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O que o matemático faz é examinar “padrões” (DEVLIN, 2002).
Corroborando com as idéias de Devlin, Vale et al (2005) afirmam que
os padrões são a essência da matemática e a linguagem na qual é expressa, e
ainda apontam que:
Considerar a matemática a ciência dos padrões não será
uma má descrição. Não só porque os padrões se encontram
em várias formas na vida de todos os dias e ao longo da
matemática escolar mas porque também podem constituir
um tema unificador. (VALE etal, 2005, p.5)
Se a matemática é a ciência dos padrões, então, o que são os
padrões?
Os padrões visuais são os mais comuns e os mais fáceis de serem
reconhecidos, é possível percebê-los nas estampas dos tecidos, em algumas
peças de arte, em papel de parede, etc. Porém, o conceito de padrões não
pode se reduzir apenas a estes exemplos.
É possível descobrir inúmeros tipos de padrões se observarmos as
coisas ao nosso redor, por exemplo, as estações do ano: primavera, verão,
outono e inverno, formam uma seqüência muito conhecida por todos. O mesmo
ocorre com as notas musicais (dó, ré mi, fá, sol, lá, si) e com as letras do nosso
alfabeto (a, b, c, d, e, ..., x, y, z).
Mais genericamente, padrão é usado quando nos referimos a uma
disposição ou arranjo de números, formas, cores, ou sons onde se detectam
regularidades (VALE ET AL, 2005, p.2).
Devlin (2002) afirma que estes podem ser:
[...] abstratos – padrões numéricos, padrões de formas,
padrões de comportamento, etc. Esses padrões tanto podem
ser reais como imaginários, visuais ou mentais, estáticos ou
dinâmicos, qualitativos ou quantitativos, puramente utilitários
ou assumindo um interesse pouco mais recreativo. Podem
surgir a partir do mundo a nossa volta, das profundezas do
espaço e do tempo, ou das atividades mais ocultas da mente
humana. (DEVLIN, 2002, p. 9)