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Quadro 10: Códigos e critérios preconizados pela OMS para o diagnóstico e registro de cárie da coroa
dentária
Cód. Critério
0
Coroa
Hígida
Uma coroa é considerada hígida caso não apresente evidências de cáries tratadas ou não tratadas. Os
estágios de cáries precedem a cavitação e outras condições semelhantes não devem ser considerados no
diagnóstico de cárie. Assim, uma coroa com as seguintes condições, na ausência de outros critérios
positivos, deve ser codificada como hígida: - Manchas brancas e porosas; - Manchas com alteração de
coloração ou rugosidade que não sejam amolecidas ao toque pela sonda periodontal ball point ou CPI
metálica usada nesses exames bucais; - Fóssulas ou fissuras pigmentadas no esmalte sem sinais visíveis
de esmalte socavado ou amolecido do assoalho ou paredes detectáveis com a sonda IPC; - Áreas escuras,
brilhantes, duras, pontilhadas de esmalte em um dente, apresentando sinais de fluorose moderada a
severa; - Lesões que, baseando-se em distribuição ou história clínica, ou ao exame visual-tátil, pareça ser
devida a abrasão.
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Coroa
cariada
A cárie é considerada presente quando há lesão em uma fóssula ou fissura, ou em uma superfície
dentária lisa, com cavidade inconfundível, esmalte socavado, ou amolecido detectável de assoalho ou
parede. Um dente com restauração provisória ou selante (código 6 ou F), mas também cariado, deve ser
incluído nessa categoria. Nos casos em que a coroa tenha sido destruída por cáries e somente a raiz
tenha restado, a cárie é considerada como tendo se originado na coroa, e, portanto, deve ser classificada
como cárie coronária. A sonda deve ser utilizada para confirmar as evidências visuais de cárie nas faces
oclusal, vestibular e lingual. Em caso de dúvida, a cárie deve ser registrada como presente.
OBS: Quando a coroa está completamente destruída pela cárie, restando apenas a raiz, a OMS
recomenda que o código “1” seja registrado apenas na casela correspondente à coroa. A FSP-USP
indica registrar o código “9”na casela da raiz.
2
Coroa
restaurada
com cárie
Uma coroa é considerada restaurada com cárie quando tiver uma ou mais restaurações permanentes e
uma ou mais áreas que estão com cáries. Não é feita nenhuma distinção entre as cáries primárias e
secundárias (ou seja, o mesmo código aplica-se caso as lesões por cárie sejam ou não associadas às
restaurações).
3
Coroa
restaurada
sem cárie
Uma coroa é considerada restaurada sem cárie quando uma ou mais restaurações permanentes estão
presentes e não existe cárie em ponto algum da coroa. Um dente que tenha recebido uma coroa protética
devido à cárie prévia deve ser classificado nessa categoria.
4
Dente
ausente
devido a
cárie
Esse código é utilizado para os dentes permanentes ou decíduos que tenham sido extraídos devido à cárie
e é registrado na condição coronária. Para os dentes decíduos ausentes, esta classificação somente deve
ser utilizada caso a idade do indivíduo examinado não seja compatível com a hipótese de que a
esfoliação pudesse explicar satisfatoriamente a ausência do dente.
O código 4 não deve ser utilizado para dentes ausentes por outras razões.
Nota: Nesses casos o código registrado na casela correspondente à raiz é 9 ou 7 (quando tiver um
implante no lugar).
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permanente
ausente por
outra razão
Esse código é utilizado para dentes permanentes considerados ausentes por outros motivos que não a
cárie: ausência congênita, traumatismo, tratamento ortodôntico, doença periodontal.
6
Selante de
fissura
Esse código é utilizado para dentes com aplicação de selante de fissura na superfície oclusal; ou para
dentes em que a fissura oclusal foi amplamente aumentada por broca esférica ou “chama de vela”, com
aplicação de resina composta. Dentes com selante, porém cariados, devem ser codificados com 1 ou B.
7
Dente
suporte de
prótese,
coroa
protética ou
faceta
Esse código é utilizado para indicar condição de coroa dos dentes que fazem parte de uma prótese parcial
fixa, isto é, são suportes de prótese. Esse código também pode ser utilizado para coroas protéticas
colocadas por outras razões que não a cárie e para recobrimentos facetados e laminados na face
vestibular de um dente no qual não existam evidências de cáries ou de uma restauração. Os dentes
ausentes substituídos por pontes são codificados como 4 ou 5 quanto à condição coronária, enquanto a
condição radicular é codificada com 9.
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Coroa não-
erupcionada
Esta classificação está registra aos dentes permanentes e é utilizada somente para os espaços dentários
com dente permanente não-erupcionado e sem o dente decíduo. Os dentes classificados como não-
erupcionados devem ser excluídos dos cálculos relativos a cárie dentária. Esta categoria não inclui dentes
perdidos por trauma ou outros motivos.
T
Traumatismo
(fratura)
Uma coroa é classificada como fraturada quando parte de sua superfície está ausente como resultado de
trauma e sem evidência de cárie.
9
Não-
registrado
Esse código é utilizado para quaisquer dentes permanentes erupcionados que não possam ser
examinados por qualquer razão (por exemplo, devido a presença de bandas ortodônticas, hipoplasias
severas etc.).
Fonte: WHO, 1997; BRASIL, 2001.