variation
s according to demographic variables.
Key
-words: Consumer behavior, Psychograph, Generations X and Y.
8
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Gráfico 2
Gráfico 3
Gráfico 4
Gráfico 5
Gráfico 6
Grá
fico 7
Gráfico 8
Gráfico 9
Gráfico 10
Gráfico 11
Gráfico 12
Gráfico 13
Gráfico 14
Relação entre Idade e Satisfação Profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Relaçã
o entre Idade e Criatividade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Relação entre Idade e vaidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Relaçã
o entre Idade e imediatismo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Relação entre Idade e Neuroticismo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Relação entre Idade e Amabilidade.. . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . .
Relação entre Idade e Valores de Prazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tamanhos dos segmentos de mercado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tamanhos dos segmentos de mercado. . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Distribuição do gênero por segmento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Distribuição do estado civil por segmento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Distribuição da escol
aridade dos segmentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Distribuição da renda familiar mensal por segmento. . . . . . . . . . . . . . . . .
Curva
ROC dos segmentos a partir das variáveis de atitude em termos
idade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
68
69
69
70
70
71
71
73
75
76
77
77
78
81
LISTA DE
QUADROS
Quadro 1
Demonstração dos resultados efetivos do teste diagnóstico. . . . . . . . . . . .
79
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 4
Tabela 5
Tabela 6
Tabela 7
Tabela 8
Tabela 9
Tabela 10
Tabela 11
Tabela 12
Tabela 13
Tabela 14
Tabela 15
Tabela 16
Tabela 17
Tabela 18
Tabela 19
Tabela 20
Análise descritiva dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aná
lise fatorial exploratória: escala LOV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise fatorial exploratória: escala de compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
Análise fatorial exploratória: escala Rockeach . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . .
Análise fatorial exploratória: 16 P. F. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise fatorial exploratória: Atividades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise fatorial explorató
ria: Interesses. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise fatorial exploratória: Hábitos de lazer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise fatorial exploratória: Hábitos de mídia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A
nálise fatorial exploratória: Opiniões pessoais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Confiabilidade das medidas: Valores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Confiabilidade das medidas: Valores. . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
Confiabilidade das medidas: Personalidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Confiabilidade das medidas: Interesses preocupação e importância. . . . .
Confiabilidade das medidas: atividades, interesses e opiniões . .
. . . . . . .
Confiabilidade das medidas: atividades
-chave, esportes e hobbies. . . . . .
Confiabilidade das medidas OPINIÕES PESSOAIS. . . . . . . . . . . . . . . . .
Comparação da média dos grupos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . .
Comparação da média dos grupos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Área sob a curva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
41
50
51
52
53
54
55
56
57
58
60
61
61
62
62
63
64
67
74
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CPI
EM
EPPS
GPP
GP1
LOV
MBTI
MMPI
MMPI
-2
Q.I.
ROC
RVS
TAT
Consumer Price Index
Estimation Maximization
Edwards Personal Preference Schedule
Gordon Personal Profiles
Gordon Profiles 1
List Of Values
Myers
-Briggs Type Indicator
Minnesota Multiphasic Personality Inventory
Minnesota Multiphasic Personality Inventory 2
Intelligent Quotient
Receiver Operating Characteristic
Rokeach Values Survey
Thematic Apperception Test
SUMÁRIO
1
1.1
2
2.1
2.2
2.3
2.3.1
2.3.2
2.3.3
2.3.4
3
3.1
3.2
3.3
3.4
4
4.1
4.2
4.2.1
4.2.2
4.2.3
4.3
4.4
4.5
4.5.1
5
5.1
INTRODUÇÃO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
OBJETIVOS DO ESTUDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
REFERENCIAL TEÓRICO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
PSICOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
GERAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Geração
Schwarzkopf (nascidos antes de 1946). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Geração
Baby-Boomer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Geração X
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Geração Y
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
METODOLOGIA DE PESQUISA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CONTEXTO DA PESQUISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
NATUREZA DA PESQUISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. .
AMOSTRA DE PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
INSTRUMENTOS DE COLETA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ANÁLISE DOS RESULTADOS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ANÁLISE EXPLORATÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ANÁLISE DA QUALIDADE DA MENSURAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise da dimensionalidade
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Análise da confiabilidade
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Validade convergente e discriminante
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
RELAÇÃO ENTRE IDADE E VARIÁVEIS PSICOGRÁFICAS. . . . . . . . . . .
SEGMENTAÇÃO PSICOGRÁFICA DOS SEGMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . .
CLASSIFICAÇÃO DEMOGRÁFICA DOS SEGMENTOS. . . . . .
. . . . . . . . .
Identificação do ponto de corte de idade para classificação
. . . . . . . . . . . . .
CONCLUSÕES
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CARACTERÍSTICAS PSICOGRÁFICAS QUE VARI
AM POR IDADE . . . .
14
16
17
17
20
26
27
29
29
30
35
35
37
38
38
40
40
48
48
59
65
66
72
76
79
83
83
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
CARACTERIZAÇÃ
O DOS SEGMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEFINIÇÃO DO PONTO DE CORTE PARA IDADE . . . . . . . . . . . . . . . . .
LIMITAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
IM
PLICAÇÕES GERENCIAIS E PARA A TEORIA . . . . . . . . . . . . . . . . . .
RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS POSTERIORES . . . . . . . . . . . . . .
REFERÊNCIAS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
APÊ
NDICE A - Questionário da Pesquisa
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
84
86
87
87
88
90
97
14
1 INTRODUÇÃO
Observa
-se que vários autores sempre buscaram definir padrões de compra e comportamento
nos perfis das pessoas, ao acirramento da competição em busca de novos clientes, dos efeitos
decorrentes da globalização e, das mudanças sociais advindas da "mutação" do
comportamento do consumidor e do comprador, o estudo do mesmo se torna imprescindível
para a formulação de estratégias da empresa em tal contexto. O comportamento do
consumidor consiste em uma parte essencial do
marketing, pois através do uso deste
conhecimento, torna
-se possível obter um bom relacionamento e uma satisfação plena das
diversas necessidades do consumidor. Este pode ser entendido como o estudo dos processos
de compra e troca e
nvolvidos na aquisição e consumo de produtos, serviços, experiências e
idéias (MOWEN, 1998). Segundo Engel (2000), a pesquisa do consumidor como uma área
sistemática da ciência do comportamento, na forma como se apresenta a
tualmente, teve seu
início entre o final da década de 50 e o início da década de 60.
A análise do comportamento do consumidor deve ser feita com base nos fatores que
influenciam este comportamento, tais como fatores pessoai
s e socioculturais, pois o homem
caracteriza
-se como um ser social, portanto necessita viver em comunidades/grupos, sendo
que para isto, precisa ser aceito por elas. A partir do convívio em grupo, são definidos valores
e comportamentos que serão aceitos, desejados ou rejeitados (WILKIE, 1994). O convívio em
grupo leva o homem a ter um papel e uma posição enquanto ser social. Este papel e esta
posição, que não serão identificados apenas pelo seu poder a
quisitivo, irão influenciar no seu
comportamento de consumo. (FONSECA, 1999).
Richins (1997) afirma que os estudiosos do comportamento do consumidor têm informações
limitadas sobre a natureza das emoções de consumo, bem como a melhor forma de mensurá
-
las. Na falta destas informações, eles têm se inclinado sobre as opções existentes na escolha
das medidas, e não em uma deliberação informada que associa o método de mensuração ao
problema substantivo em questão, neste caso as experiências
de consumo.
Os fatores pessoais como idade, momento e estilo de vida, também são capazes de determinar
os comportamentos de consumidores; entretanto, inclusive quando se analisam consumidores
15
que convivem em uma mesma sociedade, é possível se obter comportamentos de consumo
bastante diferenciados.
O presente estudo se justifica pelo levantamento e diferenciação dos perfis psicográficos das
gerações X e Y, buscando propor fatores
determinísticos que elucidem seu comportamento e
práticas de compra.
Tendo em vista que num mercado não há homogeneidade entre seus membros, isto é, as
pessoas possuem
bitos de compra variados, gostos diferenciados e variam em termos de
suas necessidades, desejos, preferências, sentimentos e percepções, vários estudiosos, entre
eles, Wind (1978), McDonald e Dunbar (1995), e Siqueira (2000),
afirmam que há várias
maneiras pelas quais os profissionais de marketing podem agrupar os consumidores através da
observação das suas características e respostas a determinados produtos ou serviços. Essas
maneiras, segundos esses autor
es, procuram revelar certas características geográficas, sócio-
econômicas, de personalidade e comportamentais do mercado
-alvo.
No entanto, de acordo com Solomon (2002) embora os consumidores possam partilhar das
mesmas caracterí
sticas demográficas e geográficas, eles ainda assim são pessoas diferentes,
uma vez que seus estilos de vida, atitudes e valores etc., podem diferir de forma considerável.
Desse modo, visto que as informações geradas pela demografia e
geografia não abordam
diretamente as necessidades e desejos que levam os consumidores a realizar suas compras
(McDONALD e DUNBAR, 1995), dentre as diversas tipologias de segmentação existentes, a
utilização da psicografia vem se tornando u
m meio eficiente para identificar os consumidores
e descrever suas diferenças através de dimensões psicológicas.
Uma vez que existem lacunas, poucos estudos e incerteza sobre o assunto como assinalou
Richins (1997), este estudo visa realiza
r uma pesquisa para segmentar o perfil psicológico dos
consumidores utilizando uma
survey o que nos leva à seguinte questão: Que segmentos
distintos existem na geração X e posteriores sob o critério psicográfico?
16
1.1 OBJETIVOS DO ESTUDO
O objetivo geral do estudo é identificar através de pesquisa quantitativa se os cortes de idades
de aproximadamente 15 anos entre as gerações, praticados pelos autores desde o pós
-guerra
para definir padrões culturais e psicológicos do consumidor, ainda são válidos.
A fim de cumprir o objetivo geral foram definidos os seguintes objetivos específicos:
a) Desenvolver e validar um questionário capaz de mensurar características
psicográficas dos grupos de consumidores;
b) Agrupar os consumidores por perfil psicográfico;
c) Identificar os perfis desses segmentos buscando analisar possíveis diferenças entre
gerações.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico se baseia em 3 seções, "Comportamento do consumidor", "Psicografia"
e "Gerações", cada seção com itens que abordam especificadamente o presente estudo.
2.1 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Embora Kassarjian (1982) tenha afirmado que os termos "Comportamento do Consumidor" e
"Psicologia do Consumidor" não tenham sido muito usados antes de 1965
- quando apareceu
pela primeira vez no
Annual Review of Psychology com o artigo "Consumer Psychology" de
Twedt (1965)
- na década de 50 foram publicados pelo menos seis artigos no periódico
Journal of Marketing
sobre Comportamento do Consumidor (BILKEY, 1951; BILKEY,
1953; CLAWSON, 1954; HICKS, 1955; GREEN, 1955 e BAYTON, 1957). De qualquer
forma, a área realmente tornou
-se mais popular em meados da década de 60, com a
publicação dos primeiros livros sobre Comportamento
do Consumidor (MYERS e
REYNOLDS, 1967 e ENGEL, KOLAT e BLACKWEL, 1968) e a implantação da disciplina
em várias faculdades. O estabelecimento do periódico
Journal of Consumer Research em
1974 também contribuiu para o desenvolvimento dess
a área de estudo.
Sabe
-se que o estudo do comportamento é uma das áreas de estudo da Psicologia; sendo
inclusive, possível a afirmação de que a Psicologia do Consumidor é uma área mais
abrangente que o Compo
rtamento do Consumidor. Por outro lado, livros intitulados
"Psicologia do Consumidor", como o de Gade (1980), abordam praticamente os mesmos
temas que livros com o tí
tulo de "Comportamento do Consumidor". Inclusive, nos últimos
anos, o termo "Comportamento do Consumidor" tem sido mais utilizado que "Psicologia do
Consumidor". Um novo conceito que tem emergido atualmente é o de "Comportamento do
Cl
iente". (SHETH, MITAL e NEWMAN, 2001).
Os adeptos deste conceito procuram entender, entre outras coisas, as necessidades e desejos
dos clientes em seus três papéis: usuários, pagantes e compradores, indo além do
compo
rtamento do consumidor.
18
Na literatura de
marketing, atitudes são definidas de forma geral como "[...] estados mentais
usados pelos indiví
duos para estruturar a forma pela qual eles percebem seu ambiente e para
orientar a maneira como respondem a ele [...]" (AAKER, KUMAR e DAY, 2001, p.67).
Consumidores com fortes atitudes são tidos como mais resistentes a informaçõe
s que são
contrárias às suas impressões, principalmente informações negativas sobre empresas
(AHLUWALIA, BURNKRUNT e UNNAVA, 2000).
É comum na literatura sobre atitudes interpretá
-la como um construto composto por três
par
tes, com dimensões cognitiva, afetiva e comportamental (AJZEN e FISHBEIN, 1997). O
componente cognitivo ou de conhecimento representa as informações do indivíduo sobre
um objeto: a consciência da existência do objeto, crenças a respei
to das características do
objeto e julgamentos sobre a importância relativa de cada um desses atributos. Já o
componente afetivo está ligado aos sentimentos que se tem em relação ao objeto, por
exemplo, em termos da polaridade desfavorável
-favorável. A preferência por esse objeto,
em detrimento de outros, reflete esse fator afetivo. O componente comportamental, por sua
vez, está unido à ação: as intenções que se tem quanto
ao objeto (adquiri-lo ou não,
recomendá
-lo etc.).
No intuito de melhor compreender o comportamento de consumo, considerado uma parte do
comportamento humano, houve, desde os primórdios da disciplina, uma forte tendência a
buscar, em
outras áreas do conhecimento (na sociologia, na psicologia cognitiva e na
antropologia cultural), possíveis caminhos para o entendimento do comportamento do
consumidor. (SHETH, GARDNER e GARRET, 1988).
Juntamente com
o corpo teórico, foram trazidas daquelas áreas do conhecimento,
metodologias e técnicas próprias de cada uma destas ciências. Como demonstra Hunt (1991),
a história do comportamento do consumidor tem sido caracterizada pela utilizaçã
o aberta, de
métodos e teorias diferentes, originados de fontes muito variadas.
Partindo do ponto de vista teórico, o intuito de compreender o comportamento do consumidor
tem acontecido através do desenvolvimento e explicitação de modelos analí
ticos que se
propõem a retratar o mundo real onde, estão presentes os processos de decisão de compra dos
produtos e suas respectivas variáveis. Estudos como os de Markin (1979), Kassarjian (1981),
McAlister e Pessemier (1982) e Ferber (1984), coordena
m diversas variáveis explicativas de
19
variados modelos analíticos do comportamento de compra do consumidor. Tais modelos,
cujas origens remontam ao século XVIII e seguem até
os dias de hoje, têm em comum o fato
de sempre estarem diretamente embasados na Economia, na Psicologia, na Sociologia e/ou na
Antropologia, ainda que alguns deles recebam, em seu tratamento explicativo, variações
matemáticas ou estatística
s, como mostraram Kuehn e Day (1964). A rigor, como sugerem
Giglio (1996) e Sandhusen (1998), a compreensão do comportamento do consumidor e o seu
desenvolvimento teórico se devem ao fato de se ter sempre reunido contribuições advin
das
das ciências sociais.
Questões relacionadas a sexo, idade, ciclo de vida familiar, ocupação, estado civil, grau de
instrução, classe social,
status, papel, grupo de referência, cultura, sub-cultura, estilo de vida,
crença, motivaçã
o, cognição, aprendizagem, percepção, personalidade, renda, preço, utilidade,
satisfação, risco, fidelidade, propaganda e promoção, entre outras, sempre serão utilizadas
como possíveis variáveis analíticas do comportamento do consumidor no est
atuto teórico do
marketing
. Tais aspectos são demonstrados em vários estudos como o de Rau (1981) e Rossi
(1995). Portanto, os passos mercadológicos para o entendimento do comportamento e
preferências das diferentes gerações passarão
por esta explicação teórica.
Também compondo a teoria de comportamento do consumidor, os atributos de personalidade
e segmentação de mercado têm sido estudados, de modo a oferecer embasamento e fonte para
análise comportamental do consumidor, com suas
origens na Psicologia. As características de
personalidade podem influenciar as escolhas do indivíduo em relação a lojas e seus produtos,
também afetando a maneira como o consumidor responde ao trabalho de comunicação da
empresa (SCHIFFMAN
e KANUK, 1983). Logo, demonstra ser de suma importância
identificar tais características de personalidade associadas com o comportamento do
consumidor, a fim de desenvolver estratégias mais eficientes de segmentaçã
o de mercado.
Segundo Freud (1976,
apud ROOK e HOCH, 1985), a personalidade tem origem no conflito
entre o princípio do prazer e o principio da realidade, no qual o indivíduo encontra, de forma
inconsciente, um equilíbrio entre a dicotomia do racional e
do emocional.
Nas investigações de comportamento do consumidor, a personalidade pode ser definida como
respostas consistentes a estímulos do ambiente (KASSARJIAN, 1971). De acordo com Engel,
Blackwell e Miniard (1990), ela está ligada às
"características psicológicas internas e
20
duradouras" do indivíduo, e tem sido estudada por meio de três teorias principais no
comportamento do consumidor: teoria psicanalí
tica, sociopsicológica e de traços.
Schiffman e Kanuk (1983) afirmam que a personalidade é vista por alguns teóricos como um
inteiro unificado, enquanto outros focam em traços específicos. Eles propõem que
personalidade seja defini
da como as características psicológicas íntimas que determinam e
refletem a maneira como a pessoa responde ao seu ambiente, dando ênfase a esses atributos,
qualidades, traços e fatores próprios de cada indiví
duo. Os autores ainda lembram que a
personalidade é apenas uma das combinações de fatores que influenciam como um
consumidor se comporta quando planeja ou realiza uma compra.
Diversos aperfeiçoamentos nas técnicas tradici
onais quantitativas e qualitativas ampliaram a
habilidade dos pesquisadores para coletar dados válidos, atuais e confiáveis sobre os
consumidores, permitindo analisá
-los e aumentar o conhecimento sobre o comportamento de
consum
o. Entretanto, apesar dos avanços proporcionados pelas técnicas modernas, apoiadas
pela tecnologia de captura eletrônica de informação, recursos computacionais cada vez mais
poderosos e novos procedimentos estatísticos sofisticados, muitos
desafios persistem para o
entendimento de comportamentos, sentimentos e pensamentos dos consumidores.
(ZALTMAN, 1995).
2.2 PSICOGRAFIA
Plummer (1974) afirma que, historicamente, existiam dois enfoques gerais para a
segmentação de mercado: orientado para "pessoas" e orientado para o "produto". A
segmentação orientada para as pessoas utiliza
-se da demografia, classe social, ciclo de vida,
uso do produto, inovação e características psicológicas, enquanto a segmentação orientada
para o produto, trabalha com o benefício do produto, ocasião de uso do produto e apelos de
propaganda.
Plum
mer (1974, p.34) salienta que a orientação era voltada mais para o produto até a década
de 70. Entretanto, essas medidas eram insuficientes para a descrição e análise do consumidor
como pessoa. Foi então que "[...] dados de estilo de vida
- atividades, interesses e opiniões -
21
provaram sua importância como 'representador' do consumidor para o pesquisador de
marketing
". Na verdade, as variáveis psicográficas são vistas, atualmente, como uma das
bases da Segmentação de Mercado.
Em 1965 surgiu, nos Estados Unidos da América, o termo
Psychographics. Demby (1994),
afirma ter tido um
insight da palavra em uma reunião com seus clientes para definir o que
pretendiam fazer com relação a compras e hábitos. A proposta era de segmentar o público
não somente pelas suas características demográficas (sexo, idade, renda, grau de instrução
etc.), mas pelas caracterí
sticas que ele denominava pessoais, psicológicas (sentimentos,
tendências, estilo de vida). Para dar um nome a este tipo de estudo, Demby subitamente
sugeriu a palavra
Psychographics, como sendo uma extensão do termo demographics: seria
uma análise, como a demográfica, mas utilizando variáveis psicológicas
- uma combinação
da palavra "psicologia" com a palavra "demografia", ou "
psychology" com
"
demographics".
O autor define
Psychographics como
[
...] o uso de fatores psicológicos, sociológicos e antropológicos, como benefícios
desejados [...], auto
-conceito e estilo de vida, para determinar como o mercado é
segmentado pela tendência de grupos dentro do mercado
- e suas razões - para
tomar decisões particulares sobre um produto, pessoa, ideologia. (DEMBY, 1994,
p.26).
A conceituação de
Psychographics no âmbito da Administração, segundo Sheth (2001), é
algo mais complexo que a demografia. Este tipo de estudo adiciona atividades, interesses,
opiniões, necessidades, valores, atitudes e traços de personalidade aos dados demográficos,
que, sozinhos, não são suficientes.
Psychographics é um estudo quantitativo e não qualitativo.
Pesquisa psicográfica pode ser definida como uma pesquisa quantitativa com a intenção de
quantificar os consumidores nas diferentes dimensões psicológicas. Por ser quantitativa,
permite
amostras representativas de respondentes e análise estatística multivariada. Os
estudos psicográficos originaram
-se da pesquisa motivacional (amplamente utilizada, na
década de 50, pelas agências de publicidade americanas)
, tendo como principal impulsor
Ernest Dichter. (SHETH, 2001)
Segundo Sheth (2001), há dois tipos de estudos psicográficos: o específico e o genérico.
22
Já o gené
rico consiste em pegar uma determinada população (seja de um país, de uma cidade,
de um lugar específico) e segmentá
-lo de acordo com suas características, no caso do assunto
que se está estudando, psicográficas.
De acordo com Engel, Blackwell & Miniard
(2000), a personalidade, no âmbito do marketing
e do comportamento do consumidor, consiste em respostas consistentes a estímulos
ambientais, que proporcionam comportamentos relacionados de forma coordenada e coerente.
A Psicografia pode ser definida como pesquisa de perfis psicológicos de grupos ou
indivíduos, no que se refere a traços de personalidade, valores, crenças, preferências e padrões
de comportamento (ENGEL, BLACKWELL e MINIARD, 2000
). Segundo Arnould, Price e
Zinkhan (2004), técnicas psicográficas dividem o mercado total em segmentos baseados em
suas atividades, interesses, valores, opiniões, personalidade e atitudes, utilizando diversos
procedimentos estatístic
os.
Há uma grande confusão em torno da conceituação de segmentação psicográfica e
segmentação por estilo de vida que, para alguns autores, significam a mesma coisa.
Entretanto, segundo Wells (1974), no
primeiro livro específico sobre o assunto, apesar dos
termos
Lifestyle e Psychographics serem usados como sinônimos há uma distinção entre os
mesmos. Para o autor, há certo consenso, embora nã
o universal, de que o termo
psychographics
refere-se aos estudos focados em traços de personalidade enquanto os estudos
de estilo de vida (
lifestyle) focam atividades, interesses, atitudes e valores específicos ligados
ao comportamento do cons
umidor.
Apesar das diferenças básicas originais, atualmente é comum ouvir definições de
segmentação psicográfica atrelada a termos como valores, estilo de vida, interesses, opiniões e
não somente à personalidade.
A segmentação ps
icográfica teve sua origem na psicologia. Em 1985, o professor Harlow
Gale da
University of Minnesota, enviou questionários para 200 publicitários na tentativa de
obter resultados sobre o impacto psicoló
gico 31 das propagandas. Em 1908, Walter Dill Scott
publicou o livro "
The Psychology of Advertising".Enfatizando a importância da repetição,
intensidade, associação de valor e ingenuidade, princípios que acreditava auxiliar
a
memorização de anúncios.
23
No início da década de 20 alguns psicólogos, na tentativa de descrever a personalidade,
classificaram os homens em várias categorias. No final da década de 20,
Jung (1976) classificou
o homem em dois tipos de disposições gerais ou movimentos predominantes de libido: o
introvertido e o extrovertido, e descreveu estes seres segmentando
-os.
O estudo de Jung serviu como base para um inventá
rio de personalidade chamado
Myers
-
Briggs Type Indicator
(MBTI), que caracteriza seis tipos de homens ou seis formas, ou
estilos de vida:
1) O teórico (ou Homo Theoreticus). Um intelectual com interesses na descoberta
da verdade;
2) O Econômico (ou Homo Economicus) - É pratico, visa o mundo material;
3) O Estético (ou Homo Estheticus) - Percebe o mundo através da beleza e estética;
4) O Social (ou Homo Socialis) - Ama o próximo, é gentil, e simpático;
5) O Político (ou Homo Politicus) - Visa o domínio e o poder;
6) O Religioso (ou Homo Religiosus) - Compreende o cosmo e visa o divino.
Os testes de inteligência foram os precursores dos inventários de personalidade. O primeiro
teste fo
i realizado na França em 1905 por Alfred Binnet, que visava testar a memória, o
vocábulo, conhecimento, uso de 32 números, entendimento temporal e habilidade de
comparar idéias. Em 1916, a
Stanford University aprimorou o teste de Binnet, sob a direção
de Lewis Terman, introduzindo o conceito de
Q.I. (Intelligent Quotient) - testes destinados a
crianças.
A partir da década de 30 que estes testes passaram a ser destinados a adultos. Na década de
20, Charles
Spearman criou um procedimento estatístico chamado Análise Fatorial, usado em
pesquisas de Mercado, baseando seus estudos em Binnet e Galton.
Cattell desenvolveu 16 fatores básicos através da Análise Fatorial, que descreviam a
pers
onalidade:
1) Reservado, Anti-social < > Extrovertido, Sociável;
2) Menos inteligente, Concreto < > Mais inteligente, Abstrato;
3) Afetado por sentimentos < > Emocionalmente estável;
4) Submisso, Humilde < > Dominante, Assertivo;
24
5) Sério < > Descontraído;
6) Prudente < > Responsável;
7) Tímido < > Arrojado;
8) Insensível < > Sensível;
9) Confiável < > Desconfiado;
10) Pratico < > Imaginativo;
11) Direto < > Astuto, Calculista;
12) Confiante < > Preocupado;
13) Conservador < > Aberto;
14) Dependente de um grupo < > Auto
-suficiente;
15) Indisciplinado < > Controlado;
16) Descontraído < > Tenso.
Através destas perguntas criou
-se um questionário com 200 afirmações especificas sobre "eu
gosto de ir a festas", amplamente utilizado para aconselhamento profissional.
A concepção de personalidade no método de Eysenck, semelhante à de Cattell, incluía duas
dimensões: Introversão e Extroversã
o/neurose e estabilidade, existindo quatro tipos básicos de
combinações para essas dimensões. E, posteriormente, identificando uma terceira: a psicose.
Assim, desenvolvendo seu questionário.
É um inventário de personalidade que visa informações sobre o
s tipos psicológicos de Jung,
criado para tornar essa teoria da personalidade humana mais compreensível e possível de ser
usada no dia a dia.
O
MBTI analisa quatro dimensões, que combinadas, resultam em 16 tipos:
1) Extroversão (E) ou Introversão (I);
2) Senso (S) ou Intuição (N);
3) Pensamento (T) ou Sentimento (F);
4) Julgamento (J) ou Percepção (P).
O
Minnesota Multiphasic Personality Inventory
(MMPI), publicado em 1994 por
Hathaway e McKinley visa auxiliar
o diagnóstico de desordens mentais e seleção do
25
tratamento adequado. O teste que é um aprimoramento do
MMPI-2 apresenta 500 perguntas
tipo "sinto
-me geralmente ansioso, mas não sei do que tenho medo."
Na década de 50, Maslow acreditava que era capaz de determinar as 34 características de uma
pessoa verdadeiramente "auto
-realizada", dedicando em seu livro "Motivation and
Personality
", de 1945, um capítulo com o tema "Hierarquia das Necessidades". Solomon
(2002), porém, afirma que as necessidades prioritárias variam em diferentes tempos, e por
isso não se pode usar a hierarquia de Maslow literalmente.
O Gordon Personal Profil
es (GPP) criado por Gordon (1965) mensurava quatro traços de
personalidade: ascendência, responsabilidade, estabilidade emocional e sociabilidade, e o
Gordon Profiles 1 (
GP1) mensurava prudência, pensamento original, relações pessoais e
vigor. Estes testes são utilizados em aconselhamento e contratação de empregados e estudos
relacionados ao consumo de produtos.
O Edwards Personal Preference Schedule (
EPPS) é usado em estudos sobre o comportamento
do consumidor basea
do no sistema de necessidades da personalidade de Henry Murray (as
mesmas necessidades usadas no
Thematic Apperception Test (
TAT).
O Consumer Price Index (
CPI, 1951) era na época da Segunda Guerra o modelo padrão para
medir atributos de person
alidade. Após a Segunda Guerra, aumentou o interesse por técnicas
psicanalíticas na Pesquisa de Mercado.
O
CPI é constituído de 462 itens, onde boa parte foi retirada do MMPI. Sua principal função é
prever notas na escola, delinqüê
ncia e desempenho no trabalho.
O pico de interesse pelos pesquisadores de
Marketing na personalidade humana na década de
50 fez com que eles atribuíssem traços de personalidade e posteriormente visando base para
pesquisas psicográficas.
Não se compra u
m produto somente por aquilo que ele faz, mas também por aquilo
que ele significa por meio de sua forma, sua cor, seu nome. (KARSAKLIAN, 2000,
p.619).
26
2.3 GERAÇÕES
rios autores fizeram um mapeamento cultural das gerações ao longo do século 20,
demonstrando hábitos e crenças ligados à situação histórica que o mundo vivia naquele
momento; esse mapeamento cultural dividido por parcelas de idades é observado com
variações de datas de nascimento, provavelmente devido ao fato de que nem sempre os
membros das gerações possuem os mesmo hábitos e devido
à variação da localidade e o
método de pesquisa utilizado para definir os limites de idades. Tais definições implicaram na
criação de termos que definiram essas gerações, Washburn (2000) as definiu como:
I. Geração da Infantaria (1901-1925): Geração que sobreviveu à grande depressão e
lutou na segunda guerra; marcada pela sua incrível jornada heróica, esse grupo acredita na
virtude do cidadão e na mobilidade social, o sonho americano, sendo que essa geração ficou
marcada pelas c
aracterísticas de cidadania, religiosidade e agrupamento fraternal e
profissional.
II. Geração silenciosa ou Schwarzkopf (1926-1945): Muito novos para lutar a
segunda guerra, a geração silenciosa admirava a geraçã
o anterior, convivendo de perto com o
senso de patriotismo e sacrifício próprio. Herdando um mundo "melhor", construído pela
geração anterior, a geração silenciosa buscou estender esse mundo ao invés de mudá
-lo. A
geração silenci
osa de define pelos princípios de ordem, lei, fé e patriotismo.
III. Geração baby-boomer (1945-1964): A geração baby-boomer representa a maior
fatia de geração em termos de número
- 76 milhões -; esse número representou a força
dominante
na sociedade quanto a preferências, estilos e comportamentos de compra. A
geração
baby-boomer é moralista; porém não aceita autoritarismo ou princípios institucionais
sobre moral ou ética, não sacrificam prazeres pessoais em prol de um grupo.
Religiosamente,
a geração
baby-boomer mescla princípios religiosos para que estes se adequem a seus hábitos,
evitando dogmas e ensinamentos de qualquer religião específica.
IV. Geração X (1965-1981)
: A geração X representa um corte de idade muito menor
que as outras gerações, portanto demograficamente foi muito menosprezada; a geração X
27
sentiu que iria receber muito menos do que a geração anterior em bens materiais, isso altera a
aproxim
ação do materialismo que essa geração possuía, muito mais próximos de valores
familiares e círculo de amizades fortes. A geração X é marcada pela insegurança de um
mundo que muda rapidamente
e continuamente, valorizando a experiência, suspeitando de
teorizações sob o argumento de que estas faltam em autenticidade ou até mesmo realidade.
V. Geração Y (1982-2003): A geração Y cresceu em meio tecnológico, convivendo
com computadores,
correio eletrônico e programas de mensagens instantâneas, da mesma
maneira que a geração dos
baby-boomers cresceu com o telefone e a X com a televisão; a
geração Y não possui memória de um tempo em que a tecnologia não existia mas
sivamente.
Tulgan e Martin (2006), no entanto definiram as gerações pelos seguintes cortes de idade:
a) Geração Y: 1978-1990;
b) Geração X: 1965-1977;
c) Geração Baby Boomer: 1946-1964;
d) Geração Schwarzkopf: nascidos antes de 1946.
Em seguida, buscou
-se sintetizar as principais abordagens dos estudos classificatórios de
gerações de consumidores, de modo a possibilitar uma análise detalhada do tema.
2.3.1 Geração
Schwarzkopf (nascidos antes de 1946)
Nascidos muito tarde p
ara participar da medição de forças da segunda guerra mundial e muito
cedo para serem crianças suficientemente crescidas, eles se encontraram presos entre os
veteranos de guerra e a geração
boomer. A geração Schwarzkopf se encontra sempre fora de
sincronia com o tempo;
Schwarzkopf foram adultos novos quando a moda era ser adolescente.
Estavam nos seus trinta anos quando a frase "não confie em ninguém com mais de 30" era
moda; estavam com quarenta
anos quando jovens diziam "faça amor não faça guerra".
Schwarzkopf
ficaram admirados pelo sacrifício da geração anterior em garantir um mundo
"livre para a democracia". Eles adotaram os valores de deus pais de lealdade, dedicação
e
comprometimento para comandar e controlar a liderança em organizações hierárquicas. Com
28
o foco no "nós", a geração
Schwarzkopf ajudou a reconstruir a economia americana nos anos
50, buscando futuramente a recompensa de casa
-própria, emprego sólido em uma empresa
durante a vida toda e uma aposentadoria confortável.
Schwarzkopf
começaram as carreiras nos anos 50 e 60, construindo essas carreiras na época
em
que acreditar em emprego seguro fazia sentido. Muitos seguiram o caminho seguro de
construir uma carreira como antigamente, fazendo uma série de sacrifícios a curto prazo,
esperando uma troca por recompensas a longo prazo.
Schwarzkopf
também são mais pacientes quando estão mediando conflitos através de
processamento e coleta de opiniões, ao contrário de seus colegas das gerações X e Y que
buscam rapidamente o núcleo do problema. Ess
a abordagem de processo versus resultado,
gera conflito entre gerações, por exemplo, quando a geração
Schwarzkopf está treinando a
geração X e Y. Princípios, políticas padronizadas, procedimentos e moldes, anos de
experiência, ensinaram à geração silenciosa a confiar nessas maneiras já testadas e
verdadeiras de fazer as coisas.
Paradoxalmente, apesar de sua reputação de resistentes a mudanças, muitos membros desta
geração se torna
ram verdadeiros mestres da mudança na força de trabalho. Se eles aparentam
ser muito incrédulos sobre alguma idéia, provavelmente é porque eles estavam lembrando
como as coisas eram trinta, vinte ou dez anos atrás, pois sua experiê
ncia em realizar as coisas
demonstra que, provavelmente, já possuem algum conhecimento empírico sobre aquela idéia
em algum outro tempo.
Atualmente, segundo Tulgan e Martin (2006) a geração silenciosa crê ser inconveniente que
as gerações mais novas
não aceitem fazer o trabalho braçal, serem os últimos na lista de
privilégios e que não façam demandas. De outro modo também, sabem que os jovens
trabalhadores seriam tolos de realizarem suas funções acreditando que sub
iriam na carreira
como antigamente. Essa constatação faz os
Schwarzkopf um pouco tristes, mas não tão tristes
como se sentem ao ver suas pensões ganhas duramente ou seguro
-saúde encolher ou sumir;
essa nova realidade os leva a afirmar que
a lealdade está morta, pois as empresas não agem de
forma a receber lealdade de acordo os princípios desta geração silenciosa.
29
2.3.2 Geração
Baby-Boomer
Tulgan e Martin (2006) afirmam que quando os
Baby-Boomers eram jovens, eles criaram o
movimento juvenil dos anos 60. Quando eles completaram 20 anos, criaram a cultura do
excesso nos anos 70. Nos anos 80, eles eram os
"Yuppies", encontrando seu caminho no
mundo corporativo pela primeira vez.
A definição mais aceita da Geração
Baby-Boomer é que ela compreende as pessoas nascidas
entre 1946 e 1964. O ano de 1946 marcou o início do aumento dos nascimentos nos Estado
s
Unidos. (TULGAN, 1997).
Por representarem a maior fatia demográfica, os
baby-boomers sempre ditaram as tendências,
sempre estando no momento histórico certo com a idade certa. Tulgan e Martin (2006)
exemplificam citando que os
boomers eram crianças quando o interessante era ser criança,
eram adolescentes quando o interessante era ser adolescente; portanto os maiores esforços de
marketing
sempre visaram essa faixa, por compreender a maior fatia demográfica.
2.3.3 Ger
ação X
Com o mundo saindo do grande abalo da Segunda Guerra Mundial, havia uma enorme
necessidade de reconstrução, o incentivo à produção de filhos, e as mulheres entrando no
mercado de trabalho. A partir da dé
cada de 60, destacam-se os processos de emancipação da
mulher, sua progressiva inserção no mercado de trabalho, o movimento feminista, a pílula
anticoncepcional, o movimento
hippie, o aumento do número de divórcios e de novas uniões,
a red
efinição do conceito de família, a relativização dos valores, a confusão entre
autoritarismo e autoridade, o aumento da violência e da cultura da impunidade, o
enfraquecimento da noção de compromisso, as muda
nças de metodologia educacional.
Tulgan e Martin (2006) apontam como características principais dos
Baby-Boomers o fato
de terem sido jovens rebeldes que, em sua maioria tornaram
-se adultos conservadores,
30
embora não rígidos; valorizam o
status e a ascensão profissional dentro da empresa a qual
são leais.
A Geração X já encontra um cenário com grandes mudanças na família, com pai e mãe
trabalhando, intensos sentimentos de culpa das mulheres pela ausência do lar, gerando
dificuldades de colocar limites e estruturar a disciplina; no Brasil, a ditadura e a repressão à
liberdade de expressão acentuou ainda mais o horror às postu
ras autoritárias; no ambiente de
trabalho, essa geração encontrou a tendência ao "
downsizing" corporativo, à instabilidade no
emprego. A percepção de que adultos leais à empresa perderam seus postos, estimulou a
tendência de dar continui
dade ao aprendizado e desenvolver habilidades que melhorem a
empregabilidade, já que não se pode mais esperar estabilidade e permanência.
Tulgan (1997) afirma que boa parte das pessoas que compõem a Geração X são
individualistas, irreverentes, auto
-confiantes, com clara percepção de seus direitos e
capacidades; valorizam menos a permanência em uma única empresa, e mais a lealdade a si
mesmas, já que a aspiração de conseguir um emprego por toda
a vida deixou de existir; são
consideradas fáceis de recrutar, mas difíceis de manter. No ambiente de trabalho, gostam de
variedade, desafios e oportunidades, querem trabalhar com liberdade, flexibilidade e
criatividade, sentem necess
idade de feedback. Quando constituem família, tendem a valorizar
a paternidade participativa.
2.3.4 Geração Y
De acordo com Tulgan e Martin (2006, p.13):
Como as novas crianças representativas no bloco demográfico, a Geração Y não
trocou de papel com nenhuma outra geração, então é a geração que mais recebe
atenção. Gerações mais antigas frequentemente estão interessadas em saber três
coisas sobre eles: Como eles querem ser geridos, por que
eles se sentem tão
intitulados e o que eles querem dizer quando dizem que querem respeito.
De acordo com Tulgan e Martin (2006, p.15):
31
A Geração Y é a geração que fala mais abertament
e entre todas as gerações, por
estarem sempre procurando algum tipo de atividade empregatícia e constantemente
trocando de emprego os jovens da Geração Y normalmente não possuem o
conhecimento sobre os procedimentos e regras habituais de cada emprego, por
possuírem essa percepção limitada geralmente crêem que as outras gerações estão
presas demais nos próprios hábitos e não querem mudanças.
Gerentes
mais velhos aprenderam que eles não podem esperar que a geração mais nova saiba
qualquer coisa sobre o contexto de qualquer coisa, ou que essa geração irá ter o
comportamento de fazer alguma coisa sem saber o "por quê
". Preferencialmente, ao serem
"insultados" pelos empurrões da Geração Y, os gerentes percebem que podem usar esses
desafios como uma oportunidade para se avaliar os métodos como as coisas são feitas, para
fazerem implementações,
utilizando novas abordagens que a geração mais nova terá sobre
velhos processos.
De acordo com Tulgan e Martin (2006), inversamente, a Geração Y é informada pelos colegas
de trabalho mais velhos que eles; devem aprender a serem pacientes e persistentes, eles não
sabem que algumas vezes a melhor solução para um problema é simplesmente não fazer nada
quando as respostas não estão claras. Como as gerações mai
s velhas costumam informar à
Geração Y, mais rápido nem sempre significa melhor ou mais inteligente.
A Geração Y, também denominada "
Generation Why", "Generation Yes", geração "www"e
geração do milênio, está
entrando no mercado de trabalho como a primeira geração da história
a ter maior conhecimento do que as anteriores de uma área essencial: o domínio e a
familiaridade com a tecnologia (CHESTER, 2002). Convivendo com a diversidade
das
famílias multifacetadas, tendo passado a infância com a agenda cheia de atividades ("as
crianças executivas") e desde cedo cercadas de aparelhos eletrônicos, as pessoas dessa
geração são multitarefas, vivendo em açã
o e costumam ser boas administradoras do tempo,
valorizando o equilíbrio entre convívio com pessoas, trabalho e lazer. (REMKE, REINES e
FILIPCZAK, 2000).
Tulgan e Martin (2006) argumentam que as pessoas da Geração Y "navega
m" pela vida,
querem trabalham para viver, mas não vivem para trabalhar, estando costumadas a captar os
acontecimentos em tempo real e a se conectarem na rede com uma enorme variedade de
pessoas; tiveram mais facilidade de desenvolv
er melhor a visão sistêmica e de aceitar mais
facilmente a diversidade.
32
Vivendo numa era de reconhecimento dos direitos da criança e com pais que,
predominantemente, têm dificuldade de colocar os limites devidos, as pessoas da Geração Y
tendem a ter boa auto
-estima e a apresentar dificuldades de relacionamento com as figuras de
autoridade. São questionadoras e reivindicadoras de seus direitos, às v
ezes com dificuldade de
perceber os direitos dos demais. Acostumadas a terem seus desejos prontamente atendidos e a
terem acesso a um universo de informações ao simples toque do
mouse, tendem a ser
impacientes e imediatistas (CHESTER,
2002). A curiosidade que as faz pesquisar e buscar
incessantemente novidades estimula o gosto por descobrir por conta própria, em vez de serem
ensinadas por outras pessoas.
A percepção clara de múltiplos pontos de vista, acoplado à descoberta de
que existem várias
maneiras certas de fazer as mesmas coisas, as tornaram muito intolerantes a posturas rígidas
de comando. Querem fazer mais e melhor, a seu modo (CHESTER, 2002). Detestam
autoritarismo, nã
o respeitam cargos nem currículos, mas admiram a competência real, a
coerência, a honestidade, a justiça e o comportamento ético, desejando contribuir com
inovações, receber recompensas e reconhecimento explícito pelo bom trabalho e
sentirem que
fazem diferença. Para isso, precisam perceber claramente o papel de sua colaboração para o
funcionamento do todo. (REMKE, REINES e FILIPCZAK, 2000).
O estudo de crianças como consumidores é um fenômeno pós
-guerra. No início, pensava-se
apenas em um mercado a quem se poderiam vender balas e doces. Hoje, a visão de mercado
ampliou
-se para roupas, perfumes, jogos eletrônicos, cursos especiais, entre muitas outras
oportunidades de negócio.
Para as crianças serem cons
ideradas consumidores em potencial, os profissionais de
marketing
reconheceram que elas têm necessidades, e também dinheiro para gastar. Logo,
merecem esforços de
marketing iguais a qualquer outro mercado. Segundo McNeal (1990),
isso somente foi percebido após a Segunda Guerra Mundial, com o aumento de 50% da
população infantil americana, os chamados
baby-boomers.
Na opinião de McNeal (1992), esse episódio serviu para despertar um rápido cres
cimento no
mercado infantil, e desde então, esforços de
marketing têm sido direcionados para atrair esses
consumidores.
33
A comunidade acadêmica com
ou a publicar pesquisas sobre esse mercado no final dos anos
60, chegando ao final da década de 70 com 300
papers publicados, tendo a criança como
objeto principal de estudo. Tudo isso, segundo uma bibliografia de pesquisa para o mercado
infantil, organizada pelo professor James McNeal (1991).
Nos anos 80 é que realmente o mercado se consolidou. Produtos e serviços desenvolvidos na
década anterior foram aperfeiçoados. Nos Estados Unidos da América, as crianças ganharam
suas próprias
redes de TV. Lojas especializadas foram inauguradas e o mercado foi
ampliando
-se para roupas, livros, serviços bancários etc.
Morton (2002) Define a Geração Y como notoriamente inconstante, demandando as últimas
novidades e tendê
ncias, demonstrando facilidade tremenda em absorver mudanças rápidas.
Wilson (2007) define a Geração Y como imediatista, interessada em possuir o que quer,
quando quer; a conectividade é uma constante na Geração Y, refletida no crescente aum
ento
da popularidade de
sites de relacionamento social. Alguns sites utilizam essa característica
não só para venderem para os consumidores, mas também obterem informações e idéias de
uma audiência que é difícil de atingir atravé
s de métodos convencionais.
Levin & Arafeh (2002) afirmam que jovens da Geração Y usam um arsenal de ferramentas
para gerir, estocar e proteger a informação, incluindo
e-mails, periféricos como flash drivers,
Ipods
e protocolos de transferência de dados. Os adolescentes da Geração Y dominaram com
sucesso as tecnologias do
e-mail, para tirar o máximo da vantagem de suas capacidades de
organização, agrupamento e redirecionamento.
Morton (2002) traduz a situação tecnológica em
que a Geração Y convive como confortável
aos mesmos; a Geração Y nasceu em meio à mudanças tecnológicas aceleradas, eles não
possuem memória de um tempo em que a tecnologia não era predominante.
Descobrir o que motiva as pessoas da Geração Y é indispensável para inspirar as ações de
retenção de talentos nas empresas. Os estudiosos das características das Gerações X e Y
apontam como especialmente relevantes: (i
) o desejo de trabalhar de modo mais
independente, flexível e criativo; (ii) sentir que fazem a diferença para a empresa e para a
sociedade; (iii) ter acesso direto às lideranças; (iv) ter responsabilidades e oport
unidades de
34
aprendizagem contínua; (v) contar com um ambiente de trabalho descontraído, agradável e
divertido.
De acordo com Chester (2002), ações de aproximação entre os níveis hierá
rquicos, tais como
café da manhã com a diretoria, comunicação via
e-mail, disposição de escuta atenta de
opiniões e idéias, oferecer diferentes possibilidades de colaboração e incentivo para idéias
inovadoras que tragam bons
resultados, são úteis para a retenção de talentos. Os superiores
que atuam mais como "
coaches" do que como chefes, são mais respeitados e admirados pelas
pessoas das Gerações X e Y. A estratégia de fracionar metas com prazos curtos, estimulando
alta atividade e alta aprendizagem é muito eficaz, bem como oferecer maior responsabilidade
como recompensa pelo bom desempenho. Em função das características de independência na
busca de informações, os gestores tendem a encontrar menor resist
ência quando dizem "o
que" querem que seja feito, mas não "como".
A necessidade de novidades constantes é preenchida quando esses funcionários são mantidos
ocupados com tarefas que têm ligação perceptível com o todo maior. Portanto, a comunicação
clara sobre a visão e a missão da empresa para alinhar o trabalho de cada um no conjunto,
tende a aumentar a motivação para o trabalho.
35
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1 CONTEXTO DA PESQ
UISA
A seção de metodologia da presente pesquisa visa a atender os objetivos propostos da maneira
mais adequada possível, ou seja, procura estar de acordo com o objeto deste estudo:
identificar e comparar as caracterí
sticas dos consumidores no que tange aos aspectos
demográficos, psicográficos, estilo de vida, padrões de consumo, situação de compra, atitudes
e percepções. Dessa forma, será possível traçar perfis importantes para o meio acadêmico.
Os gr
upos foram escolhidos devido ao seu perfil cultural definido por Shimp (2007) e vários
outros autores que definiram os cortes de idades relativos aos padrões culturais dos mesmos.
O grupo pertencente à Geração X possui, de acordo com Shimp (20
06), Washburn (2000),
Kotler (1999) e vários outros autores, padrões culturais diferentes dos 2 grupos pertencentes à
Geração Y.
Uma das escalas utilizadas no questionário de pesquisa baseou
-se no modelo original da List
Of Values (
LOV), que ranqueia os valores dos mais aos menos importantes, utilizando uma
escala numérica de nove pontos (1 a 9). Na escala LOV o respondente é solicitado a apontar
explicitamente o valor mais importante dentre os nove (KAHLE
et al., 1986; KAHLE e
KENNEDY, 1988).
Porém houve uma mudança na escala original da
LOV, transformando-a para 11 pontos; a
inclusão de mais um ponto em cada extremo da escala, tornando
-a de 0 a 10.
Outra escala utilizada, a de Cattel (1965), desenvolve 16 fatores básicos através da Análise
Fatorial, que descrevem a personalidade:
1) Reservado, Anti-social < > Extrovertido, Sociável;
2) Menos inteligente, Concreto < > Mais inteligente, Abstrato;
3) Afetado por sentimentos < > Emocionalmente estável;
4) Submisso, Humilde < > Dominante, Assertivo;
36
5) Sério < > Descontraído;
6) Prudente) < > Responsável;
7) Tí
mido < > Arrojado;
8) Insensível < > Sensível;
9) Confiável < > Desconfiado;
10) Pratico < > Imaginativo;
11) Direto < > Astuto, Calculista;
12) Confiante < > Preocupado;
13) Conservador < > Aberto;
14) Dependente de um grupo < > Auto
-suficiente;
15) Indisciplinado < > Controlado;
16) Descontraído < > Tenso.
Por último, outra abordagem foi utilizada como instrumento de medida em uma lista de
valores. A Escala de Valores de Rokeach (1967) tem sido a mais utilizada e é o protótipo
dos
instrumentos de medida utilizados nesta abordagem.
Na escala de Rokeach os valores são tratados individualmente, já que não existe vínculo
estrutural entre eles. Desta forma, nos resultados obtidos, pode
-se observar que um ou mais
valores estão associados com uma determinada personalidade. Além dos problemas
psicométricos inerentes a esta abordagem, exist
e a dificuldade teórica para aceitar que a
prioridade dada a um valor seja determinante na definição do comportamento de uma pessoa.
Rokeach (1973) afirma que não existe razão para esperar que qualquer valor ou atitude
devesse pred
izer o comportamento de uma pessoa perfeitamente. As atitudes e o
comportamento não são determinados pela prioridade dada a um valor particular, mas pela
dinâmica existente entre os múltiplos valores implicados simu
ltaneamente na orientação de
um comportamento ou atitude.
Um sistema de valores, segundo Rokeach (1968; 1969) é nada mais do que uma disposição
hierárquica de valores, uma classificação ordenada de valores ao longo de um contí
nuo de
importância. A organização hierárquica de valores pressupõe que o indivíduo não se relaciona
com o mundo físico e social como um observador que assiste a um espetáculo, mas como um
ator que participa, que toma partido e que se envolve nele. Os valores implicam
37
necessariamente uma preferência, uma distinção entre o que é importante para o indivíduo e o
que é secundário, entre o que tem valor e o que não tem. Assim, na essência mesma dos
valores, parece estar presente a sua relação com o comportamento e a possibilidade da sua
hierarquização. A idéia de graus de valor, de u
ma escala de valores ao longo de um contínuo
de importância encontra a sua base na relação dos valores com o tempo, elemento
fundamental para o seu desenvolvimento histórico e cultural, com o desejo, cuja
multiplicidade e veemência exigem uma ordem de primazia, e com o esforço realizado pelo
indivíduo para a obtenção das metas que constituem os valores.
3.2 NATUREZA DA PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza
-se como descritiva quanto aos objetivos; segundo Malhotra (2001),
é um método onde serão entrevistados grandes números de respondentes, utilizando
-se de um
questionário pré
-definido e padronizado e visa descrever o fenômeno e suas propriedades.
Quanto à estratégia, este estudo é de natureza q
uantitativa. Acredita-se que com métodos
quantitativos poder
-se-á proceder a cálculos estatísticos mais avançados - estatística
multivariada
- e, assim, mostrar e mapear com mais precisão os perfis dos consumidores
investigados. Laville e Dionne (1999) já afirmam que, ao lidar com números, busca
-se a
objetividade e a validade do conhecimento construído.
Esta estratégia será implementada pelo método
survey - ou levantamento, como em Malhotra
(2001)
- baseado em um questionário estruturado e padronizado. As perguntas neste tipo de
investigação, na maioria das vezes, são sobre o comportamento, intenções, atitudes,
percepções, características demográficas e estilo de vida, por exemplo
. Escolheu-se o survey
com o questionário uma vez que será pesquisada "[...] uma amostra suficientemente grande,
constituída com os cuidados requeridos para assegurar sua representatividade [...]", pois
permite aplicar técnicas de validaçã
o de escalas e métricas, o que corrobora com os objetivos
da pesquisa. (LAVILLE e DIONNE, 1999, p.183).
38
Estes mesmos autores afirmam que o questionário permite alcançar um maior número de
pessoas e é econômico, ao mesmo tempo em que existe o perigo de se obter uma taxa muito
baixa de retorno.
Os valores serão identificados através da lista de valores (
LOV), desenvolvida na University of
Michigan Survey Research Center
(KAHLE et al., 1986; McINTYRE et al., 1994). Ela se
utiliza dos valores terminais da Rokeach Values Survey (
RVS) e transforma-os num modelo
menor, com apenas nove valores orientados diretamente ao indivíduo e às circunstâncias de
sua vida cotidiana, tendo em vista seu principal objetivo ser o de identificar os valores
dominantes de um indivíduo (BATRA
et al., 2001; KAHLE et al., 1986; KAHLE e
KENNEDY, 1988; KAMAKURA e NOVAK, 1992; MOWEN e M
INOR, 2003).
3.3 AMOSTRA DE PESQUISA
O universo de pesquisa serão 319 pessoas dividas em três grupos pessoas definidos pelas suas
idades observando os cortes de gerações realizados por Shimp (2006):
a) 14 a 19 anos, Geração Y(2);
b) 20 a 25 anos, Geração Y(1);
c) 26 a 41 anos, Geração X.
3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA
A coleta de dados será realizada essencialmente por meio do procedimento técnico,
denominado questionário auto
-aplicado, através de coleta pessoal.
Gonçalves e Meirelles (2002) denotam a necessidade de ao se buscar os dados na amostra
selecionada, verificar a similaridade das características do grupo de elementos pesquisado,
pois do contrário a extraçã
o das medidas desejadas se tornaria complexa.
39
Vergara (2005) elucida que a pesquisa de campo acarreta uma maior investigação por meio de
testes, entrevistas e emprego de questionários, pois os mesmos
demonstram-se ótimas fontes
de coleta de dados para a pesquisa.
40
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste ponto descrevem
-se procedimentos estatísticos que visam dar resposta aos objetivos
deste estudo. Trata
-se de avaliar as condições e pressupostos exigidos dos dados e a
fidedignidade dos dados, para em seqüência tentar dar uma resposta aos objetivos do estudo.
Para tal aplicou
-se o padrão usual para avaliação dos dados, conforme sugerem Hair et al.
(1998), Tabachnick e Fidel (2001) e Kline (1998). Para este fim aplicaram
-se os softwares
AMOS 4.0, Lisrel 8.3
e SPSS 11.5.
4.1 ANÁLISE EXPLORATÓRIA
Antes de iniciar o procedimento de análise, procedeu
-se a avaliação das características dos
dados, verificando se existem problemas inerentes em suas propriedades e se estes atendem à
requisitos necessários as técnicas estatística
s que serão empregadas neste estudo
(TABACHNICK e FIDEL, 2001). Desta forma, avaliam
-se o grau em que existem fatores
potencialmente danosos as análises que poderiam gerar vieses nas interpretações produzindo
resultados com p
atamares inaceitáveis de erros.
a) Análise descritiva
Descrever a amostra é um passo necessário, pois permite ao pesquisador conhecer a natureza
dos dados da pesquisa, antecipando problemas e soluções para fatos que possam transcorrer
(MALHOTRA, 2001). Nesta dissertação, aplicou
-se a média e desvio padrão das variáveis
analisadas como forma de prover informações gerais dos dados, conjuntamente com a
avaliação de histogramas e caixas de bigodes. A
Tabela 1 descreve tais resultados em função
das estatísticas básicas das escalas.
41
Tabela 1
- Análise descritiva dos dados
INDICADORES
1) Reconhecimento Social
2) Uma vida excitante
3) Relacionamentos afetuosos com outras pessoas
4) Auto
- realização
5) Ser respeitado
6) Aproveitar a vida
7) Segurança
8) Auto
- respeito
9) Sentimento de realização
Discreto
- Expansivo
Pouco inteligente
- Muito inteligente
Volúvel
- Estável
Dóc
il - Agressivo
Sério
- Alegre
Oportunista
- Consciencioso
Tímido
- Desinibido
Frio
- Caloroso
Crédulo
- Desconfiado
Prático
- Sonhador
Rude/Grosseiro
- Educado/Polido
Seguro
- Inseguro
Conservador
- Inovador
Faz parte do time
- Joga sozinho
Indi
sciplinado - Disciplinado
Relaxado
- Tenso
1. Sua família
2. Sua esposa(ou namorada)
3. Seus filhos
4. Seu emprego/trabalho
5. Sua comunidade
6. Sua auto
-realização
7. Seu lazer
8. Seus amigos
9. Seu patrimônio
10. Sua Educação Formal
1) Situação econômica do país
2) Desemprego
3) Segurança Pública
4) Saúde Publica
5) Educação
6) Família
7) Amor
N
319
319
319
319
319
319
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313
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317
314
316
315
316
316
316
315
315
317
316
316
319
315
204
219
318
319
319
319
319
319
319
319
319
319
318
319
319
MÍNIMO
0
0
1
3
0
3
0
0
2
1
1
1
1
1
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1
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1
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0
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0
1
0
0
0
0
0
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0
2
0
0
0
0
0
0
0
MAXIMO
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10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
MÉDIA
7,65
7,48
8,50
9,01
9,12
9,05
9,02
9,13
9,20
5,65
7,50
6,06
4,72
6,82
7,11
5,91
7,14
6,67
6,22
7,93
5,64
6,92
4,62
7,28
5,92
8,94
7,41
8,44
8,39
5,81
8,61
8,32
8,27
7,82
8,70
6,94
6,67
7,92
7,34
8,64
9,02
7,89
(Continua)
DESVIO
2,14
2,31
1,72
1,37
1,48
1,30
1,45
1,47
1,25
2,68
1,76
2,71
2,53
2,51
2,12
2,56
2,20
2,59
2,68
1,78
2,54
2,30
2,56
2,19
2,48
1,61
2,81
3,08
1,85
2,95
1,87
1,69
1,80
2,06
1,61
2,27
2,85
1,98
2,81
1,83
1,54
2,44
42
Tabela 1
- Análise descritiva dos dados
INDICADORES
8) Felicidade
9) Dinheiro
10) Realização Pessoal
11) Saúde Física
12) Saúde Psicológica
13) Oferecer carros que estão na moda
14) Perspectivas Futuras
15) Meio ambiente
1. Apenas viver, sem se preocupar demais com o dia de
amanhã.
2. Desenvolver
-me intelectualmente.
3. Enriquecer acumulando bens materiais.
4. Estar sempre em boa forma física.
5. Ser uma pessoa culta e com sensibilidade artística.
6. Ser útil à sociedade
7. Ser admirado pelos outros.
8. Ser famoso, conhecido.
9. Ter sempre novas experiências para tornar a vida
mais emocionante.
10.Ter um negócio próprio.
11.Ter uma carreira profissional bem sucedida em uma
grande empresa.
12.Ser um bom marido e bom pai.
13.Viajar pelo Bra
sil e pelo Mundo.
14.Estar sempre atualizado em relação às novidades de
nosso tempo.
15.Auxiliar o mundo a ser um lugar melhor.
16.Possuir muitos amigos.
17.Viver emoções fortes.
18.Estar sempre entretido de alguma forma.
1. Nível de ganho (salá
rio)
2. Relacionamento pessoal (amigos)
3. Relacionamento familiar
4. Relacionamento com a companheira
5. Relacionamento com os filhos
6. Trabalho
7. Formação cultural (estudo)
8. Lazer pessoal (divertimento)
9. Conforto mat
erial
10.Poupança realizada/ patrimônio acumulado
11.Realizações pessoais
12.Reconhecimento social
13.Reconhecimento profissional
N
319
318
319
318
317
318
318
319
317
317
315
314
316
316
315
314
316
316
316
309
316
313
314
317
316
317
216
318
318
251
167
216
319
318
317
316
319
318
317
MÍNIMO
5
1
3
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
MAXIMO
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
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10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
MÉDIA
9,12
7,88
9,04
8,60
8,66
4,35
7,97
7,50
4,29
8,15
5,75
6,71
5,94
6,79
5,91
3,96
6,67
6,36
6,80
8,39
6,56
7,53
6,99
7,34
6,53
7,09
4,41
7,57
7,27
7,15
7,26
6,58
7,16
6,35
6,27
4,53
5,24
5,53
6,29
(Continua)
DESVIO
1,22
1,95
1,31
1,64
1,70
2,94
2,25
2,56
2,96
1,97
2,75
2,52
2,67
2,47
3,04
2,89
2,69
3,21
2,99
2,33
2,80
2,25
2,50
2,53
2,63
2,32
2,69
1,99
2,73
2,99
3,69
2,57
2,15
2,46
2,33
2,71
2,91
2,65
2,69
43
Tabela 1
- Análise descritiva dos dados
INDICADORES
1. Freqü
ento Bares e Boates
2. Freqüento restaurantes para almoçar/jantar
3. Freqüento cinemas
4. Leio livros
5. Assisto filmes em casa
6. Gosto de praticar atividades físicas
7. Freqüento parques / praças / áreas de recreação
públicas
8. Viajo para a praia.
9. Viajo para o campo
10.Viajo a negócios
11.Freqüento teatros
12.Acesso a Internet
13.Passo a maior parte do dia em casa
14.Me divirto com jogos eletrônicos
15.Passo a maior parte do dia fora de casa
16.Participar de d
iscussões em fóruns na internet ou
escrevo blogs.
17.Pratico esportes
18.Assisto à prática de esportes
19.Realizo compras
1. Ouço Rádio
2. Vejo TV Aberta
3. Vejo TV a Cabo
4. Leio Jornais
5. Leio Revistas
6. Acesso a Internet
7. Vejo anúncios na rua
8. Vejo anúncios em lugar fechado
9. Vejo anúncios em aeroportos
10.Vejo anúncios na internet
Eu prefiro um trabalho que seja sempre desafiador a um
trabalho que eu tenho certeza que possa executar.
Eu encaro o estudo
como um investimento de longo
prazo
No meu dia
- a- dia, eu tenho uma rotina já estabelecida.
Eu tenho gostos e hábitos conservadores.
Eu sou um formador de opinião nos grupos que
freqüento.
Eu me preocupo muito com a minha aparência pessoal.
Eu gosto de me sentir atraente para as pessoas do sexo
oposto.
Eu deixo as coisas acontecerem, não me preocupo.
Eu sempre planejo antes de fazer alguma coisa.
N
319
318
319
317
319
319
319
318
319
219
319
319
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319
319
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319
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318
319
319
319
318
319
318
318
319
319
318
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MÍNIMO
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
0
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0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
MAXIMO
10
10
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10
10
10
10
10
10
10
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10
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10
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10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
MÉDIA
5,05
5,78
5,65
4,68
7,12
5,86
4,18
4,99
4,79
1,89
2,53
7,82
4,40
3,54
5,50
2,66
4,47
5,55
6,86
6,84
6,94
5,00
4,78
5,08
7,89
6,06
5,70
2,82
6,64
6,46
7,63
5,97
4,94
5,88
7,89
6,96
5,06
6,39
(Continua)
DESVIO
3,26
2,86
2,93
2,77
2,45
2,96
2,83
3,02
3,06
2,61
2,69
2,35
3,24
3,30
3,60
3,09
3,31
3,22
2,44
2,81
2,62
3,54
2,85
2,83
2,39
3,08
2,69
2,83
2,82
2,61
2,37
2,68
2,81
2,60
1,98
2,58
2,92
2,48
44
Tabela 1
- Análise descritiva dos dados
INDICADORES
Rapazes não deviam usar cabelo comprido ou brincos.
Eu acho que as tatuagens deveriam ser proibidas.
Eu tomo iniciativa e responsabilidade nos grupos que
participo.
Eu gosto de organizar e dirigir as pessoas persuadindo
-
as a fazer coisas
.
Eu prefiro que outras pessoas decidam o que eu tenho
que fazer.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor no ano que
vem do que é hoje.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor daqui a
cinco anos do que é hoje.
Eu acho que a minha situaçã
o vai ser melhor daqui a dez
anos do que é hoje.
Eu tenho medo de não ser capaz de dar à minha família
pelo menos aquilo que eu tive.
Eu acho que ter status é muito importante.
Existe muito amor e união na minha família.
Eu acredito que a realização
dos meus objetivos depende
inteiramente da minha vontade.
Eu sempre procuro ofertas especiais.
Eu sempre checo e comparo os preços quando compro
alguma coisa.
Uma pessoa pode fazer economias substanciais
procurando ofertas.
Eu sempre peço por descon
tos.
Eu não ligo para marcas, o importante é a qualidade do
produto.
Eu, por várias vezes, já comprei produtos pensando no
que meus amigos iriam achar.
Eu sempre compro produtos que meus amigos também
têm.
Eu prefiro pagar a vista.
Eu sempre que vejo novos produtos/marcas quero
experimentar.
Eu sempre compro novos produtos/marcas antes que
meus amigos e conhecidos.
Eu sempre peço conselhos para meus amigos e
conhecidos antes de comprar um produto/ marca nova.
Eu sempre compro p
rodutos que me diferenciam das
pessoas de meu grupo.
Eu sempre procuro por produtos que podem tornar as
tarefas rotineiras mais fáceis e menos demoradas de
executar.
Eu não me importo de pagar mais caro por produtos que
me tragam maior conforto
Produtos mais caros sempre têm melhor qualidade.
N
319
319
318
318
319
319
300
299
318
317
318
317
319
319
319
318
319
319
319
319
319
318
318
318
MÍNIMO
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
MAXIMO
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
MÉDIA
4,50
3,43
5,61
5,28
3,75
7,02
5,73
6,29
5,36
5,26
7,33
7,78
6,07
6,20
6,96
6,14
6,97
4,17
3,25
6,60
4,99
3,75
4,68
4,47
(Continua)
DESVIO
3,62
3,42
2,73
2,73
2,99
2,69
3,64
3,48
3,10
2,89
2,48
2,42
2,84
2,93
2,52
2,95
2,83
3,32
3,19
2,82
3,03
3,13
3,17
3,21
319
0
10
6,41
2,65
319
319
0
0
10
65
6,88
5,10
2,64
4,48
45
Tabela 1
- Análise descritiva dos dados
INDICADORES
Eu, muitas vezes, influencio o que meus amigos
compram.
Às vezes compro mais do que o planejado.
Procuro sempre o que existe de mais inovador em
tecnologia.
Quanto mais eu compro mais eu quero comprar.
Fonte
: dados da pesquisa.
N
318
319
319
319
MÍNIMO
0
0
0
0
MAXIMO
10
10
10
10
MÉDIA
4,38
5,82
5,29
4,90
(Concluído)
DESVIO
3,17
2,91
2,92
3,35
b) Dados ausentes
Quando um respondente se recusa a fornecer uma resposta, não entende o enunciado de uma
questão ou simplesmente pula uma questã
o, pode ocorrer uma distorção no resultados da
pesquisa, pois pode ser que os dados provenientes dos respondentes que efetivamente
ofereceram uma resposta, sejam diferentes das respostas que aqueles que se recusaram a
oferecer, dariam. Este fato é uma realidade nas pesquisas de
marketing e sua ocorrência pode
deteriorar a qualidade dos dados, a ponto de distorcer
ou mesmo impossibilitar uma análise
coerente (HAIR
et al., 1998). Portanto, se faz imprescindível tratar e identificar casos e
variáveis com valores omissos, tentar conceber o motivo de seu surgimento e ser perspicaz no
tratamento des
tes fatos. (TABACHNICK e FIDEL, 2001).
Inicialmente fez
-se a contagem simples dos dados ausentes na base em que foram traçados
de 975 dados ausentes, representando 2% da base total de 150 variáveis e 319 questionários.
De fato, a ocorrência de
dados ausente fora moderada, mas dispersa entre vários
questionários. Quando da análise das variáveis nota
-se que uma grande concentração de
dados omissos ocorreu para as variáveis V115 ("3. Seus filhos"), V0
29 ("4. Seu
emprego/trabalho"), V069, ("1. Nível de ganho (salário)"), V073 ("5. Relacionamento com
os filhos"), V074 ("6. Trabalho"), V091 ("10. Viajo a negócios"), V072 ("4.
Relacionamento com a companheira"), todas com mais de 20% de dados ausentes. Ademais,
trata
-se de questões altamente correlacionadas com outras variáveis relativas à família,
amizades e profissão e que não exercem papel central nas an
álises subseqüentes. De fato,
tratam
-se de questões que avaliam aspectos da vida que não estão presentes na maioria dos
adolescentes, o que pode ter gerado uma distorção em termos de omissão de dados.
Considerando que tais variáveis prod
uzem avaliações não comparáveis a todos os elementos
da amostra, preferiu
-se por excluí-las. Os dados ausentes remanescentes foram repostos pelo
46
algoritmo Estimation Maximization (EM), já que é
possível considerar os dados ausentes
dispostos totalmente ao acaso, pelo teste Mcar (TABACHNICK e FIDEL, 2001). De tal
modo que o problema de dados ausentes foram sanados na base.
c)
Outliers
Respostas fora dos pad
es, sejam pela falta de coerência ou presença de valores extremos
podem originar casos denominados de
Outliers (HAIR et al., 1998). Quando nas tais
respostas ocorrem sérias distorções podem emergir na análise, sendo, portanto, requ
erido
avaliar e tratar tais casos antes de proceder à análise (KLINE, 1998). Neste caso, objetivou
-
se verificar o grau em que estas respostas são oriundas da população de interesse a fim de
decidir se estes devem ou não ser considerados nas estim
ativas efetuadas (TABACHNICK e
FIDEL, 2001).
Quando se considera cada variável de maneira separada, tem
-se o possível aparecimento de
outliers univariados
(KLINE, 1998). Para identificar tais ocorrências, utilizou-se a
classificação de acordo com a distância
interquartil (outliers são casos a mais que 1,5 o
intervalo
interquartil do primeiro o ou terceiro quartis). Nestes critérios, não foram
detectados
outliers univariados. Para identificar os outliers multivariados (casos com uma
2
combinação muito peculiar de respostas), utilizou
-se a distância de Mahalanobis (D ) como
forma de avaliar se os casos estão de fato dispares em relação às normas do banco de dados
2
(KLINE, 1998). Considerando que sob a suposição de normalidade multivariada, o valor D
se distribui como uma qui
-quadrado com k (número de variáveis) graus de liberdade
(MINGOTI, 2005), é possível identificar os
outliers multivariados por meio dos casos com
probabilidade inferior a 0,1% (TABACHNICK e FIDEL, 2001). Considerando uma
distribuição qui
-quadrado com 154 graus de liberdade e nível de significância de 0,001
(TABACH
NICK e FIDEL, 2001), 6 outliers multivariados foram revelados e excluídos.
d) Avaliação da normalidade
A normalidade uni e multivariada são pressupostos subjacentes a diversas técnicas analíticas,
dentre as quais algumas foram consideradas neste
estudo. Para avaliar a normalidade dos
dados, empregaram
-se o teste K-S de normalidade, que acusou que nenhuma variável pode ser
considerada normal. De fato, os desvios a normalidade foram expressivos, de modo que as
47
transformações seriam incapazes de solucionar os problemas nos dados. Isto posto, assume
-se
que não existem condições ideais para aplicação de técnicas que assumem a normalidade, mas
dado que as té
cnicas empregadas são relativamente robustas a desvios da normalidade; à
medida que o tamanho da amostra aumenta, pode
-se sugerir que o uso de tais procedimentos é
atingido com relativa robustez.
e) Análise de linearidade
Técnicas baseadas em
análise fatorial se fundamentam na análise de relações lineares entre as
variáveis (Hair
et al., 1998). Foi feita a avaliação gráfica em que se compararam relações
lineares quadráticas e cú
bicas dentre os indicadores, e de um total de 143 relações analisadas,
não se pode afirmar que relações quadráticas e cúbicas representam melhor ajuste que
relacionamentos lineares. Deste modo, sugere
-se que relacionamentos lineares representam
alternativas para tratar os dados deste estudo. (NORUSIS, 1999).
f) Multicolinearidade
Kline (1998) salienta que a presença de variáveis altamente correlacionadas entre si podem
gerar distorções no teste do modelo ou repre
sentar uma redundância entre variáveis. Para
verificar tal ocorrência, pode
-se fazer a análise de multicollinearidade que pode existir entre
três ou mais variáveis independentes (HAIR
et al., 1998). Usualmente correlações maiores
que ±
0,90 indicam redundância entre variáveis, mas tais casos não foram observados no
banco de dados. Usando as medidas de tolerância e fator de inflação da variância (VIF) , a
variável "Eu acho que a minha situaçã
o vai ser melhor daqui a cinco anos do que é hoje"
apresentou multicollineariedade superior aos limites sugeridos, sendo portanto excluída por
ter a maior parte de sua informação compartilhada com as demais.
1
2
g) Variâncias relat
ivas
Ainda é sugerida a verificação de diferenças expressivas entre as unidades de medida das
variáveis estudas, pois tais diferenças podem trazer dificuldades computacionais (KLINE,
1
Indica o percentual de variâ
ncia de cada variável não compartilhada com as demais. Varia entre 0 (0 % de
variância única da variável) a 1 (100% de variância única, isto é, nenhuma correlação com as demais variáveis).
Sendo maior que 0,1 é considerada aceitável (KLINE,
1998).
2
O inverso da tolerância (1/tolerância). Se for menor que 10 é considerada aceitável.
48
1998). Na prática tal avaliação pode ser feita comparando
-se as variâncias das questões em
estudo, mas conquanto nenhuma razão (entre a maior pela menor variância) foi superior a 10,
pode
-se dizer que as unidades de medida garantem estimativas relativamente robustas.
4.2 ANÁLISE DA QUALIDADE DA MENSURAÇÃO
Aplicaram
-se neste estudo, medidas psicográficas tradicionais e contemporâneas que visam
criar segmentos distintos de indivíduos, de acordo com faixa etária. A despeito de se tratar de
escalas de renome e amplamente avaliadas na literatura, é fundamental avaliar o grau em que
existe congruência entre os estudos originais e os resultados obtidos neste estudo, de modo a
obter evidências da confiabilidade e validade da mensuração (NETEMEYER
et al., 2003).
Em especial deve
-se ter em mente que grande parte destas escalas fora adaptada e traduzida
para fins específicos deste estudo. Ademais, o uso de medidas psicográficas para fins de
segmentação no Brasil, é um fato relativamente recente e pouco explorado (TOMANARI,
2003). Deste modo,
procede-se nesta etapa do estudo a avaliação das propriedades
psicométricas das escalas empregadas, passando da avaliação da dimensionalidade,
confiabilidade e validade das medidas.
4.2.1 Análise da dimensionalida
de
Avaliar a dimensionalidade das medidas consiste em verificar os fatores subjacentes às
escalas mensuradas (NETEMEYER
et al., 2003). Isto significa uma tentativa de verificar o
grau de congruência entre as escalas original
mente concebidas e os resultados obtidos neste
estudo.
Empregou
-se a Análise Fatorial Exploratória para avaliar a dimensionalidade das escalas,
conforme sugestão de Hair
et al. (1998) e Tabachnick e Fidel (2001). É importante lembrar
que as escalas são orientadas a diversas formas de validação, mas torna
-se necessária a
avaliação da escala sob a perspectiva usual da análise fatorial, visando atingir um critério
único e comparável entre
instrumentos distintos.
49
Uma suposição subjacente aos dados deste estudo é a natureza reflexiva das medições, de
modo que os indicadores observados são tidos como causados pelos
construtos latentes
(NETEMEYER
et al., 2003). Esta estratégia de avaliação também visa, em última instância,
reduzir o número de variáveis e evitar a redundância das medidas na aplicação da análise de
clusters.
(TABACHNICK e FIDEL, 2001).
Para simplificar a interpretação dos resultados da análise fatorial, diversos métodos de rotação
foram empregados. Inicialmente aplicou
-se a rotação ortogonal (varimax), pois tal
procedimento é mais fidedigno com as sup
osições do modelo matemático aplicado
(MINGOTI, 2005). Nas situações, em que soluções fatoriais deterioradas foram encontradas
(cargas cruzadas, fatores incoerentes etc.), aplicaram
-se rotações obliquas (direct oblimin e
promax
), pois tais medidas tendem a obter resultados mais coerentes com a suposição
conceitual de que os fatores são dimensões psicológicas correlatas. (NUNNALY e
BERNSTEIN, 1994).
Para determinar o número de dimensões, ado
tou-se o critério de Kaiser e do screeplot
conjugados, buscando evidenciar uma solução que ajuste as condições estatísticas a teoria
subjacente e escalas originais, critério sabidamente mais relevante no caso da validação do
instrumento de pesquisa (NUNNALY e BERNSTEIN, 1994). Tomando por base tal condição,
passou
-se a avaliação a dimensionalidade de cada escala, verificando o número e composição
de fatores de cada uma das medidas inseridas no estudo.
Ainda para evidenciar se a solução fatorial fora adequada, empregou
-se o teste de esfericidade
de Bartlett, que deve trazer resultados significativos, e a medida KMO de adequação da
amostra, que deve ser superior a 0,7 (HAIR
et al., 1998). Ainda sim, em uma solução
2
coerente, as comunalidades das variáveis (h ) devem ser superiores a 0,40, de modo que mais
40% da variância seja explicada pelas variáveis de interesse (NICOLAO e ROSSI, 2003).
Também é
interessante que a solução explique pelo menos 50% da variância, fornecendo
indícios de que a solução fatorial consegue explicar uma parcela considerável da variação dos
dados (TABACHNICK e FIDEL, 2001). Inicia
-se a análise por grupos de variáveis
psicográficas partindo da análise de valores.
50
a) Escalas de valores
A avaliação da dimensionalidade das escalas de valores foi procedida inicialmente pela escala
de valo
res de LOV. Trata de uma escala que não fora concebida necessariamente para
aplicação da análise fatorial (KAHLE, 1989), mas esta tem sido prática comum na avaliação
da qualidade de suas medidas (TOMANARI, 2003). De fato, evidê
ncias e estruturas fatoriais
mistas são obtidas em diferentes estudos, gerando dúvidas sobre a estrutura fatorial mais
adequada para seus indicadores (DONOHO
et al., 2003; MCINTYRE et al., 1994). Levando
em consideração, apresentam
-se em seqüência os resultados da análise fatorial empreendida
(Tabela 2)
.
Tabela 2
- Análise fatorial exploratória: escala LOV
INDICADORES
8) Auto- respeito
5) Ser respeitado
9) Sentimento de realização
7) Segurança
4) Auto- realização
2) Uma vida excitante
1) Reconhecimento Social
6) Aproveitar a vida
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
FATORES
1
0,733
0,731
0,726
0,703
0,697
2
0,864
0,775
0,545
Obs
.: Método de extração: Componentes principais (Rotação Varimax) Rotação convergiu em 3
iterações. Medida KMO = 0,79; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na
tabela são apresentadas somente as cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam
55% da variância total dos dados.
Considerando os resultados obtidos para escala
LOV, demonstrasse que a incongruência entre
a concepção dos valores de
LOV e a lógica de valores internos e externos concebida para a
escala (KAHLE
et al., 1986). No entanto, considera-se que tais medidas apresentam
congruência ao apresentar o segundo fator como aspectos relacionados a
Valores de Prazer e
o primeiro fator, enquanto
valores pessoais. Concebe-se que tal estrutura pode ser uma forma
adequada para resumir a escala
LOV, considerando com clareza, que a escala originalmente
não previa o resumo das medidas em grupos, por se basear em funções a escala de valores de
ROKEACH. Em seqüência foi feita a avaliação da escala de valor
es de compras, a escala de
compras (FINOTTI,2004) segue expressa conforme Tabela 3
.
51
Tabela 3
- Análise fatorial exploratória: escala de compras
INDICADORES
Eu, por várias vezes, já comprei produtos pensando no que
meus amigos iriam achar.
Eu sempre compro produtos que me diferenciam das
pessoas de meu grupo.
Eu sempre compro produtos que meus amigos também têm.
Eu sempre peço conselhos para meus amigos e conhecidos
antes de comprar um produto/ marca nova.
Eu sempre compro novos produtos/marcas antes que meus
amigos e conhecidos.
Eu sempre procuro ofertas especiais.
Eu sempre peço por descontos.
Eu sempre checo e comparo os preços quando compro
alguma coisa.
Uma pessoa pode fazer economias substanciais procurando
ofertas.
Às vezes compro mais do que o planejado.
Quanto mais eu compro mais eu quero comprar.
Eu prefiro pagar a vista.
Eu sempre procuro por produtos que podem tornar as tarefas
rotineiras mais fáceis e menos demoradas de executar.
Eu não me importo de pagar mais caro por produtos que me
tragam maior conforto
Eu não ligo para marcas, o importante é a qualidade do
produto.
Produtos mais caros sempre têm melhor qualidade.
Procuro sempre o que existe de mais inovador em
tecnologia.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
1
0,762
2
FATORES
3
4
0,740
0,673
0,650
0,608
0,801
0,772
0,718
0,498
-
0,769
-
0,673
0,465
-
0,797
-
0,662
0,647
-
0,633
-
0,542
Obs
.: Método de extração: Componentes principais (Rotação varimax) Rotação convergiu em 5 iterações.
Medida KMO = 0,80; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são apresentadas
somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 57% da variância total dos dados.
A estrutura fatorial extraída converte
-se em 5 dimensões que podem ser julgadas conforme:
1) Influência social;
2) propensão à economia;
3) Impulsividade em compras;
4) busca de conforto;
5) percepção de valor.
Considerando tais resultados passa
-se a avaliação da escala de valores e satisfação de
Rokeach.
52
Tabela 4
- Análise fatorial exploratória: escala Rockeach
INDICADORES
3. Relacionamento familiar
11.Realizações pessoais
8. Lazer pessoal (divertimento)
13.Reconhecimento profissional
10.Poupança realizada/ patrimônio acumulado
2. Relacionamento pessoal (amigos)
7. Formação cultural (estudo)
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
1
0,865
0,777
0,728
FATORES
2
3
0,830
0,774
0,913
0,577
Obs
.: Método de extração: Componentes principais (Rotação varimax) Rotação convergiu em 5 iterações.
Medida KMO = 0,80; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são apresentadas
somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 64% da variância total dos dados.
A partir da solução fatorial obtida segundo o c
ritério de Kaiser, se obteve três dimensões que
parecem refletir as três necessidades universais sugeridas por Schwartz e Bilsky (1987),
quanto da consideração do modelo Rockeach. O primeiro fator remete
Pessoal (Demandas de
bem estar social). O segundo fator remete a
valores profissionais, aspectos ligados à carreira e
rendimentos (necessidades biológicas). Por fim, o terceiro fator aponta para
Valores de
Prazer
, direcionados às necessidades de interação e aceitação social (TOMARINI, 2003, p.
148). De fato, é possível notar coerência lógica nos fatores extraídos para as escalas de
valores.
b) Escala de personalidade
Neste estudo, a personalidade fora avaliada conforme o
modelo de 16 fatores da
personalidade concebido por Cattel (1945). Ressalta
-se que o instrumento proposto por este
autor, consiste em uma extensa lista de adjetivos que fora condensada neste estudo aos 16
fatores básico
s. A aplicação da análise fatorial nestes adjetivos tanto é coerente com a meta de
redução de dados, quanto das correntes contemporâneas da psicologia cuja consideração pela
existência somente cinco fatores é
bastante popular (McCRAE e COSTA, 1996). Pela
aplicação da análise fatorial a estes critérios, obteve
-se a solução observada na Tabela 5.
53
Tabela 5
- Análise fatorial exploratória: 16 P. F.
I
NDICADORES
Discreto
Sério
Tímido
Conservador
Frio
Relaxado
Faz parte do time
Dócil
Indisciplinado
Oportunista
Pouco inteligente
Rude/Grosseiro
Crédulo
Prático
Expansivo
Alegre
Desinibido
Inovador
Caloroso
Tenso
Joga sozinho
Agressivo
Disciplinado
Consciencioso
Muito inteligente
Educado/Polido
Desconfiado
Sonhador
1
0,758
0,676
0,662
0,586
0,513
2
FATORES
3
4
5
0,478
0,719
0,712
0,581
0,727
0,631
0,778
0,724
0,874
0,472
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
Obs
: Método de extração: Componentes principais (Rotação varimax) Rotação convergiu em 6 iterações.
Medida KMO = 0,68; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são
apresentadas somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 56% da variância
total dos dados.
Notadamente os fatores concebidos a partir do modelo de Cattel (1945) parecem se reduzir a
cinco fatores, mas não remetem aos fatores originais i
ntroduzidos pelo Modelo de cinco
fatores da personalidade. O primeiro fator remte a
introversão/extroversão. O segundo fator é
denominado de
neuroticismo, o terceiro fator é denominado de amabilidade, o quarto fator
pode se denominar de
inteligência e o quinto fator Criatividade. De fato, existe algum grau de
sobreposição entre os fatores observados e os cinco fatores da personalidade.
c) Escala de A.I.O. (Atividades, Interesses opiniões)
Uma das escalas empregadas no estudo
consistiu em mensurar atividades interesses e
opiniões, conforme uma adaptação da escala de Wells e Tigert (1971). Os resultados da
análise fatorial para esta escala adaptada podem ser vistos na Tabela 6.
54
17.Viver emoções fortes.
18.Estar sempre entretido de alguma forma.
8. Ser famoso, conhecido.
9. Ter sempre novas experiências para tornar a vida mais
emocionante.
7. Ser admirado pelos outros.
13.Viajar pelo Brasil e pelo Mundo.
11.Ter uma carreira profissional bem sucedida em uma grande
empresa.
10.Ter um negócio próprio.
12.Ser um bom marido e bom pai.
15.Auxiliar o mundo a ser um lugar melhor.
2. Desenvolver-me intelectualmente.
14.Estar sempre atualizado em relação às novidades de nosso tempo.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
Tabela 6
- Análise fatorial exploratória: Atividades
INDICADORES
1
0,707
0,682
0,609
0,537
0,537
0,525
FATORES
2
3
0,825
0,617
0,590
0,457
0,755
0,664
Obs
: Método de extração: Componentes principais (Rotação direct oblimin) Rotação convergiu em 7 iterações.
Medida KMO = 0,79; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são apresentadas
somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 48% da variância total dos dados.
Na escala de atividades o primeiro fator representam aspectos relacionados ao lazer e
entretenimento sendo, portanto, denominadas de at
ividades hedônicas. O segundo fator esta
associado ao sucesso profissional, sendo denominado de atividades
profissionais. Por fim, o
terceiro fator mostra aspectos relacionados às
atividades intelectuais. Em termos de
interesse
s, sugerem-se os seguintes fatores determinados na análise fatorial exploratória.
d) Escala de interesses preocupação e importância (GRISI, 1986)
Aplicou
-se a escala de interesses preocupação e importância cuja avaliação do grau de
correlaçã
o fora efetuada por meio da análise fatorial com extração por componentes principais
e cuja avaliação pode ser vista na Tabela 7.
55
Tabela 7
- Análise fatorial exploratória: Interesses
INDICADORES
2. Sua esposa(ou namorada)
5. Sua comunidade
7) Amor
12) Saúde Psicológica
8) Felicidade
11) Saúde Física
3) Segurança Pública
5) Educação
1) Situação econômica do país
8. Seus amigos
7. Seu lazer
9) Dinheiro
9. Seu patrimônio
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
1
0,925
0,760
0,666
2
FATORES
3
4
5
0,888
0,757
0,594
0,838
0,762
0,690
0,782
0,772
0,892
0,549
Obs
: Método de extração: Componentes principais (Rotação promax) Rotação convergiu em 6 iterações.
Medida KMO = 0,82; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são
apresentadas somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 69% da variância
total dos dados.
Os fatores extraídos remetem para as escalas à:
1) esfera social;
2) esfera individual;
3) esfera pública;
4) esfera hedônica;
5) esfera financeira.
e) Importância, Atividades
-chave, esportes e hobbies (GRISI, 1986)
Para avaliar a escala de hábitos procedeu
-se a a avaliação da escala de hábitos de lazer e de
mídia separadamente. Avaliando a escala de hábitos de lazer obteve
-se uma solução fatorial
conforme descrita na Tabela 8.
56
A escala atividades chave, esportes e
hobbies demonstra que as escalas demonstram ter um
nível adequado de adequação conceitual, conforme expressa a Tabela 8.
Tabela 8
- Análise fatorial exploratória: Hábitos de lazer
FATORES
INDICADORES
1. Freqüento Bares e Boates
8. Viajo para a praia.
2. Freqüento restaurantes para almoçar/jantar
3. Freqüento cinemas
9. Viajo para o campo
15.Passo a maior parte do dia fora de casa
13.Passo a maior parte do dia em casa
14.Me divirto com jogos eletrônicos
16.Participar de discussões em fóruns na internet ou
escrevo blogs.
6. Gosto de praticar atividades físicas
17.Pratico esportes
7. Freqüento parques / praças / áreas de recreação
públicas
18.Assisto à prática de esportes
5. Assisto filmes em casa
4. Leio livros
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
1
0,720
0,698
0,692
0,576
0,507
2
3
4
0,759
-
0,711
-
0,649
-
0,553
0,784
0,729
0,608
0,604
0,741
0,685
Obs
.: Método de extração: Componentes principais (Rotação direct oblimim) Rotação convergiu em 8 iterações.
Medida KMO = 0,69; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são apresentadas
somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 52% da variância total dos dados.
Considerando as variáveis que carregaram em cada um dos fatores, classificou
-os hábitos em
quatro grupos, quais sejam:
1) hábitos boêmios;
2) hábitos de uso de internet;
3) hábitos esportivos;
4) hábitos culturais.
Ainda foi feita a avaliação da escala de hábitos de mídia conforme se demonstra na Tabela 9.
57
5. Leio Revistas
4. Leio Jornais
6. Acesso a Internet
10.Vejo anúncios na internet
9. Vejo anúncios em aeroportos
8. Vejo anúncios em lugar fechado
2. Vejo TV Aberta
1. Ouço Rádio
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
Tabela 9
- Análise fatorial exploratória: Hábitos de mídia
INDICADORES
1
0,876
0,815
FATORES
2 3
0,868
0,815
0,869
0,699
0,854
0,711
Obs
: Método de extração: Componentes principais (Rotação varimax) Rotação convergiu em 8 iterações.
Medida KMO = 0,69; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são apresentadas
somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 52% da variância total dos dados.
Conforme a Tabela 9 demonstra, foram extraí
dos quatro fatores da escala de hábitos de mídia.
O primeiro fator aponta para os
hábitos de leitura, o segundo fator aponta para o acesso a
internet
, o terceiro fator é o uso de anúncios abertos e o ultimo corresponde à tendência de
atender a
mídias de massa, sendo denominado de "hábitos de mídia de massa".
f) Opiniões pessoais
Por fim, considerou
-se a escala de OPINIÕES PESSOAIS, determinante do principal
elemento da pesquisa. A escala final obtida, apó
s a depuração das medidas pode ser vista na
Tabela 10.
58
Tabela 10
- Análise fatorial exploratória: Opiniões pessoais
FATORES
3 4
INDICADORES
Eu tenho gostos e hábitos conservadores.
No meu dia- a- dia, eu tenho uma rotina já
estabelecida.
Existe muito amor e união na minha família.
Eu tomo iniciativa e responsabilidade nos
grupos que participo.
Eu sou um formador de opinião nos grupos
que freqüento.
Eu gosto de organizar e dirigir as pessoas
persuadindo- as a fazer coisas.
Eu me preocupo muito com a minha aparência
pessoal.
Eu gosto de me sentir atraente para as pessoas
do sexo oposto.
Eu acho que ter status é muito importante.
Eu acho que as tatuagens deveriam ser
proibidas.
Rapazes não deviam usar cabelo comprido ou
brincos.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor
no ano que vem do que é hoje.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor
daqui a dez anos do que é hoje.
Eu deixo as coisas acontecerem, não me
preocupo.
Eu tenho medo de não ser capaz de dar à
minha família pelo menos aquilo que eu tive.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
1
0,761
0,706
0,620
2
5
6
0,792
0,741
0,668
0,818
0,715
0,569
0,810
0,779
0,771
0,736
0,800
0,686
Obs
: Método de extração: Componentes principais (Rotação varimax) Rotação convergiu em 6 iterações.
Medida KMO = 0,61; teste de esfericidade de Bartllet significativo (p<0,001). Na tabela são apresentadas
somente às cargas com valores superiores a 0,4. Os fatores explicam 63% da variância total dos dados.
Observando o sentido das escalas obtidas podem
-se designar os fatores conforme:
1) habitualidade;
2) liderança;
3) vaidade;
4) Conservadorismo;
5) otimismo;
6) Imediatismo.
Fundamentado nos resultados desta etapa do estudo procedeu
-se a avaliação da confiabilidade
destas medidas.
59
4.2.2 Aná
lise da confiabilidade
Para avaliação da qualidade da mensuração, aplicou
-se a o critério psicométrico de
confiabilidade das medidas, buscando avaliar o grau em as escalas são livres de erros
aleatórios (HAIR
et al., 1998). Diversos podem ser usados para avaliar a confiabilidade das
medidas. No entanto, o critério de consistência interna é o mais popular para aplicações em
dados coletados em um único momento do tempo (MALHOTRA, 2001). Dentre tais medi
das
de confiabilidade, o
Alpha de Cronbach é o mais indicado, pois permite auferir o percentual
de variância dos itens de uma escala que são compartilhadas com o construto (escore
verdadeiro) em questão (NUNNALY e BERNSTEIN, 1994), ou o per
centual de variância que
é livre de erros aleatórios (NETEMEYER
et al., 2003). Considera-se que valores de alfa
superiores a 0,8 como o patamar ideal (CHURCHILL e IACOBUCCI, 2003), mas valores de
até 0,6 podem ser aceitos em est
udos de natureza exploratória (MALHOTRA, 2001).
Considerando tais patamares apresenta
-se em seqüência a confiabilidade das medidas do
estudo (Tabelas 11 a 16).
60
Tabela 11
- Confiabilidade das medidas: Valores
1
2
FATORES E INDICADORES
ESCALA LOV
Valores Pessoais
8) Auto- respeito
5) Ser respeitado
9) Sentimento de realização
7) Segurança
4) Auto- realização
Valores de Prazer
2) Uma vida excitante
1) Reconhecimento Social
6) Aproveitar a vida
ESCALA DE COMPRAS
Influência social
Eu, por várias vezes, já comprei produtos pensando
no que meus amigos iriam achar.
Eu sempre compro produtos que me diferenciam das
pessoas de meu grupo.
Eu sempre compro produtos que meus amigos
também têm.
Eu sempre peço conselhos para meus amigos e
conhecidos antes de comprar um produto/ marca
nova.
Eu sempre compro novos produtos/marcas antes que
meus amigos e conhecidos.
Propensão à economia
Eu sempre procuro ofertas especiais.
Eu sempre peço por descontos.
Eu sempre checo e comparo os preços quando
compro alguma coisa.
Uma pessoa pode fazer economias substanciais
procurando ofertas.
Impulsividade em compras
Eu prefiro pagar a vista.
Às vezes compro mais do que o planejado.
Quanto mais eu compro mais eu quero comprar.
Busca de conforto
Eu sempre procuro por produtos que podem tornar as
tarefas rotineiras mais fáceis e menos demoradas de
executar.
Eu não me importo de pagar mais caro por produtos
que me tragam maior conforto
Percepção de valor
Eu não ligo para marcas, o importante é a qualidade
do produto.
Produtos mais caros sempre têm melhor qualidade.
Procuro sempre o que existe de mais inovador em
tecnologia.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
4
5
α
=0,77
36,43
36,52
36,41
36,62
36,67
α
=0,61
16,67
16,53
15,14
α
=0,78
16,30
15,93
17,21
α
=0,78
14,12
12,59
14,58
13,42
12,98
α
=0,61
7,50
8,77
14,08
α
=0,78
86,42
90,17
89,07
COR
N=5,00
0,59
0,60
0,55
0,51
0,52
N=3,00
0,52
0,45
0,33
N=5
0,61
0,56
0,59
R2
ALFA
0,39
0,37
0,34
0,27
0,29
0,27
0,22
0,12
0,72
0,71
0,73
0,75
0,75
0,33
0,45
0,63
0,39
0,33
0,40
0,72
0,73
0,72
15,75
16,67
α
=0,75
19,37
19,28
19,21
18,43
α
=0,49
10,66
8,25
9,19
α
=0,38
98,79
89,48
α
=0,75
40,17
43,05
40,15
48,77
α
=0,48
27,55
21,39
18,44
α
=0,38
0,41
0,60
N=4,00
0,63
0,50
0,60
0,46
N=3,00
0,17
0,39
0,38
2,00
0,18
0,38
0,42
0,26
0,39
0,21
0,03
0,19
0,19
0,78
0,72
0,64
0,72
0,66
0,74
0,60
0,25
0,25
6,88
6,41
α
=0,44
10,26
8,31
7,97
6,75
6,78
α
=0,44
22,69
19,09
19,71
0,23
0,23
N=3,00
0,21
0,29
0,31
0,05
0,05
.(a)
.(a)
0,05
0,09
0,10
0,44
0,32
0,26
Obs
.: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
61
Tabela 12
- Confiabilidade das medidas: Valores
1
2
FATORES E INDICADORES
ESCALA ROCKEACH
Pessoal
3. Relacionamento familiar
11.Realizações pessoais
8. Lazer pessoal (divertimento)
Profissional
13.Reconhecimento profissional
10.Poupança realizada/ patrimônio acumulado
Social
2. Relacionamento pessoal (amigos)
7. Formação cultural (estudo)
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
4
5
COR
R2
ALFA
α
=0,77
11,63
13,63
12,56
α
=0,57
4,54
6,27
α
=0,47
7,16
7,58
α
=0,77
22,00
20,15
24,21
α
=0,57
7,06
7,05
α
=0,47
4,50
3,71
N=3,00
0,60
0,62
0,60
N=2,00
0,39
0,39
N=2,00
0,31
0,31
0,35
0,39
0,36
0,16
0,16
0,09
0,09
0,70
0,67
0,70
.(a)
.(a)
.(a)
.(a)
Obs.
: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
Tabela 13
- Confiabilidade das medidas: Personalidade
1
2
FATORES E INDICADORES
PERSONALIDADE 16 P.F
Introversão/Extroversão
Discreto - Expansivo
Sério - Alegre
Tímido - Desinibido
Conservador - Inovador
Frio - Caloroso
Neuroticismo
Relaxado - Tenso
Faz parte do time - Joga sozinho
Dócil - Agressivo
Amabilidade
Indisciplinado - Disciplinado
Oportunista - Consciencioso
Inteligência
Pouco inteligente - Muito inteligente
Rude/Grosseiro - Educado/Polido
Abertura à experiências
Crédulo - Desconfiado
Prático - Sonhador
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
COR
4
5
R2
ALFA
α
=0,69
26,79
25,65
26,54
25,49
25,33
α
=0,45
9,37
10,64
10,53
α
=0,36
7,09
7,32
α
=0,41
7,93
7,51
α
=0,30
6,21
6,65
α
=0,69
41,65
44,18
44,92
47,56
48,46
α
=0,45
14,32
15,72
15,36
α
=0,36
4,44
4,59
α
=0,41
3,09
2,95
α
=0,30
6,94
6,49
N=5,00
0,50
0,47
0,43
0,43
0,42
N=3,00
0,35
0,23
0,26
N=2,00
0,22
0,22
N=2,00
0,25
0,25
N=2,00
0,18
0,18
0,27
0,25
0,20
0,19
0,18
0,12
0,06
0,08
0,05
0,05
0,07
0,07
0,03
0,03
0,62
0,63
0,65
0,65
0,66
0,22
0,44
0,39
.(a)
.(a)
.(a)
.(a)
.(a)
.(a)
Obs.
: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
62
Tabela 14
- Confiabilidade das medidas: Interesses preocupação e importância
1
2
FATORES E INDICADORES
INTERESSES, PREOCUPAÇÃO E
IMPORTÂNCIA
Esfera Social
2. Sua esposa(ou namorada)
5. Sua comunidade
7) Amor
Esfera Individual
12) Saúde Psicológica
8) Felicidade
11) Saúde Física
Esfera Pública
3) Segurança Pública
5) Educação
1) Situação econômica do país
Esfera Hedônica
8. Seus amigos
7. Seu lazer
Esfera Financeira
9) Dinheiro
9. Seu patrimônio
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
COR
R2
4
5
ALFA
α
=0,76
13,73
15,31
13,27
α
=0,75
17,75
17,28
17,80
α
=0,66
15,69
14,95
16,64
α
=0,64
8,29
8,27
α
=0,54
7,83
7,87
α
=0,76
20,77
21,65
23,96
α
=0,76
5,33
8,48
6,18
α
=0,67
9,94
11,90
10,17
α
=0,64
2,86
3,03
α
=0,54
4,00
3,74
N=3,00
0,64
0,53
0,61
N=3,00
0,67
0,53
0,60
N=3,00
0,57
0,47
0,40
N=2,00
0,48
0,48
N=2,00
0,37
0,37
0,42
0,28
0,39
0,45
0,29
0,37
0,35
0,28
0,18
0,23
0,23
0,14
0,14
0,62
0,75
0,66
0,57
0,75
0,66
0,43
0,58
0,68
.(a)
.(a)
.(a)
.(a)
Obs.
: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
Tabela 15
- Confiabilidade das medidas: atividades, interesses e opiniões
1
2
FATORES E INDICADORES
ESCALA DE A.I.O.
Hedônicas
17.Viver emoções fortes.
18.Estar sempre entretido de alguma forma.
8. Ser famoso, conhecido.
9. Ter sempre novas experiências para tornar a vida
mais emocionante.
7. Ser admirado pelos outros.
13.Viajar pelo Brasil e pelo Mundo.
Profissionais
11.Ter uma carreira profissional bem sucedida em
uma grande empresa.
10.Ter um negócio próprio.
12.Ser um bom marido e bom pai.
15.Auxiliar o mundo a ser um lugar melhor.
Intelectuais
2. Desenvolver-me intelectualmente.
14.Estar sempre atualizado em relação às novidades
de nosso tempo.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
4
5
α
=0,67
30,23
29,64
32,79
30,03
30,85
30,15
α
=0,60
21,91
22,35
20,22
21,72
α
=0,45
7,55
8,13
α
=0,68
69,14
76,01
74,10
72,46
69,63
75,90
α
=0,60
28,88
31,19
38,65
36,75
α
=0,45
4,73
3,90
COR
N=6,00
0,52
0,43
0,34
0,43
0,40
0,31
N=4,00
0,49
0,33
0,36
0,35
N=2,00
0,29
0,29
R2
ALFA
0,31
0,24
0,12
0,20
0,16
0,11
0,59
0,62
0,65
0,62
0,63
0,66
0,25
0,12
0,16
0,13
0,08
0,08
0,43
0,58
0,54
0,55
.(a)
.(a)
Obs.
: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
63
Tabela 16
- Confiabilidade das medidas: atividades-chave, esportes e hobbies
1
2
FATORES E INDICADORES
ATIVIDADES-CHAVE, ESPORTES E
HOBBIES (GRISI 1986).
Hábitos Boêmios
1. Freqüento Bares e Boates
8. Viajo para a praia.
2. Freqüento restaurantes para almoçar/jantar
3. Freqüento cinemas
9. Viajo para o campo
Hábitos de uso de Internet
15.Passo a maior parte do dia fora de casa
13.Passo a maior parte do dia em casa
14.Me divirto com jogos eletrônicos
16.Participar de discussões em fóruns na internet ou
escrevo blogs.
Hábitos Esportivos
6. Gosto de praticar atividades físicas
17.Pratico esportes
7. Freqüento parques / praças / áreas de recreação
públicas
18.Assisto à prática de esportes
Hábitos Culturais
5. Assisto filmes em casa
4. Leio livros
HÁBITOS DE MÍDIA
Hábitos de Leitura
5. Leio Revistas
4. Leio Jornais
Acesso a Internet
6. Acesso a Internet
10.Vejo anúncios na internet
Anúncios Abertos
9. Vejo anúncios em aeroportos
8. Vejo anúncios em lugar fechado
Mídia de massa
1. Ouço Rádio
2. Vejo TV Aberta
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
COR
R2
4
5
ALFA
α
=0,67
21,31
21,40
20,56
20,74
21,58
α
=0,64
10,59
10,63
11,51
12,32
α
=0,65
14,24
15,62
15,89
14,51
α
=0,34
4,74
7,14
α
=0,64
4,83
5,14
α
=0,64
6,68
7,89
α
=0,45
5,75
2,85
α
=0,45
6,92
6,83
α
=0,67
62,85
65,54
67,65
67,59
70,74
α
=0,64
47,18
51,34
54,09
57,79
α
=0,65
42,96
40,95
51,84
47,12
α
=0,35
7,58
5,78
α
=0,64
8,06
7,88
α
=0,65
7,69
5,63
α
=0,45
7,03
7,98
α
=0,46
6,81
7,74
N=5,00
0,45
0,46
0,45
0,43
0,32
N=4,00
0,48
0,47
0,39
0,34
N=4,00
0,55
0,50
0,32
0,36
N=2,00
0,21
0,21
0,22
0,22
0,21
0,22
0,14
0,60
0,60
0,61
0,61
0,66
0,34
0,33
0,18
0,16
0,52
0,53
0,59
0,62
0,33
0,30
0,12
0,14
0,50
0,53
0,65
0,63
0,04
0,04
.(a)
.(a)
N=2,00
0,47
0,47
N=2,00
0,48
0,48
N=2,00
0,29
0,29
N=2,00
0,29
0,29
0,22
0,22
.(a)
.(a)
0,23
0,23
.(a)
.(a)
0,08
0,08
.(a)
.(a)
0,09
0,09
.(a)
.(a)
Obs.
: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
64
Tabela 17
- Confiabilidade das medidas OPINIÕES PESSOAIS
1
2
FATORES E INDICADORES
OPINIÕES EM ADOLESCENTES
Habitualidade
Eu tenho gostos e hábitos conservadores.
No meu dia- a- dia, eu tenho uma rotina já estabelecida.
Existe muito amor e união na minha família.
Liderança
Eu tomo iniciativa e responsabilidade nos grupos que
participo.
Eu sou um formador de opinião nos grupos que
freqüento.
Eu gosto de organizar e dirigir as pessoas persuadindo- as
a fazer coisas.
Vaidade
Eu me preocupo muito com a minha aparência pessoal.
Eu gosto de me sentir atraente para as pessoas do sexo
oposto.
Eu acho que ter status é muito importante.
Conservadorismo
Rapazes não deviam usar cabelo comprido ou brincos.
Eu acho que as tatuagens deveriam ser proibidas.
Otimismo
Eu acho que a minha situação vai ser melhor no ano que
vem do que é hoje.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor daqui a dez
anos do que é hoje.
Imediatismo
Eu deixo as coisas acontecerem, não me preocupo.
Eu tenho medo de não ser capaz de dar à minha família
pelo menos aquilo que eu tive.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007
MÉD
VAR
COR
4
5
R2
ALFA
α
=0,57
13,28
12,20
10,87
α
=0,61
11,23
10,94
11,56
α
=0,53
12,18
13,15
14,82
α
=0,56
3,38
4,47
α
=0,44
6,16
7,06
α
=0,36
5,36
5,05
α
=0,56
16,18
17,53
20,56
α
=0,61
17,60
19,60
18,61
α
=0,57
16,75
15,38
14,77
α
=0,56
11,47
12,89
α
=0,46
12,26
6,98
α
=0,36
9,39
8,48
N=3,00
0,43
0,41
0,30
N=3,00
0,46
0,40
0,40
N=3,00
0,50
0,32
0,26
N=2,00
0,39
0,39
N=2,00
0,30
0,30
N=2,00
0,22
0,22
0,19
0,18
0,09
0,38
0,42
0,57
0,21
0,16
0,16
0,45
0,54
0,54
0,27
0,19
0,11
0,25
0,47
0,59
0,15
0,15
.(a)
.(a)
0,09
0,09
.(a)
.(a)
0,05
0,05
.(a)
.(a)
Obs.
: 1) média da escala caso o item seja excluído; 2) variância da escala caso o item seja excluído; 3)
2
Correlação média inter-item corrigida; 4) R múltiplo; 5) limite inferior do valor alfa caso o item seja
apagado (itens que determinam mudanças expressivas no índice alfa foram marcados com negrito). α
representa a estatística Alfa de Cronbach. O primeiro valor alfa citado é o valor da estimativa obtida para
os dados originais e a segunda para dados padronizados. N é o número de itens em cada escala.
Pode
-se notar, conforme a Tabela 17 que grande parte das dimensões estão acima do índice de
α
=0,60 indicado por Malhotra (2001), o que significa que as medições apresentam
confiabilidade satisfatória para um estudo que se propõe a testar diversas escalas de maneira
conjunta. Ainda pôde
-se verificar que ao excluir determinados itens das escalas, obteve-se
maior confiabilidade das escalas: tais perguntas excluídas
estão destacadas na Tabela 17 Em
itálico.
65
Considerando por conseqüência do objetivo do estudo, um nível liberal de confiabilidade,
considerou
-se que escalas que apresentem até 0,5 em termos de Alfa de Cronbach, tenham
propriedades de mensuração adequadas. As escalas que não se enquadraram neste quesito
foram excluídas do processo de elaboração de segmentos, visando manter a consistência e
confi
abilidade do processo. Tais construtos foram: Busca de conforto, Percepção de valor,
Valores de Prazer, Neuroticismo, Inteligência, Amabilidade, Inteligência, Intelectuais,
Hábitos Culturais, Anúncios Abertos e Mídia de massa, Ot
imismo e Imediatismo.
Para fins de interpretação dos
clusters, aplicaram-se tais medidas para comparação dos
resultados, por se tratarem de escalas de amplo domínio dentro do campo de medidas
psicográficas em
marketing. Ainda pode-se sugerir que tais medições têm elevada
importância na caracterização dos segmentos. Por fim, o principal risco por trás desta
abordagem liberal na aceitação dos erros de mensuração reside na atenuaçã
o dos erros, de
modo que a chance de se encontrar diferenças significativas entre os grupos, fica minimizado
a medida que a variância do erro das medições aumenta. De fato, se as medidas fossem mais
confiáveis, seria mais provável encontr
ar diferenças significativas entre os grupos
(NUNNALY e BERNSTEIN, 1994).
4.2.3 Validade convergente e discriminante
No momento de avaliação da confiabilidade, a preocupação central do pesquisador é verificar
se as medições obtidas
têm uma proporção de variância relativamente livres de erros
aleatórios (MALHOTRA, 2001). Neste ponto de avaliação da validade, a preocupação central
é verificar se as medidas são livres do erro total (CHURCHILL e IACOBUCCI, 20
03). Em
termos práticos, medidas confiáveis só poderiam ser consideradas válidas, caso suas medidas
se relacionassem aos construtos que o pesquisador acredita estar mensurando (MCDANIEL e
GATES, 2003). Em especial, deve
-se verificar a extensão de erros sistemáticos nas medições
(NUNNALY e BERNSTEIN, 1994).
Um componente essencial nesta etapa é a
validade convergente, que busca verificar se existe
uma força de associação entre os indicadores e os construtos que suportem que os indicadores,
se originam de uma mesma causa latente. Nicolao e Rossi (2003) sugerem que se a correlação
66
média inter
-item do indicador com os demais indicadores de um mesmo construto for superior
a 0,40, tem
-se evidências favoráveis à validade convergente destas medições. Observando a
tabela de confiabilidade das medidas, observa
-se que grande parte dos indicadores apresenta
validade segundo este critério. De fato, para itens cuja vali
dade não fora sustentada segundo
este critério, observa
-se uma estrutura de relação entre a semântica dos indicadores com os
demais referidos para o construto, de modo que a validade convergente é sobrepujada pela
validade de
face e conteúdo das medições, principalmente por se tratar de escalas
tradicionalmente consideradas válidas.
Ainda foi auferida a
validade discriminante que corresponde ao grau em que as escalas
concebidas para medi
r diferentes construtos estão efetivamente sendo eficazes neste sentido
(NUNNALY e BERNSTEIN, 1994). Ela busca identificar se, na prática, as medidas dos
construtos distintos são percebidas pelos respondentes co
mo diferentes (NETEMEYER et al.,
2003). Com o intuito de verificar tal pressuposto, utilizou
-se o método sugerido por Netemeyer
et al.
(2003), que visa avaliar se a magnitude das correlações corrigidas pela atenuação for
superior 1,00, têm
-se evidências contrárias a validade discriminante. O processo de correção
pela atenuação é aplicável quando se deseja estimar qual seria a correlação entre dois
construtos, caso suas medidas foss
em perfeitamente confiáveis (NUNNALY e BERNSTEIN,
1994). Aplicando a correção de atenuação aos escores somatórios dos construtos (HAIR
et al.,
1998), não foi identificada nenhuma correlação superior, em módulo, ao valor 1,00. De tal
mo
do foi possível atestar que as medições detêm validade discriminante apropriada.
4.3 RELAÇÃO ENTRE IDADE E VARIÁVEIS PSICOGRÁFICAS
Considerando o objetivo fundamental deste estudo neste tópico, emprega
-se as escalas, cuja
validade fora avaliada nas
etapas anteriores, para verificar o grau de associação entre a
idade e características demográficas. Inicialmente buscou
-se verificar a existência de
diferenças significativas entre as mé
dias dos grupos formados, segundo as categorias
propostas para os segmentos X, Y(1) e Y(2). Para tal, fez
-se teste t para amostras
independentes, considerando um nível de confiança de 90%. Este resultado esta dispo
sto na
Tabela 18
que segue.
67
Tabela 18
- Comparação da média dos grupos
Geração
CONSTRUTO
Influência social
Propensão à economia
Impulsividade em compras
Busca de conforto
Percepção de valor
Habitualidade
Liderança
Vaidade
Conservadorismo
Otimismo
Imediatismo
VALORES
Escala LOV
Valores Pessoais
Valores de Prazer
Escala ROKEACH
Pessoal
Profissional
Social
Extroversão
Neuroticismo
Amabilidade
Inteligência
Criatividade
Esfera Social
Esfera Individual
Esfera Pública
Esfera Hedônica
Esfera Financeira
Hedônicas
Profissionais
Intelectuais
Hábitos Boêmios
Hábitos de uso de Internet
Hábitos Esportivos
Hábitos Culturais
Hábitos de Leitura
Acesso a Internet
Anúncios Abertos
Mídia de massa
Fonte
: Dados da pesquisa, 2007.
Geração Y(2)
A
3,5
6,1
4,7
b
3,7
5,4
5,3
7,3
2,8
6,2
4,9
6,5
Geração Y(1)
B
3,7
5,9
5,4
5,9
4,0
5,8
5,1
7,4
a
6,2
3,6
c
5,1
Geração X
C
3,7
5,8
4,8
6,5
4,0
5,7
5,2
7,2
a
6,2
4,4
3,7
9,2
7,5
5,7
7,2
6,3
7,0
7,5
6,8
8,9
8,2
7,7
5,5
6,9
7,8
4,7
3,1
4,6
5,5
4,8
7,0
3,5
c
5,2
b c
5,0
c
6,4
b
8,0
b
6,9
9,3
a c
8,0
6,1
5,0
7,4
6,2
4,4
6,7
7,6
6,1
6,7
8,8
7,6
8,0
7,7
7,0
8,0
4,4
4,6
5,4
4,1
7,1
3,3
6,0
a
6,1
c
3,6
9,3
7,5
5,8
4,7
7,1
6,1
4,3
7,8
5,8
6,6
8,9
7,8
7,8
5,9
7,0
7,7
2,9
4,4
5,6
4,3
7,1
b
7,3
a b
8,6
a b
5,2
a b
b
4,1
6,8
Obs
.: Os resultados estão baseados em testes t para amostras independentes. Para cada par de médias
significativamente diferentes, a letra da categoria com menor média aparece ao lado da
categoria com maior média.
68
Os resultados da
Tabela 18
mostram quais grupos detém diferenças significativas entre as
médias, considerando os pontos de corte ilustrados na literatura. Os atributos em destaque na
tabela são as notáveis diferenças entre as médias. Adicionalmente, buscando maior
poder
(chance de encontrar relações existentes na população), procurou
-se verificar o grau de
associação linear e quadrática entre idade (X) e
as variáveis psicográficas. Trata-se de uma
forma, também, de representar tendências das variáveis psicográficas ao longo do ciclo de
vida dos consumidores. Tal representação foi testada por meio de modelos de regressão
múl
tipla, em que a variável dependente fora a variável psicográfica e as independentes ficam
sendo a idade e a idade quadrática, centralizada em torno da média conforme sugerem
Werkema e Aguiar (1996). Os gráficos seguintes ilustram tais tendê
ncias.
Gráfico 1
- Relação entre Idade e Satisfação Profissional.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
69
7,0
6,5
6,0
5,5
10
15
20
25
30
Idade (anos)
35
40
45
Gráfico 2
-
Relação entre Idade e Criatividade.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Gráfico 3
- Relação entre Idade e vaidade.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007. (O ponto máximo da parábola são 23 anos).
e
d
a
d
i
v
i
t
a
i
r
C
70
7
6
5
4
3
2
1
0
10
15
20
25
30
35
40
45
Idade (anos)
Gráfico 4
- Relação entre Idade e imediatismo.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007. (O ponto máximo da parábola são 20 anos).
7
6
5
4
10
15
20
25
30
Idade (anos)
35
40
45
Gráfico 5
-
Relação entre Idade e Neuroticismo.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007. (O ponto mínimo da parábola são 28 anos).
o
m
s
i
t
a
i
d
e
m
I
o
m
s
i
c
i
t
o
r
u
e
N
71
10
9
8
7
6
10
15
20
25
30
Idade (anos)
35
40
45
Gráfico 6
- Relação entre Idade e amabilidade.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007. (O ponto mínimo da parábola são 23 anos).
8
7
6
5
10
15
20
25
30
Idade (anos)
35
40
45
Gráfico 7
- Relação entre Idade e Valores de Prazer.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007. (O ponto máximo da parábola são 23 anos).
e
d
a
d
i
l
i
b
a
m
A
r
e
z
a
r
P
e
d
s
e
r
o
l
a
V
72
Nota
-se desta forma que a idade é um variável que está associada, não somente de maneira
linear, a caracterí
sticas psicográficas do consumidor. No entanto, cabe ainda verificar se os
segmentos formados pelas variáveis psicográficas apresentam diferentes perfis etário e, mais
importante, verificar se o ponto de corte de idade de 25 anos é
o melhor ponto de corte para
classificar estes grupos de clientes; tais questões serão respondidas em seqüência.
4.4 SEGMENTAÇÃO PSICOGRÁFICA DOS SEGMENTOS
A propósito da criação dos segmentos de mercado, foi aplicada a técnica de análise
de
clusters
, que trata de um algoritmo que busca dividir os elementos da amostra, ou de uma
população, em grupos de tal forma que;
a) os membros dos grupos sejam homogêneos;
b) os grupos sejam heterogêneos entre si (MINGOTI, 2005).
O objetivo fundamental desta análise é a criação de taxonomias de consumidores que possam
efetivamente ser úteis, do ponto de vista conceitual e prático. Tal como esperado, empregou
-
se as variáveis de representação de
opiniões pessoais para o esquema de classificação, pois
estudos anteriores mostram que tais atributos seriam os que melhor distinguiriam os
indivíduos de acordo com a faixa etária.
Como os casos extremos tinham sido identificados, não foi neces
sário nenhum tratamento
adicional neste sentido. Adotaram
-se medidas de distância (quadrado da distância euclidiana)
para criação dos
clusters, pois o interesse fundamental é verificar o grau em que os casos têm
valores similares e não o padrã
o geral de respostas destes (HAIR et al., 1998). Aplicou-se o
reescalonamento (entre 0 e 1) em relação aos casos, pois o objetivo é identificar segmentos
com base na importância relativa dos atributos em cada indi
viduo. Sobre a
multicollinearidade, observa
-se que o maior fator de inflação da variância (VIF), ocorreu para
a variável "Pessoal" que compartilha 74% da variância com demais fatores e tem valor VIF de
3,81 (limite inferior ao sugerido de 10
; KLINE, 1998). De tal modo afirma-se que não
existem correlações expressivas que indiquem na redundância ou peso excessivo em
determinadas dimensões da análise.
73
Como o ob
jetivo da análise era encontrar grupos homogêneos dentro de si, mas heterogêneos
dentre si, aplicou
-se o método de Ward, por ser este o que melhor consegue reduzir a
variabilidade dentro dos grupos (HAIR
et al., 1998), sendo por tal motivo conhecido como
método de "mínima variância" (MINGOTI, 2005). Inicialmente foi definido que um número
entre 2 e 5 conglomerados era passível de ser usado efetivamente para segmentação do
mercado, de mod
o que se considerou inicialmente este espectro de soluções. Aplicando o
critério do aumento do coeficiente de aglomeração em cada estágio do processo de
aglomeração, observou
-se um salto expressivo entre quatro e três clusters, de modo que uma
solução com três segmentos parece ser adequada. O tamanho dos grupos/segmentos criados
pode ser visto no
Gráfico 8 que segue.
Gráfico 8
- Tamanhos dos segmentos de mercado.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Notadament
e considerando os grupos criados pela análise de clusters, observa-se um grande
segmento B (Vaidosos), representando 55% da amostra, enquanto os segmentos A
(Desfrutadores) e C (Conservadores) pequenos. Considerando uma solução de
clusters de três
segmentos, passa
-se em seqüência avaliar o perfil destes segmentos. Inicialmente buscou-se
verificar as médias dos grupos, conforme expressa a tabela 19.
74
Tabela 19
- Comparação da média dos grupos
SEGMENTO
CONSTRUTO
Influência social
Propensão a economia
Impulsividade em compras
Busca de conforto
Percepção de valor
Habitualidade
Liderança
Vaidade
Conservadorismo
Otimismo
Imediatismo
Valores Pessoais
Valores de Prazer
Extroversão
Neuroticismo
Amabilidade
Inteligência
Criatividade
Esfera Social
Esfera Individual
Esfera Pública
Esfera Hedônica
Esfera Financeira
Hedônicas
Profissionais
Intelectuais
Pessoal
Profissional
Social
Hábitos Boêmios
Hábitos de uso de Internet
Hábitos Esportivos
Hábitos Culturais
Hábitos de Leitura
Acesso a Internet
Anúncios Abertos
Mídia de massa
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Desfrutadores
B C
4,6
Vaidosos
3,2
A
6,4
Conservadores
2,7
A
6,6
4,9
B C
5,5
6,0
B C
4,4
4,8
6,5
3,7
A
6,0
4,4
6,8
3,3
A B
6,9
4,5
B
5,7
7,5
B
4,1
4,9
7,2
2,1
A C
C
7,8
5,2
7,2
A B
A
7,0
3,4
C
5,0
6,7
5,3
9,3
B C
8,4
6,4
4,0
6,8
7,3
6,3
5,2
8,7
7,8
8,1
7,3
5,6
6,2
B C
8,2
9,2
7,2
6,2
A
4,8
2,2
9,4
7,0
6,1
4,8
7,4
A
A
7,1
A
7,8
6,0
7,6
9,0
A
A
7,7
6,1
A
6,9
7,9
8,4
A
8,0
8,9
7,7
8,3
A
7,9
A C
A
6,0
5,4
A
7,2
7,3
7,6
A
6,5
7,5
A
6,5
4,4
4,8
7,3
5,2
4,2
B C
B C
5,1
7,1
4,7
2,8
4,8
5,6
4,9
C
A
A
4,3
5,1
3,2
6,9
3,5
6,2
4,8
7,3
4,5
2,2
3,7
6,1
5,4
A
A
7,2
3,8
A
6,8
7,1
3,7
A
7,2
Obs
.: Os resultados estão baseados em testes t para amostras independentes. Para cada par de médias
significativamente diferentes, a letra da categoria com menor média aparece ao lado da categoria
com maior média.
75
Conforme
se observa do uso de testes t para amostras independentes, identificam-se que
existem notáveis e recorrentes diferenças entre as médias dos segmentos em função de
valores
, personalidade, opiniões, interesses, preocupações, hábitos, atividades e atitude em
relação a carros
. Considerando tais diferenças entre perfil psicográfico dos segmentos:
notadamente isto seria esperado dada à natureza e objetivo dos algoritmos de aglomeração
empregados. (HAIR
et al., 1998).
Inicialmente foi analisada a idade média dos segmentos, tendo em vista que esta característica
é o principal elemento que, para fim dos objetivos deste estudo, deveria ser usado para
classificação. O
Gráfico 9 apresenta os resultados desta análise.
Gráfico 9
- Tamanhos dos segmentos de mercado.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Observa
-se que o segmento C apresenta a maior média de idade dentre os segmentos. A
diferença de idade deste grupo para os demais po
de ser considerada significativa ao nível de
5% bicaudal, mas a idade do segmento A é equivalente a do segmento C.
76
4.5 CLASSIFICAÇÃO DEMOGRÁFICA DOS SEGMENTOS
Buscando tanto caracterizar o perfil dos segmentos, quanto avaliar a validade de critério da
solução de
clusters, partiu-se da comparação do perfil dos segmentos com base nas
variáveis demográficas e de consumo. Em essência,
isto implica que, para além de se
observar diferenças significativas entre o perfil dos respondentes com base nas
características usadas para fazer as partições, deve
-se ter também diferenças entre outras
variáveis não incluídas na análise (HAIR
et al., 1998). Inicia-se a análise pelo gênero dos
segmentos exposto no Gráfico 10.
Gráfico 10
- Distribuição do gênero por segmento.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Notadamente, não existem d
iferenças entre os segmentos com base no gênero, conforme
resultado atestado do teste qui
-quadrado. Quanto ao estado civil, pode-se notar os contrastes
dos grupos no Gráfico 10.
77
Gráfico 11
-
Distribuição do estado civil por segmento.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Apesar do teste qui
-quadrado não apontar nenhuma diferença significativa entre os grupos,
considerando um nível de significâ
ncia de 5%, pode-se notar uma ligeira tendência de
indivíduos do segmento C ter maior proporção de casados, enquanto indivindividuos do
segmento A e B tendem a ter maior prevalência de solteiros.
Não possui
Superior completo
Primári
o
Especialização
Ensino médio
Mestrado/doutorado
Superior incompleto
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
A
B
C
Gráfico 12
- Distribuição da escolaridade dos segmentos.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Obs
.: não existem diferenças significativas entre a escolaridade dos segmentos segundo o teste Kruskal wallis
(p=0,48).
78
Conforme resultados do teste de Kruskall Wallis, não se pode afirmar diferen
ças significativas
entre os segmentos com base na escolaridade. Em seqüência a diferença apresenta o resultado
da renda familiar.
Gráfico 13
- Distribuição da renda familiar mensal por segmento.
Fonte - Dados da pesquisa, 2007.
Nota
-se que dentre os grupos de indivíduos pertencentes aos segmentos psicográficos, tendem
a verificar perfil similar em termos de renda, resultado corroborado pelo teste Kruskal
-Wallis.
Notadamente, os segmentos representam perfis de classificaçã
o similares em termos das
demais variáveis demográficas. Assim, atesta
-se que, ao menos considerando a classificação
dos segmentos com base nas variáveis que determinam à
opinião de adolescentes, somente a
idade pode ser considerada como uma variáve
l demográfica discriminatória.
79
4.5.1 Identificação do ponto de corte de idade para classificação
Considerando a existência de três segmentos distintos em suas características básicas, nesta
etapa buscou
-se verificar o ponto de corte de idade é melhor para distinguir o segmento C dos
demais. Com este intuito utilizou
-se a curva Receiver Operating Characteristic (ROC)
desenvolvida por Metz (1978) e sugerida para aplicaçõ
es em procedimentos de classificação
por Hosmer e Lemeshow (2000). Curvas
ROC são usadas para verificar a precisão de métodos
diagnósticos quando existe imprecisão nos métodos preditivos, identificando o ponto de corte
(de idade neste caso) que melhor d
iscrimina os indivíduos nos segmentos. Para compreender
o funcionamento da curva, é necessário considerar seus fundamentos, descritos nos parágrafos
em seqüência. Considerando os resultados de classificação de um individuo em um segmento
a partir de um
nível de idade, têm-se quatro situações possíveis:
a) O sistema classifica um individuo no segmento C (mais velho), e o individuo
efetivamente pertence a este segmento;
b) O sistema classifica um individuo no segmento C (mais velho), mas o cliente
pertence aos segmentos A e B;
c) O sistema classifica um individuo nos segmento A ou B, mas o cliente pertence
ao segmento C;
d) O sistema classifica um individuo nos segmento A ou B e o individuo
efe
tivamente pertence a este segmento.
Tais resultados são ilustrados no
Quadro 1
que segue:
Classificação real do
cliente
Classificação prévia
SEGMENTO C
SEGMENTOS A OU B
SEGMENTO C
ACERTO DO MODELO
(A)
O MODELO SUPERESTIMA O
TAMANHO DO SEGMEN
TO C
(B)
SEGMENTOS A OU B
O MODELO SUBESTIMA O
TAMANHO DO SEGMENTO C
(B)
ACERTO DO MODELO
(D)
Quadro 1
- Demonstração dos resultados efetivos do teste diagnóstico.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
80
A conjugação destes casos é a base de avaliação da qualidade do sistema de classificação dos
clientes nos segmentos conforme um critério etário, usando duas medidas:
a) Sensibilidade: corresponde a chance de um cliente ser classificado como
pertencendo ao segmento C e efetivamente pertencer a este segmento, utilizando
um critério de idade;
b) Especificidade: corresponde a chance de um cliente ser classificado como
pertencente ou não pertencente(a chance de ele se encontrar ou não naquele
segmento dependendo do objetivo) Ao segmento C e efetivamente não pertencer
a este segmento, utilizando um critério de idade. 1 - a sensibilidade indica o
percentual de indivíduos do segmento A e B que são classificados como
pertencendo ao segmento C.
O objetivo final da análise é identificar um ponto de corte de idade que consiga equilibrar os
ganhos de classificação de clientes nos seus respectivos segmentos,
maximizando a precisão
geral do procedimento classificatório. Deste modo a questão a ser respondida é: qual é ponto
de corte de idade que maximiza o acerto global do sistema de classificação dos clientes no
segmento C?
Importa salientar que nenhuma diferenciação é proposta para o caso dos segmentos A e B,
pois não existem diferenças significativas na idade destes segmentos. Para identificar o
critério ideal de corte de aceitação de risco e a ef
etividade geral do sistema de classificação,
empregou
-se a curva ROC, conforme sugerido por Hosmer e Lemeshow (2000).
Uma curva
ROC é traçada colocando no eixo Y o percentual de clientes do segmento C,
corretamente classificados neste seg
mento. No eixo X emprega-se o percentual de clientes do
segmento A e B, classificados no segmento C. Cada ponto da curva representa a interseção
das duas medidas, o que permite identificar a relação entre ambas. Curvas construí
das para
métodos de classificação que tenham uma discriminação ótima, estarão situadas no canto
superior esquerdo do gráfico (100% de sensibilidade e 100% de especificidade em algum
ponto de corte). Deste modo, quanto mais próxim
o desta área o teste chegar, melhor será sua
capacidade de classificação (ZWEIG e CAMPBELL, 1993). Por outro lado, quanto mais a
curva
ROC se aproxima da linha de referência diagonal, menor é a precisão do teste.
81
Quanto à capacidade de identificar indivíduos dos segmentos de maneira correta, nota
-se que
o nível "25 anos" da escala apresenta valores altos para previsão de 59% de sensibilidade e
66% de especificidade. Significa
que se partir da premissa que indivíduos com mais de 25
anos fossem classificados como no segmento C, se classificaria 59% dos indivíduos do
segmento C de maneira correta, mas se classificaria 34% dos indivíduos do segmento A e B
no segmento C. Trata
-se de um ponto de corte que apresenta maior salto na curva ROC,
demonstrando o ponto provável de classificação que representa melhor potencial
classificatório. A curva
ROC está vista no Gráfico 14.
0%
ATUAL
100%
95%
90%
Ponto de
corte ideal
80%
70%
24
60%
25
50%
IDADE
26
40%
30%
20%
10%
Linha de classificação ao
acaso: pontos de corte
próximos a curva não são
melhores que uma
classificação ao acaso.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
5%
INDIVÍDUOS DOS SEGMENTOS A E B CLASIFICADOS NO SEGMENTO C
Gráfico 14
- Curva ROC dos segmentos a partir das variáveis de atitude em termos idade.
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
A curva seqü
enciada demonstra um valor relativamente distante da linha diagonal de
referência para praticamente todos os níveis de idade, enquanto nenhum valor se encontra
muito próximo do máximo de X (100%) e mínimo de Y (0%
). O ponto ideal demonstrado
seria o caso da idade ser capaz de classificar 95% dos clientes do segmento C corretamente,
T
N
E
M
A
T
E
R
R
O
C
S
O
D
A
C
I
F
I
S
S
A
L
C
C
O
T
N
E
M
G
E
S
O
D
S
O
U
D
Í
V
I
D
N
I
E
82
errando em 5% de clientes do segmento A e B, classificados no segm
ento C. Para avaliar a
precisão geral do teste, verificou
-se a área total sob a curva, considerando diferentes variáveis
demográficas como padrão de classificação, conforme demonstra a
Tabela 20. O objetivo é
verificar se a idade seria a melhor variável demográfica com vistas a classificar indivíduos
nos segmentos psicográficos.
Tabela 20
- Área sob a curva
INTERVALO DE CONFIANÇA
LI
0,519
0,433
0,383
0,457
LS
0,714
0,634
0,579
0,652
ERRO
0,050
0,051
0,050
0,050
SIG.
0,019
0,501
0,696
0,276
VARIÁVEL
Idade (anos)
Número de filhos
Renda familiar
Escolaridade
ÁREA
0,616
0,533
0,481
0,554
Fonte
- Dados da pesquisa, 2007.
Obs
.: Área é a área total abaixo da curva (varia de 0 a 1). Erro é o erro padrão da estimativa. SIG. É a
significância desta área contra o que seria esperado ao acaso (sendo menor que 0,05 indica que
existe uma precisão melhor do que seria esperado ao acaso). O intervalo de confiança é o intervalo
provável que cairá a curva com 95% de confiança.
Nota
-se que a área abaixo da curva para idade é melhor do que seria esperado ao acaso, mas
este valor (abaixo de 80%) seria considerado some
nte como aceitável segundo classificação
proposta por Hosmer e Lemeshow (2000). No entanto, a idade é a única variável demográfica
que fora capa de diferenciar adequadamente os segmentos. Deste modo, pode
-se afirmar que o
perfil etário é efetivamente
a variável que melhor discrimina os segmentos. Logo, apesar da
variável idade não poder ser considerada uma características distintiva inequívoca da
classificação dos indivíduos segundo seu perfil psicográ
fico, o ponto de corte de 25 anos pode
ser considerado como adequado para identificação do perfil dos segmentos.
83
5 CONCLUSÕES
Neste tópico estão descritos as conclusões gerais obtidos no estudo, pass
ando da descrição e
caracterização dos segmentos até as limitações e sugestões de novos estudos na área de
segmentação psicográfica.
5.1 CARACTERÍSTICAS PSICOGRÁFICAS QUE VARIAM POR IDADE
Em se tratando da comparaçã
o entre os segmentos Y(1), Y(2) e X observa-se uma tendência
da geração Y(2) buscar conforto, ser um pouco mais impaciente (um maior grau de
"neuroticismo"
- dimensão que expressa o grau de instabilidade emocional dos indivíduos).
Outra característica de destaque é a maior criatividade deste segmento em relação a geração
X, o que natural, pois nesta idade os indivíduos passam por um período de descobertas em
que a ousadia aliada a aos novos c
onhecimentos permitem aflorar idéias, virtudes e
comportamentos diferenciados. Ainda pode
-se salientar que essa geração concede uma maior
importância à segurança pública, educação e situação econômica do país, fatores presentes em
todas as m
ídias populares e que, possivelmente, indivíduos que nasceram após a abertura
política brasileira vivenciaram durante todas sua vida, o que não ocorre com indivíduos mais
velhos. Esta geração também atribui um foco maior à carreira profissional
(outra preocupação
crescente da juventude), sendo mais atentos à mídia de massa que a geração Y(1).
A Geração Y(1) possui como características marcantes um maior conservadorismo em relação
à geração Y(2), é a geração mais imediatista entre as
3 analisadas, busca valores de prazer
como ter uma vida excitante, aproveitar a vida e possuir reconhecimento social. Buscam
benefícios hedônicos como viver emoções fortes, estar sempre entretido de alguma forma, ser
famoso, conhecido
, ter sempre novas experiências para tornar a vida mais emocionante, ser
admirado pelos outros e viajar pelo Brasil e pelo Mundo.É a geração que mais utiliza a
84
internet (há
bitos de uso da internet ), o que refletir o estágio educacional dos indivíduos que
os força a buscar informações para seu estudo cotidiano.
A geração X se diferencia por ser também, assim como a Y(1), mais conservadora que a Y(2).
A geraçã
o X se caracteriza como a geração mais amável dentre as demais analisadas, no
sentido que eles são mais cordiais e abertos as opiniões do outros, o que reflete a tendência
das pessoas ao saírem da adolescência serem menos rebeldes e d
ependentes sentimentalmente
(busca de agregação pela família e conjugue) , em outras palavras na adolescência as pessoas
tendem a fugir da família e não se manterem em nenhum relacionamento duradouro.A
geração X prioriza benefícios hedônicos
como amigos e lazer. È a geração com mais hábitos
boêmios, freqüentam bares e boates, possivelmente reflexo das melhores condições
econômicas viajam e freqüentam restaurantes para almoçar/jantar. É a geração que dá mais
ate
nção à anúncios abertos juntamente com a geração Y(2).
Outra análise de caracetrização dos perfis psicográficos pela idade foi a correlação linear e
não linear, entre idade e construtos do estudo. Observando
-se a correlação entre idade e
profissionalismo, no gráfico 1 ,nota
-se uma relação linear demonstrando uma diminuição do
profissionalismo à medida que a idade aumenta, a mesma relação pode ser observada no
grá
fico 2, onde demonstra que a criatividade diminui linearmente com o aumento da idade
também.
Para o construto vaidade,evidenciada no gráfico 3, foi encontrado uma parábola onde o ponto
máximo evidenciado foi de 25 anos. Isto signific
a que os indivíduos tendem a obter seu
máximo de vaidade nesta idade, período em que a busca por relacionamenro afetivos/sexuais
devem aflorar de maneira especial: as pessoas estão finalizando uma importante etapa dos
estudos formais
, ganhando estabilidade profissional e pessoal, entrando em declínio das
condições físicas da juventude (engordando, etc...) e buscando relacionamentos mais estáveis.
Trata
-se de um período em que a necessidade de cuidar da beleza é forte.
Na
correlação entre imediatismo e idade observou-se um ponto máximo de 20 anos na
parábola do gráfico 4.Demonstrando um máximo de impulsividade aos 20 anos bem como
valores altos durante a adolescência.
O gráfico 5 elucida a relaçã
o entre idade e neuroticismo demonstra um ponto mínimo aos 28
anos e subsequentemente crescrente evidenciado pelo acúmulo de obrigações e pressões que
85
decorrem de fatos como independência finance
ira, sair de casa, relações mais sérias com
cônjuges ou companheiros(as) e pressões no ambiente de trabalho.
Observa
-se de acordo com o gráfico 6, que o ponto mínimo da parábola de amabilidade se
encontra nos 23 anos com forte ascendência a partir dessa idade.
A parábola representada por valores de prazer demonstra uma ascendência moderada até o
ponto máximo de 23 seguido por uma queda notável demonstrados no g
fico 7,
demonstrando os 23 anos como ano máximo de busca de boemia.
5.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SEGMENTOS
Ao se realizar uma comparação média entre os grupos observou
-se que o segmento dos
conservadores é caracterizado por ter idade mais elev
ada. Provavelmente imersos no mercado
de trabalho esse segmento notadamente se destaca pela propensão à economia, são mais
conservadores, e otimistas, porém mais conformados que o segmento B, denominado
vaidosos, que aind
a se encontram na fase de transição e possuem um otimismo maior que os
conservadores e os desfrutadores.
O segmento dos vaidosos destaca
-se pelo otimismo, pelas atividades hedônicas e pelos
hábitos esportivos, maiores que os conservadores.
O segmento dos desfrutadores destaca
-se fortemente dos outros segmentos tanto por possuir
características únicas que o diferencia dos demais segmentos quanto por não possuir
características os vaidosos e conservadores possuem e
m conjunto, se mostrando um segmento
com mais particularidades distintas dos demais estudados, tanto pelas que possui como pelas
que não possui em conjunto.
O segmento dos desfrutadores possui médias baixas para propensão à economia, se mostrando
o segmento mais propenso a consumir dentre os analisados, baixa média de habitualidade,
mostrando um segmento com práticas variadas, sem planejamentos fixos. Também é o
segmento com média mais baixa para otimismo, caracterizando um
segmento pessimista, com
expectativa baixa em relação ao futuro. Baixos valores de neuroticismo demonstram que o
segmento dos desfrutadores possui pouca preocupação como o contexto imediato, têm baixa
86
preocupação com a esfera social se demonstrando pouco apegados à comunidade, amor e
parceira (o).
Possuem pouca preocupação profissional, devido provavelmente ao fato de estarem iniciando
a carreira acadêmica, possuem baix
íssima média de leitura e hábitos culturais. Obtém seu
conhecimento muito provavelmente através da internet, único meio de informação muito
utilizado pelo segmento. Os desfrutadores possuem média alta para impulsividad
e em
compras, somado à baixa propensão à economia caracteriza um segmento extremamente
consumista, aliado ao fato de possuírem alta percepção de valor procurando sempre por
qualidade este segmento não se preocupa em poupar
desde que esteja comprando algo que
consideram de alta qualidade.
A alta média para liderança demonstra que os desfrutadores preferem tomar iniciativa e
responsabilidade, gostam de organizar e persuadir as pessoas a realizare
m tarefas do modo
como elas acreditam ser correto. Acreditam serem formadores de opinião no grupo que
freqüentam. Demonstrando um individualismo extremo esse segmento não se preocupa com a
comunidade e quando é necessá
rio que interaja com outros prefere tomar as decisões de
maneira isolada. Curiosamente este segmento ainda detém hábitos conservadores, presos a
conceitos familiares e avessos a hábitos culturais esse segmento ainda se baseia n
os valores
que herdou para tomar decisões.
Os desfrutadores possuem juntamente com os vaidosos média mais elevada que os
conservadores para imediatismo, denotando um segmento que quando decide obter algum
produto ou ser
viço o quer rápido, de boa qualidade e não se preocupa com o preço que tem
que pagar por isso.
Os desfrutadores se mostraram o segmento encontrado com maiores médias para valores de
praze
r, buscam uma vida excitante, aproveitar a vida e possuírem reconhecimento social
reforçando a idéia de imediatismo dos mesmos.
Desfrutadores conferem grande importância a se desenvolver intelectualmente e estarem
atualizados com r
elação à novidades. Por possuírem características individualistas e de
liderança essa busca e valorização por se desenvolver intelectualmente corrobora o fato deste
segmento preferir tomar decisões para o grupo e influenciar as decisões dos outr
os baseados
87
em sua própria revelando um possível motivo do por quê esse segmento provavelmente se
julga mais inteligente e capaz de tomar decisões melhores que os outros.
Destoando
-se dos outros segmentos estudados, os desfrutadores representam o segmento com
mais hábitos boêmios, freqüentam bares, boates, cinemas, restaurantes e viajam.
Curiosamente o segmento dos desfrutadores é o segmento que menos valoriza
a cultura,
conferindo médias baixas para hábitos culturais e hábitos de leitura, demonstrando um
segmento que não consome revistas, jornais, não lê livros nem assiste a filmes em casa, essas
opçõ
es somadas ao fato de que de modo geral todos os segmentos valorizam a educação
formal leva a crer que este segmento somente acredita nas informações que recebe
formalmente em faculdades/universidades e/ou internet,
pois são os 2 veículos culturais mais
utilizados por eles.
5.3 DEFINIÇÃO DO PONTO DE CORTE PARA IDADE
Ao se segmentar a amostra foram encontrados clusters com valores homogêneos entre si,
porém heterogêneos entre os outros cluster
s encontrados, observando o gráfico 10,
representado pela distribuição dos segmentos por gênero, o gráfico 11, representado pela
distribuição do estado civil por segmento, o gráfico 12, representado pela distribuição da
escolaridade dos segmentos e finalmente no gráfico 13, representado pela distribuição de
renda familiar por segmento observa
-se que nenhuma dessas características divide os
segmentos encontrados, porém o grá
fico 9, representado pelos tamanhos dos segmentos de
acordo com idade demonstra uma significativa diferença entre os segmentos definidos por
idade, refletindo claramente que a psicografia, de acordo com a amostra pesquisada
varia
somente em função da idade e não em função de nenhuma outra variável demográfica como
refletido nos gráficos 10 a 13.
De acordo com o gráfico 14, que utiliza a curva ROC, o melhor corte de idade para se dividir
um segmento, baseado na amostra
estudada é representado pela idade de 25 anos, ponto a
partir do qual o grau de precisão na classificação dos segmentos é máxima; consegue prever
88
corretamente 59% dos indiví
duos do segmento conservadores em seu segmento e 65% dos
desfrutadores e vaidosos nos seus segmentos.
A amostra estudada corrobora a literatura, como previamente determinado por Washburn
(2000), Tulgan e Martin (2006), Engel (2000), S
himp (2002) e Kotler (2006) que determina
aproximadamente o 25 anos como o ano onde se encontram as maiores diferenças
psicográficas. A existência de um ponto de corte também mostra que a passagem dos
indivíduos não
é um evento discreto que ocorre em determinada idade; ocorre uma tendência
de à medida que a idade avança os indivíduos passarem pelos estágios do segmento vaidosos
aos conservadores, saindo do grupo de desfrutadores. Apesar do ponto de 25 an
os ser a
melhor referência existente para separar esta "mudança na vida" indivíduos diferentes
passaram de um segmento a outro em outras faixas etárias, ou mesmo poderão estacionar em
determinador está
gios de desenvolvimento em termos dos perfis psicográficos.
5.4 LIMITAÇÕES
No que se refere aos gerentes de marketing, verifica
-se que as diferenças observadas podem
ser consideradas nas suas decisões de comunicação, bem como do estabelecimento do mix
de
marketing, posicionamento a proposta de valor de suas empresas de acordo com um perfil
psicográfica delimitado. Trata
-se de uma avanço, pois até o momento a literatura nacional
carece de estudos amplos que possam auxil
iar gestores na escolha de grandes segmentos a
partir da idade, considerando diferenças em valores, atitudes, personalidade e hábitos,
atividades e preferências. Trazer esta possibilidade para a realidade brasileira é
um avanço
notável dentro do campo de comportamento do consumidor.
Por outro lado, a pesquisa sugere que estudos acadêmicos possam ser realizados, tendo como
base nas escalas e resultados deste trabalho, como forma de contribuir para o entendimento do
comportamento dos consumidores de diferentes gerações, perfis e demais variáveis
demográficas.
89
5.5 IMPLICAÇÕES GERENCIAIS E PARA A TEORIA
Sugere
-se ampliar este estudo, de modo a buscar uma amostra nacional que permita maior
generalização e capacidade de inferir sobre as características dos grupos de consumidores de
diferentes faixas etárias, de forma mais conclusiva. Por outro lado, recomenda
-se buscar
identificar as diferenças psicográficas entre estes grupos, utilizando
-se separadamente as
diversas dimensões psicográficas (valores, persona
lidade, estilo de vida, etc0, de modo a
explorar as diferenças e subgrupos existentes).
90
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APÊNDICE A
- Questionário da Pesquisa
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
ESTILOS DE VIDA ENTRE PESSOAS NA CIDADE DE BELO HORIZONTE
VALORES
A lista a seguir contém coisas que uma pessoa busca ou quer para a sua vida. Por favor,
estude cuidadosamente a lista e então classifique cada um dos itens quanto a sua
importância
para a sua vida diária, onde 0 = sem importância e 10 = muito importante. (Escala
LOV)
Fatores
1) Reconhecimento Social
2) Uma vida excitante
3) Relacionamentos afetuosos com outras pessoas
4) Auto
-realização
5) Ser respeitado
6) Aproveitar a vida
7) Segurança
8) Auto
- respeito
9) Sentimento de realização
Sem
importância
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Muito
importante
9
9
9
9
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
8
8
8
PERSONALIDADE
Em cada linha da tabela abaixo encontramos duas características opostas. Assinale uma das
casas numeradas de acordo com o que mais se aproxima do que você considera suas
características: (Escala Cattel)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Discreto
Pouco inteligente
Volúvel
Dócil
Sério
Oportunista
Tímido
Frio
Crédulo
Prático
Rude/Grosseiro
Seguro
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
Expansivo
Muito inteligente
Estável
Agressivo
Alegre
Consciencioso
Desinibido
Caloroso
Desconfiado
Sonhador
Educado/Polido
Inseguro
98
13
14
15
16
Conservador
Faz parte do time
Indisciplinado
Relaxado
1
1
1
1
2
2
2
2
3
3
3
3
4
4
4
4
5
5
5
5
6
6
6
6
7
7
7
7
8
8
8
8
9
9
9
9
10
10
10
10
Inovador
Joga sozinho
Disciplinado
Tenso
INTERESSES
1. Numere os itens a seguir segundo a importância para você.
Itens
1. Sua família
2. Sua esposa(ou namorada)
3. Seus filhos
4. Seu emprego/trabalho
5. Sua comunidade
6. Sua auto
-realização
7. Seu lazer
8. Seus amigos
9. Seu patrimônio
10. Sua Educação Formal
Sem
importância
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Muito
importante
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
2. Na tabela abaixo, assinale o quanto você se preocupa com cada um dos temas propostos.
Fatores
1) Situação econômica do país
2) Desemprego
3) Segurança Pública
4) Saúde Publica
5) Educação
6) Família
7) Amor
8) Felicidade
9) Dinheiro
10) Realização Pessoal
11) Saúde Física
12) Saúde Psicológica
13) Oferecer carros que estão na moda
14) Perspectivas Futuras
15) Meio ambiente
Sem
importância
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Muito
importante
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
1 0
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
8
99
ATIVIDADES
As frases abaixo representam objetivos de vida para algumas pessoas. Ordene
-as de acordo
com a importância que você atribui para cada uma delas, sendo "0" a menos importante,"1" a
segunda menos importante e assim por diante.
Fatores
1.
2.
3.
4.
5.
Sem
importância
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
Muito
importante
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
6.
7.
8.
9.
Apenas viver, sem se preocupar demais com o
dia de amanhã.
Desenvolver
-me intelectualmente.
Enriquecer acumulando bens materiais.
Estar sempre em boa forma física.
Ser uma pessoa culta e com sensibilidade
artística.
Ser útil à sociedade
Ser admirado pelos outros.
Ser famoso, conhecido.
Ter sempre novas experiências para tornar a
vida mais emocionante.
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
10. Ter um negócio próprio.
11. Ter uma carreira profissional bem sucedida em
uma grande empresa.
12. Ser um bom marido e bom pai.
13. Viajar pelo Brasil e pelo Mundo.
14. Estar sempre atualizado em relação às
novidades de nosso tempo.
15. Auxiliar o mundo a ser um lugar melhor.
16. Possuir muitos amigos.
17. Viver emoções fortes.
18. Estar sempre entretido de alguma forma.
0
0
0
0
0
0
0
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10
10
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10
10
10
10
10
10
10
10
Assinale o quanto você está satisfeito com estes itens da vida:
Fatores
19. Nível de ganho (salário)
20. Relacionamento pessoal (amigos)
21. Relacionamento familiar
22. Relacionamento com a companheira
23. Relacionamento com os filhos
Insatisfeito
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Plenamente
Satisfeito
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100
24. Trabalho
25. Formação cultural (estudo)
26. Lazer pessoal (divertimento)
27. Conforto material
28. Poupança realizada/ patrimônio acumulado
29. Realizações pessoais
30. Reconhecimento social
31. Reconhecimento profissional
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10
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10
10
10
10
Hábitos de Lazer
Hábitos
32. Freqüento Bares e Boates
33. Freqüento restaurantes para almoçar/jantar
34. Freqüento cinemas
35. Leio livros
36. Assisto filmes em casa
37. Gosto de praticar atividades físicas
38. Freqüento parques / praças / áreas de recreação
públicas
39. Viajo para a praia.
40. Viajo para o campo
41. Viajo a negócios
42. Freqüento teatros
43. Acesso a Internet
44. Passo a maior parte do dia em casa
45. Me divirto com jogos eletrônicos
46. Passo a maior parte do dia fora de casa
47. Participar de discussões em fóruns na internet
ou escrevo blogs.
48. Pratico esportes
49. Assisto à prática de esportes
50. Realizo compras
Nunca
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Sempre
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10
101
Hábitos de Mídia
Hábitos
51. Ouço Rádio
52. Vejo TV Aberta
53. Vejo TV a Cabo
54. Leio Jornais
55. Leio Revistas
56. Acesso a Internet
57. Vejo anúncios na rua
58. Vejo anúncios em lugar fechado
59. Vejo anúncios em aeroportos
60. Vejo anúncios na internet
Nunca
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9
Sempre
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
OPINIÕES
Pessoais
Fatores
Eu prefiro um trabalho que seja sempre desafiador a
um trabalho que eu tenho certeza que possa
executar.
Eu encaro o estudo como um investimento de longo
prazo
No meu dia- a- dia, eu tenho uma rotina já
estabelecida.
Eu tenho gostos e hábitos conservadores.
Eu sou um formador de opinião nos grupos que
freqüento.
Eu me preocupo muito com a minha aparência
pessoal.
Eu gosto de me sentir atraente para as pessoas do
sexo oposto.
Eu deixo as coisas acontecerem, não me preocupo.
Eu sempre planejo antes de fazer alguma coisa.
Rapazes não deviam usar cabelo comprido ou
brincos.
Eu acho que as tatuagens deveriam ser proibidas.
Eu tomo iniciativa e responsabilidade nos grupos
que participo.
Eu gosto de organizar e dirigir as pessoas
persuadindo-as a fazer coisas.
Eu prefiro que outras pessoas decidam o que eu
tenho que fazer.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor no ano
que vem do que é hoje.
Sem
importância
0 1
Muito
importante
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5
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6
6
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6
6
6
6
6
6
6
6
7
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7
7
7
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7
7
7
7
7
7
7
7
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8
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8
8
8
8
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9
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9
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10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
102
Eu acho que a minha situação vai ser melhor daqui a
cinco anos do que é hoje.
Eu acho que a minha situação vai ser melhor daqui a
dez anos do que é hoje.
Eu tenho medo de não ser capaz de dar à minha
família pelo menos aquilo que eu tive.
Eu acho que ter status é muito importante.
Existe muito amor e união na minha família.
Eu acredito que a realização dos meus objetivos
depende inteiramente da minha vontade.
0
1
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3
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10
10
10
10
COMPRAS
Fatores
Eu sempre procuro ofertas especiais.
Eu sempre checo e comparo os preços quando
compro alguma coisa.
Uma pessoa pode fazer economias substanciais
procurando ofertas.
Eu sempre peço por descontos.
Eu não ligo para marcas, o importante é a qualidade
do produto.
Eu, por várias vezes, já comprei produtos pensando
no que meus amigos iriam achar.
Eu sempre compro produtos que meus amigos
também têm.
Eu prefiro pagar a vista.
Eu sempre que vejo novos produtos/marcas quero
experimentar.
Eu sempre compro novos produtos/marcas antes
que meus amigos e conhecidos.
Eu sempre peço conselhos para meus amigos e
conhecidos antes de comprar um produto/ marca
nova.
Eu sempre compro produtos que me diferenciam
das pessoas de meu grupo.
Eu sempre procuro por produtos que podem tornar
as tarefas rotineiras mais fáceis e menos demoradas
de executar.
Eu não me importo de pagar mais caro por produtos
que me tragam maior conforto.
Produtos mais caros sempre têm melhor qualidade.
Eu, muitas vezes, influencio o que meus amigos
compram.
Às vezes compro mais do que o planejado.
Discordo
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0
0
0
0
1
1
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1
Procuro sempre o que existe de mais inovador em
0
tecnologia.
Quanto mais eu compro mais eu quero 0
comprar.
1
1
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9
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9
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10
10
10
10
103
Info r ma çõ e s pessoais
I d a d e ( a n o s ) :
_______ N ú me r o d e f i l h o s : _____________
S ex o:
1. Masculino 2.
R e n d a f a mi l i ar
1.
2.
3.
Feminino
Até 2.000,00
R$ 2.001,00 a 3.000,00
R$ 3.001,00 a 4.000,00
E s c ol a ri d a d e
1.
2.
3.
Não possui
Primário
Ensino médio
4.
5.
6.
4.
5.
6.
7.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
R$ 5.001,00 a 6.000,00
R$ 6.001,00 a 7.000,00
Superior incompleto
Superior completo
Especialização
Mestrado/doutorado
7.
8.
9.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
R$ 8.001,00 a 9.000,00
Acima de R$ 9.000,00
5 4 ) E s t a d o C i vi l
1.
2.
3.
4.
Casado / Amigado
Solteiro
Divorciado / Separado
Viúvo (a)
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
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